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Aula 21

SEFAZ-SC (Auditor Fiscal) Direito


Constitucional - 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos

06 de Dezembro de 2022

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Índice
1) Constituição do Estado de Santa Catarina (SEFAZ-SC)
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Constituição do Estado de Santa Catarina (SEFAZ-SC)


..............................................................................................................................................................................................
96

3) Constituição do Estado de Santa Catarina (SEFAZ-SC) - Lista de Questões


..............................................................................................................................................................................................
109

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TÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Art. 1º O Estado de Santa Catarina, unidade inseparável da República Federativa do Brasil,
formado pela união de seus Municípios, visando a construção de uma sociedade livre, justa
e solidária, preservará os princípios que informam o Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

I - a soberania nacional;

II - a autonomia estadual;

III - a cidadania;

IV - a dignidade da pessoa humana;

V - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

VI - o pluralismo político

A Constituição Federal de 1988 consagra, como fundamentos da República Federativa do Brasil, a


soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
e o pluralismo político. A Constituição de Santa Catarina, logo em seu art. 1º, faz menção a esses mesmos
princípios fundamentais, acrescentando a autonomia estadual.

No art. 1º, CE/SC, também fica consagrado o princípio federativo. Numa federação, é vedada a secessão.
Por isso é que se pode afirmar que o estado de Santa Catarina é uma unidade inseparável da República
Federativa do Brasil.

Art. 2º Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.

Parágrafo único. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

No Brasil, vigora a democracia semidireta ou participativa, caracterizada pelo fato de que o povo participa
das decisões políticas, indiretamente, por meio de seus representantes eleitos e diretamente, através de
plebiscito, referendo e iniciativa popular.

Art. 3º São símbolos do Estado a bandeira, o hino, as armas e o selo em vigor na data da
promulgação desta Constituição e outros estabelecidos em lei.

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Parágrafo único. Fica adotada a configuração de Bandeira do Estado como forma de


representação permanente da logomarca do Governo do Estado de Santa Catarina,
obedecidos os seguintes critérios:

I – a representação emblemática de que trata o parágrafo anterior será adotada por todas
as gestões de governo, de forma contínua e permanente;

II – fica proibida a utilização de qualquer tipo de frase, desenho, logomarca ou slogan para
representar ou distinguir gestões de governo que não a representação oficial definida neste
parágrafo único.

Os símbolos do estado de Santa Catarina são a bandeira, o hino, as armas e o selo.

A bandeira do estado é uma forma de representação permanente da logomarca do Governo de Santa


Catarina. Assim, todas as gestões de governo deverão adotá-la, de forma contínua e permanente. Não é
permitido que algum governo adote outra frase, desenho, logomarca ou slogan para lhe representar.

TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA


DO ESTADO

Capítulo IV – Da Administração Pública

Seção I - Das Disposições Gerais

Vamos, a partir de agora, comentar cada um dos dispositivos que a Constituição Estadual traz a respeito da
Administração Pública!

Art. 13. A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:

I - os órgãos da administração direta;

II - as seguintes entidades da administração indireta, dotadas de personalidade jurídica


própria:

a) autarquias;

b) empresas públicas;

c) sociedades de economia mista;

d) fundações públicas.

§ 1º Depende de lei específica:

I - a criação de autarquia;

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II - a autorização para:

a) constituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias;

b) instituição de fundação pública;

c) transformação, fusão, cisão, extinção, dissolução, transferência do controle e


privatização de qualquer das entidades mencionadas nas alíneas anteriores.

§ 2º Depende de autorização legislativa, em cada caso, a participação das entidades da


administração indireta no capital de empresas privadas, ressalvadas as instituições
financeiras oficiais e as que tenham por objetivo a compra e venda de participações
societárias ou aplicações de incentivos fiscais.

§ 3º O disposto no art. 23, II, aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia


mista e às suas subsidiárias, que receberem recursos da União, do Estado e do Município,
para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 4º A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de


Santa Catarina S.A. – Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá
obrigatoriamente de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de
referendo.

§ 5º A alienação superior a quarenta e nove por cento das ações ordinárias da Companhia
Catarinense de Águas e Saneamento S.A. – Casan, que implique na troca do controle
acionário da Companhia, dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com
posterior consulta popular, sob forma de referendo.

A administração pública estadual compreende a administração direta e a administração indireta. A


Administração direta é composta pelos órgãos públicos. A Administração indireta compõe-se das autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

1) Autarquias: é uma pessoa jurídica de direito público que exerce atividade típica da administração
pública. São criadas por lei. Ex: INSS, IBAMA, BACEN, ANATEL, ANVISA e IPREV (Instituto de
Previdência do Estado de Santa Catarina).

2) Fundações Públicas: existem fundações públicas com personalidade jurídica de direito público
(equiparadas às autarquias) e fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado. As
fundações públicas de direito público são também chamadas de fundações autárquicas e, por serem
equiparadas às autarquias, devem ser criadas por lei. Já as fundações públicas de direito privado têm
sua criação autorizada por lei e lei complementar define sua área de atuação. Ex: FUNAI, FUNASA e
FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC).

3) Empresas Públicas: são pessoas jurídicas de direito privado que, em regra, exploram atividades
econômicas. Dizemos “em regra” porque existem empresas públicas que prestam serviços públicos.
Nas empresas públicas, o capital social é 100% público. Ex: Caixa Econômica Federal (CEF) e Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A criação de empresas públicas é autorizada por lei.

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4) Sociedades de economia mista: são pessoas jurídicas de direito privado que, em regra, exploram
atividades econômicas. Também existem sociedades de economia mista que prestam serviços
públicos. Diferem, em essência, das empresas públicas pelos seguintes motivos: i) são constituídas
sob a forma de sociedade anônima (as empresas públicas podem assumir qualquer forma jurídica);
ii) a maioria das ações é do Estado, mas não obrigatoriedade de que todo o capital social seja público.
Ex: Banco do Brasil, Petrobrás, Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A) e Casan (Companhia
Catarinense de Águas e Saneamento S.A.). A criação de sociedades de economia mista é autorizada
por lei.

A criação de autarquias é feita mediante lei específica; por sua vez, a criação de fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista é autorizada por lei. Cabe à lei complementar definir as áreas de
atuação das fundações. Frise-se que as fundações de direito público são equiparadas às autarquias, sendo
criadas por meio de lei específica.

O art. 13, CE/SC, traz algumas regras específicas a respeito de 2 (duas) sociedades de economia mista
estaduais: a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A) e a Casan (Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento S.A).

a) A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. –
Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com
posterior consulta popular, sob forma de referendo.

b) A alienação superior a 49% (quarenta e nove por cento) das ações ordinárias da Companhia Catarinense
de Águas e Saneamento S.A. – Casan, que implique na troca do controle acionário da Companhia, dependerá
obrigatoriamente de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de referendo.

Art. 14. São instrumentos de gestão democrática das ações da administração pública, nos
campos administrativo, social e econômico, nos termos da lei:

I - o funcionamento de conselhos estaduais, com participação paritária de membros do


Poder Público e da sociedade civil organizada naqueles de campo administrativo e
econômico, e naqueles de cunho social com participação majoritária da sociedade civil;

II - a participação de um representante dos empregados, por eles indicado, no conselho de


administração e na diretoria das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas
subsidiárias.

Parágrafo único. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades


da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado
entre os seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas
de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e


responsabilidade dos dirigentes; e

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III - a remuneração do pessoal.

O art. 14, CE/SC, reforça a ideia de cidadania, ao tratar da gestão democrática das ações da Administração
Pública, que tem como instrumentos os conselhos estaduais e a representação dos empregados nos
conselhos de administração e diretoria das empresas públicas e sociedades de economia mista.

No art. 14, parágrafo único, a CE/SC reproduz dispositivo da CF/88 acerca do contrato de gestão (ou contrato
de desempenho, de acordo com a Lei Federal nº 13.934/19) ajuste firmado entre órgãos da Administração
direta, entre um órgão e entidade da Administração indireta ou entre um órgão e entidade paraestatal,
qualificada como organização sócia, para expansão da autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Por
meio do contrato de gestão, o Poder Público fixa metas de desempenho para o órgão ou entidade com quem
foi celebrado o ajuste.

Art. 15. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

O § 4º dispõe sobre a responsabilidade civil do Estado. Tal responsabilidade é objetiva, o que quer dizer que
este terá obrigação de indenizar os danos que seus agentes, atuando nessa qualidade, produzirem,
independentemente de terem agido com dolo ou culpa. É o que dispõe, também, o art. 37, § 6º, CF/88:

CF/88, Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa

É relevante assinalar que o art. 15, CE/SC, faz menção ao “direito de regresso” do Estado. O direito de
regresso deverá ser exercido pela Administração Pública mediante ação judicial (denominada ação
regressiva) contra o agente público que deu causa ao dano, caso este tenha agido com dolo ou culpa.

A regra da responsabilidade civil objetiva alcança:

a) as pessoas jurídicas de direito público.


b) as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, empresas públicas e
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público. Não alcança as EP e SEM exploradoras
de atividade econômica.
c) as pessoas jurídicas de direito privado que não integram a administração indireta, mas prestam
serviços públicos (concessionárias de serviços públicos, por exemplo).

Art. 16. Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

§ 1º Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse da administração,


impuser sigilo.

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§ 2º A administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado certidão ou cópia


autenticada, no prazo máximo de trinta dias, de atos, contratos e convênios
administrativos, sob pena de responsabilidade da autoridade competente ou do servidor
que negar ou retardar a expedição.

§ 3º A autoridade competente terá o mesmo prazo do parágrafo anterior para atender


requisições do Poder Judiciário, se outro não for o prazo por ele fixado.

§ 4º A lei fixará prazo para o proferimento da decisão final no processo contencioso


administrativo-tributário, sob pena de seu arquivamento e da impossibilidade de revisão
ou renovação do lançamento tributário sobre o mesmo fato gerador.

§ 5º No processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o procedimento, observar-


se-ão, entre outros requisitos de validade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou
decisão motivados.

§ 6º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e


entidades da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta,
deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, delas não podendo
constar símbolos, expressões, nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos, e serão suspensas noventa dias antes das eleições,
ressalvadas as essenciais ao interesse público.

Conforme você já estudou em Direito Administrativo, a CF/88 estabelece que são princípios da
Administração Pública a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Esses são os
princípios explícitos da Administração Pública, assim chamados por estarem expressamente previstos no
art. 37 da CF/88. Vejamos:

CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte.

Embora a CE/SC não mencione expressamente o princípio da eficiência, devemos ter em mente que este
também se aplica à Administração Pública estadual, já que as previsões da Constituição Federal vinculam
todos os demais entes.

A CE/SC deixa claro que a regra geral é que os atos administrativos serão públicos. É possível, todavia, que,
no interesse da Administração, alguns atos sejam sigilosos. Com o objetivo de concretizar o princípio da
publicidade, a Administração estadual está obrigada a fornecer a qualquer interessado certidão ou cópia
autenticada, no prazo máximo de 30 dias, de atos, contratos e convênios administrativos, sob pena de
responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou retardar a expedição

A publicidade dos atos governamentais não deve ter como objetivo a promoção pessoal de autoridades
públicas ou de servidores públicos. A publicidade desses atos deve ter um caráter educativo, informativo ou
de orientação social. Caso fique caracterizada a tentativa de promoção pessoal de autoridades públicas ou
servidores públicos, haverá flagrante violação ao princípio da impessoalidade.

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Art. 17. Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.

Parágrafo único. A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de


até cento e vinte dias precedentes ao término do mandato do Governador do Estado, salvo
situação de comprovada urgência, especificação na lei de diretrizes orçamentárias ou
decorrentes de recursos provenientes de financiamentos externos ou repasses da União.

A regra geral é a de que as contratações públicas dependem de prévia licitação. No entanto, há casos
previstos em lei em que a licitação é dispensada ou inexigível. O objetivo do procedimento licitatório é
assegurar que a Administração adquira, com maior eficiência, bens e serviços. A realização de licitação está
intimamente relacionada ao princípio da moralidade administrativa e assegura isonomia àqueles que
desejam contratar com o Poder Público.

Art. 18. A lei disciplinará a forma de participação do usuário na administração pública direta
ou indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a


manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,


observado o disposto no art. 5°, X e XXXIII, da Constituição Federal; e

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,


emprego ou função na administração pública.

§ 1º As entidades e as associações representativas de interesses sociais e coletivos,


vinculadas ou não a órgãos públicos, quando expressamente autorizadas, são partes
legítimas para requerer informações ao Poder Público e promover as ações que visem a
defesa dos interesses que representam, na forma da lei.

