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LEI

COMPLEMENTAR
N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos
do Distrito Federal – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

Sumário
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES DO DISTRITO FEDERAL – PARTE I.....................................5
1. Disposições Preliminares........................................................................................................................................5
2. Cargos Públicos e Funções de Confiança.......................................................................................................6
2.1. Provimento...................................................................................................................................................................6
2.2. Concurso Público.....................................................................................................................................................8
2.3. Nomeação. . ................................................................................................................................................................ 10
2.4. Posse e Exercício...................................................................................................................................................12
2.5. Estágio Probatório.. ..............................................................................................................................................15
2.6. Estabilidade. . ............................................................................................................................................................19
2.7. Reversão....................................................................................................................................................................20
2.8. Reintegração............................................................................................................................................................21
2.9. Recondução. . ............................................................................................................................................................22
2.10. Disponibilidade e Aproveitamento...........................................................................................................23
3. Remanejamentos.. ..................................................................................................................................................... 24
3.1. Remoção...................................................................................................................................................................... 24
3.2. Redistribuição........................................................................................................................................................ 24
3.3. Substituição.. ...........................................................................................................................................................25
4. Acumulação.. ................................................................................................................................................................26
5. Vacância..........................................................................................................................................................................29
6. Carreiras, Regime e Jornada de Trabalho....................................................................................................31
6.1. Disposições Gerais................................................................................................................................................31
6.2. Promoção...................................................................................................................................................................32
6.3. Regime e Jornada de Trabalho......................................................................................................................33
7. Direitos...........................................................................................................................................................................38
7.1. Conceitos Gerais....................................................................................................................................................38
7.2. Vencimento Básico e Subsídio. . .....................................................................................................................42
7.3. Vantagens.................................................................................................................................................................42

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7.4. Vantagens Relativas às Peculiaridades de Trabalho.....................................................................43


7.5. Vantagens Pessoais. . ..........................................................................................................................................49
7.6. Vantagens Periódicas........................................................................................................................................50
7.7. Vantagens Eventuais. . ........................................................................................................................................52
7.8. Vantagens de Caráter Indenizatório. .........................................................................................................54
7.9. Regras Gerais Relacionadas com as Vantagens.................................................................................61
Resumo................................................................................................................................................................................63
Questões de Concursos.. ............................................................................................................................................77
Gabarito...............................................................................................................................................................................85
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................86

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Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!


Na aula de hoje, iniciaremos o estudo das disposições relacionadas com o Regime Jurí-
dicos dos Servidores do Distrito Federal. Para isso, faremos uso das regras expressas na Lei
Complementar n. 840/2011.
Grande abraço e boa aula!
Diogo

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REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES DO DISTRITO


FEDERAL – PARTE I
1. Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida
em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organi-
zacional e cometidas a um servidor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria e subsídio ou
vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma que institui o regime jurídico dos servidores
públicos civis da administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente
autônomos do Distrito Federal.
É por meio das disposições da mencionada lei, desta forma, que os servidores distritais
(estatutários e comissionados) encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, bem
como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar n. 840/2011 não se aplicam a todos os
agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis distritais, o que implica em di-
zer que os empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo
de atuação do estatuto federal.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais
entes federativos, tal como a União, os Estados e os Municípios. Ainda que estes servidores se-
jam regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei Complementar n. 840/2011 é A Lei Complementar n. 840/2011


aplicada não é aplicada

Aos empregados públicos distritais,


Aos servidores estatutários da
que são regidos pelas disposições
administração direta distrital
da CLT

Aos servidores das autarquias


Aos servidores públicos da União,
(inclusive as em regime especial)
dos Estados e dos Municípios
distritais

Aos servidores das fundações Aos militares


públicas distritais

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Neste sentido, merecem destaque os conceitos de cargo e de servidor público apresenta-


dos pela norma complementar.
Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, como regra
geral) tomou posse perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.

2. Cargos Públicos e Funções de Confiança


2.1. Provimento
Art. 4º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de prévia aprovação em concurso
público.
Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento, são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.
§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em comissão:
I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação;
III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar:
a) os detentores de mandato eletivo;
b) os ocupantes de cargos vitalícios;
c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
§ 2º Pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão devem ser providos por servidor
público de carreira, nos casos e condições previstos em lei.
§ 3º É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para cargo em comissão,
incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de ine-
legibilidade prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa
legislação.
Art. 6º As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, destinam-se exclusivamente às atri-
buições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
§ 1º A lei pode estabelecer requisitos específicos para a investidura em cargos públicos.
§ 2º O provimento de cargo público por estrangeiro deve observar o disposto em Lei federal.
§ 3º Os requisitos para investidura em cargo público devem ser comprovados por ocasião da posse.

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Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I – nomeação;
II – reversão;
III – aproveitamento;
IV – reintegração;
V – recondução.
Art. 9º É vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício com efeito retroativo.
Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao:
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.

Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados.


Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva administração.
Desta forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente de cada Poder, que deverá observar, conforme as regras estabelecidas no edital, um
limite mínimo de provimentos para as pessoas portadoras de deficiência. Tal limite, atualmen-
te, é de até 20% das vagas oferecidas no concurso.
A Lei Complementar n. 840/2011 estabelece diversas formas de provimento de cargo pú-
blico, sendo elas a nomeação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento, sendo que todas
as demais são classificadas como forma de provimento derivadas.

Ressalta-se que o ato de provimento de cargo público, no âm-


bito do Distrito Federal, compete às seguintes autoridades:
a) Governador, no Poder Executivo;
b) Presidente da Câmara Legislativa;
c) Presidente do Tribunal de Contas.

Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela administração pública para as funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou não
já ser integrantes do serviço público.
Observe que três são as diferentes funções que dão ensejo ao provimento dos cargos em
comissão, sendo elas a direção, a chefia e o assessoramento.
Neste sentido, a norma se preocupou em definir cada um destes conceitos, da se-
guinte forma:

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• cargo em comissão de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da admi-


nistração superior;
• cargo em comissão de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imedia-
ta de subordinação;
• cargo em comissão de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar
os detentores de mandato eletivo, os ocupantes de cargos vitalícios ou os ocupantes de
cargos de direção ou de chefia.

 Obs.: Pelo menos 50% dos cargos em comissão devem ser providos por servidor público de
carreira, nos casos e condições previstos em lei.
 Não poderá ser nomeado para cargo em comissão aquele que tenha praticado ato
tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral, observado o
mesmo prazo de incompatibilidade dessa legislação.

2.2. Concurso Público


Art. 11. As normas gerais sobre concurso público são as fixadas em lei específica.
§ 2º O concurso público é de provas ou de provas e títulos, conforme dispuser a lei do respectivo
plano de carreira.
Art. 12. O edital de concurso público tem de reservar vinte por cento das vagas para serem preen-
chidas por pessoa com deficiência, desprezada a parte decimal.
§ 1º A vaga não preenchida na forma do caput reverte-se para provimento dos demais candidatos.

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§ 2º A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo são verificadas antes da posse,
garantido recurso em caso de decisão denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a
posse.
§ 3º Não estão abrangidas pelos benefícios deste artigo a pessoa com deficiência apta para traba-
lhar normalmente e a inapta para qualquer trabalho.
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única
vez, por igual período, na forma do edital.
§ 1º No período de validade do concurso público, o candidato aprovado deve ser nomeado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira.
§ 2º O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco dias contados da publicação do
ato de nomeação, pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação.

O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da


impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o
fosse, seria muito fácil para administradores mal-intencionados fraudar as regras previstas e
conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando gravemente a
impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei Complementar n. 840 se preocupou em estabelecer diver-
sas regras a serem observadas pela administração pública quando da realização de concur-
so público.
Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucionais sobre a forma de
realização dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a
administração pública.
Percebam que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca,
para os servidores regidos pela Lei Complementar n. 840, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que po-
derá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a validade
do certame.

Poderá a administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de 1 ano, esta-
belecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a administração (trata-se de uma faculdade) prorro-
gar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um novo concurso.
E poderá a administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de 2 anos, impror-
rogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.

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E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a possibilidade de prorro-


gação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a regra de
uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de validade
2 anos, com a possibilidade de prorrogação por 1 ano. Estaria a administração, nesta situação,
respeitando a Lei Complementar 840?
Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado.
No entanto, além destas regras, não podemos nos esquecer que a prorrogação, em todos os
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2
anos, 6 meses + 6 meses.

Importante regra da lei complementar refere-se à possibilidade do candidato aprovado em


concurso público solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação.
Para que esta medida seja possível, a solicitação deve ser feita, impreterivelmente, no pra-
zo de 5 dias contados da publicação do ato de nomeação.

2.3. Nomeação
Art. 14. A nomeação faz-se em cargo:
I – de provimento efetivo;
II – em comissão.
§ 1º A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de validade
do concurso público.
§ 2º O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito à nome-
ação no cargo para o qual concorreu.
Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interina-
mente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve:
I – acumular as atribuições de ambos os cargos;
II – optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
Art. 16. É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função de confiança,
do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por afinidade:
I – do Governador e do Vice-Governador, na administração pública direta, autárquica ou fundacional
do Poder Executivo;
II – de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
III – de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas;
§ 1º As vedações deste artigo aplicam-se:
I – aos casos de reciprocidade de nomeação ou designação;
II – às relações homoafetivas.
§ 2º Não se inclui nas vedações deste artigo a nomeação ou a designação:

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I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos os aposentados, desde que seja
observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com o cargo em comissão ou a fun-
ção de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efetivo com o cargo em comissão
ou a função de confiança;
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado ou designado;
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fundação antes do início do vínculo
familiar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais
baixo que o anteriormente ocupado.
§ 3º Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em comissão ou
função de confiança sob subordinação hierárquica mediata ou imediata.

Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo


ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso públi-
co anteriormente realizado.
Duas importantes regras devem ser observadas com relação aos nomeados para cargos
de provimento efetivo:
• A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de
validade do concurso público.
• O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito à
nomeação no cargo para o qual concorreu.

Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, che-
fia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade
nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa até
então estranha aos quadros funcionais do serviço público.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interina-
mente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve:
• acumular as atribuições de ambos os cargos;
• optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.

É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função de confiança,


do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por
afinidade:

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• do Governador e do Vice-Governador, na administração pública direta, autárquica ou fun-


dacional do Poder Executivo;
• de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
• de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas.

As vedações elencadas se aplicam aos casos de reciprocidade de nomeação ou designa-


ção ou, ainda, às relações homoafetivas.
Em sentido contrário, não estão incluídas nas vedações em questão a nomeação ou
designação:

I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos os aposentados, desde que seja
observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com o cargo em comissão ou a fun-
ção de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efetivo com o cargo em comissão
ou a função de confiança;
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado ou designado;
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fundação antes do início do vínculo
familiar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais
baixo que o anteriormente ocupado.

Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em comissão ou


função de confiança sob subordinação hierárquica mediata ou imediata.

2.4. Posse e Exercício


Art. 17. A posse ocorre com a assinatura do respectivo termo, do qual devem constar as atribuições,
os direitos e os deveres inerentes ao cargo ocupado.
§ 1º A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, contados da publicação do ato de nomeação.
§ 2º O prazo de que trata o § 1º pode ser prorrogado para ter início após o término das licenças ou
dos afastamentos seguintes:
I – licença médica ou odontológica;
II – licença-maternidade;
III – licença-paternidade;
IV – licença para o serviço militar.
§ 3º A posse pode ocorrer mediante procuração com poderes específicos.
§ 4º Só há posse nos casos de provimento por nomeação.
§ 5º Deve ser tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer no prazo previsto neste
artigo.
Art. 18. Por ocasião da posse, é exigido do nomeado apresentar:
I – os comprovantes de satisfação dos requisitos previstos no art. 7º e nas normas específicas para
a investidura no cargo;

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II – declaração:
a) de bens e valores que constituem seu patrimônio;
b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem como de proventos da aposentado-
ria de regime próprio de previdência social;
c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de cargo público.
§ 1º É nulo o ato de posse realizado sem a apresentação dos documentos a que se refere este ar-
tigo.
§ 2º A aptidão física e mental é verificada em inspeção médica oficial.
§ 3º A declaração prevista no inciso II, a, deve ser feita em formulário fornecido pelo setor de pes-
soal da repartição, e dele deve constar campo para informar bens, valores, dívidas e ônus reais exi-
gidos na declaração anual do imposto de renda da pessoa física, com as seguintes especificações:
I – a descrição do bem, com sua localização, especificações gerais, data e valor da aquisição, nome
do vendedor e valor das benfeitorias, se houver;
II – as dívidas e o ônus real sobre os bens, com suas especificações gerais, valor e prazo para quita-
ção, bem como o nome do credor;
III – a fonte de renda dos últimos doze meses, com a especificação do valor auferido no período.
Art. 19. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público.
§ 1º O servidor não pode entrar em exercício:
I – se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a exoneração ou a vacância de que trata o art. 54;
II – se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de horários;
III – se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a remuneração ou subsídio do cargo
efetivo, sem comprovar a opção por uma das formas de pagamento.
§ 2º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor entrar em exercício, contado da posse.
§ 3º Compete ao titular da unidade administrativa onde for lotado o servidor dar-lhe exercício.
§ 4º Com o exercício, inicia-se a contagem do tempo efetivo de serviço.
§ 5º O servidor que não entrar em exercício no prazo do § 2º deve ser exonerado.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor tem de apresentar ao órgão competente os documentos
necessários aos assentamentos individuais.
Parágrafo único. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício são registrados nos
assentamentos individuais do servidor.
Art. 21. O exercício de função de confiança inicia-se com a publicação do ato de designação, salvo
quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer motivo legal, hipótese em que o
exercício se inicia no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não pode exceder a trinta
dias da publicação.

Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o prazo
de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será de-
clarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público,
fato que apenas ocorre com a posse.
A norma elenca, no entanto, quatro diferentes licenças que podem dar ensejo ao diferimen-
to do momento do início do prazo para que o particular tome posse.

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Assim, caso o particular esteja licenciado com base nestas quatro licenças, o prazo de 30
dias para a posse apenas terá início após o término das respectivas licenças, sendo elas:
• licença médica ou odontológica;
• licença-maternidade;
• licença-paternidade;
• licença para o serviço militar.

Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-


mente nomeados têm o primeiro contato com a administração pública, passando, a partir de
então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
A norma complementar, em seu artigo 7º, relaciona os requisitos que devem obrigatoria-
mente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo público. Tais requisitos
devem ser comprovados no momento da posse, sendo inconstitucional norma que estabeleça
outro momento para a sua exigência, tal como a inscrição ou a data da realização das provas.
Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse:
• a nacionalidade brasileira;
• o gozo dos direitos políticos;
• a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
• o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
• a idade mínima de dezoito anos;
• a aptidão física e mental.

Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das
atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de expe-
riência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais
da administração pública distrital.
E como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se
organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais procedimentos, a Lei
Complementar faculta ao servidor o prazo de 5 dias úteis, contados da posse, para a entrada
em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, teremos,
ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, confor-
me anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar
nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a partir de então, servi-
dor público.
Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma de “chamar” o
candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não atenda ao chamado público, o ato

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apenas será tornado sem efeito, acarretando, como consequência, a nomeação do candidato
classificado na posição subsequente.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos efeitos, por
meio do gráfico a seguir:

Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da função de confiança.


Nos termos da lei, compete à autoridade para onde foi nomeado o servidor todas as instruções
e orientações necessárias para que o servidor preste suas atividades adequadamente.
É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem presentes, de
forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a
estabilidade.
No entanto, o servidor não poderá entrar em exercício nas seguintes situações:
• se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a respectiva exoneração ou a vacância;
• se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de horários;
• se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a remuneração ou subsídio
do cargo efetivo, sem comprovar a opção por uma das formas de pagamento.

2.5. Estágio Probatório


Art. 22. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito ao
estágio probatório pelo prazo de três anos.
Art. 23. Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cumprido em relação a
cada cargo em cujo exercício esteja o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação.
Art. 24. O servidor pode desistir do estágio probatório e ser reconduzido ao cargo de provimento
efetivo anteriormente ocupado no qual já possuía estabilidade, observado o disposto no art. 37.
Parágrafo único. Não pode desistir do estágio probatório o servidor que responde a processo disci-
plinar.
Art. 25. É vedado à administração pública conceder licença não remunerada ou autorizar afasta-
mento sem remuneração ao servidor em estágio probatório.

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§ 1º Excetua-se do disposto neste artigo o afastamento para o serviço militar ou para o exercício de
mandato eletivo.
§ 2º A vedação de que trata este artigo aplica-se ao gozo da licença-servidor.
Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:
I – exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação
de lotação;
II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza especial ou de equivalente
nível hierárquico.
Art. 27. Fica suspensa a contagem do tempo de estágio probatório quando ocorrer:
I – o afastamento de que tratam os arts. 26, II, e 162;
II – licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do servidor.
Art. 28. Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servi-
dor para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores:
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
§ 1º O Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem regulamentar, em seus respectivos
âmbitos de atuação, os procedimentos de avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo,
o seguinte:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente, com pontuação
por notas numéricas de zero a dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha previa-
mente preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor, no semestre
de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
§ 2º Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
§ 3º As avaliações devem ser monitoradas pela comissão de que trata o art. 29.
Art. 29. A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como condição para aquisição da
estabilidade, deve ser feita por comissão, quatro meses antes de terminar o estágio probatório.
§ 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servidores estáveis do mesmo cargo
ou de cargo de escolaridade superior da mesma carreira do avaliado.
§ 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a composição da comissão deve ser defi-
nida, conforme o caso:
I – pelo Presidente da Câmara Legislativa;
II – pelo Presidente do Tribunal de Contas;

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III – pelo Secretário de Estado a que o avaliado esteja subordinado, incluídos os servidores de autar-
quia, fundação e demais órgãos vinculados.
§ 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar os seguintes procedimentos:
I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na forma do art. 28, incluídos even-
tuais pedidos de reconsideração, recursos e decisões sobre eles proferidas;
II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado;
III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmente emergirem das oitivas de que
trata o inciso II;
IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por decisão fundamentada.
§ 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso, a serem
processados na forma desta Lei Complementar.
Art. 30. As autoridades de que trata o art. 29, § 2º, são competentes para:
I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto na forma do art. 29;
II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão e, como consequência, efetivar
o servidor no cargo, quando ele for aprovado no estágio probatório.
Art. 31. O servidor reprovado no estágio probatório deve ser, conforme o caso, exonerado ou recon-
duzido ao cargo de origem.

