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LEGISLAÇÃO

Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos


Servidores de São Paulo – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO
Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei Estadual n. 10.261/1968 - Estatuto dos Servidores de São Paulo - Parte II..........................4
1. Direitos e Vantagens em Geral.............................................................................................................................4
1.1. Férias................................................................................................................................................................................4
1.2. Licenças..........................................................................................................................................................................5
2. Direito de Petição..................................................................................................................................................... 10
3. Regime Disciplinar.. ................................................................................................................................................. 10
3.1. Deveres..........................................................................................................................................................................11
3.2. Proibições.. .................................................................................................................................................................13
3.3. Responsabilidades...............................................................................................................................................15
3.4. Penalidades..............................................................................................................................................................19
4. Providências Preliminares..................................................................................................................................23
5. Práticas Autocompositivas, Termo de Ajustamento de Conduta e Suspensão
Condicional da Sindicância. . ..................................................................................................................................... 24
5.1. Práticas Autocompositivas.............................................................................................................................25
5.2. Termo de Ajustamento de Conduta.............................................................................................................26
5.3. Suspensão Condicional da Sindicância. ................................................................................................... 28
6. Processo Administrativo Disciplinar............................................................................................................ 28
6.1. Processo por Inassiduidade............................................................................................................................37
6.2. Recursos e Revisão.............................................................................................................................................38
7. Disposições Finais...................................................................................................................................................40
Resumo.................................................................................................................................................................................41
Questões de Concurso................................................................................................................................................48
Gabarito............................................................................................................................................................................... 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60

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Diogo Surdi

Apresentação
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, concluiremos o estudo do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de
São Paulo, cuja previsão consta na Lei Estadual 10.261/1968.
Grande Abraço e boa aula!
Diogo

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LEI ESTADUAL N. 10.261/1968 - ESTATUTO DOS


SERVIDORES DE SÃO PAULO - PARTE II
1. Direitos e Vantagens em Geral
1.1. Férias
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores públi-
cos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada.
Decorre o direito de férias, desta forma, de uma previsão constitucional, conforme estabe-
lece o artigo 7º, XVII, da Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;

Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores.

Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais, observada a escala
que for aprovada.
§ 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e pelo máximo
de 2 (dois) anos consecutivos.
§ 3º - O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias, se o funcionário, no exercício anterior,
tiver, considerados em conjunto, mais de 10 (dez) não comparecimentos correspondentes a faltas
justificadas e injustificadas ou às licenças previstas nos itens IV, VI e VII do artigo 181.
§ 4º - Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em exercício.

Acerca do mencionado artigo, é importante destacar que, como regra geral, o período de
férias será de 30 dias por ano de efetivo exercício. O mencionado período, contudo, poderá ser
reduzido para 20 dias, medida que ocorrerá quando o servidor, no exercício anterior, tiver mais
de 10 não comparecimentos relativos a faltas justificadas e injustificadas, ou às seguintes li-
cenças: por motivo de doença em pessoa de sua família, para tratar de interesses particulares
e compulsoriamente, como medida profilática.
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Atendido o interesse do serviço, o funcionário poderá gozar férias de uma só vez ou em


dois períodos iguais. Contudo, somente depois do primeiro ano de exercício no serviço público
é que o servidor irá adquirir o direito a férias.
Caberá ao chefe da repartição ou do serviço organizar, no mês de dezembro, a escala de
férias para o ano seguinte, que poderá ser alterada de acordo com a conveniência do serviço.
Outro ponto a ser destacado é que o funcionário transferido ou removido, quando em gozo
de férias, não será obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.

1.2. Licenças
No exercício de suas atribuições, diversas são as licenças que poderão ser concedidas,
desde que atendidos os requisitos legais, aos servidores públicos estaduais.

Artigo 181 - O funcionário efetivo poderá ser licenciado:


I – para tratamento de saúde;
II – quando acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido por doença profissional;
III – no caso previsto no artigo 198;
IV – por motivo de doença em pessoa de sua família;
V – para cumprir obrigações concernentes ao serviço militar;
VI – para tratar de interesses particulares;
VII – no caso previsto no artigo 205;
VIII – compulsoriamente, como medida profilática;
IX – como prêmio de assiduidade.
X – para doação de tecidos, de órgãos, de parte de órgãos e de partes do corpo vivo para fins tera-
pêuticos ou de transplantes intervivos, nas hipóteses autorizadas pela legislação federal e mediante
inspeção médica, observado o estabelecido em decreto.

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Antes de conhecermos cada uma das licenças previstas no estatuto, é importante termos
contato com uma série de regras gerais, sendo elas:
a) Ao funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão não poderão ser con-
cedidas as seguintes licenças: por motivo de doença em pessoa de sua família, para tratar de
interesses particulares e para a funcionária casada com funcionário ou militar.
b) O funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão terá direito às licenças:
para tratamento de saúde; em razão de acidente no exercício de suas atribuições ou acometi-
do por doença profissional e, ainda, licença gestante. Tais licenças serão concedidas de acor-
do com as regras estabelecidas pelo regime geral de previdência social.
c) As licenças dependentes de inspeção médica serão concedidas pelo prazo indicado
pelos órgãos oficiais competentes.
d) A licença para doação de tecidos, de órgãos, de parte de órgãos e de partes do corpo
vivo para fins terapêuticos ou de transplantes intervivos, não poderá ser concedida mais de
uma vez por ano, salvo nos casos de doação de medula óssea para o mesmo receptor.
e) Terminada a licença, o funcionário deverá reassumir, imediatamente, o exercício do car-
go. O não atendimento desta exigência importará perda total do vencimento ou remuneração
correspondente ao período de ausência e, se esta exceder 15 dias consecutivos, ficará o fun-
cionário sujeito à pena de demissão por inassiduidade.
f) O funcionário afastado em licença para tratamento de saúde ou por acidente de trabalho
não poderá dedicar-se a atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença, sujeitando-
-se, também, à apuração de responsabilidade funcional.
g) O funcionário que se recusar a submeter-se à inspeção médica, quando julgada neces-
sária, será punido com pena de suspensão. A suspensão cessará no dia em que o agente
público realizar a inspeção.
h) Nas licenças que exigem inspeção médica, o servidor é obrigado a reassumir o exercício,
se for considerado apto em inspeção médica realizada ex-officio ou se não subsistir a doença
na pessoa de sua família.
i) As seguintes licenças não serão concedidas em prorrogação, cabendo ao funcionário ou
à autoridade competente ingressar, quando for o caso, com um novo pedido: para tratamento
de saúde; quando acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido por doença pro-
fissional; por motivo de doença em pessoa de sua família.
Vejamos agora, por meio do gráfico a seguir, as características de cada uma das licenças
previstas no estatuto dos servidores estaduais.

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Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver impossibilitado


para o exercício do cargo, será concedida licença até o máximo de 4
anos, com vencimento ou remuneração.
Terminado o prazo da licença, o funcionário será submetido à
inspeção médica, que poderá concluir pela sua aposentadoria
(quando verificada a sua invalidez) ou permitirá o licenciamento além
do prazo inicial (quando não se justificar a aposentadoria)
Licença para Importante salientar que será obrigatória a reversão do aposentado,
Tratamento de desde que cessados os motivos determinantes da aposentadoria.
Saúde A licença para tratamento de saúde dependerá de inspeção médica
oficial, podendo ser concedida tanto mediante pedido do servidor
quanto de ofício.
Quando o deferimento for de ofício, a medida será determinada por
decisão do órgão oficial em duas situações, sendo elas:
a) quando as condições de saúde do funcionário assim o
determinarem;
b) a pedido do órgão de origem do funcionário.
O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que
tenha adquirido doença profissional terá direito à licença com
vencimento ou remuneração.
Para a conceituação do acidente da doença profissional, serão
adotados os critérios da legislação federal de acidentes do trabalho.
Licença ao Para os efeitos da presente licença, considera-se também acidente:
Funcionário a) a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício
Acidentado no de suas funções;
Exercício de b) a lesão sofrida pelo funcionário, quando em trânsito, no percurso
suas Atribuições usual para o trabalho.
ou Atacado A licença em questão não poderá exceder de 4 anos. Desta forma,
de Doença no caso de acidente, uma vez verificada a incapacidade total para
Profissional qualquer função pública, será desde logo concedida aposentadoria
ao funcionário.
A comprovação do acidente, indispensável para a concessão da
licença, será feita em procedimento próprio, que deverá iniciar-
se no prazo de 10 dias, contados da data do acidente. Após o
procedimento, caberá ao órgão médico oficial a decisão.

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À funcionária gestante será concedida licença de 180 dias, com


vencimento ou remuneração, observado o seguinte:
a) a licença poderá ser concedida a partir da 32ª semana de
gestação, mediante documentação médica que comprove a gravidez
e a respectiva idade gestacional;
Licença à b) ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será
Funcionária esta concedida mediante a apresentação da certidão de nascimento
Gestante e vigorará a partir da data do evento, podendo retroagir até 15 dias;
c) durante a licença, cometerá falta grave a servidora que exercer
qualquer atividade remunerada ou mantiver a criança em creche ou
organização similar;
d) no caso de natimorto, será concedida a licença para tratamento
de saúde, a critério médico, na forma legalmente estabelecida.
O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do
cônjuge e de parentes até segundo grau.
A licença será concedida com vencimentos ou remuneração até 1
Licença por
mês. Após, a concessão ocorrerá com os seguintes descontos:
Motivo de
a) de 1/3, quando exceder a 1 mês até 3 meses;
Doença em
b) 2/3, quando exceder a 3 meses até 6 meses;
Pessoa da
c) sem vencimento ou remuneração, do sétimo ao vigésimo mês;
Família
No cálculo da remuneração devida, serão somadas as licenças
concedidas durante o período de 20 meses, contado a partir da
primeira concessão.
Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros
encargos da segurança nacional, será concedida licença sem
vencimento ou remuneração.
A licença será concedida mediante comunicação do funcionário ao
Licença para chefe da repartição ou do serviço, acompanhada de documentação
Atender a oficial que prove a incorporação.
Obrigações O funcionário desincorporado reassumirá imediatamente o
Concernentes ao exercício, sob pena de demissão por inassiduidade se a ausência
Serviço Militar exceder a 15 dias consecutivos.
Ao funcionário que houver feito curso para ser admitido como oficial
da reserva das Forças Armadas, será também concedida licença sem
vencimento ou remuneração, durante os estágios prescritos pelos
regulamentos militares.

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Após 5 anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem


vencimento ou remuneração, para tratar de interesses particulares,
pelo prazo máximo de 2 anos.
Considerando que estamos diante de uma licença discricionária,
poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário
Licença para for inconveniente ao interesse do serviço.
Tratar de Um ponto importante é que a licença poderá ser gozada
Interesses parceladamente, a juízo da Administração Pública, desde que dentro
Particulares do período de 3 anos.
Destaca-se que não será concedida licença para tratar de interesses
particulares ao funcionário nomeado, removido ou transferido, antes
de assumir o exercício do cargo.
De igual forma, apenas poderá ser concedida nova licença depois de
decorridos 5 anos do término da licença anterior.
A funcionária casada com funcionário estadual ou com militar terá
Licença à
direito à licença, sem vencimento ou remuneração, quando o marido
Funcionária
for mandado servir, independentemente de solicitação, em outro
Casada com
ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro.
Funcionário ou
A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e
Militar
vigorará pelo tempo que durar a comissão ou a nova função do marido.
O funcionário ao qual se possa atribuir a condição de fonte de
infecção de doença transmissível poderá ser licenciado, enquanto
durar essa condição, a juízo de autoridade sanitária competente, e
na forma prevista no regulamento.
Licença Verificada a procedência da suspeita, o funcionário será licenciado
Compulsória para tratamento de saúde, considerando-se incluídos no período da
licença os dias de licenciamento compulsório.
Quando não positivada a moléstia, deverá o funcionário retornar ao
serviço, considerando-se como de efetivo exercício, para todos os
efeitos legais, o período de licença compulsória.
O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90
dias em cada período de 5 anos de exercício ininterrupto, desde que, no
período, não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.
O período da licença será considerado de efetivo exercício para
todos os efeitos legais, e não acarretará desconto algum no
vencimento ou remuneração.
O funcionário poderá requerer o gozo da licença-prêmio:
a) por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15 dias;
b) até o implemento das condições para a aposentadoria voluntária.
Licença-Prêmio Após o recebimento do pedido, caberá à autoridade competente:
a) adotar, após manifestação do chefe imediato, sem prejuízo para o
serviço, as medidas necessárias para que o funcionário possa gozar
a licença-prêmio a que tenha direito;
b) decidir, após manifestação do chefe imediato, observada a opção
do funcionário e respeitado o interesse do serviço, pelo gozo da
licença-prêmio por inteiro ou parceladamente.
O gozo da licença-prêmio dependerá de novo requerimento caso
esta não se inicie em até 30 dias, contados da publicação do ato que
o houver autorizado.

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2. Direito de Petição
De acordo com o artigo 239, temos a previsão de que:

É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de pagamento, o direito de


petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos.

Neste sentido, qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta
incompatível no serviço público. Além disso, temos a garantia de que, em nenhuma hipótese,
a Administração Pública poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição,
sob pena de responsabilidade do agente.

 Obs.: Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como de pedir recon-
sideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 dias, salvo previsão legal específica.

Vejamos a literalidade dos artigos relacionados com o direito de petição:

Artigo 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de pagamento,


o direito de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos.
§ 1º - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no
serviço público.
§ 2º - Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apre-
ciar a petição, sob pena de responsabilidade do agente.
Artigo 240 - Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos
desta lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta) dias,
salvo previsão legal específica.

3. Regime Disciplinar
Vamos compreender a origem do Regime Disciplinar relembrando alguns conceitos de Di-
reito Administrativo, mais precisamente dos poderes hierárquico e disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do Poder Disciplinar que a Administração Púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela por
algum vínculo específico.
Dessa forma, existe Poder Disciplinar quando a Administração Pública aplica a penalidade
de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado.
Do mesmo modo, temos uma manifestação do Poder Disciplinar quando um órgão públi-
co, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um Contrato
Administrativo, aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um
desses casos a pessoa punida estava subordinada à Administração.

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E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante Poder: o Hie-


rárquico. Por meio dele, a Administração possui as prerrogativas de delegar, avocar, fiscalizar
e, o que interessa para nossa aula, aplicar sanções.

 Obs.: Assim, chegamos a uma importante constatação:


 - Quando a Administração pune internamente os seus servidores pelas infrações por
eles cometidas, estamos diante do Poder Disciplinar exclusivamente interno. Esse
Poder, justamente por ser apenas interno, deriva do Poder Hierárquico.
 - Quando a Administração pune algum particular que mantém um vínculo específico
com ela (como uma empresa privada que tenha celebrado um Contrato Administrati-
vo) também estamos diante do Poder Disciplinar, só que agora, ao contrário do exem-
plo anterior, o mesmo aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não deriva do Poder
Hierárquico.

Tudo isso nos permite afirmar que o Regime Disciplinar da Administração Pública é decor-
rência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
O regime disciplinar compreende os deveres, as proibições, as responsabilidades e as pe-
nalidades aplicáveis aos servidores.

3.1. Deveres
O Estatuto Estadual elenca uma série de deveres que devem ser observados pelos servido-
res públicos do Estado de São Paulo.
Importante salientar que tal lista consta de um rol exemplificativo, de forma que outros
deveres previstos em outras normas funcionais (tais como os códigos de ética) devem igual-
mente ser observados pelos agentes públicos. Vejamos os deveres previstos na Lei n. 10.261:

Art. 241, São deveres do funcionário:


I – ser assíduo e pontual;
II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV – guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, decisões ou
providências;
V – representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no exercí-
cio de suas funções;
VI – tratar com urbanidade as pessoas;
VII – residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
VIII – providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua declaração
de família;

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IX – zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guarda
ou utilização;
X – apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando for
o caso;
XI – atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII – cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
XIII – estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam
respeito às suas funções;
XIV – proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.

001. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Dentre os deveres estabelecidos pelo


Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, encontra-se previsto expres-
samente o dever de
a) levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da primeira
autoridade com a qual tiver contato.
b) prestar, ao público em geral, as informações requeridas no prazo máximo de 48 (quarenta e
oito) horas.
c) estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que di-
gam respeito às suas funções.
d) atender com urgência e preferência à expedição de certidões requeridas para defesa de
direito ou para esclarecimento de situações de interesse pessoal.
e) cumprir as ordens superiores, mesmo quando manifestamente ilegais, cabendo, nesse caso,
todavia, representar contra elas.

A alternativa que apresenta um dever do servidor é a Letra C, de forma que estes devem estar
em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam res-
peito às suas funções.

Artigo 241 - São deveres do funcionário:


XIII – estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam
respeito às suas funções; e
Letra c.

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3.2. Proibições
Tal como ocorre com os deveres, as situações de proibições constam de uma lista exem-
plificativa e tratam-se de hipóteses de fácil compreensão.

Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:


II – retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existen-
te na repartição;
III – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estranhas
ao serviço;
IV – deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
V – tratar de interesses particulares na repartição;
VI – promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se solidário
com elas;
VII – exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas de donati-
vos dentro da repartição;
VIII – empregar material do serviço público em serviço particular.
Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:
I – fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como representante
de outrem;
II – participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de sociedades
comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado, se-
jam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado;
III – requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores seme-
lhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, estabelecimen-
tos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalida-
de da repartição ou serviço em que esteja lotado; (A vedação mencionada, contudo, não se aplica
ao funcionário de órgão ou entidade concedente de estágio que atuar como professor orientador)
V – aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
VI – comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II deste
artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII – incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII – praticar a usura;
IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição públi-
ca, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
X – receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro,
mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de qualquer natureza;
XI – valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às funções ou
para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;
XII – fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.
Parágrafo único. — Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a participação
do funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção ou gerência de
cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio.

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Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
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Chamo a atenção para o inciso VII, que estabelece como uma vedação “o servidor incitar
greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público”.
Especificamente em relação às greves, devemos ter em conta que as disposições do esta-
tuto dos servidores estão em desconformidade com as regras da Constituição Federal. Atu-
almente, o direito de greve é assegurado a todos os servidores de todos os entes federativos,
ressalvadas algumas categorias específicas, como os militares, que não podem fazer uso des-
te direito.

Para fins de prova, devemos memorizar que o direito de greve


é amplamente assegurado aos servidores públicos. Apenas
categorias específicas é que não poderão fazer uso desta prer-
rogativa.

No artigo 244, encontramos uma importante vedação. E isso se deve pelo fato da proibição
ser a regra geral, comportando uma situação de exceção.

Artigo 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo
grau, salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 (dois)
o número de auxiliares nessas condições.

Sendo assim, a regra geral é a vedação do servidor trabalhar sob as ordens imediatas de
parentes até segundo grau, algo que poderia vir a gerar conflito de interesses. Contudo, quan-
do estivermos diante de funções de confiança e livre escolha, o trabalho será possível. Neste
caso, o número de auxiliares não poderá exceder a dois.
Neste contexto, merece ser destaco o teor da Súmula Vinculante n. 13, popularmente co-
nhecida como súmula antinepotismo.

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pes-
soa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta
em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Portanto, se levarmos em conta o regramento atual, a vedação em questão deve ser en-
tendida não apenas para o segundo grau (como afirma o estatuto), mas sim também para o
vínculo mantido até o terceiro grau.

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002. (VUNESP/2011/TJM/OFICIAL DE JUSTIÇA) Nos termos do Estatuto dos Funcionários


Públicos Civis do Estado de São Paulo, é proibido ao funcionário público
I – participar na gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de socie-
dades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do
Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam relacionadas com a finalidade da reparti-
ção ou serviço em que esteja lotado;
II – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estra-
nhas ao serviço;
III – referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou
qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas;
IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, estabeleci-
mentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com
a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado.
Está correto o contido em
a) I, II e IV, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

Como vimos, apenas o Item III não apresenta uma proibição aos servidores paulistas, uma vez
que não consta na lista de proibições da norma em análise.
Importante frisar, no entanto, que a vedação em questão constava, inicialmente, no texto da Lei
n. 10.261, mais precisamente no inciso I do artigo 242. No entanto, a conduta em questão foi
revogada em 2009, por intermédio da Lei Complementar 1.096.
Letra A.

3.3. Responsabilidades
De acordo com as disposições da Lei n. 10.261, três são as esferas de responsabilidade a
que os servidores públicos do estado de São Paulo estão submetidos, sendo elas: civil, admi-
nistrativa e penal.

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Antes de conhecermos cada uma destas esferas de responsabilização, vejamos a regra


geral acerca da responsabilidade dos agentes estatais, cuja previsão consta expressamente
no artigo 245:

Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I – pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não
prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regi-
mentos, instruções e ordens de serviço;
II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais
sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.

Inicialmente, é possível verificar que o servidor público é responsável por todos os prejuí-
zos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual. Para fins de apuração do prejuízo, serão
consideradas tanto as condutas dolosas (em que o servidor age com intenção) quanto as cul-
posas (em que o agente atua com negligência, imprudência ou imperícia).
Em todas as situações, havendo prejuízos à Fazenda Pública, o servidor deverá ser respon-
sabilizado, sendo a ele assegurados, como não poderia deixar de ser, as garantias do contra-
ditório e da ampla defesa. Tais garantias são possíveis na medida em que a norma determina
que o prejuízo deverá ser devidamente apurado.
A apuração, por sua vez, ocorre por meio de um processo administrativo. No curso do pro-
cesso, ao saber as acusações que contra ele estão sendo formuladas, o Poder Público citará o
servidor para fazer uso das garantias do contraditório e da ampla defesa.
A norma estadual, em caráter exemplificativo, elenca algumas situações em que a respon-
sabilidade estará caracterizada, sendo elas:
a) pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou
por não prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regu-
lamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;
b) pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
c) pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
d) por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.

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Em tais situações, em virtude da gravidade ou da especificidade da conduta, há uma pre-


sunção de que houve prejuízo aos cofres públicos. Ainda assim, ressalta-se, a responsabiliza-
ção apenas irá gerar uma sanção após o servidor, no curso do processo administrativo, fazer
uso das garantias que a ele são devidas.
A esfera civil pode ser entendida como todos os atos do servidor, seja por ação (comissivo)
ou omissão, que acarretem prejuízos ao erário.

Mas o que será que acontece quando os prejuízos causados pelo servidor são em relação
a terceiros?

Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a Teoria da Impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor são atribuídas ao órgão ou entidade no
qual ele desempenha suas atribuições), temos que, de início, é o órgão ou a entidade que irá
responder pelos danos causados.
Feito isso, a Administração impetra uma Ação Regressiva contra o servidor, que responde-
rá pela mesma no caso de dolo (intenção de cometer o dano) ou culpa (quando houve impru-
dência, negligência ou imperícia).
Importante frisar que, de acordo com o artigo 246:

o funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares, será
responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, po-
dendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.

A título de exemplo, podemos citar o servidor responsável pelo setor de compras de uma repar-
tição pública, e que adquire, sem a realização de licitação, bens comum (que devem, como é
sabido, ser objeto de licitação na modalidade pregão).
Por não observar as disposições legais e regulamentares, o agente será responsabilizado pelo
custo devido pelos cofres públicos, além, claro, das penalidades cabíveis. Em relação ao custo
(esfera cível), o valor poderá ser objeto de desconto no vencimento ou remuneração do servi-
dor público.

Outro importante dispositivo do Estatuto em estudo afirma que, em caso de dano à Fa-
zenda Estadual decorrente de desfalque, alcance, remissão ou omissão do servidor referente
ao recolhimento ou entrada nos prazos legais, acarretará a reposição em UMA SÓ VEZ aos
cofres públicos.
Em todas as demais hipóteses de dano aos cofres públicos, poderá ocorrer o parcelamen-
to, de forma que o valor das parcelas mensais não poderá ser superior à 10% da remuneração.

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Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omis-
são em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser descon-
tada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor destes.

Deve ser frisado que as três esferas de responsabilidade são independentes, podendo ser
aplicadas de forma cumulativa.
Neste contexto, o estatuto estabelece que a responsabilidade administrativa não exime
o funcionário da responsabilidade civil ou criminal que no caso couber, nem o pagamento da
indenização a que ficar obrigado.

Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil ou


criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na forma dos
arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
§ 1º - A responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal.
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens
devidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado
de decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão.
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado para aguardar decisão judicial por despa-
cho motivado da autoridade competente para aplicar a pena.

Caso o servidor, ao responder processo decorrente de responsabilização, for absolvido, de-


verá ele ser reintegrado ao serviço público, no cargo em que ocupava e com todos os direitos
e vantagens devidas. Mas para que isso ocorra, a decisão deve ter transitado em julgado (não
podendo mais ser objeto de recurso) e ter negado a existência de sua autoria ou do fato que
deu origem à sua demissão.

Vamos entender melhor esta previsão?

Inicialmente, o servidor, ao ser responsabilizado e responder a processo administrativo, é consi-


derado culpado, medida que, a depender da gravidade da conduta, implica na demissão do agente
público. Inconformado, o servidor entra com uma ação judicial buscando provar que é inocente.

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Caso a decisão judicial, já após todos os recursos possíveis, comprovar a negativa da autoria (o
fato ocorreu, mas não foi de autoria do servidor) ou a negativa do fato (a situação ensejadora da res-
ponsabilidade sequer ocorreu), terá o servidor o direito de ser reintegrado ao serviço público, opor-
tunidade em que voltará a ocupar o cargo que ocupava, com todos os direitos e vantagens devidas.
E como estamos diante de uma ação judicial, o processo administrativo, caso esteja ainda
em curso, apenas poderá ser sobrestado (paralisado para aguardar a decisão judicial) por meio
de despacho motivado da autoridade competente para aplicar a pena disciplinar administrativa.

3.4. Penalidades
São as seguintes as penalidades disciplinares passíveis de aplicação aos servidores públi-
cos estaduais:
a) repreensão;
b) suspensão;
c) multa;
d) demissão;
e) demissão a bem do serviço público;
f) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres. Assemelha-se, em muitos aspectos, à penalidade de advertência de
diversos outros estatutos funcionais.
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência das faltas anteriormente punidas com repreensão.
Importante sabermos que, à critério da autoridade competente, nas situações em que for
conveniente para o Serviço Público, a pena de suspensão pode ser substituída por multa de
50% por dia trabalhado.

Para entendermos bem, imaginemos uma situação onde um servidor foi punido com suspen-
são. No entanto, como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso
para o serviço público o fato do servidor penalizado permanecer sem trabalhar durante o prazo
de cumprimento da penalidade.
Ainda que a Administração tenha o dever de punir, desta punição não poderá resultar um pre-
juízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público.
Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a Administração
poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situação em que o servidor permanece-
rá trabalhando e receberá apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho.

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A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou
regulamento.
Já a demissão será utilizada nas situações que acarretem infrações mais graves, sendo,
por isso mesmo, de caráter vinculado, ou seja, sem margem de escolha entre a penalidade que
melhor se coaduna com o caso concreto.

A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do investi-


gado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe
de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado”
(MS 15.517/DF, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, DJe 18/02/2011).

Art. 256, Será aplicada a pena de demissão nos casos de:


II – procedimento irregular, de natureza grave;
III – ineficiência no serviço;
IV – aplicação indevida de dinheiros públicos, e
V – inassiduidade.

Considerar-se-á inassiduidade a ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de


15 dias consecutivos ou por mais de 20 dias úteis, intercalados, durante 1 ano. Para configu-
ração do ilícito administrativo de inassiduidade em razão da ausência ao serviço por mais de
15 dias consecutivos, será observado o seguinte:
a) serão computados os sábados, os domingos, os feriados e os pontos facultativos sub-
sequentes à primeira falta;
b) se o funcionário cumprir a jornada de trabalho sob regime de plantão, além dos sábados,
dos domingos, dos feriados e dos pontos facultativos, serão computados os dias de folga sub-
sequentes aos plantões a que tenha faltado.
Importante destacar, também, que a pena de demissão por ineficiência no serviço apenas
será aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação.
As hipóteses de demissão à bem do serviço público são situações previstas no artigo 257
do Estatuto dos Servidores:

Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
I – for convencido de incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda Esta-
dual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça dolosamente
e com prejuízo para o Estado ou particulares;
IV – praticar insubordinação grave;
V – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima
defesa;
VI – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta-
mente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;

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VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de interesses ou o
tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;
IX – exercer advocacia administrativa;
X – apresentar com dolo declaração falsa em matéria de salário-família, sem prejuízo da responsa-
bilidade civil e de procedimento criminal, que no caso couber.
XI – praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e terrorismo;
XII – praticar ato definido como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou ocultação de
bens, direitos ou valores;
XIII – praticar ato definido em lei como de improbidade.

Por fim, temos a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, hipóteses em que o agen-


te causador das infrações é o inativo. Logo, é correto afirmar que será aplicada a pena de cas-
sação de aposentadoria ou disponibilidade, se ficar provado que o inativo:
a) praticou, quando em atividade, falta grave para a qual é cominada nesta lei a pena de
demissão ou de demissão a bem do serviço público;
b) aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
c) aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do Presidente da
República;
d) praticou a usura em qualquer de suas formas.

003. (VUNESP/2011/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) São penas disciplinares:


a) advertência, suspensão e multa.
b) expulsão, multa e advertência.
c) suspensão, demissão e prisão administrativa.
d) demissão, repreensão e suspensão.
e) expulsão, multa e demissão.

A lista das penas disciplinares que podem ser aplicadas para os servidores do estado de São
Paulo encontra previsão no artigo 251 da Lei n. 10.261:

Artigo 251 - São penas disciplinares:


I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público; e
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Letra d.

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No âmbito das disposições concernentes às penalidades, precisamos saber quem é com-


petente para aplicar cada tipo de sanção:
Repreensão até Suspensão
Diretores de Departamento e Divisão
de 30 dias

Repreensão até Suspensão


Coordenadores
de 60 dias

Repreensão e Suspensão
Chefes de Gabinete
(qualquer prazo)

Governador, os Secretários de Estado,


Todas as penalidades o Procurador Geral do Estado e os
Superintendentes de Autarquia
Também é importante conhecermos os prazos prescricionais para a aplicação das san-
ções, ou seja, o lapso de tempo a partir do qual o Poder Público não mais poderá fazer uso da
prerrogativa de punir internamente seus servidores. Tais prazos estão previstos no artigo 261
da Lei n. 10.261/1968, que assim dispõe:

Artigo 261 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição:


I – da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos;
II – da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação da
aposentadoria ou disponibilidade, em 5 (cinco) anos;
III – da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de prescrição em abstrato da pena crimi-
nal, se for superior a 5 (cinco) anos.
§ 1º - A prescrição começa a correr:
1 - do dia em que a falta for cometida;
2 - do dia em que tenha cessado a continuação ou a permanência, nas faltas continuadas ou permanentes.
§ 2º - Interrompem a prescrição a portaria que instaura sindicância e a que instaura processo
administrativo.
§ 3º - O lapso prescricional corresponde:
1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao da pena efetivamente aplicada;
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em tese cabível.
§ 4º - A prescrição não corre:
1 - enquanto sobrestado o processo administrativo para aguardar decisão judicial, na forma do § 3º
do artigo 250;
2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a ser restabelecido.
3 - durante a suspensão da sindicância, nos termos do artigo 267-N desta lei;
4 - no curso das práticas autocompositivas;
5 - durante o prazo estabelecido para o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta.
§ 5º - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato
nos assentamentos individuais do servidor.
§ 6º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição deverá desde logo determinar, quando for
o caso, as providências necessárias à apuração da responsabilidade pela sua ocorrência.

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O funcionário que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer exigência para cujo cum-
primento seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou remu-
neração até que satisfaça essa exigência.
E como não poderia ser diferente, deverão constar do assentamento individual do funcio-
nário todas as penas que a ele forem impostas.

