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Direito
Administrativo
– Legislações
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Administrativo - Legislações
Sumário
Diogo Surdi
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (Decre-
to-Lei n. 220/1975). Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Rio de
Janeiro (aprovado pelo Decreto n. 2.479/1979).
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Importante destacar que a FGV não conta com muitas questões anteriores sobre as men-
cionadas normas jurídicas. Ainda assim, como forma de otimizarmos a preparação, faremos
uso, em um primeiro momento, de um resumo com os principais pontos estudados. Após,
como forma de sedimentarmos o conteúdo, resolveremos questões anteriores da FGV e, de
forma complementar, de outras organizadoras de concurso público.
Obs.: Todos os pontos do edital estão minuciosamente estudados no curso de Direito Admi-
nistrativo destinado ao concurso da PC-RJ. Aqui, conforme mencionado no início da
aula, a ideia é verificar e memorizar, por meio da aplicação do “Princípio de Pareto”, os
assuntos historicamente mais exigidos pela banca organizadora, algo que otimizará
em diversos aspectos a sua preparação.
O Decreto-Lei Estadual 220/1975 institui o regime jurídico dos servidores públicos do Po-
der Executivo do Estado do Rio de Janeiro.
O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os
direitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos. É por meio do re-
gime jurídico, por exemplo, que conhecemos todas as vantagens e benefícios que um servidor
público pode usufruir ao longo de sua carreira.
Em seu artigo 2º, §4º, temos a previsão de que
O prazo de validade das provas será fixado nas instruções reguladoras do concurso, aprovadas pelo
Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado e poderá ser prorrogado, uma vez, por período
não excedente a 12 meses.
Observe que a previsão acerca do prazo de validade do concurso trata-se de uma regra
mais específica do que a prevista no texto da Constituição Federal. No entanto, não há que se
falar em inconstitucionalidade, haja vista que a regra geral, como já afirmado, é que o prazo de
validade do concurso público seja de “até 2 anos”, podendo ser prorrogado por “igual período”.
De acordo com a norma estadual, são exigíveis para inscrição em concurso público:
a) nacionalidade brasileira;
b) pleno gozo dos direitos políticos;
c) quitação das obrigações militares.
Após ser aprovado no concurso público, o candidato será nomeado, empossado e entrará
em exercício. Neste momento, inicia-se para o mais novo agente público o período de estágio
probatório.
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Aqui, temos que ter uma atenção especial! Ainda que o texto da norma estadual estabe-
leça diversas regras relacionadas com o estágio experimental, o instituto foi revogado com a
edição da Lei Complementar 140/2011.
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provi-
mento efetivo em virtude de concurso público. Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma
regra absoluta, uma vez que não existem direitos e garantias com esta qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a
administração sem a possibilidade de demissão.
Neste sentido, as situações que poderão dar ensejo à perda do cargo público por parte do
servidor estável são as seguintes:
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Direito Administrativo - Legislações
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A investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com o exercício, que, nos casos de
nomeação, reintegração e aproveitamento, se iniciará no prazo de 30 dias, contado da publi-
cação do ato de provimento.
Em relação à investidura, as seguintes situações devem ser conhecidas:
a) Inicialmente, temos a previsão de que a investidura em cargo de provimento efetivo, no
âmbito do Poder Executivo do Rio de Janeiro, ocorrerá com o exercício.
b) Nas situações de nomeação, reintegração e aproveitamento, o exercício terá início no
prazo de 30 dias após a publicação do ato de provimento. A critério da Administração, em
caso de motivo relevante, o prazo em questão poderá ser prorrogado.
Obs.: São requisitos considerados essenciais para a investidura em cargo público estadual:
1) habilitação em exame de sanidade e capacidade física realizada exclusivamente por
órgão oficial do Estado;
2) declaração de bens;
3) habilitação em concurso público;
4) bons antecedentes;
5) prestação de fiança, quando a natureza da função o exigir;
6) declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, ou se percebe proventos
de inatividade; e
7) inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Quando o exercício não ocorre no prazo legalmente previsto, será tornado sem efeito o ato
de nomeação.