§ 2º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

O art. 18, CE/SC, é uma norma de eficácia limitada, pois depende de regulamentação para produzir todos
os seus efeitos. É a lei, afinal, que irá disciplinar a participação do usuário na Administração pública direta
e indireta.

Art. 19. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos


políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Os atos de improbidade administrativa possuem natureza civil e caracterizam-se por ferirem, direta ou
indiretamente, os princípios da administração pública, por uma conduta imoral do agente público, que visa
ou obter vantagens materiais indevidas ou gerar prejuízos ao patrimônio público.

Estes atos são tipificados pela Lei Federal nº 8.429/92 que é aplicável a qualquer agente público, servidor
ou não, que atentar contra a administração direta, indireta, fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território.

Os atos de improbidade administrativa podem ser de três tipos: i) atos que importam enriquecimento
ilícito; ii) atos que causam prejuízo ao Erário e; iii) atos que atentam contra os princípios da Administração
Pública.

As sanções à improbidade administrativa são:

i) suspensão dos direitos políticos;


ii) perda da função pública;
iii) indisponibilidade dos bens;
iv) ressarcimento ao erário (esta é imprescritível se o ato de improbidade for doloso).

Art. 21. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
lei, observado o seguinte:

I - a investidura em cargo ou a admissão em emprego da administração pública depende


da aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com
a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração;

II - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez por
igual período;

III - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, quem for aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego na mesma carreira;

Em virtude de expressa determinação da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Observe que estrangeiros também podem ocupar cargos, empregos e funções públicas, desde que a lei
assim o preveja.

Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso
público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de
cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração.

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Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual período.
Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos concursados. Cabe
ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação.

IV - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargos


efetivos, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;

É importante que você não confunda cargos em comissão com funções de confiança.

As funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os
cargos em comissão, por serem de livre nomeação e exoneração, podem ser preenchidos por qualquer
pessoa, seja ela servidor público ou não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos em comissão
que devem ser preenchidos por servidores de carreira.

Tanto os cargos em comissão quanto as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento. Além disso, a lei preverá um percentual mínimo dos cargos em comissão que deve
ser ocupado por servidores de carreira.

V - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Com o objetivo de realizar a igualdade material, a CE/SC prevê que lei ordinária reservará um percentual
dos cargos e empregos públicos para portadores de necessidades especiais. Dependendo das atribuições do
cargo, há também a possibilidade de a lei não reservar cargos a essas pessoas.

§ 1º A não observância do disposto nos incisos I e II implicará a nulidade do ato e a punição


da autoridade responsável, nos termos da lei.

A violação das regras de preenchimento dos cargos públicos via concurso público e do prazo de validade de
até 2 anos, prorrogável, implicará a invalidade do ato e punição da autoridade responsável.

§ 2º A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público.

O art. 21, CE/SC, § 2º trata da possibilidade de a Administração Pública efetuar contratações temporárias
em razão de excepcional interesse público. A contratação temporária depende de prévio processo seletivo
simplificado. Uma lei estadual deverá tratar do assunto.

§ 3º A abertura de concurso público para cargo de provimento efetivo será obrigatória


sempre que o número de vagas atingir um quinto do total de cargos da categoria funcional.

O art. 21, § 3º, CE/SC, traz uma regra interessante e bastante específica do estado de Santa Catarina. O
objetivo é evitar que haja falta de servidores públicos na Administração. Se o número de vagas atingir 1/5
(um quinto) do total de cargos da categoria funcional, será obrigatória a abertura de concurso público.

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Art. 22. Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus
bens.

Parágrafo único. É obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de


bens dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por
ocasião da posse, exoneração, aposentadoria ou término de mandato.

Os agentes públicos deverão apresentar declaração de bens por ocasião da posse, exoneração ou
aposentadoria.

Seguindo linha semelhante, é obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de bens
dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por ocasião da posse,
exoneração, aposentadoria ou término de mandato.

Art. 23. A remuneração e o subsídio dos servidores da administração pública de qualquer


dos Poderes, atenderão ao seguinte:

I - a revisão geral anual sempre na mesma data e sem distinção de índices;

II - os Poderes publicarão anualmente os valores dos subsídios e da remuneração dos


cargos e empregos públicos;

III – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


administração direta, autárquica e fundacional, dos membros dos Poderes do Estado, do
Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, limitado a 90,25%
(noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste inciso aos
subsídios dos Deputados Estaduais;

IV - a lei poderá estabelecer relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no inciso III;

V - para a efetividade do disposto no inciso II somente a lei determinará, no âmbito de cada


Poder, os seus valores e as suas alterações posteriores;

VI - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para


efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

VII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; e;

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VIII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos III e VII, deste artigo, nos arts. 23-A e 128, II,
desta Constituição e no art. 153, III e § 2°, I, da Constituição Federal.

§ 1º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreiras poderá ser fixada


nos termos do art. 23-A.

§ 2º REVOGADO

Esses dispositivos da CE/SC reproduzem o que dispõe a Constituição Federal de 1988 acerca da remuneração
dos servidores públicos, mas vale fazermos algumas considerações.

a) A Constituição Estadual estabeleceu que o teto remuneratório de todos os Poderes, administração


direta, autarquias, fundações, Ministério Público, Defensoria Pública e tribunal de Contas é o subsídio
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, que corresponde a 90,25% do subsídio dos Ministros
do STF.
b) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.
c) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para o fim de concessão de acréscimo ulterior.
d) Os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis.

Art. 23-A. O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários Estaduais


serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 23, I, II e III.

Os membros de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários de Estado serão remunerados por
subsídio, que é uma parcela fixa, sem qualquer adicional ou gratificação, observado o limite remuneratório
estadual. Anualmente, estes valores devem ser revistos e os Poderes devem publicar os valores dos subsídios
e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

Art. 24. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:

I - a de dois cargos de professor;

II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

III – a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias
e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público.

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A regra geral é a vedação da acumulação remunerada de cargos públicos e abrange, inclusive, empregos,
funções, entidades da administração indireta, suas subsidiárias e demais sociedades controladas pelo poder
público. Tal regra é excepcionada apenas quando houver compatibilidade de horários e se tratarem: i) de
dois cargos de professor; ii) de um cargo de professor com outro técnico ou científico ou; iii) de dois cargos
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

Art. 25. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício


de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo,


emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela remuneração da carreira funcional
como se estivesse em pleno exercício, adicionado o valor da representação do mandato
parlamentar;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-


lhe facultado optar por sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá


as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

§ 1º Aplica-se o disposto nos incisos II e V ao servidor eleito Vice-Prefeito investido em


função executiva municipal.

§ 2º E inamovível, salvo a pedido, o servidor público estadual eleito Vereador.

§ 3º Na hipótese de opção pela remuneração funcional constante do inciso I, a Assembleia


Legislativa deverá ressarcir o órgão, entidade ou empresa de origem até o valor do
vencimento de legislador estadual.

O art. 25 da Constituição de Santa Catarina dispõe as regras aplicáveis aos ocupantes de cargos públicos,
efetivo ou em comissão, quando em exercício de mandato eletivo. As considerações importantes foram
resumidas no esquema abaixo:

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Cargo eletivo Regra


Será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego público
Mandato eletivo federal ou ou função. Poderá optar pela remuneração da carreira funcional
estadual de origem, como se em exercício estivesse, adicionado o valor da
representação do mandato parlamentar.
Será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego público
Prefeito ou Vice-Prefeito ou função e poderá optar pela remuneração do cargo eletivo ou a
do cargo (efetivo ou em comissão), emprego público ou função.
Havendo compatibilidade de horários, poderá acumular o cargo
eletivo com o cargo (efetivo ou em comissão), emprego público ou
função. Neste caso, receberá as duas remunerações. Caso não haja
Vereador
compatibilidade, será afastado do cargo (efetivo ou em comissão),
emprego público ou função e optará pela remuneração de
qualquer um deles.

Nos casos de afastamento do servidor, seu tempo de exercício no mandato eletivo será contado como
tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. Para efeito do
benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se em exercício
estivesse.

Se o servidor for eleito para mandato eletivo federal ou estadual e optar pela remuneração da carreira
funcional, a Assembleia Legislativa deverá ressarcir o órgão, entidade ou empresa até o valor do vencimento
de legislador estadual.

Seção III – Dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta,


Autárquica e Fundacional

Art. 26. O Estado instituirá conselho de política de administração e remuneração de


pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

§ 1° A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de


cada carreira;

II - os requisitos para a investidura; e

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2° O Estado manterá escola de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos


servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre
os entes federados.

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§ 3° A lei disciplinará a aplicação dos recursos orçamentários provenientes da economia


com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público,
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

O art. 26, CE/SC, é uma norma programática, que prevê a criação de Conselho de Política de Administração
e Remuneração de Pessoal. Integrarão esse conselho servidores designados pelos respectivos Poderes.

O art. 26, § 1°, CE/SC, estabelece os critérios segundo os quais serão fixados os padrões de vencimento e
demais componentes do sistema remuneratório do servidor público estadual, que dependem de: natureza,
grau de responsabilidade e complexidade dos cargos; requisitos para investidura; e peculiaridades do cargo.

Percebe-se, em todo o art. 26, uma clara relação com o princípio da eficiência na Administração Pública.
Dois pontos são importantes, afinal, para que os servidores públicos possam exercer de modo mais eficiente
suas atribuições: i) o contínuo aperfeiçoamento profissional (para isso são instituídas escolas de governo
pelo Estado; e ii) política de remuneração adequada (para isso é que é instituído um conselho de política de
administração e remuneração de pessoal).

Os recursos provenientes da economia na execução de despesas correntes em órgãos, autarquias e


fundações podem ser usados, inclusive, como adicional ou prêmio de produtividade, como forma de
estimular a excelência no serviço público e dar concretude ao princípio da eficiência.

Art. 27. São direitos dos servidores públicos, além de outros estabelecidos em lei:

I - piso de vencimento não inferior ao salário mínimo nacionalmente unificado;

II - piso de vencimento proporcional a extensão e a complexidade do trabalho, assegurada


aos servidores ocupantes de cargos ou empregos de nível médio e superior remuneração
não inferior ao salário mínimo profissional estabelecido em lei; (expressão tachada foi
declarada inconstitucional)

III - garantia de vencimento nunca inferior ao piso do Estado, para os que percebem
remuneração variável;

IV - décimo terceiro vencimento com base na remuneração integral ou no valor dos


proventos;

V - remuneração do trabalho noturno superior a do diurno;

VI - remuneração do titular quando em substituição ou designado para responder pelo


expediente;

VII – salário-família para seus dependentes;

VIII - percepção dos vencimentos e proventos até o último dia útil do mês a que
correspondem;

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IX - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, nos termos da lei;

X - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento


ao do normal;

XII - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos um terço a mais do que a
remuneração normal;

XIII - licença remunerada a gestante, com a duração de cento e vinte dias;

XIV - licença-paternidade, nos termos da lei;

XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei;

XVI - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

XVII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei;

XVIII - proibição de diferença de vencimento, de exercício de funções e critérios de


admissão, bem como de ingresso e frequência em cursos de aperfeiçoamento e programas
de treinamento por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XIX - vale-transporte, nos casos previstos em lei;

XX - a livre associação sindical;

XXI - a greve, nos termos e limites definidos em lei específica federal; e

XXII - participação nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de decisão e deliberação.

O art. 27 da Constituição de Santa Catarina relaciona os direitos dos servidores públicos estaduais. Não há
nada de muito diferente do que prevê a CF/88.

Art. 28. São direitos específicos dos membros do magistério público:

I - reciclagem e atualização permanentes com afastamento das atividades sem perda de


remuneração, nos termos da lei;

II - progressão funcional na carreira, baseada na titulação;

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III – cômputo, para todos os efeitos legais, incluída a concessão de adicional e licença-
prêmio, do tempo de serviço prestado a instituição educacional privada incorporada pelo
Poder Público.

O art. 28, CE/SC, trata de direitos específicos dos membros do magistério público (professores da rede
pública). Aqui, temos uma novidade importante do estado de Santa Catarina.

Art. 29. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; ou

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo, ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até o seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

A estabilidade prevista no art. 41 da Carta Magna e no art. 29 da CE/SC se aplica aos servidores públicos
estatutários ocupantes de cargos efetivos. Para sua aquisição, são necessários quatro requisitos:

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Concurso Público
Estabilidade

Nomeação para cargo público efetivo

Três anos de efetivo exercício do cargo

Avaliação especial de desempenho por


comissão instituída para esse fim

O servidor estável somente poderá perder o cargo nas seguintes hipóteses:

a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em julgada
condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a perda do cargo
público.
b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo administrativo
regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser demitido, perdendo o cargo
público.
c) Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa. O servidor também poderá perder o cargo por insuficiência de desempenho.
d) E uma outra hipótese que, apesar de não ter sido prevista na CE/SC se aplica ao Estado por ter sido
disposta na CF/88 é o excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3º da CF/88). As despesas com
pessoal estão limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000). Caso esses limites sejam
descumpridos, o Poder Executivo deverá adotar certas medidas: i) redução em pelo menos 20% das
despesas com cargos em comissão e funções de confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis.
Se essas medidas não forem suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.