A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo
um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às condições
por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, são as seguintes:
• assiduidade;
• pontualidade;
• disciplina;
• capacidade de iniciativa;
• produtividade;
• responsabilidade.

Deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, ocorrida em
1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário para
a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que
o período de estágio probatório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente,
no âmbito do serviço público.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de
acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão.

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Desta forma, o Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem regulamentar, em


seus respectivos âmbitos de atuação, os procedimentos de avaliação do estágio probatório,
observado, no mínimo, o seguinte:

I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente, com pontuação
por notas numéricas de zero a dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha previa-
mente preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor, no semestre
de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.

Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:


• o amplo acesso aos critérios de avaliação;
• o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
• o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.

Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de desempenho do servidor,


que será realizada por comissão constituída para esta finalidade, será submetida à homologa-
ção da autoridade competente.

E o que acontece quando o servidor exercer cargos públicos que possam ser acumula-
dos?

Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cumprido em rela-


ção a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou
pontuação.
Durante o estágio, é vedado à Administração Pública conceder licença não remunerada
ou autorizar o afastamento sem remuneração do servidor. Em caráter de exceção, há a possi-
bilidade de afastamento do servidor em estágio para o serviço militar ou para o exercício de
mandato eletivo.
Poderá o servidor, ainda que em estágio, exercer qualquer cargo em comissão ou função
de confiança no órgão, autarquia ou fundação de lotação.
Além disso, poderá ele ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de nature-
za especial ou de equivalente nível hierárquico.

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 Obs.: Em três diferentes situações, o período de estágio probatório ficará suspenso, sendo
que a contagem de tempo apenas continuará após o término da ocorrência. De acordo
com a norma, são as seguintes as situações que dão ensejo à suspensão do estágio
probatório:
 a) Quando o servidor for cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza
especial ou de equivalente nível hierárquico.
 b) Quando o agente afastar-se do cargo ocupado para participar de curso de formação
previsto como etapa de concurso público.
 c) Quando o servidor estiver em licença remunerada por motivo de doença em pessoa
da família do servidor.

Caso não seja aprovado no estágio probatório, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois:
• Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anterior-
mente ocupado. Nesta hipótese, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja preen-
chido por outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da
administração.
• Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exone-
ração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido.

2.6. Estabilidade
Art. 32. O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo regularmente aprovado no estágio pro-
batório adquire estabilidade no serviço público ao completar três anos de efetivo exercício.
Art. 33. O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal.

A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a

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coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, poderiam condicionar deter-
minados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade. Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério
risco de engessamento do serviço público, com a possibilidade surreal de termos servidores
praticando faltas graves contra a administração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a norma complementar estabelece que o servidor estável só per-
de o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal.
De acordo com a Constituição, são as seguintes as situações que podem resultar na perda
do cargo por parte do servidor público estável:

2.7. Reversão
Art. 34. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos fundamentos de con-
cessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão
voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
§ 1º É de quinze dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data
em que tomou ciência da reversão.

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§ 2º Não pode reverter o aposentado que tenha completado setenta anos.
Art. 35. A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 34, I e II, encontrando-se provido o cargo, o servidor deve
exercer suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por três diferentes motivos:

I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos fundamentos de con-
cessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão
voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.

Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo cargo anteriormente
ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de uma possível transformação.
Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anteriormente recebia, com
todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente existentes.
Importante salientar que não poderá reverter o aposentado que tenha completado 70 anos.
Deferida a reversão, será de 15 dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do
cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão.
Quando a reversão for decorrente de reabilitação declarada por junta médica ou da insub-
sistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria, deverá o servidor, caso o cargo
anteriormente ocupado já esteja provido, exercer as suas atribuições como excedente até a
ocorrência de vaga.

2.8. Reintegração
Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou
judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no período em que esteve demi-
tido.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em disponibilidade, observado o disposto
nos arts. 38, 39 e 40.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao cargo de ori-
gem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade.
§ 3º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data
em que tomou ciência do ato de reintegração.

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A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-


mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as
vantagens.
Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou judicial.
Grande controvérsia reside nos efeitos da reintegração para o servidor eventualmente
ocupante da vaga decorrente de demissão. Isso porque a Lei Complementar n. 840/2011 de-
termina que:

Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao cargo de origem,
sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade.

Vejamos: um servidor X é demitido e entra com uma ação judicial de reintegração. A ad-
ministração pública nomeia o servidor Y para o cargo vago, que passa a exercer normalmente
suas atribuições. Posteriormente, o servidor X ganha na justiça o direito de ser reintegrado
com todas as vantagens.

E o que acontece com o servidor Y, caso este ainda não seja estável e, por isso mesmo,
não puder ser reconduzido ou posto em disponibilidade?

Durante muito tempo, a doutrina chegou a afirmar que caberia a cada ente federativo disci-
plinar os efeitos desta situação, sendo que diversas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas
afirmavam que o servidor deveria ser exonerado.
Nos dias atuais, percebe-se que a possibilidade de exoneração não é viável, haja vista que
o novo servidor é um terceiro de boa-fé que não pode ser prejudicado por atos anteriores da
administração.
Desta forma, em caso de reintegração, o eventual servidor não estável deverá ser mantido
como excedente. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em disponibilidade.
Importante informação refere-se ao prazo para que o servidor reintegrado retorne ao exer-
cício. Neste sentido, a norma afirma que:

É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data em que
tomou ciência do ato de reintegração.

2.9. Recondução
Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no art. 202, § 3º, e decorre de:
I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.

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§ 1º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de ser aproveitado em outro cargo,
observado o disposto no art. 39.
§ 2º O servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de
recondução.

Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado.
Três são as situações, de acordo com a norma em estudo, que ensejam a recondução do
servidor, sendo que ambas decorrem da estabilidade por ele alcançada no serviço público.
• reprovação em estágio probatório;
• desistência de estágio probatório;
• reintegração do anterior ocupante.

Em ambas as situações, o servidor público já é estável no serviço público, de forma que


uma possível desistência ou inabilitação em estágio probatório relativo a outro concurso por
ele prestado não possui o efeito, por si só, de acarretar o rompimento do vínculo com a Admi-
nistração Pública.
Da mesma forma, caso ele passe a exercer as atribuições de um cargo até então ocupado
por um servidor demitido, e este, posteriormente, consiga anular a sua demissão na justiça,
sendo reintegrado ao cargo que ocupava, não poderá o servidor estável ser exonerado, deven-
do ser reconduzido ao cargo onde adquiriu a estabilidade.
Independentemente da situação que deu ensejo à recondução, o servidor tem de retornar
ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução.
Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor deverá ser aproveitado em outro cargo.

2.10. Disponibilidade e Aproveitamento


Art. 38. O servidor só pode ser posto em disponibilidade nos casos previstos na Constituição Fede-
ral.
Parágrafo único. A remuneração do servidor posto em disponibilidade, proporcional ao tempo de
serviço, não pode ser inferior a um terço do que percebia no mês anterior ao da disponibilidade.
Art. 39. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade é feito mediante aproveitamento:
I – no mesmo cargo;
II – em cargo resultante da transformação do cargo anteriormente ocupado;
III – em outro cargo, observada a compatibilidade de atribuições e vencimentos ou subsídio do car-
go anteriormente ocupado.
Art. 40. É obrigatório o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade, assim que houver
vaga em órgão, autarquia ou fundação.
§ 1º É de trinta dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, contados da data em que tomou
ciência do aproveitamento.

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§ 2º Deve ser tornado sem efeito o aproveitamento e ser cassada a disponibilidade, se o servidor
não retornar ao exercício no prazo do § 1º, salvo se por doença comprovada por junta médica oficial.

O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
Neste sentido, a norma determina que é de 30 dias o prazo para o servidor retornar ao exer-
cício, contados da data em que tomou ciência do aproveitamento.

3. Remanejamentos
3.1. Remoção
Art. 41. Remoção é o deslocamento da lotação do servidor, no mesmo órgão, autarquia ou fundação
e na mesma carreira, de uma localidade para outra.
§ 1º A remoção é feita a pedido de servidor que preencha as condições fixadas no edital do concur-
so aberto para essa finalidade.
§ 2º O sindicato respectivo tem de ser ouvido em todas as etapas do concurso de remoção.
§ 3º A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a necessidade de serviços que não
comporte o concurso de remoção.
Art. 42. É lícita a permuta entre servidores do mesmo cargo, mediante autorização prévia das res-
pectivas chefias.

A remoção pode ser entendida como o “deslocamento da lotação do servidor, no mesmo


órgão, autarquia ou fundação e na mesma carreira, de uma localidade para outra”, conforme
determina o artigo 41 da Lei Complementar n. 840/2011.
A remoção poderá ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto de ofício, no interesse
do Poder Público.
A remoção a pedido é feita por servidor que preencha as condições fixadas no edital do
concurso aberto para essa finalidade. Nesta situação, o sindicato respectivo deve, obrigatoria-
mente, ser ouvido em todas as etapas do concurso de remoção.
A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a necessidade de serviços que
não comporte o concurso de remoção.
Poderemos ter, ainda, a permuta entre servidores do mesmo cargo, mediante autorização
prévia das respectivas chefias. Com a permuta, é como se os servidores “trocassem” de lo-
tação, de forma que o servidor A passa a ter exercício na lotação de B e o servidor B passa a
exercer suas atribuições na lotação anterior de A.

3.2. Redistribuição
Art. 43. Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia ou
fundação do mesmo Poder.

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§ 1º A redistribuição dá-se:
I – para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização ou ajustamento de quadro de pes-
soal às necessidades do serviço;
II – no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação.
§ 2º Nas hipóteses do § 1º, II, devem ser observados o interesse da administração pública, a vincu-
lação entre os graus de complexidade e responsabilidade do cargo, a correlação das atribuições, a
equivalência entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do órgão central de pessoal.

A redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia


ou fundação do mesmo Poder. A redistribuição poderá ocorrer em duas diferentes situações:
• para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização ou ajustamento de qua-
dro de pessoal às necessidades do serviço;
• no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação. Nesta situação, devem
ser observados o interesse da administração pública, a vinculação entre os graus de
complexidade e responsabilidade do cargo, a correlação das atribuições, a equivalência
entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do órgão central de pessoal.

3.3. Substituição
Art. 44. O ocupante de cargo ou função de direção ou chefia tem substituto indicado no regimento
interno ou, no caso de omissão, previamente designado pela autoridade competente.
§ 1º O substituto deve assumir automaticamente o exercício do cargo ou função de direção ou
chefia:
I – em licenças, afastamentos, férias e demais ausências ou impedimentos legais ou regulamenta-
res do titular;
II – em caso de vacância do cargo.
§ 2º O substituto faz jus aos vencimentos ou subsídio pelo exercício do cargo de direção ou chefia,
pagos na proporção dos dias de efetiva substituição.
Art. 45. O disposto no art. 44 aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em
nível de assessoria.

A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade dos serviços


públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do
titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria
prejudicada pela sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de direção, sendo que
os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desempe-
nhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade.
Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exemplo, nas férias,
licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser anteriormente designado, assume cumu-

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lativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições
do titular.
Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar a substituição.

4. Acumulação
Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compati-
bilidade de horários, para:
I – dois cargos de professor;
II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
§ 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica, para os fins do inciso II, qualquer
cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na forma
e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
§ 2º A proibição de acumular estende-se:
I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de eco-
nomia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público;
II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdência social do Distrito Fe-
deral, da União, de Estado ou Município, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável
na forma deste artigo.
§ 3º O servidor que acumular licitamente cargo público fica obrigado a comprovar anualmente a
compatibilidade de horários.
Art. 47. Ressalvados os casos de interinidade e substituição, o servidor não pode:
I – exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
II – acumular cargo em comissão com função de confiança.
Art. 48. Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos, funções públicas ou
proventos de aposentadoria, o servidor deve ser notificado para apresentar opção no prazo impror-
rogável de dez dias, contados da data da ciência da notificação.
§ 1º Em decorrência da opção, o servidor deve ser exonerado do cargo, emprego ou função porque
não mais tenha interesse.
§ 2º Com a opção pela renúncia aos proventos de aposentadoria, o seu pagamento cessa imedia-
tamente.
§ 3º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, o setor de pessoal da repartição deve so-
licitar à autoridade competente a instauração de processo disciplinar para apuração e regularização
imediata.
§ 4º Instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para defesa escrita,
fizer a opção de que trata este artigo, o processo deve ser arquivado, sem julgamento do mérito.
§ 5º O disposto no § 4º não se aplica se houver declaração falsa feita pelo servidor sobre acumula-
ção de cargos.
§ 6º Caracterizada no processo disciplinar a acumulação ilegal, a administração pública deve ob-
servar o seguinte:
I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao órgão, autarquia ou fundação
onde o processo foi instaurado;

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II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em
que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.
Art. 49. É vedada a participação de servidor, salvo na condição de Secretário de Estado, ainda que
suplente, em mais de um conselho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelha-
do, na administração direta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal.
§ 1º É vedada a remuneração pela participação em mais de um conselho.
§ 2º É permitida, observado o disposto no § 1º, a participação remunerada de servidor em conselho
de administração ou conselho fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que o
Distrito Federal detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social.

Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remune-


rada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e
funções da administração direta ou indireta de todos os entes federados.
Assim, ainda que o texto da Lei Complementar n. 840/2011 seja direcionado apenas aos
servidores públicos distritais, por força da norma constitucional, a vedação à acumulação é
uma regra mais ampla e que não se restringe ao ente federativo regulado pelo presente estatuto.
Neste sentido, estabelece a norma em estudo que a proibição de acumular estende-se:
• a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente
pelo poder público;
• aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdência social do Dis-
trito Federal, da União, de Estado ou Município, ressalvados os proventos decorrentes de
cargo acumulável na forma deste artigo.

As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam condicionadas à compatibilida-


de de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.

Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica qualquer cargo público para o
qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na forma e nas condi-
ções previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Situação interessante ocorre com os ocupantes de cargos em comissão. Tais servidores
são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro funcional da entidade, sendo desig-
nados por indicação do titular da unidade para exercer as funções de direção, chefia ou as-
sessoramento.

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Desta forma, estabelece a norma que, ressalvados os casos de interinidade e substituição,


o servidor não pode:
• exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
• acumular cargo em comissão com função de confiança.

Ainda com relação à acumulação de cargos públicos, a norma determina que é vedada a
participação de servidor, salvo na condição de Secretário de Estado, ainda que suplente, em
mais de um conselho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelhado, na
administração direta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal.
Diversamente, é permitida a participação remunerada de servidor em conselho de admi-
nistração ou conselho fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que o
Distrito Federal detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social.

É vedada a remuneração pela participação em mais de um


conselho.

A lei complementar objeto de estudo estabelece um pequeno fluxo processual a ser obser-
vado em caso de verificação da acumulação ilícita de cargos, empregos e funções públicas.
Desta forma, uma vez instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de
prazo para defesa escrita, fizer a opção por um dos cargos públicos, o processo deve ser ar-
quivado, sem julgamento do mérito. A possibilidade de escolha, contudo, não ocorrerá quando
houver declaração falsa feita pelo servidor sobre acumulação de cargos.
Dois são os resultados possíveis em razão do processo disciplinar, a saber:
• reconhecida a boa-fé, teremos a exoneração do servidor do cargo vinculado ao órgão,
autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado;
• provada a má-fé, será aplicada a sanção de demissão, destituição ou cassação de apo-
sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acu-
mulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser co-
municados.

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Em caso de boa-fé Em caso de má-fé

Aplicação da sanção de demissão,


destituição ou cassação de
Exoneração do servidor do cargo aposentadoria ou disponibilidade em
vinculado ao órgão, autarquia relação aos cargos ou empregos em
ou fundação onde o processo foi regime de acumulação ilegal, hipótese
instaurado em que os órgãos ou entidades de
vinculação devem ser comunicados

5. Vacância
Art. 50. A vacância do cargo público decorre de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal.
Art. 51. A exoneração de cargo de provimento efetivo dá-se a pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dá-se, exclusivamente, quando o servidor:
I – for reprovado no estágio probatório;
II – tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Art. 52. A exoneração de cargo em comissão dá-se:
I – a critério da autoridade competente;
II – a pedido do servidor.
Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço público não
pode, sem justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento.
Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, quando constatado que a servi-
dora estava gestante e não foi indenizada.
Art. 54. Ao tomar posse em outro cargo inacumulável de qualquer órgão, autarquia ou fundação do
Distrito Federal, o servidor estável pode pedir a vacância do cargo efetivo por ele ocupado, obser-
vando-se o seguinte:
I – durante o prazo de que trata o art. 32, o servidor pode retornar ao cargo anteriormente ocupado,
nos casos previstos no art. 37;
II – o cargo para o qual se pediu vacância pode ser provido pela administração pública.

As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado.

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Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade em que o agente estatal rom-
pe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipóteses em que ocorre a simples
troca dos cargos ocupados pelo servidor.
De acordo com a lei em estudo, são as seguintes as situações que dão ensejo à vacância
do servidor distrital:
• exoneração;
• demissão;
• destituição de cargo em comissão;
• aposentadoria;
• falecimento;
• perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal.

