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LEGISLAÇÃO
Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei Estadual n. 10.261/1968 - Estatuto dos Servidores de São Paulo - Parte II..........................4
1. Direitos e Vantagens em Geral.............................................................................................................................4
1.1. Férias................................................................................................................................................................................4
1.2. Licenças..........................................................................................................................................................................5
2. Direito de Petição..................................................................................................................................................... 10
3. Regime Disciplinar.. ................................................................................................................................................. 10
3.1. Deveres..........................................................................................................................................................................11
3.2. Proibições.. .................................................................................................................................................................13
3.3. Responsabilidades...............................................................................................................................................15
3.4. Penalidades..............................................................................................................................................................19
4. Providências Preliminares..................................................................................................................................23
5. Práticas Autocompositivas, Termo de Ajustamento de Conduta e Suspensão
Condicional da Sindicância. . ..................................................................................................................................... 24
5.1. Práticas Autocompositivas.............................................................................................................................25
5.2. Termo de Ajustamento de Conduta.............................................................................................................26
5.3. Suspensão Condicional da Sindicância. ................................................................................................... 28
6. Processo Administrativo Disciplinar............................................................................................................ 28
6.1. Processo por Inassiduidade............................................................................................................................37
6.2. Recursos e Revisão.............................................................................................................................................38
7. Disposições Finais...................................................................................................................................................40
Resumo.................................................................................................................................................................................41
Questões de Concurso................................................................................................................................................48
Gabarito............................................................................................................................................................................... 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60
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Apresentação
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, concluiremos o estudo do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de
São Paulo, cuja previsão consta na Lei Estadual 10.261/1968.
Grande Abraço e boa aula!
Diogo
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores.
Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais, observada a escala
que for aprovada.
§ 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e pelo máximo
de 2 (dois) anos consecutivos.
§ 3º - O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias, se o funcionário, no exercício anterior,
tiver, considerados em conjunto, mais de 10 (dez) não comparecimentos correspondentes a faltas
justificadas e injustificadas ou às licenças previstas nos itens IV, VI e VII do artigo 181.
§ 4º - Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em exercício.
Acerca do mencionado artigo, é importante destacar que, como regra geral, o período de
férias será de 30 dias por ano de efetivo exercício. O mencionado período, contudo, poderá ser
reduzido para 20 dias, medida que ocorrerá quando o servidor, no exercício anterior, tiver mais
de 10 não comparecimentos relativos a faltas justificadas e injustificadas, ou às seguintes li-
cenças: por motivo de doença em pessoa de sua família, para tratar de interesses particulares
e compulsoriamente, como medida profilática.
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1.2. Licenças
No exercício de suas atribuições, diversas são as licenças que poderão ser concedidas,
desde que atendidos os requisitos legais, aos servidores públicos estaduais.
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Antes de conhecermos cada uma das licenças previstas no estatuto, é importante termos
contato com uma série de regras gerais, sendo elas:
a) Ao funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão não poderão ser con-
cedidas as seguintes licenças: por motivo de doença em pessoa de sua família, para tratar de
interesses particulares e para a funcionária casada com funcionário ou militar.
b) O funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão terá direito às licenças:
para tratamento de saúde; em razão de acidente no exercício de suas atribuições ou acometi-
do por doença profissional e, ainda, licença gestante. Tais licenças serão concedidas de acor-
do com as regras estabelecidas pelo regime geral de previdência social.
c) As licenças dependentes de inspeção médica serão concedidas pelo prazo indicado
pelos órgãos oficiais competentes.
d) A licença para doação de tecidos, de órgãos, de parte de órgãos e de partes do corpo
vivo para fins terapêuticos ou de transplantes intervivos, não poderá ser concedida mais de
uma vez por ano, salvo nos casos de doação de medula óssea para o mesmo receptor.
e) Terminada a licença, o funcionário deverá reassumir, imediatamente, o exercício do car-
go. O não atendimento desta exigência importará perda total do vencimento ou remuneração
correspondente ao período de ausência e, se esta exceder 15 dias consecutivos, ficará o fun-
cionário sujeito à pena de demissão por inassiduidade.
f) O funcionário afastado em licença para tratamento de saúde ou por acidente de trabalho
não poderá dedicar-se a atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença, sujeitando-
-se, também, à apuração de responsabilidade funcional.
g) O funcionário que se recusar a submeter-se à inspeção médica, quando julgada neces-
sária, será punido com pena de suspensão. A suspensão cessará no dia em que o agente
público realizar a inspeção.
h) Nas licenças que exigem inspeção médica, o servidor é obrigado a reassumir o exercício,
se for considerado apto em inspeção médica realizada ex-officio ou se não subsistir a doença
na pessoa de sua família.
i) As seguintes licenças não serão concedidas em prorrogação, cabendo ao funcionário ou
à autoridade competente ingressar, quando for o caso, com um novo pedido: para tratamento
de saúde; quando acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido por doença pro-
fissional; por motivo de doença em pessoa de sua família.
Vejamos agora, por meio do gráfico a seguir, as características de cada uma das licenças
previstas no estatuto dos servidores estaduais.
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2. Direito de Petição
De acordo com o artigo 239, temos a previsão de que:
Neste sentido, qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta
incompatível no serviço público. Além disso, temos a garantia de que, em nenhuma hipótese,
a Administração Pública poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição,
sob pena de responsabilidade do agente.
Obs.: Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como de pedir recon-
sideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 dias, salvo previsão legal específica.
3. Regime Disciplinar
Vamos compreender a origem do Regime Disciplinar relembrando alguns conceitos de Di-
reito Administrativo, mais precisamente dos poderes hierárquico e disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do Poder Disciplinar que a Administração Púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela por
algum vínculo específico.
Dessa forma, existe Poder Disciplinar quando a Administração Pública aplica a penalidade
de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado.
Do mesmo modo, temos uma manifestação do Poder Disciplinar quando um órgão públi-
co, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um Contrato
Administrativo, aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um
desses casos a pessoa punida estava subordinada à Administração.
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Tudo isso nos permite afirmar que o Regime Disciplinar da Administração Pública é decor-
rência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
O regime disciplinar compreende os deveres, as proibições, as responsabilidades e as pe-
nalidades aplicáveis aos servidores.