O servidor que deva entrar em exercício em nova sede terá, para esse efeito, o prazo de 5
dias, contados da data da publicação do ato que o determinar.
O afastamento do servidor para o exterior, exceto em gozo de férias ou licença, dependerá,
salvo delegação de competência, de prévia autorização do Governador do Estado.
Quando em efetivo exercício, o afastamento do agente público de sua unidade administra-
tiva ocorrerá apenas para desempenho de cargo ou função de confiança e com ônus para a
unidade requisitante.
Ainda com relação ao exercício, merecem destaque as definições acerca de três outras
formas de provimento dos servidores públicos do Poder Executivo estadual, sendo elas a rein-
tegração, o aproveitamento e a readaptação.
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A exoneração (que não é uma punição) poderá ocorrer tanto a pedido do servidor público
quanto de ofício, ou seja, no interesse e iniciativa da Administração Pública.
No entanto, a exoneração de ofício apenas ocorrerá quando estivermos diante das seguin-
tes situações:
a) no caso de exercício de cargo ou função de confiança;
b) no caso de abandono de cargo, quando extinta a punibilidade por prescrição e o servidor
não houver requerido a exoneração;
c) em caso de reintegração do anterior ocupante;
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores pú-
blicos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada. Em todas as
situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicional de 1/3 sobre
o total da remuneração.
No âmbito do Decreto-Lei, temos a previsão de que o servidor gozará, por ano de exercício,
30 dias consecutivos de férias, que somente poderão ser acumuladas até o máximo de 2 pe-
ríodos, em face de imperiosa necessidade do serviço. Além disso, a norma determina que “é
vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço”.
Como regra geral, o vencimento e as vantagens pecuniárias do servidor não serão obje-
to de penhora. Excepcionalmente, a norma admite a realização deste procedimento quando
se tratar:
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a) de prestação de alimentos;
b) de dívida para com a Fazenda Pública;
É assegurado aos agentes estatais o direito de requerer ou de representar. Especificamen-
te com relação ao requerimento, deverá este ser adotado dentro de um prazo determinado de
tempo, após o qual ocorrerá a prescrição. Sendo assim, o direito de requerer prescreverá:
a) em 5 anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de aposentadoria ou de disponi-
bilidade e quanto às questões que envolvam direitos patrimoniais;
b) em 120 dias, nos demais casos, ressalvados os previstos em leis especiais.
Três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos estaduais estão sub-
metidos, sendo elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em pre-
juízo da Fazenda Estadual ou de terceiros.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nes-
sa qualidade.
A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de atos praticados ou omissões
ocorridas no desempenho do cargo ou função, ou fora dele, quando comprometedores da dig-
nidade e do decoro da função pública.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente
cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.
São as seguintes as penalidades passíveis de aplicação aos servidores públicos estaduais:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão;
d) multa;
e) destituição de função;
f) demissão;
g) cassação de aposentadoria, jubilação ou disponibilidade.
Para facilitar a compreensão, veremos as situações que dão ensejo à aplicação de cada
uma das penalidades:
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A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades com-
petentes para a sua aplicação. Nota-se, da relação apresentada pelo Decreto-Lei, que as auto-
ridades estão escalonadas de acordo com a gravidade da penalidade que está sendo aplicada:
Autoridade Competência
Em qualquer caso e, privativamente, nos casos
Governador de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.
Em todos os casos, exceto nos de competência
Secretários de Estado e privativa do Governador.
demais titulares de órgãos Sempre que a penalidade decorrer de inquérito
diretamente subordinados administrativo, a competência para decidir
ao Governador e aplicar será do Secretário de Estado da
Administração.
