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LEI

COMPLEMENTAR
N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores
Públicos do Distrito Federal – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte II
Diogo Surdi

Sumário
Regime Jurídico dos Servidores do Distrito Federal – Parte II..............................................................3
1. Férias...................................................................................................................................................................................3
2. Licenças.............................................................................................................................................................................5
3. Afastamentos.. ...............................................................................................................................................................8
4. Tempo de Serviço e Tempo de Contribuição...............................................................................................12
5. Direito de Petição......................................................................................................................................................15
6. Deveres............................................................................................................................................................................17
7. Regime Disciplinar.. ..................................................................................................................................................18
7.1. Responsabilidades................................................................................................................................................19
7.2. Infrações Disciplinares. . .....................................................................................................................................21
7.3. Sanções Disciplinares. . ...................................................................................................................................... 24
8. Processo de Apuração de Infração Disciplinar........................................................................................ 28
8.1. Sindicância. . ............................................................................................................................................................... 28
8.2. Processo Disciplinar.. .........................................................................................................................................30
8.3. Afastamento Provisório. . ..................................................................................................................................32
8.4. Comissão Processante......................................................................................................................................33
8.5. Fases Processuais.. ..............................................................................................................................................35
8.6. Revisão do Processo.. .........................................................................................................................................42
Resumo................................................................................................................................................................................45
Questões de Concurso................................................................................................................................................52
Gabarito............................................................................................................................................................................... 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte II
Diogo Surdi

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES DO DISTRITO


FEDERAL – PARTE II
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, concluiremos o estudo das disposições relacionadas com o Regime Ju-
rídico dos Servidores do Distrito Federal. Para isso, faremos uso das regras expressas na Lei
Complementar 840/2011.
Grande abraço a todos e boa aula!
Diogo

1. Férias
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores públi-
cos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada. Decorre o direito de
férias, desta forma, de uma previsão constitucional, conforme estabelece o artigo 7º, XVII, da
Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário nor-
mal;

Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores po-
dem ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e no interesse da
administração.
Caso ocorra o parcelamento, os valores relativos às férias serão creditados quando da uti-
lização da primeira etapa, devendo ser observada a antecedência mínima de 2 dias.

Art. 125. A cada período de doze meses de exercício, o servidor faz jus a trinta dias de férias.
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias, são exigidos doze meses de efetivo exercício.
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica aos casos de férias coletivas, hipótese em que as primeiras
férias são proporcionais ao efetivo exercício.
§ 3º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

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§ 4º As férias podem ser acumuladas por até dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses previstas em legislação específica.
§ 5º Mediante requerimento do servidor e no interesse da administração pública, as férias podem
ser parceladas em até três períodos, nenhum deles inferior a dez dias.
Art. 126. Até dois dias antes de as férias serem iniciadas, devem ser pagos ao servidor:
I – o adicional de férias;
II – o abono pecuniário, se deferido;
III – o adiantamento de parcela correspondente a quarenta por cento do valor líquido do subsídio ou
remuneração, desde que requerido.
Parágrafo único. O adiantamento de que trata o inciso III é descontado do subsídio ou remuneração
do servidor em quatro parcelas mensais e sucessivas de idêntico valor.

Por se tratar de direito social garantido constitucionalmente aos servidores públicos, a re-
gra é a de que as férias não podem ser interrompidas.
Os poucos casos em que é possível a interrupção são situações de extrema importância
para a continuidade do serviço público, conforme estabelece a Lei Complementar 840:

Art. 128. As férias somente podem ser suspensas por motivo de calamidade pública, comoção in-
terna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por necessidade do serviço.
Parágrafo único. A suspensão das férias depende de:
I – portaria do Secretário de Estado ou autoridade equivalente, no Poder Executivo;
II – ato do Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, nos respectivos órgãos.

No âmbito do serviço público, tal como ocorre para as demais classes de trabalhadores,
é exigido um tempo mínimo de 12 meses de exercício para que o servidor adquira o direito ao
primeiro período de férias. Os demais períodos, no entanto, serão contados por exercício, não
havendo a necessidade de ser completado um ano de trabalho para a sua fruição.

Micheli entrou em exercício no serviço público em 29/10/2020. Para que ela tenha direito ao
gozo de férias, deve completar o período de 1 ano de efetivo exercício, período este que termi-
na em 28/10/2021. Nesta data, Micheli passa a ter direito de usufruir de suas férias.
Para os demais períodos, no entanto, não há necessidade da observância de 1 ano de efetivo
exercício. Nesta situação, Micheli poderia, perfeitamente, requerer suas férias para o início do
ano de 2020, uma vez que já estaríamos em um novo exercício.

Outro ponto bastante importante é sobre as férias dos servidores que operam constante-
mente com raio x ou outras substancias radioativas.
Para estes, há a expressa determinação de que deverão gozar do período de 20 dias de fé-
rias a cada semestre de atividade profissional, sendo vedada a sua acumulação. Além disso,
tais servidores não fazem jus ao abono pecuniário.

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2. Licenças
Estabelece a Lei Complementar 840/2011 uma série de licenças passíveis de utilização
pelo servidor público distrital, sendo elas:
a) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) para o serviço militar;
d) para atividade política;
e) servidor;
f) para tratar de interesses particulares;
g) para desempenho de mandato classista;
h) paternidade;
i) maternidade;
j) médica ou odontológica.
Antes de conhecermos as características de cada uma das licenças, é importante saber-
mos que a licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma espécie é con-
siderada como prorrogação.

Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença


do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente,
descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o
segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica
Licença por Motivo de
oficial.
Doença em Pessoa da
A licença é concedida sem prejuízo da remuneração ou subsídio
Família
do cargo efetivo
Importante: Nenhum período de licença pode ser superior a 30
dias, e o somatório dos períodos não pode ultrapassar 180 dias
por ano, iniciando-se a contagem com a primeira licença.

A informação imprescindível sobre tal licença é que, uma vez


concedida, terá o servidor, após concluir a obrigação, um prazo
Licença para o Serviço de 30 dias, sem remuneração, para reassumir o exercício do
Militar cargo público.
A licença para o serviço militar terá todas as suas condições
estabelecidas em legislação específica.

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Com a finalidade de não influenciar no pleito democrático,


o servidor que estiver concorrendo a algum cargo eletivo
terá direito a esta licença, sem remuneração, a partir da sua
escolha em convenção partidária e até a véspera do registro da
candidatura. Nesta situação, a licença será sem remuneração.
Licença para Atividade
Com o registro, o servidor passa a ter direito, novamente, à
Política
licença, que irá durar do registro da candidatura até 10 dias após
as eleições. Nesta situação, a licença será com remuneração.
O servidor candidato a cargo eletivo que exerça cargo em
comissão ou função de confiança dele deve ser exonerado ou
dispensado, observados os prazos da legislação eleitoral.

Após cada quinquênio (5 anos) de efetivo exercício, o servidor


ocupante de cargo efetivo fará jus a 3 meses de licença-
servidor, sem prejuízo de sua remuneração, inclusive da
retribuição do cargo em comissão, função de confiança ou função
gratificada escolar - FGE que eventualmente exerça.
O número de servidores afastados em virtude de licença-
servidor não pode ser superior a 1/3 da lotação da respectiva
unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação. De
igual forma, a Administração Pública tem o prazo de até 120 dias,
contado da data de requerimento do pedido pelo servidor, para
definir o período de gozo da licença.
A contagem do prazo para aquisição da licença-servidor é
Licença-Servidor
interrompida quando o servidor, durante o período aquisitivo:
a) sofrer sanção disciplinar de suspensão;
b) licenciar-se ou afastar-se do cargo sem remuneração.
As faltas injustificadas ao serviço retardam a concessão da
licença prevista neste artigo, na proporção de um mês para cada
falta.
Outro ponto importante é que fica assegurado às servidoras e
aos servidores o direito de iniciar a fruição de licença-servidor
logo após o término da licença-maternidade ou da licença-
paternidade. O direito assegurado aplica-se à licença-prêmio por
assiduidade cujo período de aquisição for completado até 10 dias
antes do término da licença-maternidade.

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A critério da administração pública, poderá ser concedida ao


servidor estável (trata-se de um ato discricionário) licença para
tratar de assuntos particulares.
O prazo da licença será de até 3 anos consecutivos, implicando
na perda da remuneração do servidor durante o período.
Para o deferimento da licença, deve o servidor atender aos
Licença para tratar de seguintes requisitos:
Interesses Particulares a) não possuir débito com o erário relacionado com sua situação
funcional;
b) não estar respondendo a processo disciplinar.
A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do
servidor ou a critério da administração.
Devemos saber, ainda, que a licença pode ser prorrogada por
igual período, uma única vez.

Fica assegurado ao servidor estável o direito a licença para o


desempenho de mandato em central sindical, confederação,
federação ou sindicato representativos de servidores do Distrito
Federal, regularmente registrados no órgão competente.
A licença de servidor para sindicato representativo de categoria
de servidores civis do Distrito Federal é feita da forma seguinte:
I – o servidor tem de ser eleito dirigente sindical pela categoria;
II – cada sindicato tem direito à licença de:
a) dois dirigentes, desde que tenha, no mínimo, trezentos
servidores filiados;
b) um dirigente para cada grupo de dois mil servidores filiados,
além dos dirigentes previstos na alínea a, até o limite de dez
dirigentes.
Licença para o
Mas atenção: Para cada 2 dirigentes sindicais licenciados,
Desempenho de
observado o regulamento, pode ser licenciado mais 1, devendo o
Mandato Classista
sindicato ressarcir ao órgão ou entidade o valor total despendido
com remuneração ou subsídio, acrescido dos encargos sociais
e provisões para férias, adicional de férias e décimo terceiro
salário.
Para o desempenho de mandato em central sindical,
confederação ou federação, pode ser licenciado um servidor
para cada grupo de vinte e cinco mil associados por
instituição. A licença tem duração igual à do mandato, podendo
ser prorrogada no caso de reeleição.
Importante: O servidor investido em mandato classista, durante
o mandato e até 1 ano após o seu término, não pode ser
removido ou redistribuído de ofício para unidade administrativa
diversa daquela de onde se afastou para exercer o mandato.

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Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem direito a


Licença-Paternidade licença-paternidade de 7 dias consecutivos, incluído o dia da
ocorrência.

O servidor que não tiver falta injustificada no ano anterior faz jus
ao abono de ponto de cinco dias.
Para aquisição do direito ao abono de ponto, é necessário que o
servidor tenha estado em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31
de dezembro do ano aquisitivo.
O direito ao gozo do abono de ponto extingue-se em 31 de
dezembro do ano seguinte ao do ano aquisitivo.
Abono de Ponto
O gozo do abono de ponto pode ser em dias intercalados, com
a ressalva de que o número de servidores em gozo de abono
de ponto não pode ser superior a 1/5 da lotação da respectiva
unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação.
Ocorrendo a investidura após 1º de janeiro do período aquisitivo,
o servidor faz jus a 1 dia de abono de ponto por bimestre de
efetivo exercício, até o limite de 5 dias.

3. Afastamentos
A doutrina não identifica uma diferença precisa entre os afastamentos e as licenças pas-
síveis de concessão ao servidor público. Em ambos os casos, estamos diante de um direito,
possibilitando que o servidor se ausente sem que, via de regra, ocorra a perda da respectiva re-
muneração ou a cessação da contagem do tempo de afastamento como de efetivo exercício.
De acordo com a Lei Complementar 840/2011, podemos identificar os seguintes
afastamentos:
Pode ser concedida licença ao servidor estável para acompanhar cônjuge
ou companheiro que for deslocado para:
a) trabalhar em localidade situada fora da Região Integrada de
Licença por
Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno – RIDE;
Motivo de
b) exercer mandato eletivo em Estado ou Município não compreendido na
Afastamento
RIDE.
do Cônjuge ou
A licença em questão será pelo prazo de até 5 anos, acarretando, durante
Companheiro
o período, a perda da remuneração ou subsídio.
No entanto, a manutenção do vínculo conjugal deve ser comprovada
anualmente, sob pena de cancelamento da licença.

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Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge


ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente,
enteado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil,
Licença por
mediante comprovação por junta médica oficial.
Motivo de Doença
A licença é concedida sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo
em Pessoa da
efetivo
Família
Importante: Nenhum período de licença pode ser superior a 30 dias, e o
somatório dos períodos não pode ultrapassar 180 dias por ano, iniciando-
se a contagem com a primeira licença.

A informação imprescindível sobre tal licença é que, uma vez concedida,


terá o servidor, após concluir a obrigação, um prazo de 30 dias, sem
Licença para o
remuneração, para reassumir o exercício do cargo público.
Serviço Militar
A licença para o serviço militar terá todas as suas condições estabelecidas
em legislação específica.

Com a finalidade de não influenciar no pleito democrático, o servidor


que estiver concorrendo a algum cargo eletivo terá direito a esta licença,
sem remuneração, a partir da sua escolha em convenção partidária e até
a véspera do registro da candidatura. Nesta situação, a licença será sem
remuneração.
Licença para
Com o registro, o servidor passa a ter direito, novamente, à licença, que
Atividade Política
irá durar do registro da candidatura até 10 dias após as eleições. Nesta
situação, a licença será com remuneração.
O servidor candidato a cargo eletivo que exerça cargo em comissão ou
função de confiança dele deve ser exonerado ou dispensado, observados
os prazos da legislação eleitoral.

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Após cada quinquênio (5 anos) de efetivo exercício, o servidor ocupante


de cargo efetivo fará jus a 3 meses de licença-servidor, sem prejuízo de
sua remuneração, inclusive da retribuição do cargo em comissão, função
de confiança ou função gratificada escolar - FGE que eventualmente
exerça.
O número de servidores afastados em virtude de licença-servidor não
pode ser superior a 1/3 da lotação da respectiva unidade administrativa
do órgão, autarquia ou fundação. De igual forma, a Administração Pública
tem o prazo de até 120 dias, contado da data de requerimento do pedido
pelo servidor, para definir o período de gozo da licença.
A contagem do prazo para aquisição da licença-servidor é interrompida
Licença-Servidor quando o servidor, durante o período aquisitivo:
a) sofrer sanção disciplinar de suspensão;
b) licenciar-se ou afastar-se do cargo sem remuneração.
As faltas injustificadas ao serviço retardam a concessão da licença prevista
neste artigo, na proporção de um mês para cada falta.

Outro ponto importante é que fica assegurado às servidoras e aos


servidores o direito de iniciar a fruição de licença-servidor logo após o
término da licença-maternidade ou da licença-paternidade. O direito
assegurado aplica-se à licença-prêmio por assiduidade cujo período
de aquisição for completado até 10 dias antes do término da licença-
maternidade.

A critério da administração pública, poderá ser concedida ao servidor


estável (trata-se de um ato discricionário) licença para tratar de assuntos
particulares.
O prazo da licença será de até 3 anos consecutivos, implicando na perda
da remuneração do servidor durante o período.
Para o deferimento da licença, deve o servidor atender aos seguintes
Licença para tratar
requisitos:
de Interesses
a) não possuir débito com o erário relacionado com sua situação funcional;
Particulares
b) não estar respondendo a processo disciplinar.

A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor


ou a critério da administração.
Devemos saber, ainda, que a licença pode ser prorrogada por igual
período, uma única vez.

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Fica assegurado ao servidor estável o direito a licença para o desempenho


de mandato em central sindical, confederação, federação ou sindicato
representativos de servidores do Distrito Federal, regularmente
registrados no órgão competente.
A licença de servidor para sindicato representativo de categoria de
servidores civis do Distrito Federal é feita da forma seguinte:
I – o servidor tem de ser eleito dirigente sindical pela categoria;
II – cada sindicato tem direito à licença de:
a) dois dirigentes, desde que tenha, no mínimo, trezentos servidores
filiados;
b) um dirigente para cada grupo de dois mil servidores filiados, além dos
dirigentes previstos na alínea a, até o limite de dez dirigentes.
Licença para o
Mas atenção: Para cada 2 dirigentes sindicais licenciados, observado o
Desempenho de
regulamento, pode ser licenciado mais 1, devendo o sindicato ressarcir ao
Mandato Classista
órgão ou entidade o valor total despendido com remuneração ou subsídio,
acrescido dos encargos sociais e provisões para férias, adicional de férias
e décimo terceiro salário.