O §2° cuida da reintegração, forma de provimento que se aplica quando um servidor estável é demitido e,
depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão invalidada por sentença judicial. Tem-
se, também, a recondução que se caracteriza pelo retorno de servidor estável ao seu cargo de origem em
razão de reintegração de servidor que anteriormente ocupava o cargo. Neste caso, não haverá qualquer
indenização ao servidor que reconduzido e este poderá ser aproveitado em outro cargo ou colocado em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

O §3° dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo quando o seu for extinto ou ser
declarado desnecessário.

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E o §4° reforça que a avaliação especial de desempenho por comissão instituída com essa finalidade é
condição para aquisição de estabilidade por servidor público.

Art. 30. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do Estado, de servidores ativos,
de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial.

§ 1º O servidor abrangido pelo regime próprio de previdência social será aposentado:

I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,


quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma definida em lei complementar;

II – compulsoriamente, nos termos do inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição da


República;

III – voluntariamente, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta
e cinco) anos de idade, se homem, observados o tempo de contribuição e os demais
requisitos estabelecidos em lei complementar.

§ 2º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de


benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-
B, 4º-C e 5º, do art. 40 da Constituição Federal, sendo a diferenciação limitada à idade e ao
tempo de contribuição.

§ 3º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta


Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime
próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a
acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência
Social.

§ 4º Observados critérios a serem estabelecidos em lei, o servidor titular de cargo efetivo


que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para
aposentadoria compulsória.

§ 5º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei


complementar.

O art. 30, CE/SC, versa sobre o regime previdenciário dos servidores públicos estaduais.

De início, vale destacar o seguinte: o art. 40, da Constituição Federal de 1988, traça regras gerais sobre
regime previdenciário dos servidores públicos em geral, de todas as esferas federativas (nível federal,
estadual e municipal).

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Assim, em seus estudos, guie-se pelo art. 40 da CF/88:

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo,
de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:

I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,


quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70


(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
complementar;

III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.

Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores públicos estatutários:

a) Aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho:

No passado, se falava em “aposentadoria por invalidez”. Agora, o termo correto é “aposentadoria por
incapacidade permanente para o trabalho”.
Nessa hipótese, o servidor será aposentado quando forem preenchidas 2 (duas) condições:
a) O servidor estiver permanentemente incapacitado para o trabalho e;
b) Não for possível a readaptação do servidor para o exercício de outro cargo.
Vale destacar que a readaptação é uma forma de provimento de cargos públicos que consiste na investidura
do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação sofrida em sua
capacidade física ou mental.
Dessa forma, caso o servidor público tenha limitações físicas ou mentais que o incapacitem para o trabalho,
deve-se buscar, em primeiro lugar, a sua readaptação para outro cargo. Não sendo possível, aí sim é que
caberá a concessão de “aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho”.
Quando for concedida a aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho, será obrigatória a
realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo.

b) Aposentadoria compulsória:

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Até a edição da EC nº 88/2015 (conhecida como “PEC da Bengala”), os servidores públicos federais, estaduais
e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra
alternativa senão a aposentadoria compulsória.

Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada e passou a prever que os servidores
públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar.

Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para produzir todos os
seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos continuariam se
aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.

Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos servidores
públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a aposentadoria compulsória de servidores públicos
já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos.

c) Aposentadoria voluntária:

Os requisitos para a aposentadoria voluntária foram profundamente modificados pela Emenda


Constitucional no 103/2019.

A primeira grande mudança diz respeito à abrangência das regras de aposentadoria dos servidores públicos.
Antes, as regras gerais sobre aposentadoria voluntária definidas pela Constituição Federal de 1988 se
aplicavam a todos os entes federativos.

Agora, com a EC nº 103/2019, a idade mínima prevista na CF/88 se aplica apenas no âmbito da União. Assim,
no âmbito da União, a idade mínima para a aposentadoria voluntária passou a ser de 62 (sessenta e dois)
anos para a mulher e de 65 (sessenta e cinco) anos para o homem.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios passaram a ter autonomia para, mediante emendas às
Constituições Estaduais e emendas às Leis Orgânicas, definir os seus próprios requisitos de idade mínima
para aposentadoria ao amparo do RPPS. Santa Catarina, por meio da Emenda Constitucional nº 82, de 9 de
agosto de 2021, incorporou as idades mínimas mencionadas na CF/88 à Constituição Estadual.

Cabe destacar que a CF/88 prevê que lei complementar de cada ente federativo poderá estabelecer outros
requisitos para a aposentadoria voluntária, dentre os quais exigência de tempo mínimo de contribuição.

Vale destacar que, os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 5 (cinco) anos para
o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio. (art. 60, § 5º).

Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos professores ainda que esses não
desenvolvam a atividade de magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de atividade como
diretor ou coordenador pedagógico também é computado para fins de aposentadoria especial do professor.

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1. (Questão inédita) Segundo a Constituição do Estado de Santa Catarina, a Administração


Pública deverá observar os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

Comentários:

Apesar de a eficiência não ter sido expressamente prevista no art. 16 da CE/SC, o Estado
vincula-se a ele por este princípio ter sido expresso na CF/88.

Gabarito: correta.

2. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de
autarquia e fundação pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação.

Comentários:

As autarquias precisam ser criadas por lei específica.

Gabarito: errada.

3. (Questão Inédita) A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da


Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A.,
dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com prévia consulta popular, sob
forma de plebiscito.

Comentários:

Nessa situação, não será feito plebiscito, mas sim referendo. A consulta popular é posterior
à autorização legislativa.

Gabarito: errada.

4. (Questão Inédita) Os estrangeiros não poderão ocupar cargos públicos na Administração


Pública do Estado de Santa Catarina.

Comentários:

O art. 21 da Constituição de Santa Catarina previu que os cargos, empregos e funções


públicas são acessíveis aos brasileiros, bem como aos estrangeiros nos termos da lei.

Gabarito: errada.

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5. (Questão Inédita) No Estado de Santa Catarina, a abertura de concurso público para


cargo de provimento efetivo será obrigatória sempre que o número de vagas atingir um
quinto do total de cargos da categoria funcional.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 21, § 3º, CE/SC.

Gabarito: correta.

6. (Questão inédita) Os atos de improbidade administrativa importam em perda dos


direitos políticos, suspensão de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento
ao erário, além de possível ação penal.

Comentários:

Houve uma inversão das penas. Há a suspensão dos direitos políticos e perda da função
pública. As demais estão corretas.

Gabarito: errada.

7. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros
em casos de evidente culpa ou dolo.

Comentários:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público


respondem objetivamente pelo dano que seus agentes causarem a terceiros,
independente da comprovação de culpa ou dolo, dependendo apenas do nexo de
causalidade entre a ação e o dano.

A comprovação de culpa ou dolo é necessária para o direito de regresso contra o


responsável.

Gabarito: errada.

8. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o
cargo.

Comentários:

O servidor poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado,


por processo administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa, por procedimento
de avaliação periódica de desempenho, ou, eventualmente, por excesso de despesa.

Gabarito: errada.

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9. (Questão Inédita) Ao servidor público quando investido no mandato de Vereador ou


Prefeito é assegurado o exercício funcional em órgãos e entidades da administração direta
e indireta situados no município do seu domicílio eleitoral, observada a compatibilidade de
horário.

Comentários:

Pegadinha! O servidor público investido no mandato de Prefeito deverá se afastar do cargo,


podendo optar pela remuneração do cargo ou do mandato eletivo.

Gabarito: errada.

10. (Questão inédita) O Estado de Santa Catarina, ao invés de estabelecer um teto


remuneratório para cada um dos três Poderes, estabeleceu um único, válido para todos os
ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, que é o subsídio mensal dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado.

Comentários:

Exatamente. Em Santa Catarina, fixou-se, como teto remuneratório de todos os ocupantes


de cargos, funções e empregos públicos do Estado, o subsídio dos Desembargadores do
Tribuna de Justiça do Estado.

Gabarito: correta.

11; (TRT 2ª região/2015) Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, além de ser devida indenização equivalente pelo
exercício do cargo do servidor reintegrado.

Comentários:

Não será devida indenização.

Gabarito: errada.

12. (Questão Inédita) No Estado de Santa Catarina, a aposentadoria compulsória dos


servidores públicos se dá aos 70 anos.

Comentários:

Não se deve estudar a aposentadoria compulsória dos servidores públicos à luz da CE/SC,
mas sim sob a ótica da Constituição Federal. Nesse sentido, a aposentadoria compulsória
dos servidores públicos será aos 75 anos, qualquer que seja a esfera federativa.

Gabarito: errada.

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13. (Questão Inédita) No Estado de Santa Catarina, os membros do magistério público têm
direito à reciclagem e atualização permanentes com afastamento das atividades sem perda
de remuneração, nos termos da lei.

Comentários:

É o que prevê o art. 28, I, CE/SC.

Gabarito: correta.

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I - Disposição Geral

Art. 32 — São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário.

Parágrafo único. Salvo as expressas exceções previstas nesta Constituição, é vedado a


qualquer dos Poderes delegar competências.

O art. 32 da Constituição de Santa Catarina trata da separação de poderes, que é um princípio fundamental
da República Federativa do Brasil.

Sobre o tema, destacamos que o poder político é uno, indivisível. O que existe, na verdade, são funções
distintas de um mesmo poder. Nesse sentido, temos a função administrativa, a função legislativa e a função
jurisdicional.

Cada um dos poderes tem funções típicas e funções atípicas. Por exemplo, a função típica do Poder Executivo
é a função administrativa. No entanto, o Poder Executivo também exerce a função atípica de legislar, quando
o Governador edita medidas provisórias.

O parágrafo único prevê a indelegabilidade de atribuições entre os diferentes Poderes, o que vem
acompanhado da impossibilidade de investidura em funções de Poderes distintos. Em outras palavras, os
membros de um Poder não podem exercer, concomitantemente, as funções típicas de um Poder diferente,
ou, ainda, deixar de exercer as funções a eles atribuídas para exercerem as de outro órgão. Somente nos
casos autorizados pela Constituição (como é o caso do art. 56 da CF/88), poderá haver abdicação de uma das
funções para exercício de outra.

Capítulo II – Do Poder Legislativo

Seção I - Das Disposições Preliminares

Art. 33 — O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de


Deputados, representantes do povo, eleitos pelo voto direto e secreto, em sistema

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proporcional, denture brasileiros maiores de vinte e um anos, atendidas as demais


condições da legislação eleitoral.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

Art. 34 — A eleição para Deputado se fará simultaneamente com as eleições gerais para
Governador, Vice-Governador, Senador e Deputado Federal.

Art. 35 — O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da


representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Na União, o Poder Legislativo é bicameral, com a existência de duas casas legislativas: a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal. Nos Estados e nos Municípios, por sua vez, o Poder Legislativo é unicameral.
Nos Estados, o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa; nos Municípios, pela Câmara de
Vereadores.

A Assembleia Legislativa é constituída de Deputados, eleitos, pelo voto direto e secreto, para uma legislatura
de 4 (quatro) anos. O caput do art. 27 da CF/88, que foi reproduzido no art. 35 da CE/SC, dispõe sobre o
número de deputados que compõem a Assembleia Legislativa:

CF/88, Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo


da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e
seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Vale destacar que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de 8 (oito) ou mais de 70 (setenta) Deputados.

Art. 36 — Salvo disposição constitucional em contrário, todas as deliberações da


Assembleia Legislativa e de suas comissões, presente a maioria absoluta dos seus
membros, serão tomadas através do voto aberto, exigida a maioria simples.

Como regra geral, as deliberações da Assembleia Legislativa dependem, para sua aprovação, do voto da
maioria simples (maioria dos presentes). Esse é o quórum de aprovação. Exige-se também um quórum de
presença, que é de maioria absoluta (maioria dos membros da Casa Legislativa).

Dizemos que essa é a regra geral porque a Constituição Estadual prevê alguns quóruns qualificados. Por
exemplo, a aprovação de leis complementares depende do voto da maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa.

Art. 37 — O Poder Legislativo será representado judicial e extrajudicialmente por seu


Presidente, através da Procuradoria da Assembleia Legislativa.

Parágrafo único. Resolução disciplinará a organização e o funcionamento da Procuradoria


da Assembleia Legislativa.

