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SEAGRI - DF

Lei Complementar
n. 840/2011

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Lei Complementar n. 840/2011
Diogo Surdi

Sumário
Lei Complementar n. 840/2011.................................................................................................................................3
1. Introdução.........................................................................................................................................................................3
2. Análise da Banca IADES..........................................................................................................................................3
3. Regime Jurídico dos Servidores do Distrito Federal...............................................................................4
Questões de Concurso................................................................................................................................................23
Gabarito...............................................................................................................................................................................30
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................31

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Rogerio Rodrigues - 04310213170, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Diogo Surdi

LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011


1. Introdução
De acordo com o “Princípio de Pareto”, também conhecido como “Técnica do 80/20”, 80%
das situações podem ser resolvidas com a utilização de 20% do conhecimento.
O Princípio de Pareto é amplamente utilizado em várias áreas do conhecimento humano,
uma vez que apresenta uma tendência para a resolução dos problemas e otimiza os resultados.

Você já pensou em como isso pode ser importante caso a aplicação seja possível, tam-
bém, no universo dos concursos públicos?

E justamente pensando nisso é que esta aula foi desenvolvida. Aqui, o nosso claro objetivo
é o de apresentar, com base em dados e estudos anteriores, os pontos que, historicamente, são
mais exigidos pelas bancas organizadoras em relação a determinados conteúdos do edital.
Isso não quer dizer que você não precise estudar todos os pontos do edital. Nos dias atu-
ais, em que a concorrência está cada vez mais acirrada, um estudo completo é mais do que
essencial para garantir uma boa preparação.
No entanto, é inegável que as bancas, ao longo dos anos, tendem a se repetir. E isso ocor-
re por um motivo bastante simples: no processo de elaboração das questões, a instituição
responsável pela organização do concurso contrata professores ou autores qualificados na
respectiva área ou matéria envolvida. E como cada pessoa tende a seguir, ainda que incons-
cientemente, autores ou pontos específicos da matéria, o que acaba ocorrendo, como iremos
retratar, é uma quantidade desproporcional de questões em relação aos pontos exigidos em
determinada disciplina.
Dito de outra forma, raramente vemos uma prova onde as questões foram elaboradas se-
guindo todos os pontos do edital de forma simétrica. O que é constantemente visto, em sentido
contrário, é alguns assuntos sendo exigidos de maneira bem mais constante do que os demais.
Sendo assim, ao identificarmos quais são estes assuntos, iremos dar um “salto de quali-
dade e eficiência” na preparação. Para isso, faremos uso do “Princípio de Pareto”, verificando
quais são os assuntos mais exigidos e otimizando em diversos aspectos a sua preparação.

2. Análise da Banca IADES


Com base no último edital do concurso da SEAGRI-DF, a disciplina de Legislação foi exigi-
da da seguinte forma:
Lei Complementar n. 840/2011 e (Regime Jurídico dos servidores públicos civis do Distrito
Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais), todos os capítulos, títulos e dispo-
sitivos legais.

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Sendo assim, otimizaremos a preparação com base em um resumo dos principais pontos
exigidos. Após, resolveremos diversas questões anteriores, oportunidade em que poderemos
sedimentar tudo aquilo que foi apresentado.

 Obs.: Todos os pontos do edital anterior estão minuciosamente estudados no curso de


Legislação destinado ao concurso da SEAGRI-DF. Aqui, conforme mencionado no
início da aula, a ideia é verificar e memorizar, por meio da aplicação do “Princípio de
Pareto”, os assuntos historicamente mais exigidos pela banca organizadora, algo que
otimizará em diversos aspectos a sua preparação.

3. Regime Jurídico dos Servidores do Distrito Federal


A Lei Complementar 840/2011 é a norma que institui o regime jurídico dos servidores pú-
blicos civis da administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente au-
tônomos do Distrito Federal. É por meio das disposições da mencionada lei, desta forma, que
os servidores distritais (estatutários e comissionados) encontram todos os direitos e garantias
a eles conferidos, bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar 840/2011 não se aplicam a todos os
agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis distritais, o que implica em di-
zer que os empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo
de atuação do estatuto federal. Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públi-
cos estatutários dos demais entes federativos, tal como a União, os Estados e os Municípios.
Ainda que estes servidores sejam regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federati-
vo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei Complementar 840/2011 é A Lei Complementar 840/2011


aplicada não é aplicada

Aos empregados públicos distritais,


Aos servidores estatutários da
que são regidos pelas disposições
administração direta distrital
da CLT

Aos servidores das autarquias


Aos servidores públicos da União, dos
(inclusive as em regime especial)
Estados e dos Municípios
distritais

Aos servidores das fundações


Aos militares
públicas distritais
Podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em concurso
público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, como regra geral)
tomou posse perante a autoridade competente.

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Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
O ato de provimento de cargo público, no âmbito do Distrito Federal, compete às seguintes
autoridades:
a) Governador, no Poder Executivo;
b) Presidente da Câmara Legislativa;
c) Presidente do Tribunal de Contas.
Observe que três são as diferentes funções que dão ensejo ao provimento dos cargos em
comissão, sendo elas a direção, a chefia e o assessoramento. Neste sentido, a norma se pre-
ocupou em definir cada um destes conceitos, da seguinte forma:
a) cargo em comissão de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da admi-
nistração superior;
b) cargo em comissão de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imedia-
ta de subordinação;
c) cargo em comissão de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar os
detentores de mandato eletivo, os ocupantes de cargos vitalícios ou os ocupantes de cargos
de direção ou de chefia.

O edital de concurso público tem de reservar 20% das vagas para serem preenchidas por
pessoa com deficiência, desprezada a parte decimal. A deficiência e a compatibilidade para
as atribuições do cargo são verificadas antes da posse, garantido recurso em caso de decisão
denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a posse.

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Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo


ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão. No caso dos car-
gos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo ou cargo de carrei-
ra, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso público anteriormente
realizado.
Duas importantes regras devem ser observadas com relação aos nomeados para cargos
de provimento efetivo:

a) A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de validade do
concurso público.
b) O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito à nomea-
ção no cargo para o qual concorreu.

Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente. O servidor ocupante de cargo em
comissão pode ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo em comissão,
hipótese em que deve:
a) acumular as atribuições de ambos os cargos;
b) optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função de confiança,
do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por
afinidade:
a) do Governador e do Vice-Governador, na administração pública direta, autárquica ou
fundacional do Poder Executivo;
b) de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
c) de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas;
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o prazo
de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será de-
clarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público,
fato que apenas ocorre com a posse.
A norma elenca, no entanto, quatro diferentes licenças que podem dar ensejo ao diferimen-
to do momento do início do prazo para que o particular tome posse. Assim, caso o particular
esteja licenciado com base nestas quatro licenças, o prazo de 30 dias para a posse apenas
terá início após o término das respectivas licenças, sendo elas:

a) licença médica ou odontológica;


b) licença-maternidade;
c) licença-paternidade;
d) licença para o serviço militar.

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Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais


da administração pública distrital. E como forma do servidor conhecer o local da repartição
para onde foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e de-
mais procedimentos, a Lei Complementar faculta ao servidor o prazo de 5 dias úteis, contados
da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, teremos,
ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, confor-
me anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar
nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a partir de então, servi-
dor público.

Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servi-


dor para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores:

I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.

Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de desempenho do servidor,


que será realizada por comissão constituída para esta finalidade, será submetida à homologa-
ção da autoridade competente.

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 Obs.: Em três diferentes situações, o período de estágio probatório ficará suspenso, sendo
que a contagem de tempo apenas continuará após o término da ocorrência. De acordo
com a norma, são as seguintes as situações que dão ensejo à suspensão do estágio
probatório:
 a) Quando o servidor for cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza
especial ou de equivalente nível hierárquico.
 b) Quando o agente afastar-se do cargo ocupado para participar de curso de formação
previsto como etapa de concurso público.
 c) Quando o servidor estiver em licença remunerada por motivo de doença em pessoa
da família do servidor.

Caso não seja aprovado no estágio probatório, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois:
a) Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anterior-
mente ocupado. Nesta hipótese, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja preenchido por
outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da administração.
b) Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exone-
ração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido.

Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por três diferentes motivos:

I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos fundamentos de con-
cessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão
voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.

A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-


mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as
vantagens. Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou judicial.

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Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor estável ao cargo ante-
riormente ocupado. Três são as situações, de acordo com a norma em estudo, que ensejam a recon-
dução do servidor, sendo que ambas decorrem da estabilidade por ele alcançada no serviço público.

a) reprovação em estágio probatório;


b) desistência de estágio probatório;
c) reintegração do anterior ocupante.