Para o desempenho de mandato em central sindical, confederação ou


federação, pode ser licenciado um servidor para cada grupo de vinte e
cinco mil associados por instituição. A licença tem duração igual à do
mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição.

Importante: O servidor investido em mandato classista, durante o


mandato e até 1 ano após o seu término, não pode ser removido ou
redistribuído de ofício para unidade administrativa diversa daquela de
onde se afastou para exercer o mandato.
Licença- Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem direito a licença-
Paternidade paternidade de 7 dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência.

O servidor que não tiver falta injustificada no ano anterior faz jus ao
abono de ponto de cinco dias.
Para aquisição do direito ao abono de ponto, é necessário que o servidor
tenha estado em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31 de dezembro do
ano aquisitivo.
O direito ao gozo do abono de ponto extingue-se em 31 de dezembro do
ano seguinte ao do ano aquisitivo.
Abono de Ponto
O gozo do abono de ponto pode ser em dias intercalados, com a ressalva
de que o número de servidores em gozo de abono de ponto não pode ser
superior a 1/5 da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão,
autarquia ou fundação.
Ocorrendo a investidura após 1º de janeiro do período aquisitivo, o
servidor faz jus a 1 dia de abono de ponto por bimestre de efetivo
exercício, até o limite de 5 dias.

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4. Tempo de Serviço e Tempo de Contribuição


Salvo disposição legal em contrário, é contado para todos os efeitos o tempo de serviço
público remunerado, prestado a órgão, autarquia ou fundação dos Poderes Executivo e Legis-
lativo do Distrito Federal.
O tempo de serviço é utilizado para, dentre outras finalidades, verificar o momento em que
o agente público pode ou não se aposentar. Neste sentido, deve ser ressaltado que a contagem
do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano
como de 365 dias.
A Lei Complementar 840/2011 apresenta uma série de situações que serão ou não compu-
tadas como tempo de serviço.
Salvo disposição legal em contrário,
São considerados como efetivo exercício não são contados como tempo de
serviço

I – as férias;
II – as seguintes ausências:
a) por um dia para: doar sangue ou realizar, uma
I – a falta injustificada ao serviço e a
vez por ano, exames médicos preventivos ou
não compensada na forma desta Lei
periódicos voltados ao controle de câncer de
Complementar;
próstata, de mama ou do colo de útero;
II – o período em que o servidor estiver:
b) por até dois dias, para se alistar como eleitor ou
a) licenciado ou afastado sem remuneração;
requerer transferência do domicílio eleitoral;
b) cumprindo sanção disciplinar de suspensão;
c) por oito dias consecutivos, incluído o dia
III – o período decorrido entre:
da ocorrência, em razão de casamento ou do
a) a exoneração e o exercício em outro cargo
falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro
de provimento efetivo;
homoafetivo, pai, mãe, padrasto, madrasta, filho,
b) a concessão de aposentadoria voluntária e a
irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.
reversão;
III – a licença:
c) a data de publicação do ato de reversão,
a) maternidade ou paternidade;
reintegração, recondução ou aproveitamento
b) médica ou odontológica;
e o retorno ao exercício do cargo.
c) servidor;
d) para o serviço militar obrigatório;
IV – o abono de ponto;

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Salvo disposição legal em contrário,


São considerados como efetivo exercício não são contados como tempo de
serviço
V – o afastamento para:
a) exercício em outro órgão ou entidade, inclusive
em cargo em comissão ou função de confiança, de
qualquer dos Poderes do Distrito Federal, União,
Estado ou Município;
b) estudo ou missão no exterior, com remuneração;
c) participação em competição desportiva;
d) participação em programa de treinamento
regularmente instituído ou em programa de pós-
graduação stricto sensu;
VII – o período entre a demissão e a data de
publicação do ato de reintegração;
VIII – a participação em tribunal do júri ou outros
serviços obrigatórios por lei.
IX – A licença para o desempenho de mandato
classista ou o afastamento para exercer mandato
eletivo federal, estadual, distrital ou municipal são
considerados como efetivo exercício.
Além disso, a norma elenca situações que apenas serão contadas para fins de disponibili-
dade, e não como de efetivo exercício.

Art. 166. Conta-se para efeito de disponibilidade:


I – o tempo de serviço prestado a Município, Estado ou União, inclusive o prestado ao Tribunal de
Justiça, Ministério Público ou Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios;
II – o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao regime geral de previdência social, inclusi-
ve o prestado à empresa pública ou à sociedade de economia mista de qualquer ente da federação;
III – a licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do servidor;
IV – a licença remunerada para atividade política;
V – o tempo de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no
serviço público do Distrito Federal;
VI – o afastamento para frequência em curso de formação, quando remunerado.

Da análise das disposições legais, consegue-se observar que três são as diferentes possi-
bilidades com relação à contagem de tempo.
a) situações que são computadas como de efetivo exercício;
b) situações que não são consideradas como de efetivo exercício;
c) situações que apenas são computadas para fins de disponibilidade;
Além disso, precisamos saber que a lei em questão estabelece uma série de vedações
relacionadas com a contagem de tempo.

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Tais vedações possuem o objetivo de evitar que a contagem privilegie determinados agen-
tes públicos, gerando, com isso, benefícios indevidos aos agentes estatais. Neste sentido, é
vedado proceder:
I – ao arredondamento de dias faltantes para complementar período, ressalvados os casos
previstos nesta Lei Complementar;
II – a qualquer forma de contagem de tempo de serviço fictício;
III – à contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente:
a) em diferentes cargos do serviço público;
b) em cargo do serviço público e em emprego na administração indireta ou na iniciati-
va privada;
IV – à contagem do tempo de serviço já computado:
a) em órgão ou entidade em que o servidor acumule cargo público;
b) para concessão de aposentadoria em qualquer regime de previdência social pelo qual o
servidor receba proventos.
Em consonância com a legislação previdenciária, a Lei Complementar 840/2011 apresenta
as diversas formas como a contagem do tempo de contribuição será feito:

De contribuição

Será feita, na forma da No serviço público


legislação
previdenciária, a
contagem do tempo De serviço no cargo
efetivo

De serviço na carreira

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5. Direito de Petição
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hierarquia em
suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios de pleitear os direitos
que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido ou em que houver descaso por
parte dos seus superiores. Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.

Art. 168. É assegurado ao servidor o direito de petição junto aos órgãos públicos onde exerce suas

atribuições ou junto àqueles em que tenha interesse funcional.

§ 1º O direito de petição compreende a apresentação de requerimento, pedido de reconsideração,

recurso ou qualquer outra manifestação necessária à defesa de direito ou interesse legítimo ou à

ampla defesa e ao contraditório do próprio servidor ou de pessoa da sua família.

Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que entenderem
de direito. Neste sentido, devemos fazer uso do artigo 175 da Lei Complementar 840, que esta-
belece o prazo prescricional para o direito de petição do servidor público distrital:

Art. 175. O direito de requerer prescreve:


I – em cinco anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
ou de destituição do cargo em comissão;
II – em cinco anos, quanto ao interesse patrimonial ou créditos resultantes das relações de trabalho;
III – em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo disposição legal em contrário.
Parágrafo único. O prazo de prescrição é contado da data:
I – da publicação do ato impugnado;
II – da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado;
III – do trânsito em julgado da decisão judicial.

Para o exercício do direito de petição, é assegurada ao agente público uma série de


garantias:
a) vista do processo ou do documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído;
b) cópia de documento ou de peça processual, observadas as normas daqueles classifica-
dos com grau de sigilo.
Para entendermos como funciona a sistemática dos pedidos, reconsideração e recursos,
vamos a um esquema que nos ajudará a visualizar todo o processo:
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Feita a
Servidor entra com reconsideração, a
O prazo para entrar mesma autoridade
o requerimento com o pedido de
administrativo que julgou o
reconsideração é processo
de 30 dias anteriormente terá
o prazo de 5 dias
para despachar e
30 para decidir

Tal requerimento é
direcionado à Da decisão da
autoridade que autoridade, cabe
Da decisão da
terá competência pedido de
reconsideração,
para decidir reconsideração
cabe recurso no
prazo de 30 dias

A autoridade
Quem encaminha o competente Da decisão do
requerimento é a possui o prazo de recurso, cabe
autoridade 5 dias para novo pedido de
imediatamente despachar e 30 recurso, de
superior do servidor dias para julgar acordo com a
estrutura do
órgão ou entidade

Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão


retroagem à data do ato impugnado.
A norma apresenta, ainda, regras relacionadas com o direito de petição do servidor público
distrital. Vejamos...

Art. 176. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.


Art. 177. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração pública.
Art. 178. A administração pública deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º Os atos que apresentarem defeitos sanáveis podem ser convalidados pela própria administra-
ção pública, desde que não acarretem lesão ao interesse público, nem prejuízo a terceiros.
§ 2º O direito de a administração pública anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para o servidor decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
em caso de comprovada má-fé.
§ 3º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência é contado da percepção do
primeiro pagamento.
§ 4º No caso de ato sujeito a registro pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, o prazo de que trata
o § 2º começa a ser contado da data em que o processo respectivo lhe foi encaminhado.
Art. 179. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo por motivo de
força maior.

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6. Deveres
De acordo com o estatuto distrital, temos uma série de deveres para os servidores públicos
regidos pela norma.
Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas sim meramente exem-
plificativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de cumprir com alguma obri-
gação por ela não estar prevista expressamente no texto da norma que rege a sua categoria
funcional.
Sendo assim, são os seguintes os deveres do servidor público distrital:
I – exercer com zelo e dedicação suas atribuições;
II – manter-se atualizado nos conhecimentos exigidos para o exercício de suas atribuições;
III – agir com perícia, prudência e diligência no exercício de suas atribuições;
IV – atualizar, quando solicitado, seus dados cadastrais;
V – observar as normas legais e regulamentares no exercício de suas atribuições;
VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VII – levar ao conhecimento da autoridade superior as falhas, vulnerabilidades e as irregula-
ridades de que tiver ciência em razão do cargo público ou função de confiança;
VIII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;
IX – zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público;
X – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
XI – ser leal às instituições a que servir;
XII – ser assíduo e pontual ao serviço;
XIII – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
XIV – declarar-se suspeito ou impedido nas hipóteses previstas em lei ou regulamento;
XV – tratar as pessoas com civilidade;
XVI – atender com presteza:
a) o público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo;
b) os requerimentos de expedição de certidões para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
c) as requisições para a defesa da administração pública.

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7. Regime Disciplinar
A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos elementares
do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionado com os poderes hierárquico e
disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a administração púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela por
algum vínculo específico.
Dessa forma, existe poder disciplinar quando a administração pública aplica a penalida-
de de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado. Do mesmo
modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um órgão público, verificando
que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um contrato administrativo,
aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um
desses casos a pessoa punida estava subordinada à administração.
E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante poder: o hie-
rárquico. Por meio dele, a administração possui as prerrogativas de delegar, avocar, fiscalizar
e aplicar sanções.

 Obs.: Assim, chegamos a uma importante constatação:


 a) Quando a administração pune internamente os seus servidores pelas infrações
por eles cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusivamente interno. Esse
poder, justamente por ser apenas interno, deriva do poder hierárquico.
 b) Quando a administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo espe-
cífico com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha celebrado um con-
trato administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que agora, ao
contrário do exemplo anterior, o mesmo aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não
deriva do poder hierárquico.

Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da administração pública é decor-
rência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
Nos termos da Lei Complementar 840/2011, o regime disciplinar dos servidores distritais
está construído em três capítulos: responsabilidades, infrações disciplinares e sanções dis-
ciplinares.

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7.1. Responsabilidades
De acordo com as disposições da lei em estudo, três são as esferas de responsabilidade a
que os servidores públicos estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público.
Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria da impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor, no desempenho de suas atividades, são
atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele desempenha suas atribuições), caberá ao Poder
Público, inicialmente, responder pelos danos causados.
Tendo a administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação do agente públi-
co ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação regressiva contra
o servidor.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor.
A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo pra-
ticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.
A responsabilidade administrativa perante a administração pública não exclui a competên-
cia do Tribunal de Contas prevista na Lei Orgânica do Distrito Federal.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente
cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.

Como exemplo, podemos citar o servidor público que utiliza materiais da repartição em ativi-
dades particulares e que, para evitar que o fato chegue ao conhecimento de terceiros, faz uso
da extorsão e da chantagem.
Neste caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbidade admi-
nistrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, responderá o servidor, da mesma forma, na
esfera penal, pois praticou o crime de extorsão em conexão com as demais práticas ilícitas.

A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que são as situ-
ações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição na esfera administrativa.
Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta expressa-
mente negue a existência do fato ou de sua autoria.
No primeiro caso, prova-se que o fato imputado ao servidor não ocorreu. No segundo, ain-
da que o fato tenha ocorrido, a autoria da infração comprovadamente não é do servidor.
Em ambas as situações, a decisão na órbita penal apenas exercerá influência na esfera
administrativa caso tenha transitado em julgado, ou seja, quando não puder mais ser objeto
de recursos.

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Como regra, as três


esferas de
responsabilização
são acumuladas

A absolvição na esfera penal poderá


acarretar a absolvição na esfera
administrativa (desde que transitada
em julgado) nas seguintes situações:

Quando negue a Quando, ainda que o fato


existência do fato (a tenha ocorrido, a autoria
infração não ocorreu) não é do servidor

A norma complementar apresenta, ainda, uma série de regras relacionadas com a respon-
sabilidade do servidor público distrital.

Art. 184. A responsabilidade perante o Tribunal de Contas decorre de atos sujeitos ao controle ex-
terno, nos termos da Lei Orgânica do Distrito Federal.
Art. 185. A perda do cargo público ou a cassação de aposentadoria determinada em decisão judi-
cial transitada em julgado dispensa a instauração de processo disciplinar e deve ser declarada pela
autoridade competente para fazer a nomeação.
Art. 186. A responsabilidade administrativa, apurada na forma desta Lei Complementar, resulta de
infração disciplinar cometida por servidor no exercício de suas atribuições, em razão delas ou com
elas incompatíveis.
§ 1º A responsabilidade administrativa do servidor, observado o prazo prescricional, permanece em
relação aos atos praticados no exercício do cargo:
I – após a exoneração;
II – após a aposentadoria;
III – após a vacância em razão de posse em outro cargo inacumulável;
IV – durante as licenças, afastamentos e demais ausências previstos nesta Lei Complementar.
§ 2º A aplicação da sanção cominada à infração disciplinar decorre da responsabilidade adminis-
trativa, sem prejuízo:
I – de eventual ação civil ou penal;
II – do ressarcimento ao erário dos valores correspondentes aos danos e aos prejuízos causados à
administração pública;
III – da devolução ao erário do bem ou do valor público desviado, nas mesmas condições em que
se encontravam quando da ocorrência do fato, com a consequente indenização proporcional à de-
preciação.

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7.2. Infrações Disciplinares


A infração disciplinar decorre de ato omissivo ou comissivo, praticado com dolo (intenção)
ou culpa, sujeitando o servidor às sanções previstas em lei.
De acordo com a norma, as infrações são classificadas, para efeitos de cominação da san-
ção, em leves, médias e graves. Com relação às infrações médias e graves, estas serão, ainda,
classificadas em grupos.