Nos casos de penas de advertência, repreensão,
suspensão até 30 dias e multa correspondente.
Dirigentes de unidades Sempre que a penalidade decorrer de inquérito
administrativas em geral administrativo, a competência para decidir
e aplicar será do Secretário de Estado da
Administração.
Autoridade que houver feito
Destituição de função.
a designação do servidor
Em linhas gerais, a apuração sumária deve ser promovida sempre que a autoridade compe-
tente tiver ciência de irregularidades cometidas pelos servidores públicos. Nestas situações, o
procedimento a ser utilizado é a sindicância.
Em determinadas situações contudo, dada a gravidade da irregularidade, a apuração ocor-
rerá diretamente por meio de inquérito administrativo, sendo elas:
a) quando já existir denúncia do Ministério Público:
b) quando tiver ocorrido prisão em flagrante;
c) quando for apurar abandono de cargo ou função.
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O inquérito deverá estar concluído no prazo de 90 dias, contados a partir do dia em que os
autos chegarem à comissão, prorrogáveis, sucessivamente, por períodos de 30 dias, em caso
de força maior a juízo do Secretário de Estado de Administração, até o máximo de 180 dias.
Dentre as diversas medidas que podem vir a ser utilizadas pelas autoridades competentes,
merece destaque a suspensão preventiva. O instituto, em linhas gerais, implica no afastamen-
to do servidor por até 30 dias, sendo utilizado com o objetivo de evitar que este influencie na
apuração das faltas cometidas.
A suspensão poderá ser ordenada, a qualquer tempo, no curso inquérito administrativo, por
parte da autoridade competente para instaurá-lo, sendo estendida por até 90 dias. Destaca-se,
contudo, que a suspensão preventiva é medida acautelatória, não constituindo penalidade.
Logo, os agentes suspensos permanecem, no período de afastamento, recebendo a remunera-
ção e os demais direitos e vantagens a que têm direito.
O concurso de provas ou de provas e títulos para provimento de cargos por nomeação será
sempre público, dele se dando prévia e ampla publicidade da abertura de inscrições, requisitos
exigidos, programas, realização, critérios de julgamento e tudo quanto disser respeito ao inte-
resse dos possíveis candidatos.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso pú-
blico anteriormente realizado. Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados
como de livre nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, che-
fia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade
nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa até
então estranha aos quadros funcionais do serviço público.
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Cargo em
comissão
integrante do Grupo Ocorrerá com a
I – Direção e posse
Assessoramento
Superiores – DAS
Investidura
Cargo de
provimento efetivo,
Ocorrerá com o
do Grupo III –
exercício
Cargos
Profissionais
Caso a posse ou o exercício não ocorra nos prazos previstos, o ato de provimento será
tornado sem efeito.
Obs.: No momento da posse, o candidato deve atender a uma série de requisitos, sendo eles:
a) habilitação em exame de sanidade físico-mental realizado exclusivamente por órgão
oficial do Estado;
b) declaração de bens;
c) bom procedimento, comprovado por atestado de antecedentes expedido por órgão
de identificação do Estado do domicílio do candidato à investidura ou mediante infor-
mação, em processo, ratificada pelo Secretário de Estado de Segurança Pública;
d) declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, na Administração
Direta ou Indireta de qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos de
inatividade;
e) atendimento às condições especiais previstas em lei ou regulamento para determi-
nados cargos.
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A remoção pode ser conceituada como o deslocamento do servidor de sua lotação para a
de outra Secretaria de Estado ou órgão diretamente subordinado ao Governador.
A remoção poderá ocorrer tanto a pedido quanto de ofício. Dentre as situações de remo-
ção a pedido, temos a realizada por permuta, que ocorre quando dois servidores “trocam” de
repartição. A remoção por permuta, de acordo com a norma, “será processada a pedido escrito
de ambos os interessados”.