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A Procuradoria da Assembleia Legislativa é o órgão estadual responsável pela representação judicial e


extrajudicial do Poder Legislativo.

Art. 38 — Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia administrativa e financeira, na


forma desta Constituição.

Parágrafo único. A Assembleia Legislativa elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
limites fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

O Poder Legislativo é dotado de autonomia administrativa e financeira.

A autonomia administrativa se manifesta, por exemplo, na competência da Assembleia Legislativa para


conceder licenças e férias aos seus servidores públicos. Por sua vez, a autonomia financeira se manifesta na
possibilidade de que a Assembleia Legislativa elabore sua proposta orçamentária dentro dos limites fixados
pela LDO.

Seção II - Das Atribuições da Assembleia Legislativa

Art. 39 — Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador, dispor sobre todas
as matérias de competência do Estado, especialmente sobre:

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito e


dívida pública;

III - fixação e modificação dos efetivos da Polícia Militar;

IV - planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

V - transferência temporária da sede do Governo Estadual;

VI - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública;

VII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado


o disposto no art.71, inciso IV, alínea “b”;

VIII - criação e extinção das Secretarias de Estado e órgãos da administração pública;

IX - aquisição, administração, alienação, arrendamento e cessão de bens imóveis do Estado;

X - prestação de garantia, pelo Estado, em operação de crédito contratada por suas


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e seus
Municípios;

XI - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;

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XII - procedimentos em matéria processual;

XIII - proteção, recuperação e incentivo à preservação do meio ambiente;

XIV - fixar, por lei, o subsídio do Deputado em cada Legislatura, para a subsequente, na
razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para o
Deputado Federal; e

XV - fixar, por lei, os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de


Estado, observado o que dispõe o art. 28, § 2°, da Constituição Federal.

As matérias elencadas no art. 39, da Constituição Estadual, são da competência da Assembleia Legislativa,
que sobre elas disporá mediante lei (ordinária ou complementar). Para isso, é necessária a sanção do
Governador do Estado. Desse modo, somente por lei formal a Assembleia Legislativa pode dispor sobre
determinados assuntos, dentre eles se destacam:

a) Compete à Assembleia dispor sobre tributos, arrecadação e distribuição de rendas.


b) A Assembleia disporá sobre as leis orçamentárias: plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
orçamentos anuais e operações de crédito e dívida pública.
c) Compete à Assembleia dispor sobre aquisição, administração, cessão e arrendamento de bens
imóveis.
d) Fixação e modificação dos efetivos da Polícia Militar.
e) De acordo com o inciso VII, art. 39 da CE/SC, ordenará sobre criação, transformação e extinção de
cargo, emprego e função pública.
f) Cabe a ela, também, dispor sobre criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.
g) É a Assembleia que fixa os subsídios dos Deputados (máximo 75% daquele dos Deputados Federais),
do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado.

Art. 40 — É da competência exclusiva da Assembleia Legislativa:

I - emendar a Constituição;

II - autorizar referendo e convocar plebiscito, mediante solicitação subscrita por no mínimo


dois terços de seus membros;

III - (Revogado – EC 38)

IV - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador eleitos e:

a) conhecer de suas renúncias;

b) conceder-lhes ou recusar-lhes licença para interromper o exercício das funções;

c) autorizar o Governador e o Vice-Governador do Estado a se ausentarem do País ou do


Estado, quando a ausência exceder a quinze dias;

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V - aprovar ou suspender a intervenção nos Municípios;

VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar


ou dos limites de delegação legislativa;

VII - mudar temporariamente sua sede;

VIII - (Revogado – EC 38)

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Governador e apreciar os relatórios sobre


a execução dos planos de governo;

X - (Revogado – EC 38)

XI - fiscalizar e controlar diretamente os atos administrativos dos órgãos dos Poderes


Executivo e Judiciário, incluídos os das entidades da administração indireta e do Tribunal
de Contas;

XII - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa
dos outros Poderes;

XIII - suspender, no todo ou em parte, a execução de lei estadual ou municipal declarada


inconstitucional por decisão definitiva do Tribunal de Justiça;

XIV - solicitar, quando couber, intervenção federal no Estado;

XV - pronunciar-se sobre incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas do


território estadual, quando solicitada pelo Congresso Nacional;

XVI - INCONSTITUCIONAL

XVII- proceder à tomada de contas do Governador do Estado, quando não apresentadas


dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

XVIII- elaborar seu regimento interno;

XIX - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para a fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;

XX - processar e julgar o Governador e o Vice-Governador do Estado nos crimes de


responsabilidade, bem como os Secretários de Estado nos crimes da mesma natureza
conexos com aqueles; (expressão tachada julgada inconstitucional)

XXI - processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral do Estado nos


crimes de responsabilidade;

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XXII - escolher quatro dentre os sete membros do Tribunal de Contas do Estado;

XXIII - aprovar, previamente, após arguição pública, a escolha dos:

a) Conselheiros do Tribunal de Contas indicados pelo Governador do Estado;

b) titulares de outros cargos ou funções que a lei determinar;

XXIV - destituir, por deliberação da maioria absoluta, na forma de lei complementar, o


Procurador-Geral de Justiça;

XXV - aprovar, previamente, por maioria absoluta dos Deputados, proposta de empréstimo
externo.

§ 1º — Nos casos previstos nos incisos XX e XXI, funcionará como presidente o do Tribunal
de Justiça, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos
votos de seus membros, à perda do cargo, com inabilitação por oito anos para o exercício
de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. (expressão tachada
julgada inconstitucional)

§ 2º- O voto dos representantes do Estado nos conselhos administrativos das Sociedades
de Economia Mista, exceto da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento S.A. –
Casan, que implique em alteração do estatuto social, será precedido de autorização do
Poder Legislativo, pela maioria absoluta dos seus membros.

As matérias relacionadas neste art. 40 da Constituição Estadual são de competência privativa da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina e independem de sanção do Governador do Estado.

Dentre as atribuições acima relacionadas, chamo sua atenção para o seguinte:

a) A Assembleia deve autorizar o Governador e o Vice-Governador a se ausentarem do Estado por mais


de 15 dias.
b) Pode sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites da delegação legislativa.
c) A Assembleia Legislativa tem competência para julgar, anualmente, as contas prestadas pelo
Governador do Estado e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. Caso este
não as apresente em até 60 dias após o início da sessão, a Assembleia promoverá a tomada de contas.
d) A Assembleia Legislativa detém a prerrogativa de fiscalizar e controlar os atos administrativos dos
Poderes Executivo e Judiciário, inclusive os da Administração Indireta e do Tribunal de Contas. Esta
atividade de fiscalização consiste em função típica do Poder Legislativo.
e) Cabe a ela, também, solicitar que a União intervenha no Estado para garantir o cumprimento das
Constituições Federal e Estadual, bem como o livre exercício de suas atribuições e competências.
f) Ela suspende, também, lei ou ato normativo estadual ou municipal declarado inconstitucional por
decisão judicial definitiva.
g) A Assembleia deve aprovar a escolha do Governador do Estado para:

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- três dos Conselheiros do Tribunal de Contas.


- demais cargos que lei determinar.
h) O inciso XX trata do julgamento do Governador e Vice-Governador nos crimes de responsabilidade
e parte dele foi declarado inconstitucional no julgamento da ADI STF 1628. Sobre o tema, cabe
destacar que ele não pode ser regulado pela Constituição Estadual. Segundo a Súmula Vinculante nº
46, “a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de
processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União”.
Nesse sentido, estabelece a Lei Federal nº 1.079/50 que, nos crimes de responsabilidade cometidos
por Governadores, a competência será de um Tribunal especial, composto de 5 (cinco) membros do
Poder Legislativo Estadual e de 5 (cinco) desembargadores do Tribunal de Justiça.

Art. 41— A Assembleia Legislativa ou qualquer de suas comissões poderá convocar


Secretário de Estado e titulares de Fundações, Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades
de Economia Mista para prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente
determinados, importando a ausência injustificada em crime de responsabilidade.

§ 1º — Os Secretários de Estado e titulares de Fundações, Autarquias, Empresas Públicas e


Sociedades de Economia Mista poderão comparecer à Assembleia Legislativa, ou a
qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e mediante entendimento com a Mesa, para
expor assunto de relevância de sua Secretaria ou órgãos.

§ 2º — A Mesa da Assembleia Legislativa encaminhará, após deliberação do Plenário,


pedidos de informação ao Governador, aos Secretários de Estado e aos titulares de
Fundações, Autarquias e Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, sendo que a
resposta deverá estar acompanhada de cópias de documentos compatíveis com as
informações prestadas pelo órgão inquirido, importando em crime de responsabilidade a
recusa ou não atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações
falsas.

O art. 41, caput, CE/SC, é parcialmente inconstitucional. Na ADI nº 3279, o STF deixou consignado que os
titulares de entidades da Administração indireta (fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades
de economia mista) não são agentes políticos e, portanto, não são sujeitos ativos de crime de
responsabilidade.

Quanto aos Secretários de Estado, estes podem ser convocados pela Assembleia Legislativa para prestarem
informações, sendo a ausência injustificada considerada crime de responsabilidade. Isto porque a regra tem
simetria com a CF/88, que estabelece a possibilidade de convocação dos Ministros de Estado pela Câmara
dos Deputados e Senado Federal.

O art. 41, § 2º, CE/SC também é parcialmente inconstitucional. Na ADI nº 3279, o STF considerou que não
pode a Constituição Estadual obrigar o Governador a prestar informações à Mesa da Assembleia
Legislativa, uma vez que não existe regra equivalente na Constituição Federal. Da mesma forma, não poderia
a Constituição Estadual tipificar como crime de responsabilidade a negativa de informações pelo
Governador, uma vez que a definição de crimes de responsabilidade é da União, que tem competência
privativa para legislar sobre direito penal.

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Seção III – Dos Deputados

Art. 42— Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.

§ 1º — Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento


perante o Tribunal de Justiça do Estado.

§ 2º — Desde a expedição do diploma, os membros do Poder Legislativo Estadual não


poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

§ 3º — Recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o


Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido
político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão
final, sustar o andamento da ação.

§ 4º — O pedido de sustação será apreciado no prazo improrrogável de quarenta e cinco


dias do seu recebimento pela Mesa.

§ 5º — A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

§ 6º — Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou


prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou
deles receberam informações.

§ 7º — A incorporação às Forças Armadas de Deputados, embora militares e ainda que em


tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Assembleia Legislativa.

§ 8º — As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser


suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Assembleia Legislativa, nos
casos de atos praticados fora do recinto do Poder Legislativo Estadual, que sejam
incompatíveis com a execução da medida.

A Constituição Estadual (art. 42) dispõe que os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos. Trata-se da chamada “imunidade material”, que permite que o
congressista possa exercer suas atribuições com a mais ampla liberdade de expressão.

Destaque-se que a imunidade material somente abrange os atos emanados do parlamentar em decorrência
do exercício de seu mandato. Caso a manifestação do parlamentar não tenha qualquer conexão com o
exercício de suas atribuições, ele estará sujeito às normas de direito, assim como qualquer cidadão comum.

Os Deputados Estaduais também fazem jus à imunidade formal. Nos termos do art. 42, § 2º, CE/SC, desde a
expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante
de crime inafiançável.

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Ressalte-se que a diplomação antecede a posse no cargo. Ela consiste no ato de expedição de diploma pela
Justiça Eleitoral, atestando que o candidato foi regularmente eleito. Assim, antes mesmo de serem
nomeados, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, a não ser em flagrante de crime
inafiançável. A diplomação já é suficiente para que o Deputado Estadual esteja protegido pela imunidade
formal. Cabe destacar que a impossibilidade de prisão de Deputado Estadual também alcança os crimes
praticados antes da diplomação.

Na hipótese de flagrante de crime inafiançável praticado por Deputado Estadual, este poderá ser preso.
Nessa situação, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Assembleia Legislativa para que, pelo voto
de maioria dos membros, decida pela manutenção da prisão ou pela liberdade do Deputado.

Os Deputados Estaduais, desde a diplomação, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça.
No caso de crime praticado por Deputado após a diplomação, será possível a sustação do andamento da
ação. Para isto, uma vez recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria dos membros poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar
o mandato.

Outra prerrogativa dos Deputados Estaduais diz respeito ao fato de que estes não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Para que os Deputados sejam incorporados às Forças Armadas, é preciso prévia licença da Assembleia,
mesmo que sejam militares e esteja em tempo de guerra.

As imunidades dos Deputados Estaduais subsistem até mesmo durante o estado de sítio. Apenas no caso de
atos praticados fora da Assembleia Legislativa e que sejam incompatíveis com o estado de sítio é que
poderá haver suspensão das imunidades parlamentares. Para isso, será necessário o voto de 2/3 dos
membros da Assembleia Legislativa.