O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades. Neste sentido,
a norma determina que é de 30 dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, contados da
data em que tomou ciência do aproveitamento.
Remoção é o deslocamento da lotação do servidor, no mesmo órgão, autarquia ou funda-
ção e na mesma carreira, de uma localidade para outra.
Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia
ou fundação do mesmo Poder.
Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remune-
rada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e
funções da administração direta ou indireta de todos os entes federados. As exceções, nas
estritas hipóteses constitucionais, ficam condicionadas à compatibilidade de horário entre os
dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
a) Dois cargos de professor;
b) Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Uma vez instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para
defesa escrita, fizer a opção por um dos cargos públicos, o processo deve ser arquivado, sem
julgamento do mérito. A possibilidade de escolha, contudo, não ocorrerá quando houver decla-
ração falsa feita pelo servidor sobre acumulação de cargos.
Dois são os resultados possíveis em razão do processo disciplinar, a saber:
a) reconhecida a boa-fé, teremos a exoneração do servidor do cargo vinculado ao órgão,
autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado;
b) provada a má-fé, será aplicada a sanção de demissão, destituição ou cassação de apo-
sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acumulação
ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.

Em caso de boa-fé Em caso de má-fé

Aplicação da sanção de demissão, destituição ou


Exoneração do servidor do
cassação de aposentadoria ou disponibilidade em
cargo vinculado ao órgão,
relação aos cargos ou empregos em regime de
autarquia ou fundação onde o
acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou
processo foi instaurado
entidades de vinculação devem ser comunicados

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De acordo com a lei em estudo, são as seguintes as situações que dão ensejo à vacância
do servidor distrital:
a) exoneração;
b) demissão;
c) destituição de cargo em comissão;
d) aposentadoria;
e) falecimento;
f) perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal;
A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rompi-
mento do vínculo mantido entre o servidor e a administração pública. Tal forma de vacância
pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária. É voluntária quando a exoneração ocorre a
pedido do servidor. Tratando-se de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estare-
mos diante da exoneração involuntária.

 Obs.: De acordo com a Lei Complementar 840/2011, apenas em duas situações teremos a
exoneração involuntária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo efetivo:
 a) Quando o servidor for reprovado no estágio probatório;
 b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido.

Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de 30
horas semanais. No interesse da administração pública e mediante anuência do servidor, o regime
de trabalho pode ser ampliado para 40 horas semanais, observada a proporcionalidade salarial.
Já o servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de confiança tem
regime de trabalho de 40 horas semanais, com integral dedicação ao serviço.

Servidor ocupante de cargo em


Servidor Efetivo
comissão ou função de confiança

Regime de trabalho de 30 horas semanais.


No interesse da administração pública e Regime de trabalho de 40 horas
mediante anuência do servidor, o regime de semanais, com integral dedicação ao
trabalho pode ser ampliado para 40 horas serviço.
semanais, observada a proporcionalidade salarial.
Em relação à jornada de trabalho, merecem ser destacadas as informações relacionadas
com a possibilidade de realização de “horas extras” e com o trabalho noturno.
O serviço noturno pode ser definido como aquele realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 ho-
ras do dia seguinte. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo 52 minutos e 30 segundos.
Em relação às horas extras, a lei estabelece que, para atender a situações excepcionais e
temporárias do serviço, a jornada de trabalho poderá ser ampliada, a título de serviço extraor-
dinário, em até 2 horas. Contudo, em caso de risco de comprometimento da ordem e da saúde
públicas, o Governador poderá autorizar, excepcionalmente, a extrapolação do limite de 2 ho-
ras para os servidores que atuem diretamente nas áreas envolvidas.
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Serviço Noturno Serviço Extraordinário

Para atender a situações excepcionais


e temporárias do serviço, a jornada de
trabalho poderá ser ampliada, a título
de serviço extraordinário, em até 2
Aquele realizado entre as 22 horas de horas.
um dia e as 5 horas do dia seguinte. Em caso de risco de comprometimento
A hora é considerada como tendo 52 da ordem e da saúde públicas,
minutos e 30 segundos. o Governador poderá autorizar,
excepcionalmente, a extrapolação do
limite de 2 horas para os servidores
que atuem diretamente nas áreas
envolvidas.
Além das vantagens devidas aos servidores distritais, a norma elenca uma série de con-
cessões. Nestas situações, a regra é de que o servidor pode se ausentar do trabalho, por um
número determinado de dias, sem que isso implique em prejuízo de sua remuneração.

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Ressalta-se que as faltas injustificadas ao serviço configuram:


a) abandono do cargo, se ocorrerem por mais de 30 dias consecutivos;
b) inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de 60 dias, interpolada mente, no período
de 12 meses.

A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administra-


ção direta, autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os
proventos, as pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsí-
dio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios.
No entanto, estão excluídos do cálculo do teto remuneratório o décimo terceiro salário, o
adiantamento de férias, o adicional de férias, o auxílio-natalidade, o auxílio pré-escolar e as
vantagens de caráter indenizatório.

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O subsídio ou o vencimento básico inicial da carreira não pode ser inferior ao salário-mí-
nimo. Quando isso ocorrer, o valor do subsídio ou do vencimento básico deverá ser comple-
mentado. Sobre esta complementação deverá incidir as parcelas da remuneração que incidem,
normalmente, sobre o vencimento básico.
Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens, as seguintes
parcelas remuneratórias:
a) gratificações;
b) adicionais;
c) abonos;
d) indenizações.
Ao passo que as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento, nos casos e
nas condições indicados em lei, as indenizações não se incorporam ao vencimento ou proven-
to para qualquer efeito.

Gratificações e Adicionais Indenizações

Incorporam-se ao vencimento, nos Não se incorporam ao vencimento ou


casos e nas condições indicados em lei provento para qualquer efeito
De acordo com a norma complementar, três são as vantagens pessoais passíveis de con-
cessão aos servidores.
O adicional por tempo de serviço é devido à razão de
1% sobre o vencimento básico do cargo de provimento
Adicional por Tempo
efetivo por ano de efetivo serviço.
de Serviço
O adicional de tempo de serviço é devido a partir do mês
em que o servidor completar o anuênio.

O adicional de qualificação, instituído por lei específica,


destina-se a remunerar a melhoria na capacitação para
Adicional de o exercício do cargo efetivo.
Qualificação Os conteúdos dos cursos de qualificação devem guardar
pertinência com as atribuições do cargo efetivo ou da
unidade de lotação e exercício.

Vantagens Pessoais
As vantagens pessoais nominalmente identificáveis são
Nominalmente
definidas em lei ou reconhecidas em decisão judicial.
Identificáveis

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Três são as vantagens eventuais passíveis de concessão. Tais vantagens são assim intitu-
ladas por dependerem da ocorrência de um fato gerador eventual (não recorrente) para que a
concessão seja possível.
O auxílio-natalidade é devido à servidora efetiva por motivo
de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento básico do serviço público distrital, inclusive no
caso de natimorto.
Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve ser acrescido de
Auxílio-
50% por nascituro.
Natalidade
O auxílio-natalidade deve ser pago ao cônjuge ou
companheiro servidor público, quando a parturiente não for
servidora pública distrital.
As regras relacionadas com o auxílio-natalidade são aplicadas,
igualmente, às situações de adoção.

O auxílio-funeral é devido à família do servidor efetivo falecido


em atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês
da remuneração, subsídio ou provento.
No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio-funeral é
pago somente em razão do cargo de maior remuneração ou
subsídio.
O auxílio-funeral deve ser pago no prazo de 48 horas, por
meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que
houver custeado o funeral.
Auxílio-Funeral No caso de servidor aposentado, o auxílio-funeral é pago pelo
regime próprio de previdência social, mediante ressarcimento
dos valores pelo Tesouro do Distrito Federal.
O terceiro que custear o funeral tem direito de ser indenizado,
não podendo a indenização superar o valor de um mês da
remuneração, subsídio ou provento.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local
de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte
do corpo correm à conta de recursos do Distrito Federal, da
autarquia ou da fundação pública.

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A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao


servidor estável que, em caráter eventual:
I – atuar como instrutor em curso de formação, de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído
nos Poderes Executivo ou Legislativo;
II – participar de banca examinadora ou de comissão de
concurso para:
a) exames orais;
b) análise de currículo;
c) correção de provas discursivas;
d) elaboração de questões de provas;
e) julgamento de recursos interpostos por candidatos;
III – participar da logística de preparação e de realização de
concurso público envolvendo atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas
atribuições permanentes;
IV – participar da aplicação de provas de concurso público,
fiscalizá-la ou avaliá-la, bem como supervisionar essas
Gratificação por
atividades.
Encargo de Curso
As seguintes regras devem ser observadas em relação à
ou Concurso
mencionada gratificação:
a) o valor da gratificação deve ser calculado em horas,
observadas a natureza e a complexidade da atividade
exercida;
b) o período de trabalho nas atividades de que trata este
artigo não pode exceder a cento e vinte horas anuais ou,
quando devidamente justificado e previamente autorizado
pela autoridade máxima do órgão, autarquia ou fundação, a
240 horas anuais;
A gratificação por encargo de curso ou concurso somente
pode ser paga se as atividades referidas forem exercidas
sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for
titular, devendo implicar compensação de horário quando
desempenhadas durante a jornada de trabalho.
A gratificação em questão não se incorpora à remuneração do
servidor para qualquer efeito e não pode ser utilizada como
base para cálculo de qualquer outra vantagem, nem para fins
de cálculo dos proventos de aposentadoria ou das pensões.