3.1. Deveres
O Estatuto Estadual elenca uma série de deveres que devem ser observados pelos servido-
res públicos do Estado de São Paulo.
Importante salientar que tal lista consta de um rol exemplificativo, de forma que outros
deveres previstos em outras normas funcionais (tais como os códigos de ética) devem igual-
mente ser observados pelos agentes públicos. Vejamos os deveres previstos na Lei n. 10.261:
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IX – zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guarda
ou utilização;
X – apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando for
o caso;
XI – atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII – cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
XIII – estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam
respeito às suas funções;
XIV – proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.
A alternativa que apresenta um dever do servidor é a Letra C, de forma que estes devem estar
em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam res-
peito às suas funções.
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3.2. Proibições
Tal como ocorre com os deveres, as situações de proibições constam de uma lista exem-
plificativa e tratam-se de hipóteses de fácil compreensão.
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Chamo a atenção para o inciso VII, que estabelece como uma vedação “o servidor incitar
greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público”.
Especificamente em relação às greves, devemos ter em conta que as disposições do esta-
tuto dos servidores estão em desconformidade com as regras da Constituição Federal. Atu-
almente, o direito de greve é assegurado a todos os servidores de todos os entes federativos,
ressalvadas algumas categorias específicas, como os militares, que não podem fazer uso des-
te direito.
No artigo 244, encontramos uma importante vedação. E isso se deve pelo fato da proibição
ser a regra geral, comportando uma situação de exceção.
Artigo 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo
grau, salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 (dois)
o número de auxiliares nessas condições.
Sendo assim, a regra geral é a vedação do servidor trabalhar sob as ordens imediatas de
parentes até segundo grau, algo que poderia vir a gerar conflito de interesses. Contudo, quan-
do estivermos diante de funções de confiança e livre escolha, o trabalho será possível. Neste
caso, o número de auxiliares não poderá exceder a dois.
Neste contexto, merece ser destaco o teor da Súmula Vinculante n. 13, popularmente co-
nhecida como súmula antinepotismo.
Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pes-
soa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta
em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
Portanto, se levarmos em conta o regramento atual, a vedação em questão deve ser en-
tendida não apenas para o segundo grau (como afirma o estatuto), mas sim também para o
vínculo mantido até o terceiro grau.
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Como vimos, apenas o Item III não apresenta uma proibição aos servidores paulistas, uma vez
que não consta na lista de proibições da norma em análise.
Importante frisar, no entanto, que a vedação em questão constava, inicialmente, no texto da Lei
n. 10.261, mais precisamente no inciso I do artigo 242. No entanto, a conduta em questão foi
revogada em 2009, por intermédio da Lei Complementar 1.096.
Letra A.
3.3. Responsabilidades
De acordo com as disposições da Lei n. 10.261, três são as esferas de responsabilidade a
que os servidores públicos do estado de São Paulo estão submetidos, sendo elas: civil, admi-
nistrativa e penal.
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Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I – pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não
prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regi-
mentos, instruções e ordens de serviço;
II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais
sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Inicialmente, é possível verificar que o servidor público é responsável por todos os prejuí-
zos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual. Para fins de apuração do prejuízo, serão
consideradas tanto as condutas dolosas (em que o servidor age com intenção) quanto as cul-
posas (em que o agente atua com negligência, imprudência ou imperícia).
Em todas as situações, havendo prejuízos à Fazenda Pública, o servidor deverá ser respon-
sabilizado, sendo a ele assegurados, como não poderia deixar de ser, as garantias do contra-
ditório e da ampla defesa. Tais garantias são possíveis na medida em que a norma determina
que o prejuízo deverá ser devidamente apurado.
A apuração, por sua vez, ocorre por meio de um processo administrativo. No curso do pro-
cesso, ao saber as acusações que contra ele estão sendo formuladas, o Poder Público citará o
servidor para fazer uso das garantias do contraditório e da ampla defesa.
A norma estadual, em caráter exemplificativo, elenca algumas situações em que a respon-
sabilidade estará caracterizada, sendo elas:
a) pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou
por não prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regu-
lamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;
b) pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
c) pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
d) por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
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Mas o que será que acontece quando os prejuízos causados pelo servidor são em relação
a terceiros?
Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a Teoria da Impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor são atribuídas ao órgão ou entidade no
qual ele desempenha suas atribuições), temos que, de início, é o órgão ou a entidade que irá
responder pelos danos causados.
Feito isso, a Administração impetra uma Ação Regressiva contra o servidor, que responde-
rá pela mesma no caso de dolo (intenção de cometer o dano) ou culpa (quando houve impru-
dência, negligência ou imperícia).
Importante frisar que, de acordo com o artigo 246:
o funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares, será
responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, po-
dendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
A título de exemplo, podemos citar o servidor responsável pelo setor de compras de uma repar-
tição pública, e que adquire, sem a realização de licitação, bens comum (que devem, como é
sabido, ser objeto de licitação na modalidade pregão).
Por não observar as disposições legais e regulamentares, o agente será responsabilizado pelo
custo devido pelos cofres públicos, além, claro, das penalidades cabíveis. Em relação ao custo
(esfera cível), o valor poderá ser objeto de desconto no vencimento ou remuneração do servi-
dor público.
Outro importante dispositivo do Estatuto em estudo afirma que, em caso de dano à Fa-
zenda Estadual decorrente de desfalque, alcance, remissão ou omissão do servidor referente
ao recolhimento ou entrada nos prazos legais, acarretará a reposição em UMA SÓ VEZ aos
cofres públicos.
Em todas as demais hipóteses de dano aos cofres públicos, poderá ocorrer o parcelamen-
to, de forma que o valor das parcelas mensais não poderá ser superior à 10% da remuneração.
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Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omis-
são em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser descon-
tada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor destes.
Deve ser frisado que as três esferas de responsabilidade são independentes, podendo ser
aplicadas de forma cumulativa.
Neste contexto, o estatuto estabelece que a responsabilidade administrativa não exime
o funcionário da responsabilidade civil ou criminal que no caso couber, nem o pagamento da
indenização a que ficar obrigado.