Cabe ao Secretário de Estado de Administração expedir os atos de remoção, após audi-
ência dos titulares dos órgãos interessados. No entanto, quando se tratar de provimento de
cargo em comissão, a remoção decorrerá da publicação do respectivo ato de nomeação.
Ponto bastante importante é sobre as férias dos servidores que operam constantemente
com raio x ou outras substâncias radioativas. Para estes, há a expressa determinação de que
deverão gozar do período de 20 dias de férias a cada semestre de atividade profissional, sen-
do vedada a sua acumulação ou parcelamento.
Como regra geral, o servidor não poderá permanecer em licença por período superior a 24
meses. As exceções ficam por conta das licenças para o serviço militar, para acompanhar o
cônjuge e para desempenho de mandato legislativo ou executivo.
Além disso, o prazo poderá ser ultrapassado quando estivermos diante de licença para
tratamento de saúde, quando o servidor for considerado recuperável, a juízo da junta médica.
Licenças
Licenças para o serviço
militar, para acompanhar o
cônjuge, para desempenho
Exceções de mandato legislativo ou
executivo e licença saúde,
quando o servidor for
considerado recuperável
As licenças para tratamento de saúde, por motivo de doença em pessoa da família e para
repouso à gestante serão concedidas pelo órgão médico oficial competente ou por outros aos
quais aquele transferir ou delegar atribuições, e pelo prazo indicado nos respectivos laudos.
Esta é a regra geral. No entanto, caso o servidor ou a pessoa da família esteja absoluta-
mente impossibilitado de locomover-se, e não havendo na localidade qualquer dos órgãos mé-
dicos oficiais, poderá ser admitido laudo expedido por órgão médico de outra entidade pública
e, na falta, atestado passado por médico particular, com firma reconhecida. Nesta situação, o
laudo ou atestado deverá ser encaminhado ao órgão médico competente no prazo máximo de
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3 dias contados da primeira falta ao serviço. A licença respectiva somente será considerada
concedida com a homologação do laudo ou atestado, a qual será sempre publicada.
Especificamente com relação às licenças para tratamento de saúde e por motivo de doen-
ça em pessoa da família, duas regras devem ser observadas:
a) quando deferidas por prazo superior a 90 dias, dependerão elas de inspeção por
junta médica;
b) no curso destas licenças, o servidor não poderá realizar nenhum tipo de atividade re-
munerada, sob pena de interrupção da licença, com perda total do vencimento e demais vanta-
gens, até que reassuma o exercício do cargo. Nesta situação, os dias correspondentes à perda
de vencimento serão considerados como faltas ao serviço.
Além do vencimento, poderá o servidor público receber, desde que atenda aos requisitos
legais, uma série de vantagens, sendo elas:
a) adicional por tempo de serviço (que será objeto de legislação específica);
b) gratificações;
c) ajuda de custo e transporte ao funcionário mandado servir em nova sede;
d) diárias, àquele que, em objeto de serviço, se deslocar eventualmente da sede.
Em linhas gerais, as concessões podem ser definidas como os dias em que o servidor pú-
blico, mesmo não trabalhando, tem o respectivo tempo de serviço computado para todos os
efeitos legais. Sem prejuízo do vencimento, direitos e vantagens, o funcionário poderá faltar ao
serviço até 8 dias consecutivos por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro ou companheira, pais, filhos ou irmãos.
Verificada, em processo administrativo disciplinar, a acumulação proibida, e provada a bo-
a-fé, o funcionário optará por um dos cargos, sem obrigação de restituir.
Provada a má fé, além de perder ambos os cargos, restituirá o que tiver percebido indevi-
damente pelo exercício do cargo que gerou a acumulação.
Deverá o servidor
optar por um dos
cargos, sem a
Em caso de boa-fé
obrigação de
restituir os valores
recebidos
Acumulação de
cargos Além de perder
ambos os cargos,
o servidor restituirá
o valor que tiver
Em caso de má-fé recebido
indevidamente pelo
exercício do cargo
que gerou a
acumulação.