O subsídio, a remuneração ou qualquer de suas parcelas tem natureza alimentar e não é


objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resul-
tantes de decisão judicial.
A quitação da folha de pagamento é feita até o quinto dia útil do mês subsequente.
É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores po-
dem ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e no interesse da
administração.
Caso ocorra o parcelamento, os valores relativos às férias serão creditados quando da uti-
lização da primeira etapa, devendo ser observada a antecedência mínima de 2 dias.
Ponto bastante importante é sobre as férias dos servidores que operam constantemente
com raio x ou outras substancias radioativas. Para estes, há a expressa determinação de que
deverão gozar do período de 20 dias de férias a cada semestre de atividade profissional, sen-
do vedada a sua acumulação. Além disso, tais servidores não fazem jus ao abono pecuniário.
A licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma espécie é conside-
rada como prorrogação.
Pode ser concedida licença ao servidor estável para acompanhar cônjuge ou companheiro
que for deslocado para:
a) trabalhar em localidade situada fora da Região Integrada de Desenvolvimento Econômi-
co do Distrito Federal e Entorno – RIDE;
b) exercer mandato eletivo em Estado ou Município não compreendido na RIDE.
A licença em questão será pelo prazo de até 5 anos, acarretando, durante o período, a
perda da remuneração ou subsídio.
Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim
até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.
Após cada quinquênio (5 anos) de efetivo exercício, o servidor ocupante de cargo efetivo
fará jus a 3 meses de licença-servidor, sem prejuízo de sua remuneração, inclusive da retri-
buição do cargo em comissão, função de confiança ou função gratificada escolar – FGE que
eventualmente exerça.
O número de servidores afastados em virtude de licença-servidor não pode ser superior a
1/3 da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação. De igual
forma, a Administração Pública tem o prazo de até 120 dias, contado da data de requerimento
do pedido pelo servidor, para definir o período de gozo da licença.
Fica assegurado às servidoras e aos servidores o direito de iniciar a fruição de licença-ser-
vidor logo após o término da licença-maternidade ou da licença-paternidade. O direito asse-
gurado aplica-se à licença-prêmio por assiduidade cujo período de aquisição for completado
até 10 dias antes do término da licença-maternidade.

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A critério da administração pública, poderá ser concedida ao servidor estável (trata-se de


um ato discricionário) licença para tratar de assuntos particulares. O prazo da licença será de
até 3 anos consecutivos, implicando na perda da remuneração do servidor durante o período.
Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem direito a licença-paternidade de 7 dias
consecutivos, incluído o dia da ocorrência.
O servidor que não tiver falta injustificada no ano anterior faz jus ao abono de ponto de cin-
co dias. Para aquisição do direito ao abono de ponto, é necessário que o servidor tenha estado
em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano aquisitivo. O direito ao gozo do
abono de ponto extingue-se em 31 de dezembro do ano seguinte ao do ano aquisitivo.
O gozo do abono de ponto pode ser em dias intercalados, com a ressalva de que o número
de servidores em gozo de abono de ponto não pode ser superior a 1/5 da lotação da respec-
tiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação. Ocorrendo a investidura após 1º
de janeiro do período aquisitivo, o servidor faz jus a 1 dia de abono de ponto por bimestre de
efetivo exercício, até o limite de 5 dias.
A Lei Complementar 840/2011 apresenta as diversas formas como a contagem do tempo
de contribuição será feito:

O direito de requerer prescreve:


a) em 5 anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade, ou de destituição do cargo em comissão;
b) em 5 anos, quanto ao interesse patrimonial ou créditos resultantes das relações
de trabalho;
c) em 120 dias, nos demais casos, salvo disposição legal em contrário.
Três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos estão submetidos,
sendo elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público.

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A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor.


A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo pra-
ticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função. A responsabilidade administrativa
perante a administração pública não exclui a competência do Tribunal de Contas prevista na
Lei Orgânica do Distrito Federal.
A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que são as situ-
ações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição na esfera administrativa.
Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta expressa-
mente negue a existência do fato ou de sua autoria.

As seguintes sanções disciplinares podem ser aplicadas aos servidores públicos do


Distrito Federal:
a) advertência;
b) suspensão;
c) demissão;
d) cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
e) destituição do cargo em comissão.
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por
escrito a conduta do servidor. No lugar da advertência, poderá ser aplicada, motivadamente, a
suspensão até 30 dias, se as circunstâncias assim o justificarem.

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A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou sub-
sídio dos dias em que estiver afastado. Quando a infração média for do grupo I, a penalidade
de suspensão não poderá exceder a 30 dias. Quando a infração média for do grupo II, a pena-
lidade de suspensão não poderá exceder a 90 dias. Em caso de reincidência no cometimento
de uma infração leve, o servidor deverá ser sancionado com a suspensão até 30 dias. Por fim,
em caso de reincidência no cometimento de infração média do grupo I, a sanção será a de
suspensão por até 90 dias.
A suspensão não pode ser aplicada por prazo superior a 90 dias, bem como que, a
critério da autoridade competente, dentro das situações em que for conveniente para o
serviço público, a pena de suspensão poderá ser substituída por multa de 50% por dia
trabalhado.
A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao
servidor efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo ser cominada com
o impedimento de nova investidura em cargo público. A demissão também será aplica-
da quando a infração grave for cometida por servidor efetivo no exercício de cargo em
comissão ou função de confiança do Poder Executivo ou Legislativo do Distrito Federal.
Além disso, a norma determina a aplicação de demissão nas situações de reincidência
das infrações médias do grupo II.
A cassação de aposentadoria é a sanção por infração disciplinar que houver sido cometida
pelo servidor em atividade, pela qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo ser
cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
A cassação de disponibilidade é a sanção por infração disciplinar que houver sido come-
tida em atividade, pela qual se impõe a perda do cargo público ocupado e dos direitos decor-
rentes da disponibilidade, podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em
cargo público.
A destituição do cargo em comissão é a sanção por infração disciplinar média ou grave,
pela qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Federal a perda do cargo em
comissão por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em
outro cargo efetivo ou em comissão.
A ação disciplinar prescreve em:
a) 5 anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposen-
tadoria ou disponibilidade;
b) 5 anos, quanto à suspensão;
c) 1 ano, quanto à advertência.

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Não será punido Ficará isento da sanção disciplinar

O servidor que, ao tempo da infração


disciplinar, era inteiramente incapaz O servidor cuja conduta funcional,
de entender o caráter ilícito do fato ou classificada como erro de
de determinar-se de acordo com esse procedimento, seja caracterizada,
entendimento, devido a: cumulativamente, pela:
a) insanidade mental, devidamente a) ausência de dolo;
comprovada por laudo de junta médica b) eventualidade do erro;
oficial; c) ofensa ínfima aos bens jurídicos
b) embriaguez completa, proveniente tutelados;
de caso fortuito ou força maior. d) prejuízo moral irrelevante;
A punibilidade não se exclui pela e) reparação de eventual prejuízo
embriaguez, voluntária ou culposa, por material antes de se instaurar
álcool, entorpecente ou substância de sindicância ou processo disciplinar.
efeitos análogos.
A sindicância ordinária pode ser dividida em duas modalidades, sendo elas a preparatória
e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua instauração for a de
servir como base para o processo administrativo disciplinar. A sindicância punitiva, por sua
vez, ocorre quando o procedimento, por si só, enseja a aplicação de alguma das penalidades
previstas em lei.
Nota-se, assim, que o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que
será aplicada.
Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do processo, a aplicação
das penalidades de advertência ou de suspensão até 30 dias ou, no caso de constatação de
infração com maior gravidade, a instauração de processo administrativo disciplinar.

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Diversamente, sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalida-
de de suspensão por mais de 30 dias ou, ainda, de outra sanção mais gravosa, será obrigatória
a instauração de processo administrativo disciplinar.
A sindicância patrimonial, por sua vez, trata-se do procedimento adotado quando estiver-
mos diante de fundados indícios de enriquecimento ilícito ou de evolução patrimonial incom-
patível com a remuneração ou subsídio recebida pelo servidor público. Ao contrário do que
ocorre com a sindicância ordinária, a sindicância patrimonial trata-se de procedimento exclusi-
vamente investigativo. Em outros termos, não poderemos ter, como resultado da sindicância
patrimonial, a aplicação de uma penalidade administrativa, mas sim apenas a investigação
que servirá de base para a instauração do processo administrativo disciplinar.