- No caso de crime praticado antes da diplomação, não será possível a sustação do


andamento do processo perante o Tribunal de Justiça.

- Mesmo no caso de crime praticado antes da diplomação, o Deputado Estadual será


julgado perante o Tribunal de Justiça.

- Após a diplomação, o Deputado não poderá ser preso (salvo no caso de flagrante de crime
inafiançável), mesmo em virtude de crime praticado antes da diplomação.

Art. 43 — Os Deputados não poderão:

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I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam


demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente


de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades referidas no
inciso I, alínea "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso
I, alínea "a";

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

O art. 43, CE/SC, relaciona as condutas vedadas aos Deputados Estaduais. No inciso I, estão previstas
condutas que não podem ser adotadas desde o momento em que ocorre a diplomação. Já no inciso II, temos
condutas proibidas a partir da posse.

Art. 44 — Perderá o mandato o Deputado:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Assembleia, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal e nesta
Constituição;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º — É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento


interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Assembleia Legislativa ou a
percepção de vantagens indevidas.

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§ 2º — Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Assembleia
Legislativa, por maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.

§ 3º — Nos casos previstos nos incisos III a V a perda será declarada pela Mesa da
Assembleia, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de
partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

§ 4º — A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda


do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais
de que tratam os §§ 2° e 3°.

As situações de perda de mandato do Deputado Estadual previstas na Constituição de Santa Catarina (art.
44, CE/SC) são idênticas às previstas na CF/88 para os Deputados Federais e Senadores. Como é possível
verificar, há situações em que a perda do mandato é decidida pela Assembleia Legislativa. Em outras
situações, é a Mesa quem declara a perda do mandato.

Perda decidida pela Assembleia Legislativa –


Perda declarada pela Mesa – quando:
quando o Deputado:
III – Deixar de comparecer, em cada sessão
I - Infringir qualquer das proibições do art. 43. legislativa, à terça parte das sessões ordinárias,
salvo licença ou autorização.
IV – Perder ou tiver suspensos os direitos políticos
II – Tiver procedimento declarado incompatível
com o decoro parlamentar.
VI – Sofrer condenação criminal transitada em
V – Decretar a Justiça Eleitoral.
julgado.

Art. 45 — Não perderá o mandato o Deputado:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de


Estado, do Distrito Federal, de Território, da Prefeitura da Capital ou de chefe de missão
diplomática temporária;

II - licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença, ou para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse
a cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º— O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura nas funções previstas
no inciso I, ou de licença igual ou superior a sessenta dias.

§ 2º — Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se


faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º — Na hipótese do inciso I, o Deputado poderá optar pela remuneração do mandato.

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§ 4º — O suplente poderá formalmente abdicar do direito ao exercício do cargo, situação


em que não perderá a qualidade de suplente e a condição de exercício do cargo em futuras
convocações, assegurando-se-lhe, nesta última hipótese, a precedência sobre os suplentes
subsequentes.

O Deputado Estadual que for investido na função de Ministro, Governador de Território, Secretário de
Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária
não perderá o mandato. Hipóteses em que poderá optar pela remuneração do mandato.

Da mesma forma, não perderá o mandato o Deputado Estadual licenciado pela Assembleia Legislativa por
motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa.

Nestes casos de afastamento ou licença superior a 120 dias, o suplente será convocado para a vaga e, se não
existir, far-se-á nova eleição para preenchê-la se ainda faltarem mais de 15 meses para o término do
mandato.

Seção IV - Das Reuniões

Art. 46 — A Assembleia Legislativa se reunirá anualmente na Capital do Estado, de dois de


fevereiro a dezessete de julho e de primeiro de agosto a vinte e dois de dezembro.

§ 1º — As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados.

§ 2º — A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de


diretrizes orçamentárias.

§ 3º — No primeiro ano da legislatura, a Assembleia se reunirá em sessão preparatória, a


partir de primeiro de fevereiro, para a posse de seus membros e eleição da Mesa, com
mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.

De início, é importante ressaltar, para que não se confunda, a diferença entre legislatura e sessão legislativa.
Legislatura é o período de 4 (quatro) anos dentro do qual os Deputados exercem seus mandatos; sessão
legislativa é o período anual de trabalho do Poder Legislativo. Considerando-se que a legislatura tem a
duração de 4 (quatro) anos, podemos afirmar que ela é composta de 4 (quatro) sessões legislativas
ordinárias. Diz-se que a sessão legislativa é ordinária porque ela independe de convocação.

No Estado de Santa Catarina, a sessão legislativa ordinária ocorrerá de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1o


de agosto a 22 de dezembro. Dentro desses períodos, a Assembleia Legislativa estará reunida; fora deles,
estará de recesso. As reuniões marcadas para essas datas e que recaírem em sábados ou feriados, serão
transferidas para o primeiro dia útil subsequente. Mas a Constituição estabeleceu que não haverá recesso
se o projeto da lei de diretrizes orçamentárias não for aprovado.

No primeiro ano da legislatura, é necessário que os novos Deputados tomem posse e, ainda, que seja eleita
a Mesa (órgão administrativo de direção da Assembleia Legislativa). Com esse objetivo é que, no primeiro

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ano da legislatura, a Assembleia Legislativa reunir-se-á em reuniões preparatórias, a partir de 1o de


fevereiro.

§ 4º — A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa, que requer a exigência de


motivo urgente e a demonstração de interesse público relevante, far-se-á:

I - pelo Presidente da Assembleia, para o compromisso e posse do Governador e do Vice-


Governador e no caso de intervenção em Município ou edição de medida provisória;

II - pelo Governador do Estado, pelo Presidente da Assembleia ou a requerimento da


maioria de seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante.

§ 5º — Na sessão legislativa extraordinária a Assembleia Legislativa somente deliberará


sobre a matéria para a qual foi convocada, ressalvada a hipótese do § 6°, vedado o
pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.

§ 6º— Havendo medidas provisórias em vigor, na data da convocação extraordinária da


Assembleia Legislativa, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.

§ 7º — O caráter de urgência e o conceito de interesse público serão regulamentados em


lei ordinária específica.

A sessão legislativa poderá ser ordinária (de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro)
ou extraordinária. A sessão legislativa extraordinária é aquela que é instaurada para apreciar certas questões
de natureza especial. Destaque-se que, na sessão legislativa extraordinária, os Deputados não irão deliberar
sobre questões estranhas ao motivo pelo qual foram convocados. Ademais, a convocação não poderá dar
ensejo a pagamento de parcela indenizatória de valor superior ao subsídio mensal.

O Presidente da Assembleia Legislativa poderá fazer a convocação extraordinária nas seguintes hipóteses:
i) posse e compromisso do Governador e Vice-Governador; ii) decretação de intervenção estadual em algum
Município; e iii) edição de medida provisória.

A convocação extraordinária também poderá ocorrer em caso de urgência ou interesse público relevante,
sendo feita, nesses casos, pelo Governador, Presidente da Assembleia Legislativa ou a requerimento da
maioria dos membros dessa Casa Legislativa.

Seção V – Das Comissões

Art. 47 — A Assembleia Legislativa terá comissões permanentes e temporárias,


constituídas na forma e com as competências previstas no regimento interno ou no ato de
que resultar sua criação.

§ 1º — Na constituição da Mesa e de cada comissão, é assegurada, tanto quanto possível,


a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
Casa.

§ 2º — Às comissões, constituídas em razão da matéria de sua competência, cabe:

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I - discutir, emendar e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a


competência do Plenário, salvo se houver recurso de dois décimos dos membros da Casa;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III - realizar audiência pública em regiões do Estado para subsidiar o processo legislativo,
observada a disponibilidade orçamentária;

IV - convocar Secretários de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a


suas atribuições;

V - fiscalizar os atos que envolvam gastos de órgãos e entidades da administração pública;

VI - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra


atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas ou prestadoras de serviços
públicos;

VII - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VIII - apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de


desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

As Comissões Parlamentares são órgãos criados pela Assembleia Legislativa para facilitar-lhe os trabalhos,
sendo dotadas de natureza técnica. Podem ser criadas, por exemplo, uma Comissão de Direitos Humanos e
uma Comissão de Meio Ambiente.

Na constituição de cada Comissão assim como na composição da Mesa (órgão administrativo da Assembleia
Legislativa), deverá, sempre que possível, ser observada a representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares, ou seja, a bancada ou o bloco com maior número de deputados possui mais vagas.

A Assembleia Legislativa possui dois tipos de Comissões: as comissões permanentes e as comissões


temporárias. Estas serão constituídas e terão atribuições específicas conforme previsto no Regimento
Interno da Assembleia Legislativa.

O §2° do art. 47 versa sobre as competências das Comissões permanentes e temporárias da Assembleia
Legislativa. É claro, cada uma das comissões da Assembleia Legislativa possui competências específicas
definidas no Regimento Interno. As competências acima relacionadas são genéricas.

Além disso, estão entre as competências das comissões permanentes: realizar audiências públicas; receber
petições, reclamações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões de autoridades ou entidades
públicas; solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; apreciar programas de obras e planos
estaduais, regionais e setoriais.

§ 3º — As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação


próprios de autoridades judiciais, além de outros previstos no regimento interno da
Assembleia, serão constituídas mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o

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caso, encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou


criminal dos infratores.

§ 4º — A omissão de informações às comissões parlamentares de inquérito, inclusive as


que envolvam sigilo, ou a prestação de informações falsas constituem crime de
responsabilidade.

§ 5º — Durante o recesso haverá uma comissão representativa da Assembleia, eleita pelo


Plenário na última sessão ordinária da sessão legislativa, com competência definida no
regimento interno, cuja composição reproduzirá, tanto quanto possível, a
proporcionalidade da representação partidária.

As comissões mais cobradas em prova são as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). O trabalho das
CPI’s é uma das formas pelas quais o Poder Legislativo exerce sua função típica de fiscalização. Trata-se de
controle político-administrativo exercido pelo Poder Legislativo com a finalidade de, em busca da verdade,
apurar acontecimentos e desvendar situações de interesse público. É mecanismo típico do sistema de freios
e contrapesos, de controle do Poder Legislativo sobre os demais Poderes.

As CPI’s têm como atribuição realizar a investigação parlamentar, produzindo o inquérito legislativo. Nesse
sentido, CPI não julga, não acusa e não promove responsabilidade de ninguém. Sua função é meramente
investigatória; todavia, suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público para
que, esse sim, promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Sobre elas, é relevante destacar:

a) possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.


As CPI’s evidenciam a opção do legislador por um sistema de separação de poderes baseado em mecanismos
de “freios e contrapesos“. Por meio das CPI’s, o Poder Legislativo realiza sua atribuição de controle e
fiscalização.
É bem vasta a jurisprudência sobre as CPI’s, de forma que vale a pena mencionarmos alguns entendimentos
do STF:
- As CPI’s, no exercício de suas funções investigatórias, podem convocar particular e autoridades
públicas para prestarem depoimento, seja na condição de testemunhas ou de investigados.

- As CPI’s podem determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. Cabe
destacar que as CPI’s não podem autorizar as escutas telefônicas (interceptação telefônica). Tal
medida apenas pode ser implementada mediante ordem judicial.

- As CPI’s podem determinar a prisão em flagrante, mas não têm competência para decretar outras
espécies de prisão (prisões temporárias, preventivas e outras).

- As CPI’s não têm competência para determinar a busca e apreensão domiciliar e de documentos.

b) são criadas mediante requerimento de 1/3 dos membros da Assembleia Legislativa.


c) destinam-se a apurar fato determinado e por prazo certo.

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Seção VI – Do Processo Legislativo

Subseção I - Disposição Geral

Art. 48 — O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - proposta de emenda à Constituição Federal;

II - emendas a esta Constituição;

III - leis complementares;

IV - leis ordinárias;

V - leis delegadas;

VI - medidas provisórias;

VII - decretos legislativos;

VIII - resoluções.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e


consolidação das leis

No Estado de Santa Catarina, o processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição,


leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.

As emendas à Constituição são as alterações na Constituição Estadual, que demandam rito especial que será
detalhado mais à frente.

Quanto às leis, há duas espécies diferentes: leis ordinárias e leis complementares, e a diferença entre elas
está no quórum de aprovação. A primeira é aprovada por maioria simples dos votos, ou seja, maioria dos
votos dos presentes. Já a lei complementar depende de aprovação da maioria absoluta, que representa mais
da metade da totalidade dos membros.

As leis delegadas são prerrogativas legislativas que são atribuídas, pela Assembleia Legislativa, ao
Governador, respeitados certos limites. As medidas provisórias, que possuem força de lei, são editadas pelo
Governador em casos de relevância e urgência.