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Além das regras gerais relacionadas com o PAD, o decreto estadual elenca um pequeno
fluxo procedimental a ser observado quando estivermos diante da apuração de abandono de
cargo. O abandono de cargo é configurado sempre que ocorrer a ausência ao serviço, sem jus-
ta causa, por 30 dias consecutivos.
Em caso de abandono de cargo ou função, a comissão iniciará seu trabalho fazendo publi-
car, por 3 vezes, edital de chamada do acusado, no prazo máximo de 20 dias.
O prazo para apresentação da defesa pelo acusado começará a correr da última publica-
ção do edital no órgão oficial. Findo o prazo e não havendo manifestação do faltoso, será de-
signado pelo Presidente da Comissão um defensor, que se desincumbirá do encargo no prazo
de 15 dias, contados da data de sua designação.
A comissão, recebendo a defesa, fará a sua apreciação sobre as alegações e encaminhará
relatório à autoridade instauradora, propondo o arquivamento do processo ou a expedição do
ato de demissão, conforme o caso. O servidor só poderá ser exonerado a pedido após a con-
clusão do processo administrativo disciplinar a que responder e do qual não resultar pena
de demissão.
Poderá ser requerida a revisão do processo administrativo de que haja resultado pena dis-
ciplinar, quando forem aduzidos fatos ainda não conhecidos, comprobatórios da inocência do
servidor punido. O requerimento devidamente instruído, será encaminhado ao Governador, que
decidirá sobre o pedido. Autorizada a revisão, o processo será encaminhado à Comissão Revi-
sora, que concluirá o encargo no prazo de 90 dias, prorrogável pelo período de 30 dias, a juízo
do Secretário de Estado de Administração.
O julgamento da revisão trata-se de medida que insere-se na competência do Governador
do Estado. Deverá o Governador adotar a medida no prazo de 30 dias, podendo, antes, o Se-
cretário de Estado de Administração determinar diligências, concluídas as quais se renovará
o prazo. Por fim, ressalta-se que, julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a pena
imposta, restabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/TSE/DPE-RJ/DPE-RJ/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/2019) Todo início do
mês, após receber seus vencimentos, Maria, ocupante do cargo efetivo de Técnico Superior
Especializado da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, comemora, em seu horário
de almoço, bebendo vários copos de chope e retorna, em seguida, para o Departamento de Re-
cursos Humanos, onde está lotada. No mês passado, no dia do pagamento, Maria retornou do
almoço para a repartição e, visivelmente embriagada, fez um striptease, tirando suas roupas
durante dança sensual, sendo a incontinência pública e escandalosa presenciada por diversos
servidores.
Com base no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de
Janeiro, após o devido processo administrativo disciplinar, Maria:
a) não está sujeita à pena disciplinar, pois não houve prejuízo ao erário;
b) não está sujeita à pena disciplinar, mas deve receber uma advertência verbal de seu superior
hierárquico;
c) está sujeita à pena disciplinar de repreensão;
d) está sujeita à pena disciplinar de suspensão até 90 (noventa) dias;
e) está sujeita à pena disciplinar de demissão.
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GABARITO
1. e
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3. b
4. a
5. e
6. b
7. d
8. e
9. a
10. c
11. d
12. c
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14. e
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Direito Administrativo - Legislações
Diogo Surdi
GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TSE/DPE-RJ/DPE-RJ/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/2019) Todo início do
mês, após receber seus vencimentos, Maria, ocupante do cargo efetivo de Técnico Superior
Especializado da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, comemora, em seu horário
de almoço, bebendo vários copos de chope e retorna, em seguida, para o Departamento de Re-
cursos Humanos, onde está lotada. No mês passado, no dia do pagamento, Maria retornou do
almoço para a repartição e, visivelmente embriagada, fez um striptease, tirando suas roupas
durante dança sensual, sendo a incontinência pública e escandalosa presenciada por diversos
servidores.