A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rompi-
mento do vínculo mantido entre o servidor e a administração pública. Tal forma de vacância
pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se de exoneração
de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração involuntária.

De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, apenas em


duas situações teremos a exoneração involuntária (de ofício)
do servidor público ocupante de cargo efetivo:
a) Quando o servidor for reprovado no estágio probatório;
b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entrar em exer-
cício no prazo estabelecido.

Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que estes são de livre nomeação
e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a exoneração poderá ocorrer, a
qualquer tempo, à pedido do servidor (voluntária) ou de ofício, no interesse da administração
(involuntária).
Importante regra está relacionada com a impossibilidade de exoneração da servidora ges-
tante, ainda que no desempenho de cargo em comissão e sem vínculo anterior prévio com o
Poder Público.
De acordo com as disposições legais, a servidora gestante, nesta situação, não poderá ser
exonerada de ofício desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, salvo
mediante indenização paga na forma do regulamento.

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6. Carreiras, Regime e Jornada de Trabalho


6.1. Disposições Gerais
Art. 55. Os cargos de provimento efetivo são organizados em carreira, criada por lei, que deve fixar:
I – a denominação, o quantitativo e as atribuições dos cargos;
II – os requisitos para investidura no cargo e desenvolvimento na carreira;
III – a estrutura da carreira com a fixação dos vencimentos ou do subsídio;
IV – os critérios de capacitação;
V – o regime e a jornada de trabalho.
§ 1º As alterações de requisitos para provimento de cargo público de carreira aplicam-se, exclusiva-
mente, àqueles servidores cujo ingresso se der após elas terem sido publicadas.
§ 2º Sem prejuízo do disposto no art. 100, a docência no ensino superior público do Distrito Federal
é função inerente a todos os cargos de nível superior de todas as carreiras existentes e das que vie-
rem a ser criadas, na forma da lei e atendidos os requisitos estabelecidos quando do chamamento
público.

Todos os cargos de provimento efetivo deverão ser organizados em carreira, que deverá,
por sua vez, ser criada por meio de lei. A mencionada lei, por sua vez, deverá fixar as seguintes
informações:
• a denominação, o quantitativo e as atribuições dos cargos;
• os requisitos para investidura no cargo e desenvolvimento na carreira;

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• a estrutura da carreira, com a fixação dos vencimentos ou do subsídio;


• os critérios de capacitação;
• o regime e a jornada de trabalho.

A norma estabelece que as alterações de requisitos para provimento de cargo público de


carreira aplicam-se, exclusivamente, àqueles servidores cujo ingresso se der após elas terem
sido publicadas.
Logo, caso estejamos no curso de um concurso público cuja escolaridade exigida seja, por
exemplo, a de conclusão do nível médio, eventual alteração no requisito (passando a exigir o
diploma de nível superior) apenas poderá ser aplicada em relação aos servidores cujo ingresso
ocorrer após a publicação das mencionadas regras.

 Obs.: A docência no ensino superior público do Distrito Federal é função inerente a todos os
cargos de nível superior de todas as carreiras existentes e das que vierem a ser cria-
das, na forma da lei e atendidos os requisitos estabelecidos quando do chamamen-
to público.

6.2. Promoção
Art. 56. Salvo disposição legal em contrário, a promoção é a movimentação de servidor do último
padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.
§ 1º A promoção dá-se por merecimento ou por antiguidade, na forma do plano de carreira de cada
categoria funcional.
§ 2º A promoção não interrompe o tempo de exercício no cargo.

Ainda que a Lei Complementar n. 840/2011 não elenque a promoção como uma forma de
provimento, é importante que tenhamos conhecimento das regras relacionadas com o men-
cionado instituto.
Basicamente, a promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito
da mesma carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e
o provimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não
gerando saldo a ser reposto pela administração.

No âmbito do Poder Judiciário, os cargos são estruturados em três classes, sendo elas deno-
minadas de A, B e C. Cada uma destas classes é subdividida em padrões, de forma que o ser-
vidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe inicial A e o padrão inicial 1.
Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão subsequente, per-
manecendo, contudo, na mesma classe.

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No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão da classe a que
pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para outra da carreira, oportunidade
em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a classe B.

Nos termos legais, três são as informações que devemos saber em relação à promoção,
sendo elas:
• A promoção é a movimentação de servidor do último padrão de uma classe para o pri-
meiro padrão da classe imediatamente superior.
• No âmbito distrital, a promoção ocorrerá por merecimento ou por antiguidade, na forma
do plano de carreira de cada categoria funcional.
• Em qualquer uma das modalidades, a promoção não interrompe o tempo de exercício
no cargo.

6.3. Regime e Jornada de Trabalho


Art. 57. Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de
trinta horas semanais.
§ 1º No interesse da administração pública e mediante anuência do servidor, o regime de trabalho
pode ser ampliado para quarenta horas semanais, observada a proporcionalidade salarial.
§ 2º É vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por analogia, extensão ou semelhança de
atribuições.
§ 3º A jornada de trabalho em sistema de escala de revezamento deve ser definida em lei ou regula-
mento, observando o registro em folha de ponto do horário de entrada e de saída.
Art. 58. O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de confiança tem
regime de trabalho de quarenta horas semanais, com integral dedicação ao serviço.
Art. 59. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo cinquenta e dois minutos e trinta
segundos.
Parágrafo único. Considera-se noturno o serviço prestado entre as vinte e duas horas de um dia e as
cinco horas do dia seguinte.
Art. 60. Para atender a situações excepcionais e temporárias do serviço, a jornada de trabalho pode
ser ampliada, a título de serviço extraordinário, em até duas horas.
Parágrafo único. Nos casos de risco de comprometimento da ordem e da saúde públicas, o Gover-
nador pode autorizar, excepcionalmente, a extrapolação dos limites previstos neste artigo, para os
servidores que atuem diretamente nas áreas envolvidas.

Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de
30 horas semanais. No interesse da administração pública e mediante anuência do servidor, o
regime de trabalho pode ser ampliado para 40 horas semanais, observada a proporcionalida-
de salarial.

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Já o servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de confiança tem


regime de trabalho de 40 horas semanais, com integral dedicação ao serviço.

Servidor ocupante de cargo em


Servidor Efetivo
comissão ou função de confiança

Regime de trabalho de 30 horas


semanais.
No interesse da administração pública
Regime de trabalho de 40 horas
e mediante anuência do servidor, o
semanais, com integral dedicação ao
regime de trabalho pode ser ampliado
serviço.
para 40 horas semanais, observada a
proporcionalidade salarial.

Em relação à jornada de trabalho, merecem ser destacadas as informações relacionadas


com a possibilidade de realização de “horas extras” e com o trabalho noturno.
O serviço noturno pode ser definido como aquele realizado entre as 22 horas de um dia e
as 5 horas do dia seguinte. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo 52 minutos
e 30 segundos.
Em relação às horas extras, a lei estabelece que, para atender a situações excepcionais e
temporárias do serviço, a jornada de trabalho poderá ser ampliada, a título de serviço extraor-
dinário, em até 2 horas. Contudo, em caso de risco de comprometimento da ordem e da saúde
públicas, o Governador poderá autorizar, excepcionalmente, a extrapolação do limite de 2 ho-
ras para os servidores que atuem diretamente nas áreas envolvidas.

Serviço Noturno Serviço Extraordinário

Para atender a situações excepcionais


e temporárias do serviço, a jornada de
trabalho poderá ser ampliada, a título
de serviço extraordinário, em até 2
horas.
Aquele realizado entre as 22 horas de
Em caso de risco de
um dia e as 5 horas do dia seguinte.
comprometimento da ordem e
A hora é considerada como tendo 52
da saúde públicas, o Governador
minutos e 30 segundos.
poderá autorizar, excepcionalmente,
a extrapolação do limite de 2 horas
para os servidores que atuem
diretamente nas áreas envolvidas.

Art. 61. Pode ser concedido horário especial ao servidor:


I – com deficiência ou com doença falciforme;
II – que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com doença falciforme;

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III – matriculado em curso da educação básica e da educação superior, quando comprovada a in-
compatibilidade entre o horário escolar e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do
cargo;
IV – na hipótese do art. 100, § 2º.deve comprovar, mensalmente, a sua frequência escolar.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos I e II, o horário especial consiste na redução de até 50% da jornada
de trabalho e sua necessidade deve ser atestada por junta médica oficial.
§ 2º Nos casos dos incisos III e IV, é exigida do servidor a compensação de horário na unidade ad-
ministrativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de trabalho.
§ 3º O servidor estudante deve comprovar, mensalmente, a sua frequência escolar.
§ 4º A comprovação da dependência de que trata o inciso II deve ser realizada perante o setor res-
ponsável pela gestão de pessoas do órgão de lotação do servidor.

Poderá ser concedido horário especial ao servidor nas seguintes situações:


• com deficiência ou com doença falciforme (A doença falciforme é caracterizada pela
presença de hemoglobina alterada nos glóbulos vermelhos);
• que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com doença falciforme;

Nestas duas situações, o horário especial consiste na redução de até 50% da jornada de
trabalho, e sua necessidade deve ser atestada por junta médica oficial.
• matriculado em curso da educação básica e da educação superior, quando comprovada
a incompatibilidade entre o horário escolar e o da unidade administrativa, sem prejuízo
do exercício do cargo;
• no desempenho de encargo de curso ou concurso.

Nestas duas situações, é exigida do servidor a compensação de horário na unidade admi-


nistrativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de trabalho.

Art. 62. Sem prejuízo da remuneração ou subsídio, o servidor pode ausentar-se do serviço, mediante
comunicação prévia à chefia imediata:
I – por um dia para:
a) doar sangue;
b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou periódicos voltados ao controle de
câncer de próstata, de mama ou do colo de útero;
II – por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer transferência do domicílio eleitoral;
III – por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe, padrasto, madrasta, filho,
irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.
Art. 63. Em caso de falta ao serviço, atraso, ausência ou saída antecipada, desde que devidamente
justificados, é facultado à chefia imediata, atendendo a requerimento do interessado, autorizar a
compensação de horário a ser realizada até o final do mês subsequente ao da ocorrência.

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§ 1º O atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada são computados por minutos, a serem
convertidos em hora, dentro de cada mês.
§ 2º Apurado o tempo na forma do § 1º, são desprezados os resíduos inferiores a sessenta minutos.
§ 3º Toda compensação de horário deve ser registrada pela chefia imediata junto ao setor de pes-
soal da repartição.
Art. 64. As faltas injustificadas ao serviço configuram:
I – abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias consecutivos;
II – inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta dias, interpoladamente, no período
de doze meses.
Art. 65. Salvo na hipótese de licença ou afastamento prevista no art. 17, § 2º, considera-se falta
injustificada, especialmente, a que decorra de:
I – não retorno ao exercício, no prazo fixado nesta Lei Complementar, em caso de reversão, reinte-
gração, recondução ou aproveitamento;
II – não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia ou fundação, em caso de remoção
ou redistribuição;
III – interstício entre:
a) o afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o exercício no órgão ou entidade para
o qual o servidor foi cedido ou colocado à disposição;
b) o término da cessão ou da disposição de que trata a alínea a e o reinício do exercício no órgão,
autarquia ou fundação de origem.

Além das vantagens devidas aos servidores distritais, a norma elenca uma série de con-
cessões. Nestas situações, a regra é de que o servidor pode se ausentar do trabalho, por um
número determinado de dias, sem que isso implique em prejuízo de sua remuneração.

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Ressalta-se que as faltas injustificadas ao serviço configuram:


• abandono do cargo, se ocorrerem por mais de 30 dias consecutivos;
• inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de 60 dias, interpolada mente, no período
de 12 meses.

Para todos os efeitos legais, considera-se como falta injustificada, especialmente, a que
decorra de:
• Não retorno ao exercício, no prazo legalmente fixado, em caso de reversão, reintegração,
recondução ou aproveitamento;
• Não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia ou fundação, em caso de
remoção ou redistribuição;
• Interstício entre:
− O afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o exercício no órgão ou
entidade para o qual o servidor foi cedido ou colocado à disposição;
− O término da cessão ou da disposição e o reinício do exercício no órgão, autarquia ou
fundação de origem.

Em determinadas situações (falta ao serviço, atraso, ausência ou saída antecipada), des-


de que devidamente justificados, é facultado à chefia imediata, atendendo a requerimento do
interessado, autorizar a compensação de horário a ser realizada até o final do mês subsequen-
te ao da ocorrência.
Importante salientar que o atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada são com-
putados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de cada mês. Uma vez tendo sido
apurado o tempo, serão desprezados os resíduos inferiores a 60 minutos.

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7. Direitos
7.1. Conceitos Gerais
Art. 66. A retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público é fixada em lei, sob a forma de sub-
sídio ou remuneração mensal.
§ 1º O valor diário da remuneração ou subsídio obtém-se dividindo-se o valor da retribuição pecuni-
ária mensal por trinta.
§ 2º O valor horário da remuneração ou subsídio obtém-se dividindo-se a retribuição pecuniária
mensal pelo quíntuplo da carga horária semanal.
§ 3º Na retribuição pecuniária mensal de que tratam os §§ 1º e 2º, não se incluem:
I – as vantagens de natureza periódica ou eventual, as de caráter indenizatório, o adicional noturno
e o adicional por serviço extraordinário;
II – os acréscimos de que trata o art. 67, I a VII.
Art. 67. O subsídio é constituído de parcela única, e a ele pode ser acrescido, exclusivamente:
I – o décimo terceiro salário;
II – o adicional de férias;
III – o auxílio-natalidade;
IV – o abono de permanência;
V – o adicional por serviço extraordinário;
VI – o adicional noturno;
VII – as vantagens de caráter indenizatório;
VIII – a remuneração ou subsídio:
a) pelo exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, de que trata o art. 77;
b) decorrente de substituições.
Art. 68. A remuneração é constituída de parcelas e compreende:
I – os vencimentos, que se compõem:
a) do vencimento básico;
b) das vantagens permanentes relativas ao cargo;
II – as vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;
III – as vantagens pessoais;
IV – as vantagens de natureza periódica ou eventual;
V – as vantagens de caráter indenizatório.

O vencimento e a remuneração são, sem dúvida alguma, duas das mais importantes van-
tagens concedidas aos servidores.
E como estamos no âmbito da administração pública, em plena consonância com o prin-
cípio da legalidade, é a própria norma distrital que estipula as diversas regras referentes ao
assunto, dentre as quais se destaca a que determina que “é proibida a prestação de serviços
gratuitos, salvo nos casos estipulados em lei” (art. 124).
De acordo com a lei, a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público é fixada em lei,
sob a forma de subsídio ou remuneração mensal.

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O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servidores públicos, uma
vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou pouco detalhadas. Por meio do subsí-
dio, temos um valor único fixado em lei, de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor
já é conhecido de antemão, sem a possibilidade de recebimento gratificações ou adicionais
que se incorporem ao vencimento.
De acordo com a constituição federal, todas as classes de servidores podem receber por
meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a respectiva carreira funcional.
Para algumas categorias, no entanto, temos a determinação constitucional do recebimen-
to por meio de subsídio, sem a hipótese de alteração, ainda que por intermédio de norma legal,
sendo elas:
• Agentes Políticos (Chefes do Executivo, Parlamentares, Magistrados, Ministros, Secre-
tários);
• Membros da Advocacia Geral da União;
• Defensores Públicos;
• Procurador Geral da Fazenda Pública;
• Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal;
• Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar;
• Corpo de Bombeiros Militar.

De acordo com a norma distrital, o subsídio é constituído de parcela única, e a ele pode ser
acrescido, exclusivamente:

I – o décimo terceiro salário;


II – o adicional de férias;
III – o auxílio-natalidade;
IV – o abono de permanência;
V – o adicional por serviço extraordinário;
VI – o adicional noturno;
VII – as vantagens de caráter indenizatório;
VIII – a remuneração ou subsídio:
a) pelo exercício de cargo em comissão ou de função de confiança;
b) decorrente de substituições.

A remuneração, por sua vez, é constituída de parcelas e compreende:

I – os vencimentos, que se compõem:


a) do vencimento básico;
b) das vantagens permanentes relativas ao cargo;
II – as vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;

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III – as vantagens pessoais;
IV – as vantagens de natureza periódica ou eventual;
V – as vantagens de caráter indenizatório.

Subsídio Remuneração

É constituído de parcela
única, podendo ser acrescido,
exclusivamente, das seguintes
É constituída de parcelas,
parcelas:
compreendendo:
I – o décimo terceiro salário;
I – os vencimentos, que se compõem:
II – o adicional de férias;
a) do vencimento básico;
III – o auxílio-natalidade;
b) das vantagens permanentes
IV – o abono de permanência;
relativas ao cargo;
V – o adicional por serviço
II – as vantagens relativas às
extraordinário;
peculiaridades de trabalho;
VI – o adicional noturno;
III – as vantagens pessoais;
VII – as vantagens de caráter
IV – as vantagens de natureza
indenizatório;
periódica ou eventual;
VIII – a remuneração ou subsídio:
V – as vantagens de caráter
a) pelo exercício de cargo em
indenizatório.
comissão ou de função de confiança;
b) decorrente de substituições.

Art. 69. Os vencimentos ou o subsídio são irredutíveis.


Art. 70. A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proven-
tos, as pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espé-
cie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O valor do teto de remuneração ou subsídio deve ser publicado no Diário Oficial do Distrito Fe-
deral pelo Poder Executivo sempre que se alterar o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios.
§ 2º Excluem-se do valor do teto de remuneração o décimo terceiro salário, o adiantamento de
férias, o adicional de férias, o auxílio-natalidade, o auxílio pré-escolar e as vantagens de caráter
indenizatório.