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Caso a decisão judicial, já após todos os recursos possíveis, comprovar a negativa da autoria (o
fato ocorreu, mas não foi de autoria do servidor) ou a negativa do fato (a situação ensejadora da res-
ponsabilidade sequer ocorreu), terá o servidor o direito de ser reintegrado ao serviço público, opor-
tunidade em que voltará a ocupar o cargo que ocupava, com todos os direitos e vantagens devidas.
E como estamos diante de uma ação judicial, o processo administrativo, caso esteja ainda
em curso, apenas poderá ser sobrestado (paralisado para aguardar a decisão judicial) por meio
de despacho motivado da autoridade competente para aplicar a pena disciplinar administrativa.
3.4. Penalidades
São as seguintes as penalidades disciplinares passíveis de aplicação aos servidores públi-
cos estaduais:
a) repreensão;
b) suspensão;
c) multa;
d) demissão;
e) demissão a bem do serviço público;
f) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres. Assemelha-se, em muitos aspectos, à penalidade de advertência de
diversos outros estatutos funcionais.
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência das faltas anteriormente punidas com repreensão.
Importante sabermos que, à critério da autoridade competente, nas situações em que for
conveniente para o Serviço Público, a pena de suspensão pode ser substituída por multa de
50% por dia trabalhado.
Para entendermos bem, imaginemos uma situação onde um servidor foi punido com suspen-
são. No entanto, como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso
para o serviço público o fato do servidor penalizado permanecer sem trabalhar durante o prazo
de cumprimento da penalidade.
Ainda que a Administração tenha o dever de punir, desta punição não poderá resultar um pre-
juízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público.
Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a Administração
poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situação em que o servidor permanece-
rá trabalhando e receberá apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho.
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A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou
regulamento.
Já a demissão será utilizada nas situações que acarretem infrações mais graves, sendo,
por isso mesmo, de caráter vinculado, ou seja, sem margem de escolha entre a penalidade que
melhor se coaduna com o caso concreto.
Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
I – for convencido de incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda Esta-
dual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça dolosamente
e com prejuízo para o Estado ou particulares;
IV – praticar insubordinação grave;
V – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima
defesa;
VI – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta-
mente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
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VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de interesses ou o
tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;
IX – exercer advocacia administrativa;
X – apresentar com dolo declaração falsa em matéria de salário-família, sem prejuízo da responsa-
bilidade civil e de procedimento criminal, que no caso couber.
XI – praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e terrorismo;
XII – praticar ato definido como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou ocultação de
bens, direitos ou valores;
XIII – praticar ato definido em lei como de improbidade.
A lista das penas disciplinares que podem ser aplicadas para os servidores do estado de São
Paulo encontra previsão no artigo 251 da Lei n. 10.261:
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Repreensão e Suspensão
Chefes de Gabinete
(qualquer prazo)
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O funcionário que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer exigência para cujo cum-
primento seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou remu-
neração até que satisfaça essa exigência.
E como não poderia ser diferente, deverão constar do assentamento individual do funcio-
nário todas as penas que a ele forem impostas.
4. Providências Preliminares
A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada por
funcionário adotará providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das medidas
urgentes que o interesse da Administração exigir, podendo submeter o caso às práticas auto-
compositivas ou propor celebração de termo de ajustamento de conduta.
Uma importante novidade legislativa é a previsão de que a autoridade poderá, desde logo,
submeter o caso às práticas autocompositivas, especialmente nas situações em que eviden-
ciada a ocorrência de conflitos interpessoais. O objetivo, com a medida, é a melhor solução
para resguardar o interesse público.
Quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria, a autori-
dade competente realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa, con-
forme previsão do artigo 265:
A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 dias. Não concluída a apuração no
prazo estabelecido, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Chefe de Gabinete relató-
rio das diligências realizadas, bem como definir o tempo necessário para o término dos trabalhos.
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A depender do TAC ser ou não cumprido, diferentes serão os efeitos jurídicos possíveis.
Neste sentido, o cumprimento das condições do Termo de Ajustamento de Conduta impli-
cará a extinção da punibilidade, que será declarada pelo Chefe de Gabinete (com possibilidade
de delegação).
No caso de descumprimento, ou cometimento de nova falta funcional durante o prazo
de cumprimento do ajuste, a autoridade encarregada da fiscalização providenciará, se ne-
cessário, a conclusão da apuração preliminar e a submeterá à autoridade competente para
deliberação.
E justamente como forma de evitar que ocorra prejuízo para a Administração Pública, a
norma estabelece que não corre a prescrição durante o prazo fixado para o cumprimento do
Termo de Ajustamento de Conduta. Logo, em caso de descumprimento, poderá o Poder Pú-
blico, dentro do prazo prescricional, adotar as medidas legais cabíveis, sem qualquer tipo de
prejuízo processual.
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Por fim, cumpre destacar que, nos termos do artigo 267-P, temos a previsão de que:
Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do Es-
tado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infrações
de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da
prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.
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Neste mesmo sentido são as disposições iniciais acerca do Processo Administrativo Dis-
ciplinar, conforme previsão no Estatuto em questão:
Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determi-
nar as penas de repreensão, suspensão ou multa.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do
Estado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira.
Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada
por servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das
medidas urgentes que o caso exigir.
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa,
quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria.
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Chefe de
Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término dos trabalhos.
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar fundamentadamente pelo arqui-
vamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo.
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu curso,
havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por despacho
fundamentado, ordenar as seguintes providências:
I – afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a
apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias, prorro-
gáveis uma única vez por igual período;
II – designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas até
decisão final do procedimento;
III – recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas;
IV – proibição do porte de armas;
V – comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos
do procedimento.
§ 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo administrativo
poderá representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas previstas neste arti-
go, bem como sua cessação ou alteração.
§ 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer cessar
ou alterar as medidas previstas neste artigo.
Artigo 267 - O período de afastamento preventivo computa-se como de efetivo exercício, não sendo
descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada.
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Dessa forma, ainda que estejamos estudando o PAD, temos que conhecer, da mesma for-
ma, as disposições acerca da Sindicância, que pode ser entendida como uma investigação
preliminar e mais célere com o objetivo de averiguar a ocorrência dos fatos.
A doutrina divide a Sindicância em duas espécies: Preparatória (quando apenas serve de
base para o PAD) e Punitiva (quando com base nela é possível a aplicação de penalidade).