4. Providências Preliminares
A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada por
funcionário adotará providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das medidas
urgentes que o interesse da Administração exigir, podendo submeter o caso às práticas auto-
compositivas ou propor celebração de termo de ajustamento de conduta.
Uma importante novidade legislativa é a previsão de que a autoridade poderá, desde logo,
submeter o caso às práticas autocompositivas, especialmente nas situações em que eviden-
ciada a ocorrência de conflitos interpessoais. O objetivo, com a medida, é a melhor solução
para resguardar o interesse público.
Quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria, a autori-
dade competente realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa, con-
forme previsão do artigo 265:

Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa,


quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria.
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Chefe
de Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término dos
trabalhos.
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar fundamentadamente pelo arqui-
vamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo.

A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 dias. Não concluída a apuração no
prazo estabelecido, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Chefe de Gabinete relató-
rio das diligências realizadas, bem como definir o tempo necessário para o término dos trabalhos.

Uma vez determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu


curso, havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete,
por despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências:
a) afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrati-
va ou a apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 dias, prorro-
gáveis uma única vez por igual período. Destaca-se que o período de afastamento preven-
tivo computa-se como de efetivo exercício, não sendo descontado da pena de suspensão
eventualmente aplicada.

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b) designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocrá-


ticas até decisão final do procedimento;
c) recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas;
d) proibição do porte de armas;
e) comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência
dos atos do procedimento;
A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo administra-
tivo poderá representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas elencadas,
bem como sua cessação ou alteração. Como estamos no âmbito de medidas facultativas, o
Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer cessar ou
alterar as medidas anteriormente determinadas.

5. Práticas Autocompositivas, Termo de Ajustamento de Conduta e Sus-


pensão Condicional da Sindicância

As práticas autocompositivas, o termo de ajustamento de conduta e a suspensão condi-


cional da sindicância podem ser definidos como medidas destinadas a conferir celeridade ao
processo de apuração da responsabilização do servidor público.
Tais medidas podem ser propostas, desde que mediante autorização, pela autoridade compe-
tente para determinar a apuração de irregularidade e a instauração de sindicância ou processo ad-
ministrativo, bem como pelo Procurador do Estado responsável pela condução dos procedimentos.

Artigo 267-A - A autoridade competente para determinar a apuração de irregularidade e a instau-


ração de sindicância ou processo administrativo e o Procurador do Estado responsável por sua
condução ficam autorizados, mediante despacho fundamentado, a propor as práticas autocompo-
sitivas, a celebração de termo de ajustamento de conduta, bem como a suspensão condicional da
sindicância, nos termos desta lei.

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5.1. Práticas Autocompositivas


As práticas autocompositivas, a serem regulamentadas por decreto, serão orientadas pe-
los princípios da voluntariedade, corresponsabilidade, reparação do dano, confidencialidade,
informalidade, consensualidade e celeridade, observado o seguinte:
a) as sessões serão conduzidas por facilitador de justiça restaurativa ou mediador devi-
damente capacitado e realizadas em ambiente adequado que resguarde a privacidade dos
participantes e a confidencialidade de suas manifestações;
b) a participação do funcionário será voluntária e a eventual recusa não poderá ser consi-
derada em seu desfavor.
Como exemplo de práticas autocompositivas, temos a mediação, a conciliação, os proces-
sos circulares e outras técnicas de justiça restaurativa.
Para aplicação das práticas autocompositivas, é necessário que as partes reconheçam
os fatos essenciais, sem que isso implique admissão de culpa em eventual sindicância ou
processo administrativo. O conteúdo das sessões restaurativas é sigiloso, não podendo ser
utilizado como prova em processo administrativo ou judicial.
No que se refere ao fluxo processual das práticas autocompositivas, devemos fazer uso
das regras expressas no artigo 267-C, de seguinte redação:

Artigo 267-C - A autoridade competente para determinar a apuração de irregularidade e a instaura-


ção de sindicância ou processo administrativo e o Procurador do Estado responsável por sua con-
dução poderão, em qualquer fase, encaminhar o caso para as práticas autocompositivas, mediante
despacho fundamentado.
§ 1º - O encaminhamento às práticas autocompositivas poderá ocorrer de forma alternativa ou con-
corrente à sindicância ou ao processo administrativo.
§ 2º - Se o encaminhamento às práticas autocompositivas se der de forma alternativa ao procedi-
mento disciplinar, o despacho fundamentado a que se refere este artigo suspenderá o prazo prescri-
cional, enquanto realizadas.

Como resultado das práticas autocompositivas, teremos a celebração de um acordo. Logo,


o acordo celebrado na sessão autocompositiva será homologado pela autoridade administra-
tiva competente para determinar a instauração da sindicância ou pelo Procurador do Estado
responsável por sua condução.
Posteriormente, o cumprimento do acordo celebrado na sessão autocompositiva extingue
a punibilidade nos casos em que, cumulativamente:
a) a conduta do funcionário não gerou prejuízo ao Erário ou este foi integralmente reparado;
b) forem cabíveis, em tese, as penas de repreensão, suspensão e multa.
A extinção da punibilidade será declarada pelo Chefe de Gabinete, que poderá delegar
esta atribuição.
Já nos casos em que o cumprimento do acordo restaurativo não ensejar a extinção da pu-
nibilidade, o instrumento deverá ser considerado pela autoridade competente para mitigação
da sanção, objetivando sempre a melhor solução para o serviço público.

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5.2. Termo de Ajustamento de Conduta


Em linhas gerais, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pode ser entendido como um
documento no qual os legitimados celebram com o infrator o compromisso de não mais exe-
cutar determinado comportamento. Em caso de descumprimento, a parte fica sujeita a uma
série de cominações.
O TAC foi introduzido em nosso ordenamento jurídico por intermédio da edição do Estatuto
da Criança e do Adolescente, sendo aplicado, inicialmente, apenas às questões que versaram
sobre a infância e a juventude. Posteriormente, com a edição do Código de Defesa do Consu-
midor, o campo de aplicação foi ampliado, de forma que o TAC passou a ser possível para uma
vasta gama de processos coletivos.
O fundamento para a existência do TAC está nos princípios da eficiência e da celeridade.
Na medida em que um termo de ajustamento de conduta é celebrado, evita-se, pelo menos em
um primeiro momento, que uma ação judicial seja proposta. Logo, é inegável que a medida é
muito mais célere e eficiente do que o cumprimento de todas as etapas, requisitos e procedi-
mentos que devem ser observados no curso de uma ação judicial.
Neste mesmo sentido, a doutrina entende que a celebração de TAC implica em um des-
congestionamento do Poder Judiciário, uma vez que vários atos lesivos passam a poder ser
resolvidos sem a necessidade de termos uma ação judicial com esta finalidade.
Merece ser destacado, neste contexto, o entendimento de Rafael Lima Daudt D’Oliveira:
(...) Demais disso, o acordo acarreta menor custo para todos os envolvidos do que intermi-
náveis batalhas judiciais que se prolongam anos a fio. Em suma, o ambiente é beneficiado E a
situação controvertida é resolvida, prestigiando-se a segurança jurídica.
No âmbito estadual, o Termo de Ajustamento de Conduta encontra definição no texto do
artigo 267-E, de seguinte teor:

Artigo 267-E - O Termo de Ajustamento de Conduta é o instrumento mediante o qual o funcionário


assume a responsabilidade pela irregularidade a que deu causa e compromete-se a ajustar sua con-
duta, bem como a observar os deveres e proibições previstos nas leis e regulamentos que regem
suas atividades e reparar o dano, se houver.
Parágrafo único. O Termo de Ajustamento de Conduta poderá ser adotado nos casos de extravio ou
dano a bem público que não tenham decorrido de conduta dolosa praticada pelo funcionário, e terá
como requisito obrigatório o integral ressarcimento do prejuízo.

Para fins de prova, devemos memorizar que o Termo de Ajusta-


mento de Conduta poderá ser adotado nos casos de extravio
ou dano a bem público que não tenham decorrido de conduta
dolosa praticada pelo funcionário. Um dos requisitos obriga-
tórios do TAC é o integral ressarcimento do prejuízo.

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A celebração do Termo de Ajustamento de Conduta poderá ser proposta pela autoridade


competente para a instauração da apuração preliminar, quando atendidos os seguintes requi-
sitos relativos ao funcionário interessado:
a) não ter agido com dolo ou má-fé;
b) ter mais de 5 anos de efetivo exercício no cargo ou função;
c) não ter sofrido punição de natureza disciplinar nos últimos 5 anos;
d) não ter sindicância ou processo disciplinar em curso;
e) não ter celebrado Termo de Ajustamento de Conduta nos últimos 3 anos.
A proposta de celebração do termo de ajustamento de conduta poderá ser feita de ofício ou
a pedido do funcionário interessado. O pedido de celebração feito pelo funcionário interessado
poderá ser indeferido com base em juízo de admissibilidade que conclua pelo não cabimento
da medida em relação à irregularidade a ser apurada.
Sendo deferido, o TAC deverá conter as seguintes informações:
a) a qualificação do funcionário envolvido;
b) a descrição precisa do fato a que se refere;
c) as obrigações assumidas;
d) o prazo e a forma de cumprimento das obrigações;
e) a forma de fiscalização das obrigações assumidas.

Importante! O prazo de cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta não poderá ser


inferior a 1 ano, nem superior a 2 anos.

A depender do TAC ser ou não cumprido, diferentes serão os efeitos jurídicos possíveis.
Neste sentido, o cumprimento das condições do Termo de Ajustamento de Conduta impli-
cará a extinção da punibilidade, que será declarada pelo Chefe de Gabinete (com possibilidade
de delegação).
No caso de descumprimento, ou cometimento de nova falta funcional durante o prazo
de cumprimento do ajuste, a autoridade encarregada da fiscalização providenciará, se ne-
cessário, a conclusão da apuração preliminar e a submeterá à autoridade competente para
deliberação.
E justamente como forma de evitar que ocorra prejuízo para a Administração Pública, a
norma estabelece que não corre a prescrição durante o prazo fixado para o cumprimento do
Termo de Ajustamento de Conduta. Logo, em caso de descumprimento, poderá o Poder Pú-
blico, dentro do prazo prescricional, adotar as medidas legais cabíveis, sem qualquer tipo de
prejuízo processual.

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5.3. Suspensão Condicional da Sindicância


Após a edição da portaria de instauração da sindicância, o Procurador do Estado que a
presidir poderá propor sua suspensão pelo prazo de 1 a 2 anos, desde que o funcionário tenha
mais de 5 anos de exercício no cargo ou função e não registre punição de natureza disciplinar
nos últimos 5 anos.
No momento da proposição, o Procurador do Estado especificará as condições da suspen-
são, em especial, a apresentação de relatórios trimestrais de atividades e a frequência regular
sem faltas injustificadas.
A suspensão será revogada se o beneficiário vier a ser processado por outra falta discipli-
nar ou se descumprir as condições previamente estabelecidas. Neste caso, teremos o prosse-
guimento do procedimento disciplinar cabível.
Expirado o prazo da suspensão e tendo sido cumpridas suas condições, o Procurador do
Estado encaminhará os autos à Secretaria de Estado ou Autarquia para a declaração da extin-
ção da punibilidade.

 Obs.: Alternativamente à suspensão condicional da sindicância, a sindicância também


poderá ser suspensa caso os envolvidos, voluntariamente, concordem com o enca-
minhamento para as práticas autocompositivas. Ocorrendo a medida, a sindicância
ficará suspensa até o cumprimento do acordo restaurativo, decorrente das práticas
autocompositivas, respeitado o prazo máximo de 2 anos.

Por fim, cumpre destacar que, nos termos do artigo 267-P, temos a previsão de que:

As Secretarias de Estado, a Procuradoria Geral do Estado, a Controladoria Geral do Estado e as


Autarquias poderão estabelecer condições para a suspensão da sindicância, observadas as espe-
cificidades de sua estrutura ou de sua atividade”.

6. Processo Administrativo Disciplinar


Além das normas materiais, a Lei n. 10.261/1968 estabelece uma série de procedimentos
que devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
O Processo Administrativo Disciplinar, dessa forma, pode ser conceituado, de acordo com
a definição de Ladisael Bernardo e Sérgio Viana, como:

Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do Es-
tado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infrações
de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da
prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.

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Neste mesmo sentido são as disposições iniciais acerca do Processo Administrativo Dis-
ciplinar, conforme previsão no Estatuto em questão:

Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determi-
nar as penas de repreensão, suspensão ou multa.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do
Estado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira.

Assim, sempre que a Administração Pública tiver conhecimento de alguma irregularidade


cometida por servidor (seja de ofício ou por meio de denúncias feitas a ela), deverá obrigato-
riamente apurar tais infrações por meio de sindicância ou processo administrativo disciplinar.

Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada
por servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das
medidas urgentes que o caso exigir.
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa,
quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria.
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Chefe de
Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término dos trabalhos.
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar fundamentadamente pelo arqui-
vamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo.
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu curso,
havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por despacho
fundamentado, ordenar as seguintes providências:
I – afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a
apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias, prorro-
gáveis uma única vez por igual período;
II – designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas até
decisão final do procedimento;
III – recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas;
IV – proibição do porte de armas;
V – comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos
do procedimento.
§ 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo administrativo
poderá representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas previstas neste arti-
go, bem como sua cessação ou alteração.
§ 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer cessar
ou alterar as medidas previstas neste artigo.
Artigo 267 - O período de afastamento preventivo computa-se como de efetivo exercício, não sendo
descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada.

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Dessa forma, ainda que estejamos estudando o PAD, temos que conhecer, da mesma for-
ma, as disposições acerca da Sindicância, que pode ser entendida como uma investigação
preliminar e mais célere com o objetivo de averiguar a ocorrência dos fatos.
A doutrina divide a Sindicância em duas espécies: Preparatória (quando apenas serve de
base para o PAD) e Punitiva (quando com base nela é possível a aplicação de penalidade).
E o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que será aplicada.

 Obs.: Explicando melhor, a Sindicância é o início das investigações. Por meio dela, a autori-
dade administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar provas
que comprovem que realmente houve uma infração funcional disciplinar.

O prazo para encerramento da Sindicância é de 60 dias, ao pas-


so que o prazo para conclusão do PAD é de 90 dias.

Professor, e como saber quando deve ser instaurada uma sindicância ou um processo
administrativo disciplinar?

A resposta para esta questão está na penalidade que pode vir a ser aplicada, conforme
previsão dos artigos 268 a 271:

Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determi-
nar as penas de repreensão, suspensão ou multa.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do
Estado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira.

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Instaurada a sindicância, o Procurador do Estado que a presidir comunicará o fato ao órgão


setorial de pessoal.
As Secretarias de Estado, a Procuradoria Geral do Estado, a Controladoria Geral do Estado
e as Autarquias disciplinarão as condições de suspensão da sindicância, observados os requi-
sitos mínimos legais e as respectivas peculiaridades.

Mas atenção! Aplicam-se à sindicância as regras previstas para


o processo administrativo, com as seguintes modificações:
a) a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até
3 testemunhas;
b) a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 dias;
c) com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade
competente para a decisão;

Artigo 272 - São competentes para determinar a instauração de sindicância as autoridades enume-
radas no artigo 260.
Parágrafo único. Instaurada a sindicância, o Procurador do Estado que a presidir comunicará o fato
ao órgão setorial de pessoal.
Artigo 273 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta lei complementar para o processo
administrativo, com as seguintes modificações:
I – a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 3 (três) testemunhas;
II – a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 (sessenta) dias;
III – com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade competente para a decisão;

No âmbito do processo administrativo, temos as seguintes fases:


• Inicialmente, o processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo im-
prorrogável de 8 (oito) dias do recebimento da determinação;
• Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará o presidente dia e hora para
audiência de interrogatório, determinando a citação do acusado e a notificação do de-
nunciante, se houver;
• A citação do acusado será feita pessoalmente, no mínimo 2 (dois) dias antes do inter-
rogatório, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa
ser encontrado;
• Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no endereço constante de seu as-
sentamento individual, furtando-se o acusado à citação ou ignorando-se seu paradeiro,
a citação far-se-á por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado, no mínimo
10 (dez) dias antes do interrogatório;
• A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado, próprio ou
dativo;

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• O acusado não assistirá à inquirição do denunciante. Antes porém de ser interrogado,


poderá ter ciência das declarações que aquele houver prestado. Não comparecendo o
acusado, será, por despacho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos demais atos e
termos do processo;
• Ao acusado revel será nomeado advogado dativo;
• Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias
para requerer a produção de provas, ou apresentá-las;
• O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas;
• Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá apresentar
alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias;
• O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da apresentação
das alegações finais;

O relatório da Comissão, obrigatoriamente, será conclusivo


quanto à inocência ou responsabilidade do servidor.

• Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua instauração


deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a realização de
diligência, sempre que necessária ao esclarecimento de fatos;

Considerando que as provas de concurso público tendem a exigir majoritariamente a lite-


ralidade dos dispositivos legais, elenco aqui os artigos relacionados com o processo adminis-
trativo, já com os devidos destaques:

Artigo 274 - São competentes para determinar a instauração de processo administrativo as autori-
dades enumeradas no artigo 260, até o inciso IV, inclusive.
Artigo 275 - Não poderá ser encarregado da apuração, nem atuar como secretário, amigo íntimo
ou inimigo, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive,
cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar do denunciante ou do acusado,
bem assim o subordinado deste.
Artigo 276 - A autoridade ou o funcionário designado deverão comunicar, desde logo, à autoridade
competente, o impedimento que houver.

Aqui, a ideia do legislador foi a de evitar um possível conflito de interesses. Logo, devemos
memorizar que, além de amigo íntimo e inimigo, o vínculo a ser observado compreende os
parentes consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau do denunciante
ou do acusado, bem assim o subordinado deste.

Artigo 277 - O processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo improrrogável
de 8 (oito) dias do recebimento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da citação
do acusado.

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§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a identificação do acusado, a infração que lhe é atri-
buída, com descrição sucinta dos fatos, a indicação das normas infringidas e a penalidade mais
elevada em tese cabível.
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, o Procurador do Estado que o presidir deverá
imediatamente encaminhar ao seu superior hierárquico relatório indicando as providências faltantes
e o tempo necessário para término dos trabalhos.
§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos fatos a que se refere o parágrafo anterior e das provi-
dências que houver adotado à autoridade que determinou a instauração do processo.
Artigo 278 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará o presidente dia e hora para
audiência de interrogatório, determinando a citação do acusado e a notificação do denunciante, se
houver.
§ 1º - O mandado de citação deverá conter:
1 - cópia da portaria;
2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acompanhado pelo advogado do acusado;
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que deverá ser acompanhada pelo advoga-
do do acusado;
4 - esclarecimento de que o acusado será defendido por advogado dativo, caso não constitua advo-
gado próprio;
5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas e requerer provas, no prazo de 3 (três)
dias após a data designada para seu interrogatório;
6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado pedir exoneração até o interrogatório,
quando se tratar exclusivamente de abandono de cargo ou função, bem como inassiduidade.
§ 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, no mínimo 2 (dois) dias antes do interrogató-
rio, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser encontrado.

Ao passo que o acusado será citado, o denunciante será notificado. A citação deverá ser
feita de forma pessoal (normalmente, a medida é cumprida pelos Oficiais de Justiça). Aqui,
devemos memorizar que a citação do acusado deverá ser feita, obrigatoriamente, com a ante-
cedência mínima de 2 dias da data designada para o interrogatório.
E como estamos diante de um acusado que é servidor público, o mandado de citação será
cumprido tanto diretamente (perante o agente público) quanto por meio da entrega do docu-
mento ao respectivo superior hierárquico.

§ 3º - Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no endereço constante de seu assenta-
mento individual, furtando-se o acusado à citação ou ignorando-se seu paradeiro, a citação far-se-á
por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias antes do inter-
rogatório.

Aqui, estamos diante da situação em que a citação se revelou infrutífera em razão da não
localização do servidor. Neste caso, a citação ocorrerá por edital, que nada mais é do que um
documento confeccionado pela autoridade competente e disponibilizado no Diário Oficial do
Estado. Frisa-se que a publicação do edital deverá ocorrer com a antecedência mínima de 10
dias do interrogatório.
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Artigo 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar declarações, no interregno entre a data da
citação e a fixada para o interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim.
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado, próprio ou dativo.
§ 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante; antes porém de ser interrogado, poderá
ter ciência das declarações que aquele houver prestado.
Artigo 280 - Não comparecendo o acusado, será, por despacho, decretada sua revelia, prosseguin-
do-se nos demais atos e termos do processo.
Artigo 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado dativo.

O advogado dativo é aquele designado pela repartição pública com a finalidade de defen-
der o servidor. O objetivo é evitar futuras arguições de nulidade, priorizando as garantias cons-
titucionais do contraditório e da ampla defesa.

Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado que o representará em todos os atos e termos
do processo.
§ 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos atos e termos do processo, não sendo
obrigatória qualquer notificação.
§ 2º - O advogado será intimado por publicação no Diário Oficial do Estado, de que conste seu nome
e número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os dados necessários à iden-
tificação do procedimento.
§ 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando-se a constituir advogado, o presidente
nomeará advogado dativo.
§ 4º — O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advogado para prosseguir na sua defesa.

A constituição de advogado no curso do processo administrativo não é uma medida obri-


gatória, mas sim facultativa. Tanto é que o STF possui entendimento sumulado no sentido de
que a falta de defesa técnica não viola as disposições constitucionais.

Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição.
Artigo 283 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias
para requerer a produção de provas, ou apresentá-las.
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas.
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusivamente por documentos, até as ale-
gações finais.
§ 3º - Até a data do interrogatório, será designada a audiência de instrução.
Artigo 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo
presidente e pelo acusado.
Parágrafo único. Tratando-se de servidor público, seu comparecimento poderá ser solicitado ao res-
pectivo superior imediato com as indicações necessárias.
Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente,
cônjuge, ainda que legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou filho
adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias.

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§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denunciante, ficam elas proibidas de depor,
observada a exceção deste artigo.
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem justa causa, será pela autoridade competente adotada
a providência a que se refere o artigo 262, mediante comunicação do presidente.
§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora da sede de seu exercício, terá direito a
transporte e diárias na forma da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precatória para esse
efeito à autoridade do domicílio do depoente.
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profis-
são, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
testemunho.
Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca diversa poderá ser inquirida pela autoridade do
lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimada
a defesa.
§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e os esclarecimentos pretendidos, bem
como a advertência sobre a necessidade da presença de advogado.
§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução do procedimento.
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosseguir até final decisão; a todo tempo, a
precatória, uma vez devolvida, será juntada aos autos.

A carta precatória é um instrumento utilizado como forma de comunicação entre as re-


partições públicas de diferentes comarcas. Atualmente, as cartas precatórias são encaminha-
das por meio digital, possibilitando que a repartição de destino cumpra a medida com maior
celeridade.
Desta forma, caso a testemunha more em comarca diversa daquela onde está sendo pro-
cessado o PAD, poderá ela ser inquirida pela autoridade do lugar de sua residência. Para isso,
deve a repartição de origem confeccionar carta precatória com todas as instruções.

Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado comparecerão à audiência designada indepen-
dente de notificação.
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento for relevante e que não comparecer es-
pontaneamente.
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá substituí-la, se quiser, levando na mesma
data designada para a audiência outra testemunha, independente de notificação.
Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o presidente, de ofício ou a requerimento da de-
fesa, ordenar diligências que entenda convenientes.
§ 1º - As informações necessárias à instrução do processo serão solicitadas diretamente, sem ob-
servância de vinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará, ob-
servados os impedimentos do artigo 275.
Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do procedimento administrativo permanecerão na repar-
tição competente.
§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante simples solicitação, sempre que não
prejudicar o curso do procedimento.

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§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para manifestação do acusado ou para apre-
sentação de recursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação a que se refere o parágrafo anterior e desde que
os autos estejam efetivamente disponíveis para vista.
§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos da repartição, mediante recibo, durante
o prazo para manifestação de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de processo
sob regime de segredo de justiça ou quando existirem nos autos documentos originais de difícil res-
tauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na repartição,
reconhecida pela autoridade em despacho motivado.
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo presidente, mediante decisão fundamentada, os
requerimentos de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as provas ilícitas,
impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fatos novos imputáveis ao acusado, po-
derá ser promovida a instauração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso conveniente,
aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa.
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá apresentar
alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias.
Parágrafo único. Não apresentadas no prazo as alegações finais, o presidente designará advogado
dativo, assinando-lhe novo prazo.
Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da apresenta-
ção das alegações finais.
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado, separadamente, as irregularidades
imputadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou punição e indicando,
nesse caso, a pena que entender cabível.
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quaisquer outras providências de interesse
do serviço público.
Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à autoridade que determinou sua instauração.
Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua instauração
deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a realização de diligência,
sempre que necessária ao esclarecimento de fatos.
Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade encarregada do processo administrativo terá
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5
(cinco) dias.
Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem
cabíveis, a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las,
justificadamente, dentro do prazo para julgamento, à autoridade competente.
Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão determinará os atos dela decorrentes e as providên-
cias necessárias a sua execução.
Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 8
(oito) dias, bem como averbadas no registro funcional do servidor.
Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo se-
cretário, quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como
certidões e compromissos.
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação, rubricando
o presidente as folhas acrescidas.

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§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por
cópia.
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço do indiciado.
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a autorida-
de que determinou a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure,
simultaneamente, o inquérito policial.
Parágrafo único. Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade
policial dará ciência dele à autoridade administrativa.

Uma mesma conduta pode configurar infração em mais de uma esfera, como, por exemplo,
na órbita administrativa e penal. Logo, tendo sido verificado no curso do processo administra-
tivo que o servidor cometeu crime, a autoridade que determinou a instauração providenciará
para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial.

Artigo 303 - As autoridades responsáveis pela condução do processo administrativo e do inquérito


policial se auxiliarão para que os mesmos se concluam dentro dos prazos respectivos.
Artigo 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for considerado criminoso, serão remetidas à
autoridade competente cópias autenticadas das peças essenciais do processo.
Artigo 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na
apuração da verdade substancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância.
Artigo 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administração, a juízo do Secretário de Estado ou do Procurador
Geral do Estado.
Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, contados do cumprimento da sanção
disciplinar, sem cometimento de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em preju-
ízo do infrator, inclusive para efeito de reincidência.
Parágrafo único. A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a incompatibilidade
para nova investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5 (cinco) e 10 (dez)
anos, respectivamente.

Demissão a Bem do Serviço


Demissão
Público

Incompatibilidade para nova investidura Incompatibilidade para nova investidura


em cargo, função ou emprego público em cargo, função ou emprego público
pelo prazo de 5 anos. pelo prazo de 10 anos.

6.1. Processo por Inassiduidade


De acordo com o estatuto dos servidores, considerar-se inassiduidade a ausência ao ser-
viço, sem causa justificável, por mais de 15 dias consecutivos ou por mais de 20 dias úteis,
intercalados, durante 1 ano.

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Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem inassiduidade, o superior


imediato comunicará o fato à autoridade competente para determinar a instauração de pro-
cesso disciplinar, instruindo a representação com cópia da ficha funcional do funcionário e
atestados de frequência.
No entanto, não será instaurado processo para apurar inassiduidade do funcionário que
tiver pedido exoneração.
No processo por inassiduidade, a extinção ocorrerá exclusivamente se o indiciado pedir
exoneração até a data designada para o interrogatório, ou por ocasião deste.
Outra peculiaridade é que a defesa somente poderá versar sobre força maior, coação ilegal
ou motivo legalmente justificável que impeça o comparecimento ao trabalho.

6.2. Recursos e Revisão


Assim como ocorre com praticamente todos os processos administrativos, o PAD poderá
ser objeto de recurso e de revisão.
No que se refere ao recurso, este poderá ser interposto, uma única vez, no prazo de 30 dias.
Este prazo será contado da publicação da decisão impugnada no Diário Oficial do Estado ou da
intimação pessoal do servidor, quando for o caso.

Artigo 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade.
§ 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada no
Diário Oficial do Estado ou da intimação pessoal do servidor, quando for o caso.

 Obs.: Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo.

O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 dias
para, motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. Mantida a decisão, ou reformada par-
cialmente, será imediatamente encaminhada a reexame pelo superior hierárquico. Destaca-se
que o recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente denomi-
nado ou endereçado.

Os recursos não têm efeito suspensivo, sendo que os que fo-


rem providos darão lugar às retificações necessárias, retroa-
gindo seus efeitos à data do ato punitivo.

Importante destacar também que caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser re-
novado, de decisão tomada pelo Governador do Estado em única instância, no prazo de 30 dias.

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Além do recurso, o processo administrativo poderá ser objeto de revisão. Contudo, os fun-
damentos que justificam cada uma das medidas são bastante distintos. Diferente do recurso,
a revisão será cabível a qualquer tempo, desde que, para isso, surjam fatos ou circunstâncias
ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento que possam justificar a redução
ou anulação da pena aplicada. Por isso mesmo, devemos memorizar que a simples alegação
da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido de revisão.

Artigo 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba mais
recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedi-
mento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada.
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido.
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento.
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos.
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente.

Agora, a informação mais importante no que se refere à revisão: A impossibilidade da re-


formatio in pejus, que é estabelecida no artigo 316 da norma estadual:

Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.

Trata-se de característica bastante importante, uma vez que apenas a revisão (e não os
recursos) é que gozam da prerrogativa de não serem reformados para pior.
As demais regras relacionadas com a revisão podem ser visualizadas com base nas dispo-
sições dos artigos 317 a 321:

Artigo 317 - A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente, descen-
dente ou irmão, sempre por intermédio de advogado.
Parágrafo único. O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com indicação
daquelas que pretenda produzir.
Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso,
será competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido o
processamento, para a sua decisão final.
Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será este realizado por Procurador de Estado que
não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do requerente.
Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o apensamento dos autos originais e no-
tificará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou requerer outras
provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo.
Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos pela
decisão reformada.

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7. Disposições Finais
Nas disposições finais, encontramos regras específicas relacionadas com o estatuto dos
servidores. Neste ponto da matéria, devemos memorizar as seguintes informações:
a) O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funcionário Público Estadual”.
b) Os prazos previstos no estatuto serão todos contados por dias corridos. Logo, não se
computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento, que incidir em sábado, domin-
go, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.

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RESUMO
Como regra geral, o período de férias será de 30 dias por ano de efetivo exercício. O men-
cionado período, contudo, poderá ser reduzido para 20 dias, medida que ocorrerá quando o
servidor, no exercício anterior, tiver mais de 10 não comparecimentos relativos a faltas jus-
tificadas e injustificadas, ou às seguintes licenças: por motivo de doença em pessoa de sua
família, para tratar de interesses particulares e compulsoriamente, como medida profilática.