Obs.: São competentes para determinar a instauração de sindicância patrimonial:


 a) o Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, nos respectivos órgãos;
 b) o Governador ou o titular do órgão central de sistema de correição, no Poder Executivo.

Considerando que o processo administrativo disciplinar é instrumento mais complexo do


que a sindicância, o prazo para conclusão é, igualmente, maior. Assim, determina a norma que
o PAD deverá ser concluído dentro do prazo de 60 dias, prazo este que poderá ser prorrogado,
por igual período, pela autoridade competente.
Todos os prazos nos processos administrativos disciplinares no Distrito Federal, ainda que
regidos por leis especiais, ficam suspensos no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro,
inclusive.

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Caso entenda necessário, a autoridade instauradora do processo poderá solicitar o afas-


tamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, prorrogados por mais 60 em caso
de necessidade.

Concluída a instrução e apresentada a defesa, a comissão processante deve elaborar re-


latório circunstanciado. A comissão processante deve remeter à autoridade instauradora os
autos do processo disciplinar, com o respectivo relatório.
Na hipótese de o relatório concluir que a infração disciplinar apresenta indícios de infração
penal, a autoridade competente deve encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público.
Tendo recebido o relatório, a autoridade competente irá realizar, com base nos autos do
processo administrativo disciplinar, o julgamento.
No prazo de 20 dias, contados do recebimento dos autos do processo disciplinar, a autori-
dade competente deve proferir sua decisão. Havendo mais de um servidor indiciado e diversi-
dade de sanções propostas no relatório da comissão processante, o julgamento e a aplicação
das sanções cabe à autoridade competente para a imposição da sanção mais grave.
O requerimento de revisão do processo deve ser dirigido, conforme o caso, à autoridade ad-
ministrativa que julgou, originariamente, o processo disciplinar. Uma vez autorizada a revisão e
constituída a comissão revisora, esta terá o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
A revisão do processo administrativo disciplinar não poderá agravar a penalidade inicial-
mente aplicada.
Ressalta-se que tal peculiaridade é exclusiva da revisão do processo administrativo disci-
plinar. Em sentido oposto, os diversos recursos que podem ser impetrados contra a decisão
de aplicou uma penalidade ao servidor podem perfeitamente ter a sua decisão agravada pela
autoridade responsável pelo julgamento do recurso.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IADES/ANA TI (BRB)/BRB/2019) De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, acer-
ca dos cargos públicos e das funções de confiança, assinale a alternativa correta.
a) O ato de provimento de cargo público compete ao governador, no Poder Executivo, ao presi-
dente da Câmara Legislativa e ao presidente do Tribunal de Contas.
b) A lei que estabelece requisitos específicos para investidura em cargos públicos viola o prin-
cípio da isonomia e o disposto no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distri-
to Federal.
c) Aquele que praticar ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação elei-
toral não está impedido de ser nomeado para ocupar cargo em comissão.
d) A edição de ato de nomeação com efeito retroativo será legítima, desde que constatado erro
da administração pública.
e) O cargo em comissão de chefia é aquele cujo desempenho envolva atribuições da adminis-
tração superior.

002. (IADES/ENF (SES DF)/SES DF/OBSTETRA/2018) No que se refere ao estágio probató-


rio, regulado pela Lei Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) O servidor que responde a processo disciplinar pode desistir do estágio probatório.
b) O servidor em estágio probatório não pode ser cedido a outro órgão para ocupar cargo de
natureza especial.
c) O servidor em estágio probatório tem direito de gozar licença não remunerada.
d) Ao servidor em estágio probatório é defeso exercer função de confiança no órgão de lotação.
e) Quando o servidor acumular licitamente dois cargos, o estágio probatório é cumprido em
relação a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor.

003. (IADES/ESP SAU (SES DF)/SES DF/ADMINISTRADOR/2018) No que se refere ao tema


cargos públicos e funções de confiança, disposto na Lei Complementar n. 840/2011, assinale
a alternativa correta.
a) As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, destinam-se somente às atribuições
de direção.
b) Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.
c) O cargo em comissão de chefia é aquele cujo desempenho envolva atribuições da adminis-
tração superior.
d) Atos de nomeação podem ser editados com efeito retroativo.
e) No ato de inscrição do concurso público, devem ser comprovados os requisitos para inves-
tidura em cargo público.

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004. (IADES/MED (SES DF)/SES DF/BIOMETRIA/PERÍCIA MÉDICA/2018) Segundo a con-


ceituação prevista na Lei Complementar n. 840/2011, o retorno à atividade de servidor aposen-
tado é a forma de provimento de cargo público denominada
a) nomeação.
b) recondução.
c) aproveitamento.
d) reversão.
e) reintegração.

005. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL/2014) O regime ju-
rídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal prevê que, durante o estágio probatório,
são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servidor para o desempenho do cargo.
A esse respeito, assinale a alternativa que apresenta todos os fatores a cuja observância deve
obedecer o referido estágio probatório, conforme disposição expressa desse estatuto.
a) Assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e, responsabilidade.
b) Pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; e, produtividade.
c) Assiduidade; pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e, respon-
sabilidade.
d) Assiduidade; pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; e, produtividade.
e) Pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; e, responsabilidade.

006. (IADES/TAC (SEAP DF)/SEGAD DF/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Salvo disposi-


ção legal em contrário, conforme disposições do próprio regime jurídico único, os servidores
públicos efetivos do governo do Distrito Federal têm regime de trabalho semanal de
a) 20 horas.
b) 30 horas.
c) 36 horas.
d) 40 horas.
e) 44 horas.

007. (IADES/ESC (BRB)/BRB/2019) De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, que


dispõe quanto ao regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, assinale a
alternativa correta.
a) Os adicionais de insalubridade e de periculosidade são cumulativos.
b) Incidência de adicional noturno sobre o adicional de serviço extraordinário é defeso.
c) O subsídio pode ser objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação
de alimentos resultantes de decisão judicial.
d) A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administra-
ção direta, autárquica e fundacional não podem exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
e) Gratificações, indenizações e adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento.

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008. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/HEMATOLOGIA E


HEMATOTERAPIA/2018) No que se refere ao tema auxílio-alimentação, disposto na Lei Com-
plementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) É devido ao servidor em caso de afastamento para estudo ou missão no exterior.
b) O valor do auxílio deve ser atualizado a cada biênio.
c) Pode ser acumulado com outro benefício da mesma espécie.
d) Depende de requerimento do servidor interessado, no qual declare não receber o mesmo
benefício em outro órgão ou entidade.
e) Paga-se em pecúnia, com contrapartida.

009. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/HEMATOLOGIA E


HEMATOTERAPIA/2018) Acerca da licença por motivo de doença em pessoa da família, pre-
vista na Lei Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) A licença pode ser concedida por motivo de doença apenas de cônjuge ou ascendente
do servidor.
b) A licença é sem remuneração ou subsídio.
c) A licença somente pode ser deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e
não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
d) O prazo de duração para a licença inexiste; deve, portanto, perdurar enquanto não ces-
sar a doença.
e) O exercício de atividade remunerada é possível durante o usufruto da licença pelo servidor.

010. (IADES/ENF (SES DF)/SES DF/OBSTETRA/2018) Com relação à licença para tratar
de interesses particulares, prevista na Lei Complementar n. 840/2011, assinale a alternati-
va correta.
a) Essa licença, após concedida, não pode ser interrompida a critério da administração.
b) A licença é concedida sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo.
c) A licença pode ser concedida por um prazo máximo de um ano para os servidores que pos-
suam débito com o erário, relacionado com a respectiva situação funcional.
d) O servidor não pode exercer cargo ou emprego público inacumulável durante essa licença.
e) A licença para tratar de interesses particulares é improrrogável.

011. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) O regime jurídi-


co dos servidores públicos civis do Distrito Federal prevê que, concluída a instrução e apresen-
tada a defesa, a comissão processante do processo administrativo disciplinar deve elaborar
relatório circunstanciado.
Acerca desse tema, assinale a alternativa que apresenta item(ns) obrigatório(s) a constar do
referido relatório.
a) Informações acerca dos fatos antecedentes ao processo.

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b) Descrição minuciosa das peças principais dos autos, com especificação objetiva dos fatos
apurados, das provas colhidas e dos fundamentos jurídicos de sua convicção.
c) Determinação de envio de cópia dos autos ao Ministério Público na hipótese de o relatório
concluir que a infração disciplinar apresenta indícios de infração penal.
d) Definição da sanção a ser aplicada e do dispositivo do referido regime jurídico em que ela
se encontra.
e) Conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, com a indicação
do dispositivo legal ou regulamentar infringido, bem como as circunstâncias agravantes ou
atenuantes.

012. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL/2014) De acor-


do com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo disciplinar
previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que se refere à
sanção de suspensão, assinale a alternativa correta.
a) A conversão da penalidade de suspensão em multa é um direito do servidor, sendo suficien-
te, para sua operacionalização, o seu requerimento após a aplicação da penalidade originária.
b) É aplicada multa ao servidor inativo que houver praticado na atividade infração disciplinar
punível com suspensão.
c) No lugar da advertência, pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão de até 90 dias, se
as circunstâncias assim o justificarem.
d) A suspensão é a sanção por infrações disciplinares médias e graves pela qual se impõe ao
servidor o afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração
ou subsídio dos dias em que estiver afastado.
e) Em caso de conversão, a multa deve ser fixada em até 50% dos valor diário da remuneração
ou subsídio, por dia de suspensão.

013. (IADES/AAC (SEAP DF)/SEGAD DF/ADMINISTRAÇÃO/2014) No âmbito do processo


administrativo disciplinar regulado pelo Regime Jurídico Único do Distrito Federal, Paulo ale-
gou nulidade do procedimento contra ele em curso perante o Poder Judiciário, posto não ter
sido citado para acompanhar o processo na ocasião da sua instauração administrativa. Con-
siderando essa situação hipotética, de acordo com as disposições legais em relação ao tema,
assinale a alternativa correta.
a) Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a lei de regência prevê̂ expressamente a cita-
ção do servidor quando instaurado o procedimento, para que ele acompanhe o processo pes-
soalmente ou por intermédio de procurador, sendo que, à exceção do referido momento, bem
como quando de sua indiciação, é a intimação o instituto para notificar-lhe dos demais atos
processuais.
b) Paulo não está correto na sua tese, bastando a sua notificação na ocasião da instauração,
visto que a sua citação deverá ocorrer somente na hipótese de a comissão processante, ao
final da instrução da fase do inquérito, não deliberar por sua absolvição sumária.

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c) Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a lei de regência prevê expressamente a citação
do servidor quando instaurado o procedimento, para que ele acompanhe o processo pessoal-
mente ou por intermédio de procurador, devendo ser intimado de todos os demais atos, inclu-
sive quando de sua eventual indiciação.
d) Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a lei de regência prevê expressamente a citação
do servidor no momento da instauração do procedimento, para que ele constitua mandatá-
rio, sendo obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo
disciplinar.
e) Paulo não está correto na sua tese, bastando a sua notificação na ocasião da instauração,
visto que a sua citação deverá ocorrer somente no início da instrução.

014. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) Assinale a al-


ternativa que contém todos os direitos previstos no regime jurídico dos servidores públicos
civis do Distrito Federal que, salvo quando autorizados pela autoridade instauradora, têm ve-
dação de deferimento ao servidor acusado, desde a instauração do processo disciplinar até a
conclusão do prazo para defesa escrita.
a) Gozo de férias, licença ou afastamento voluntários, exoneração a pedido e aposentadoria
voluntária.
b) Licença ou afastamento voluntários, exoneração a pedido e aposentadoria voluntária.
c) Afastamentos voluntários, exoneração a pedido e aposentadoria voluntária.
d) Gozo de férias, afastamentos exoneração a pedido e aposentadoria.
e) Gozo de férias, licença ou afastamento voluntários e exoneração a pedido.

015. (IADES/ENF (SES DF)/SES DF/”SEM ÁREA”/2014) Com base no regime jurídico dos ser-
vidores públicos civis do Distrito Federal, assinale a alternativa que delimita exceção à vedação
de concessão de licença não remunerada ou afastamento sem remuneração ao servidor em
estágio probatório.
a) Afastamento para o serviço militar.
b) Gozo de licença-prêmio por assiduidade.
c) Afastamento para o serviço militar ou a licença por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro.
d) Licença por motivo de doença em pessoa da Família comprovada por junta médica oficial a
necessidade de licença por período superior a 180 dias.
e) Afastamento para o serviço militar ou para o exercício de mandato eletivo.

016. (IADES/TEC (HEMOCENTRO DF)/HEMOCENTRO DF/ADMINISTRATIVO/2017) Consi-


dere hipoteticamente que João, ao tomar posse em cargo em determinado órgão público do
Distrito Federal, inacumulável com o seu titularizado na Fundação Hemocentro de Brasília,
deseja solicitar vacância deste último.

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Com base nessa situação, de acordo com o previsto no regime jurídico dos servidores públicos
civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais, assinale a alterna-
tiva correta.
a) João poderá pedir vacância do próprio cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, ainda
que não estável, mas desde que peça a recondução até o final do estágio probatório no cargo
que vier a ser titularizado no órgão do Distrito Federal.
b) O cargo para o qual João pediu vacância não poderá ser provido pela administração pública.
c) João tem de retornar ao exercício do cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, em caso
de recondução, até 30 dias após a ciência de seu ato de recondução.
d) João deverá, necessariamente, ser reconduzido ao mesmo cargo, haja vista não poder a
Administração prover o cargo para o qual foi solicitada vacância.
e) Quanto à recondução, o referido regime jurídico único prevê também observância ao dispos-
to para o retorno à atividade de servidor em disponibilidade mediante aproveitamento.

017. (IADES/ANA TI (BRB)/BRB/2021) No que tange ao Regime Disciplinar previsto na Lei


Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) Atos comissivos não podem ser enquadrados como infrações disciplinares.
b) Os antecedentes funcionais do servidor não podem ser considerados na aplicação das san-
ções disciplinares.
c) Em face do exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde penal, civil e admi-
nistrativamente.
d) A ação disciplinar prescreve em cinco anos, quando a penalidade a ser aplicada for de ad-
vertência, suspensão ou demissão.
e) A recusa de fé a documento público é classificada como uma infração média.

018. (IADES/2014/SEAP-DF/TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Isabel é servidora pública do


governo do Distrito Federal, regida pelo regime jurídico único, e cometeu fato passível de apu-
ração disciplinar. João é o chefe da repartição onde o referido fato ocorreu. Pedro é o chefe
imediato de Isabel. Paulo é a autoridade competente para instaurar o devido processo admi-
nistrativo disciplinar.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o prazo de prescrição do fato passí-
vel de apuração disciplinar praticado por Isabel começa a correr a partir da (o):
a) conhecimento do fato por Pedro.
b) conhecimento do fato por Paulo.
c) conhecimento do fato por João
d) primeira data em que o fato se tornou conhecido por Pedro ou por Paulo.
e) primeira data em que o fato se tornou conhecido por João, por Pedro ou por Paulo.

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019. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) Quantos


dias são previstos como prazo para a defesa escrita no processo administrativo disciplinar do
regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, quando houver somente um
servidor indiciado e não houver diligências reputadas indispensáveis?
a) Cinco.
b) Oito.
c) Trinta.
d) Quinze.
e) Dez.

020. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) De acordo


com o regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, sem prejuízo de ação
cível ou penal e das demais medidas administrativas, assinale a alternativa correta quanto ao
prazo no qual haverá incompatibilização para nova investidura em cargo público do Distrito
Federal no caso de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou destituição de
cargo em comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II do referido estatuto.
a) Um ano.
b) Três anos.
c) Cinco anos.
d) Dez anos.
e) Nesse caso, o servidor não mais poderá retornar ao serviço público distrital.?

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GABARITO
1. a
2. e
3. b
4. d
5. c
6. b
7. d
8. d
9. c
10. d
11. e
12. b
13. c
14. a
15. e
16. e
17. c
18. e
19. e
20. d

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GABARITO COMENTADO
001. (IADES/ANA TI (BRB)/BRB/2019) De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, acer-
ca dos cargos públicos e das funções de confiança, assinale a alternativa correta.
a) O ato de provimento de cargo público compete ao governador, no Poder Executivo, ao presi-
dente da Câmara Legislativa e ao presidente do Tribunal de Contas.
b) A lei que estabelece requisitos específicos para investidura em cargos públicos viola o princípio
da isonomia e o disposto no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal.
c) Aquele que praticar ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação elei-
toral não está impedido de ser nomeado para ocupar cargo em comissão.
d) A edição de ato de nomeação com efeito retroativo será legítima, desde que constatado erro
da administração pública.
e) O cargo em comissão de chefia é aquele cujo desempenho envolva atribuições da adminis-
tração superior.

a) Certa. A alternativa elenca, corretamente, os responsáveis pelo ato de provimento em cargo


público no âmbito do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas.

Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao:


I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.

b) Errada. O § 1º do artigo 7º estabelece que “A lei pode estabelecer requisitos específicos para
a investidura em cargos públicos”.
c) Errada. Há sim o impedimento, uma vez que o § 3º do artigo 5º determina que:

É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para cargo em comissão, incluídos
os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade
prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa legislação.

d) Errada. Ao contrário do que afirmado, o artigo 9º determina que “É vedado editar atos de
nomeação, posse ou exercício com efeito retroativo”.
e) Errada. Neste caso, estamos diante do cargo em comissão de direção, e não de chefia.

Art. 5º, § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em comissão:
I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação;
Letra a.