Com base no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de
Janeiro, após o devido processo administrativo disciplinar, Maria:
a) não está sujeita à pena disciplinar, pois não houve prejuízo ao erário;
b) não está sujeita à pena disciplinar, mas deve receber uma advertência verbal de seu superior
hierárquico;
c) está sujeita à pena disciplinar de repreensão;
d) está sujeita à pena disciplinar de suspensão até 90 (noventa) dias;
e) está sujeita à pena disciplinar de demissão.
Nas situações narradas, a penalidade que deve ser aplicada é a de demissão. No caso de Ma-
ria, é possível observar que duas foram as infrações cometidas, nos termos do artigo 298:
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De acordo com o artigo 294, temos a previsão de que “A pena de advertência será aplicada ver-
balmente em casos de negligência e comunicada ao órgão de pessoal”.
Além disso, precisamos saber que a penalidade de advertência possui como prazo prescricio-
nal 2 anos, confirmando com isso a Letra B como gabarito da questão.
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De acordo com o artigo 45 do Decreto-Lei 220/1975, temos a previsão de que “As cominações
civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes entre si,
bem assim as instâncias civil, penal e administrativa”.
Consequentemente, poderá João responder ao processo nas três esferas, uma vez que estas
são independentes entre si.
Letra a.
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De acordo com o mencionado decreto, o tempo em que o servidor estava afastado cumprindo
mandato eletivo federal ou estadual será computado como de efetivo exercício.
Art. 79. Será considerado como de efetivo exercício o afastamento por motivo de:
XXI – mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;
Com isso, observa-se que o gabarito da questão é a Letra E.
Letra e.
A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 19, III, do Decreto-Lei 220/1975,
com a seguinte redação:
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§ 8º – No caso do inciso III, a licença à gestante de recém-nascidos pré-termo será acrescida do
número de semanas equivalente à diferença entre o nascimento a termo – 37 semanas de idade
gestacional – e a idade gestacional do recém-nascido, devidamente comprovada.
a) Errada. O prazo da licença será de 6 meses.
b) Certa. Conforme verificado da análise do artigo, a licença à gestante de recém-nascidos
pré-termo será acrescida do número de semanas equivalente à diferença entre o nascimento
a termo – 37 semanas de idade gestacional – e a idade gestacional do recém-nascido, devida-
mente comprovada.
c) Errada. A concessão da mencionada licença prévio depende de requerimento da servidora,
não sendo, diferente do que afirmado, concedida automaticamente.
d) Errada. A licença à gestante é considerada, para todos os efeitos, como de efetivo exercício.
e) Errada. A alternativa apresenta uma regra que não encontra previsão no estatuto dos
servidores.
Letra b.
Como regra geral, as férias devem ser gozadas pelos servidores de acordo com o deferimento
da Administração Pública. Em caso de imperiosa necessidade do serviço, no entanto, as férias,
ainda que deferidas, poderão ser canceladas, oportunidade em que o agente público, em cará-
ter de exceção, poderá acumular o respectivo período.
Art. 91. É proibida a acumulação de férias, salvo imperiosa necessidade de serviço, não podendo a
acumulação, nesse caso, abranger mais de dois períodos.
Parágrafo único. O impedimento decorrente de necessidade de serviço, para o gozo de férias pelo
funcionário, não será presumido, devendo o seu chefe imediato fazer comunicação expressa do
fato ao órgão competente de pessoal, sob pena de perda do direito à acumulação excepcional de
dois períodos.
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Desta forma, é correto afirmar que a administração pode impedir o gozo de férias já deferidas
caso seja demonstrada a imperiosa necessidade de serviço.
Letra d.
No caso apresentado, Tício poderá vir a integrar a mencionada sociedade empresária de res-
ponsabilidade limitada. No entanto, não poderá o servidor estadual participar, na sociedade
empresária, da diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo.