E o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que será aplicada.
Obs.: Explicando melhor, a Sindicância é o início das investigações. Por meio dela, a autori-
dade administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar provas
que comprovem que realmente houve uma infração funcional disciplinar.
Professor, e como saber quando deve ser instaurada uma sindicância ou um processo
administrativo disciplinar?
A resposta para esta questão está na penalidade que pode vir a ser aplicada, conforme
previsão dos artigos 268 a 271:
Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determi-
nar as penas de repreensão, suspensão ou multa.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do
Estado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira.
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Artigo 272 - São competentes para determinar a instauração de sindicância as autoridades enume-
radas no artigo 260.
Parágrafo único. Instaurada a sindicância, o Procurador do Estado que a presidir comunicará o fato
ao órgão setorial de pessoal.
Artigo 273 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta lei complementar para o processo
administrativo, com as seguintes modificações:
I – a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 3 (três) testemunhas;
II – a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 (sessenta) dias;
III – com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade competente para a decisão;
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Artigo 274 - São competentes para determinar a instauração de processo administrativo as autori-
dades enumeradas no artigo 260, até o inciso IV, inclusive.
Artigo 275 - Não poderá ser encarregado da apuração, nem atuar como secretário, amigo íntimo
ou inimigo, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive,
cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar do denunciante ou do acusado,
bem assim o subordinado deste.
Artigo 276 - A autoridade ou o funcionário designado deverão comunicar, desde logo, à autoridade
competente, o impedimento que houver.
Aqui, a ideia do legislador foi a de evitar um possível conflito de interesses. Logo, devemos
memorizar que, além de amigo íntimo e inimigo, o vínculo a ser observado compreende os
parentes consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau do denunciante
ou do acusado, bem assim o subordinado deste.
Artigo 277 - O processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo improrrogável
de 8 (oito) dias do recebimento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da citação
do acusado.
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§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a identificação do acusado, a infração que lhe é atri-
buída, com descrição sucinta dos fatos, a indicação das normas infringidas e a penalidade mais
elevada em tese cabível.
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, o Procurador do Estado que o presidir deverá
imediatamente encaminhar ao seu superior hierárquico relatório indicando as providências faltantes
e o tempo necessário para término dos trabalhos.
§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos fatos a que se refere o parágrafo anterior e das provi-
dências que houver adotado à autoridade que determinou a instauração do processo.
Artigo 278 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará o presidente dia e hora para
audiência de interrogatório, determinando a citação do acusado e a notificação do denunciante, se
houver.
§ 1º - O mandado de citação deverá conter:
1 - cópia da portaria;
2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acompanhado pelo advogado do acusado;
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que deverá ser acompanhada pelo advoga-
do do acusado;
4 - esclarecimento de que o acusado será defendido por advogado dativo, caso não constitua advo-
gado próprio;
5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas e requerer provas, no prazo de 3 (três)
dias após a data designada para seu interrogatório;
6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado pedir exoneração até o interrogatório,
quando se tratar exclusivamente de abandono de cargo ou função, bem como inassiduidade.
§ 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, no mínimo 2 (dois) dias antes do interrogató-
rio, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser encontrado.
Ao passo que o acusado será citado, o denunciante será notificado. A citação deverá ser
feita de forma pessoal (normalmente, a medida é cumprida pelos Oficiais de Justiça). Aqui,
devemos memorizar que a citação do acusado deverá ser feita, obrigatoriamente, com a ante-
cedência mínima de 2 dias da data designada para o interrogatório.
E como estamos diante de um acusado que é servidor público, o mandado de citação será
cumprido tanto diretamente (perante o agente público) quanto por meio da entrega do docu-
mento ao respectivo superior hierárquico.
§ 3º - Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no endereço constante de seu assenta-
mento individual, furtando-se o acusado à citação ou ignorando-se seu paradeiro, a citação far-se-á
por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias antes do inter-
rogatório.
Aqui, estamos diante da situação em que a citação se revelou infrutífera em razão da não
localização do servidor. Neste caso, a citação ocorrerá por edital, que nada mais é do que um
documento confeccionado pela autoridade competente e disponibilizado no Diário Oficial do
Estado. Frisa-se que a publicação do edital deverá ocorrer com a antecedência mínima de 10
dias do interrogatório.
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Artigo 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar declarações, no interregno entre a data da
citação e a fixada para o interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim.
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado, próprio ou dativo.
§ 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante; antes porém de ser interrogado, poderá
ter ciência das declarações que aquele houver prestado.
Artigo 280 - Não comparecendo o acusado, será, por despacho, decretada sua revelia, prosseguin-
do-se nos demais atos e termos do processo.
Artigo 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado dativo.
O advogado dativo é aquele designado pela repartição pública com a finalidade de defen-
der o servidor. O objetivo é evitar futuras arguições de nulidade, priorizando as garantias cons-
titucionais do contraditório e da ampla defesa.
Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado que o representará em todos os atos e termos
do processo.
§ 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos atos e termos do processo, não sendo
obrigatória qualquer notificação.
§ 2º - O advogado será intimado por publicação no Diário Oficial do Estado, de que conste seu nome
e número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os dados necessários à iden-
tificação do procedimento.
§ 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando-se a constituir advogado, o presidente
nomeará advogado dativo.
§ 4º — O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advogado para prosseguir na sua defesa.
Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição.
Artigo 283 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias
para requerer a produção de provas, ou apresentá-las.
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas.
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusivamente por documentos, até as ale-
gações finais.
§ 3º - Até a data do interrogatório, será designada a audiência de instrução.
Artigo 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo
presidente e pelo acusado.
Parágrafo único. Tratando-se de servidor público, seu comparecimento poderá ser solicitado ao res-
pectivo superior imediato com as indicações necessárias.
Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente,
cônjuge, ainda que legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou filho
adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias.
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§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denunciante, ficam elas proibidas de depor,
observada a exceção deste artigo.
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem justa causa, será pela autoridade competente adotada
a providência a que se refere o artigo 262, mediante comunicação do presidente.
§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora da sede de seu exercício, terá direito a
transporte e diárias na forma da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precatória para esse
efeito à autoridade do domicílio do depoente.