Os decretos legislativos e as resoluções são atos privativos da Assembleia Legislativa, que não dependem da
sanção do Governador. O decreto legislativo se refere a questões externas, enquanto as resoluções tratam
de aspectos internos da Assembleia.

Observe que, no Estado de Santa Catarina, há previsão para edição de medidas provisórias pelo
Governador.

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Subseção II - Das Emendas à Constituição

Art. 49 — A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa;

II - do Governador do Estado;

III - de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros;

IV - de pelo menos dois e meio por cento do eleitorado estadual, distribuído por no mínimo
quarenta Municípios, com não menos de um por cento dos eleitores de cada um deles.

§ 1º — A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal no


Estado, de estado de sítio ou de estado de defesa.

§ 2º — A proposta de emenda será discutida e votada pela Assembleia em dois turnos,


considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos de seus membros.

§ 3º — A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembleia Legislativa.

§ 4º — Não será objeto de deliberação a proposta de emenda que:

I - ferir princípio federativo;

II - atentar contra a separação dos Poderes.

§ 5º — A matéria constante da proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada


não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante proposta: i) de, um terço, no mínimo, dos membros
da Assembleia Legislativa; ii) do Governador do Estado; iii) de mais da metade das Câmaras Municipais,
manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros e; iv) de pelo menos 2,5% do
eleitorado estadual, distribuído por no mínimo 40 Municípios, com não menos de 1% dos eleitores de cada
um deles. Há, portanto, possibilidade de iniciativa popular para emendar a Constituição Catarinense.

Há limitações ao poder de emenda à Constituição Estadual?

Sim, há limitações formais, materiais e circunstanciais:

a) Limitações circunstanciais: A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção


federal no Estado, de estado de sítio ou de estado de defesa.

b) Limitações materiais: Não será objeto de deliberação proposta de emenda constitucional que ferir
princípio federativo ou que atentar contra a separação de poderes.

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c) Limitações formais: a proposta de emenda é restrita a poucos legitimados. Além disso, deve obter
aprovação, em dois turnos, de 3/5 (três quintos) dos Deputados.

A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa. Neste caso, a irrepetibilidade é absoluta.

É importante observar que não há, em relação às emendas, as regras de iniciativa privativa que existem para
a legislação infraconstitucional. Além disso, outra diferença é que as emendas à Constituição são
promulgadas pela Mesa da Assembleia Legislativa. Ou seja, não há sanção nem veto do Governador.

Subseção III - Das Leis

Art. 50 — A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou


comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao
Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.

§ 1º — A iniciativa popular de leis será exercida junto à Assembleia Legislativa pela


apresentação de projeto de lei subscrito por no mínimo um por cento dos eleitores do
Estado, distribuídos por pelo menos vinte Municípios, com não menos de um por cento dos
eleitores de cada um deles.

§ 2º — São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:

I - a organização, o regime jurídico, a fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e


do Corpo de Bombeiros, o provimento de seus cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva;

II - a criação de cargos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional


ou aumento de sua remuneração;

III - o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

IV - os servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos,


estabilidade e aposentadoria;

V - a organização da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;

VI - a criação e extinção das Secretarias de Estado e órgãos da administração pública,


observado o disposto no art. 71, inciso IV.

O art. 50, caput, da CE/SC arrola os legitimados a propor projeto de lei: qualquer membro ou comissão da
Assembleia Legislativa, Governador do Estado, Tribunal de Justiça, Procurador-Geral de Justiça e cidadãos,
na forma e nos casos definidos na Constituição.

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No Estado de Santa Catarina, a iniciativa popular de leis se dará pela apresentação de projeto de lei subscrito
por no mínimo 1% dos eleitores do Estado, distribuídos por pelo menos 20 Municípios, com não menos de
1% dos eleitores de cada um deles.

O art. 50, § 2º, CE/SC, relaciona as matérias que são da iniciativa privativa do Governador. Apenas como
exemplo, é iniciativa privativa do Governador projeto de lei que versa sobre o regime jurídico dos servidores
públicos estaduais.

Art. 51 — Em caso de relevância e urgência, o Governador do Estado poderá adotar


medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato à Assembleia
Legislativa.

§ 1º — As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 7º e 8º, perderão eficácia,


desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável,
nos termos do § 6º, uma vez por igual período, devendo a Assembleia Legislativa disciplinar,
por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

§ 2º — É vedada a edição de medida provisória sobre matéria que não possa ser objeto de
lei delegada.

§ 3º — É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória não


deliberada ou rejeitada pela Assembleia Legislativa.

§ 4º — O prazo a que se refere o § 1º contar-se-á da publicação da medida provisória,


suspendendo-se durante os períodos de recesso da Assembleia Legislativa.

§ 5º — Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias, contados de
sua publicação, entrará em regime de urgência, ficando sobrestadas, até que se ultime a
votação, todas as demais deliberações legislativas da Assembleia Legislativa.

§ 6º — Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que,
no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada
na Assembleia Legislativa.

§ 7º — Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 1º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante a sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

§ 8º — Aprovado o projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida


provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o
projeto.

O art. 51, CE/SC, trata do regime jurídico das medidas provisórias, atos normativos editados pelo
Governador, em caso de relevância e urgência. Elas terão eficácia por 60 (sessenta) dias, prorrogável uma
vez por igual período. Se não convertidas em lei dentro deste prazo, perderão sua eficácia e um decreto
legislativo da Assembleia deve disciplinar sobre as relações jurídicas dela decorrentes.

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As medidas provisórias não poderão versar sobre matérias também restritas às leis delegadas. É vedada a
reedição, na mesma Sessão Legislativa, de medida provisória não deliberada ou rejeitada pela Assembleia
Legislativa.

Art. 52 — Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Estado, ressalvado o disposto no


art. 122, §§ 3º e 4º;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembleia Legislativa,


do Poder Judiciário e do Ministério Público.

O art. 40 da Constituição de Santa Catarina trata de situações em que o poder de emenda é restringido. Aos
projetos de iniciativa exclusiva do Governador e aos projetos de organização dos serviços administrativos
da Assembleia Legislativa, do Poder Judiciário e do Ministério Público podem ser apresentadas emendas
parlamentares, mas estas não poderão implicar em aumento de despesa.

Art. 53 — O Governador do Estado poderá solicitar urgência, a qualquer tempo, para a


apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 1º — Indicado e justificado o pedido de urgência na mensagem enviada à Assembleia


Legislativa, se esta não se manifestar sobre a proposição em até quarenta e cinco dias, será
ela incluída na ordem do dia da primeira sessão subsequente, sobrestando-se a deliberação
quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação.

§ 2º — Esse prazo não corre nos períodos de recesso da Assembleia Legislativa.

A Constituição Estadual trata do processo legislativo sumário nesse dispositivo, no qual estabelece que o
Governador poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa. Ressalte-se,
entretanto, que não é necessário que a matéria seja da iniciativa privativa do Chefe do Executivo. O regime
de urgência poderá ser solicitado pelo Governador em relação a quaisquer projetos de lei que ele tiver
apresentado à Assembleia Legislativa, em qualquer fase de sua tramitação.

Solicitada a urgência, a Assembleia deverá se manifestar sobre a proposição, no prazo máximo de 45


(quarenta e cinco) dias, contados da data em que for feita a solicitação. Esgotado esse prazo sem deliberação
da Assembleia Legislativa, será a proposição prevista na Ordem do Dia, sobrestando-se às demais
proposições, para que se ultime a votação.

Art. 54 — Concluída a votação e aprovado o projeto de lei, a Assembleia Legislativa o


encaminhará ao Governador do Estado para sanção.

§ 1º — Se o Governador do Estado considerar o projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo
de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará dentro de quarenta
e oito horas ao Presidente da Assembleia os motivos do veto.

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§ 2º — O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou


alínea.

§ 3º — Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Governador do Estado importará em


sanção.

§ 4º — O veto será apreciado pela Assembleia Legislativa dentro de trinta dias a contar do
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados.

§ 5º — Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao Governador do Estado para
promulgação.

§ 6º — Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na


ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação final,
ressalvadas as matérias de que tratam os arts. 51 e 53.

§ 7º — Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Governador do
Estado, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Assembleia a promulgará, e, se este não
o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.

No processo legislativo estadual, existe apenas uma Casa Legislativa: a Assembleia Legislativa. Portanto, há
maior simplicidade na tramitação do que no processo legislativo federal, que tem as figuras da Casa
Iniciadora e Casa Revisora.

Após aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto de lei será enviado ao Governador, para sanção ou
veto.

A sanção pode ser expressa ou tácita. Haverá sanção tácita quando o Governador não se manifestar
(permanecer em silêncio) pelo prazo de 15 dias úteis após recebido o projeto de lei. Sancionado o projeto
de lei, ele se transforma em lei, que deverá ser promulgada e publicada.

Agora, falemos sobre o veto.

O veto pode ser político (quando o Governador julgar que o projeto de lei contraria o interesse público) ou
jurídico (quando o Governador entender que o projeto é inconstitucional).

O veto será sempre expresso. Se o Governador considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional,
ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
comunicando ao Presidente da Assembleia Legislativa, dentro de 48 horas, os motivos do veto.

O veto pode ser total ou parcial. Caso se trate de veto parcial, este deverá abranger o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

O veto poderá ser rejeitado pela Assembleia Legislativa. Segundo a Constituição Estadual, o veto será
apreciado pela Assembleia Legislativa dentro de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento, só podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

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Se o veto for derrubado, o projeto deve ser promulgado pelo Governador em 48 horas. Se este não o fizer,
o Presidente da Assembleia o fará e, passado 48 horas sem promulgação, esta caberá ao Vice-Presidente da
Assembleia.

Art. 55 — A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
Deputados.

O art. 55, CE/SC, nos apresenta o princípio da irrepetibilidade. Como regra geral, a matéria constante de
projeto de lei rejeitado não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa. Todavia, essa
vedação não é absoluta. É possível que seja flexibilizada mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Assembleia.

Art. 56 — As leis delegadas serão elaboradas pelo Governador do Estado, que deverá
solicitar a delegação à Assembleia Legislativa.

§ 1º — Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Assembleia


Legislativa, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

§ 2º — A delegação ao Governador do Estado terá a forma de resolução da Assembleia


Legislativa, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º — Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, esta


a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

As leis delegadas são elaboradas pelo Governador.

Primeiro, o Governador deve solicitar delegação à Assembleia Legislativa.

Em seguida, a Assembleia Legislativa irá, mediante resolução, delegar a competência ao Governador, por
meio de resolução, para editar lei delegada, especificando seu conteúdo e os termos de seu exercício.

Não podem ser objeto de lei delegada:

a) Os atos de competência exclusiva da Assembleia Legislativa.


b) A matéria reservada a lei complementar.
c) Legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento.

Há dois tipos de delegação:

a) delegação típica (própria) – a Assembleia Legislativa concede a competência ao Governador para


editar lei sobre determinada matéria e este a elabora, promulga e publica sem nenhuma intervenção
da Assembleia.
b) delegação atípica (imprópria) – na resolução que concede ao governador a competência de editar
lei sobre determinada matéria, a Assembleia prevê que o projeto deve ser apreciado pelo Poder

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Legislativo antes da conversão em lei. Neste caso, a Assembleia apreciará o projeto em votação única,
vedada qualquer emenda.

Art. 57 — As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos votos dos
Deputados.

Parágrafo único. Além de outros casos previstos nesta Constituição, serão


complementares as leis que dispuserem sobre:

I - organização e divisão judiciárias;

II - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria


Pública;

III - organização do Tribunal de Contas;

IV - regime jurídico único dos servidores estaduais e diretrizes para a elaboração de planos
de carreira;

V - organização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e o regime jurídico de


seus servidores;

VI - atribuições do Vice-Governador do Estado;

VII - organização do sistema estadual de educação;

VIII - plebiscito e referendo.

O art. 57, CE/SC, relaciona as matérias sujeitas a lei complementar. Alguns dos seus dispositivos foram
declarados inconstitucionais pelo STF (ADI 5.003).

Seção VII - Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Art. 58. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Estado e dos órgãos e entidades da administração pública, quanto a legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pela Assembleia Legislativa, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

O art. 58 da CE/SC determina que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Estado e das entidades da administração direta e indireta, no que se refere à legalidade, legitimidade,

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economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa
mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Conforme se observa, os dinheiros públicos sofrem duas formas de controle:

i) controle externo, de competência do Poder Legislativo, e;


ii) controle interno, realizado no âmbito de cada Poder.

Vale dizer, que os controles externo e interno são realizados de forma complementar, um não se subordina
ao outro.