7.2.1. Infrações Leves

Estabelece a norma as seguintes situações como caracterizadoras de infrações leves:


I – descumprir dever funcional ou decisões administrativas emanadas dos órgãos
competentes;
II – retirar, sem prévia anuência da chefia imediata, qualquer documento ou objeto da
repartição;
III – deixar de praticar ato necessário à apuração de infração disciplinar, retardar indevida-
mente a sua prática ou dar causa à prescrição em processo disciplinar;
IV – recusar-se, quando solicitado por autoridade competente, a prestar informação de que
tenha conhecimento em razão do exercício de suas atribuições;
V – recusar-se, injustificadamente, a integrar comissão ou grupo de trabalho, ou deixar de
atender designação para compor comissão, grupo de trabalho ou para atuar como perito ou as-
sistente técnico em processo administrativo ou judicial;
VI – recusar fé a documento público;
VII – negar-se a participar de programa de treinamento exigido de todos os servidores da
mesma situação funcional;
VIII – não comparecer, quando convocado, a inspeção ou perícia médica;
IX – opor resistência injustificada ou retardar, reiteradamente e sem justa causa:
a) o andamento de documento, processo ou execução de serviço;
b) a prática de atos previstos em suas atribuições;
X – cometer a servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e em caráter transitório;
XI – manter sob sua chefia imediata, em cargo em comissão ou função de confiança, o côn-
juge, o companheiro ou parente, por consanguinidade até o terceiro grau, ou por afinidade;
XII – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
XIII – perturbar, sem justa causa, a ordem e a serenidade no recinto da repartição;
XIV – acessar, armazenar ou transferir, intencionalmente, com recursos eletrônicos da admi-
nistração pública ou postos à sua disposição, informações de conteúdo pornográfico ou erótico,
ou que incentivem a violência ou a discriminação em qualquer de suas formas;

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XV – usar indevidamente a identificação funcional ou outro documento que o vincule com o


cargo público ou função de confiança, em ilegítimo benefício próprio ou de terceiro.

7.2.2. Infrações Médias

A infrações médias são subdivididas em dois grupos, sendo eles o grupo I e o grupo II.
Infrações Médias do Grupo I Infrações Médias do Grupo II

I – ofender fisicamente a outrem em serviço,


salvo em resposta a injusta agressão ou em
legítima defesa própria ou de outrem;
II – praticar ato de assédio sexual ou moral;
I – cometer a pessoa estranha à
III – coagir ou aliciar subordinado no sentido
repartição, fora dos casos previstos em
de filiar-se a associação, sindicato, partido
lei, o desempenho de atribuição que
político ou qualquer outra espécie de
seja de sua responsabilidade ou de seu
agremiação;
subordinado;
IV – exercer atividade privada incompatível
II – ausentar-se do serviço, com
com o exercício do cargo público ou da função
frequência, durante o expediente e sem
de confiança;
prévia autorização da chefia imediata;
V – usar recursos computacionais da
III – exercer atividade privada
administração pública para, intencionalmente:
incompatível com o horário do serviço;
a) violar sistemas ou exercer outras atividades
IV – praticar ato incompatível com a
prejudiciais a sites públicos ou privados;
moralidade administrativa;
b) disseminar vírus, cavalos de tróia, spyware e
V – praticar o comércio ou a usura na
outros males, pragas e programas indesejáveis;
repartição;
c) disponibilizar, em sites do serviço público,
VI – discriminar qualquer pessoa,
propaganda ou publicidade de conteúdo
no recinto da repartição, com a
privado, informações e outros conteúdos
finalidade de expô-la a situação
incompatíveis com os fundamentos e os
humilhante, vexatória, angustiante
princípios da administração pública;
ou constrangedora, em relação a
d) repassar dados cadastrais e informações
nascimento, idade, etnia, raça, cor,
de servidores públicos ou da repartição para
sexo, estado civil, trabalho rural ou
terceiros, sem autorização;
urbano, religião, convicções políticas ou
VI – permitir ou facilitar o acesso de pessoa
filosóficas, orientação sexual, deficiência
não autorizada, mediante atribuição,
física, imunológica, sensorial ou mental,
fornecimento ou empréstimo de senha ou
por ter cumprido pena, ou por qualquer
qualquer outro meio:
particularidade ou condição.
a) a recursos computacionais, sistemas
de informações ou banco de dados da
administração pública;
b) a locais de acesso restrito.

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7.2.3. Infrações Graves

Assim como ocorre com as infrações médias, as infrações graves também são divididas
em dois diferentes grupos:
Infrações Graves do Grupo I Infrações Graves do Grupo II
I – incorrer na hipótese de:
a) abandono de cargo;
b) inassiduidade habitual;
II – acumular ilegalmente cargos, empregos, funções
públicas ou proventos de aposentadoria, salvo se for
feita a opção na forma desta Lei Complementar;
III – proceder de forma desidiosa, incorrendo
repetidamente em descumprimento de vários
I – praticar, dolosamente, ato definido
deveres e atribuições funcionais;
em lei como:
IV – acometer-se de incontinência pública ou ter
a) crime contra a administração pública;
conduta escandalosa na repartição que perturbe a
b) improbidade administrativa;
ordem, o andamento dos trabalhos ou cause dano à
II – usar conhecimentos e informações
imagem da administração pública;
adquiridos no exercício de suas
V – cometer insubordinação grave em serviço,
atribuições para violar ou tornar
subvertendo a ordem hierárquica de forma ostensiva;
vulnerável a segurança, os sistemas de
VI – dispensar licitação para contratar pessoa
informática, sites ou qualquer outra
jurídica que tenha, como proprietário, sócio ou
rotina ou equipamento da repartição;
administrador:
III – exigir, solicitar, receber ou aceitar
a) pessoa de sua família ou outro parente, por
propina, gratificação, comissão,
consanguinidade até o terceiro grau, ou por
presente ou auferir vantagem indevida
afinidade;
de qualquer espécie e sob qualquer
b) pessoa da família de sua chefia mediata ou
pretexto. Destaca-se que não se
imediata ou outro parente dela, por consanguinidade
considera presente o brinde definido na
até o terceiro grau, ou por afinidade;
legislação.
VII – dispensar licitação para contratar pessoa física
IV – valer-se do cargo para obter
de família ou parente;
proveito indevido para si ou para
VIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de
outrem, em detrimento da dignidade da
estado estrangeiro;
função pública;
IX – exercer o comércio, exceto na qualidade de
V – utilizar-se de documento
acionista, cotista ou comanditário;
sabidamente falso para prova de fato ou
X – participar de gerência ou administração de
circunstância que crie direito ou extinga
sociedade ou empresa privada, personificada ou não
obrigação perante a administração
personificada, salvo:
pública distrital.
a) nos casos previstos na norma complementar;
b) nos períodos de licença ou afastamento do cargo
sem remuneração, desde que não haja proibição em
sentido contrário, nem incompatibilidade;
c) em instituições ou entidades beneficentes,
filantrópicas, de caráter social e humanitário e sem
fins lucrativos, quando compatíveis com a jornada de
trabalho.

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Infrações Graves do Grupo I Infrações Graves do Grupo II


Importante: A reassunção das atribuições, depois
de consumado o abandono de cargo, não afasta a
responsabilidade administrativa, nem caracteriza
perdão tácito da administração pública, ressalvada a
prescrição.

7.3. Sanções Disciplinares


Conforme previsão da Lei Complementar 840, as seguintes sanções disciplinares podem
ser aplicadas aos servidores públicos do Distrito Federal:
a) advertência;
b) suspensão;
c) demissão;
d) cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
e) destituição do cargo em comissão.
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por
escrito a conduta do servidor. No lugar da advertência, poderá ser aplicada, motivadamente, a
suspensão até 30 dias, se as circunstâncias assim o justificarem.
A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsí-
dio dos dias em que estiver afastado.
Quando a infração média for do grupo I, a penalidade de suspensão não poderá exceder
a 30 dias. Quando a infração média for do grupo II, a penalidade de suspensão não poderá
exceder a 90 dias.
Em caso de reincidência no cometimento de uma infração leve, o servidor deverá ser san-
cionado com a suspensão até 30 dias. Por fim, em caso de reincidência no cometimento de
infração média do grupo I, a sanção será a de suspensão por até 90 dias.
Importante sabermos que a suspensão não pode ser aplicada por prazo superior a 90 dias,
bem como que, a critério da autoridade competente, dentro das situações em que for conve-
niente para o serviço público, a pena de suspensão poderá ser substituída por multa de 50%
por dia trabalhado.

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Imaginemos a situação onde um servidor foi punido com suspensão. No entanto, como a repar-
tição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso para o serviço público se o ser-
vidor penalizado permanecesse sem trabalhar durante o prazo de cumprimento da penalidade.
Ainda que a administração tenha o dever de punir, esta punição não poderá resultar em um
prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público.
Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a administração poderá
converter a pena de suspensão em uma multa, situação em que o servidor permanecerá traba-
lhando e receberá apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho.

No que se refere às sanções de advertência e suspensão, temos que estas, depois de de-
corrido certo lapso de tempo, terão seus registros cancelados dos assentamentos funcionais
do servidor que houver sofrido a penalidade, sem que tal providência gere qualquer espécie de
direito retroativo. Neste sentido, estabelece o artigo 201 da norma distrital:

Art. 201. A advertência e a suspensão têm seus registros cancelados, após o decurso de três e
cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado
nova infração disciplinar, igual ou diversa da anteriormente cometida.
§ 1º O cancelamento da sanção disciplinar não surte efeitos retroativos e é registrado em certidão
formal nos assentamentos funcionais do servidor.
§ 2º Cessam os efeitos da advertência ou da suspensão, se lei posterior deixar de considerar como
infração disciplinar o fato que as motivou.
§ 3º A sanção disciplinar cancelada nos termos deste artigo não pode ser considerada para efeitos
de reincidência.

A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao servidor
efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento
de nova investidura em cargo público.
A demissão também será aplicada quando a infração grave for cometida por servidor efe-
tivo no exercício de cargo em comissão ou função de confiança do Poder Executivo ou Legis-
lativo do Distrito Federal.
Além disso, a norma determina a aplicação de demissão nas situações de reincidência das
infrações médias do grupo II.

 Obs.: Se o servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da sanção disciplinar em


questão, a exoneração será convertida em demissão.
 Também se converte em demissão a vacância em decorrência de posse em outro
cargo inacumulável ocorrida antes da aplicação da penalidade de demissão.

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A cassação de aposentadoria é a sanção por infração disciplinar que houver sido cometida
pelo servidor em atividade, pela qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo ser
cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
A cassação de disponibilidade é a sanção por infração disciplinar que houver sido come-
tida em atividade, pela qual se impõe a perda do cargo público ocupado e dos direitos decor-
rentes da disponibilidade, podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em
cargo público.
A destituição do cargo em comissão é a sanção por infração disciplinar média ou grave,
pela qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Federal a perda do cargo em
comissão por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em
outro cargo efetivo ou em comissão.

DICA
A demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade
ou a destituição de cargo em comissão, quando motivada por
infração disciplinar grave do grupo II, implica na incompatibili-
zação para nova investidura em cargo público do Distrito Fede-
ral pelo prazo de 10 anos, sem prejuízo de ação cível ou penal
e das demais medidas administrativas.

Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver conheci-
mento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso de tempo
a partir da data em que o fato se tornou conhecido.
E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é
admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições imprescritíveis.
Em outras palavras, isso implica em afirmar que, mesmo que um servidor tenha cometido
uma infração e esta seja do conhecimento da administração, caso a repartição competente
não tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de um determinado período, não
mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar estará prescrita.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível. Neste sentido, o artigo
208 da Lei Complementar 840 estabelece o prazo de prescrição para cada uma das penas
passíveis de aplicação no estatuto distrital:

Art. 208. A ação disciplinar prescreve em:


I – cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentado-
ria ou disponibilidade;
II – dois anos, quanto à suspensão;
III – um ano, quanto à advertência.

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§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da primeira data em que o fato ou ato se tornou conhe-
cido pela chefia da repartição onde ele ocorreu, pela chefia mediata ou imediata do servidor, ou pela
autoridade competente para instaurar sindicância ou processo disciplinar.
§ 2º A instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, uma única vez.
§ 3º Interrompida a prescrição, sua contagem é reiniciada depois de esgotados os prazos para
conclusão do processo disciplinar, previstos nesta Lei Complementar, incluídos os prazos de pror-
rogação, se houver.
§ 4º O prazo de prescrição fica suspenso enquanto a instauração ou a tramitação do processo dis-
ciplinar ou a aplicação de sanção disciplinar estiver obstada por determinação judicial.
§ 5º Os prazos de prescrição previstos na lei penal, havendo ação penal em curso, aplicam-se às
infrações disciplinares capituladas também como crime.

• Demissão
• Cassação de aposentadoria ou disponibilidade
5 anos • Destituição de cargo em comissão

• Suspensão
2 anos

• Advertência
1 ano

Nos artigos 209 e 210, encontramos situações em que o servidor não é punido ou, alterna-
tivamente, fica isento da respectiva sanção disciplinar.
Não será punido Ficará isento da sanção disciplinar
O servidor que, ao tempo da infração
disciplinar, era inteiramente incapaz O servidor cuja conduta funcional,
de entender o caráter ilícito do fato ou classificada como erro de procedimento,
de determinar-se de acordo com esse seja caracterizada, cumulativamente, pela:
entendimento, devido a: a) ausência de dolo;
a) insanidade mental, devidamente b) eventualidade do erro;
comprovada por laudo de junta médica oficial; c) ofensa ínfima aos bens jurídicos
b) embriaguez completa, proveniente de caso tutelados;
fortuito ou força maior. d) prejuízo moral irrelevante;
A punibilidade não se exclui pela embriaguez, e) reparação de eventual prejuízo material
voluntária ou culposa, por álcool, antes de se instaurar sindicância ou
entorpecente ou substância de efeitos processo disciplinar.
análogos.

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8. Processo de Apuração de Infração Disciplinar


Além das normas materiais, a Lei Complementar 840/2011 estabelece uma série de proce-
dimentos que devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
O processo administrativo disciplinar, dessa forma, pode ser conceituado, de acordo com
a definição de Ladisael Bernardo e Sérgio Viana, da seguinte forma:

Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do Es-
tado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infrações
de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da
prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.

Sendo assim, sempre que a Administração Pública estiver diante de indícios de infração
disciplinar, ou diante de representação, deverá ela determinar a instauração de sindicância ou
de processo disciplinar para apurar os fatos e, se for o caso, aplicar a sanção disciplinar.
Salienta-se que a representação sobre infração disciplinar cometida por servidor deve ser
formulada por escrito e conter a identificação e o endereço do denunciante.
Nada impede, no entanto, que a investigação seja motivada por denúncias anônimas.
Quando isso ocorrer, a Administração Pública pode iniciar reservadamente investigações para
coleta de outros meios de prova necessários para a instauração de sindicância ou processo
disciplinar.
A regra geral é de que a autoridade administrativa determine, previamente, a instauração de
sindicância, que trata-se do instrumento que irá subsidiar um futuro processo administrativo
disciplinar.
Entretanto, quando estivermos diante de indícios suficientes quanto à autoria e à mate-
rialidade da infração disciplinar, a autoridade administrativa pode instaurar imediatamente o
processo disciplinar, dispensada a instauração de sindicância.