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profis-
são, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
testemunho.
Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca diversa poderá ser inquirida pela autoridade do
lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimada
a defesa.
§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e os esclarecimentos pretendidos, bem
como a advertência sobre a necessidade da presença de advogado.
§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução do procedimento.
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosseguir até final decisão; a todo tempo, a
precatória, uma vez devolvida, será juntada aos autos.
Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado comparecerão à audiência designada indepen-
dente de notificação.
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento for relevante e que não comparecer es-
pontaneamente.
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá substituí-la, se quiser, levando na mesma
data designada para a audiência outra testemunha, independente de notificação.
Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o presidente, de ofício ou a requerimento da de-
fesa, ordenar diligências que entenda convenientes.
§ 1º - As informações necessárias à instrução do processo serão solicitadas diretamente, sem ob-
servância de vinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará, ob-
servados os impedimentos do artigo 275.
Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do procedimento administrativo permanecerão na repar-
tição competente.
§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante simples solicitação, sempre que não
prejudicar o curso do procedimento.
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§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para manifestação do acusado ou para apre-
sentação de recursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação a que se refere o parágrafo anterior e desde que
os autos estejam efetivamente disponíveis para vista.
§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos da repartição, mediante recibo, durante
o prazo para manifestação de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de processo
sob regime de segredo de justiça ou quando existirem nos autos documentos originais de difícil res-
tauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na repartição,
reconhecida pela autoridade em despacho motivado.
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo presidente, mediante decisão fundamentada, os
requerimentos de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as provas ilícitas,
impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fatos novos imputáveis ao acusado, po-
derá ser promovida a instauração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso conveniente,
aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa.
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá apresentar
alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias.
Parágrafo único. Não apresentadas no prazo as alegações finais, o presidente designará advogado
dativo, assinando-lhe novo prazo.
Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da apresenta-
ção das alegações finais.
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado, separadamente, as irregularidades
imputadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou punição e indicando,
nesse caso, a pena que entender cabível.
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quaisquer outras providências de interesse
do serviço público.
Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à autoridade que determinou sua instauração.
Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua instauração
deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a realização de diligência,
sempre que necessária ao esclarecimento de fatos.
Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade encarregada do processo administrativo terá
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5
(cinco) dias.
Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem
cabíveis, a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las,
justificadamente, dentro do prazo para julgamento, à autoridade competente.
Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão determinará os atos dela decorrentes e as providên-
cias necessárias a sua execução.
Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 8
(oito) dias, bem como averbadas no registro funcional do servidor.
Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo se-
cretário, quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como
certidões e compromissos.
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação, rubricando
o presidente as folhas acrescidas.
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§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por
cópia.
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço do indiciado.
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a autorida-
de que determinou a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure,
simultaneamente, o inquérito policial.
Parágrafo único. Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade
policial dará ciência dele à autoridade administrativa.
Uma mesma conduta pode configurar infração em mais de uma esfera, como, por exemplo,
na órbita administrativa e penal. Logo, tendo sido verificado no curso do processo administra-
tivo que o servidor cometeu crime, a autoridade que determinou a instauração providenciará
para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial.
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Artigo 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade.
§ 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada no
Diário Oficial do Estado ou da intimação pessoal do servidor, quando for o caso.
Obs.: Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo.
O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 dias
para, motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. Mantida a decisão, ou reformada par-
cialmente, será imediatamente encaminhada a reexame pelo superior hierárquico. Destaca-se
que o recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente denomi-
nado ou endereçado.
Importante destacar também que caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser re-
novado, de decisão tomada pelo Governador do Estado em única instância, no prazo de 30 dias.
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Além do recurso, o processo administrativo poderá ser objeto de revisão. Contudo, os fun-
damentos que justificam cada uma das medidas são bastante distintos. Diferente do recurso,
a revisão será cabível a qualquer tempo, desde que, para isso, surjam fatos ou circunstâncias
ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento que possam justificar a redução
ou anulação da pena aplicada. Por isso mesmo, devemos memorizar que a simples alegação
da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido de revisão.
Artigo 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba mais
recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedi-
mento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada.
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido.
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento.
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos.
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente.
Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.
Trata-se de característica bastante importante, uma vez que apenas a revisão (e não os
recursos) é que gozam da prerrogativa de não serem reformados para pior.
As demais regras relacionadas com a revisão podem ser visualizadas com base nas dispo-
sições dos artigos 317 a 321:
Artigo 317 - A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente, descen-
dente ou irmão, sempre por intermédio de advogado.
Parágrafo único. O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com indicação
daquelas que pretenda produzir.
Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso,
será competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido o
processamento, para a sua decisão final.
Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será este realizado por Procurador de Estado que
não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do requerente.
Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o apensamento dos autos originais e no-
tificará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou requerer outras
provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo.
Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos pela
decisão reformada.
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7. Disposições Finais
Nas disposições finais, encontramos regras específicas relacionadas com o estatuto dos
servidores. Neste ponto da matéria, devemos memorizar as seguintes informações:
a) O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funcionário Público Estadual”.
b) Os prazos previstos no estatuto serão todos contados por dias corridos. Logo, não se
computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento, que incidir em sábado, domin-
go, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.
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RESUMO
Como regra geral, o período de férias será de 30 dias por ano de efetivo exercício. O men-
cionado período, contudo, poderá ser reduzido para 20 dias, medida que ocorrerá quando o
servidor, no exercício anterior, tiver mais de 10 não comparecimentos relativos a faltas jus-
tificadas e injustificadas, ou às seguintes licenças: por motivo de doença em pessoa de sua
família, para tratar de interesses particulares e compulsoriamente, como medida profilática.
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Repreensão e Suspensão
Chefes de Gabinete
(qualquer prazo)
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Para fins de prova, devemos memorizar que o Termo de Ajustamento de Conduta poderá
ser adotado nos casos de extravio ou dano a bem público que não tenham decorrido de con-
duta dolosa praticada pelo funcionário. Um dos requisitos obrigatórios do TAC é o integral
ressarcimento do prejuízo.