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002. (IADES/ENF (SES DF)/SES DF/OBSTETRA/2018) No que se refere ao estágio probató-


rio, regulado pela Lei Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) O servidor que responde a processo disciplinar pode desistir do estágio probatório.
b) O servidor em estágio probatório não pode ser cedido a outro órgão para ocupar cargo de
natureza especial.
c) O servidor em estágio probatório tem direito de gozar licença não remunerada.
d) Ao servidor em estágio probatório é defeso exercer função de confiança no órgão de lotação.
e) Quando o servidor acumular licitamente dois cargos, o estágio probatório é cumprido em
relação a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor.

a) Errada. Ao contrário do que afirmado, o Parágrafo Único do artigo 24 determina que “Não
pode desistir do estágio probatório o servidor que responde a processo disciplinar”.
b) Errada. A cessão é possível, diferente do que afirmado pela alternativa.

Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:


II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza especial ou de equivalente
nível hierárquico.

c) Errada. Estabelece o artigo 25 que “É vedado à administração pública conceder licença não
remunerada ou autorizar afastamento sem remuneração ao servidor em estágio probatório”.
d) Errada. O servidor em estágio probatório pode perfeitamente exercer qualquer cargo em
comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação de lotação.

Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:


I – exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação
de lotação;

e) Certa. A alternativa está em sintonia com o artigo 23, que determina que “Na hipótese de
acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cumprido em relação a cada cargo em cujo
exercício esteja o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação”.
Letra e.

003. (IADES/ESP SAU (SES DF)/SES DF/ADMINISTRADOR/2018) No que se refere ao tema


cargos públicos e funções de confiança, disposto na Lei Complementar n. 840/2011, assinale
a alternativa correta.
a) As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, destinam-se somente às atribuições
de direção.
b) Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.
c) O cargo em comissão de chefia é aquele cujo desempenho envolva atribuições da adminis-
tração superior.

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d) Atos de nomeação podem ser editados com efeito retroativo.


e) No ato de inscrição do concurso público, devem ser comprovados os requisitos para inves-
tidura em cargo público.

a) Errada. O artigo 6º estabelece que “As funções de confiança, privativas de servidor efetivo,
destinam-se exclusivamente às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
b) Certa. Temos aqui a perfeita definição acerca dos cargos em comissão, que, em razão da ativida-
de desempenhada, são de livre nomeação e exoneração por parte da autoridade competente.

Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atribuições de direção, chefia e as-


sessoramento, são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.

c) Errada. Temos aqui a definição do cargo em comissão de direção, e não de chefia.

Art. 5º, § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em comissão:
I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação;

d) Errada. Diferente do que afirmado, o artigo 9º determina que “É vedado editar atos de nome-
ação, posse ou exercício com efeito retroativo”.
e) Errada. Em razão do § 3º do artigo 7º, temos a previsão de que “Os requisitos para investidu-
ra em cargo público devem ser comprovados por ocasião da posse”.
Letra b.

004. (IADES/MED (SES DF)/SES DF/BIOMETRIA/PERÍCIA MÉDICA/2018) Segundo a con-


ceituação prevista na Lei Complementar n. 840/2011, o retorno à atividade de servidor aposen-
tado é a forma de provimento de cargo público denominada
a) nomeação.
b) recondução.
c) aproveitamento.
d) reversão.
e) reintegração.

O retorno à atividade de servidor aposentado é a forma de provimento de cargo público deno-


minada reversão.

Art. 34. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:


I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos fundamentos de con-
cessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente (...)
Letra d.

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005. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL/2014) O regime ju-
rídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal prevê que, durante o estágio probatório,
são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servidor para o desempenho do cargo.
A esse respeito, assinale a alternativa que apresenta todos os fatores a cuja observância deve
obedecer o referido estágio probatório, conforme disposição expressa desse estatuto.
a) Assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e, responsabilidade.
b) Pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; e, produtividade.
c) Assiduidade; pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e, respon-
sabilidade.
d) Assiduidade; pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; e, produtividade.
e) Pontualidade; disciplina; capacidade de iniciativa; e, responsabilidade.

A Letra C é a alternativa que elenca, corretamente, os fatores que serão avaliados no período
de estágio probatório do servidor público distrital.

Art. 28. Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servi-
dor para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores:
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
Letra c.

006. (IADES/TAC (SEAP DF)/SEGAD DF/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Salvo disposi-


ção legal em contrário, conforme disposições do próprio regime jurídico único, os servidores
públicos efetivos do governo do Distrito Federal têm regime de trabalho semanal de
a) 20 horas.
b) 30 horas.
c) 36 horas.
d) 40 horas.
e) 44 horas.

Estabelece o artigo 57 que “Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao
regime de trabalho de trinta horas semanais”.
Letra b.

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007. (IADES/ESC (BRB)/BRB/2019) De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, que


dispõe quanto ao regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, assinale a
alternativa correta.
a) Os adicionais de insalubridade e de periculosidade são cumulativos.
b) Incidência de adicional noturno sobre o adicional de serviço extraordinário é defeso.
c) O subsídio pode ser objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação
de alimentos resultantes de decisão judicial.
d) A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administra-
ção direta, autárquica e fundacional não podem exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
e) Gratificações, indenizações e adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento.

a) Errada. O § 1º do artigo 79 determina que “O servidor que fizer jus aos adicionais de insalu-
bridade e de periculosidade tem de optar por um deles”.
b) Errada. O adicional noturno pode sim incidir sobre o adicional de serviço extraordinário.

Art. 85, Parágrafo único. O adicional noturno incide sobre o adicional de serviço extraordinário.

c) Errada. O que o artigo 117 estabelece é que

O subsídio, a remuneração ou qualquer de suas parcelas tem natureza alimentar e não é objeto de
arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão
judicial.

d) Certa. Temos aqui a regra do teto constitucional, que, no âmbito do Distrito Federal, está
prevista no artigo 70 da norma complementar, de seguinte redação:

Art. 70. A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proven-
tos, as pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espé-
cie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

e) Errada. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito,


diferente do que afirmado.

Art. 74, § 1º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento, nos casos e nas condi-
ções indicados em lei.
§ 2º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
Letra d.

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008. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/HEMATOLOGIA E


HEMATOTERAPIA/2018) No que se refere ao tema auxílio-alimentação, disposto na Lei Com-
plementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) É devido ao servidor em caso de afastamento para estudo ou missão no exterior.
b) O valor do auxílio deve ser atualizado a cada biênio.
c) Pode ser acumulado com outro benefício da mesma espécie.
d) Depende de requerimento do servidor interessado, no qual declare não receber o mesmo
benefício em outro órgão ou entidade.
e) Paga-se em pecúnia, com contrapartida.

A resposta correta é a letra D, uma vez que o auxílio alimentação depende de requerimen-
to do servidor interessado, no qual declare não receber o mesmo benefício em outro órgão
ou entidade.

Art. 112. O auxílio-alimentação sujeita-se aos seguintes critérios:


III – depende de requerimento do servidor interessado, no qual declare não receber o mesmo bene-
fício em outro órgão ou entidade;

Vejamos os erros das demais alternativas:


a) Errada. O auxílio-alimentação não será devido, dentre outras situações, ao servidor que es-
teja afastado para estudo ou missão no exterior.
b) Errada. O que a norma estabelece é que o valor do auxílio-alimentação deve ser atualizado
anualmente pelo mesmo índice que atualizar os valores expressos em moeda corrente na le-
gislação do Distrito Federal.
c) Errada. O auxílio-alimentação não pode ser acumulado com outro benefício da mesma espé-
cie, ainda que pago in natura.
e) Errada. No auxílio-alimentação, o pagamento é feito em pecúnia, mas sem qualquer tipo de
contrapartida.
Letra d.

009. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/HEMATOLOGIA E


HEMATOTERAPIA/2018) Acerca da licença por motivo de doença em pessoa da família, pre-
vista na Lei Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) A licença pode ser concedida por motivo de doença apenas de cônjuge ou ascendente
do servidor.
b) A licença é sem remuneração ou subsídio.
c) A licença somente pode ser deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e
não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
d) O prazo de duração para a licença inexiste; deve, portanto, perdurar enquanto não cessar a doença.
e) O exercício de atividade remunerada é possível durante o usufruto da licença pelo servidor.

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a) Errada. A licença por motivo de doença em pessoa da família pode ser concedida em razão
de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, ente-
ado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil.

Art. 134. Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o
segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.

b) Errada. Diferente do que afirmado, o § 2º do artigo 134 determina que “A licença é concedida
sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo”.
c) Certa. Trata-se de previsão do § 1º do artigo 134, que estabelece que “A licença somente
pode ser deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo”.
d) Errada. Sobre a duração da licença, o § 3º do artigo 134 determina que “Nenhum período de
licença pode ser superior a trinta dias, e o somatório dos períodos não pode ultrapassar cento e
oitenta dias por ano, iniciando-se a contagem com a primeira licença”.
e) Errada. A norma expressamente prevê que é vedado o exercício de atividade remunerada
durante o usufruto da licença por motivo de doença em pessoa da família.