De acordo com o artigo 73, temos a previsão de que “o subsídio ou o vencimento básico
inicial da carreira não pode ser inferior ao salário-mínimo”. No entanto, a Súmula Vinculante
n. 6 do STF criou um exceção à regra geral ao estabelecer que não viola a Constituição Federal
o estabelecimento de remuneração inferior ao salário-mínimo para as praças prestadoras de
serviço militar inicial.

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Súmula Vinculante n. 6 – Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração


inferior ao salário-mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

Os praças militares são os indivíduos recém-incorporados ao serviço militar. Ainda que


não sejam abrangidos pela norma em estudo, trata-se de importante entendimento do STF que
já foi cobrado diversas vezes em provas de concurso.

Tanto os vencimentos quanto os subsídios são irredutíveis.

Como vimos, as parcelas recebidas pelo servidor, de caráter pecuniário, objetivam conferir
a este uma retribuição pelos serviços prestados ao Estado. Tal remuneração, entretanto, não
poderá exceder aos valores recebidos pelos detentores de Poder, em plena consonância com
a disposição constitucional que estabelece a obrigatoriedade de observância, por toda a admi-
nistração pública, do teto remuneratório.
Assim, estabelece o artigo 70 do estatuto distrital a regra geral de que:

A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administração direta,


autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proventos, as
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vanta-
gens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

No entanto, estão excluídos do cálculo do teto remuneratório o décimo terceiro salário, o


adiantamento de férias, o adicional de férias, o auxílio-natalidade, o auxílio pré-escolar e as
vantagens de caráter indenizatório.

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7.2. Vencimento Básico e Subsídio


Art. 71. O vencimento básico é fixado por padrão na tabela de remuneração da carreira.
Art. 72. Na fixação do subsídio ou dos padrões do vencimento básico e das demais parcelas do
sistema remuneratório, devem ser observados:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada car-
reira;
II – os requisitos para investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
Art. 73. O subsídio ou o vencimento básico inicial da carreira não pode ser inferior ao salário-míni-
mo.
§ 1º O valor do subsídio ou do vencimento básico deve ser complementado, sempre que ficar abaixo
do salário-mínimo.
§ 2º Sobre o valor da complementação de que trata o § 1º, devem incidir as parcelas da remunera-
ção que incidem sobre o vencimento básico.

O vencimento básico dos servidores será fixado por padrão, conforme a tabela de remune-
ração da carreira. E tanto na fixação do subsídio quanto dos demais padrões do vencimento
básico e das parcelas do sistema remuneratório, uma série de características deverão ser con-
sideradas, sendo elas:
• a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de
cada carreira;
• os requisitos para investidura;
• as peculiaridades dos cargos.

O subsídio ou o vencimento básico inicial da carreira não pode


ser inferior ao salário-mínimo. Quando isso ocorrer, o valor do
subsídio ou do vencimento básico deverá ser complementa-
do. Sobre esta complementação deverá incidir as parcelas da
remuneração que incidem, normalmente, sobre o vencimento
básico.

7.3. Vantagens
Art. 74. Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – gratificações;
II – adicionais;
III – abonos;
IV – indenizações.

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§ 1º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento, nos casos e nas condições
indicados em lei.
§ 2º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
Art. 75. As vantagens pecuniárias não são computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão
de qualquer outro acréscimo pecuniário ulterior.
Art. 76. As vantagens permanentes relativas ao cargo, criadas por lei, compreendem as gratifica-
ções e os adicionais vinculados aos cargos de carreira ou ao seu exercício.

Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens, as seguintes
parcelas remuneratórias:
• gratificações;
• adicionais;
• abonos;
• indenizações.

Ao passo que as gratificações e os adicionais se incorporam ao vencimento, nos casos e


nas condições indicados em lei, as indenizações não se incorporam ao vencimento ou proven-
to para qualquer efeito.

Indenizações
Gratificações e Adicionais

Incorporam-se ao vencimento, nos


casos e nas condições indicados em Não se incorporam ao vencimento ou
lei provento para qualquer efeito

Outro ponto de destaque é que as vantagens pecuniárias não são computadas, nem acu-
muladas, para efeito de concessão de qualquer outro acréscimo pecuniário ulterior, evitando
com isso o denominado “efeito repique”.

As vantagens permanentes relativas ao cargo, criadas por lei,


compreendem as gratificações e os adicionais vinculados aos
cargos de carreira ou ao seu exercício.

7.4. Vantagens Relativas às Peculiaridades de Trabalho


Basicamente, quatro são as vantagens relativas às peculiaridades do trabalho. Tais vanta-
gens, com as respectivas informações, podem ser mais bem visualizadas no gráfico a seguir:

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Sem prejuízo da remuneração ou subsídio


do cargo efetivo, o servidor faz jus:

a) ao valor integral da função de confiança


para a qual foi designado;

b) a 80% dos vencimentos ou subsídio do


cargo em comissão por ele exercido, salvo
disposição legal em contrário.

As férias, o adicional de férias e o


décimo terceiro salário são pagos
Gratificação de Função de Confiança proporcionalmente aos meses de efetivo
e de Cargo em Comissão exercício do servidor efetivo no cargo em
comissão ou função de confiança.

O servidor efetivo pode optar pelo valor


integral do cargo em comissão, hipótese
em que não poderá perceber o subsídio ou
a remuneração do cargo efetivo.

As regras mencionadas são aplicáveis ao


servidor ou empregado requisitado de
qualquer órgão ou entidade dos Poderes
do Distrito Federal, da União, de Estado ou
Município.

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A periculosidade está relacionada com


atividades que coloquem o servidor em
situações de risco de morte.

A insalubridade está relacionada com


condições do ambiente de trabalho, que,
ainda que não causem um risco imediato,
vão prejudicando, aos poucos, a saúde do
servidor, tal como a falta de iluminação
adequada ou o contato com substâncias
tóxicas.

Adicionais de Insalubridade e de O servidor que trabalha com habitualidade


Periculosidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias tóxicas,
radioativas ou com risco de vida fará jus
a um adicional de insalubridade ou de
periculosidade.

Contudo, o servidor que fizer jus


aos adicionais de insalubridade e de
periculosidade tem de optar por um deles.
O direito ao adicional de insalubridade ou
periculosidade cessa com a eliminação das
condições ou dos riscos que deram causa
a sua concessão.

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Um ponto a ser destacado é que deverá


haver permanente controle da atividade
de servidores em operações ou locais
considerados insalubres ou perigosos. Um
exemplo disso é que a servidora gestante
ou lactante, enquanto durar a gestação e a
lactação, deve exercer suas atividades em local
salubre e em serviço não perigoso.

O adicional de insalubridade ou de
periculosidade é devido nos termos das
normas legais e regulamentares pertinentes
aos trabalhadores em geral, observados os
percentuais seguintes, incidentes sobre o
vencimento básico:

a) 5%, 10% ou 20%, no caso de insalubridade


nos graus mínimo, médio ou máximo,
respectivamente;

b) 10%, no caso de periculosidade, salvo no


caso da carreira de Execução Penal, que é de
20%.

Os locais de trabalho e os servidores que


operam com raios X ou substâncias radioativas
devem ser mantidos sob controle permanente,
de modo que as doses de radiação ionizante
não ultrapassem o nível máximo previsto na
legislação própria. Além disso, os servidores
devem ser

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submetidos a exames médicos a cada 6 meses.

Destaca-se que a gratificação por trabalhos


com raios X ou substâncias radioativas é
concedida no percentual de 10%. Já o adicional
de irradiação ionizante deve ser concedido nos
percentuais de 5%, 10% ou 20%, na forma do
regulamento.

Em determinadas situações, o grau máximo de


insalubridade será aplicado, sendo elas:

a) aos agentes públicos que atuem diretamente


na prevenção e no combate de pandemias
declaradas pelo poder público.

b) aos agentes públicos que atuem em


serviços essenciais pelo tempo que perdurar a
pandemia.

c) aos servidores da carreira Auditoria de


Atividades Urbanas que atuem em serviços
essenciais na prevenção e no combate do
vírus da Covid-19, enquanto durar o estado
de calamidade pública decretado pelo poder
público do Distrito Federal.

d) aos servidores da saúde que atuam


diretamente na prevenção e no combate de
epidemias e doenças contagiosas, durante
período de declaração de emergência em
saúde pública no Distrito Federal.

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e) aos servidores da carreira Atividades


de Defesa do Consumidor do Instituto de
Defesa do Consumidor do Distrito Federal
– Procon-DF que atuam em serviços
essenciais voltados a prevenção e combate
à pandemia da Covid-19, enquanto
perdurar o estado de calamidade pública.

f) aos servidores da carreira Policiamento e


Fiscalização de Trânsito do Departamento
de Trânsito do Distrito Federal – Detran-
DF que atuem em serviços essenciais
na prevenção e no combate ao vírus da
Covid-19, enquanto durar o estado de
calamidade pública decretado pelo poder
público do Distrito Federal.

O serviço extraordinário é remunerado


com acréscimo de 50% em relação ao
Adicional por Serviço Extraordinário
valor da remuneração ou subsídio da hora
normal de trabalho.

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O serviço noturno é remunerado


com acréscimo de 25% sobre o valor
da remuneração ou subsídio da
hora trabalhada. Em caso de serviço
Adicional Noturno
extraordinário, o adicional noturno
incidirá sobre o valor da hora já acrescida
do adicional de 50% (referente às horas
extras).

7.5. Vantagens Pessoais


Consideram-se pessoais as parcelas da remuneração que dependam da situação individu-
al de cada servidor perante a administração pública. Consequentemente, as vantagens pesso-
ais, uma vez adquiridas, incorporam-se à remuneração.
De acordo com a norma complementar, três são as vantagens pessoais passíveis de con-
cessão aos servidores.

O adicional por tempo de serviço é devido à razão


de 1% sobre o vencimento básico do cargo de
Adicional por Tempo provimento efetivo por ano de efetivo serviço.
de Serviço O adicional de tempo de serviço é devido a partir
do mês em que o servidor completar o anuênio.

O adicional de qualificação, instituído por lei específica,


destina-se a remunerar a melhoria na capacitação
para o exercício do cargo efetivo.
Adicional de
Os conteúdos dos cursos de qualificação devem
Qualificação
guardar pertinência com as atribuições do cargo
efetivo ou da unidade de lotação e exercício.

Vantagens Pessoais
As vantagens pessoais nominalmente identificáveis
Nominalmente
são definidas em lei ou reconhecidas em decisão
Identificáveis
judicial.

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7.6. Vantagens Periódicas


Como o próprio nome sugere, as vantagens periódicas são aqueles concedidas a cada pe-
ríodo estabelecido de tempo. De acordo com a lei distrital, adentram no conceito de vantagem
periódica o adicional de férias e o décimo terceiro salário.

Independentemente de solicitação, é
pago ao servidor, por ocasião das férias,
um adicional correspondente a 1/3 da
remuneração ou subsídio do mês em que
as férias forem iniciadas.

No caso de o servidor efetivo exercer


função de confiança ou cargo em comissão,
Adicional de Férias
a respectiva vantagem é considerada no
cálculo do adicional.

O adicional de férias incide sobre o valor


do abono pecuniário, sendo que a base
para o cálculo não poderá ser superior ao
teto de remuneração ou subsídio, salvo em
relação ao abono pecuniário.

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O décimo terceiro salário corresponde


à retribuição pecuniária do mês em que
é devido, à razão de 1/12 por mês de
exercício nos doze meses anteriores.

A fração superior a quatorze dias é


considerada como mês integral.

O décimo terceiro salário é devido sobre a


parcela da retribuição pecuniária percebida
por servidor efetivo pelo exercício
de função de confiança ou cargo em
comissão, observada, quando for o caso, a
proporcionalidade dos meses trabalhados.

O décimo terceiro salário será pago:


13º Salário
a) no mês de aniversário do servidor
ocupante de cargo de provimento efetivo,
incluído o requisitado da administração
direta, autárquica ou fundacional de
qualquer Poder do Distrito Federal, da
União, de Estado ou Município;

b) até o dia 20/12 de cada ano, para os


demais servidores.

No mês de dezembro, o servidor efetivo


faz jus a eventuais diferenças entre o valor
pago como décimo terceiro salário e a
remuneração devida nesse mês. Neste
contexto, o Poder Executivo e os órgãos do
Poder Legislativo

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podem alterar a data de pagamento do


décimo terceiro salário, desde que o
pagamento seja efetivado até o dia 20/12
de cada ano.

Ao servidor demitido, exonerado ou


que entre em licença sem remuneração,
é devido o décimo terceiro salário,
proporcionalmente aos meses de
exercício, calculado sobre o subsídio ou
a remuneração do mês em que ocorrer o
evento. Se o servidor reassumir o cargo,
o décimo terceiro salário deve ser pago
proporcionalmente aos meses de exercício
após a reassunção.

Um ponto a ser destacado é que o décimo


terceiro salário não pode:

a) ser considerado para cálculo de qualquer


outra vantagem;

b) ser superior ao valor do teto de


remuneração a que o servidor está
submetido

7.7. Vantagens Eventuais


Três são as vantagens eventuais passíveis de concessão. Tais vantagens são assim intitu-
ladas por dependerem da ocorrência de um fato gerador eventual (não recorrente) para que a
concessão seja possível.

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O auxílio-natalidade é devido à servidora efetiva por motivo


de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento básico do serviço público distrital, inclusive no caso
de natimorto.
Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve ser acrescido de 50%
por nascituro.
Auxílio-Natalidade
O auxílio-natalidade deve ser pago ao cônjuge ou companheiro
servidor público, quando a parturiente não for servidora pública
distrital.
As regras relacionadas com o auxílio-natalidade são aplicadas,
igualmente, às situações de adoção.

O auxílio-funeral é devido à família do servidor efetivo falecido


em atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da
remuneração, subsídio ou provento.
No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio-funeral é pago
somente em razão do cargo de maior remuneração ou subsídio.
O auxílio-funeral deve ser pago no prazo de 48 horas, por meio
de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver
custeado o funeral.
No caso de servidor aposentado, o auxílio-funeral é pago pelo
Auxílio-Funeral regime próprio de previdência social, mediante ressarcimento dos
valores pelo Tesouro do Distrito Federal.
O terceiro que custear o funeral tem direito de ser indenizado, não
podendo a indenização superar o valor de um mês da remuneração,
subsídio ou provento.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de
trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo
correm à conta de recursos do Distrito Federal, da autarquia ou da
fundação pública.

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O auxílio-natalidade é devido à servidora efetiva por motivo


de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento básico do serviço público distrital, inclusive no caso
de natimorto.
Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve ser acrescido de 50%
por nascituro.
Auxílio-Natalidade
O auxílio-natalidade deve ser pago ao cônjuge ou companheiro
servidor público, quando a parturiente não for servidora pública
distrital.
As regras relacionadas com o auxílio-natalidade são aplicadas,
igualmente, às situações de adoção.

A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao servidor


estável que, em caráter eventual:
I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento
ou de treinamento regularmente instituído nos Poderes Executivo
ou Legislativo;
II – participar de banca examinadora ou de comissão de concurso
para:
a) exames orais;
b) análise de currículo;
c) correção de provas discursivas;
d) elaboração de questões de provas;
e) julgamento de recursos interpostos por candidatos;
III – participar da logística de preparação e de realização de concurso
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação,
supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais
atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
permanentes;
Gratificação por IV – participar da aplicação de provas de concurso público, fiscalizá-
Encargo de Curso ou la ou avaliá-la, bem como supervisionar essas atividades.
Concurso As seguintes regras devem ser observadas em relação à mencionada
gratificação:
a) o valor da gratificação deve ser calculado em horas, observadas a
natureza e a complexidade da atividade exercida;
b) o período de trabalho nas atividades de que trata este artigo não
pode exceder a cento e vinte horas anuais ou, quando devidamente
justificado e previamente autorizado pela autoridade máxima do
órgão, autarquia ou fundação, a 240 horas anuais;
A gratificação por encargo de curso ou concurso somente pode ser
paga se as atividades referidas nos incisos do caput forem exercidas
sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular,
devendo implicar compensação de horário quando desempenhadas
durante a jornada de trabalho.
A gratificação em questão não se incorpora à remuneração do
servidor para qualquer efeito e não pode ser utilizada como base
para cálculo de qualquer outra vantagem, nem para fins de cálculo
dos proventos de aposentadoria ou das pensões.

7.8. Vantagens de Caráter Indenizatório


Duas são as principais peculiaridades das parcelas de caráter indenizatório:
• A não incidência de imposto de renda e de contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos, de forma que o total líquido recebido a título de indenização é idêntico ao
valor estabelecido em lei ou regulamento.

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• O fato destas verbas não se incorporarem ao vencimento ou ao provento do servidor,


sendo que o recebimento é cessado tão logo as causas que ensejaram o recebimento
desapareçam.

Neste sentido, inclusive, é a previsão do artigo 103, que estabelece a seguinte previsão:

Art. 103. O valor das indenizações não pode ser:


I – incorporado à remuneração ou ao subsídio;
II – computado na base de cálculo para fins de incidência de imposto de renda ou de contribuição
para a previdência social, ressalvadas as disposições em contrário na legislação federal;
III – computado para cálculo de qualquer outra vantagem pecuniária.

De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, são consideradas vantagens inde-


nizatórias:
• diária e passagem para viagem;
• transporte;
• alimentação;
• creche ou escola;
• fardamento;
• conversão de férias ou de parte delas em pecúnia;
• abono de permanência;
• créditos decorrentes de demissão, exoneração e aposentadoria relativos a férias ou adi-
cional de férias ou conversão de licença-servidor em pecúnia.

Vamos aproveitar para conhecer as características de cada uma destas vantagens indenizatórias:

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O servidor que, a serviço, se afastar do Distrito


Federal em caráter eventual ou transitório faz jus
a passagem e diária, para cobrir as despesas de
pousada, alimentação e locomoção urbana.