8.1. Sindicância
Nos termos da norma complementar, temos duas diferentes espécies de sindicância, sen-
do elas a sindicância ordinária (ou simplesmente sindicância) e a sindicância patrimonial.
A sindicância ordinária pode ser dividida em duas modalidades, sendo elas a preparatória
e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua instauração for a de
servir como base para o processo administrativo disciplinar. A sindicância punitiva, por sua
vez, ocorre quando o procedimento, por si só, enseja a aplicação de alguma das penalidades
previstas em lei.
Nota-se, assim, que o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que
será aplicada.
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A sindicância representa o início das investigações. Por meio dela, a autoridade administrativa
cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar provas que comprovem se realmen-
te houve uma infração funcional disciplinar.
Caso a sindicância, por si só, verificar que houve uma infração punível com a penalidade de
advertência ou de suspensão até 30 dias, será ela classificada como punitiva, uma vez que não
haverá necessidade de instauração de procedimento administrativo disciplinar.
Caso, em sentido oposto, a sindicância constate que houve o cometimento de uma penalidade
mais grave que a de suspensão por 30 dias, deverá ser instaurado o PAD, classificando-se a
sindicância como preparatória.

Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do processo, a aplicação


das penalidades de advertência ou de suspensão até 30 dias ou, no caso de constatação de
infração com maior gravidade, a instauração de processo administrativo disciplinar.

Arquivamento

Aplicação das
penas de
advertência ou
Sindicância suspensão até
30 dias

Instauração de
processo
administrativo
disciplinar

Diversamente, sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalida-
de de suspensão por mais de 30 dias ou, ainda, de outra sanção mais gravosa, será obrigatória
a instauração de processo administrativo disciplinar.

DICA
A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 dias, prazo
este que poderá ser prorrogado por igual período, a critério da
autoridade competente.

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Neste sentido, por exemplo, é o teor do artigo 214 da norma em estudo:

Art. 214. A sindicância é o procedimento investigativo destinado a:


I – identificar a autoria de infração disciplinar, quando desconhecida;
II – apurar a materialidade de infração disciplinar sobre a qual haja apenas indícios ou que tenha
sido apenas noticiada.
§ 1º O ato de instauração da sindicância deve ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.
§ 2º O prazo para conclusão da sindicância é de até trinta dias, prorrogável por igual período, a cri-
tério da autoridade competente.
Art. 215. Da sindicância pode resultar:
I – o arquivamento do processo;
II – instauração de processo disciplinar;
III – aplicação de sanção de advertência ou suspensão de até trinta dias.

A sindicância patrimonial, por sua vez, trata-se do procedimento adotado quando estiver-
mos diante de fundados indícios de enriquecimento ilícito ou de evolução patrimonial incom-
patível com a remuneração ou subsídio recebida pelo servidor público.
Ao contrário do que ocorre com a sindicância ordinária, a sindicância patrimonial trata-se
de procedimento exclusivamente investigativo.
Em outros termos, não poderemos ter, como resultado da sindicância patrimonial, a apli-
cação de uma penalidade administrativa, mas sim apenas a investigação que servirá de base
para a instauração do processo administrativo disciplinar.
Desta forma, concluídos os trabalhos da sindicância patrimonial, a comissão responsável
deve elaborar relatório sobre os fatos apurados, concluindo pelo arquivamento ou pela instau-
ração de processo disciplinar.
São competentes para determinar a instauração de sindicância patrimonial:
a) o Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, nos respectivos órgãos;
b) o Governador ou o titular do órgão central de sistema de correição, no Poder Executivo.
Assim como acontece com a sindicância ordinária, a sindicância patrimonial deve ser con-
cluída no prazo de 30 dias, podendo o prazo ser prorrogado por igual período.
Além disso, a norma estabelece que o procedimento de sindicância patrimonial é conduzi-
do por comissão composta por três servidores estáveis.

8.2. Processo Disciplinar


O processo disciplinar, nos termos da lei, é o instrumento destinado a apurar responsabili-
dade do servidor por infração disciplinar.
Importante salientar que o processo disciplinar deverá obedecer a uma série de princípios,
sendo eles: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, interesse público,

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contraditório, ampla defesa, proporcionalidade, razoabilidade, motivação, segurança jurídica,


informalismo moderado, justiça, verdade material e indisponibilidade.
Considerando que o processo administrativo disciplinar é instrumento mais complexo do
que a sindicância, o prazo para conclusão é, igualmente, maior. Assim, determina a norma que
o PAD deverá ser concluído dentro do prazo de 60 dias, prazo este que poderá ser prorrogado,
por igual período, pela autoridade competente.

 Obs.: Mas atenção! Todos os prazos nos processos administrativos disciplinares no Distri-
to Federal, ainda que regidos por leis especiais, ficam suspensos no período de 20 de
dezembro a 20 de janeiro, inclusive.

Os atos do processo disciplinar não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente o exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, preencham
sua finalidade essencial.
Para que não haja nulidade na sindicância ou no processo disciplinar, as garantias do con-
traditório e da ampla defesa devem ser observadas. Ainda que boa parte da doutrina trate os
dois institutos como sinônimos, merece destaque a diferenciação entre ambos.
Por intermédio do contraditório, as partes do processo têm o direito de saber, com antece-
dência, as datas em que ocorrerá a produção das provas, a finalidade das mesmas e o funda-
mento para a sua produção.
Implica o contraditório, desta forma, na garantia que qualquer uma das partes proces-
suais possui em ter ciência de tudo que será levado em consideração quando da decisão
do processo.
Por meio da ampla defesa, as partes têm o direito de contestar e de reagir contra aquilo
que está sendo apresentado contra a sua pessoa.
Implica a ampla defesa em uma garantia positiva, ao passo que confere ao indiciado a pos-
sibilidade não apenas de ter conhecimento daquilo que é produzido contra ele, como também
de defender-se por todos os meios de provas existentes.

Contraditório Ampla defesa

•Trata-se de uma garantia •Trata-se de uma garantia


negativa positiva

•Implica no prerrogativa do •Implica da prerrogativa do


indiciado ter conhecimento de indiciado defender-se e de
todas as provas que estão sendo apresentar todos os meios de
produzidas contra ele provas possíveis.

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Neste sentido, a norma elenca uma série de obrigações e de faculdades procedimentais,


todas elas com o objetivo de assegurar que a defesa seja exercida pelo agente estatal.
O servidor acusado deve ser Ao servidor acusado é facultado
I – arguir a incompetência, o impedimento ou a
suspeição:
I – citado sobre a instauração de a) da autoridade instauradora ou julgadora da
processo disciplinar contra sua pessoa; sindicância ou processo disciplinar;
II – intimado ou notificado dos atos b) de qualquer membro da comissão processante;
processuais; II – constituir procurador;
III – intimado, pessoalmente, para III – acompanhar depoimento de testemunha,
apresentação de defesa escrita. pessoalmente ou por seu procurador;
Esta intimação deverá ser feita com IV – arrolar testemunha;
antecedência mínima de 3 dias da data V – reinquirir testemunha, por intermédio do
de comparecimento. presidente da comissão processante;
IV – intimado da decisão proferida em VI – contraditar testemunha;
sindicância ou processo disciplinar, sem VII – produzir provas e contraprovas;
suspensão dos efeitos decorrentes da VIII – formular quesitos, no caso de prova pericial;
publicação no Diário Oficial do Distrito IX – ter acesso às peças dos autos, observadas as
Federal. regras de sigilo;
X – apresentar pedido de reconsideração, recurso
ou revisão do julgamento.
Vejamos as demais regras relacionadas com as garantias do contraditório e da am-
pla defesa:

Art. 227. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do servidor acusado, a comissão pro-
cessante deve propor à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental deve ser processado em autos apartados e apenso
ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 228. Estando preso o servidor acusado, aplica-se o seguinte:
I – a citação inicial e a intimação para defesa escrita são promovidas onde ele estiver recolhido;
II – o acompanhamento do processo disciplinar é promovido por procurador por ele designado ou,
na ausência, por defensor dativo;
III – o interrogatório é realizado em local apropriado, na forma previamente acordada com a autori-
dade competente.

8.3. Afastamento Provisório


Caso entenda necessário, a autoridade instauradora do processo poderá solicitar o afas-
tamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, prorrogados por mais 60 em caso
de necessidade.

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Objetiva-se, com o afastamento, que o servidor não dificulte os trabalhos da comissão, que
terá, com a ausência do servidor, uma maior liberdade de atuação para averiguar documentos
e eventuais provas do cometimento da irregularidade.
Considerando que o afastamento é medida cautelar, tem-se que o servidor continua rece-
bendo sua remuneração normalmente durante o período de afastamento.
Salvo motivo de caso fortuito ou força maior, o servidor afastado não pode comparecer à
repartição de onde foi afastado, exceto quanto autorizado pela autoridade competente ou pela
comissão processante.
Como vimos, temos três importantes institutos com prazos previstos diretamente na Lei
Complementar 840/2011. Desta forma, vamos esquematizar os prazos, evitando uma possível
confusão no momento da prova:

• Prazo de 30 dias
Sindicância • Prorrogável por mais 30

• Prazo de 60 dias
PAD • Prorrogável por mais 60

Afastamento • Prazo de 60 dias


Preventivo • Prorrogável por mais 60

Salvo quando autorizado pela autoridade instauradora, é vedado deferir ao servidor acusa-
do, desde a instauração do processo disciplinar até a conclusão do prazo para defesa escrita:
a) gozo de férias;
b) licença ou afastamento voluntários;
c) exoneração a pedido;
d) aposentadoria voluntária.

8.4. Comissão Processante


A comissão processante desempenha um importante papel no curso da sindicância ou do
processo disciplinar.
Sobre as regras a serem observadas com relação à composição, prerrogativas e forma
de organização dos trabalhos, temos que fazer uso da literalidade do artigo 229, de seguin-
te redação:

Art. 229. A sindicância ou o processo disciplinar é conduzido por comissão processante, de caráter
permanente ou especial.

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§ 1º A comissão é composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente.
§ 2º Os membros da comissão processante são escolhidos pela autoridade competente entre os
ocupantes de cargo para o qual se exija escolaridade igual ou superior à do servidor acusado.
§ 3º Nos casos de carreira organizada em nível hierárquico, os membros da comissão devem ser
ocupantes de cargo efetivo superior ou do mesmo nível do servidor acusado.
§ 4º Compete ao presidente da comissão manter a ordem e a segurança das audiências, podendo
requisitar força policial, se necessária.
§ 5º A Comissão tem como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação
recair em um de seus membros.
§ 6º A comissão processante, quando permanente, deve ser renovada, no mínimo, a cada dois anos,
vedado ao mesmo membro servir por mais de quatro anos consecutivos.
§ 7º Nas licenças, afastamentos, férias e demais ausências de membro da comissão processante,
a autoridade competente pode designar substituto eventual.
§ 8º O local e os recursos materiais para o funcionamento dos trabalhos da comissão processante
devem ser fornecidos pela autoridade instauradora da sindicância ou do processo disciplinar.
§ 9º Podem participar como membros da comissão processante servidores integrantes de outros
órgãos da administração pública, distintos daquele onde ocorreram as infrações disciplinares, se
conveniente para o interesse público.
§ 10. A comissão funciona com a presença de todos os seus membros.

O servidor não pode participar de comissão processante quando o servidor acusado for
pessoa de sua família, seu padrasto, madrasta, enteado ou parente, na forma da lei civil.
Além destas situações de impedimento, a norma determina que também não pode partici-
par de comissão processante o servidor que:
a) seja amigo íntimo ou inimigo capital, credor ou devedor, tutor ou curador do servi-
dor acusado;
b) seja testemunha ou perito no processo disciplinar;
c) tenha sido autor de representação objeto da apuração;
d) tenha atuado em sindicância, auditoria ou investigação da qual resultou a sindicância ou
o processo disciplinar;
e) atue ou tenha atuado como procurador do servidor acusado;
f) tenha interesse em decisão administrativa a ser tomada pelo servidor acusado;
g) tenha interesse no assunto que resultou na instauração da sindicância ou do processo
disciplinar;
h) esteja litigando, judicial ou administrativamente, com o servidor sindicado, acusado ou
indiciado, ou com o respectivo cônjuge ou companheiro;
i) responda a sindicância ou processo disciplinar;
j) tenha sido punido por qualquer infração disciplinar, ressalvada a hipótese de cancelamento
dos registros de advertência e suspensão.
k) seja cônjuge, companheiro, padrasto, madrasta, enteado ou parente, na forma da lei civil,
de outro membro da mesma comissão processante.
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Como não poderia ser diferente, a comissão deve exercer suas atribuições com indepen-
dência e imparcialidade. Sendo assim, é assegurado o acesso, nas repartições públicas, a
informações, documentos e audiências necessários à elucidação do fato em apuração.
As reuniões da comissão processante serão registradas em ata, da qual deve constar o
detalhamento das deliberações adotadas. Além disso, sempre que necessário, a comissão
processante deve dedicar tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispen-
sados das atividades na repartição de origem até a entrega do relatório final.

DICA
São asseguradas passagens e diárias aos membros da comis-
são e ao servidor acusado, nos casos de atos processuais se-
rem praticados fora do território da RIDE.

8.5. Fases Processuais


O processo disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases:
I – instauração;
II – instrução;
III – defesa;
IV – relatório;
V – julgamento.

8.5.1. Instauração

A instauração trata-se do momento em que a autoridade administrativa dá início ao proces-


so administrativo disciplinar. Para que isso ocorra, o ato deverá ser publicado no Diário Oficial
do Distrito Federal, contendo, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) a comissão processante;
b) o número do processo, que deverá conter a indicação da autoria, com nome, matrícula e
cargo do servidor, e a materialidade da infração disciplinar.
Instaurado o processo disciplinar, o servidor acusado deve ser citado para, se quiser, acom-
panhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador.
Caso o servidor acusado esteja em local incerto ou não sabido, a citação será feita por
edital publicado no Diário Oficial do Distrito Federal e em jornal de grande circulação no Distri-
to Federal.
Realizada a citação por edital, se, no prazo de 15 dias, contados da publicação, o servidor
acusado não se apresentar à comissão processante, a autoridade instauradora deve designar
defensor dativo para acompanhar o processo disciplinar enquanto o servidor acusado não se
apresentar.
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Além disso, sempre que o servidor mudar de residência, deve ele comunicar tal fato à co-
missão processante.
Todas as medidas previstas possuem a finalidade de proporcionar que o servidor acom-
panhe o processo administrativos disciplinar em todas as suas fases, evitando a arguição
de nulidade em virtude do não conhecimento de determinada prática por parte da comissão
processante.

8.5.2. Instrução

Estando a comissão do PAD constituída, iniciam-se os trabalhos de instrução. É nesta fase


que a comissão realiza todas as acareações, depoimentos, investigações e diligências.
Sendo necessário, a comissão nomeará peritos especializados em assuntos de maior com-
plexidade. Após a inquirição de todas as testemunhas, promoverá a comissão o interrogatório
do acusado.

Art. 239. Na fase da instrução, a comissão processante deve promover tomada de depoimentos,
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Para a produção de provas, a comissão processante pode, de ofício ou a requerimento do


servidor acusado, adotar as seguintes medidas:
I – tomar depoimentos de testemunhas;
II – fazer acareações;
III – colher provas documentais;
IV – colher provas emprestadas de processos administrativos ou judiciais;
V – proceder à reconstituição simulada dos fatos, desde que não ofenda a moral ou os
bons costumes;
VI – solicitar, por intermédio da autoridade competente:
a) realização de buscas e apreensões;
b) informações à Fazenda Pública, na forma autorizada na legislação;
c) quebra do sigilo bancário ou telefônico;
d) acesso aos relatórios de uso feito pelo servidor acusado em sistema informatizado ou a
atos que ele tenha praticado;
e) exame de sanidade mental do servidor acusado ou indiciado;
VII – determinar a realização de perícias;
VIII – proceder ao interrogatório do servidor acusado.
Importante questão refere-se ao depoimento das testemunhas. De acordo com a norma,
“as testemunhas são intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comis-
são processante, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos”.

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Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado deve ser comunicada ao


chefe da repartição onde ela tem exercício, com a indicação do dia e da hora marcados para
inquirição.
A ausência injustificada de servidor público, quando devidamente intimado, como testemu-
nha deve ser comunicada à autoridade competente, para apuração de responsabilidade.
Como regra geral, as testemunhas são inquiridas separadamente. No entanto, em caso
de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, poderá ser realizada a acareação entre os
depoentes.