Art. 135. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o usufruto da licença prevista no
art. 134.
Letra c.

010. (IADES/ENF (SES DF)/SES DF/OBSTETRA/2018) Com relação à licença para tratar
de interesses particulares, prevista na Lei Complementar n. 840/2011, assinale a alternati-
va correta.
a) Essa licença, após concedida, não pode ser interrompida a critério da administração.
b) A licença é concedida sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo.
c) A licença pode ser concedida por um prazo máximo de um ano para os servidores que pos-
suam débito com o erário, relacionado com a respectiva situação funcional.
d) O servidor não pode exercer cargo ou emprego público inacumulável durante essa licença.
e) A licença para tratar de interesses particulares é improrrogável.

a) Errada. Por ser uma licença de caráter discricionário e precário, poderá ela ser interrompida
pela Administração Pública.

Art. 144, § 1º A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou a critério
da administração.

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b) Errada. A licença para tratar de interesses particulares é concedida sem remuneração.


c) Errada. O prazo máximo de concessão da licença é de 3 anos consecutivos.
d) Certa. Temos aqui a perfeita definição do § 2º do artigo 144, que apresenta a seguin-
te redação:

Art. 144. A critério da administração pública, pode ser concedida ao servidor estável licença para tratar
de assuntos particulares, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração, desde que:
§ 2º O servidor não pode exercer cargo ou emprego público inacumulável durante a licença de que
trata este artigo.

e) Errada. Diferente do que afirmado, a norma estabelece que a licença para tratar de assuntos
particulares poderá ser prorrogada por igual período, uma única vez.
Letra d.

011. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) O regime jurídi-


co dos servidores públicos civis do Distrito Federal prevê que, concluída a instrução e apresen-
tada a defesa, a comissão processante do processo administrativo disciplinar deve elaborar
relatório circunstanciado.
Acerca desse tema, assinale a alternativa que apresenta item(ns) obrigatório(s) a constar do
referido relatório.
a) Informações acerca dos fatos antecedentes ao processo.
b) Descrição minuciosa das peças principais dos autos, com especificação objetiva dos fatos
apurados, das provas colhidas e dos fundamentos jurídicos de sua convicção.
c) Determinação de envio de cópia dos autos ao Ministério Público na hipótese de o relatório
concluir que a infração disciplinar apresenta indícios de infração penal.
d) Definição da sanção a ser aplicada e do dispositivo do referido regime jurídico em que ela
se encontra.
e) Conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, com a indicação
do dispositivo legal ou regulamentar infringido, bem como as circunstâncias agravantes ou
atenuantes.

A questão deve ser respondida com base no artigo 252, que estabelece as informações que
devem constar, obrigatoriamente, no relatório circunstanciado.

Art. 252. Concluída a instrução e apresentada a defesa, a comissão processante deve elaborar rela-
tório circunstanciado, do qual constem:
I – as informações sobre a instauração do processo;
II – o resumo das peças principais dos autos, com especificação objetiva dos fatos apurados, das
provas colhidas e dos fundamentos jurídicos de sua convicção;

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III – a conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, com a indicação
do dispositivo legal ou regulamentar infringido, bem como as circunstâncias agravantes ou
atenuantes;
IV – a indicação da sanção a ser aplicada e do dispositivo desta Lei Complementar em que ela se
encontra.

Observa-se que apenas a Letra E consta como uma destas informações. Na Letra C, ainda que
a situação enseje o envio de cópia para o Ministério Público, não estamos diante de uma infor-
mação que deve constar no relatório circunstanciado da comissão processante do processo
administrativo disciplinar.
Letra e.

012. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL/2014) De acor-


do com as disposições expressas, contidas no âmbito do processo administrativo disciplinar
previsto no regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, no que se refere à
sanção de suspensão, assinale a alternativa correta.
a) A conversão da penalidade de suspensão em multa é um direito do servidor, sendo suficien-
te, para sua operacionalização, o seu requerimento após a aplicação da penalidade originária.
b) É aplicada multa ao servidor inativo que houver praticado na atividade infração disciplinar
punível com suspensão.
c) No lugar da advertência, pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão de até 90 dias, se
as circunstâncias assim o justificarem.
d) A suspensão é a sanção por infrações disciplinares médias e graves pela qual se impõe ao
servidor o afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração
ou subsídio dos dias em que estiver afastado.
e) Em caso de conversão, a multa deve ser fixada em até 50% dos valor diário da remuneração
ou subsídio, por dia de suspensão.

a) Errada. A conversão da penalidade de suspensão em multa não é um direito do servidor, mas


sim uma medida que pode ser adotada caso a Administração Pública assim entenda devido.
b) Certa. O § 4º do artigo 200 estabelece justamente que “É aplicada multa ao servidor inativo
que houver praticado na atividade infração disciplinar punível com suspensão”.
c) Errada. O que o Parágrafo Único do artigo 199 determina é que “No lugar da advertência,
pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão até trinta dias, se as circunstâncias assim o
justificarem”.
d) Errada. A suspensão é a sanção por infração disciplinar média, e não por infrações graves.

Art. 200. A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsídio dos
dias em que estiver afastado.

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e) Errada. Em caso de conversão, a multa será de 50% do valor diário da remuneração ou sub-
sídio (e não de até 50%), por dia de suspensão.

Art. 200, § 3º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão pode ser
convertida em multa, observado o seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspensão;
Letra b.

013. (IADES/AAC (SEAP DF)/SEGAD DF/ADMINISTRAÇÃO/2014) No âmbito do processo


administrativo disciplinar regulado pelo Regime Jurídico Único do Distrito Federal, Paulo ale-
gou nulidade do procedimento contra ele em curso perante o Poder Judiciário, posto não ter
sido citado para acompanhar o processo na ocasião da sua instauração administrativa. Con-
siderando essa situação hipotética, de acordo com as disposições legais em relação ao tema,
assinale a alternativa correta.
a) Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a lei de regência prevê̂ expressamente a cita-
ção do servidor quando instaurado o procedimento, para que ele acompanhe o processo pes-
soalmente ou por intermédio de procurador, sendo que, à exceção do referido momento, bem
como quando de sua indiciação, é a intimação o instituto para notificar-lhe dos demais atos
processuais.
b) Paulo não está correto na sua tese, bastando a sua notificação na ocasião da instauração,
visto que a sua citação deverá ocorrer somente na hipótese de a comissão processante, ao
final da instrução da fase do inquérito, não deliberar por sua absolvição sumária.
c) Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a lei de regência prevê expressamente a citação
do servidor quando instaurado o procedimento, para que ele acompanhe o processo pessoal-
mente ou por intermédio de procurador, devendo ser intimado de todos os demais atos, inclu-
sive quando de sua eventual indiciação.
d) Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a lei de regência prevê expressamente a citação
do servidor no momento da instauração do procedimento, para que ele constitua mandatá-
rio, sendo obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo
disciplinar.
e) Paulo não está correto na sua tese, bastando a sua notificação na ocasião da instauração,
visto que a sua citação deverá ocorrer somente no início da instrução.

Na situação narrada pela questão, Paulo está́ correto na sua tese, uma vez que a Lei Comple-
mentar 840/2011 estabelece expressamente a obrigação de citação do servidor quando da
instauração do procedimento administrativo disciplinar.

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A finalidade da citação é possibilitar que o agente público possa acompanhar o processo pes-
soalmente ou por intermédio de procurador, devendo o servidor, ainda, ser intimado de todos
os demais atos, inclusive quando de sua eventual indiciação.

Art. 238. Instaurado o processo disciplinar, o servidor acusado deve ser citado para, se quiser,
acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador.
§ 1º A citação deve ser acompanhada de cópia, eletrônica ou em papel, das peças processuais pre-
vistas no art. 237 e conter número do telefone, meio eletrônico para comunicação, endereço, horário
e dias de funcionamento da comissão processante.
Letra c.

014. (IADES/TEC SAU (SES DF)/SES DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) Assinale a al-


ternativa que contém todos os direitos previstos no regime jurídico dos servidores públicos
civis do Distrito Federal que, salvo quando autorizados pela autoridade instauradora, têm ve-
dação de deferimento ao servidor acusado, desde a instauração do processo disciplinar até a
conclusão do prazo para defesa escrita.
a) Gozo de férias, licença ou afastamento voluntários, exoneração a pedido e aposentadoria
voluntária.
b) Licença ou afastamento voluntários, exoneração a pedido e aposentadoria voluntária.
c) Afastamentos voluntários, exoneração a pedido e aposentadoria voluntária.
d) Gozo de férias, afastamentos exoneração a pedido e aposentadoria.
e) Gozo de férias, licença ou afastamento voluntários e exoneração a pedido.