Atendido o interesse do serviço, o funcionário poderá gozar férias de uma só vez ou em


dois períodos iguais. Contudo, somente depois do primeiro ano de exercício no serviço público
é que o servidor irá adquirir o direito a férias.
Ao funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão não poderão ser conce-
didas as seguintes licenças: por motivo de doença em pessoa de sua família, para tratar de
interesses particulares e para a funcionária casada com funcionário ou militar.
O funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão terá direito às licenças:
para tratamento de saúde; em razão de acidente no exercício de suas atribuições ou acometi-
do por doença profissional e, ainda, licença gestante. Tais licenças serão concedidas de acor-
do com as regras estabelecidas pelo regime geral de previdência social.
A licença para doação de tecidos, de órgãos, de parte de órgãos e de partes do corpo vivo
para fins terapêuticos ou de transplantes intervivos, não poderá ser concedida mais de uma
vez por ano, salvo nos casos de doação de medula óssea para o mesmo receptor.
Terminada a licença, o funcionário deverá reassumir, imediatamente, o exercício do cargo.
O não atendimento desta exigência importará perda total do vencimento ou remuneração cor-
respondente ao período de ausência e, se esta exceder 15 dias consecutivos, ficará o funcio-
nário sujeito à pena de demissão por inassiduidade.
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As seguintes licenças não serão concedidas em prorrogação, cabendo ao funcionário ou à


autoridade competente ingressar, quando for o caso, com um novo pedido: para tratamento de
saúde; quando acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido por doença profis-
sional; por motivo de doença em pessoa de sua família.
Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no
serviço público. Além disso, temos a garantia de que, em nenhuma hipótese, a Administração
Pública poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, sob pena de respon-
sabilidade do agente.
Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como de pedir recon-
sideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 dias, salvo previsão legal específica.
Três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos do estado de São
Paulo estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa e penal.
É possível verificar que o servidor público é responsável por todos os prejuízos que, nessa
qualidade, causar à Fazenda Estadual. Para fins de apuração do prejuízo, serão consideradas
tanto as condutas dolosas (em que o servidor age com intenção) quanto as culposas (em que
o agente atua com negligência, imprudência ou imperícia).
Em todas as situações, havendo prejuízos à Fazenda Pública, o servidor deverá ser respon-
sabilizado, sendo a ele assegurados, como não poderia deixar de ser, as garantias do contra-
ditório e da ampla defesa. Tais garantias são possíveis na medida em que a norma determina
que o prejuízo deverá ser devidamente apurado.
A norma estadual, em caráter exemplificativo, elenca algumas situações em que a respon-
sabilidade estará caracterizada, sendo elas:
a) pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou
por não prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regu-
lamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;
b) pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
c) pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
d) por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Em tais situações, em virtude da gravidade ou da especificidade da conduta, há uma pre-
sunção de que houve prejuízo aos cofres públicos. Ainda assim, ressalta-se, a responsabiliza-
ção apenas irá gerar uma sanção após o servidor, no curso do processo administrativo, fazer
uso das garantias que a ele são devidas.
A esfera civil pode ser entendida como todos os atos do servidor, seja por ação (comissivo)
ou omissão, que acarretem prejuízos ao erário.

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Caso o servidor, ao responder processo decorrente de responsabilização, for absolvido, de-


verá ele ser reintegrado ao serviço público, no cargo em que ocupava e com todos os direitos
e vantagens devidas. Mas para que isso ocorra, a decisão deve ter transitado em julgado (não
podendo mais ser objeto de recurso) e ter negado a existência de sua autoria ou do fato que
deu origem à sua demissão.
São as seguintes as penalidades disciplinares passíveis de aplicação aos servidores públi-
cos estaduais:
a) repreensão;
b) suspensão;
c) multa;
d) demissão;
e) demissão a bem do serviço público;
f) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres. Assemelha-se, em muitos aspectos, à penalidade de advertência de
diversos outros estatutos funcionais.
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência das faltas anteriormente punidas com repreensão. Importante
sabermos que, à critério da autoridade competente, nas situações em que for conveniente
para o serviço público, a pena de suspensão pode ser substituída por multa de 50% por dia
trabalhado.
A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou
regulamento.
Já a demissão será utilizada nas situações que acarretem infrações mais graves, sendo,
por isso mesmo, de caráter vinculado, ou seja, sem margem de escolha entre a penalidade que
melhor se coaduna com o caso concreto.

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Por fim, temos a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, hipóteses em que o agen-


te causador das infrações é o inativo. Logo, é correto afirmar que será aplicada a pena de cas-
sação de aposentadoria ou disponibilidade, se ficar provado que o inativo:
a) praticou, quando em atividade, falta grave para a qual é cominada nesta lei a pena de
demissão ou de demissão a bem do serviço público;
b) aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
c) aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do Presidente da
República;
d) praticou a usura em qualquer de suas formas.
No âmbito das disposições concernentes às penalidades, precisamos saber quem é com-
petente para aplicar cada tipo de sanção:
Repreensão até Suspensão
Diretores de Departamento e Divisão
de 30 dias

Repreensão até Suspensão


Coordenadores
de 60 dias

Repreensão e Suspensão
Chefes de Gabinete
(qualquer prazo)

Governador, os Secretários de Estado,


Todas as penalidades o Procurador Geral do Estado e os
Superintendentes de Autarquia
Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
a) da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, em 2 anos;
b) da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassa-
ção da aposentadoria ou disponibilidade, em 5 anos;
c) da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de prescrição em abstrato da pena
criminal, se for superior a 5 anos.
Uma vez determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu
curso, havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete,
por despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências:
a) afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa
ou a apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 dias, prorrogáveis
uma única vez por igual período. Destaca-se que o período de afastamento preventivo compu-
ta-se como de efetivo exercício, não sendo descontado da pena de suspensão eventualmen-
te aplicada.
b) designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocrá-
ticas até decisão final do procedimento;
c) recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas;

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d) proibição do porte de armas;


e) comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência
dos atos do procedimento;
As práticas autocompositivas, o termo de ajustamento de conduta e a suspensão condi-
cional da sindicância podem ser definidos como medidas destinadas a conferir celeridade ao
processo de apuração da responsabilização do servidor público.
Tais medidas podem ser propostas, desde que mediante autorização, pela autoridade com-
petente para determinar a apuração de irregularidade e a instauração de sindicância ou pro-
cesso administrativo, bem como pelo Procurador do Estado responsável pela condução dos
procedimentos.

Para fins de prova, devemos memorizar que o Termo de Ajustamento de Conduta poderá
ser adotado nos casos de extravio ou dano a bem público que não tenham decorrido de con-
duta dolosa praticada pelo funcionário. Um dos requisitos obrigatórios do TAC é o integral
ressarcimento do prejuízo.
A celebração do Termo de Ajustamento de Conduta poderá ser proposta pela autoridade
competente para a instauração da apuração preliminar, quando atendidos os seguintes requi-
sitos relativos ao funcionário interessado:
a) não ter agido com dolo ou má-fé;
b) ter mais de 5 anos de efetivo exercício no cargo ou função;
c) não ter sofrido punição de natureza disciplinar nos últimos 5 anos;
d) não ter sindicância ou processo disciplinar em curso;
e) não ter celebrado Termo de Ajustamento de Conduta nos últimos 3 anos.
O prazo de cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta não poderá ser inferior a 1
ano, nem superior a 2 anos.
O cumprimento das condições do Termo de Ajustamento de Conduta implicará a extinção
da punibilidade, que será declarada pelo Chefe de Gabinete (com possibilidade de delegação).
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No caso de descumprimento, ou cometimento de nova falta funcional durante o prazo


de cumprimento do ajuste, a autoridade encarregada da fiscalização providenciará, se ne-
cessário, a conclusão da apuração preliminar e a submeterá à autoridade competente para
deliberação.
Após a edição da portaria de instauração da sindicância, o Procurador do Estado que a
presidir poderá propor sua suspensão pelo prazo de 1 a 2 anos, desde que o funcionário tenha
mais de 5 anos de exercício no cargo ou função e não registre punição de natureza disciplinar
nos últimos 5 anos.
A doutrina divide a sindicância em duas espécies: Preparatória (quando apenas serve de
base para o PAD) e Punitiva (quando com base nela é possível a aplicação de penalidade). E o
fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que será aplicada.

O prazo para encerramento da sindicância é de 60 dias, ao passo que o prazo para conclu-
são do PAD é de 90 dias.
A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a incompatibilidade para nova
investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5 e 10 anos, respectivamente.

Demissão a Bem do Serviço


Demissão
Público

Incompatibilidade para nova


Incompatibilidade para nova investidura
investidura em cargo, função ou
em cargo, função ou emprego público
emprego público pelo prazo de 5
pelo prazo de 10 anos.
anos.
Configura inassiduidade a ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de 15 dias
consecutivos ou por mais de 20 dias úteis, intercalados, durante 1 ano.
Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem inassiduidade, o superior
imediato comunicará o fato à autoridade competente para determinar a instauração de pro-
cesso disciplinar, instruindo a representação com cópia da ficha funcional do funcionário e
atestados de frequência.
No entanto, não será instaurado processo para apurar inassiduidade do funcionário que
tiver pedido exoneração.

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Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
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O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funcionário Público Estadual”.


Os prazos previstos no estatuto serão todos contados por dias corridos. Logo, não se com-
putará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento, que incidir em sábado, domingo,
feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.

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Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Conforme disciplinado na Lei n. 10.261/68, o funcionário
é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por
dolo ou culpa, devidamente apurados.
Com relação ao tema, assinale a alternativa correta.
a) Será responsabilizado o funcionário que delegar a pessoas estranhas às repartições o de-
sempenho de encargos que lhe competirem, sem exceções.
b) A responsabilidade administrativa exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal,
pois estas são dependentes.
c) Caracteriza-se especialmente a responsabilidade pela falta ou inexatidão das necessárias
averbações nas notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que tenham com
eles relação.
d) A importância da indenização deverá ser descontada da remuneração do funcionário, não
excedendo o desconto de 20% (vinte por cento) do valor bruto.
e) Nos casos em que o funcionário é obrigado a repor a importância do prejuízo causado para
indenizar a Fazenda Estadual, ser-lhe-á facultado optar pela forma de reposição com o devido
desconto em seus vencimentos.

002. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Nos termos da Lei n. 10.261/68, constitui um dos deve-
res do funcionário, dentre vários outros,
a) residir no local onde exerce o cargo ou onde for autorizado.
b) abandonar o local de trabalho quando sofrer ofensas físicas ou morais.
c) participar de todas as reuniões convocadas pelo sindicato de classe.
d) omitir-se diante das irregularidades cometidas pelo seu chefe imediato.
e) retirar, ainda que com a anuência do seu superior imediato, qualquer objeto existente na
repartição.

003. (VUNESP/MJ/TJ SP/2019) O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nes-
sa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Conforme
disciplinado na Lei n. 10.261/68, caracteriza-se especialmente a responsabilidade quando o
funcionário
a) valer-se de sua qualidade para desempenhar atividade estranha às suas funções para lograr
qualquer proveito.
b) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.
c) fundar sindicatos de funcionários ou dele fazer parte.
d) cometer faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os ma-
teriais sob a sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização.
e) incitar greves ou a elas aderir.
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004. (VUNESP/ESC/TJ SP/”INTERIOR”/2018) Arceus Cipriano foi processado criminalmente


sob a acusação de cometimento de crime contra a administração pública e pelos mesmos
fatos também foi demitido do cargo público que ocupava. Contudo, na seara criminal, logrou
êxito em comprovar que não foi o autor dos fatos, tendo sido absolvido por esse fundamento,
na instância criminal. Diante disso, assinale a alternativa correta, nos termos do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.
a) Arceus terá direito à reintegração ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os
direitos e vantagens devidas, mediante simples comprovação do trânsito em julgado da deci-
são absolutória no juízo criminal.
b) Como a responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal, a absolvi-
ção de Arceus Cipriano na justiça criminal em nada altera decisão proferida na esfera admi-
nistrativa.
c) A demissão é nula porque a Administração Pública não deveria ter processado administra-
tivamente Arceus e proferido decisão demissória antes do trânsito em julgado da sentença no
processo criminal.
d) Arceus poderá pedir o desarquivamento e a revisão da decisão administrativa que o demitiu,
utilizando como documento novo a sentença absolutória proferida no processo criminal.
e) Se a absolvição criminal ocorreu depois do prazo de interposição do recurso da decisão de-
missória proferida no processo administrativo, não será possível Arceus valer-se da sentença
criminal para buscar a anulação da demissão.

005. (VUNESP/SOLD/PM SP/2ª CLASSE/2018) Se um agente público do Estado de São Pau-


lo adquire materiais em desacordo com as disposições legais e regulamentares, o Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado prevê que esse agente será responsabilizado
a) pelo respectivo custo gerado, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-
-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
b) administrativamente, cabendo-lhe a pena disciplinar cabível, mas não lhe será imputado o
respectivo custo gerado.
c) pelo respectivo custo gerado, mas não será objeto de penalidades disciplinares, nem poderá
o valor correspondente ser descontado de seu vencimento ou remuneração.
d) administrativamente, sendo comunicado o fato às autoridades policiais, mas não lhe será
imposta pena disciplinar nem o pagamento do respectivo custo gerado.
e) pelo respectivo custo gerado, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, mas não
poderá ser efetuado desconto no seu vencimento ou remuneração.

006. (VUNESP/ALUN OF/PM SP/2018) Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo (Lei n. 10.261/68), o funcionário que adquirir materiais em desacordo
com as disposições legais e regulamentares
a) deverá indenizar o erário até o limite de seus vencimentos anuais, e será responsabilizado
civil e criminalmente pelos seus atos.

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b) restituirá em dobro o valor dos prejuízos causados ao poder público, e responderá processo
administrativo disciplinar, podendo sofrer a pena de demissão do serviço público.
c) responderá pelos seus atos somente se houve efetivo prejuízo aos cofres públicos, devendo
sua eventual responsabilidade ser apurada em processo criminal.
d) terá que justificar a compra perante seu superior hierárquico, que poderá isentá-lo de pena
se entender que o funcionário não agiu com dolo ou culpa.
e) será responsabilizado pelo respectivo gasto, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração

007. (VUNESP/CUP/SEPOG SP/CONTROLE E AUDITORIA/2017) O servidor que, fora do ho-


rário de trabalho, consome bebida alcoólica em excesso e envolve-se em situação vexatória
que se torne pública por meio das redes sociais:
a) poderá ser administrativamente responsabilizado por violação ao dever funcional de “estar
em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam res-
peito às suas funções”.
b) poderá ser administrativamente responsabilizado por violação ao dever funcional de “proce-
der na vida privada na forma que dignifique a função pública”.
c) não poderá ser responsabilizado administrativamente pela prática de infração disciplinar
por encontrar-se fora do horário de trabalho.
d) só poderá ser administrativamente responsabilizado pela violação a dever funcional se tiver
previamente se identificado como servidor público.
e) só poderia ser administrativamente responsabilizado pela violação a dever funcional se a
situação vexatória pudesse ser tipificada como infração penal.

008. (VUNESP/CUP/SEPOG SP/ORÇAMENTO E CONTABILIDADE PÚBLICA/2017) De acor-


do com os arts. 242 e 243 da Lei n. 10.261/1968 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado de São Paulo – é permitido ao funcionário
a) celebrar contrato administrativo com o governo estadual para o fornecimento de material
de escritório.
b) entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estra-
nhas ao serviço.
c) ser quotista majoritário e gerente de uma empresa de consultoria que presta serviços dire-
tamente relacionados com a finalidade da repartição em que esteja lotado.
d) exercer emprego ou função em empresas públicas integrantes da estrutura do gover-
no estadual.
e) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.

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009. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Escrevente Técnico Judiciário apresen-


ta recurso de multa de trânsito, recebida por seu esposo, perante o Departamento de Trânsito
do Estado de São Paulo – DETRAN.
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, a conduta
descrita é
a) permitida, pois o funcionário pode, excepcionalmente, ser procurador ou servir de intermedi-
ário perante qualquer repartição pública, quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente
até segundo grau.
b) proibida, pois ao funcionário público é vedado peticionar perante qualquer repartição públi-
ca, não podendo requerer, representar, pedir reconsideração ou recorrer de decisões, ainda que
em nome próprio.
c) proibida, pois o funcionário público pode exercer o direito de petição perante quaisquer re-
partições públicas, mas somente em nome próprio, não podendo representar terceiros.
d) indiferente ao Estatuto, que nada prevê em relação à possibilidade do funcionário público
peticionar, em nome próprio ou de terceiros, perante repartições públicas.
e) permitida, pois o Estatuto expressamente permite que o funcionário público exerça o direito
de petição em nome próprio ou de qualquer terceiro.

010. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Considere a seguinte situação


hipotética:
Funcionário público comete erro de cálculo, o que leva ao recolhimento de valor menor do que
o devido para a Fazenda Pública Estadual. A responsabilização prescrita pelo Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, nesse caso, determina que
a) o funcionário seja obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.
b) haja instauração de processo administrativo disciplinar e, comprovado o prejuízo, seja apli-
cada a pena de demissão, independentemente de ter agido o funcionário com má-fé ou não.
c) seja o caso remetido aos juízos civil e criminal, aguardando a resolução de ambos para de-
cidir acerca da conduta administrativa cabível.
d) o valor do prejuízo seja apurado e descontado do vencimento ou remuneração mensal, não
excedendo o desconto a 30% (trinta por cento) do valor desses.
e) não tendo havido má-fé, seja aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.

011. (VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO JUDICIÁRIO/2017) Em relação aos deveres, proibições e


responsabilidades do servidor público, é correto afirmar que
a) é seu dever guardar sigilo sobre assuntos da repartição, o que o impede de representar aos
superiores sobre as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas funções.
b) ele é proibido de participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou indus-
triais, ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas
com o Governo do Estado.

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c) em caso de desfalque aos cofres públicos, o servidor poderá repor a importância do prejuízo
causado em parcelas que não excedam à 10ª (décima) parte do vencimento ou remuneração.
d) para ser responsabilizado administrativamente, o servidor deverá ser condenado criminal-
mente, por decisão transitada em julgado.
e) ele pode exercer emprego ou função em empresas, estabelecimentos ou instituições que
tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado, desde que fora do horário de trabalho.

012. (VUNESP/2016/MPE-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA) O Estatuto dos Funcionários Pú-


blicos Civis do Estado de São Paulo prevê, entre outras, como penas disciplinares:
a) readmissão e transferência.
b) reversão ao serviço ativo e transferência.
c) multa e reversão ao serviço ativo.
d) repreensão e multa.
e) reintegração e demissão.

013. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO) Escrivão ­Diretor da 1 a Vara Cível da


Comarca X determina que Escrevente Técnico Judiciário, a ele subordinado, destrua um docu-
mento, colocando­-o em uma fragmentadora de papel. O Escrevente Técnico Judiciário percebe
que o documento é uma petição assinada e devidamente protocolada, que deveria ser encar-
tada em um processo que tramitava naquela Vara e que ainda não havia sido sentenciado. O
Escrevente Técnico Judiciário deverá, nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo,
a) cumprir a ordem, pois é dever do servidor público cooperar e manter espírito de solidarieda-
de com os companheiros de trabalho.
b) utilizar-se do documento como papel de rascu­nho para seu trabalho, considerando que é
dever do servidor público zelar pela economia do material do Estado
c) representar ao Juiz da Vara, já que é dever do servidor público representar contra ordens
manifestamente ilegais.
d) desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido, destruindo o
documento.
e) proceder conforme ordenado pelo Escrivão ­Diretor, nada dizendo sobre o assunto, pois é
dever do servidor público guardar sigilo sobre os assun­tos da repartição.

014. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO) Acerca das penalidades previstas pelo


Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, é correto afirmar que
a) a pena de repreensão será aplicada verbalmente, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres
b) praticar ato definido como crime contra a administração pública enseja a aplicação da de-
missão a bem do serviço público.

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c) a pena de suspensão, que não excederá 30 (trinta) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência
d) a autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa,
na base de 75% (setenta e cinco por cento) por dia de remuneração.
e) em restando configurado o abandono de cargo, caberá a aplicação da pena de suspensão.

015. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) Nos termos do que expressamente


estabelece a Lei n. 10.261/68, é dever do funcionário público
a) cumprir as ordens superiores, mesmo quando forem manifestamente ilegais.
b) residir no local onde exerce o cargo ou onde autorizado.
c) guardar sigilo sobre os assuntos da repartição, exceto sobre despachos, decisões ou
providências.
d) manter sigilo sobre as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas fun-
ções, deixando eventual investigação para as autoridades competentes.
e) providenciar para que estejam sempre em ordem todas as mesas de trabalho da repartição
onde exerce suas funções.

016. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) A Lei n. 10.261/68 dispõe que ao


funcionário público é proibido
a) fazer parte dos quadros sociais de qualquer tipo de sociedade comercial.
b) deixar de comparecer ao serviço, mesmo que por causa justificada.
c) participar da gerência de sociedades comerciais, mesmo daquelas que não mantenham
relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado.
d) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em qualquer tipo de empresa.
e) empregar material do serviço público em serviço particular.

017. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) A ineficiência no serviço sujeita o


funcionário público, nos moldes da Lei n. 10.261/68, à pena de
a) demissão.
b) repreensão por escrito.
c) advertência.
d) suspensão.
e) demissão a bem do serviço público.

018. (VUNESP/TJ-SP/2014/ESCREVENTE) A respeito das penas disciplinares e de sua apli-


cação, é correto afirmar, à luz do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São
Paulo, que:
a) a pena de suspensão, que não excederá 120 (cento e vinte) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência.

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b) praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legíti-


ma defesa, sujeita o funcionário público à pena de suspensão ou de demissão.
c) a autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa,
na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcio-
nário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
d) a pena de demissão por ineficiência no serviço será aplicada independentemente de verifi-
cação sobre a impossibilidade de readaptação do funcionário público.
e) a pena de repreensão poderá ser aplicada verbalmente ou por escrito, a critério da autorida-
de competente, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres.

019. (VUNESP/TJ-SP/2014/ESCREVENTE) Maria é servidora pública estadual, ocupante do


cargo de escrevente técnico judiciário, lotada na 5a Vara da Fazenda Pública da Capital do
Estado de São Paulo. Maria é sócia minoritária (2%) de sua irmã, Joana, em uma empresa que
vende equipamentos de informática, na qual trabalha algumas horas por semana, sem prejuízo
do cumprimento de sua jornada de trabalho e de suas atividades no cargo público, que são de-
vidamente observadas. Joana decide participar de licitação promovida pelo Tribunal de Justi-
ça do Estado de São Paulo, que pretende adquirir computadores e impressoras. Considerando
as disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, Maria
a) pode permitir que a empresa participe do certame, pois não consta no Estatuto qualquer
vedação aos funcionários públicos em relação à participação em sociedades comerciais e/ou
empresariais, que contratem ou não com o Poder Público.
b) não deve permitir que a empresa participe do certame, se a aquisição for destinada para uso
na unidade em que está lotada; caso seja o equipamento destinado a outras unidades, não há
vedação estatutária.
c) pode permitir que a empresa participe do certame, pois ao funcionário público somente é
vedado receber subvenções ou outros valores de forma não onerosa, podendo, portanto, esta-
belecer relação comercial com o Tribunal de Justiça.
d) pode permitir que a empresa participe do certame, pois o Estatuto somente vedaria a relação
comercial se a empresa de Maria fosse de natureza industrial ou bancária, o que não é o caso.
e) não deve permitir que a empresa participe do certame, pois é proibido ao funcionário público
participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de socieda-
des comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Tribunal

020. (VUNESP/SEFAZ-SP/2013/APOF) Minerva, funcionária pública estadual, comovida com


a situação de uma amiga que está passando por sérios problemas financeiros e de saúde,
resolve ajudá-la promovendo uma lista de donativos dentro da sua repartição, pedindo um
pequena contribuição de cada colega de trabalho em benefício da referida amiga. Segundo o
disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, essa conduta
de Minerva

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a) não é disciplinada por lei e, portanto, nada impede Minerva de assim agir.
b) é legalmente permitida.
c) pode ser adotada, desde que devidamente autorizada pelo chefe da repartição e que não
atrapalhe o bom andamento do serviço público.
d) se constitui em uma das exceções permitidas por lei que autoriza Minerva a adotá-la, tendo
em vista o pequeno valor por ela solicitado e o nobre objetivo de seu ato.
e) é proibida por lei.

021. (VUNESP/TJ-SP/2013/ADVOGADO) “O conjunto de atribuições e responsabilidades co-


metidas a um funcionário” corresponde à definição de
a) função pública.
b) função pública ou emprego público.
c) emprego público.
d) cargo público.
e) cargo público ou emprego público.

022. (VUNESP/2012/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Nos termos do que dispõe a Lei n.


10.261/68, ao funcionário público é proibido
a) constituir-se procurador de partes perante qualquer repartição pública, exceto quando se
tratar de interes­se de cônjuge ou parente até segundo grau.
b) referir-se de forma depreciativa, em informações, pareceres, despachos ou pela imprensa, a
respeito das autoridades constituídas.
c) ter outro trabalho remunerado, na iniciativa privada, fora do horário do serviço público.
d) participar dos quadros sociais de qualquer tipo de so­ciedade comercial
e) retirar, mesmo que autorizado pela autoridade com­petente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.

023. (VUNESP/2012/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Hércules Remo, funcionário público


estadual, cometeu falta administrativa grave punível com pena de suspensão. Considerando-
-se o disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, assinale a
alternativa correta.
a) A autoridade que aplicar a pena poderá convertê-la em multa, na base de 100% por dia de
vencimento ou remuneração de Hércules.
b) A pena de Hércules não poderá exceder de 90 dias.
c) Caso não ocorram situações de suspensão ou interrupção, se Hércules não for punido pela
falta cometida dentro do prazo de 1 ano, sua pena estará prescrita.
d) Se Hércules for suspenso, ele não perderá as vantagens e direitos decorrentes do exercí-
cio do cargo.

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e) Se, ao invés da suspensão, Hércules for multado, ele não poderá ser obrigado a permanecer
em serviço.

024. (VUNESP/2011/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) De acordo com o que dispõe a Lei n.


10.261/68, é proibido ao funcionário público
a) fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como represen-
tante de outrem.
b) requerer ou promover a concessão de privilégios de invenção própria.
c) constituir-se procurador ou servir de intermediário perante qualquer repartição pública,
quando se tratar de interesse de cônjuge.
d) trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo grau, nas funções de confiança
e livre escolha.
e) cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais.

025. (VUNESP/2010/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Nos casos de indenização à Fazen-


da Estadual, o funcionário será obrigado a repor a importância do prejuízo causado em virtude
de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos
legais. Nessas hipóteses, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo
dispõe que a reposição do valor devido
a) deve ser feita de uma só vez.
b) pode ser feita em até cinco vezes.
c) poderá ser descontada do vencimento ou remuneração, não excedendo o desconto à déci-
ma parte do valor destes.
d) poderá ser parcelada em até dez vezes.
e) deve ser recolhida no prazo de até trinta dias, contados da decisão final do processo admi-
nistrativo que apurou o valor da dívida.

026. (VUNESP/2010/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) A responsabilidade administrativa


do funcionário público
a) exime a sua responsabilidade civil.
b) exime a sua responsabilidade criminal.
c) exime o pagamento de indenização por parte do funcionário.
d) depende da responsabilidade criminal.
e) é independente da civil e da criminal.

027. (VUNESP/2010/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Sobre a pena de suspensão prevista


na Lei n. 10.261/68, é correto afirmar que
a) não excederá noventa dias.
b) não acarretará a perda dos direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo do fun-
cionário suspenso.
c) não admite a sua conversão em multa.

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d) será aplicada no caso de ineficiência no serviço.


e) será aplicada ao funcionário que revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do
cargo, desde que o faça dolosamente e com prejuízo para o Estado ou particulares.

028. (VUNESP/2010/TJ-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) É um dever do funcionário público


previsto, expressamente, na Lei n. o 10.261/68:
a) pedir reconsideração e recorrer de decisões no prazo de 30 dias.
b) cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais.
c) desempenhar com alegria e simpatia os trabalhos de que for incumbido.
d) promover manifestações de apreço dentro da repartição e, se for o caso, tornar-se solidário
com elas em benefício de todos os colegas da repartição.
e) comportar-se de maneira digna e voluntariosa no local de trabalho, auxiliando os demais
colegas no desempenho de suas tarefas quando estes não lograrem êxito em fazê-lo.

029. (VUNESP/2010/TJ-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) Conforme o disposto na Lei n. o


10.261/68, o funcionário público que, comprovadamente, causou prejuízo em razão de erro de
cálculo contra a Fazenda Estadual, mas não agiu de má-fé e não é reincidente,
a) ficará sujeito à pena de repreensão.
b) não deverá ser responsabilizado administrativamente.
c) estará sujeito à pena de exoneração do serviço público.
d) deverá ser demitido a bem do serviço público.
e) deverá ser suspenso das suas funções pelo prazo de 30 dias.

030. (VUNESP/2009/TJ-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA) Considerando-se o disposto na Lei


n. 10.261/68, se um funcionário público solicitar presentes a alguém, ainda que fora de suas
funções mas em razão delas, ficará sujeito à pena de
a) suspensão simples.
b) demissão simples.
c) exoneração.
d) demissão a bem do serviço público.
e) suspensão, com perda dos direitos e vantagens do cargo.

031. (FCC/ODP/DPE SP/2015) Beltrano, Oficial de Defensoria Pública do Estado de São Pau-
lo, formulou requerimento pleiteando a acumulação de suas férias. Nos termos da Lei Estadu-
al n. 10.261/1968, admite-se a acumulação de férias por absoluta necessidade de serviço e
pelo máximo de
a) dois anos consecutivos.
b) um ano consecutivo.

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c) três anos consecutivos.


d) três anos intercalados.
e) dois anos intercalados.

032. (FCC/ODP/DPE SP/2013) Maria, servidora pública civil do Estado de São Paulo, pretende
tirar licença para tratar de interesses particulares. Nos termos da Lei Estadual n. 10.261/68
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo), referida licença
a) poderá ser negada se inconveniente ao interesse do serviço.
b) poderá, em situações excepcionais, ser concedida ao servidor removido, mesmo antes de
assumir o exercício do cargo.
c) é concedida pelo prazo máximo de três anos.
d) pode ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde que dentro do período de
cinco anos.
e) poderá ser novamente concedida depois de decorridos dois anos do término da anterior.

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GABARITO
1. c
2. a
3. d
4. a
5. a
6. e
7. b
8. d
9. a
10. e
11. b
12. d
13. c
14. b
15. b
16. e
17. a
18. c
19. e
20. e
21. d
22. a
23. b
24. a
25. a
26. e
27. a
28. b
29. a
30. d
31. a
32. a

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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Conforme disciplinado na Lei n. 10.261/68, o funcionário
é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por
dolo ou culpa, devidamente apurados.
Com relação ao tema, assinale a alternativa correta.
a) Será responsabilizado o funcionário que delegar a pessoas estranhas às repartições o de-
sempenho de encargos que lhe competirem, sem exceções.
b) A responsabilidade administrativa exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal,
pois estas são dependentes.
c) Caracteriza-se especialmente a responsabilidade pela falta ou inexatidão das necessárias averba-
ções nas notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação.
d) A importância da indenização deverá ser descontada da remuneração do funcionário, não
excedendo o desconto de 20% (vinte por cento) do valor bruto.
e) Nos casos em que o funcionário é obrigado a repor a importância do prejuízo causado para
indenizar a Fazenda Estadual, ser-lhe-á facultado optar pela forma de reposição com o devido
desconto em seus vencimentos.

a) Errada. A responsabilização do servidor ocorre quando a delegação ocorrer fora das hipóte-
ses legalmente previstas. Logo, há, ao contrário do que informado, exceções.

Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente
previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições, o de-
sempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.

b) Errada. As esferas de responsabilização são independentes. Logo, a responsabilidade admi-


nistrativa não exime o servidor da responsabilidade civil ou criminal.

Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil ou


criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na forma dos
arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.

c) Correta. A alternativa exige o conhecimento de uma das situações que, de acordo com o
artigo 245, caracteriza especialmente a responsabilidade do servidor:

Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e

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d) Errada. O valor máximo que pode ser descontado é de 10% do provento ou da remuneração,
e não, conforme afirmado, 20%.

Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.

e) Errada. O servidor não pode escolher a melhor forma de realizar a reposição ao Poder Públi-
co. Neste sentido, estabelece o artigo 247 que:

Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a
importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
recolhimento ou entrada nos prazos legais.

Fora destas situações, a importância da indenização poderá ser descontada do vencimento ou


remuneração não excedendo o desconto à 10ª parte do valor destes.
Letra c.

002. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Nos termos da Lei n. 10.261/68, constitui um dos deve-
res do funcionário, dentre vários outros,
a) residir no local onde exerce o cargo ou onde for autorizado.
b) abandonar o local de trabalho quando sofrer ofensas físicas ou morais.
c) participar de todas as reuniões convocadas pelo sindicato de classe.
d) omitir-se diante das irregularidades cometidas pelo seu chefe imediato.
e) retirar, ainda que com a anuência do seu superior imediato, qualquer objeto existente na
repartição.

Os deves funcionais constituem ações afirmativas do servidor público. Nas Letras B, D e E, em


sentido diverso, temos condutas negativas, que são, na verdade, vedações aos agentes estatais.
Na Letra C, não pode o servidor participar das reuniões do sindicato do classe, haja vista que a
fundação e a participação em sindicato é uma das proibições expressas no estatuto estadual.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


XII – fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.

Assim, a alternativa que apresenta um dos deveres do servidor público paulista é a Letra A:

Artigo 241 - São deveres do funcionário:


VII – residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
Letra a.

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003. (VUNESP/MJ/TJ SP/2019) O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nes-
sa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Conforme
disciplinado na Lei n. 10.261/68, caracteriza-se especialmente a responsabilidade quando o
funcionário
a) valer-se de sua qualidade para desempenhar atividade estranha às suas funções para lograr
qualquer proveito.
b) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.
c) fundar sindicatos de funcionários ou dele fazer parte.
d) cometer faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os ma-
teriais sob a sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização.
e) incitar greves ou a elas aderir.

Para responder a questão, façamos uso das disposições do parágrafo único do artigo 245 da
norma em análise, de seguinte redação:

Art. 245, Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:


I – pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não
prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regi-
mentos, instruções e ordens de serviço;
II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais
sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.

Assim sendo, apenas a Letra D elenca uma situação ensejadora de responsabilidade do agen-
tes estatal.
Letra d.

004. (VUNESP/ESC/TJ SP/”INTERIOR”/2018) Arceus Cipriano foi processado criminalmente


sob a acusação de cometimento de crime contra a administração pública e pelos mesmos
fatos também foi demitido do cargo público que ocupava. Contudo, na seara criminal, logrou
êxito em comprovar que não foi o autor dos fatos, tendo sido absolvido por esse fundamento,
na instância criminal. Diante disso, assinale a alternativa correta, nos termos do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.
a) Arceus terá direito à reintegração ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os
direitos e vantagens devidas, mediante simples comprovação do trânsito em julgado da deci-
são absolutória no juízo criminal.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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b) Como a responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal, a absolvição de


Arceus Cipriano na justiça criminal em nada altera decisão proferida na esfera administrativa.
c) A demissão é nula porque a Administração Pública não deveria ter processado administra-
tivamente Arceus e proferido decisão demissória antes do trânsito em julgado da sentença no
processo criminal.
d) Arceus poderá pedir o desarquivamento e a revisão da decisão administrativa que o demitiu,
utilizando como documento novo a sentença absolutória proferida no processo criminal.
e) Se a absolvição criminal ocorreu depois do prazo de interposição do recurso da decisão de-
missória proferida no processo administrativo, não será possível Arceus valer-se da sentença
criminal para buscar a anulação da demissão.

De acordo com o § 2º do artigo 250:

Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens de-
vidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado de
decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão.

Sendo assim, Arceus terá direito de ser reintegrado no cargo que ocupava, uma vez que houve a ab-
solvição pela justiça com o trânsito em julgado da decisão que negou a existência de sua autoria.
Letra a.

005. (VUNESP/SOLD/PM SP/2ª CLASSE/2018) Se um agente público do Estado de São Pau-


lo adquire materiais em desacordo com as disposições legais e regulamentares, o Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado prevê que esse agente será responsabilizado
a) pelo respectivo custo gerado, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-se
proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
b) administrativamente, cabendo-lhe a pena disciplinar cabível, mas não lhe será imputado o
respectivo custo gerado.
c) pelo respectivo custo gerado, mas não será objeto de penalidades disciplinares, nem poderá
o valor correspondente ser descontado de seu vencimento ou remuneração.
d) administrativamente, sendo comunicado o fato às autoridades policiais, mas não lhe será
imposta pena disciplinar nem o pagamento do respectivo custo gerado.
e) pelo respectivo custo gerado, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, mas não
poderá ser efetuado desconto no seu vencimento ou remuneração.

A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 246, de seguinte redação:

Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regula-
mentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Letra a.

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006. (VUNESP/ALUN OF/PM SP/2018) Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo (Lei n. 10.261/68), o funcionário que adquirir materiais em desacordo
com as disposições legais e regulamentares
a) deverá indenizar o erário até o limite de seus vencimentos anuais, e será responsabilizado
civil e criminalmente pelos seus atos.
b) restituirá em dobro o valor dos prejuízos causados ao poder público, e responderá processo
administrativo disciplinar, podendo sofrer a pena de demissão do serviço público.
c) responderá pelos seus atos somente se houve efetivo prejuízo aos cofres públicos, devendo
sua eventual responsabilidade ser apurada em processo criminal.
d) terá que justificar a compra perante seu superior hierárquico, que poderá isentá-lo de pena
se entender que o funcionário não agiu com dolo ou culpa.
e) será responsabilizado pelo respectivo gasto, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração

Temos aqui uma questão que exige o conhecimento do artigo 246 da norma estadual, que, por
sua vez, apresenta a seguinte redação:

Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regula-
mentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Letra e.

007. (VUNESP/CUP/SEPOG SP/CONTROLE E AUDITORIA/2017) O servidor que, fora do ho-


rário de trabalho, consome bebida alcoólica em excesso e envolve-se em situação vexatória
que se torne pública por meio das redes sociais:
a) poderá ser administrativamente responsabilizado por violação ao dever funcional de “estar
em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam res-
peito às suas funções”.
b) poderá ser administrativamente responsabilizado por violação ao dever funcional de “proce-
der na vida privada na forma que dignifique a função pública”.
c) não poderá ser responsabilizado administrativamente pela prática de infração disciplinar
por encontrar-se fora do horário de trabalho.
d) só poderá ser administrativamente responsabilizado pela violação a dever funcional se tiver
previamente se identificado como servidor público.
e) só poderia ser administrativamente responsabilizado pela violação a dever funcional se a
situação vexatória pudesse ser tipificada como infração penal.

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Ainda que, na situação narrada, o servidor não estivesse no exercício da função pública, infrin-
giu ele um dever estabelecido para os servidores estaduais:

Artigo 241 - São deveres do funcionário:


XIV – proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.

Logo, poderá o agente público, em razão da conduta, ser administrativamente responsabilizado.


Letra b.

008. (VUNESP/CUP/SEPOG SP/ORÇAMENTO E CONTABILIDADE PÚBLICA/2017) De acor-


do com os arts. 242 e 243 da Lei n. 10.261/1968 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado de São Paulo – é permitido ao funcionário
a) celebrar contrato administrativo com o governo estadual para o fornecimento de material
de escritório.
b) entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estra-
nhas ao serviço.
c) ser quotista majoritário e gerente de uma empresa de consultoria que presta serviços dire-
tamente relacionados com a finalidade da repartição em que esteja lotado.
d) exercer emprego ou função em empresas públicas integrantes da estrutura do gover-
no estadual.
e) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.

Com exceção da Letra D, todas as demais alternativas elencas vedações conferidas aos servi-
dores públicos de São Paulo.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


I – fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como representante
de outrem; (Letra A)
II – participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de sociedades
comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado, se-
jam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado; (Letra C)
Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:
II – retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existen-
te na repartição; (Letra E)
III – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estranhas
ao serviço; (Letra B)

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Na Letra D, a vedação existente é com relação a emprego ou função em empresas, estabeleci-


mentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com
a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, estabelecimen-
tos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalida-
de da repartição ou serviço em que esteja lotado;

Logo, pode ele, além destas situações, exercer emprego ou função em empresas públicas inte-
grantes da estrutura do governo estadual.
Letra d.

009. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Escrevente Técnico Judiciário apresen-


ta recurso de multa de trânsito, recebida por seu esposo, perante o Departamento de Trânsito
do Estado de São Paulo – DETRAN.
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, a conduta
descrita é
a) permitida, pois o funcionário pode, excepcionalmente, ser procurador ou servir de intermedi-
ário perante qualquer repartição pública, quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente
até segundo grau.
b) proibida, pois ao funcionário público é vedado peticionar perante qualquer repartição públi-
ca, não podendo requerer, representar, pedir reconsideração ou recorrer de decisões, ainda que
em nome próprio.
c) proibida, pois o funcionário público pode exercer o direito de petição perante quaisquer re-
partições públicas, mas somente em nome próprio, não podendo representar terceiros.
d) indiferente ao Estatuto, que nada prevê em relação à possibilidade do funcionário público
peticionar, em nome próprio ou de terceiros, perante repartições públicas.
e) permitida, pois o Estatuto expressamente permite que o funcionário público exerça o direito
de petição em nome próprio ou de qualquer terceiro.

Como regra geral, o servidor não pode constituir-se em procurador de partes. A exceção fica
por conta dos interesses relacionados com o cônjuge ou parentes até o segundo grau.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição públi-
ca, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
Letra a.

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010. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Considere a seguinte situação


hipotética:
Funcionário público comete erro de cálculo, o que leva ao recolhimento de valor menor do que
o devido para a Fazenda Pública Estadual. A responsabilização prescrita pelo Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, nesse caso, determina que
a) o funcionário seja obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.
b) haja instauração de processo administrativo disciplinar e, comprovado o prejuízo, seja apli-
cada a pena de demissão, independentemente de ter agido o funcionário com má-fé ou não.
c) seja o caso remetido aos juízos civil e criminal, aguardando a resolução de ambos para de-
cidir acerca da conduta administrativa cabível.
d) o valor do prejuízo seja apurado e descontado do vencimento ou remuneração mensal, não
excedendo o desconto a 30% (trinta por cento) do valor desses.
e) não tendo havido má-fé, seja aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.

Para responder a questão, temos que fazer uso de dois importantes artigos da Lei Esta-
dual 10.261.

Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 248, Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do artigo 245, não tendo havido
má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Letra e.

011. (VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO JUDICIÁRIO/2017) Em relação aos deveres, proibições e


responsabilidades do servidor público, é correto afirmar que
a) é seu dever guardar sigilo sobre assuntos da repartição, o que o impede de representar aos
superiores sobre as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas funções.
b) ele é proibido de participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou indus-
triais, ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas
com o Governo do Estado.
c) em caso de desfalque aos cofres públicos, o servidor poderá repor a importância do prejuízo
causado em parcelas que não excedam à 10ª (décima) parte do vencimento ou remuneração.
d) para ser responsabilizado administrativamente, o servidor deverá ser condenado criminal-
mente, por decisão transitada em julgado.
e) ele pode exercer emprego ou função em empresas, estabelecimentos ou instituições que
tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado, desde que fora do horário de trabalho.

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Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
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a) Errada. Ainda que seja um dever, para os servidores regidos pela Lei n. 10.261, guardar sigilo
sobre assuntos da repartição, devem eles, sempre que tiverem conhecimento, representar con-
tra as irregularidades para as autoridades competentes.
b) Correta. A alternativa versa sobre uma das proibições estabelecidas no estatuto em análise.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


II – participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de sociedades
comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado, se-
jam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado;

c) Errada. Quando a reposição for oriunda de prejuízo causado por desfalque, alcance, remis-
são ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais, o pagamento deverá
ser feito de uma só vez, não havendo possibilidade de desconto da 10ª parte da remuneração
ou vencimento do agente estatal.

Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omis-
são em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.

d) Errada. As esferas de responsabilização administrativa, civil e penal são independentes,


não havendo necessidade de condenação em uma delas para que ocorra a responsabilização
nas demais.
e) Errada. A alternativa elenca uma proibição dos servidores regidos pela Lei n. 10.261, confor-
me previsão do artigo 243, IV. Tal proibição, ressalta-se, alcança até mesmo o exercício fora do
horário de trabalho.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, estabelecimen-
tos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalida-
de da repartição ou serviço em que esteja lotado;
Letra b.

012. (VUNESP/2016/MPE-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA) O Estatuto dos Funcionários Pú-


blicos Civis do Estado de São Paulo prevê, entre outras, como penas disciplinares:

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Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
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a) readmissão e transferência.
b) reversão ao serviço ativo e transferência.
c) multa e reversão ao serviço ativo.
d) repreensão e multa.
e) reintegração e demissão.

Vejamos, de acordo com o estatuto paulista, quais são as penas disciplinares previstas:

Artigo 251 - São penas disciplinares:


I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público; e
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Letra d.

013. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO) Escrivão ­Diretor da 1 a Vara Cível da


Comarca X determina que Escrevente Técnico Judiciário, a ele subordinado, destrua um docu-
mento, colocando­-o em uma fragmentadora de papel. O Escrevente Técnico Judiciário percebe
que o documento é uma petição assinada e devidamente protocolada, que deveria ser encar-
tada em um processo que tramitava naquela Vara e que ainda não havia sido sentenciado. O
Escrevente Técnico Judiciário deverá, nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo,
a) cumprir a ordem, pois é dever do servidor público cooperar e manter espírito de solidarieda-
de com os companheiros de trabalho.
b) utilizar-se do documento como papel de rascu­nho para seu trabalho, considerando que é
dever do servidor público zelar pela economia do material do Estado
c) representar ao Juiz da Vara, já que é dever do servidor público representar contra ordens
manifestamente ilegais.
d) desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido, destruindo o documento.
e) proceder conforme ordenado pelo Escrivão ­Diretor, nada dizendo sobre o assunto, pois é
dever do servidor público guardar sigilo sobre os assun­tos da repartição.

O servidor deve cumprir todas as ordens superiores, exceto, como no caso apresentado, as
ordens ilegais, que devem ser representadas à autoridade superior.

Artigo 241 - São deveres do funcionário:


II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
Letra c.
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014. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO) Acerca das penalidades previstas pelo


Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, é correto afirmar que
a) a pena de repreensão será aplicada verbalmente, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres
b) praticar ato definido como crime contra a administração pública enseja a aplicação da de-
missão a bem do serviço público.
c) a pena de suspensão, que não excederá 30 (trinta) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência
d) a autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa,
na base de 75% (setenta e cinco por cento) por dia de remuneração.
e) em restando configurado o abandono de cargo, caberá a aplicação da pena de suspensão.

a) Errada. A pena de repreensão deverá, sempre, ser aplicada por escrito.

Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
cumprimento dos deveres.

b) Correta. Ao praticar crime contra a Administração Pública, deve o servidor ser sancionado
com a penalidade de demissão a bem do serviço público.

Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda Esta-
dual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;

c) Errada. A suspensão não poderá exceder ao prazo de 90 dias, e não 30, conforme informado
pela alternativa.

Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência.

d) Errada. A pena de suspensão poderá ser convertida em multa à base de 50% da remunera-
ção ou vencimento por dia de exercício, e não 75%.

Art. 254, § 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade
em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o
funcionário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.

e) Errada. Em caso de abandono de cargo, a penalidade a ser aplicada é a de demissão.

Artigo 256 - Será aplicada a pena de demissão nos casos de:


I – abandono de cargo;
Letra b.

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015. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) Nos termos do que expressamente


estabelece a Lei n. 10.261/68, é dever do funcionário público
a) cumprir as ordens superiores, mesmo quando forem manifestamente ilegais.
b) residir no local onde exerce o cargo ou onde autorizado.
c) guardar sigilo sobre os assuntos da repartição, exceto sobre despachos, decisões ou
providências.
d) manter sigilo sobre as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas fun-
ções, deixando eventual investigação para as autoridades competentes.
e) providenciar para que estejam sempre em ordem todas as mesas de trabalho da repartição
onde exerce suas funções.

Dentre as alternativas propostas, apenas a Letra B trata-se de um dever dos servidores regidos
pela Lei n. 10.261:

Artigo 241 - São deveres do funcionário:


VII – residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
Letra b.

016. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) A Lei n. 10.261/68 dispõe que ao


funcionário público é proibido
a) fazer parte dos quadros sociais de qualquer tipo de sociedade comercial.
b) deixar de comparecer ao serviço, mesmo que por causa justificada.
c) participar da gerência de sociedades comerciais, mesmo daquelas que não mantenham
relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado.
d) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em qualquer tipo de empresa.
e) empregar material do serviço público em serviço particular.

Dentre as alternativas de resposta, a Letra E é a única que elenca, de forma correta, uma proi-
bição aos servidores regidos pela Lei n. 10.261.

Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:


VIII – empregar material do serviço público em serviço particular.
Letra e.

017. (VUNESP/2015/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) A ineficiência no serviço sujeita o


funcionário público, nos moldes da Lei n. 10.261/68, à pena de
a) demissão.
b) repreensão por escrito.

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c) advertência.
d) suspensão.
e) demissão a bem do serviço público.

Em caso de ineficiência no serviço, será aplicada a pena de demissão, nos termos do estatuto
dos servidores do estado de São Paulo.

Artigo 256 - Será aplicada a pena de demissão nos casos de:


III – ineficiência no serviço;
Letra a.

018. (VUNESP/TJ-SP/2014/ESCREVENTE) A respeito das penas disciplinares e de sua apli-


cação, é correto afirmar, à luz do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São
Paulo, que:
a) a pena de suspensão, que não excederá 120 (cento e vinte) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência.
b) praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legíti-
ma defesa, sujeita o funcionário público à pena de suspensão ou de demissão.
c) a autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa,
na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcio-
nário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
d) a pena de demissão por ineficiência no serviço será aplicada independentemente de verifi-
cação sobre a impossibilidade de readaptação do funcionário público.
e) a pena de repreensão poderá ser aplicada verbalmente ou por escrito, a critério da autorida-
de competente, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres.

A Lei n. 10.261, de 1968, estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de
São Paulo.
De acordo com o artigo 251 da norma em questão, temos seguintes penalidades passíveis de
aplicação aos Servidores Públicos Estaduais:

Art. 251, São penas disciplinares:


I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público;
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade

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a) Errada. De acordo com o artigo 254, o prazo máximo para a pena de Suspensão é de 90 dias:

A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência.

b) Errada. Nesta hipótese, a pena aplicável será a de Demissão, conforme teor do artigo 257:

Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:


V – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima
defesa;

c) Correta. Trata-se de uma possibilidade para as situações em que couber a pena de Suspen-
são, ou seja, a conversão em multa pecuniária de 50% da remuneração do período, conforme
disposição do artigo 254, § 2º:

A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa, na base
de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcionário, nesse
caso, obrigado a permanecer em serviço.

d) Errada. De acordo com o § 2º do artigo 256, a pena de demissão por ineficiência apenas será
aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação:

A pena de demissão por ineficiência no serviço, só será aplicada quando verificada a impossibilida-
de de readaptação.

e) Errada. A pena de repreensão apenas poderá ser aplicada por escrito, conforme previsão do
artigo 253:

A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento
dos deveres.
Letra c.

019. (VUNESP/TJ-SP/2014/ESCREVENTE) Maria é servidora pública estadual, ocupante do


cargo de escrevente técnico judiciário, lotada na 5a Vara da Fazenda Pública da Capital do
Estado de São Paulo. Maria é sócia minoritária (2%) de sua irmã, Joana, em uma empresa que
vende equipamentos de informática, na qual trabalha algumas horas por semana, sem prejuízo
do cumprimento de sua jornada de trabalho e de suas atividades no cargo público, que são de-
vidamente observadas. Joana decide participar de licitação promovida pelo Tribunal de Justi-
ça do Estado de São Paulo, que pretende adquirir computadores e impressoras. Considerando
as disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, Maria
a) pode permitir que a empresa participe do certame, pois não consta no Estatuto qualquer
vedação aos funcionários públicos em relação à participação em sociedades comerciais e/ou
empresariais, que contratem ou não com o Poder Público.

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b) não deve permitir que a empresa participe do certame, se a aquisição for destinada para uso
na unidade em que está lotada; caso seja o equipamento destinado a outras unidades, não há
vedação estatutária.
c) pode permitir que a empresa participe do certame, pois ao funcionário público somente é
vedado receber subvenções ou outros valores de forma não onerosa, podendo, portanto, esta-
belecer relação comercial com o Tribunal de Justiça.
d) pode permitir que a empresa participe do certame, pois o Estatuto somente vedaria a relação
comercial se a empresa de Maria fosse de natureza industrial ou bancária, o que não é o caso.
e) não deve permitir que a empresa participe do certame, pois é proibido ao funcionário público
participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de socieda-
des comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Tribunal

No caso narrado pela questão, estamos diante de uma servidora do TJ-SP que também é sócia
minoritária de uma empresa privada. Tal empresa, no entanto, resolve participar de uma licita-
ção promovida pelo tribunal.
A conduta é possível ou recairia em uma das proibições do Estatuto?
De acordo com o artigo 243 da norma em questão, temos a seguinte redação:

Art. 243, É proibido ainda, ao funcionário:


II – participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de sociedades
comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado, se-
jam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado;

Logo, Maria não poderá permitir que a empresa da qual é sócia (ainda que minoritária) parti-
cipe da licitação, independente das aquisições serem ou não destinadas para a unidade onde
ela está lotada.
Letra e.

020. (VUNESP/SEFAZ-SP/2013/APOF) Minerva, funcionária pública estadual, comovida com


a situação de uma amiga que está passando por sérios problemas financeiros e de saúde,
resolve ajudá-la promovendo uma lista de donativos dentro da sua repartição, pedindo um
pequena contribuição de cada colega de trabalho em benefício da referida amiga. Segundo o
disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, essa conduta
de Minerva
a) não é disciplinada por lei e, portanto, nada impede Minerva de assim agir.
b) é legalmente permitida.
c) pode ser adotada, desde que devidamente autorizada pelo chefe da repartição e que não
atrapalhe o bom andamento do serviço público.
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d) se constitui em uma das exceções permitidas por lei que autoriza Minerva a adotá-la, tendo
em vista o pequeno valor por ela solicitado e o nobre objetivo de seu ato.
e) é proibida por lei.

De acordo com o artigo 242 da Lei n. 10.261 (Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de
São Paulo), temos as seguintes proibições aos servidores regidos pela norma:

Art. 242, Ao funcionário é proibido:


I – referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho ou pela imprensa, ou qualquer
meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração, podendo, porém, em
trabalho devidamente assinado, apreciá-los sob o aspecto doutrinário e da organização e eficiência
do serviço;
II – retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existen-
te na repartição;
III – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estranhas
ao serviço;
IV – deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
V – tratar de interesses particulares na repartição;
VI – promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se solidário
com elas;
VII – exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas de donati-
vos dentro da repartição; e
VIII – empregar material do serviço público em serviço particular.

Logo, a situação proporcionada pela servidora Minerva é proibida.


Letra e.

021. (VUNESP/TJ-SP/2013/ADVOGADO) “O conjunto de atribuições e responsabilidades co-


metidas a um funcionário” corresponde à definição de
a) função pública.
b) função pública ou emprego público.
c) emprego público.
d) cargo público.
e) cargo público ou emprego público.

De acordo com o artigo 4º do Estatuto dos Servidores de São Paulo, temos a definição que nos
permite responder a questão:

Art. 4º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário.


Letra d.

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022. (VUNESP/2012/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Nos termos do que dispõe a Lei n.


10.261/68, ao funcionário público é proibido
a) constituir-se procurador de partes perante qualquer repartição pública, exceto quando se
tratar de interes­se de cônjuge ou parente até segundo grau.
b) referir-se de forma depreciativa, em informações, pareceres, despachos ou pela imprensa, a
respeito das autoridades constituídas.
c) ter outro trabalho remunerado, na iniciativa privada, fora do horário do serviço público.
d) participar dos quadros sociais de qualquer tipo de so­ciedade comercial
e) retirar, mesmo que autorizado pela autoridade com­petente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição.

Dentre as alternativas propostas, é a Letra A que apresenta, de forma correta, uma das proibi-
ções aos servidores públicos do estado de São Paulo.

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição públi-
ca, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
Letra a.

023. (VUNESP/2012/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Hércules Remo, funcionário público


estadual, cometeu falta administrativa grave punível com pena de suspensão. Considerando-
-se o disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, assinale a
alternativa correta.
a) A autoridade que aplicar a pena poderá convertê-la em multa, na base de 100% por dia de
vencimento ou remuneração de Hércules.
b) A pena de Hércules não poderá exceder de 90 dias.
c) Caso não ocorram situações de suspensão ou interrupção, se Hércules não for punido pela
falta cometida dentro do prazo de 1 ano, sua pena estará prescrita.
d) Se Hércules for suspenso, ele não perderá as vantagens e direitos decorrentes do exercí-
cio do cargo.
e) Se, ao invés da suspensão, Hércules for multado, ele não poderá ser obrigado a permanecer
em serviço.

a) Errada. A autoridade poderá converter a penalidade de suspensão em multa. No entanto, a


conversão será de 50% por dia normal de serviço, devendo o servidor, neste caso, permanecer
em exercício.
b) Correta. O prazo de 90 dias trata-se do tempo máximo de duração para a penalidade de
suspensão.
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c) Errada. A pena de suspensão prescreve em 2 anos, e não em 1 ano, conforme informado.


d) Errada. A suspensão acarretará a perda de todos os direitos e vantagens decorrentes do
exercício do cargo.
e) Errada. Em caso de conversão em multa, Hércules ficará obrigado a permanecer em serviço.
Letra b.

024. (VUNESP/2011/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) De acordo com o que dispõe a Lei n.


10.261/68, é proibido ao funcionário público
a) fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como represen-
tante de outrem.
b) requerer ou promover a concessão de privilégios de invenção própria.
c) constituir-se procurador ou servir de intermediário perante qualquer repartição pública,
quando se tratar de interesse de cônjuge.
d) trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo grau, nas funções de confiança
e livre escolha.
e) cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais.

De acordo com a Lei n. 10.261, apenas a Letra A apresenta uma proibição aos servidores do
estado de São Paulo:

Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:


I – fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como representante
de outrem;
Letra a.

025. (VUNESP/2010/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Nos casos de indenização à Fazen-


da Estadual, o funcionário será obrigado a repor a importância do prejuízo causado em virtude
de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos
legais. Nessas hipóteses, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo
dispõe que a reposição do valor devido
a) deve ser feita de uma só vez.
b) pode ser feita em até cinco vezes.
c) poderá ser descontada do vencimento ou remuneração, não excedendo o desconto à déci-
ma parte do valor destes.
d) poderá ser parcelada em até dez vezes.
e) deve ser recolhida no prazo de até trinta dias, contados da decisão final do processo admi-
nistrativo que apurou o valor da dívida.

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Para responder à questão, façamos uso da literalidade do artigo 247 da Lei n. 10.261:

Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omis-
são em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Letra a.

026. (VUNESP/2010/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) A responsabilidade administrativa


do funcionário público
a) exime a sua responsabilidade civil.
b) exime a sua responsabilidade criminal.
c) exime o pagamento de indenização por parte do funcionário.
d) depende da responsabilidade criminal.
e) é independente da civil e da criminal.

Todas as esferas de responsabilização são independentes, o que resulta na possibilidade do


servidor ser responsabilizado em todas as esferas ou, em sentido diverso, em apenas uma de-
las (sem que, com isso, a medida implique em responsabilização nas demais).
Letra e.

027. (VUNESP/2010/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO) Sobre a pena de suspensão prevista


na Lei n. 10.261/68, é correto afirmar que
a) não excederá noventa dias.
b) não acarretará a perda dos direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo do fun-
cionário suspenso.
c) não admite a sua conversão em multa.
d) será aplicada no caso de ineficiência no serviço.
e) será aplicada ao funcionário que revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do
cargo, desde que o faça dolosamente e com prejuízo para o Estado ou particulares.

a) Correta. A penalidade de suspensão não poderá ser aplicada por prazo superior e 90 dias.
b) Errada. A suspensão, quando aplicada, enseja a perda dos direitos e vantagens decorrentes
do exercício do cargo.
c) Errada. A suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento)
por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado a permane-
cer em serviço.
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Lei Estadual n. 10.261/1968 – Estatuto dos Servidores de São Paulo – Parte II
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d) Errada. Pela ineficiência no serviço, a penalidade aplicada será a de demissão, e não de suspensão.
e) Errada. Se o servidor revelar segredo de que tenha conhecimento em razão do cargo, deverá
ser penalizado com a sanção de demissão a bem do serviço público.
Letra a.

028. (VUNESP/2010/TJ-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) É um dever do funcionário público


previsto, expressamente, na Lei n. o 10.261/68:
a) pedir reconsideração e recorrer de decisões no prazo de 30 dias.
b) cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais.
c) desempenhar com alegria e simpatia os trabalhos de que for incumbido.
d) promover manifestações de apreço dentro da repartição e, se for o caso, tornar-se solidário
com elas em benefício de todos os colegas da repartição.
e) comportar-se de maneira digna e voluntariosa no local de trabalho, auxiliando os demais
colegas no desempenho de suas tarefas quando estes não lograrem êxito em fazê-lo.

Apenas a Letra B elenca um dos deveres dos servidores públicos regidos pelas disposições da
Lei n. 10.261.

Artigo 241 - São deveres do funcionário:


II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
Letra b.

029. (VUNESP/2010/TJ-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) Conforme o disposto na Lei n. o


10.261/68, o funcionário público que, comprovadamente, causou prejuízo em razão de erro de
cálculo contra a Fazenda Estadual, mas não agiu de má-fé e não é reincidente,
a) ficará sujeito à pena de repreensão.
b) não deverá ser responsabilizado administrativamente.
c) estará sujeito à pena de exoneração do serviço público.
d) deverá ser demitido a bem do serviço público.
e) deverá ser suspenso das suas funções pelo prazo de 30 dias.

Na situação narrada, e tendo em vista que não houve má-fé, deverá o servidor sofrer a penali-
dade de repreensão. Em caso de reincidência, a suspensão é que deverá ser aplicada.

Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 248, Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido má-fé,
será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Letra a.
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030. (VUNESP/2009/TJ-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA) Considerando-se o disposto na Lei


n. 10.261/68, se um funcionário público solicitar presentes a alguém, ainda que fora de suas
funções mas em razão delas, ficará sujeito à pena de
a) suspensão simples.
b) demissão simples.
c) exoneração.
d) demissão a bem do serviço público.
e) suspensão, com perda dos direitos e vantagens do cargo.

Para a conduta apresentada pela questão, a penalidade aplicável é a de demissão a bem do


serviço público.

Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta-
mente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
Letra d.

031. (FCC/ODP/DPE SP/2015) Beltrano, Oficial de Defensoria Pública do Estado de São Pau-
lo, formulou requerimento pleiteando a acumulação de suas férias. Nos termos da Lei Estadu-
al n. 10.261/1968, admite-se a acumulação de férias por absoluta necessidade de serviço e
pelo máximo de
a) dois anos consecutivos.
b) um ano consecutivo.
c) três anos consecutivos.
d) três anos intercalados.
e) dois anos intercalados.

Estabelece o § 2º do artigo 176 que:

É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e pelo máximo de 2
(dois) anos consecutivos.
Letra a.

032. (FCC/ODP/DPE SP/2013) Maria, servidora pública civil do Estado de São Paulo, pretende
tirar licença para tratar de interesses particulares. Nos termos da Lei Estadual n. 10.261/68
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo), referida licença

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a) poderá ser negada se inconveniente ao interesse do serviço.


b) poderá, em situações excepcionais, ser concedida ao servidor removido, mesmo antes de
assumir o exercício do cargo.
c) é concedida pelo prazo máximo de três anos.
d) pode ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde que dentro do período de
cinco anos.
e) poderá ser novamente concedida depois de decorridos dois anos do término da anterior.

A licença para tratar de interesses particulares é uma medida discricionária da Administração


Pública, podendo perfeitamente ser negada em caso de inconveniência ao interesse público.

Artigo 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem venci-
mento ou remuneração, para tratar dntee iresses particulares, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos.
§ 1º Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao inte-
resse do serviço.
Letra a.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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