 Obs.: O depoimento de testemunha é feito oralmente, sob compromisso, e reduzido a termo,


não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
 Além disso, tanto o servidor quanto o eventual procurador legalmente constituído
podem acompanhar todos os depoimentos das testemunhas, sendo, no entanto:
 a) vedado interferir nas perguntas e nas respostas;
 b) facultado reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão processante.

Concluída a inquirição das testemunhas e a coleta das demais provas, chega o momento
em que a comissão processante deve promover o interrogatório do servidor acusado.
No caso de mais de um servidor acusado, o interrogatório é feito em separado e, havendo
divergência entre suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, pode ser promovida a aca-
reação entre eles.
O procurador do servidor acusado pode assistir ao interrogatório, sendo-lhe, no entanto, ve-
dado interferir nas perguntas e nas respostas. Poderá o procurador, em sentido oposto, propor
perguntas, por intermédio do presidente da comissão processante, após a inquirição oficial.
Encerrada a instrução e tipificada a infração disciplinar, deve ser formulada a indiciação do
servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.
A indiciação é o momento em que a comissão conclui que houve o cometimento ou não de
uma infração administrativa.
Consequentemente, apenas teremos a indiciação em caso de cometimento de uma irregu-
laridade funcional, conforme previsão do artigo 244, §1º, da Lei Complementar 840:

Art. 244, § 1º Não cabe a indiciação do servidor se, com as provas colhidas, ficar comprovado que:
I – não houve a infração disciplinar;
II – o servidor acusado não foi o autor da infração disciplinar;
III – a punibilidade esteja extinta.
§ 2º Ocorrendo a hipótese do § 1º, a comissão processante deve elaborar o seu relatório, concluindo
pelo arquivamento dos autos.

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8.5.3. Defesa

O servidor, uma vez indiciado, deve ser intimado para apresentar defesa escrita no prazo de
10 dias. Em caso de dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 dias.
O prazo de defesa poderá, em caso de necessidade de realização de diligências reputadas
indispensáveis, ser prorrogado pelo dobro.
A intimação para defesa será realizada pessoalmente por mandado expedido pelo presi-
dente da comissão processante.
Vejamos as demais regras relacionadas com a defesa no âmbito no processo administra-
tivo disciplinar:

Art. 246. Quando, por duas vezes, o membro ou o secretário da comissão processante houver pro-
curado o servidor indiciado, em seu domicílio, residência, ou repartição de exercício, sem o encon-
trar, deve, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família ou, em sua falta, a
qualquer vizinho, que voltará em dia e hora designados, a fim de efetuar a intimação.
§ 1º No dia e hora designados, o membro ou o secretário da comissão processante deve compare-
cer ao domicílio ou à residência do servidor indiciado, a fim de intimá-lo.
§ 2º Se o servidor indiciado não estiver presente, o membro ou o secretário da comissão proces-
sante deve:
I – informar-se das razões da ausência e dar por feita a citação, lavrando de tudo a respectiva cer-
tidão;
II – deixar cópia do mandado de intimação com pessoa da família do servidor indiciado ou com
qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
Art. 247. Junto à intimação para apresentar a defesa escrita, deve ser apresentada ao servidor acu-
sado cópia da indiciação.
Art. 248. O servidor indiciado que se encontrar em lugar incerto e não sabido deve ser intimado por
edital para apresentar defesa.
§ 1º O edital de citação deve ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal e em jornal de grande
circulação no Distrito Federal.
§ 2º Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa é de quinze dias, contados da última publicação
do edital.
Art. 249. Considera-se revel o servidor indiciado que, regularmente intimado, não apresentar defesa
no prazo legal.
§ 1º A revelia deve ser declarada em termo subscrito pelos integrantes da comissão processante
nos autos do processo disciplinar.
§ 2º Para defender o servidor revel, a autoridade instauradora do processo deve designar um ser-
vidor estável como defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do servidor
indiciado, preferencialmente com formação em Direito.

Uma vez tendo sido cumpridas eventuais diligências requeridas na defesa escrita, a comis-
são processante deve declarar encerradas as fases de instrução e defesa.

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8.5.4. Relatório

Concluída a instrução e apresentada a defesa, a comissão processante deve elaborar rela-


tório circunstanciado, do qual constem:
a) as informações sobre a instauração do processo;
b) o resumo das peças principais dos autos, com especificação objetiva dos fatos apurados,
das provas colhidas e dos fundamentos jurídicos de sua convicção;
c) a conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, com a indica-
ção do dispositivo legal ou regulamentar infringido, bem como as circunstâncias agravantes ou
atenuantes;
d) a indicação da sanção a ser aplicada e do dispositivo desta Lei Complementar em que ela
se encontra.
A comissão processante deve remeter à autoridade instauradora os autos do processo
disciplinar, com o respectivo relatório.
Na hipótese de o relatório concluir que a infração disciplinar apresenta indícios de infração
penal, a autoridade competente deve encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público.

8.5.5. Julgamento

Tendo recebido o relatório, a autoridade competente irá realizar, com base nos autos do
processo administrativo disciplinar, o julgamento.

Você sabe quem são as autoridades competentes para o julgamento dos servidores?

A resposta nos é dada pelo artigo 255 da Lei Complementar 840, de forma que a competên-
cia depende de dois fatores: a infração cometida e o local de exercício do servidor.

Art. 255. Salvo disposição legal em contrário, o julgamento do processo disciplinar e a aplicação
da sanção disciplinar, observada a subordinação hierárquica ou a vinculação do servidor, são da
competência:
I – no Poder Legislativo, do Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas;
II – no Poder Executivo:
a) do Governador, quando se tratar de demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade;
b) de Secretário de Estado ou autoridade equivalente, quando se tratar de suspensão superior a
trinta dias ou, ressalvado o disposto na alínea a, das demais sanções a servidor que a ele esteja
imediatamente subordinado;
c) de administrador regional, dirigente de órgão relativamente autônomo, subsecretário, diretor re-
gional ou autoridade equivalente a que o servidor esteja mediata ou imediatamente subordinado,
quando se tratar de sanção não compreendida nas alíneas a e b.

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§ 1º No caso de servidor de autarquia ou fundação do Poder Executivo, o julgamento do processo
disciplinar e a aplicação da sanção disciplinar são da competência:
I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade;
II – do respectivo dirigente máximo, quanto se tratar de sanção disciplinar não compreendida no
inciso I deste parágrafo.
§ 2º No caso de servidor de conselho ou outro órgão de deliberação coletiva instituído no Poder
Executivo, o julgamento do processo disciplinar e a aplicação da sanção disciplinar são da compe-
tência:
I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade;
II – de Secretário de Estado ou autoridade equivalente a cuja Secretaria de Estado o conselho ou o
órgão esteja vinculado, quando se tratar de suspensão;
III – do respectivo presidente, quando se tratar de advertência.

Vamos simplificar estas importantes informações?

Local de Autoridade competente para o julgamento


exercício
Poder Legislativo Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas
Governador, quando se tratar de demissão, destituição de cargo em
comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Secretário de Estado ou autoridade equivalente, quando se tratar de
suspensão superior a trinta dias ou, ressalvado o disposto na alínea
a, das demais sanções a servidor que a ele esteja imediatamente
Poder Executivo
subordinado
Administrador regional, dirigente de órgão relativamente autônomo,
subsecretário, diretor regional ou autoridade equivalente a que o
servidor esteja mediata ou imediatamente subordinado, quando se
tratar de sanção não compreendida nas previsões anteriores.
Governador, quando se tratar de demissão, destituição de cargo em
Autarquia ou
comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
fundação do Poder
Respectivo dirigente máximo, quanto se tratar de sanção disciplinar
Executivo
não compreendida anteriormente.
Servidor de Governador, quando se tratar de demissão, destituição de cargo em
conselho ou comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
outro órgão de Secretário de Estado ou autoridade equivalente a cuja Secretaria de
deliberação coletiva Estado o conselho ou o órgão esteja vinculado, quando se tratar de
instituído no Poder suspensão.
Executivo Respectivo presidente, quando se tratar de advertência.
No prazo de 20 dias, contados do recebimento dos autos do processo disciplinar, a autori-
dade competente deve proferir sua decisão.

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Havendo mais de um servidor indiciado e diversidade de sanções propostas no relatório da


comissão processante, o julgamento e a aplicação das sanções cabe à autoridade competen-
te para a imposição da sanção mais grave.
Por fim, a norma ainda elenca uma série de regras procedimentais relacionadas com o jul-
gamento do PAD. Vejamos...

Art. 257. A autoridade julgadora deve decidir, motivadamente, conforme as provas dos autos.
§ 1º A autoridade julgadora pode converter o julgamento em diligência para repetição de atos pro-
cessuais ou coleta de novas provas, caso seja necessário para a elucidação completa dos fatos.
§ 2º Em caso de divergência com as conclusões do relatório da comissão processante, a autoridade
julgadora pode agravar a sanção disciplinar proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsa-
bilidade.
§ 3º A autoridade competente para aplicar a sanção disciplinar mais grave é também competente
para aplicar sanção disciplinar mais branda ou isentar o servidor de responsabilidade, nas hipóteses
previstas no § 2º.
§ 4º Se discordar da proposta de absolvição ou da inocência do servidor acusado não anteriormente
indiciado, a autoridade julgadora deve designar nova comissão processante para elaborar a indicia-
ção e praticar os demais atos processuais posteriores.
§ 5º Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora deve declarar a nulidade total
ou parcial do processo disciplinar e ordenar, conforme o caso:
I – a realização de diligência;
II – a reabertura da instrução processual;
III – a constituição de outra comissão processante, para instauração de novo processo.
§ 6º Os atos não contaminados pelo vício devem ser reaproveitados.
§ 7º Nenhum ato é declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a apuração dos fatos,
para a defesa ou para a conclusão do processo.
§ 8º O vício a que o servidor acusado ou indiciado tenha dado causa não obsta o julgamento do
processo.
Art. 258. O ato de julgamento do processo disciplinar deve:
I – mencionar sempre o fundamento legal para imposição da penalidade;
II – indicar a causa da sanção disciplinar;
III – ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.

Na aplicação das sanções disciplinares, devem ser considerados os seguintes aspectos:


a) a natureza e a gravidade da infração disciplinar cometida;
b) os danos causados para o serviço público;
c) o ânimo e a intenção do servidor;
d) as circunstâncias atenuantes e agravantes;
e) a culpabilidade e os antecedentes funcionais do servidor.
No que se refere às circunstâncias atenuantes e agravantes, a norma se preocupou em re-
lacionar as situações que, quando caracterizadas, podem ser utilizadas para atenuar ou agra-
var a penalidade do servidor público.
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Circunstâncias Atenuantes Circunstâncias Agravantes


I – ausência de punição anterior;
II – prestação de bons serviços à administração I – a prática de ato que concorra, grave
pública distrital; e objetivamente, para o desprestígio
III – desconhecimento justificável de norma do órgão, autarquia ou fundação ou da
administrativa; categoria funcional do servidor;
IV – motivo de relevante valor social ou moral; II – o concurso de pessoas;
V – estado físico, psicológico, mental ou emocional III – o cometimento da infração
abalado, que influencie ou seja decisivo para a disciplinar em prejuízo de criança,
prática da infração disciplinar; adolescente, idoso, pessoa com
VI – coexistência de causas relativas à carência de deficiência, pessoa incapaz de se
condições de material ou pessoal na repartição; defender, ou pessoa sob seus cuidados
VII – o fato de o servidor ter: por força de suas atribuições;
a) cometido a infração disciplinar sob coação a IV – o cometimento da infração
que podia resistir, ou em cumprimento a ordem disciplinar com violência ou grave
de autoridade superior, ou sob a influência de ameaça, quando não elementares da
violenta emoção, provocada por ato injusto infração;
provindo de terceiro; V – ser o servidor quem:
b) cometido a infração disciplinar na defesa, a) promove ou organiza a cooperação
ainda que putativa ou com excesso moderado, de ou dirige a atividade dos demais
prerrogativa funcional; coautores;
c) procurado, por sua espontânea vontade e com b) instiga subordinado ou lhe ordena a
eficiência, logo após a infração disciplinar, evitar prática da infração disciplinar;
ou minorar as suas consequências; c) instiga outro servidor, propõe ou
d) reparado o dano causado, por sua espontânea solicita a prática da infração disciplinar.
vontade e antes do julgamento

8.6. Revisão do Processo


A possibilidade de revisão do processo administrativo disciplinar decorre do conhecimento
de fatos novos ou de circunstâncias que, se fossem do conhecimento da autoridade proces-
sante, no momento da investigação, poderiam modificar a decisão da autoridade competente.
Dessa forma, a revisão do PAD pode ser solicitada a qualquer tempo, não correndo contra
o instituto da revisão nenhum tipo de prazo prescricional.
No âmbito do processo administrativo disciplinar, o ônus de provar que o servidor é o res-
ponsável pelo cometimento de alguma infração é da administração. Como consequência, o
servidor apenas será condenado se a comissão processante tiver provas da conduta do agen-
te, presumindo-se, em caso de negativa, a inocência do servidor.
No processo de revisão acontece exatamente o contrário. Como a decisão da administra-
ção foi pela penalização do servidor, caberá a este, mediante a apresentação de fatos novos,
provar que a decisão administrativa encontra-se prejudicada e que merece ser modificada.
Em outros termos, o ônus da prova caberá ao servidor, que, se não conseguir fundamentar
o seu pedido com provas ou fatos novos, não conseguirá êxito no processo revisional.

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 Obs.: Uma vez que o PAD inicial já está julgado, a simples alegação de injustiça, por parte
dos interessados, não é motivo suficiente para instaurar um procedimento de revisão.
 Obs.: Para que isso ocorra, é necessário que fatos novos tenham surgido, fatos estes que,
se fossem do conhecimento da comissão, à época do julgamento do PAD, implicariam
em um outro resultado.

Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da


família pode requerer a revisão do processo. No caso de incapacidade mental do servidor, a
revisão pode ser requerida pelo respectivo curador.
O requerimento de revisão do processo deve ser dirigido, conforme o caso, à autoridade ad-
ministrativa que julgou, originariamente, o processo disciplinar. Uma vez autorizada a revisão e
constituída a comissão revisora, esta terá o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos.

Art. 265. A competência para julgamento do pedido de revisão é da autoridade administrativa que
aplicou, originariamente, a sanção disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para julgamento é de vinte dias, contados do recebimento dos autos do
processo disciplinar, durante o qual a autoridade julgadora pode determinar diligências.
Art. 266. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada.

Julgamento

• 60 dias
• 20 dias
Prazo da
revisão

Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada.


Caso a conclusão sobre o pedido de revisão seja pela inocência do servidor punido, deve
ser declarada sem efeito a sanção disciplinar aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do
servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, que deve ser convertida em
exoneração.
Diversamente, caso a conclusão sobre o pedido de revisão seja pela inadequação da san-
ção disciplinar aplicada, deve-se proceder à nova adequação, restabelecendo-se todos os di-
reitos do servidor naquilo que a sanção disciplinar aplicada tenha excedido.

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Importante característica da revisão refere-se à impossibilidade da “reformatio in pejus”,


conforme previsão do artigo 267 da norma complementar.

Art. 267. Da revisão do processo não pode resultar agravamento de sanção disciplinar.

Desta forma, a revisão do processo administrativo disciplinar não poderá agravar a penali-
dade inicialmente aplicada.
Ressalta-se que tal peculiaridade é exclusiva da revisão do processo administrativo
disciplinar.
Em sentido oposto, os diversos recursos que podem ser impetrados contra a decisão de
aplicou uma penalidade ao servidor podem perfeitamente ter a sua decisão agravada pela au-
toridade responsável pelo julgamento do recurso.