Para responder a questão, devemos fazer uso das disposições do artigo 221, que estabelece
os direitos que, salvo quando autorizados pela autoridade instauradora, têm vedação de defe-
rimento ao servidor acusado, desde a instauração do processo disciplinar até a conclusão do
prazo para defesa escrita.

Art. 221. Salvo quando autorizado pela autoridade instauradora, é vedado deferir ao servidor acusa-
do, desde a instauração do processo disciplinar até a conclusão do prazo para defesa escrita:
I – gozo de férias;
II – licença ou afastamento voluntários;
III – exoneração a pedido;
IV – aposentadoria voluntária.

Observa-se, desta forma, que a Letra A é a reposta da questão.


Letra a.

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015. (IADES/ENF (SES DF)/SES DF/”SEM ÁREA”/2014) Com base no regime jurídico dos ser-
vidores públicos civis do Distrito Federal, assinale a alternativa que delimita exceção à vedação
de concessão de licença não remunerada ou afastamento sem remuneração ao servidor em
estágio probatório.
a) Afastamento para o serviço militar.
b) Gozo de licença-prêmio por assiduidade.
c) Afastamento para o serviço militar ou a licença por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro.
d) Licença por motivo de doença em pessoa da Família comprovada por junta médica oficial a
necessidade de licença por período superior a 180 dias.
e) Afastamento para o serviço militar ou para o exercício de mandato eletivo.

Para responder a questão, façamos uso das disposições do artigo 25 da norma complementar,
que estabelece as exceções à regra geral da vedação da concessão de licença não remunera-
da ao servidor que esteja no período de estágio probatório.

Art. 25. É vedado à administração pública conceder licença não remunerada ou autorizar afasta-
mento sem remuneração ao servidor em estágio probatório.
§ 1º Excetua-se do disposto neste artigo o afastamento para o serviço militar ou para o exercício
de mandato eletivo.
Letra e.

016. (IADES/TEC (HEMOCENTRO DF)/HEMOCENTRO DF/ADMINISTRATIVO/2017) Consi-


dere hipoteticamente que João, ao tomar posse em cargo em determinado órgão público do
Distrito Federal, inacumulável com o seu titularizado na Fundação Hemocentro de Brasília,
deseja solicitar vacância deste último.
Com base nessa situação, de acordo com o previsto no regime jurídico dos servidores públicos
civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais, assinale a alterna-
tiva correta.
a) João poderá pedir vacância do próprio cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, ainda
que não estável, mas desde que peça a recondução até o final do estágio probatório no cargo
que vier a ser titularizado no órgão do Distrito Federal.
b) O cargo para o qual João pediu vacância não poderá ser provido pela administração pública.
c) João tem de retornar ao exercício do cargo na Fundação Hemocentro de Brasília, em caso
de recondução, até 30 dias após a ciência de seu ato de recondução.
d) João deverá, necessariamente, ser reconduzido ao mesmo cargo, haja vista não poder a
Administração prover o cargo para o qual foi solicitada vacância.
e) Quanto à recondução, o referido regime jurídico único prevê também observância ao dispos-
to para o retorno à atividade de servidor em disponibilidade mediante aproveitamento.

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a) Errada. João apenas poderia pedir vacância caso já fosse estável, conforme previsão da Lei
Complementar 840:

Art. 54. Ao tomar posse em outro cargo inacumulável de qualquer órgão, autarquia ou fundação do
Distrito Federal, o servidor estável pode pedir a vacância do cargo efetivo por ele ocupado, obser-
vando-se o seguinte: (...)

b) Errada. Uma vez que o cargo encontra-se vago após o pedido de vacância, pode ele perfeita-
mente ser provido pela Administração Pública.
c) Errada. Em caso de recondução, João deve retornar ao cargo anterior até o dia seguinte ao
da ciência do respectivo ato.

Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no art. 202, § 3º, e decorre de:
§ 2º O servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de
recondução.

d) Errada. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de ser aproveitado em


outro cargo. Logo, não há obrigatoriedade da recondução ocorrer, necessariamente, para o
mesmo cargo anteriormente ocupado.
e) Certa. Conforme mencionado da alternativa anterior, caso o cargo anterior esteja ocupado,
o servidor deverá ser aproveitado em outro cargo.

Art. 37, § 1º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de ser aproveitado em outro
cargo, observado o disposto no art. 39.

O mencionado artigo 39 refere-se, por sua vez, aos institutos do aproveitamento e da dispo-
nibilidade.
Letra e.

017. (IADES/ANA TI (BRB)/BRB/2021) No que tange ao Regime Disciplinar previsto na Lei


Complementar no 840/2011, assinale a alternativa correta.
a) Atos comissivos não podem ser enquadrados como infrações disciplinares.
b) Os antecedentes funcionais do servidor não podem ser considerados na aplicação das san-
ções disciplinares.
c) Em face do exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde penal, civil e admi-
nistrativamente.
d) A ação disciplinar prescreve em cinco anos, quando a penalidade a ser aplicada for de ad-
vertência, suspensão ou demissão.
e) A recusa de fé a documento público é classificada como uma infração média.

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a) Errada. Tanto atos comissivos quanto omissivos podem ser enquadrados como infrações
disciplinares.
b) Errada. Os antecedentes serão sim considerados para fins de aplicação das sanções disciplinares.

Art. 196. Na aplicação das sanções disciplinares, devem ser considerados:


V – a culpabilidade e os antecedentes funcionais do servidor.

c) Certa. De acordo com o artigo 181, temos a previsão de que “O servidor responde penal, civil
e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições”.
d) Errada. O prazo prescricional de 5 anos apenas deve ser observado para as penalidades de
demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Art. 208. A ação disciplinar prescreve em:


I – cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentado-
ria ou disponibilidade;
II – dois anos, quanto à suspensão;
III – um ano, quanto à advertência.

e) Errada. Recusar fé a documento público é uma infração classificada como leve.


Letra c.

018. (IADES/2014/SEAP-DF/TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Isabel é servidora pública do


governo do Distrito Federal, regida pelo regime jurídico único, e cometeu fato passível de apu-
ração disciplinar. João é o chefe da repartição onde o referido fato ocorreu. Pedro é o chefe
imediato de Isabel. Paulo é a autoridade competente para instaurar o devido processo admi-
nistrativo disciplinar.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o prazo de prescrição do fato passí-
vel de apuração disciplinar praticado por Isabel começa a correr a partir da (o):
a) conhecimento do fato por Pedro.
b) conhecimento do fato por Paulo.
c) conhecimento do fato por João
d) primeira data em que o fato se tornou conhecido por Pedro ou por Paulo.
e) primeira data em que o fato se tornou conhecido por João, por Pedro ou por Paulo.

Nos termos do artigo 208, § 1º:

o prazo de prescrição começa a correr da primeira data em que o fato ou ato se tornou conhecido
pela chefia da repartição onde ele ocorreu, pela chefia mediata ou imediata do servidor, ou pela au-
toridade competente para instaurar sindicância ou processo disciplinar.

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Logo, o prazo de prescrição, no caso apresentado, começa a correr a partir da data em que o
fato se tornou conhecido por João, por Pedro ou por Paulo, o que acontecer primeiro.
Letra e.

019. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) Quantos


dias são previstos como prazo para a defesa escrita no processo administrativo disciplinar do
regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, quando houver somente um
servidor indiciado e não houver diligências reputadas indispensáveis?
a) Cinco.
b) Oito.
c) Trinta.
d) Quinze.
e) Dez.

O prazo para apresentação de defesa, quando estivermos diante de apenas um servidor indi-
ciado e não houver diligências reputadas indispensáveis, é de 10 dias.

Art. 250. O prazo para apresentar defesa escrita é de dez dias.


§ 1º Havendo dois ou mais servidores indiciados, o prazo é comum e de vinte dias.
§ 2º O prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
Letra e.

020. (IADES/2014/SES-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS) De acordo


com o regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, sem prejuízo de ação
cível ou penal e das demais medidas administrativas, assinale a alternativa correta quanto ao
prazo no qual haverá incompatibilização para nova investidura em cargo público do Distrito
Federal no caso de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou destituição de
cargo em comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II do referido estatuto.
a) Um ano.
b) Três anos.
c) Cinco anos.
d) Dez anos.
e) Nesse caso, o servidor não mais poderá retornar ao serviço público distrital.

No caso de aplicação das penalidades de demissão, de cassação de aposentadoria ou dispo-


nibilidade ou de destituição de cargo em comissão, quando estas forem motivadas pelo come-
timento de infração disciplinar grave do grupo II, teremos a incompatibilização do servidor para
nova investidura em cargo público do Distrito Federal pelo prazo de 10 anos.

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Art. 206. A demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição de cargo
em comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II, implica a incompatibilização para
nova investidura em cargo público do Distrito Federal pelo prazo de dez anos, sem prejuízo de ação
cível ou penal e das demais medidas administrativas.
Letra d.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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