A diária é concedida por dia de afastamento, sendo


devida pela metade quando o deslocamento não
exigir pernoite. Nos casos em que o afastamento
do Distrito Federal constituir exigência permanente
Diária e Passagem do cargo, o servidor não faz jus a diária.

O servidor que receber diária ou passagem e não


se afastar do Distrito Federal, por qualquer motivo,
fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo
de 72 horas, contadas da data em que deveria
ter viajado Na hipótese de o servidor retornar à
sede em prazo menor do que o previsto para o
seu afastamento, terá de restituir, no prazo de 72
horas, as diárias recebidas em excesso.

O servidor que realiza despesas com a utilização


de meio próprio de locomoção para a execução
Indenização de Transporte de serviços externos, por força das atribuições
próprias do cargo, faz jus à indenização de
transporte, na forma do regulamento.

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Ao servidor é devido auxílio-transporte, a ser pago


em pecúnia ou em vale-transporte, destinado
ao custeio parcial das despesas realizadas com
transporte coletivo, inclusive interestadual, no
início e no fim da jornada de trabalho, relacionadas
com o deslocamento da residência para o trabalho
e vice-versa.

O auxílio-transporte não será devido:

I – quando o órgão, autarquia ou fundação


proporcionar, por meios próprios ou por meio de
terceiros contratados, o transporte do servidor
para o trabalho e vice-versa;
Auxílio-Transporte
II – durante as férias, licenças, afastamentos ou
ausências ao serviço, exceto nos casos de a) cessão
do servidor para órgão da administração direta,
autárquica ou fundacional do Distrito Federal,
cujo ônus da remuneração recaia sobre o órgão
cedente;

b) participação em programa de treinamento


regularmente instituído;

c) participação em júri e outros serviços obrigatórios


por lei;

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III – quando a despesa mensal com transporte


coletivo for igual ou inferior ao valor resultante
da aplicação do percentual relacionado com o
mencionado auxílio.

IV – cumulativamente com outro benefício ou


vantagem de natureza igual ou semelhante ou com
vantagem pessoal originária de qualquer forma de
indenização ou auxílio pago sob o mesmo título ou
idêntico fundamento, salvo nos casos de:

a) acumulação lícita de cargos públicos;

b) servidor que exerça suas atribuições em mais de


uma unidade administrativa do órgão ou entidade
a que esteja vinculado, aqui compreendidos os
estabelecimentos públicos de ensino e saúde do
Distrito Federal.

É facultado ao servidor optar pela percepção do


auxílio referente ao deslocamento:

a) da repartição pública para outro local de trabalho


ou vice-versa;

b) do trabalho para instituição de ensino onde


esteja regulamente matriculado ou vice-versa.

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O pagamento do auxílio-transporte, em pecúnia ou


em vale-transporte, deve ser efetuado no mês anterior
ao da utilização de transporte coletivo, salvo nas
seguintes hipóteses, quando pode ser feito até o mês
imediatamente subsequente:

a) efetivo exercício no cargo em razão de primeira


investidura ou reinício do exercício decorrente de
licença ou afastamento previstos em lei;

b) modificação no valor da tarifa do transporte coletivo,


no endereço residencial, no local de trabalho, no trajeto
ou no meio de transporte utilizado, quando passa a ser
devida a complementação correspondente;

c) mudança de exercício financeiro.

Deve ser salientado que a concessão do auxílio-


transporte fica condicionada à apresentação de
declaração, firmada pelo próprio servidor, de que
realiza despesas com transporte coletivo. Neste
sentido, o servidor deve manter atualizados os dados
cadastrais que fundamentam a concessão do auxílio-
transporte.

Sem prejuízo da fiscalização da administração pública


e de eventual responsabilidade administrativa, civil
ou penal, presumem-se verdadeiras as informações
constantes da declaração prestada pelo servidor.

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É devido ao servidor, mensalmente, o auxílio-


alimentação, com o valor fixado na forma da lei.

O auxílio-alimentação sujeita-se aos seguintes critérios:

a) o pagamento é feito em pecúnia, sem contrapartida;

b) não pode ser acumulado com outro benefício da


mesma espécie, ainda que pago in natura;

c) depende de requerimento do servidor interessado,


no qual declare não receber o mesmo benefício em
outro órgão ou entidade;

d) o seu valor deve ser atualizado anualmente pelo


Auxílio-Alimentação
mesmo índice que atualizar os valores expressos em
moeda corrente na legislação do Distrito Federal;

Importante destacar que não é devido o auxílio-


alimentação ao servidor em caso de:

a) licença ou afastamento sem remuneração;

b) licença por motivo de doença em pessoa da família;

c) afastamento para estudo ou missão no exterior;

d) suspensão em virtude de pena disciplinar;

e) falta injustificada e não compensada.

A conversão de 1/3 das férias em abono pecuniário


depende de autorização do Governador, do
Presidente da Câmara Legislativa ou do Presidente
do Tribunal de Contas. Sobre o valor do abono
Abono Pecuniário pecuniário, incide o adicional de férias.

Contudo, a base para o cálculo do abono pecuniário


não pode ser superior ao teto de remuneração ou
subsídio.

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O servidor que permanecer em atividade após


ter completado as exigências para aposentadoria
voluntária faz jus a um abono de permanência
Abono de Permanência
equivalente ao valor da sua contribuição
previdenciária, na forma e nas condições previstas
na Constituição Federal

7.9. Regras Gerais Relacionadas com as Vantagens


Nos artigos 115 a 124, encontramos uma série de regras gerais relacionadas com as di-
versas espécies de vantagens. Neste ponto da matéria, iremos relacionar os mencionados
artigos, já com os devidos destaques.

Art. 115. Se não for feita a compensação de horário de que trata o art. 63, o servidor perde:
I – a remuneração ou subsídio dos dias em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
II – a parcela da remuneração ou subsídio diário, proporcional aos atrasos, ausências injustificadas
e saídas antecipadas.
Art. 116. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto pode incidir sobre a
remuneração ou subsídio.
§ 1º Mediante autorização do servidor e a critério da administração pública, pode haver consigna-
ção em folha de pagamento a favor de terceiros, com reposição de custos, na forma definida em
regulamento.
§ 2º A soma das consignações de que trata o § 1º não pode exceder a trinta por cento da remune-
ração ou subsídio do servidor.
§ 3º A consignação em folha de pagamento não traz nenhuma responsabilidade para a administra-
ção pública, salvo a de repassar ao terceiro o valor descontado do servidor.
Art. 117. O subsídio, a remuneração ou qualquer de suas parcelas tem natureza alimentar e não é
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes
de decisão judicial.
Parágrafo único. O crédito em conta bancária não descaracteriza a natureza jurídica do subsídio ou
remuneração.
Art. 118. A quitação da folha de pagamento é feita até o quinto dia útil do mês subsequente.
Parágrafo único. No caso de erro desfavorável ao servidor no processamento da folha de pagamen-
to, a quitação do débito deve ser feita no prazo de até setenta e duas horas, contados da data de
que trata este artigo.
Art. 119. As reposições e indenizações ao erário devem ser comunicadas ao servidor para pagamen-
to no prazo de até dez dias, podendo, a seu pedido, ser descontadas da remuneração ou subsídio.
§ 1º O desconto deve ser feito:
I – em parcela única, se de valor igual ou inferior à décima parte da remuneração ou subsídio;
II – em parcelas mensais iguais à décima parte do subsídio ou remuneração, devendo o resíduo
constituir-se como última parcela.

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§ 2º No caso de erro no processamento da folha de pagamento, o valor indevidamente recebido
deve ser devolvido pelo servidor em parcela única no prazo de setenta e duas horas, contados da
data em que o servidor foi comunicado.
Art. 120. O pagamento efetuado pela administração pública em desacordo com a legislação não
aproveita ao servidor beneficiado, ainda que ele não tenha dado causa ao erro.
Parágrafo único. É vedado exigir reposição de valor em virtude de aplicação retroativa de nova inter-
pretação da norma de regência.
Art. 121. Em caso de demissão, exoneração, aposentadoria ou qualquer licença ou afastamento
sem remuneração, o servidor tem direito de receber os créditos a que faz jus até a data do evento.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos casos de dispensa da função de confiança ou
exoneração de cargo em comissão, quando:
I – seguidas de nova dispensa ou nomeação;
II – se tratar de servidor efetivo, hipótese em que faz jus à percepção dos créditos daí decorrentes,
inclusive o décimo terceiro salário e as férias, na proporção prevista nesta Lei Complementar.
§ 2º Nas hipóteses deste artigo, havendo débito do servidor com o erário, tem ele de ser deduzido
integralmente dos créditos que tenha ou venha a ter em virtude do cargo ocupado.
§ 3º Sendo insuficientes os créditos, o débito não deduzido tem de ser quitado no prazo de sessenta
dias.
§ 4º O débito não quitado na forma dos §§ 2º e 3º deve ser descontado de qualquer valor que o de-
vedor tenha ou venha a ter como crédito junto ao Distrito Federal, inclusive remuneração ou subsídio
de qualquer cargo público, função de confiança, proventos de aposentadoria ou pensão, observado
o disposto no art. 119.
§ 5º A não quitação do débito no prazo previsto implica sua inscrição na dívida ativa.
§ 6º Os créditos a que o ex-servidor faz jus devem ser quitados no prazo de até sessenta dias, salvo
nos casos de insuficiência de dotação orçamentária, observado o regulamento.
Art. 122. Em caso de falecimento do servidor e após a apuração dos valores e dos procedimentos
de que trata o art. 121, o saldo remanescente deve ser:
I – pago aos beneficiários da pensão e, na falta destes, aos sucessores judicialmente habilitados;
II – cobrado na forma da lei civil, se negativo.
Art. 123. O débito do servidor com o erário ou o crédito que venha a ser reconhecido administrativa
ou judicialmente deve:
I – ser atualizado pelo mesmo índice que atualizar os valores expressos em moeda corrente na
legislação do Distrito Federal;
II – sofrer compensação de mora, na forma da legislação vigente.
Art. 124. É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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RESUMO
A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma que institui o regime jurídico dos servidores
públicos civis da administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente
autônomos do Distrito Federal. É por meio das disposições da mencionada lei, desta forma,
que os servidores distritais (estatutários e comissionados) encontram todos os direitos e ga-
rantias a eles conferidos, bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar n. 840/2011 não se aplicam a todos os
agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis distritais, o que implica em di-
zer que os empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo
de atuação do estatuto federal. Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públi-
cos estatutários dos demais entes federativos, tal como a União, os Estados e os Municípios.
Ainda que estes servidores sejam regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federati-
vo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei Complementar n. 840/2011 é A Lei Complementar n. 840/2011


aplicada não é aplicada

Aos empregados públicos distritais,


Aos servidores estatutários da
que são regidos pelas disposições
administração direta distrital
da CLT

Aos servidores das autarquias


Aos servidores públicos da União,
(inclusive as em regime especial)
dos Estados e dos Municípios
distritais

Aos servidores das fundações Aos militares


públicas distritais
Podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em concurso
público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, como regra geral)
tomou posse perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
O ato de provimento de cargo público, no âmbito do Distrito Federal, compete às seguintes
autoridades:
• Governador, no Poder Executivo;
• Presidente da Câmara Legislativa;
• Presidente do Tribunal de Contas.

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Observe que três são as diferentes funções que dão ensejo ao provimento dos cargos em
comissão, sendo elas a direção, a chefia e o assessoramento. Neste sentido, a norma se pre-
ocupou em definir cada um destes conceitos, da seguinte forma:
• cargo em comissão de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da admi-
nistração superior;
• cargo em comissão de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imedia-
ta de subordinação;
• cargo em comissão de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar
os detentores de mandato eletivo, os ocupantes de cargos vitalícios ou os ocupantes de
cargos de direção ou de chefia.

O edital de concurso público tem de reservar 20% das vagas para serem preenchidas por
pessoa com deficiência, desprezada a parte decimal. A deficiência e a compatibilidade para
as atribuições do cargo são verificadas antes da posse, garantido recurso em caso de decisão
denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a posse.
Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo
ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão. No caso dos car-
gos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo ou cargo de carrei-
ra, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso público anteriormente
realizado.
Duas importantes regras devem ser observadas com relação aos nomeados para cargos
de provimento efetivo:
• A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de
validade do concurso público.

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• O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito à


nomeação no cargo para o qual concorreu.

Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente. O servidor ocupante de cargo em
comissão pode ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo em comissão,
hipótese em que deve:
• acumular as atribuições de ambos os cargos;
• optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.

É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função de confiança,


do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por
afinidade:
• do Governador e do Vice-Governador, na administração pública direta, autárquica ou fun-
dacional do Poder Executivo;
• de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
• de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas.

Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o prazo
de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será de-
clarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público,
fato que apenas ocorre com a posse.
A norma elenca, no entanto, quatro diferentes licenças que podem dar ensejo ao diferimen-
to do momento do início do prazo para que o particular tome posse. Assim, caso o particular
esteja licenciado com base nestas quatro licenças, o prazo de 30 dias para a posse apenas
terá início após o término das respectivas licenças, sendo elas:
• licença médica ou odontológica;
• licença-maternidade;
• licença-paternidade;
• licença para o serviço militar.

Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais


da administração pública distrital. E como forma do servidor conhecer o local da repartição
para onde foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e de-
mais procedimentos, a Lei Complementar faculta ao servidor o prazo de 5 dias úteis, contados
da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, teremos,
ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, confor-
me anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar

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nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a partir de então, servi-


dor público.

Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servi-


dor para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores: I – assiduidade; II – pontua-
lidade; III – disciplina; IV – capacidade de iniciativa; V – produtividade; VI – responsabilidade.
Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de desempenho do servidor,
que será realizada por comissão constituída para esta finalidade, será submetida à homologa-
ção da autoridade competente.

 Obs.: Em três diferentes situações, o período de estágio probatório ficará suspenso, sendo
que a contagem de tempo apenas continuará após o término da ocorrência. De acordo
com a norma, são as seguintes as situações que dão ensejo à suspensão do estágio
probatório:
 a) Quando o servidor for cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natu-
reza especial ou de equivalente nível hierárquico.
 b) Quando o agente se afastar do cargo ocupado para participar de curso de formação
previsto como etapa de concurso público.
 c) Quando o servidor estiver em licença remunerada por motivo de doença em pessoa
da família do servidor.

Caso não seja aprovado no estágio probatório, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois:
• Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anterior-
mente ocupado. Nesta hipótese, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja preen-
chido por outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da
administração.
• Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exone-
ração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido.

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Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por três diferentes motivos:

I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos fundamentos de con-
cessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão
voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.

A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-


mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas
as vantagens. Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa
ou judicial.
Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado. Três são as situações, de acordo com a norma em estudo, que ense-
jam a recondução do servidor, sendo que ambas decorrem da estabilidade por ele alcançada
no serviço público.
• reprovação em estágio probatório;
• desistência de estágio probatório;
• reintegração do anterior ocupante.

O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades. Neste sentido,
a norma determina que é de 30 dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, contados da
data em que tomou ciência do aproveitamento.

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LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

Remoção é o deslocamento da lotação do servidor, no mesmo órgão, autarquia ou funda-


ção e na mesma carreira, de uma localidade para outra.
Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia
ou fundação do mesmo Poder.
Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remune-
rada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e
funções da administração direta ou indireta de todos os entes federados. As exceções, nas
estritas hipóteses constitucionais, ficam condicionadas à compatibilidade de horário entre os
dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.

Uma vez instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para
defesa escrita, fizer a opção por um dos cargos públicos, o processo deve ser arquivado, sem
julgamento do mérito. A possibilidade de escolha, contudo, não ocorrerá quando houver decla-
ração falsa feita pelo servidor sobre acumulação de cargos.
Dois são os resultados possíveis em razão do processo disciplinar, a saber:
• reconhecida a boa-fé, teremos a exoneração do servidor do cargo vinculado ao órgão,
autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado;
• provada a má-fé, será aplicada a sanção de demissão, destituição ou cassação de apo-
sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acu-
mulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser co-
municados.

Em caso de boa-fé Em caso de má-fé

Aplicação da sanção de demissão,


destituição ou cassação de
Exoneração do servidor do cargo aposentadoria ou disponibilidade em
vinculado ao órgão, autarquia relação aos cargos ou empregos em
ou fundação onde o processo foi regime de acumulação ilegal, hipótese
instaurado em que os órgãos ou entidades de
vinculação devem ser comunicados

De acordo com a lei em estudo, são as seguintes as situações que dão ensejo à vacância
do servidor distrital:
• exoneração;
• demissão;

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LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

• destituição de cargo em comissão;


• aposentadoria;
• falecimento;
• perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal.

A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rompi-
mento do vínculo mantido entre o servidor e a administração pública. Tal forma de vacância
pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária. É voluntária quando a exoneração ocorre a
pedido do servidor. Tratando-se de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estare-
mos diante da exoneração involuntária.

 Obs.: De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, apenas em duas situações teremos
a exoneração involuntária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo efetivo:
 a) Quando o servidor for reprovado no estágio probatório;
 b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabele-
cido.

Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de
30 horas semanais. No interesse da administração pública e mediante anuência do servidor, o
regime de trabalho pode ser ampliado para 40 horas semanais, observada a proporcionalida-
de salarial.
Já o servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de confiança tem
regime de trabalho de 40 horas semanais, com integral dedicação ao serviço.

Servidor ocupante de cargo em


Servidor Efetivo
comissão ou função de confiança

Regime de trabalho de 30 horas


semanais.
No interesse da administração pública
Regime de trabalho de 40 horas
e mediante anuência do servidor, o
semanais, com integral dedicação ao
regime de trabalho pode ser ampliado
serviço.
para 40 horas semanais, observada a
proporcionalidade salarial.