Paulo foi sancionado com a pena de advertência, pela autoridade administrativa, sob o funda-
mento de ter cometido a pessoa estranha à repartição o desempenho de atribuições que era
de sua responsabilidade.
Inconformado, Paulo apresentou recurso no prazo da lei. Uma vez apreciados, a autoridade
responsável verificou que Paulo, na verdade, cometeu as suas atribuições a outro servidor, e
não a um terceiro alheio ao serviço público.
Nesta situação, a penalidade de Paulo será agravada, passando de advertência para suspen-
são.
Caso, no entanto, Paulo conseguir provar, por intermédio de fatos novos não conhecidos no
momento da aplicação da penalidade, que o motivo de ter cometido a outro servidor as atri-
buições de seu cargo estava relacionado com uma situação de urgência, poderá ele solicitar a
revisão do processo.
E desta revisão não poderá a autoridade agravar a penalidade do servidor.

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RESUMO
Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores po-
dem ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e no interesse da
administração.
Caso ocorra o parcelamento, os valores relativos às férias serão creditados quando da uti-
lização da primeira etapa, devendo ser observada a antecedência mínima de 2 dias.
Ponto bastante importante é sobre as férias dos servidores que operam constantemente
com raio x ou outras substancias radioativas. Para estes, há a expressa determinação de que
deverão gozar do período de 20 dias de férias a cada semestre de atividade profissional, sen-
do vedada a sua acumulação. Além disso, tais servidores não fazem jus ao abono pecuniário.
A licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma espécie é conside-
rada como prorrogação.
Pode ser concedida licença ao servidor estável para acompanhar cônjuge ou companheiro
que for deslocado para:
a) trabalhar em localidade situada fora da Região Integrada de Desenvolvimento Econômi-
co do Distrito Federal e Entorno – RIDE;
b) exercer mandato eletivo em Estado ou Município não compreendido na RIDE.
A licença em questão será pelo prazo de até 5 anos, acarretando, durante o período, a
perda da remuneração ou subsídio.
Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim
até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.
Após cada quinquênio (5 anos) de efetivo exercício, o servidor ocupante de cargo efetivo
fará jus a 3 meses de licença-servidor, sem prejuízo de sua remuneração, inclusive da retri-
buição do cargo em comissão, função de confiança ou função gratificada escolar - FGE que
eventualmente exerça.
O número de servidores afastados em virtude de licença-servidor não pode ser superior a
1/3 da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação. De igual
forma, a Administração Pública tem o prazo de até 120 dias, contado da data de requerimento
do pedido pelo servidor, para definir o período de gozo da licença.

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Fica assegurado às servidoras e aos servidores o direito de iniciar a fruição de licença-ser-


vidor logo após o término da licença-maternidade ou da licença-paternidade. O direito asse-
gurado aplica-se à licença-prêmio por assiduidade cujo período de aquisição for completado
até 10 dias antes do término da licença-maternidade.
A critério da administração pública, poderá ser concedida ao servidor estável (trata-se de
um ato discricionário) licença para tratar de assuntos particulares. O prazo da licença será de
até 3 anos consecutivos, implicando na perda da remuneração do servidor durante o período.
Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem direito a licença-paternidade de 7 dias
consecutivos, incluído o dia da ocorrência.
O servidor que não tiver falta injustificada no ano anterior faz jus ao abono de ponto de cin-
co dias. Para aquisição do direito ao abono de ponto, é necessário que o servidor tenha estado
em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano aquisitivo. O direito ao gozo do
abono de ponto extingue-se em 31 de dezembro do ano seguinte ao do ano aquisitivo.
O gozo do abono de ponto pode ser em dias intercalados, com a ressalva de que o número
de servidores em gozo de abono de ponto não pode ser superior a 1/5 da lotação da respec-
tiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação. Ocorrendo a investidura após 1º
de janeiro do período aquisitivo, o servidor faz jus a 1 dia de abono de ponto por bimestre de
efetivo exercício, até o limite de 5 dias.
A Lei Complementar 840/2011 apresenta as diversas formas como a contagem do tempo
de contribuição será feito:

De contribuição

No serviço público
Será feita, na forma da
legislação
previdenciária, a
contagem do tempo De serviço no cargo
efetivo

De serviço na carreira

O direito de requerer prescreve:


a) em 5 anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade, ou de destituição do cargo em comissão;

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b) em 5 anos, quanto ao interesse patrimonial ou créditos resultantes das relações


de trabalho;
c) em 120 dias, nos demais casos, salvo disposição legal em contrário.
Três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos estão submetidos,
sendo elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor.
A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo pra-
ticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função. A responsabilidade administrativa
perante a administração pública não exclui a competência do Tribunal de Contas prevista na
Lei Orgânica do Distrito Federal.
A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que são as situ-
ações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição na esfera administrativa.
Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta expressa-
mente negue a existência do fato ou de sua autoria.

Como regra, as três


esferas de
responsabilização
são acumuladas

A absolvição na esfera penal poderá


acarretar a absolvição na esfera
administrativa (desde que transitada
em julgado) nas seguintes situações:

Quando negue a Quando, ainda que o fato


existência do fato (a tenha ocorrido, a autoria
infração não ocorreu) não é do servidor

As seguintes sanções disciplinares podem ser aplicadas aos servidores públicos do Distri-
to Federal:
a) advertência;
b) suspensão;
c) demissão;
d) cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
e) destituição do cargo em comissão.
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São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por
escrito a conduta do servidor. No lugar da advertência, poderá ser aplicada, motivadamente, a
suspensão até 30 dias, se as circunstâncias assim o justificarem.
A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou sub-
sídio dos dias em que estiver afastado. Quando a infração média for do grupo I, a penalidade
de suspensão não poderá exceder a 30 dias. Quando a infração média for do grupo II, a pena-
lidade de suspensão não poderá exceder a 90 dias. Em caso de reincidência no cometimento
de uma infração leve, o servidor deverá ser sancionado com a suspensão até 30 dias. Por fim,
em caso de reincidência no cometimento de infração média do grupo I, a sanção será a de
suspensão por até 90 dias.
A suspensão não pode ser aplicada por prazo superior a 90 dias, bem como que, a critério
da autoridade competente, dentro das situações em que for conveniente para o serviço públi-
co, a pena de suspensão poderá ser substituída por multa de 50% por dia trabalhado.
A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao servidor
efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento
de nova investidura em cargo público. A demissão também será aplicada quando a infração
grave for cometida por servidor efetivo no exercício de cargo em comissão ou função de con-
fiança do Poder Executivo ou Legislativo do Distrito Federal. Além disso, a norma determina a
aplicação de demissão nas situações de reincidência das infrações médias do grupo II.
A cassação de aposentadoria é a sanção por infração disciplinar que houver sido cometida
pelo servidor em atividade, pela qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo ser
cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
A cassação de disponibilidade é a sanção por infração disciplinar que houver sido come-
tida em atividade, pela qual se impõe a perda do cargo público ocupado e dos direitos decor-
rentes da disponibilidade, podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em
cargo público.
A destituição do cargo em comissão é a sanção por infração disciplinar média ou grave,
pela qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Federal a perda do cargo em
comissão por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em
outro cargo efetivo ou em comissão.
A ação disciplinar prescreve em:

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a) 5 anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposen-


tadoria ou disponibilidade;
b) 5 anos, quanto à suspensão;
c) 1 ano, quanto à advertência.

• Demissão
• Cassação de aposentadoria ou disponibilidade
5 anos • Destituição de cargo em comissão

• Suspensão
2 anos

• Advertência
1 ano

Não será punido Ficará isento da sanção disciplinar


O servidor que, ao tempo da infração disciplinar, O servidor cuja conduta funcional,
era inteiramente incapaz de entender o caráter classificada como erro de procedimento,
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com seja caracterizada, cumulativamente, pela:
esse entendimento, devido a: a) ausência de dolo;
a) insanidade mental, devidamente comprovada b) eventualidade do erro;
por laudo de junta médica oficial; c) ofensa ínfima aos bens jurídicos
b) embriaguez completa, proveniente de caso tutelados;
fortuito ou força maior. d) prejuízo moral irrelevante;
A punibilidade não se exclui pela embriaguez, e) reparação de eventual prejuízo material
voluntária ou culposa, por álcool, entorpecente antes de se instaurar sindicância ou
ou substância de efeitos análogos. processo disciplinar.
A sindicância ordinária pode ser dividida em duas modalidades, sendo elas a preparatória
e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua instauração for a de
servir como base para o processo administrativo disciplinar. A sindicância punitiva, por sua
vez, ocorre quando o procedimento, por si só, enseja a aplicação de alguma das penalidades
previstas em lei.
Nota-se, assim, que o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que
será aplicada.
Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do processo, a aplicação
das penalidades de advertência ou de suspensão até 30 dias ou, no caso de constatação de
infração com maior gravidade, a instauração de processo administrativo disciplinar.

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Arquivamento

Aplicação das
penas de
advertência ou
Sindicância suspensão até
30 dias

Instauração de
processo
administrativo
disciplinar

Diversamente, sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalida-
de de suspensão por mais de 30 dias ou, ainda, de outra sanção mais gravosa, será obrigatória
a instauração de processo administrativo disciplinar.
A sindicância patrimonial, por sua vez, trata-se do procedimento adotado quando estiver-
mos diante de fundados indícios de enriquecimento ilícito ou de evolução patrimonial incom-
patível com a remuneração ou subsídio recebida pelo servidor público. Ao contrário do que
ocorre com a sindicância ordinária, a sindicância patrimonial trata-se de procedimento exclusi-
vamente investigativo. Em outros termos, não poderemos ter, como resultado da sindicância
patrimonial, a aplicação de uma penalidade administrativa, mas sim apenas a investigação
que servirá de base para a instauração do processo administrativo disciplinar.

 Obs.: São competentes para determinar a instauração de sindicância patrimonial:


 a) o Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, nos respectivos órgãos;
 b) o Governador ou o titular do órgão central de sistema de correição, no Poder Execu-
tivo.

Considerando que o processo administrativo disciplinar é instrumento mais complexo do


que a sindicância, o prazo para conclusão é, igualmente, maior. Assim, determina a norma que
o PAD deverá ser concluído dentro do prazo de 60 dias, prazo este que poderá ser prorrogado,
por igual período, pela autoridade competente.
Todos os prazos nos processos administrativos disciplinares no Distrito Federal, ainda que
regidos por leis especiais, ficam suspensos no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro,
inclusive.

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Caso entenda necessário, a autoridade instauradora do processo poderá solicitar o afas-


tamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, prorrogados por mais 60 em caso
de necessidade.

• Prazo de 30 dias
Sindicância • Prorrogável por mais 30

• Prazo de 60 dias
PAD • Prorrogável por mais 60

Afastamento • Prazo de 60 dias


Preventivo • Prorrogável por mais 60

Concluída a instrução e apresentada a defesa, a comissão processante deve elaborar re-


latório circunstanciado. A comissão processante deve remeter à autoridade instauradora os
autos do processo disciplinar, com o respectivo relatório.
Na hipótese de o relatório concluir que a infração disciplinar apresenta indícios de infração
penal, a autoridade competente deve encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público.
Tendo recebido o relatório, a autoridade competente irá realizar, com base nos autos do
processo administrativo disciplinar, o julgamento.
No prazo de 20 dias, contados do recebimento dos autos do processo disciplinar, a autori-
dade competente deve proferir sua decisão. Havendo mais de um servidor indiciado e diversi-
dade de sanções propostas no relatório da comissão processante, o julgamento e a aplicação
das sanções cabe à autoridade competente para a imposição da sanção mais grave.
O requerimento de revisão do processo deve ser dirigido, conforme o caso, à autoridade ad-
ministrativa que julgou, originariamente, o processo disciplinar. Uma vez autorizada a revisão e
constituída a comissão revisora, esta terá o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
A revisão do processo administrativo disciplinar não poderá agravar a penalidade inicial-
mente aplicada.
Ressalta-se que tal peculiaridade é exclusiva da revisão do processo administrativo disci-
plinar. Em sentido oposto, os diversos recursos que podem ser impetrados contra a decisão
de aplicou uma penalidade ao servidor podem perfeitamente ter a sua decisão agravada pela
autoridade responsável pelo julgamento do recurso.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE (CESPE)/AJ (PGDF)/PG DF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Re-
gime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Funda-
ções Públicas Distritais, julgue o item a seguir.
Servidor público ocupante de cargo efetivo faz jus a três meses de licença- servidor a cada cin-
co anos de efetivo serviço; porém, se o servidor faltar por mais de trinta dias durante o período
aquisitivo, sem apresentar justificativa, a contagem do prazo para aquisição é interrompida,
retardando-se a concessão do benefício na proporção de um dia para cada falta que exceder
a esse período.

002. (CEBRASPE (CESPE)/ANA GRS (SLU DF)/SLU DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com base


nas disposições do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do DF, das Autarquias e das
Fundações Públicas Distritais ― Lei Complementar n.º 840/2011 e suas alterações ―, julgue o
item a seguir.
Servidor público estável que esteja em gozo de licença para tratar de interesses particulares
poderá exercer outro cargo ou outro emprego público, desde que este seja cumulável com seu
cargo ou emprego de origem.

003. (CEBRASPE (CESPE)/TJ (PGDF)/PG DF/ADMINISTRATIVO/2021) Acerca do Regime


Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações
Públicas Distritais, julgue o item a seguir.
Ficará configurado o abandono de emprego caso um servidor público falte ao serviço por
mais de trinta dias consecutivos ou em mais de trinta dias alternados no período de um ano
de trabalho.

004. (IADES/ANA TI (BRB)/BRB/2021) No que tange ao Regime Disciplinar previsto na Lei


Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) Atos comissivos não podem ser enquadrados como infrações disciplinares.
b) Os antecedentes funcionais do servidor não podem ser considerados na aplicação das san-
ções disciplinares.
c) Em face do exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde penal, civil e admi-
nistrativamente.
d) A ação disciplinar prescreve em cinco anos, quando a penalidade a ser aplicada for de ad-
vertência, suspensão ou demissão.
e) A recusa de fé a documento público é classificada como uma infração média.

005. (QUADRIX/PROF ST (SEDF)/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) De acordo com a Lei Orgâ-


nica do Distrito Federal e a Lei Complementar Distrital n.o 840/2011, julgue o item.

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Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão por infração discipli-
nar poderá ser convertida em multa no valor da remuneração diária, por dia de suspensão, e o
servidor ficará obrigado a cumprir integralmente a jornada de trabalho.

006. (QUADRIX/PROF ST (SEDF)/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) De acordo com a Lei Orgâ-


nica do Distrito Federal e a Lei Complementar Distrital n.o 840/2011, julgue o item.
É classificada como infração disciplinar grave a prática de ato incompatível com a moralidade
administrativa e como infração leve a prática de comércio na repartição.

007. (CEBRASPE (CESPE)/ANA GRS (SLU DF)/SLU DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com base


nas disposições do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do DF, das Autarquias e das
Fundações Públicas Distritais ― Lei Complementar n.º 840/2011 e suas alterações ―, julgue o
item a seguir.
Servidor público que cometer infração disciplinar ficará sujeito a responder penal, civil e admi-
nistrativamente pela infração e, no caso de ele ser absolvido na esfera penal por falta de prova,
a sua responsabilidade administrativa será afastada.

008. (CESPE/AAPU (TC-DF) /TC-DF/SERVIÇOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS/ORÇA-


MENTO, GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLE/2014) No que se refere ao regime jurídico úni-
co dos servidores do DF, julgue o item subsequente.
Suponha que Pedro, servidor submetido ao regime jurídico único dos servidores do DF, tenha
cometido infração administrativa para a qual se preveja pena de demissão. Nesse caso, o pro-
cesso administrativo disciplinar deve ser concluído no prazo improrrogável de noventa dias.