A celebração do Termo de Ajustamento de Conduta poderá ser proposta pela autoridade
competente para a instauração da apuração preliminar, quando atendidos os seguintes requi-
sitos relativos ao funcionário interessado:
a) não ter agido com dolo ou má-fé;
b) ter mais de 5 anos de efetivo exercício no cargo ou função;
c) não ter sofrido punição de natureza disciplinar nos últimos 5 anos;
d) não ter sindicância ou processo disciplinar em curso;
e) não ter celebrado Termo de Ajustamento de Conduta nos últimos 3 anos.
O prazo de cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta não poderá ser inferior a 1
ano, nem superior a 2 anos.
O cumprimento das condições do Termo de Ajustamento de Conduta implicará a extinção
da punibilidade, que será declarada pelo Chefe de Gabinete (com possibilidade de delegação).
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O prazo para encerramento da sindicância é de 60 dias, ao passo que o prazo para conclu-
são do PAD é de 90 dias.
A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a incompatibilidade para nova
investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5 e 10 anos, respectivamente.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Conforme disciplinado na Lei n. 10.261/68, o funcionário
é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por
dolo ou culpa, devidamente apurados.
Com relação ao tema, assinale a alternativa correta.
a) Será responsabilizado o funcionário que delegar a pessoas estranhas às repartições o de-
sempenho de encargos que lhe competirem, sem exceções.
b) A responsabilidade administrativa exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal,
pois estas são dependentes.
c) Caracteriza-se especialmente a responsabilidade pela falta ou inexatidão das necessárias
averbações nas notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que tenham com
eles relação.
d) A importância da indenização deverá ser descontada da remuneração do funcionário, não
excedendo o desconto de 20% (vinte por cento) do valor bruto.
e) Nos casos em que o funcionário é obrigado a repor a importância do prejuízo causado para
indenizar a Fazenda Estadual, ser-lhe-á facultado optar pela forma de reposição com o devido
desconto em seus vencimentos.
002. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Nos termos da Lei n. 10.261/68, constitui um dos deve-
res do funcionário, dentre vários outros,
a) residir no local onde exerce o cargo ou onde for autorizado.
b) abandonar o local de trabalho quando sofrer ofensas físicas ou morais.
c) participar de todas as reuniões convocadas pelo sindicato de classe.
d) omitir-se diante das irregularidades cometidas pelo seu chefe imediato.
e) retirar, ainda que com a anuência do seu superior imediato, qualquer objeto existente na
repartição.
003. (VUNESP/MJ/TJ SP/2019) O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nes-
sa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Conforme
disciplinado na Lei n. 10.261/68, caracteriza-se especialmente a responsabilidade quando o
funcionário
a) valer-se de sua qualidade para desempenhar atividade estranha às suas funções para lograr
qualquer proveito.
b) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.
c) fundar sindicatos de funcionários ou dele fazer parte.
d) cometer faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os ma-
teriais sob a sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização.
e) incitar greves ou a elas aderir.
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006. (VUNESP/ALUN OF/PM SP/2018) Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo (Lei n. 10.261/68), o funcionário que adquirir materiais em desacordo
com as disposições legais e regulamentares
a) deverá indenizar o erário até o limite de seus vencimentos anuais, e será responsabilizado
civil e criminalmente pelos seus atos.
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b) restituirá em dobro o valor dos prejuízos causados ao poder público, e responderá processo
administrativo disciplinar, podendo sofrer a pena de demissão do serviço público.
c) responderá pelos seus atos somente se houve efetivo prejuízo aos cofres públicos, devendo
sua eventual responsabilidade ser apurada em processo criminal.
d) terá que justificar a compra perante seu superior hierárquico, que poderá isentá-lo de pena
se entender que o funcionário não agiu com dolo ou culpa.
e) será responsabilizado pelo respectivo gasto, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração
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c) em caso de desfalque aos cofres públicos, o servidor poderá repor a importância do prejuízo
causado em parcelas que não excedam à 10ª (décima) parte do vencimento ou remuneração.
d) para ser responsabilizado administrativamente, o servidor deverá ser condenado criminal-
mente, por decisão transitada em julgado.
e) ele pode exercer emprego ou função em empresas, estabelecimentos ou instituições que
tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado, desde que fora do horário de trabalho.
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c) a pena de suspensão, que não excederá 30 (trinta) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência
d) a autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa,
na base de 75% (setenta e cinco por cento) por dia de remuneração.
e) em restando configurado o abandono de cargo, caberá a aplicação da pena de suspensão.
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a) não é disciplinada por lei e, portanto, nada impede Minerva de assim agir.
b) é legalmente permitida.
c) pode ser adotada, desde que devidamente autorizada pelo chefe da repartição e que não
atrapalhe o bom andamento do serviço público.
d) se constitui em uma das exceções permitidas por lei que autoriza Minerva a adotá-la, tendo
em vista o pequeno valor por ela solicitado e o nobre objetivo de seu ato.
e) é proibida por lei.
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e) Se, ao invés da suspensão, Hércules for multado, ele não poderá ser obrigado a permanecer
em serviço.
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031. (FCC/ODP/DPE SP/2015) Beltrano, Oficial de Defensoria Pública do Estado de São Pau-
lo, formulou requerimento pleiteando a acumulação de suas férias. Nos termos da Lei Estadu-
al n. 10.261/1968, admite-se a acumulação de férias por absoluta necessidade de serviço e
pelo máximo de
a) dois anos consecutivos.
b) um ano consecutivo.
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032. (FCC/ODP/DPE SP/2013) Maria, servidora pública civil do Estado de São Paulo, pretende
tirar licença para tratar de interesses particulares. Nos termos da Lei Estadual n. 10.261/68
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo), referida licença
a) poderá ser negada se inconveniente ao interesse do serviço.
b) poderá, em situações excepcionais, ser concedida ao servidor removido, mesmo antes de
assumir o exercício do cargo.
c) é concedida pelo prazo máximo de três anos.
d) pode ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde que dentro do período de
cinco anos.
e) poderá ser novamente concedida depois de decorridos dois anos do término da anterior.
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GABARITO
1. c
2. a
3. d
4. a
5. a
6. e
7. b
8. d
9. a
10. e
11. b
12. d
13. c
14. b
15. b
16. e
17. a
18. c
19. e
20. e
21. d
22. a
23. b
24. a
25. a
26. e
27. a
28. b
29. a
30. d
31. a
32. a
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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Conforme disciplinado na Lei n. 10.261/68, o funcionário
é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por
dolo ou culpa, devidamente apurados.