O art. 58 é baseado no art. 70 da CF/88, que determina que a fiscalização realizada pelo Legislativo
(Assembleia Legislativa) tem como objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação das
subvenções e a renúncia de receitas. A fiscalização possui, como algumas de suas facetas:

➢ Legalidade: analisa a obediência do administrador à lei, verificando a validade dos atos


administrativos em face do ordenamento jurídico.
➢ Legitimidade: representa que a gestão da coisa pública se volta à satisfação do interesse
público.
➢ Economicidade: compreende a análise de custo/benefício das ações do Poder Público.
➢ Financeira: refere-se à aplicação das subvenções, à renúncia de receitas, às despesas e às
questões contábeis.

Por sua vez, o parágrafo único dispõe que prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito
público ou de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

Art. 59. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador, as quais serão anexadas às


dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do
Tribunal de Contas, mediante parecer prévio que levará em consideração as contas dos três
últimos exercícios financeiros e que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e


valores da administração direta e indireta, incluídas as sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

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IV - realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de comissão técnica ou de


inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas de empresas de cujo capital social o Estado participe, de forma direta
ou indireta, nos termos do documento constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado a Municípios,


mediante convênio, acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento congênere, e das
subvenções a qualquer entidade de direito privado;

VII - prestar, dentro de trinta dias, sob pena de responsabilidade, as informações solicitadas
pela Assembleia Legislativa, ou por qualquer de suas comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de


contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão a


Assembleia Legislativa;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;

XII - responder a consultas sobre interpretação de lei ou questão formulada em tese,


relativas a matéria sujeita a sua fiscalização.

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Assembleia


Legislativa, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º Se a Assembleia Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não


efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de


título executivo.

§ 4º O Tribunal encaminhará à Assembleia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório


de suas atividades.

Os Tribunais de Contas são órgãos independentes e autônomos, sem subordinação hierárquica a qualquer
dos Poderes da República. Sua autonomia é garantida constitucionalmente. Embora estejam de certo modo
vinculados ao Poder Legislativo, não exercem função legislativa, mas de fiscalização e controle, de natureza
administrativa.

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O art. 59 da Constituição de Santa Catarina trata do papel do Tribunal de Contas. Como você sabe, o controle
externo é realizado pela Assembleia Legislativa com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC).

Algumas das competências do Tribunal de Contas merecem destaque:

a) O Tribunal de Contas do Estado aprecia as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado
e sobre elas emite parecer prévio, em sessenta dias, contados de seu recebimento. Todavia, o TCE/SC
não julga as contas do Governador, cabe à Assembleia Legislativa fazê-lo.
b) O TCE/SC tem competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiro, bem ou valor públicos da Administração Direta e Indireta, do Ministério Público, inclusive
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estado, e contas daqueles que
causarem perda, extravio ou outra irregularidade da qual resulte prejuízo ao erário.
c) É também competência do Tribunal de Contas do Estado apreciar, para fins de registro, a legalidade
dos atos de admissão de pessoal pelas administrações direta e indireta, exceto nomeação para cargo
em comissão, bem como apreciar a legalidade dos atos de concessão de aposentadoria, reformas e
pensões.
d) É sua competência fiscalizar a aplicação de todos os recursos repassados pelo Estado por força de
convênio, acordo, ajuste ou instrumento do tipo.
e) O TCE deve aplicar aos responsáveis, no caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, como multa proporcional ao dano causado ao erário.
f) Tem competência, também, para sustar atos administrativos. Já no que se refere aos contratos
administrativos, a sustação caberá à Assembleia Legislativa, que solicitará ao Executivo a anulação
desses atos. Caso essas medidas não sejam adotadas no prazo de 90 (noventa) dias, o Tribunal de
Contas adquirirá competência para decidir a respeito, podendo determinar a sustação do contrato.

O § 4º determina que o Tribunal encaminhará à Assembleia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório


de suas atividades. Nesse sentido, entende a Corte Suprema que o Tribunal de Contas está obrigado, por
expressa determinação constitucional, a encaminhar, ao Poder Legislativo a que se acha institucionalmente
vinculado, tanto relatórios trimestrais quanto anuais de suas próprias atividades, com o objetivo de expor a
situação das finanças públicas administradas por esses órgãos.1

Art. 60. A comissão permanente a que se refere o art. 122, § 1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou
de subsídios não aprovados, poderá solicitar a autoridade governamental responsável que,
no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a comissão


solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria no prazo de
trinta dias.

1
ADI 687, DJ 10.02.2006

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§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a comissão, se julgar que o gasto


possa causar dano irreparável ou lesão a economia pública, determinará ao Poder
competente sua sustação.

§ 3º Da determinação mencionada no parágrafo anterior cabe recurso ao Plenário da


Assembleia Legislativa, sem efeito suspensivo.

Uma Comissão Permanente da Assembleia Legislativa será responsável por examinar e emitir parecer sobre
os projetos de leis orçamentárias e, diante de despesas não autorizadas, poderá solicitar à autoridade
responsável que preste os esclarecimentos no prazo de 5 dias.

Caso esses esclarecimentos não sejam prestados ou, ainda, prestados de maneira insuficiente, a Comissão
Permanente solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, dentro de 30 dias.
Se o TCE/SC entender que a despesa é irregular ou se a Comissão julgar que o gasto pode causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, a Comissão proporá à Assembleia Legislativa sua sustação.

Art. 61. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na
cidade de Florianópolis, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território
estadual, exercendo, no que couber, a competência prevista no art. 83.

§ 1º Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados dentre os brasileiros que


satisfaçam os seguintes requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

II - idoneidade moral e reputação ilibada;

III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de


administração pública;

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:

I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em listra tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;

II - quatro pela Assembleia Legislativa.

§ 3º O processo de escolha de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, obedecerá ao


seguinte critério:

I - na primeira, segunda, quarta e quinta vagas, a escolha será de competência da


Assembleia Legislativa;

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II - na terceira, sexta e sétima vagas, a escolha caberá ao Governador do Estado, devendo


recair as duas últimas, alternadamente, em auditor e membro do Ministério Público junto
ao Tribunal;

III - a partir da oitava vaga reinicia-se o processo previsto nos incisos anteriores.

§ 4º Os Conselheiros do Tribunal de Contas terão as mesmas garantias, prerrogativas,


impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça.

§ 5º Os auditores, nomeados pelo Governador do Estado após aprovação em concurso


público de provas e títulos, terão, quando em substituição a Conselheiro, as mesmas
garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da
judicatura, as de juiz de direito da última entrância.

O TCE/SC é integrado por 7 (sete) Conselheiros e tem jurisdição em todo o Estado de Santa Catarina. Os
Conselheiros do TCE/SC serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

a) mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade;


b) idoneidade moral e reputação ilibada;
c) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública; e
d) mais de 10 (dez) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos acima mencionados.

Dos 07 Conselheiros que compõem o TCE/SC, 04 devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e 03 pelo
Governador, cabendo a este indicar, dentre esses 03:

- 01 Auditor de carreira;
- 01 membro do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas e;
- 01 à sua livre escolha.

Destaque-se que os Auditores e os Membros do Ministério Público de Contas, serão indicados em lista tríplice
organizada pelo próprio Tribunal de Contas, alternadamente, segundo critérios de antiguidade e
merecimento.

Os Conselheiros terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos


Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado.

Art. 62. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,


sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano Plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos do Estado;

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II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e a eficiência da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e outras garantias, bem como dos
direitos e haveres do Estado;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de
responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato e parte legítima para, na


forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.

O art. 62 da CE/SC traz as finalidades do controle interno, que é realizado dentro de cada Poder, quais sejam:

a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Estado;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Estado;
d) apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.

O §1º do art. 62 prevê que os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade, ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidade solidária.

Por sua vez, o §2º prevê a participação popular no controle externo. Segundo o mencionado dispositivo,
qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades ao Tribunal de Contas do Estado.

(Questão inédita) O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída


de representantes do povo, eleitos pelo sistema majoritário, por voto direto e secreto.

Comentários:

Os membros da Assembleia Legislativa (Deputados estaduais) são eleitos pelo sistema


proporcional.

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Gabarito: errada.

(Questão Inédita) A Assembleia Legislativa de Santa Catarina reunir-se-á, anualmente, na


Capital do Estado, ordinariamente, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22
de dezembro.

Comentários:

Esse é o período da sessão legislativa ordinária em Santa Catarina prevista no art. 46 da


CE/SC.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) É competência da Assembleia Legislativa, com a sanção do governador,


dispor sobre plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual.

Comentários:

Item de acordo com o art. 39, II, da CE/SC.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) Compete à Assembleia Legislativa dispor, com a sanção do Governador,


sobre o sistema tributário, a arrecadação e a distribuição de rendas do Estado.

Comentários:

Trata-se de competência da Assembleia Legislativa que depende de sanção do Governador.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa autorizar o


Governador e o Vice-Governador do Estado a se ausentarem do Estado por mais de dez
dias.

Comentários:

A autorização é necessária para afastamentos a partir de 15 dias.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) Cabe à Assembleia Legislativa, com sanção do Governador, mudar


temporariamente a sede do governo estadual.

Comentários:

Tal competência foi prevista no inciso VII do art. 40, mas independe de sanção do
Governador.

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Gabarito: errada.

(Questão inédita) É atribuição da Assembleia Legislativa, independente de sanção do


Governador, criar comissões de inquérito.

Comentários:

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) são uma das formas de o Poder Legislativo
exercer sua função fiscalizadora e, para isso, independe de sanção do Governador.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa


não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

Comentários:

A questão se refere à imunidade formal dos deputados estaduais.

Questão correta.

(Questão inédita) Os Deputados serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de


Justiça do Estado.

Comentários:

De fato, os Deputados serão julgados pelo Tribunal de Justiça.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) O Deputado que perder seus direitos políticos ou os tiver suspensos
perderá o mandato.

Comentários:

Esta é uma das hipóteses de perda de mandato estabelecida no artigo 44 da CE/SC.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Em Santa Catarina, um Deputado Estadual somente será processado e


julgado pelo Tribunal de Justiça mediante licença prévia da Assembleia Legislativa.

Comentários:

Em virtude da aplicação do princípio da simetria, não há que se falar em licença prévia para
que Deputado Estadual seja processado e julgado.

Gabarito: errada.

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(Questão Inédita) Compete à Assembleia Legislativa dispor, com a sanção do Governador,


sobre prestação de garantia, pelo Estado, em operação de crédito contratada por suas
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e seus
Municípios.

Comentários:

Trata-se de competência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (art. 39, X, CE/SC).

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Compete privativamente à Assembleia Legislativa - julgar, anualmente,


as contas prestadas pelo Governador do Estado e apreciar os relatórios, sobre a execução
dos planos de governo.

Comentários:

O julgamento das contas prestadas pelo Governador do Estado compete à Assembleia


Legislativa.

Questão correta.

(Questão inédita) Se investido no cargo de Ministro de Estado ou Secretário Municipal, o


Deputado não perderá o cargo.

Comentários:

O mandato do Deputado será assegurado se assumir cargo de Secretário Municipal, mas


apenas da capital do Estado (art. 45, inciso I, CE/SC).

Gabarito: errada.

(Questão inédita) A instauração de CPI estadual é competência privativa da Assembleia


Legislativa, após requerimento de 1/3 dos seus membros.

Comentários:

A Assembleia Legislativa irá instituir CPI estadual, mediante requerimento de 1/3 dos seus
membros.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) As comissões parlamentares de inquérito, apesar de possuírem poderes


próprios de autoridades judiciárias, não podem decretar a indisponibilidade ou apreensão
de bens.

Comentários:

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O STF já decidiu que as CPI’s não têm poderes para determinar busca e apreensão de
documentos e bens.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) As comissões, permanentes ou temporárias, podem convocar


Secretários de Estado para prestarem informações sobre os assuntos inerentes a suas
atribuições.

Comentários:

De fato, as comissões podem convocar Secretários de Estado para prestarem informações


sobre os assuntos inerentes a sua atribuições. Trata-se de competência que viabiliza o
controle, pelo Poder Legislativo, da execução de políticas públicas.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) No Estado de Santa Catarina, há a possibilidade de a iniciativa popular


apresentar projeto de lei, mas não projeto de emenda à Constituição.

Comentários:

Em Santa Catarina, os cidadãos podem propor emenda à Constituição do Estado. Basta que
a proposta seja interposta por, no mínimo, 2,5%do eleitorado do Estado, em, pelo menos,
40 Municípios e com não menos de 1% dos eleitores de cada um deles.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.