009. (CESPE/PEB (SEDF)/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da


Constituição Federal de 1988 e da Lei Complementar n.º 840/2011 (Regime Jurídico dos Ser-
vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais),
julgue o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Situação hipotética: Lucas, servidor público distrital, foi denunciado pela prática de infração
disciplinar e, em razão disso, será submetido a processo disciplinar para a apuração de res-
ponsabilidade administrativa.
Assertiva: Nessa situação, o desenvolvimento do referido processo limitar-se-á às seguintes
fases: instauração, inquérito e julgamento.

010. (CESPE/AGE (SEDF)/SEDF/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2017) O prefeito de determinado


município utilizou recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e
para a compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência médico-o-
dontológica das crianças em idade escolar do município.

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Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o estoque de


medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar situação emergencial e
dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produtos, a preços superfaturados, da em-
presa Y, pertencente a sua sobrinha, que desconhecia o esquema fraudulento.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a ela relacio-
nados, julgue o item a seguir.
Se, em vez do âmbito municipal, a situação em apreço tivesse ocorrido no âmbito da adminis-
tração pública distrital, de acordo com a Lei Complementar n.º 840/2011 (Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distri-
tais), a conduta de Mauro se enquadraria como infração média do grupo I.

011. (CESPE/ACE (TC-DF)/TC-DF/2014) Com relação aos cargos públicos e à responsabili-


dade do servidor, conforme disposto na Lei Complementar Distrital (LC/DF) n. 840/2011, julgue
o item que se segue.
O servidor público responderá civilmente se vier a cometer ato omissivo ou comissivo, doloso
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário. No caso de ato que gere prejuízo a terceiro, a
responsabilidade civil do servidor só se configura se ficar demonstrado que ele agiu com dolo.

012. (CESPE/ASS EDUC (SEDF)/SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos


servidores do DF, julgue o item a seguir.
A demissão, a advertência, a suspensão e a destituição de cargo em comissão são espécies
de penalidades disciplinares aplicáveis aos servidores públicos.

013. (CESPE/TEC APU (TC-DF)/TC-DF/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos
dispositivos da Lei Complementar n. 840/2011, julgue o seguinte item.
Considere que determinado servidor estável do TJDFT, no decorrer de processo administrativo
disciplinar instaurado contra ele pelo cometimento de infração disciplinar, tenha tomado pos-
se, em um tribunal federal, em razão de aprovação em concurso público, tendo deixado o car-
go anterior vago. Nessa situação, estando o referido servidor em exercício em órgão de outro
ente da Federação, o processo administrativo disciplinar deverá ser arquivado, sem prejuízo de
eventuais ações nas esferas penal e cível.

014. (CESPE/ASS EDUC (SEDF)/SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos


servidores do DF, julgue o item a seguir.
A administração pública do DF, após a aplicação da penalidade de demissão a um servidor,
poderá, a qualquer tempo, diante de fatos novos ou circunstâncias suscetíveis que justifiquem
a sua inocência ou a inadequação da penalidade aplicada, rever o processo administrativo
disciplinar.

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015. (CESPE/ASS EDUC (SEDF)/SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos


servidores do DF, julgue o item a seguir.
Como medida cautelar, o servidor processado pela prática de irregularidade administrativa po-
derá ser afastado preventivamente do cargo que ocupa na administração pública do DF pela
autoridade instauradora do processo disciplinar, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da
remuneração.

016. (IADES/2018/SES-DF/TÉCNICO DE CONTABILIDADE – ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, levar ao conhecimento
da autoridade superior as falhas, as vulnerabilidades e as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo público.

017. (IADES/2018/SES-DF - TÉCNICO DE CONTABILIDADE – ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, agir com falta de deco-
ro e urbanidade.

018. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR – ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que o prazo de pres-
crição das infrações puníveis com advertência é de dois anos.

019. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR – ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que os prazos de
prescrição previstos na lei penal nunca são aplicados às infrações disciplinares capituladas
também como crime.

020. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR/ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que as infrações pu-
níveis com demissão são imprescritíveis.

021. (IADES/2018/SES-DF/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, agir, no exercício das
próprias atribuições, com perícia, imprudência e burocracia.

022. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR – ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que a instauração de
processo disciplinar não interrompe a prescrição.

023. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que a cassação de aposentadoria é a sanção por infração

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disciplinar que houver sido cometida pelo servidor quando ainda em atividade, pela qual se
impõe a perda do direito à aposentadoria, vedada, nesse caso, a cominação de impedimento
de nova investidura em cargo público.

024. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que é prevista a possibilidade de isenção de aplicação de
sanção disciplinar.

025. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que os efeitos da advertência ou da suspensão não cessam
se lei posterior deixar de considerar como infração disciplinar o fato que as motivou.

026. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que, quando o servidor incorrer em reincidência por infração
disciplinar leve, aplica-se a suspensão que não poderá exceder 90 dias.

027. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que o desconhecimento de norma administrativa não pode
ser alegado pelo servidor, para quaisquer efeitos.

028. (IADES/2014/SEAP-DF/TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Isabel é servidora pública do


governo do Distrito Federal, regida pelo regime jurídico único, e cometeu fato passível de apu-
ração disciplinar. João é o chefe da repartição onde o referido fato ocorreu. Pedro é o chefe
imediato de Isabel. Paulo é a autoridade competente para instaurar o devido processo admi-
nistrativo disciplinar.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o prazo de prescrição do fato passí-
vel de apuração disciplinar praticado por Isabel começa a correr a partir da (o):
a) conhecimento do fato por Pedro.
b) conhecimento do fato por Paulo.
c) conhecimento do fato por João
d) primeira data em que o fato se tornou conhecido por Pedro ou por Paulo.
e) primeira data em que o fato se tornou conhecido por João, por Pedro ou por Paulo.

029. (IADES/2018/SES-DF/TÉCNICO DE CONTABILIDADE – ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, atender, com presteza,

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a requerimentos de expedição de certidões, desde que não sejam para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal.

030. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) Quantos


dias são previstos como prazo para a defesa escrita no processo administrativo disciplinar do
regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, quando houver somente um
servidor indiciado e não houver diligências reputadas indispensáveis?
a) Cinco.
b) Oito.
c) Trinta.
d) Quinze.
e) Dez.

031. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que a conversão da penalidade de suspen-
são em multa é um direito do servidor, sendo suficiente, para sua operacionalização, o seu
requerimento após a aplicação da penalidade originária.

032. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que é aplicada multa ao servidor inativo que
houver praticado na atividade infração disciplinar punível com suspensão.

033. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que, no lugar da advertência, pode ser apli-
cada, motivadamente, a suspensão de até 90 dias, se as circunstâncias assim o justificarem.

034. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que a suspensão é a sanção por infra-
ções disciplinares médias e graves pela qual se impõe ao servidor o afastamento compulsório
do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsídio dos dias em que esti-
ver afastado.

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035. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que, em caso de conversão, a multa deve
ser fixada em até 50% do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspensão.

036. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) De acordo


com o regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, sem prejuízo de ação
cível ou penal e das demais medidas administrativas, assinale a alternativa correta quanto ao
prazo no qual haverá incompatibilização para nova investidura em cargo público do Distrito
Federal no caso de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou destituição de
cargo em comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II do referido estatuto.
a) Um ano.
b) Três anos.
c) Cinco anos.
d) Dez anos.
e) Nesse caso, o servidor não mais poderá retornar ao serviço público distrital.

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LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte II
Diogo Surdi

GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. c
5. E
6. E
7. E
8. E
9. E
10. E
11. E
12. C
13. E
14. C
15. C
16. C
17. E
18. E
19. E
20. E
21. E
22. E
23. E
24. c
25. E
26. E
27. E
28. e
29. E
30. e
31. E
32. C
33. E
34. E
35. E
36. d

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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE (CESPE)/AJ (PGDF)/PG DF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Re-
gime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Funda-
ções Públicas Distritais, julgue o item a seguir.
Servidor público ocupante de cargo efetivo faz jus a três meses de licença- servidor a cada cin-
co anos de efetivo serviço; porém, se o servidor faltar por mais de trinta dias durante o período
aquisitivo, sem apresentar justificativa, a contagem do prazo para aquisição é interrompida,
retardando-se a concessão do benefício na proporção de um dia para cada falta que exceder
a esse período.

Diferente do que afirmado, as faltas injustificadas ao serviço retardam a concessão da


licença-servidor na proporção de um mês para cada falta.

Art. 140. A contagem do prazo para aquisição da licença-servidor é interrompida quando o servidor,
durante o período aquisitivo:
I – sofrer sanção disciplinar de suspensão;
II – licenciar-se ou afastar-se do cargo sem remuneração.
Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardam a concessão da licença prevista neste
artigo, na proporção de um mês para cada falta.
Errado.

002. (CEBRASPE (CESPE)/ANA GRS (SLU DF)/SLU DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com base


nas disposições do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do DF, das Autarquias e das
Fundações Públicas Distritais ― Lei Complementar n.º 840/2011 e suas alterações ―, julgue o
item a seguir.
Servidor público estável que esteja em gozo de licença para tratar de interesses particulares
poderá exercer outro cargo ou outro emprego público, desde que este seja cumulável com seu
cargo ou emprego de origem.

Se o cargo ou emprego público for acumulável, não há qualquer impedimento no seu exercício
por parte do servidor que esteja em licença para tratar de assuntos particulares. O que a norma
veda é o exercício de cargo ou emprego público inacumulável durante a mencionada licença.

Art. 144. A critério da administração pública, pode ser concedida ao servidor estável licença para
tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração, desde
que:

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§ 2º O servidor não pode exercer cargo ou emprego público inacumulável durante a licença de que
trata este artigo.
Certo.

003. (CEBRASPE (CESPE)/TJ (PGDF)/PG DF/ADMINISTRATIVO/2021) Acerca do Regime


Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações
Públicas Distritais, julgue o item a seguir.
Ficará configurado o abandono de emprego caso um servidor público falte ao serviço por
mais de trinta dias consecutivos ou em mais de trinta dias alternados no período de um ano
de trabalho.

O abandono de cargo (e não emprego) ocorre quando o servidor faltar injustificadamente por
mais de trinta dias consecutivos.

Art. 64. As faltas injustificadas ao serviço configuram:


I – abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias consecutivos;
Errado.

004. (IADES/ANA TI (BRB)/BRB/2021) No que tange ao Regime Disciplinar previsto na Lei


Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) Atos comissivos não podem ser enquadrados como infrações disciplinares.
b) Os antecedentes funcionais do servidor não podem ser considerados na aplicação das san-
ções disciplinares.
c) Em face do exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde penal, civil e admi-
nistrativamente.
d) A ação disciplinar prescreve em cinco anos, quando a penalidade a ser aplicada for de ad-
vertência, suspensão ou demissão.
e) A recusa de fé a documento público é classificada como uma infração média.

a) Errada. Tanto atos comissivos quanto omissivos podem ser enquadrados como infrações
disciplinares.
b) Errada. Os antecedentes serão sim considerados para fins de aplicação das sanções dis-
ciplinares.

Art. 196. Na aplicação das sanções disciplinares, devem ser considerados:


V – a culpabilidade e os antecedentes funcionais do servidor.
c) Certa De acordo com o artigo 181, temos a previsão de que “O servidor responde penal, civil
e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições”.

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d) Errada. O prazo prescricional de 5 anos apenas deve ser observado para as penalidades
de demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou dispo-
nibilidade.

Art. 208. A ação disciplinar prescreve em:


I – cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentado-
ria ou disponibilidade;
II – dois anos, quanto à suspensão;
III – um ano, quanto à advertência.
e) Errada. Recusar fé a documento público é uma infração classificada como leve.
Letra c.

005. (QUADRIX/PROF ST (SEDF)/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) De acordo com a Lei Orgâ-


nica do Distrito Federal e a Lei Complementar Distrital n.o 840/2011, julgue o item.
Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão por infração discipli-
nar poderá ser convertida em multa no valor da remuneração diária, por dia de suspensão, e o
servidor ficará obrigado a cumprir integralmente a jornada de trabalho.

O que a norma estabelece é que a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remunera-
ção ou subsídio, por dia de suspensão.

Art. 200, § 3º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão pode ser
convertida em multa, observado o seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspen-
são;
II – o servidor fica obrigado a cumprir integralmente a jornada de trabalho a que está submetido.
Errado.

006. (QUADRIX/PROF ST (SEDF)/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) De acordo com a Lei Orgâ-


nica do Distrito Federal e a Lei Complementar Distrital n.o 840/2011, julgue o item.
É classificada como infração disciplinar grave a prática de ato incompatível com a moralidade
administrativa e como infração leve a prática de comércio na repartição.

Ambas as infrações são classificadas como médias, pertencentes ao grupo I.

Art. 191. São infrações médias do grupo I:


IV – praticar ato incompatível com a moralidade administrativa;
V – praticar o comércio ou a usura na repartição;
Errado.

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007. (CEBRASPE (CESPE)/ANA GRS (SLU DF)/SLU DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com base


nas disposições do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do DF, das Autarquias e das
Fundações Públicas Distritais ― Lei Complementar n.º 840/2011 e suas alterações ―, julgue o
item a seguir.
Servidor público que cometer infração disciplinar ficará sujeito a responder penal, civil e admi-
nistrativamente pela infração e, no caso de ele ser absolvido na esfera penal por falta de prova,
a sua responsabilidade administrativa será afastada.

O que o texto legal estabelece, apenas, é que a responsabilidade administrativa do servidor


será afastada no caso de absolvição penal que negue a existência do fato ou sua autoria, com
decisão transitada em julgado.
Errado.

008. (CESPE/AAPU (TC-DF) /TC-DF/SERVIÇOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS/ORÇA-


MENTO, GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLE/2014) No que se refere ao regime jurídico úni-
co dos servidores do DF, julgue o item subsequente.
Suponha que Pedro, servidor submetido ao regime jurídico único dos servidores do DF, tenha
cometido infração administrativa para a qual se preveja pena de demissão. Nesse caso, o pro-
cesso administrativo disciplinar deve ser concluído no prazo improrrogável de noventa dias.

Nos termos da Lei Complementar 840, o prazo para a conclusão do processo administrativo
disciplinar é de 60 dias, prazo este que pode ser prorrogado por igual período.

Art. 217. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade do servidor


por infração disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para a conclusão do processo disciplinar é de até sessenta dias, prorrogá-
vel por igual período.
Errado.

009. (CESPE/PEB (SEDF)/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da


Constituição Federal de 1988 e da Lei Complementar n.º 840/2011 (Regime Jurídico dos Ser-
vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais),
julgue o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Situação hipotética: Lucas, servidor público distrital, foi denunciado pela prática de infração
disciplinar e, em razão disso, será submetido a processo disciplinar para a apuração de res-
ponsabilidade administrativa.
Assertiva: Nessa situação, o desenvolvimento do referido processo limitar-se-á às seguintes
fases: instauração, inquérito e julgamento.

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As fases nas quais o processo administrativo disciplinar se desenvolve estão previstas no ar-
tigo 235 da norma em questão, de seguinte redação:

Art. 235. O processo disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases:


I – instauração;
II – instrução;
III – defesa;
IV – relatório;
V – julgamento.
Errado.

010. (CESPE/AGE (SEDF)/SEDF/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2017) O prefeito de determinado


município utilizou recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e
para a compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência médico-o-
dontológica das crianças em idade escolar do município.
Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o estoque de
medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar situação emergencial e
dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produtos, a preços superfaturados, da em-
presa Y, pertencente a sua sobrinha, que desconhecia o esquema fraudulento.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a ela relacio-
nados, julgue o item a seguir.
Se, em vez do âmbito municipal, a situação em apreço tivesse ocorrido no âmbito da adminis-
tração pública distrital, de acordo com a Lei Complementar n.º 840/2011 (Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distri-
tais), a conduta de Mauro se enquadraria como infração média do grupo I.