Com relação ao tema, assinale a alternativa correta.
a) Será responsabilizado o funcionário que delegar a pessoas estranhas às repartições o de-
sempenho de encargos que lhe competirem, sem exceções.
b) A responsabilidade administrativa exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal,
pois estas são dependentes.
c) Caracteriza-se especialmente a responsabilidade pela falta ou inexatidão das necessárias averba-
ções nas notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação.
d) A importância da indenização deverá ser descontada da remuneração do funcionário, não
excedendo o desconto de 20% (vinte por cento) do valor bruto.
e) Nos casos em que o funcionário é obrigado a repor a importância do prejuízo causado para
indenizar a Fazenda Estadual, ser-lhe-á facultado optar pela forma de reposição com o devido
desconto em seus vencimentos.
a) Errada. A responsabilização do servidor ocorre quando a delegação ocorrer fora das hipóte-
ses legalmente previstas. Logo, há, ao contrário do que informado, exceções.
Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente
previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições, o de-
sempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
c) Correta. A alternativa exige o conhecimento de uma das situações que, de acordo com o
artigo 245, caracteriza especialmente a responsabilidade do servidor:
Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
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d) Errada. O valor máximo que pode ser descontado é de 10% do provento ou da remuneração,
e não, conforme afirmado, 20%.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.
e) Errada. O servidor não pode escolher a melhor forma de realizar a reposição ao Poder Públi-
co. Neste sentido, estabelece o artigo 247 que:
Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a
importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
recolhimento ou entrada nos prazos legais.
002. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Nos termos da Lei n. 10.261/68, constitui um dos deve-
res do funcionário, dentre vários outros,
a) residir no local onde exerce o cargo ou onde for autorizado.
b) abandonar o local de trabalho quando sofrer ofensas físicas ou morais.
c) participar de todas as reuniões convocadas pelo sindicato de classe.
d) omitir-se diante das irregularidades cometidas pelo seu chefe imediato.
e) retirar, ainda que com a anuência do seu superior imediato, qualquer objeto existente na
repartição.
Assim, a alternativa que apresenta um dos deveres do servidor público paulista é a Letra A:
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003. (VUNESP/MJ/TJ SP/2019) O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nes-
sa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Conforme
disciplinado na Lei n. 10.261/68, caracteriza-se especialmente a responsabilidade quando o
funcionário
a) valer-se de sua qualidade para desempenhar atividade estranha às suas funções para lograr
qualquer proveito.
b) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.
c) fundar sindicatos de funcionários ou dele fazer parte.
d) cometer faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os ma-
teriais sob a sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização.
e) incitar greves ou a elas aderir.
Para responder a questão, façamos uso das disposições do parágrafo único do artigo 245 da
norma em análise, de seguinte redação:
Assim sendo, apenas a Letra D elenca uma situação ensejadora de responsabilidade do agen-
tes estatal.
Letra d.
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Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens de-
vidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado de
decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão.
Sendo assim, Arceus terá direito de ser reintegrado no cargo que ocupava, uma vez que houve a ab-
solvição pela justiça com o trânsito em julgado da decisão que negou a existência de sua autoria.
Letra a.
Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regula-
mentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Letra a.
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006. (VUNESP/ALUN OF/PM SP/2018) Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo (Lei n. 10.261/68), o funcionário que adquirir materiais em desacordo
com as disposições legais e regulamentares
a) deverá indenizar o erário até o limite de seus vencimentos anuais, e será responsabilizado
civil e criminalmente pelos seus atos.
b) restituirá em dobro o valor dos prejuízos causados ao poder público, e responderá processo
administrativo disciplinar, podendo sofrer a pena de demissão do serviço público.
c) responderá pelos seus atos somente se houve efetivo prejuízo aos cofres públicos, devendo
sua eventual responsabilidade ser apurada em processo criminal.
d) terá que justificar a compra perante seu superior hierárquico, que poderá isentá-lo de pena
se entender que o funcionário não agiu com dolo ou culpa.
e) será responsabilizado pelo respectivo gasto, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração
Temos aqui uma questão que exige o conhecimento do artigo 246 da norma estadual, que, por
sua vez, apresenta a seguinte redação:
Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regula-
mentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Letra e.
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Ainda que, na situação narrada, o servidor não estivesse no exercício da função pública, infrin-
giu ele um dever estabelecido para os servidores estaduais:
Com exceção da Letra D, todas as demais alternativas elencas vedações conferidas aos servi-
dores públicos de São Paulo.
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Logo, pode ele, além destas situações, exercer emprego ou função em empresas públicas inte-
grantes da estrutura do governo estadual.
Letra d.
Como regra geral, o servidor não pode constituir-se em procurador de partes. A exceção fica
por conta dos interesses relacionados com o cônjuge ou parentes até o segundo grau.
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Para responder a questão, temos que fazer uso de dois importantes artigos da Lei Esta-
dual 10.261.
Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 248, Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do artigo 245, não tendo havido
má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Letra e.
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a) Errada. Ainda que seja um dever, para os servidores regidos pela Lei n. 10.261, guardar sigilo
sobre assuntos da repartição, devem eles, sempre que tiverem conhecimento, representar con-
tra as irregularidades para as autoridades competentes.
b) Correta. A alternativa versa sobre uma das proibições estabelecidas no estatuto em análise.
c) Errada. Quando a reposição for oriunda de prejuízo causado por desfalque, alcance, remis-
são ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais, o pagamento deverá
ser feito de uma só vez, não havendo possibilidade de desconto da 10ª parte da remuneração
ou vencimento do agente estatal.
Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omis-
são em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.
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a) readmissão e transferência.
b) reversão ao serviço ativo e transferência.
c) multa e reversão ao serviço ativo.
d) repreensão e multa.
e) reintegração e demissão.
Vejamos, de acordo com o estatuto paulista, quais são as penas disciplinares previstas:
O servidor deve cumprir todas as ordens superiores, exceto, como no caso apresentado, as
ordens ilegais, que devem ser representadas à autoridade superior.