Em relação à jornada de trabalho, merecem ser destacadas as informações relacionadas


com a possibilidade de realização de “horas extras” e com o trabalho noturno.
O serviço noturno pode ser definido como aquele realizado entre as 22 horas de um dia e
as 5 horas do dia seguinte. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo 52 minutos
e 30 segundos.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

Em relação às horas extras, a lei estabelece que, para atender a situações excepcionais e
temporárias do serviço, a jornada de trabalho poderá ser ampliada, a título de serviço extraor-
dinário, em até 2 horas. Contudo, em caso de risco de comprometimento da ordem e da saúde
públicas, o Governador poderá autorizar, excepcionalmente, a extrapolação do limite de 2 ho-
ras para os servidores que atuem diretamente nas áreas envolvidas.

Serviço Noturno Serviço Extraordinário

Para atender a situações excepcionais


e temporárias do serviço, a jornada de
trabalho poderá ser ampliada, a título
de serviço extraordinário, em até 2
horas.
Aquele realizado entre as 22 horas de
Em caso de risco de
um dia e as 5 horas do dia seguinte.
comprometimento da ordem e
A hora é considerada como tendo 52
da saúde públicas, o Governador
minutos e 30 segundos.
poderá autorizar, excepcionalmente,
a extrapolação do limite de 2 horas
para os servidores que atuem
diretamente nas áreas envolvidas.

Além das vantagens devidas aos servidores distritais, a norma elenca uma série de con-
cessões. Nestas situações, a regra é de que o servidor pode se ausentar do trabalho, por um
número determinado de dias, sem que isso implique em prejuízo de sua remuneração.

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Ressalta-se que as faltas injustificadas ao serviço configuram:


• abandono do cargo, se ocorrerem por mais de 30 dias consecutivos;
• inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de 60 dias, interpolada mente, no período
de 12 meses.

A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administra-


ção direta, autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os
proventos, as pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsí-
dio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios.
No entanto, estão excluídos do cálculo do teto remuneratório o décimo terceiro salário, o
adiantamento de férias, o adicional de férias, o auxílio-natalidade, o auxílio pré-escolar e as
vantagens de caráter indenizatório.

O subsídio ou o vencimento básico inicial da carreira não pode ser inferior ao salário-mí-
nimo. Quando isso ocorrer, o valor do subsídio ou do vencimento básico deverá ser comple-

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mentado. Sobre esta complementação deverá incidir as parcelas da remuneração que incidem,
normalmente, sobre o vencimento básico.
Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens, as seguintes
parcelas remuneratórias:
• gratificações;
• adicionais;
• abonos;
• indenizações.

Ao passo que as gratificações e os adicionais se incorporam ao vencimento, nos casos e


nas condições indicados em lei, as indenizações não se incorporam ao vencimento ou proven-
to para qualquer efeito.

Indenizações
Gratificações e Adicionais

Incorporam-se ao vencimento, nos


casos e nas condições indicados em Não se incorporam ao vencimento ou
lei provento para qualquer efeito

De acordo com a norma complementar, três são as vantagens pessoais passíveis de con-
cessão aos servidores.

O adicional por tempo de serviço é devido à razão


de 1% sobre o vencimento básico do cargo de
Adicional por Tempo provimento efetivo por ano de efetivo serviço.
de Serviço O adicional de tempo de serviço é devido a partir
do mês em que o servidor completar o anuênio.

O adicional de qualificação, instituído por lei específica,


destina-se a remunerar a melhoria na capacitação
para o exercício do cargo efetivo.
Adicional de
Os conteúdos dos cursos de qualificação devem
Qualificação
guardar pertinência com as atribuições do cargo
efetivo ou da unidade de lotação e exercício.

Vantagens Pessoais
As vantagens pessoais nominalmente identificáveis
Nominalmente
são definidas em lei ou reconhecidas em decisão
Identificáveis
judicial.

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Três são as vantagens eventuais passíveis de concessão. Tais vantagens são assim intitu-
ladas por dependerem da ocorrência de um fato gerador eventual (não recorrente) para que a
concessão seja possível.

O auxílio-natalidade é devido à servidora


efetiva por motivo de nascimento de
filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento básico do serviço público
distrital, inclusive no caso de natimorto.

Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve


ser acrescido de 50% por nascituro.
Auxílio-Natalidade
O auxílio-natalidade deve ser pago ao
cônjuge ou companheiro servidor público,
quando a parturiente não for servidora
pública distrital.

As regras relacionadas com o auxílio-


natalidade são aplicadas, igualmente, às
situações de adoção.

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O auxílio-funeral é devido à família do


servidor efetivo falecido em atividade
ou aposentado, em valor equivalente a
um mês da remuneração, subsídio ou
provento.

No caso de acumulação legal de cargos,


o auxílio-funeral é pago somente em
razão do cargo de maior remuneração ou
subsídio.

O auxílio-funeral deve ser pago no prazo


de 48 horas, por meio de procedimento
sumaríssimo, à pessoa da família que
houver custeado o funeral.

Auxílio-Funeral No caso de servidor aposentado, o auxílio-


funeral é pago pelo regime próprio de
previdência social, mediante ressarcimento
dos valores pelo Tesouro do Distrito
Federal.

O terceiro que custear o funeral tem


direito de ser indenizado, não podendo a
indenização superar o valor de um mês da
remuneração, subsídio ou provento.

Em caso de falecimento de servidor em


serviço fora do local de trabalho, inclusive
no exterior, as despesas de transporte
do corpo correm à conta de recursos
do Distrito Federal, da autarquia ou da
fundação pública.

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A gratificação por encargo de curso ou


concurso é devida ao servidor estável que,
em caráter eventual:

I – atuar como instrutor em curso de


formação, de desenvolvimento ou de
treinamento regularmente instituído nos
Poderes Executivo ou Legislativo;

II – participar de banca examinadora ou de


comissão de concurso para:

a) exames orais;

b) análise de currículo;

Gratificação por Encargo de Curso c) correção de provas discursivas;


ou Concurso d) elaboração de questões de provas;

e) julgamento de recursos interpostos por


candidatos;

III – participar da logística de preparação


e de realização de concurso público
envolvendo atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução
e avaliação de resultado, quando tais
atividades não estiverem incluídas entre as
suas atribuições permanentes;

IV – participar da aplicação de provas de


concurso público, fiscalizá-la ou avaliá-la,
bem como supervisionar essas atividades.

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As seguintes regras devem ser observadas


em relação à mencionada gratificação:

a) o valor da gratificação deve ser calculado


em horas, observadas a natureza e a
complexidade da atividade exercida;

b) o período de trabalho nas atividades


de que trata este artigo não pode exceder
a cento e vinte horas anuais ou, quando
devidamente justificado e previamente
autorizado pela autoridade máxima do
órgão, autarquia ou fundação, a 240 horas
anuais;

A gratificação por encargo de curso ou


concurso somente pode ser paga se
as atividades referidas nos incisos do
caput forem exercidas sem prejuízo das
atribuições do cargo de que o servidor for
titular, devendo implicar compensação de
horário quando desempenhadas durante
a jornada de trabalho.

A gratificação em questão não se incorpora


à remuneração do servidor para qualquer
efeito e não pode ser utilizada como base
para cálculo de qualquer outra vantagem,
nem para fins de cálculo dos proventos de
aposentadoria ou das pensões.
O subsídio, a remuneração ou qualquer de suas parcelas tem natureza alimentar e não é
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resul-
tantes de decisão judicial.
A quitação da folha de pagamento é feita até o quinto dia útil do mês subsequente.
É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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Diogo Surdi

QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (IBFC/PEB/SEDF/ATIVIDADES/2013) De acordo com a Lei Complementar n. 840, de 23
de dezembro de 2011, são requisitos básicos para investidura em cargo público, EXCETO:
a) O gozo dos direitos políticos.
b) A aptidão física e moral.
c) A idade mínima de dezoito anos.
d) A quitação com as obrigações e militares.

002. (IBFC/PEB/SEDF/ATIVIDADES/2013) O Poder Judiciário invalidou a demissão de José


de Arimatéia e determinou a sua reintegração ao cargo que ocupava. Diante dessa situação, o
servidor terá o prazo de:
a) Dois dias úteis para retornar ao exercício do cargo, contados da data da decisão.
b) Cinco dias úteis para retornar ao exercício do cargo, contados da data em que tomou ciência
do ato de reintegração.
c) Oito dias úteis para retornar ao exercício do cargo, contados da data da sua notificação pelo
superior imediato.
d) Quinze dias para retomar ao exercício do cargo, contados da data em que seu advogado foi
intimado pela Imprensa Oficial.

003. (CESPE/AJ/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Regime Jurídico dos Ser-


vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais,
julgue o item a seguir.
Servidor público aposentado no ano de 2015 pode ser revertido, voluntariamente, ao serviço
público até o ano de 2020, desde que haja cargo vago e interesse da administração manifesta-
do expressamente em edital.

004. (CESPE/AJ/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Regime Jurídico dos Ser-


vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais,
julgue o item a seguir.
Servidor público que acumule dois cargos em comissão — um deles interinamente — e que
venha a exercer cumulativamente as atribuições de ambos fará jus ao acúmulo remuneratório
dos cargos, mesmo no período da interinidade.

005. (CESPE/AJ/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Regime Jurídico dos Ser-


vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais,
julgue o item a seguir.
Servidor público que acumular ilegalmente cargos públicos, mesmo que de boa-fé, estará su-
jeito à sanção de demissão.

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006. (CESPE/TJ/PGDF/ADMINISTRATIVO/2021) Acerca do Regime Jurídico dos Servidores


Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais, julgue o
item a seguir.
Servidor público demitido que ajuizar ação e obtiver decisão que declara inválida a sua demis-
são deverá ser reintegrado caso o cargo não houver sido extinto e, na hipótese de extinção,
deverá permanecer em disponibilidade.

007. (CESPE/TJ/PGDF/ADMINISTRATIVO/2021) Acerca do Regime Jurídico dos Servidores


Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais, julgue o
item a seguir.
É permitido a secretários de Estado do Distrito Federal nomear, para função de confiança na
Secretaria, advogado privado, mesmo que este não possua vínculo com o serviço público, des-
de que a atribuição dele seja de assessoramento.

008. (CESPE/ANA GRS/SLU-DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com base nas disposições do Re-


gime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do DF, das Autarquias e das Fundações Públicas
Distritais ― Lei Complementar n. 840/2011 e suas alterações ―, julgue o item a seguir.
A redistribuição consiste no deslocamento da lotação de servidor, no mesmo órgão e na mes-
ma carreira, de uma localidade para outra.

009. (FCC/TÉC. LEG/CLDF/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) A Lei Complementar


Distrital n. 840/2011 estabelece requisitos básicos para investidura em cargo público, que de-
vem ser comprovados por ocasião:
a) da nomeação.
b) da entrada em exercício.
c) da posse.
d) da nomeação, da posse ou da entrada em exercício, escolha que cabe ao pretenden-
te do cargo.
e) da nomeação ou da posse, uma vez que a investidura ainda não se aperfeiçoou.

010. (CESPE/PEB/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da Constitui-


ção Federal de 1988 e da Lei Complementar n. 840/2011 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais), julgue
o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Embora a acumulação remunerada de cargos públicos seja, de forma geral, vedada, essa ve-
dação não se estende a empregos públicos vinculados a empresas públicas e a sociedades de
economia mista.

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011. (IADES/TÉC/HEMOCENTRO-DF/ADMINISTRATIVO/2017) Considere hipoteticamente


que João, ao tomar posse em cargo em determinado órgão público do Distrito Federal, inacu-
mulável com o seu titularizado na Fundação Hemocentro de Brasília, deseja solicitar vacância
deste último.
Com base nessa situação, de acordo com o previsto no regime jurídico dos servidores públicos
civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais, assinale a alterna-
tiva correta.
a) João poderá pedir vacância do próprio cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, ainda
que não estável, mas desde que peça a recondução até o final do estágio probatório no cargo
que vier a ser titularizado no órgão do Distrito Federal.
b) O cargo para o qual João pediu vacância não poderá ser provido pela administração pública.
c) João tem de retornar ao exercício do cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, em caso
de recondução, até 30 dias após a ciência de seu ato de recondução.
d) João deverá, necessariamente, ser reconduzido ao mesmo cargo, haja vista não poder a
Administração prover o cargo para o qual foi solicitada vacância.
e) Quanto à recondução, o referido regime jurídico único prevê também observância ao dispos-
to para o retorno à atividade de servidor em disponibilidade mediante aproveitamento.

012. (CESPE/DP-DF/2013) No que se refere aos agentes públicos, julgue o item subsequente.
Recondução é a forma de provimento de cargo público em que um servidor público estável
retorna ao cargo anteriormente ocupado, por reprovação em estágio probatório, desistência
de estágio probatório ou por reintegração do anterior ocupante do cargo, de acordo com a Lei
Complementar Distrital n. 840/2011.

013. (CESPE/ACE/TC-DF/2014) Com relação aos cargos públicos e à responsabilidade do


servidor, conforme disposto na Lei Complementar Distrital (LC/DF) n. 840/2011, julgue o item
que se segue.
Os cargos para provimento em caráter efetivo somente podem ser criados por lei. No caso de
cargos a serem providos em comissão, faculta-se ao chefe do Poder Executivo a sua criação
mediante decreto.

014. (CESPE/TÉC APU/TC-DF/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos dispositi-
vos da Lei Complementar n. 840/2011, julgue o seguinte item.
Considere que determinada autarquia do DF tenha sido extinta, que seus servidores estáveis
tenham sido colocados em disponibilidade e, posteriormente, tenham reingressado no serviço
público do DF em cargos de atribuições e vencimentos compatíveis com os que antes ocupa-
vam e percebiam. Nessa situação hipotética, configura-se reingresso por aproveitamento.

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015. (CESPE/TÉC APU/TC-DF/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos dispositi-
vos da Lei Complementar n. 840/2011, julgue o seguinte item.
Se candidato aprovado em concurso público comprovar, perante a administração, a incapaci-
dade transitória por motivo de saúde para tomar posse em determinado cargo público no dia
previamente determinado, poderá a posse ocorrer com efeito retroativo.

016. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Com base no Regime Jurí-


dico dos Servidores do Governo do Distrito Federal (GDF), julgue o item subsequente.
Um servidor do GDF ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para exercício, interi-
namente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições daquele que ocupa.

017. (CESPE/ASS EDUC/SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Ainda com base no Regime


Jurídico dos Servidores do GDF, julgue o item subsequente.
Considere que uma servidora pública do GDF tenha se aposentado voluntariamente e que o
cargo por ela ocupado tenha sido transformado em outro. Nessa situação, se ela requerer sua
reversão, a administração não pode deferir seu requerimento, haja vista a transformação do
cargo que ela ocupava antes de se aposentar.

018. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Ainda com base no Regi-


me Jurídico dos Servidores do GDF, julgue o item subsequente.
Será demitido pela administração pública aquele que, após ter sido aprovado em concurso
público e tomado posse em cargo de provimento efetivo no GDF, não entrar, sem justo motivo,
em exercício no prazo estabelecido.

019. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/SECRETÁRIO ESCOLAR/2009) A respeito da investidura


e da vacância em cargos públicos no âmbito da administração pública do DF, julgue o item
que se segue.
Caso um servidor público civil do DF ainda na ativa venha a falecer, haverá vacância do cargo
por ele ocupado.

020. (CESPE/ASS EDUC/SEDF/SECRETÁRIO ESCOLAR/2009) A respeito da investidura


e da vacância em cargos públicos no âmbito da administração pública do DF, julgue o item
que se segue.
Considere que um servidor público civil estável do DF tenha sido demitido por meio de deci-
são administrativa em sede de processo administrativo disciplinar e que seu advogado tenha
conseguido anular essa decisão administrativa no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios,
o que fez que o servidor fosse reinvestido no cargo anteriormente por ele ocupado. Nessa si-
tuação, houve readaptação.

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021. (CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos do Distri-


to Federal, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Jane e Caio exercem cargos públicos em determinado órgão da admi-
nistração direta em âmbito distrital. O cargo de Jane é de provimento efetivo e o de Caio é de
provimento em comissão. Assertiva: Nessa situação, a Lei Complementar Distrital n. 840/2011
é aplicável aos dois servidores.

022. (CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos do Distri-


to Federal, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: José é deficiente e se inscreveu em concurso público para concorrer a
uma vaga para agente de atividades penitenciárias destinada aos candidatos com deficiên-
cias. O edital regulador do certame previa teste de aptidão física em uma das fases do concur-
so. Assertiva: Nessa situação, a existência de reserva de vagas às pessoas deficientes por si
só afasta a exigência de aprovação do candidato nessa etapa do certame.

023. (CESPE/MGE/SEDF/2017) Com fundamento na classificação dos agentes públicos e na


Lei Complementar n. 840/2011, julgue o item que se segue.
A investidura em cargo em comissão depende de prévia aprovação em concurso público.

024. (CESPE/PEB/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da Constitui-


ção Federal de 1988 e da Lei Complementar n. 840/2011 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais), julgue
o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Disposição da lei complementar em apreço permite a abertura de concurso público mesmo
quando houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado,
mas não nomeado.

025. (CESPE/PEB/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da Constitui-


ção Federal de 1988 e da Lei Complementar n. 840/2011 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais), julgue
o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Após tomar posse em cargo efetivo, o servidor público do DF terá cinco dias úteis para efetiva-
mente começar a desempenhar as atribuições do respectivo cargo, contados da data da posse.