No caso narrado, caso a infração tivesse sido cometida no âmbito da Administração Pública
Distrital, a conduta seria classificada como infração grave do grupo I:

Art. 193. São infrações graves do grupo I:


VI – dispensar licitação para contratar pessoa jurídica que tenha, como proprietário, sócio ou admi-
nistrador:
a) pessoa de sua família ou outro parente, por consanguinidade até o terceiro grau, ou por afinidade;
b) pessoa da família de sua chefia mediata ou imediata ou outro parente dela, por consanguinidade
até o terceiro grau, ou por afinidade;
Errado.

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011. (CESPE/ACE (TC-DF)/TC-DF/2014) Com relação aos cargos públicos e à responsabili-


dade do servidor, conforme disposto na Lei Complementar Distrital (LC/DF) n. 840/2011, julgue
o item que se segue.
O servidor público responderá civilmente se vier a cometer ato omissivo ou comissivo, doloso
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário. No caso de ato que gere prejuízo a terceiro, a
responsabilidade civil do servidor só se configura se ficar demonstrado que ele agiu com dolo.

A responsabilidade civil do servidor, em caso de danos causados a terceiros, está caracteriza-


da ainda que a conduta tenha sido meramente culposa, ou seja, sem dolo.

Art. 183. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiro.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responde o servidor perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva.
Errado.

012. (CESPE/ASS EDUC (SEDF)/SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos


servidores do DF, julgue o item a seguir.
A demissão, a advertência, a suspensão e a destituição de cargo em comissão são espécies
de penalidades disciplinares aplicáveis aos servidores públicos.

A questão elenca, de forma correta, sanções que podem ser aplicadas aos servidores públicos
regidos pelas disposições da Lei Complementar 840:

Art. 195. São sanções disciplinares:


I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
V – destituição do cargo em comissão.
Certo.

013. (CESPE/TEC APU (TC-DF)/TC-DF/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos
dispositivos da Lei Complementar n. 840/2011, julgue o seguinte item.
Considere que determinado servidor estável do TJDFT, no decorrer de processo administrativo
disciplinar instaurado contra ele pelo cometimento de infração disciplinar, tenha tomado pos-
se, em um tribunal federal, em razão de aprovação em concurso público, tendo deixado o car-
go anterior vago. Nessa situação, estando o referido servidor em exercício em órgão de outro

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ente da Federação, o processo administrativo disciplinar deverá ser arquivado, sem prejuízo de
eventuais ações nas esferas penal e cível.

No caso, o servidor deixou o cargo onde o processo administrativo disciplinar havia sido ins-
taurado e passou a ter exercício em outro cargo público.
Ainda assim, nos termos da Lei Complementar 840, o processo administrativo deverá continu-
ar, haja vista que a responsabilidade administrativa do servidor, dentro do prazo prescricional,
permanece.

Art. 186. A responsabilidade administrativa, apurada na forma desta Lei Complementar, resulta de
infração disciplinar cometida por servidor no exercício de suas atribuições, em razão delas ou com
elas incompatíveis.
§ 1º A responsabilidade administrativa do servidor, observado o prazo prescricional, permanece em
relação aos atos praticados no exercício do cargo:
I – após a exoneração;
II – após a aposentadoria;
III – após a vacância em razão de posse em outro cargo inacumulável;
IV – durante as licenças, afastamentos e demais ausências previstos nesta Lei Complementar.
Errado.

014. (CESPE/ASS EDUC (SEDF)/SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos


servidores do DF, julgue o item a seguir.
A administração pública do DF, após a aplicação da penalidade de demissão a um servidor,
poderá, a qualquer tempo, diante de fatos novos ou circunstâncias suscetíveis que justifiquem
a sua inocência ou a inadequação da penalidade aplicada, rever o processo administrativo
disciplinar.

A revisão do processo trata-se de medida que encontra previsão no texto do artigo 259 da Lei
Complementar 840:

Art. 259. O processo disciplinar pode ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
forem aduzidos fatos novos ou circunstâncias não apreciadas no processo originário, suscetíveis
de justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da sanção disciplinar aplicada, obser-
vado o disposto no art. 175, II.
Certo.

015. (CESPE/ASS EDUC (SEDF)/SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos


servidores do DF, julgue o item a seguir.

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Como medida cautelar, o servidor processado pela prática de irregularidade administrativa po-
derá ser afastado preventivamente do cargo que ocupa na administração pública do DF pela
autoridade instauradora do processo disciplinar, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da
remuneração.

Trata-se de previsão do artigo 222 da Lei Complementar 840, de seguinte redação:

Art. 222. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da infração
disciplinar, a autoridade instauradora do processo disciplinar pode determinar o seu afastamento do
exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, sem prejuízo da remuneração.
Certo.

016. (IADES/2018/SES-DF/TÉCNICO DE CONTABILIDADE – ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, levar ao conhecimento
da autoridade superior as falhas, as vulnerabilidades e as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo público.

Temos aqui um dos deveres elencados para os servidores públicos do Distrito Federal, confor-
me previsão do artigo 180:

Art. 180. São deveres do servidor:


VII – levar ao conhecimento da autoridade superior as falhas, vulnerabilidades e as irregularidades
de que tiver ciência em razão do cargo público ou função de confiança;
Certo.

017. (IADES/2018/SES-DF - TÉCNICO DE CONTABILIDADE – ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, agir com falta de deco-
ro e urbanidade.

Questão que deve pode ser resolvida com o bom senso. Se considerarmos que os servidores
públicos agem em nome do órgão ou repartição competente, devem eles, sempre, agir com
decoro e com urbanidade no desempenho de suas atribuições.
Errado.

018. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR – ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que o prazo de pres-
crição das infrações puníveis com advertência é de dois anos.

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Para as infrações puníveis com advertência, o prazo de prescrição é de 1 ano.

Art. 208. A ação disciplinar prescreve em:


I – cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentado-
ria ou disponibilidade;
II – dois anos, quanto à suspensão;
III – um ano, quanto à advertência.
Errado.

019. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR – ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que os prazos de
prescrição previstos na lei penal nunca são aplicados às infrações disciplinares capituladas
também como crime.

Havendo ação penal em curso, os prazos de prescrição da lei penal serão aplicados, também,
às infrações disciplinares capituladas como crime.

Art. 208, § 5º Os prazos de prescrição previstos na lei penal, havendo ação penal em curso, aplicam-
-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
Errado.

020. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR/ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que as infrações pu-
níveis com demissão são imprescritíveis.

No caso de demissão, o prazo prescricional é de 5 anos.

Art. 208. A ação disciplinar prescreve em:


I – cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentado-
ria ou disponibilidade;
Errado.

021. (IADES/2018/SES-DF/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, agir, no exercício das
próprias atribuições, com perícia, imprudência e burocracia.

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O servidor deve, ao contrário do que afirma a questão, com perícia, prudência e diligência no
exercício de suas atribuições.

Art. 180. São deveres do servidor:


III – agir com perícia, prudência e diligência no exercício de suas atribuições;
Errado.

022. (IADES/2018/SES-DF/ADMINISTRADOR – ADAPTADA) Acerca da prescrição da ação


disciplinar, prevista na Lei Complementar no 840/2011, é correto afirmar que a instauração de
processo disciplinar não interrompe a prescrição.

Nos termos do artigo 208, § 2º, “a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição,
uma única vez”.
Errado.

023. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que a cassação de aposentadoria é a sanção por infração
disciplinar que houver sido cometida pelo servidor quando ainda em atividade, pela qual se
impõe a perda do direito à aposentadoria, vedada, nesse caso, a cominação de impedimento
de nova investidura em cargo público.

Ao contrário do que informa a questão, a cassação de aposentadoria pode ser aplicada com a
cominação de impedimento de nova investidura em cargo público.

Art. 203. A cassação de aposentadoria é a sanção por infração disciplinar que houver sido cometi-
da pelo servidor em atividade, pela qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo ser
cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
Parágrafo único. A cassação de aposentadoria é aplicada por infração disciplinar punível com de-
missão.
Errado.

024. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que é prevista a possibilidade de isenção de aplicação de
sanção disciplinar.

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Assim como afirma o enunciado, poderemos ter, em determinadas situações, isenção da apli-
cação da sanção disciplinar.

Art. 210. Fica isento de sanção disciplinar o servidor cuja conduta funcional, classificada como erro
de procedimento, seja caracterizada, cumulativamente, pela:
I – ausência de dolo;
II – eventualidade do erro;
III – ofensa ínfima aos bens jurídicos tutelados;
IV – prejuízo moral irrelevante;
V – reparação de eventual prejuízo material antes de se instaurar sindicância ou processo discipli-
nar.
Certo.

025. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que os efeitos da advertência ou da suspensão não cessam
se lei posterior deixar de considerar como infração disciplinar o fato que as motivou.

Nos termos do § 1º do artigo 201, “cessam os efeitos da advertência ou da suspensão, se lei


posterior deixar de considerar como infração disciplinar o fato que as motivou”.
Errado.

026. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que, quando o servidor incorrer em reincidência por infração
disciplinar leve, aplica-se a suspensão que não poderá exceder 90 dias.

Na situação apresentada, a penalidade de suspensão não poderá exceder a 30 dias.

Art. 200, § 2º Aplica-se a suspensão de até:


I – trinta dias, quando o servidor incorrer em reincidência por infração disciplinar leve;
Errado.

027. (IADES/2014/SEAP-DF/ANALISTA - DIREITO – ADAPTADA) O Regime Jurídico Único


dos Servidores do Distrito Federal dispõe, entre outros temas, acerca de seu regime disciplinar.
A esse respeito, é correto afirmar que o desconhecimento de norma administrativa não pode
ser alegado pelo servidor, para quaisquer efeitos.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte II
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O desconhecimento justificável de norma administrativa pode ser alegado pelo servidor como
circunstância atenuante.

Art. 197. São circunstâncias atenuantes:


III – desconhecimento justificável de norma administrativa;
Errado.

028. (IADES/2014/SEAP-DF/TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Isabel é servidora pública do


governo do Distrito Federal, regida pelo regime jurídico único, e cometeu fato passível de apu-
ração disciplinar. João é o chefe da repartição onde o referido fato ocorreu. Pedro é o chefe
imediato de Isabel. Paulo é a autoridade competente para instaurar o devido processo admi-
nistrativo disciplinar.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o prazo de prescrição do fato passí-
vel de apuração disciplinar praticado por Isabel começa a correr a partir da (o):
a) conhecimento do fato por Pedro.
b) conhecimento do fato por Paulo.
c) conhecimento do fato por João
d) primeira data em que o fato se tornou conhecido por Pedro ou por Paulo.
e) primeira data em que o fato se tornou conhecido por João, por Pedro ou por Paulo.

Nos termos do artigo 208, §1º,

o prazo de prescrição começa a correr da primeira data em que o fato ou ato se tornou conhecido
pela chefia da repartição onde ele ocorreu, pela chefia mediata ou imediata do servidor, ou pela au-
toridade competente para instaurar sindicância ou processo disciplinar.
Logo, o prazo de prescrição, no caso apresentado, começa a correr a partir da data em que o
fato se tornou conhecido por João, por Pedro ou por Paulo, o que acontecer primeiro.
Letra e.

029. (IADES/2018/SES-DF/TÉCNICO DE CONTABILIDADE – ADAPTADA) De acordo com a


Lei Complementar n. 840/2011, são deveres do servidor, dentre outros, atender, com presteza,
a requerimentos de expedição de certidões, desde que não sejam para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal.

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Diferentemente do que afirma o enunciado, o servidor deve atender, com presteza, os requeri-
mentos de expedição de certidões para defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal.

Art. 180. São deveres do servidor:


XVI – atender com presteza:
b) os requerimentos de expedição de certidões para defesa de direito ou esclarecimento de situa-
ções de interesse pessoal;
Errado.

030. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) Quantos


dias são previstos como prazo para a defesa escrita no processo administrativo disciplinar do
regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, quando houver somente um
servidor indiciado e não houver diligências reputadas indispensáveis?
a) Cinco.
b) Oito.
c) Trinta.
d) Quinze.
e) Dez.

O prazo para apresentação de defesa, quando estivermos diante de apenas um servidor indi-
ciado e não houver diligências reputadas indispensáveis, é de 10 dias.

Art. 250. O prazo para apresentar defesa escrita é de dez dias.


§ 1º Havendo dois ou mais servidores indiciados, o prazo é comum e de vinte dias.
§ 2º O prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
Letra e.

031. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que a conversão da penalidade de suspen-
são em multa é um direito do servidor, sendo suficiente, para sua operacionalização, o seu
requerimento após a aplicação da penalidade originária.

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A conversão da penalidade de suspensão em multa não trata-se de um direito do servidor, mas


sim de uma medida que pode ou não ser deferida pelo Poder Público. Para isso, serão levados
em conta a conveniência e a oportunidade da conduta.

Art. 200, § 3º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão pode ser
convertida em multa, observado o seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspen-
são;
Errado.

032. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que é aplicada multa ao servidor inativo que
houver praticado na atividade infração disciplinar punível com suspensão.

A questão está correta, nos termos do artigo 200, § 4º, da norma distrital:

Art. 200. A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsídio dos
dias em que estiver afastado.
§ 4º É aplicada multa ao servidor inativo que houver praticado na atividade infração disciplinar pu-
nível com suspensão.
Certo.

033. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que, no lugar da advertência, pode ser apli-
cada, motivadamente, a suspensão de até 90 dias, se as circunstâncias assim o justificarem.

No lugar da advertência, poderá ser aplicada, se as circunstâncias assim o justificarem, a pena


de suspensão até 30 dias, e não até 90 dias, como afirma a questão.

Art. 199. A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por
escrito a conduta do servidor.

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Parágrafo único. No lugar da advertência, pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão até trinta
dias, se as circunstâncias assim o justificarem.
Errado.

034. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que a suspensão é a sanção por infra-
ções disciplinares médias e graves pela qual se impõe ao servidor o afastamento compulsório
do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsídio dos dias em que esti-
ver afastado.

A suspensão é, nos termos do artigo 200, a sanção aplicável pelo cometimento de infrações
disciplinares médias, e não por infrações graves.

Art. 200. A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsídio dos
dias em que estiver afastado.
Errado.

035. (IADES/2014/SES-DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA CLÍNICA – ADAPTA-


DA) De acordo com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo
disciplinar previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que
se refere à sanção de suspensão, é correto afirmar que, em caso de conversão, a multa deve
ser fixada em até 50% do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspensão.

O erro da questão está em afirmar que a multa, no caso de conversão da penalidade de sus-
pensão, será de até 50%. O correto, de acordo com a norma distrital, é a fixação da multa, no
caso, em exatamente 50%.

Art. 200, § 3º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão pode ser
convertida em multa, observado o seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspen-
são;
Errado.

036. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) De acordo


com o regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, sem prejuízo de ação
cível ou penal e das demais medidas administrativas, assinale a alternativa correta quanto ao

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prazo no qual haverá incompatibilização para nova investidura em cargo público do Distrito
Federal no caso de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou destituição de
cargo em comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II do referido estatuto.
a) Um ano.
b) Três anos.
c) Cinco anos.
d) Dez anos.
e) Nesse caso, o servidor não mais poderá retornar ao serviço público distrital.

No caso de aplicação das penalidades de demissão, de cassação de aposentadoria ou dispo-


nibilidade ou de destituição de cargo em comissão, quando estas forem motivadas pelo come-
timento de infração disciplinar grave do grupo II, teremos a incompatibilização do servidor para
nova investidura em cargo público do Distrito Federal pelo prazo de 10 anos.

Art. 206. A demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição de cargo


em comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II, implica a incompatibilização para
nova investidura em cargo público do Distrito Federal pelo prazo de dez anos, sem prejuízo de ação
cível ou penal e das demais medidas administrativas.
Letra d.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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