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Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
cumprimento dos deveres.
b) Correta. Ao praticar crime contra a Administração Pública, deve o servidor ser sancionado
com a penalidade de demissão a bem do serviço público.
Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda Esta-
dual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
c) Errada. A suspensão não poderá exceder ao prazo de 90 dias, e não 30, conforme informado
pela alternativa.
Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência.
d) Errada. A pena de suspensão poderá ser convertida em multa à base de 50% da remunera-
ção ou vencimento por dia de exercício, e não 75%.
Art. 254, § 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade
em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o
funcionário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
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Dentre as alternativas propostas, apenas a Letra B trata-se de um dever dos servidores regidos
pela Lei n. 10.261:
Dentre as alternativas de resposta, a Letra E é a única que elenca, de forma correta, uma proi-
bição aos servidores regidos pela Lei n. 10.261.
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c) advertência.
d) suspensão.
e) demissão a bem do serviço público.
Em caso de ineficiência no serviço, será aplicada a pena de demissão, nos termos do estatuto
dos servidores do estado de São Paulo.
A Lei n. 10.261, de 1968, estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de
São Paulo.
De acordo com o artigo 251 da norma em questão, temos seguintes penalidades passíveis de
aplicação aos Servidores Públicos Estaduais:
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a) Errada. De acordo com o artigo 254, o prazo máximo para a pena de Suspensão é de 90 dias:
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência.
b) Errada. Nesta hipótese, a pena aplicável será a de Demissão, conforme teor do artigo 257:
c) Correta. Trata-se de uma possibilidade para as situações em que couber a pena de Suspen-
são, ou seja, a conversão em multa pecuniária de 50% da remuneração do período, conforme
disposição do artigo 254, § 2º:
A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa, na base
de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcionário, nesse
caso, obrigado a permanecer em serviço.
d) Errada. De acordo com o § 2º do artigo 256, a pena de demissão por ineficiência apenas será
aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação:
A pena de demissão por ineficiência no serviço, só será aplicada quando verificada a impossibilida-
de de readaptação.
e) Errada. A pena de repreensão apenas poderá ser aplicada por escrito, conforme previsão do
artigo 253:
A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento
dos deveres.
Letra c.
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b) não deve permitir que a empresa participe do certame, se a aquisição for destinada para uso
na unidade em que está lotada; caso seja o equipamento destinado a outras unidades, não há
vedação estatutária.
c) pode permitir que a empresa participe do certame, pois ao funcionário público somente é
vedado receber subvenções ou outros valores de forma não onerosa, podendo, portanto, esta-
belecer relação comercial com o Tribunal de Justiça.
d) pode permitir que a empresa participe do certame, pois o Estatuto somente vedaria a relação
comercial se a empresa de Maria fosse de natureza industrial ou bancária, o que não é o caso.
e) não deve permitir que a empresa participe do certame, pois é proibido ao funcionário público
participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de socieda-
des comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Tribunal
No caso narrado pela questão, estamos diante de uma servidora do TJ-SP que também é sócia
minoritária de uma empresa privada. Tal empresa, no entanto, resolve participar de uma licita-
ção promovida pelo tribunal.
A conduta é possível ou recairia em uma das proibições do Estatuto?
De acordo com o artigo 243 da norma em questão, temos a seguinte redação:
Logo, Maria não poderá permitir que a empresa da qual é sócia (ainda que minoritária) parti-
cipe da licitação, independente das aquisições serem ou não destinadas para a unidade onde
ela está lotada.
Letra e.
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d) se constitui em uma das exceções permitidas por lei que autoriza Minerva a adotá-la, tendo
em vista o pequeno valor por ela solicitado e o nobre objetivo de seu ato.
e) é proibida por lei.
De acordo com o artigo 242 da Lei n. 10.261 (Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de
São Paulo), temos as seguintes proibições aos servidores regidos pela norma:
De acordo com o artigo 4º do Estatuto dos Servidores de São Paulo, temos a definição que nos
permite responder a questão:
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Dentre as alternativas propostas, é a Letra A que apresenta, de forma correta, uma das proibi-
ções aos servidores públicos do estado de São Paulo.
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De acordo com a Lei n. 10.261, apenas a Letra A apresenta uma proibição aos servidores do
estado de São Paulo:
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Para responder à questão, façamos uso da literalidade do artigo 247 da Lei n. 10.261:
Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omis-
são em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Letra a.
a) Correta. A penalidade de suspensão não poderá ser aplicada por prazo superior e 90 dias.
b) Errada. A suspensão, quando aplicada, enseja a perda dos direitos e vantagens decorrentes
do exercício do cargo.
c) Errada. A suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento)
por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado a permane-
cer em serviço.
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d) Errada. Pela ineficiência no serviço, a penalidade aplicada será a de demissão, e não de suspensão.
e) Errada. Se o servidor revelar segredo de que tenha conhecimento em razão do cargo, deverá
ser penalizado com a sanção de demissão a bem do serviço público.
Letra a.
Apenas a Letra B elenca um dos deveres dos servidores públicos regidos pelas disposições da
Lei n. 10.261.
Na situação narrada, e tendo em vista que não houve má-fé, deverá o servidor sofrer a penali-
dade de repreensão. Em caso de reincidência, a suspensão é que deverá ser aplicada.
Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 248, Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido má-fé,
será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
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Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta-
mente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
Letra d.
031. (FCC/ODP/DPE SP/2015) Beltrano, Oficial de Defensoria Pública do Estado de São Pau-
lo, formulou requerimento pleiteando a acumulação de suas férias. Nos termos da Lei Estadu-
al n. 10.261/1968, admite-se a acumulação de férias por absoluta necessidade de serviço e
pelo máximo de
a) dois anos consecutivos.
b) um ano consecutivo.
c) três anos consecutivos.
d) três anos intercalados.
e) dois anos intercalados.
É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e pelo máximo de 2
(dois) anos consecutivos.
Letra a.
032. (FCC/ODP/DPE SP/2013) Maria, servidora pública civil do Estado de São Paulo, pretende
tirar licença para tratar de interesses particulares. Nos termos da Lei Estadual n. 10.261/68
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo), referida licença
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Artigo 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem venci-
mento ou remuneração, para tratar dntee iresses particulares, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos.
§ 1º Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao inte-
resse do serviço.
Letra a.
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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