026. (CESPE/PEB/SEDF/ATIVIDADES/2017) Relativamente ao Regime Jurídico dos Servido-


res Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais, con-
forme disciplina a Lei Complementar n. 840/2011, julgue o item que se segue.
O ato de nomeação de um aprovado em concurso público para professor do Distrito Federal
pode ter efeito retroativo, sendo, no entanto, vedado tal efeito para os atos de posse e exercício.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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027. (FUNIVERSA/ACI/SEPLAG-DF/PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO/2014) A respeito do


Regime Jurídico Único do Servidor Público do Distrito Federal (Lei complementar n. 840/2011),
assinale a alternativa correta.
a) Em caso de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cumprido em relação a cada
cargo em cujo exercício esteja o servidor, permitido o aproveitamento de prazo ou pontuação.
b) Caso o servidor seja reprovado no estágio probatório, ele deve ser demitido a bem do servi-
ço público.
c) Será reconduzido ao cargo de provimento efetivo anteriormente ocupado, no qual já possuía
estabilidade, o servidor que desistir do estágio probatório.
d) O servidor em estágio probatório tem direito à licença não remunerada ou a afastamento
sem remuneração.
e) Não cabe recurso da decisão que, desde que fundamentada, reprovar o servidor no estágio
probatório.

028. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos servido-


res do DF, julgue o item a seguir.
O servidor público estável perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julga-
do ou sujeita a recurso a instância superior, ou de processo administrativo disciplinar no qual
lhe seja assegurada ampla defesa.

029. (CESPE/AGE/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) À luz da legislação que rege os atos ad-


ministrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o se-
guinte item.
No período do estágio probatório de servidor público do DF, é vedada a cessão desse servidor
a outro órgão.

030. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Ainda com base no Regi-


me Jurídico dos Servidores do GDF, julgue o item subsequente.
É considerado irredutível o vencimento de cargo público efetivo do GDF, acrescido das vanta-
gens de caráter permanente.

031. (FUNIVERSA/AT RESOC/SUBPCA-DF/2015) Em relação à Lei Complementar n.


840/2011, assinale a alternativa correta.
a) O ato de provimento de cargos públicos no âmbito do Poder Executivo do DF compete ao
governador do DF ou ao dirigente máximo de cada órgão ou entidade.
b) A recondução é o retorno do servidor detentor de cargo efetivo, estável ou não, ao cargo an-
teriormente ocupado e pode ocorrer, entre outros casos, na hipótese de desistência do estágio
probatório.

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c) O teto remuneratório ou o subsídio, no âmbito do Poder Executivo do DF, será o subsídio


mensal, em espécie, do governador do DF.
d) Na hipótese de acumulação ilegal de cargos públicos, o servidor do DF poderá optar por um
dos cargos até o último dia de prazo para defesa escrita, sem que seja punido administrativa-
mente pela acumulação ilegal.
e) Considere que Maria detenha cargo público efetivo. Caso venha a ser nomeada em cargo
em comissão, ela poderá receber a remuneração ou o subsídio do cargo efetivo mais o valor
integral da remuneração do cargo em comissão.

032. (FUNIVERSA/ESP. SOC./SUBPCA-DF/ADMINISTRAÇÃO/2015) No que se refere ao es-


tágio probatório para o Governo do Distrito Federal (GDF), assinale a alternativa correta.
a) Em caso de desistência do estágio probatório para um novo cargo, o servidor somente po-
derá retornar ao cargo anteriormente ocupado.
b) O servidor em estágio probatório poderá exercer função de confiança em qualquer órgão
ou entidade.
c) Um dos critérios de avaliação do estagiário é o nível de satisfação do cliente ou usuário
dos serviços.
d) Os resultados da avaliação são irrecorríveis.
e) Em caso de reprovação, o servidor que não tenha estabilidade será exonerado.

033. (FUNIVERSA/TÉC. SOC./SUBPCA-DF/ADMINISTRATIVO/2015) No que se refere a atos


administrativos e à Lei Complementar n. 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) Suponha-se que a Administração Pública tenha alterado o seu entendimento a respeito de
determinada matéria. Nesse caso, diante do princípio da legalidade, a nova interpretação deve-
rá retroagir para alcançar os atos administrativos já editados, bem como suas consequências
jurídicas.
b) A motivação, como elemento do ato administrativo, deverá estar alojada no próprio corpo
do ato administrativo por meio de “considerandos”, não sendo possível a mera referência da
motivação prévia em outros processos ou em pareceres prévios.
c) A posse ocorrerá no prazo improrrogável de trinta dias, contados do ato de nomeação.
d) O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital não terá direito subjeti-
vo à nomeação, mas apenas expectativa de direito.
e) Não é possível, no âmbito do Poder Executivo do DF, criar cargo em comissão de jardineiro.

034. (FUNIVERSA/AG. TRANS./DETRAN-DF/2012) Aos servidores do Distrito Federal, en-


quanto não editada lei específica, fez-se, a partir de 1992, uma opção legislativa de aplicação
do regime jurídico dos servidores públicos federais até então vigente. Acerca das particularida-
des do regime jurídico estatutário atualmente aplicável aos servidores do Distrito Federal em
consonância com a Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

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a) Estão albergados pelo referido regime os servidores da administração direta, autárquica,


fundacional e paraestatal, esta restrita às entidades prestadoras de serviços públicos cujo
monopólio seja exercido pelo Governo do Distrito Federal.
b) O prazo para posse será de trinta dias, improrrogável, contado do ato de provimento, salvo
se o nomeado já for servidor distrital efetivo, hipótese na qual o prazo começará a contar do
término do impedimento.
c) São os seguintes os requisitos exaustivos para a posse até o disciplinamento próprio que
a lei complementar específica poderá conferir: a nacionalidade brasileira; o gozo dos direitos
políticos; a quitação com as obrigações militares e eleitorais; o nível de escolaridade exigido
para o exercício do cargo; a idade mínima de dezoito anos e a aptidão física e mental.
d) É de dois anos o prazo para aquisição da estabilidade, o qual é contado como de efetivo
exercício, nos termos da lei de regência.
e) Não há vedação específica para que a posse seja possível mediante instrumento público
de mandato.

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GABARITO
1. b
2. b
3. C
4. E
5. E
6. C
7. E
8. E
9. c
10. E
11. e
12. C
13. E
14. C
15. E
16. C
17. E
18. E
19. C
20. E
21. C
22. E
23. E
24. C
25. C
26. E
27. c
28. E
29. E
30. C
31. d
32. e
33. e
34. e

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GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/PEB/SEDF/ATIVIDADES/2013) De acordo com a Lei Complementar n. 840, de 23
de dezembro de 2011, são requisitos básicos para investidura em cargo público, EXCETO:
a) O gozo dos direitos políticos.
b) A aptidão física e moral.
c) A idade mínima de dezoito anos.
d) A quitação com as obrigações e militares.

Vejamos, de acordo com a lei, quais são os requisitos básicos para investidura em cargo público:

Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
Apenas a Letra B (aptidão física e moral) não apresenta um requisito que deve, obrigatoriamen-
te, ser observado no momento da investidura em cargo público.
Letra b.

002. (IBFC/PEB/SEDF/ATIVIDADES/2013) O Poder Judiciário invalidou a demissão de José


de Arimatéia e determinou a sua reintegração ao cargo que ocupava. Diante dessa situação, o
servidor terá o prazo de:
a) Dois dias úteis para retornar ao exercício do cargo, contados da data da decisão.
b) Cinco dias úteis para retornar ao exercício do cargo, contados da data em que tomou ciência
do ato de reintegração.
c) Oito dias úteis para retornar ao exercício do cargo, contados da data da sua notificação pelo
superior imediato.
d) Quinze dias para retomar ao exercício do cargo, contados da data em que seu advogado foi
intimado pela Imprensa Oficial.

Devemos responder à questão com base no artigo 36, §3º, da Lei Complementar n. 840, que,
por sua vez, estabelece o prazo de 5 dias úteis para o servidor retornar ao exercício em virtude
da reintegração.

Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou

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judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no período em que esteve demi-
tido.
§ 3º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data
em que tomou ciência do ato de reintegração.
Letra b.

003. (CESPE/AJ/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Regime Jurídico dos Ser-


vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais,
julgue o item a seguir.
Servidor público aposentado no ano de 2015 pode ser revertido, voluntariamente, ao serviço
público até o ano de 2020, desde que haja cargo vago e interesse da administração manifesta-
do expressamente em edital.

A questão elenca os requisitos que devem ser observados para que a reversão voluntária
seja possível.

Art. 34. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:


III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão
voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
Certo.

004. (CESPE/AJ/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Regime Jurídico dos Ser-


vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais,
julgue o item a seguir.
Servidor público que acumule dois cargos em comissão — um deles interinamente — e que
venha a exercer cumulativamente as atribuições de ambos fará jus ao acúmulo remuneratório
dos cargos, mesmo no período da interinidade.

Neste caso, o servidor deve optar pela remuneração de um dos cargos durante o período da
interinidade.

Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interina-
mente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve:
II – optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
Errado.

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005. (CESPE/AJ/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando o Regime Jurídico dos Ser-


vidores Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais,
julgue o item a seguir.
Servidor público que acumular ilegalmente cargos públicos, mesmo que de boa-fé, estará su-
jeito à sanção de demissão.

Em caso de boa-fé, deverá a Administração Pública exonerar o servidor do cargo vinculado ao


órgão, autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado. A demissão apenas ocorrerá em
caso de comprovada má-fé do agente estatal.

Art. 48, § 6º Caracterizada no processo disciplinar a acumulação ilegal, a administração pública


deve observar o seguinte:
I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao órgão, autarquia ou fundação
onde o processo foi instaurado;
II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em
que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.
Errado.

006. (CESPE/TJ/PGDF/ADMINISTRATIVO/2021) Acerca do Regime Jurídico dos Servidores


Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais, julgue o
item a seguir.
Servidor público demitido que ajuizar ação e obtiver decisão que declara inválida a sua demis-
são deverá ser reintegrado caso o cargo não houver sido extinto e, na hipótese de extinção,
deverá permanecer em disponibilidade.

Ocorrendo a reintegração e tendo sido o cargo extinto, o servidor deverá ficar em dispo-
nibilidade.

Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou
judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no período em que esteve demi-
tido.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em disponibilidade, observado o disposto
nos arts. 38, 39 e 40.
Certo.

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007. (CESPE/TJ/PGDF/ADMINISTRATIVO/2021) Acerca do Regime Jurídico dos Servidores


Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais, julgue o
item a seguir.
É permitido a secretários de Estado do Distrito Federal nomear, para função de confiança na
Secretaria, advogado privado, mesmo que este não possua vínculo com o serviço público, des-
de que a atribuição dele seja de assessoramento.

O artigo 6º estabelece que:

As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, destinam-se exclusivamente às atribuições


de direção, chefia e assessoramento.
E pelo fato das funções de confiança serem privativas dos servidores ocupantes de cargo efe-
tivo é que a nomeação não poderá ocorrer, no caso apresentado, em relação a um advogado
privado que não possua vínculo com o serviço público.
Errado.

008. (CESPE/ANA GRS/SLU-DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com base nas disposições do Re-


gime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do DF, das Autarquias e das Fundações Públicas
Distritais ― Lei Complementar n. 840/2011 e suas alterações ―, julgue o item a seguir.
A redistribuição consiste no deslocamento da lotação de servidor, no mesmo órgão e na mes-
ma carreira, de uma localidade para outra.

Estabelece o artigo 43 que:

Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia ou funda-
ção do mesmo Poder.
Errado.

009. (FCC/TÉC. LEG/CLDF/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) A Lei Complementar


Distrital n. 840/2011 estabelece requisitos básicos para investidura em cargo público, que de-
vem ser comprovados por ocasião:
a) da nomeação.
b) da entrada em exercício.
c) da posse.
d) da nomeação, da posse ou da entrada em exercício, escolha que cabe ao pretenden-
te do cargo.
e) da nomeação ou da posse, uma vez que a investidura ainda não se aperfeiçoou.

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O §3º do artigo 7º estabelece que:

Os requisitos para investidura em cargo público devem ser comprovados por ocasião da posse.
Letra c.

010. (CESPE/PEB/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da Constitui-


ção Federal de 1988 e da Lei Complementar n. 840/2011 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais), julgue
o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Embora a acumulação remunerada de cargos públicos seja, de forma geral, vedada, essa ve-
dação não se estende a empregos públicos vinculados a empresas públicas e a sociedades de
economia mista.

A vedação à acumulação de cargos e empregos públicos alcança toda a Administração Direta


e Indireta do respectivo ente federativo. Logo, ao contrário do que afirma a questão, a proibição
estende-se às empresas públicas e sociedades de economia mista.
Errado.

011. (IADES/TÉC/HEMOCENTRO-DF/ADMINISTRATIVO/2017) Considere hipoteticamente


que João, ao tomar posse em cargo em determinado órgão público do Distrito Federal, inacu-
mulável com o seu titularizado na Fundação Hemocentro de Brasília, deseja solicitar vacância
deste último.
Com base nessa situação, de acordo com o previsto no regime jurídico dos servidores públicos
civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais, assinale a alterna-
tiva correta.
a) João poderá pedir vacância do próprio cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, ainda
que não estável, mas desde que peça a recondução até o final do estágio probatório no cargo
que vier a ser titularizado no órgão do Distrito Federal.
b) O cargo para o qual João pediu vacância não poderá ser provido pela administração pública.
c) João tem de retornar ao exercício do cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, em caso
de recondução, até 30 dias após a ciência de seu ato de recondução.
d) João deverá, necessariamente, ser reconduzido ao mesmo cargo, haja vista não poder a
Administração prover o cargo para o qual foi solicitada vacância.
e) Quanto à recondução, o referido regime jurídico único prevê também observância ao dispos-
to para o retorno à atividade de servidor em disponibilidade mediante aproveitamento.

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Letra A: Errada. João apenas poderia pedir vacância caso já fosse estável, conforme previsão
da Lei Complementar n. 840:

Art. 54. Ao tomar posse em outro cargo inacumulável de qualquer órgão, autarquia ou fundação do
Distrito Federal, o servidor estável pode pedir a vacância do cargo efetivo por ele ocupado, obser-
vando-se o seguinte: (...)
Letra B: Errada. Uma vez que o cargo se encontra vago após o pedido de vacância, pode ele
perfeitamente ser provido pela Administração Pública.
Letra C: Errada. Em caso de recondução, João deve retornar ao cargo anterior até o dia seguin-
te ao da ciência do respectivo ato.

Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no art. 202, § 3º, e decorre de:
§ 2º O servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de
recondução.
Letra D: Errada. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de ser aproveitado
em outro cargo. Logo, não há obrigatoriedade da recondução ocorrer, necessariamente, para o
mesmo cargo anteriormente ocupado.
Letra E: Correta. Conforme mencionado da alternativa anterior, caso o cargo anterior esteja
ocupado, o servidor deverá ser aproveitado em outro cargo.

Art. 37, § 1º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de ser aproveitado em outro
cargo, observado o disposto no art. 39.
O mencionado artigo 39 refere-se, por sua vez, aos institutos do aproveitamento e da dispo-
nibilidade.
Letra e.

012. (CESPE/DP-DF/2013) No que se refere aos agentes públicos, julgue o item subsequente.
Recondução é a forma de provimento de cargo público em que um servidor público estável
retorna ao cargo anteriormente ocupado, por reprovação em estágio probatório, desistência
de estágio probatório ou por reintegração do anterior ocupante do cargo, de acordo com a Lei
Complementar Distrital n. 840/2011.

Trata-se do conceito de recondução, forma de provimento dos servidores regidos pela Lei
Complementar n. 840/2011:

Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no art. 202, § 3º, e decorre de:

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I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.
Certo.

013. (CESPE/ACE/TC-DF/2014) Com relação aos cargos públicos e à responsabilidade do


servidor, conforme disposto na Lei Complementar Distrital (LC/DF) n. 840/2011, julgue o item
que se segue.
Os cargos para provimento em caráter efetivo somente podem ser criados por lei. No caso de
cargos a serem providos em comissão, faculta-se ao chefe do Poder Executivo a sua criação
mediante decreto.

Todos os cargos públicos são criados por meio de lei, podendo, nos termos da Lei Complemen-
tar n. 840, ser providos em caráter efetivo ou em comissão.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organi-


zacional e cometidas a um servidor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria e subsídio ou
vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Errado.

014. (CESPE/TÉC APU/TC-DF/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos dispositi-
vos da Lei Complementar n. 840/2011, julgue o seguinte item.
Considere que determinada autarquia do DF tenha sido extinta, que seus servidores estáveis
tenham sido colocados em disponibilidade e, posteriormente, tenham reingressado no serviço
público do DF em cargos de atribuições e vencimentos compatíveis com os que antes ocupa-
vam e percebiam. Nessa situação hipotética, configura-se reingresso por aproveitamento.

Nos termos da Lei Complementar, o retorno à atividade do servidor em disponibilidade ocorre


por meio do aproveitamento.

Art. 39. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade é feito mediante aproveitamento:


I – no mesmo cargo;
II – em cargo resultante da transformação do cargo anteriormente ocupado;
III – em outro cargo, observada a compatibilidade de atribuições e vencimentos ou subsídio do car-
go anteriormente ocupado.
Certo.

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015. (CESPE/TÉC APU/TC-DF/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos dispositi-
vos da Lei Complementar n. 840/2011, julgue o seguinte item.
Se candidato aprovado em concurso público comprovar, perante a administração, a incapaci-
dade transitória por motivo de saúde para tomar posse em determinado cargo público no dia
previamente determinado, poderá a posse ocorrer com efeito retroativo.

É vedada a edição de atos de nomeação, posse ou exercício com efeitos retroativos, conforme
previsão da norma distrital.

Art. 9º É vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício com efeito retroativo.
Errado.

016. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Com base no Regime Jurí-


dico dos Servidores do Governo do Distrito Federal (GDF), julgue o item subsequente.
Um servidor do GDF ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para exercício, interi-
namente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições daquele que ocupa.

De acordo com a lei em estudo, pode o servidor ocupante de cargo em comissão ser nomeado
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança.

Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interina-
mente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve:
I – acumular as atribuições de ambos os cargos;
II – optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
Certo.

017. (CESPE/ASS EDUC/SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Ainda com base no Regime


Jurídico dos Servidores do GDF, julgue o item subsequente.
Considere que uma servidora pública do GDF tenha se aposentado voluntariamente e que o
cargo por ela ocupado tenha sido transformado em outro. Nessa situação, se ela requerer sua
reversão, a administração não pode deferir seu requerimento, haja vista a transformação do
cargo que ela ocupava antes de se aposentar.

Ao contrário do que afirma a questão, poderemos ter, no caso, a reversão, que ocorrerá no car-
go resultante de sua transformação.

Art. 35. A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
Errado.

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LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

018. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Ainda com base no Regi-


me Jurídico dos Servidores do GDF, julgue o item subsequente.
Será demitido pela administração pública aquele que, após ter sido aprovado em concurso
público e tomado posse em cargo de provimento efetivo no GDF, não entrar, sem justo motivo,
em exercício no prazo estabelecido.

Caso o servidor, devidamente empossado, não entrar em exercício no prazo legalmente estipu-
lado, teremos a exoneração, e não a demissão do agente.
A exoneração trata-se do rompimento do vínculo específico mantido com a Administração Pú-
blico, ao passo que a demissão se trata de sanção disciplinar.
Errado.

019. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/SECRETÁRIO ESCOLAR/2009) A respeito da investidura


e da vacância em cargos públicos no âmbito da administração pública do DF, julgue o item
que se segue.
Caso um servidor público civil do DF ainda na ativa venha a falecer, haverá vacância do cargo
por ele ocupado.

O falecimento do servidor é uma das hipóteses de vacância estabelecidas no texto da Lei Com-
plementar n. 840:

Art. 50. A vacância do cargo público decorre de:


I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
Certo.

020. (CESPE/ASS EDUC/SEDF/SECRETÁRIO ESCOLAR/2009) A respeito da investidura


e da vacância em cargos públicos no âmbito da administração pública do DF, julgue o item
que se segue.
Considere que um servidor público civil estável do DF tenha sido demitido por meio de deci-
são administrativa em sede de processo administrativo disciplinar e que seu advogado tenha
conseguido anular essa decisão administrativa no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios,
o que fez que o servidor fosse reinvestido no cargo anteriormente por ele ocupado. Nessa si-
tuação, houve readaptação.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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O enunciado da questão versa sobre a forma de provimento denominada reintegração, e não


readaptação.

Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou
judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no período em que esteve demi-
tido.
Errado.

021. (CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos do Distri-


to Federal, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Jane e Caio exercem cargos públicos em determinado órgão da admi-
nistração direta em âmbito distrital. O cargo de Jane é de provimento efetivo e o de Caio é de
provimento em comissão. Assertiva: Nessa situação, a Lei Complementar Distrital n. 840/2011
é aplicável aos dois servidores.

As disposições da Lei Complementar n. 840/2011 regem tanto os servidores ocupantes de


cargos efetivos quanto os servidores comissionados. Em ambos os casos, estaremos diante
de pessoas investidas em cargos públicos.

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida
em cargo público.
Certo.

022. (CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos do Distri-


to Federal, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: José é deficiente e se inscreveu em concurso público para concorrer a
uma vaga para agente de atividades penitenciárias destinada aos candidatos com deficiên-
cias. O edital regulador do certame previa teste de aptidão física em uma das fases do concur-
so. Assertiva: Nessa situação, a existência de reserva de vagas às pessoas deficientes por si
só afasta a exigência de aprovação do candidato nessa etapa do certame.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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A existência de reserva de vagas às pessoas deficientes não serve de embasamento para que
o candidato não realize uma das fases do concurso público. Neste contexto, estabelece o §2º
do artigo 12 que:

A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo são verificadas antes da posse, garan-
tido recurso em caso de decisão denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a posse.
Errado.

023. (CESPE/MGE/SEDF/2017) Com fundamento na classificação dos agentes públicos e na


Lei Complementar n. 840/2011, julgue o item que se segue.
A investidura em cargo em comissão depende de prévia aprovação em concurso público.

Os cargos em comissão são considerados de livre nomeação e exoneração, não dependendo


da aprovação em concurso público para o seu exercício.
Errado.

024. (CESPE/PEB/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da Constitui-


ção Federal de 1988 e da Lei Complementar n. 840/2011 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais), julgue
o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Disposição da lei complementar em apreço permite a abertura de concurso público mesmo
quando houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado,
mas não nomeado.

Nada impede que um novo concurso seja realizado dentro do prazo de validade do concurso
anterior. O que deve ser observado, no caso, é que os candidatos aprovados no primeiro con-
curso devem, dentro do prazo de validade do concurso, ser nomeados com prioridade sobre os
novos aprovados.

Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única
vez, por igual período, na forma do edital.
§ 1º No período de validade do concurso público, o candidato aprovado deve ser nomeado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira.
Certo.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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025. (CESPE/PEB/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nas disposições da Constitui-


ção Federal de 1988 e da Lei Complementar n. 840/2011 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais), julgue
o item que se segue, a respeito de agentes públicos.
Após tomar posse em cargo efetivo, o servidor público do DF terá cinco dias úteis para efetiva-
mente começar a desempenhar as atribuições do respectivo cargo, contados da data da posse.

De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, o prazo para que o servidor entre em exercí-
cio é de 5 dias úteis, prazo este que será contado a partir da data da posse.

Art. 19, § 2º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor entrar em exercício, contado da posse.
Certo.

026. (CESPE/PEB/SEDF/ATIVIDADES/2017) Relativamente ao Regime Jurídico dos Servido-


res Públicos Civis do Distrito Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas Distritais, con-
forme disciplina a Lei Complementar n. 840/2011, julgue o item que se segue.
O ato de nomeação de um aprovado em concurso público para professor do Distrito Federal
pode ter efeito retroativo, sendo, no entanto, vedado tal efeito para os atos de posse e exercício.

De acordo com a norma, os atos de nomeação, posse e exercício jamais poderão ser editados
com efeito retroativo.

Art. 9º É vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício com efeito retroativo.
Errado.

027. (FUNIVERSA/ACI/SEPLAG-DF/PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO/2014) A respeito do


Regime Jurídico Único do Servidor Público do Distrito Federal (Lei complementar n. 840/2011),
assinale a alternativa correta.
a) Em caso de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cumprido em relação a cada
cargo em cujo exercício esteja o servidor, permitido o aproveitamento de prazo ou pontuação.
b) Caso o servidor seja reprovado no estágio probatório, ele deve ser demitido a bem do servi-
ço público.
c) Será reconduzido ao cargo de provimento efetivo anteriormente ocupado, no qual já possuía
estabilidade, o servidor que desistir do estágio probatório.
d) O servidor em estágio probatório tem direito à licença não remunerada ou a afastamento
sem remuneração.
e) Não cabe recurso da decisão que, desde que fundamentada, reprovar o servidor no estágio
probatório.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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Letra A: Errada. Em caso de acumulação, o estágio realmente é cumprido com relação a cada
um dos cargos ocupados. No entanto, é vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação.
Letra B: Errada. Em caso de reprovação no estágio, deve o servidor se exonerado (e não demi-
tido) do cargo público.
Letra C: Correta. Trata-se de possibilidade expressa no artigo 24 da Lei Complementar n. 840,
de seguinte teor:

Art. 24. O servidor pode desistir do estágio probatório e ser reconduzido ao cargo de provimento
efetivo anteriormente ocupado no qual já possuía estabilidade, observado o disposto no art. 37.
Letra D: Errada. Trata-se de vedação do artigo 25 da Lei Complementar n. 840, de seguin-
te redação:

Art. 25. É vedado à administração pública conceder licença não remunerada ou autorizar afasta-
mento sem remuneração ao servidor em estágio probatório.
Letra E: Errada. Diferente do que afirma a questão, contra a reprovação no estágio probatório
cabe pedido de reconsideração ou de recursos, conforme previsão do artigo 29, §4º, da norma
em estudo.
Letra c.

028. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/MONITOR/2009) No tocante ao regime jurídico dos servido-


res do DF, julgue o item a seguir.
O servidor público estável perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julga-
do ou sujeita a recurso a instância superior, ou de processo administrativo disciplinar no qual
lhe seja assegurada ampla defesa.

A Lei Complementar n. 840/2011 estabelece que “o servidor estável só perde o cargo nas hi-
póteses previstas na Constituição Federal”. De acordo com a Constituição Federal, temos as
seguintes hipóteses de perda do cargo público pelo servidor estável:

Art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:


I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Errado.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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029. (CESPE/AGE/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) À luz da legislação que rege os atos ad-


ministrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o se-
guinte item.
No período do estágio probatório de servidor público do DF, é vedada a cessão desse servidor
a outro órgão.

O servidor em estágio probatório pode, nos termos da lei complementar, ser cedido para outro
órgão ou entidade. No caso, a cessão deverá ocorrer com a finalidade de ocupar cargo de na-
tureza especial ou de equivalente nível hierárquico.

Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:


II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza especial ou de equivalente
nível hierárquico.
Errado.

030. (CESPE/ASS. EDUC./SEDF/APOIO ADMINISTRATIVO/2009) Ainda com base no Regi-


me Jurídico dos Servidores do GDF, julgue o item subsequente.
É considerado irredutível o vencimento de cargo público efetivo do GDF, acrescido das vanta-
gens de caráter permanente.

Nos termos da Lei Complementar em questão, os vencimentos e os subsídios são irredutíveis.

Art. 69. Os vencimentos ou o subsídio são irredutíveis.


Certo.

031. (FUNIVERSA/AT RESOC/SUBPCA-DF/2015) Em relação à Lei Complementar n.


840/2011, assinale a alternativa correta.
a) O ato de provimento de cargos públicos no âmbito do Poder Executivo do DF compete ao
governador do DF ou ao dirigente máximo de cada órgão ou entidade.
b) A recondução é o retorno do servidor detentor de cargo efetivo, estável ou não, ao cargo an-
teriormente ocupado e pode ocorrer, entre outros casos, na hipótese de desistência do estágio
probatório.
c) O teto remuneratório ou o subsídio, no âmbito do Poder Executivo do DF, será o subsídio
mensal, em espécie, do governador do DF.
d) Na hipótese de acumulação ilegal de cargos públicos, o servidor do DF poderá optar por um
dos cargos até o último dia de prazo para defesa escrita, sem que seja punido administrativa-
mente pela acumulação ilegal.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
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e) Considere que Maria detenha cargo público efetivo. Caso venha a ser nomeada em cargo
em comissão, ela poderá receber a remuneração ou o subsídio do cargo efetivo mais o valor
integral da remuneração do cargo em comissão.

Letra A: Errada. No âmbito do Poder Executivo, o ato de provimento compete ao Governador do


Distrito Federal.

Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao:


I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.
Letra B: Errada. A definição de recondução é outra, conforme previsão do artigo 37 da norma
distrital:

Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no art. 202, § 3º, e decorre de:
I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.
Letra C: Errada. O que o artigo 70 estabelece é que:

A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administração direta,


autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proventos, as
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vanta-
gens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Letra D: Correta. A alternativa está correta, em sintonia com o que estabelecido no artigo 48 da
norma em questão.

Art. 48. Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos, funções públicas ou
proventos de aposentadoria, o servidor deve ser notificado para apresentar opção no prazo impror-
rogável de dez dias, contados da data da ciência da notificação.
§ 1º Em decorrência da opção, o servidor deve ser exonerado do cargo, emprego ou função porque
não mais tenha interesse.
§ 2º Com a opção pela renúncia aos proventos de aposentadoria, o seu pagamento cessa imedia-
tamente.
§ 3º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, o setor de pessoal da repartição deve so-
licitar à autoridade competente a instauração de processo disciplinar para apuração e regularização
imediata.
§ 4º Instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para defesa escrita,
fizer a opção de que trata este artigo, o processo deve ser arquivado, sem julgamento do mérito.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

Letra E: Errada. Nesta situação, poderá o servidor, nos termos do §2º do artigo 77, optar pelo
valor integral do cargo em comissão, hipótese em que não pode perceber o subsídio ou a re-
muneração do cargo efetivo.
Letra d.

032. (FUNIVERSA/ESP. SOC./SUBPCA-DF/ADMINISTRAÇÃO/2015) No que se refere ao es-


tágio probatório para o Governo do Distrito Federal (GDF), assinale a alternativa correta.
a) Em caso de desistência do estágio probatório para um novo cargo, o servidor somente po-
derá retornar ao cargo anteriormente ocupado.
b) O servidor em estágio probatório poderá exercer função de confiança em qualquer órgão
ou entidade.
c) Um dos critérios de avaliação do estagiário é o nível de satisfação do cliente ou usuário
dos serviços.
d) Os resultados da avaliação são irrecorríveis.
e) Em caso de reprovação, o servidor que não tenha estabilidade será exonerado.

Letra A: Errada. O retorno ao cargo anteriormente ocupado apenas será possível caso o servi-
dor seja estável no cargo anterior.
Letra B: Errada. O que o artigo 26 estabelece é que o servidor em estágio probatório pode
exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação
de lotação.
Letra C: Errada. Os critérios a serem verificados no estágio estão expressos no artigo 28, de
seguinte redação:

Art. 28. Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servi-
dor para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores:
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
Letra D: Errada. O §4º do artigo 29 determina que:

Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso, a serem pro-
cessados na forma desta Lei Complementar.

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

Letra E: Certa. Não tendo estabilidade, deverá o servidor, quando não aprovado em estágio
probatório, ser exonerado.

Art. 31. O servidor reprovado no estágio probatório deve ser, conforme o caso, exonerado ou recon-
duzido ao cargo de origem.
Letra e.

033. (FUNIVERSA/TÉC. SOC./SUBPCA-DF/ADMINISTRATIVO/2015) No que se refere a atos


administrativos e à Lei Complementar n. 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) Suponha-se que a Administração Pública tenha alterado o seu entendimento a respeito de
determinada matéria. Nesse caso, diante do princípio da legalidade, a nova interpretação deve-
rá retroagir para alcançar os atos administrativos já editados, bem como suas consequências
jurídicas.
b) A motivação, como elemento do ato administrativo, deverá estar alojada no próprio corpo
do ato administrativo por meio de “considerandos”, não sendo possível a mera referência da
motivação prévia em outros processos ou em pareceres prévios.
c) A posse ocorrerá no prazo improrrogável de trinta dias, contados do ato de nomeação.
d) O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital não terá direito subjeti-
vo à nomeação, mas apenas expectativa de direito.
e) Não é possível, no âmbito do Poder Executivo do DF, criar cargo em comissão de jardineiro.

A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 5º da Lei Complementar n.
840/2011, de seguinte teor:

Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atribuições de direção, chefia e as-


sessoramento, são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.
§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em comissão:
I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação;
III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar:
a) os detentores de mandato eletivo;
b) os ocupantes de cargos vitalícios;
c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
Sendo assim, os cargos em comissão são destinados exclusivamente às atribuições de dire-
ção, chefia e assessoramento. O cargo de jardineiro não se enquadra nestas atribuições.
Letra e.

034. (FUNIVERSA/AG. TRANS./DETRAN-DF/2012) Aos servidores do Distrito Federal, en-


quanto não editada lei específica, fez-se, a partir de 1992, uma opção legislativa de aplicação
do regime jurídico dos servidores públicos federais até então vigente. Acerca das particularida-
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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi

des do regime jurídico estatutário atualmente aplicável aos servidores do Distrito Federal em
consonância com a Constituição Federal, assinale a alternativa correta.
a) Estão albergados pelo referido regime os servidores da administração direta, autárquica,
fundacional e paraestatal, esta restrita às entidades prestadoras de serviços públicos cujo
monopólio seja exercido pelo Governo do Distrito Federal.
b) O prazo para posse será de trinta dias, improrrogável, contado do ato de provimento, salvo
se o nomeado já for servidor distrital efetivo, hipótese na qual o prazo começará a contar do
término do impedimento.
c) São os seguintes os requisitos exaustivos para a posse até o disciplinamento próprio que
a lei complementar específica poderá conferir: a nacionalidade brasileira; o gozo dos direitos
políticos; a quitação com as obrigações militares e eleitorais; o nível de escolaridade exigido
para o exercício do cargo; a idade mínima de dezoito anos e a aptidão física e mental.
d) É de dois anos o prazo para aquisição da estabilidade, o qual é contado como de efetivo
exercício, nos termos da lei de regência.
e) Não há vedação específica para que a posse seja possível mediante instrumento público
de mandato.

Letra A: Errada. A norma complementar objeto de estudo institui o regime jurídico dos servi-
dores públicos civis da administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativa-
mente autônomos do Distrito Federal. Não há qualquer menção, por exemplo, às entidades
parestatais.

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Letra B: Errada. O prazo para a posse poderá ser, em algumas situações, prorrogado, conforme
previsão do artigo 17:

Art. 7º, § 1º A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, contados da publicação do ato de nome-
ação.
§ 2º O prazo de que trata o § 1º pode ser prorrogado para ter início após o término das licenças ou
dos afastamentos seguintes:
I – licença médica ou odontológica;
II – licença-maternidade;
III – licença-paternidade;
IV – licença para o serviço militar.
Letra C: Errada. A lista de requisitos para a posse não é exaustiva, mas sim meramente exem-
plificativa.

Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:


I – a nacionalidade brasileira;

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Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Parte I
Diogo Surdi
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
Letra D: Errada. Atualmente, o prazo para aquisição da estabilidade é de 3 anos, regra válida
para todos os entes federativos.
Letra E: Certa. Isso mesmo. Inclusive, o §3º do artigo 17 estabelece que:

A posse pode ocorrer mediante procuração com poderes específicos.


Letra e.

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Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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