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Ainda que o enunciado da questão faça menção à jurisprudência do STJ, devemos, para res-
ponder a questão, apenas compreender a definição de reintegração.
Assim, podemos definir a reintegração como o reingresso do agente público que teve a sua
demissão invalidada no cargo anteriormente ocupado.
E de acordo com a norma estadual, a reintegração ensejará o ressarcimento de todas as
vantagens.
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Vejamos, de acordo com o artigo 11, as situações que são consideradas como de efetivo
exercício:
Art. 11. Considerar-se-á em efetivo exercício o funcionário afastado por motivo de:
I – férias; (Item I)
II – casamento e luto, até 8 (oito) dias;
III – desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública federal, estadual ou
municipal; (Item III)
IV – o estágio experimental;
V – licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença profissional;
VI – licença para tratamento de saúde;
VII – doença de notificação compulsória;
VIII – missão oficial; (Item V)
IX – estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que de interesse para a
Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses;
X – prestação de prova ou exame em concurso público.
XI – recolhimento à prisão, se absolvido afinal;
XII – suspensão preventiva, se inocentado afinal;
XIII – convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por lei; e
XIV – trânsito para ter exercício em nova sede.
Letra d.
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a) Errada. De acordo com o artigo 25, “extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o funcio-
nário estável será posto em disponibilidade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço”.
b) Errada. Diferente do que informa a alternativa, é vedado levar à conta de férias qualquer falta
ao serviço.
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Além disso, será considerado abandono de cardo a ausência, sem justa causa, por 10 dias
consecutivos.
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Assim como informa a questão, a investidura do servidor em cargo em comissão ocorrerá com
a posse. No entanto, caso a posse não ocorra dentro do prazo legalmente estabelecido, o ato
de provimento será tornado sem efeito.
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Art. 57. O funcionário estável poderá ser readaptado ex-ofício ou a pedido em função mais compa-
tível, por motivo de saúde ou incapacidade física.
Letra a.
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A questão deve ser respondida de acordo com o artigo 25, de seguinte redação:
Art. 25. Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o funcionário estável será posto em dis-
ponibilidade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Na situação narrada, Petrônio deve ser posto em disponibilidade, oportunidade em que terá
direito aos proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Letra b.
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Art. 34. É vedada a acumulação remunerada de cargos e funções públicos, exceto o de:
I – um cargo de juiz com outro de professor;
II – dois cargos de professor;
III – um cargo de professor com outro técnico ou científico; ou
IV – dois cargos privativos de médico.
Dentre as opções apresentadas, apenas dois cargos de professor podem ser acumulados
licitamente.
Letra c.
Dentre as opções elencadas, apenas a Letra B não se trata de uma situação que será conside-
rada como de efetivo exercício.
Art. 11. Considerar-se-á em efetivo exercício o funcionário afastado por motivo de:
I – férias;
II – casamento e luto, até 8 (oito) dias; (Letra A)
III – desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública federal, estadual ou
municipal;
IV – o estágio experimental;
V – licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença profissional; (Letra E)
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VI – licença para tratamento de saúde;
VII – doença de notificação compulsória;
VIII – missão oficial;
IX – estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que de interesse para a
Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses;
XI – recolhimento à prisão, se absolvido afinal; (Letra C)
XII – suspensão preventiva, se inocentado afinal; (Erro da Letra B)
XIII – convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por lei; e
XIV – trânsito para ter exercício em nova sede.
Letra b.
Diante de necessidade de serviço, as férias dos servidores públicos podem ser acumuladas
até o máximo de dois períodos.
Art. 18. O funcionário gozará, por ano de exercício, 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que so-
mente poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos, em face de imperiosa necessi-
dade do serviço.
Letra a.
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Art. 34. É vedada a acumulação remunerada de cargos e funções públicos, exceto o de:
II – dois cargos de professor;
Letra e.
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Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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