Comentários:

A irrepetibilidade não é absoluta. Poderá haver novo projeto com a mesma matéria caso
este seja proposto por maioria absoluta dos Deputados.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) O Governador, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para
apreciação de projetos de iniciativa da Assembleia.

Comentários:
De acordo com o artigo 53 da Constituição de Santa Catarina, o Governador poderá solicitar
urgência apenas para a apreciação de projetos de sua iniciativa.

Gabarito: errada.

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(Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto
poderá ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

Comentários:

É exatamente isto que dispõe o §4º do art. 54.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com
auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

Comentários:

O controle externo compete à Assembleia Legislativa, que, nessa tarefa, recebe o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado poderá


sustar atos e contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.

Comentários:

O TCE/SC tem competência para sustar atos administrativos. A sustação de contratos


administrativos é competência da Assembleia Legislativa, que solicitará as medidas cabíveis
ao Poder Executivo.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) Nos termos da Constituição de Santa Catarina, é de competência do


Tribunal de Contas Estadual avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual.

Comentários:

Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual é uma das atribuições do
controle interno.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) Os responsáveis pole controle interno, ao tomarem conhecimento de


irregularidade e dela não darem ciência ao Tribunal de Contas do Estado, estarão sujeitos
à responsabilidade subsidiária.

Comentários:

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Reza o § 1º do art. 62 que os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas, sob pena de responsabilidade solidária.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle


popular, por meio do qual qualquer cidadão, partido político, associação e sindicato podem
denunciar irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado.

Comentários:

O item está de acordo com o § 2° do art. 62 da CE/SC:

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato e parte legítima para, na


forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.

Gabarito: correta.

Capítulo III – Do Poder Executivo

Seção I - Do Governador e do Vice-Governador do Estado

Art. 63 — O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, auxiliado pelos


Secretários de Estado.

Em Santa Catarina, assim como nos demais estados da federação, o Poder Executivo é exercido pelo
Governador, que é auxiliado nessa tarefa pelos Secretários de Estado. Os Secretários de Estado, na órbita
estadual, são equivalentes aos Ministros de Estado, na órbita federal. Assim como existe o Ministro da
Fazenda e o Ministro do Planejamento, nos Estados existe o Secretário da Fazenda e o Secretário de
Planejamento, por exemplo.

Art. 64 — O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de


trinta anos, noventa dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas
as demais condições da legislação eleitoral.

§ 1º — A eleição do Governador importará a do Vice-Governador com ele registrado.

§ 2º — Será considerado eleito Governador o candidato que, registrado por partido


político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º — Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova


eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

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§ 4º — Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento


legal de candidato, convocar-se-á dentre os remanescentes o de maior votação.

§ 5º — Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de


um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Tanto o Governador quanto o Vice-Governador são eleitos, simultaneamente, pelo sistema majoritário, no
qual é eleito o candidato com maior número de votos. Quando o Governador é eleito, isso implica a eleição
do Vice-Governador com ele registrado. Repete-se, aqui, o modelo federal, em que as candidaturas do Chefe
do Executivo e de seu Vice são feitas em conjunto. Caso não seja atingida a maioria dos votos válidos (não
computados os brancos e nulos), será realizando um novo segundo turno de votações.

Suponha que, no primeiro turno, nenhum dos candidatos tenha obtido maioria absoluta (não computados
os votos em branco e os nulos). Teremos, nesse caso, segundo turno, com a participação dos dois candidatos
mais votados.

Se antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte, desistência ou impedimento legal de um desses
candidatos, o 2º turno ainda vai acontecer, mas não é o Vice que participa. Será convocado, dentre os
candidatos remanescentes, aquele que tenha maior votação. E, sempre que houver empate entre dois
candidatos, prevalecerá o candidato mais idoso.

Art. 65 — O Governador e o Vice-Governador tomarão posse em sessão da Assembleia


Legislativa, prestando o compromisso de manter, defender, cumprir e fazer cumprir a
Constituição Federal e a do Estado, observar as leis, promover o bem-estar geral e
desempenhar seu cargo honrada, leal e patrioticamente.

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o
Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago pela Assembleia Legislativa.

O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, prestando


compromisso de manter e defender a Constituição Federal, a Constituição Estadual, observar as leis,
promover o bem geral do povo e desempenhar o cargo de forma honrada, leal e patrioticamente.

De acordo com o parágrafo único do art. 65 da CE/SC, caso o Governador ou Vice-Governador não assumam
o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o cargo será declarado vago, salvo motivo de força
maior. Assim, podem ocorrer distintas situações:

a) Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, sem motivo de
força maior: o Vice assume o cargo de Governador e governa até o final do mandato.
b) Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, por motivo de
força maior: o Vice assume o cargo e governa até que o Governador tome posse.
c) Vice-Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, sem motivo
de força maior: o cargo de Vice é declarado vago e o Governador assume, governando sem Vice até o
final do mandato.

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d) Vice-Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, por motivo
de força maior: o Governador assume e governa sem vice até que este assuma o cargo.
e) Governador e Vice-Governador não assumem o cargo dentro de 10 dias, sem motivo de força
maior: os dois cargos são declarados vagos. Assume o Presidente da Assembleia Legislativa.

Art. 66 — Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga,


o Vice-Governador.

Parágrafo único. O Vice-Governador, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
por lei complementar, auxiliará o Governador sempre que por este convocado para
missões especiais.

Art. 67 — Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos


respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da governança o
Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 68 — Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa


dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º — Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período governamental, a eleição


para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Assembleia
Legislativa, por maioria absoluta.

§ 2º — Se, no primeiro escrutínio, nenhum candidato obtiver essa maioria, a eleição se fará
em segundo escrutínio por maioria relativa, considerando-se eleito o mais idoso, no caso
de empate.

§ 3º — Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus


antecessores.

A Constituição Estadual de Santa Catarina prevê soluções para os casos de impedimento do Governador e
do Vice-Governador e de vacância dos seus cargos. Os impedimentos são afastamentos temporários dessas
autoridades, ocorrendo, por exemplo, quando elas se ausentam do País. Já a vacância é o afastamento
definitivo do cargo, com consequente sucessão.

Do art. 66, CE/SC, extrai-se que o substituto natural do Governador é o Vice-Governador, seja nas hipóteses
de impedimento ou em caso de vacância do cargo.

O art. 67, CE/SC, por sua vez, apresenta a linha sucessória do Governador. Nos casos de impedimento ou
vacância do cargo de Governador, serão chamados ao exercício da Governança, na ordem: i) Vice-
Governador; ii) Presidente da Assembleia Legislativa e; iii) o Presidente do Tribunal de Justiça.

Dentre estes, o único que assume o cargo em definitivo é o Vice-Governador. Todos os outros assumem o
cargo apenas interinamente. Assim, havendo vacância simultânea dos cargos de Governador e Vice-
Governador (“dupla vacância”), serão convocadas novas eleições. Temos, então, o seguinte:

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a) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer nos dois primeiros anos do
mandato, serão feitas eleições 90 (noventa) dias depois de aberta a última vaga. Trata-se, nesse
caso, de eleições diretas.

b) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer nos dois últimos anos do
mandato, a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias depois da última vaga, pela
Assembleia Legislativa. Serão feitas, portanto, eleições indiretas.

Aqueles que forem eleitos dessa maneira deverão apenas completar o mandato dos seus antecessores. É o
que se chama de “mandato-tampão”.

Art. 69 — O mandato do Governador é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro


do ano seguinte ao de sua eleição.

§ 1º — Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na


administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público e observado o disposto no art. 25, incisos I, IV e V.

§ 2º — O Governador e quem o houver sucedido ou substituído no curso do mandato,


poderá ser reeleito para único período subsequente.

Art. 70 - O Governador e o Vice-Governador do Estado residirão na Capital do Estado e não


poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do território nacional ou
estadual por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

O mandato do Governador é de 4 (quatro) anos, sendo admitida a reeleição para um único período
subsequente.

O Governador não poderá: i) assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público e; ii) ausentar-se do território nacional ou estadual por
período superior a 15 dias sem a licença da Assembleia Legislativa.

Seção II – Das Atribuições do Governador

Art. 71— São atribuições privativas do Governador do Estado:

I - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração


estadual;

II - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;

IV - dispor, mediante decreto, sobre:

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a) organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar aumento


de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; e

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - nomear e exonerar os Secretários de Estado e o Procurador-Geral do Estado;

VII - nomear o Procurador-Geral de Justiça dentre os integrantes da carreira, em lista


tríplice elaborada pelo Ministério Público, na forma de lei complementar;

VIII - nomear, observado o disposto no art. 61, os Conselheiros do Tribunal de Contas do


Estado;

IX - prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de sessenta dias após a abertura


da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

X - remeter mensagem e plano de governo à Assembleia Legislativa, por ocasião da


abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Estado e solicitando as providências
que julgar necessárias;

XI - enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes


orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

XII - ministrar, por escrito, as informações e esclarecimentos que lhe forem solicitados pela
Assembleia Legislativa, no prazo máximo de trinta dias;

XIII - realizar operações de crédito mediante prévia e específica autorização da Assembleia


Legislativa e, se for o caso, do Senado Federal;

XIV - celebrar com a União, outros Estados, Distrito Federal e Municípios convenções e
ajustes;

XV - nomear e exonerar o Comandante-Geral da Polícia Militar e o Comandante-Geral do


Corpo de Bombeiros Militar, bem como os militares estaduais, para o exercício de cargos
de interesse policial-militar e de bombeiro-militar, respectivamente, assim definidos em
lei, e promover os oficiais das respectivas corporações;

XVI - decretar, quando couber, intervenção nos Municípios;

XVII - mudar temporariamente a sede do Governo, em caso de perturbação da ordem;

XVIII- abrir crédito extraordinário, na forma do art. 123, § 2º;

XIX - promover desapropriação;

XX - prover os cargos públicos, na forma da lei; e

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XXI - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.

Parágrafo único. O Governador poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos IV


e XX, primeira parte, aos Secretários de Estado, ao Procurador-Geral de Justiça ou ao
Procurador-Geral do Estado, que observarão os limites traçados nos respectivos atos de
delegação.

As atribuições do Governador de Santa Catarina estão previstas no art. 71 da Constituição Estadual. Trata-se
de um rol exemplificativo, não excluindo outras atribuições previstas em outras partes do texto
constitucional.

Cabe ressaltarmos algumas atribuições do Governador:

a) Iniciar o processo legislativo: o Governador pode dar início ao processo legislativo, na Assembleia
Legislativa, seja apresentando projetos de sua iniciativa privativa, seja projetos de iniciativa geral.
b) Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a
sua fiel execução: ao expedir decretos, que são os decretos executivos (atos normativos
infralegais/secundários), o Governador está exercendo seu poder regulamentar. O decreto
executivo diferencia-se das leis porque não pode inovar o ordenamento jurídico, apenas facilita a
sua execução. E o “regulamento autorizado”, também ato secundário, complementa a lei,
conforme expressa determinação e contornos nela contida.
c) Nomear e exonerar Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado, o Procurador-Geral de
Justiça, o Comandante-Geral da Polícia Militar e o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros
Militar.
d) Cabe ao Governador indicar à Assembleia 3 dos 7 Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e
do Tribunal de Contas dos Municípios.
e) Enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as
propostas de orçamento: a iniciativa de leis orçamentárias é privativa do Governador.
f) Prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, em até 60 dias após o início da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior: este inciso refere-se à prestação de contas do Governador
do Estado. Tais contas são julgadas pela Assembleia Legislativa, após parecer prévio do TCE/SC.
g) Decretar, quando couber, a intervenção em Municípios.

O Governador pode delegar aos Secretários de Estado ou ao Procurador-Geral do Estado as seguintes


atribuições:

a) IV: Dispor, mediante decreto, sobre: i) organização e funcionamento da administração estadual,


quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e; ii) extinção
de funções ou cargos públicos, quando vagos.

b) XX: Prover os cargos públicos, na forma da lei.

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Seção III – Da Responsabilidade do Governador

Art. 72 — São crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado que atentem


contra a Constituição Federal, contra a Constituição Estadual e especialmente contra:

I - a existência da União, Estado ou Município;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do Estado e dos Municípios;

V - a probidade na administração pública;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. As normas de processo e julgamento desses crimes serão definidas em lei
especial.

O art. 72 da Constituição de Santa Catarina define, genericamente, uma lista de atos que, se praticados pelo
Governador, são considerados crimes de responsabilidade.

No entanto, a definição dos crimes de responsabilidade é competência da União, visto que, pelo art. 22, I
da CF/88, compete à União legislar sobre direito penal, incluindo-se aí os crimes de responsabilidade. Nesse
sentido, estabelece a Súmula Vinculante nº 46 que “a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa
da União”.

Atualmente, a lei federal que regulamenta os crimes de responsabilidade é a Lei Federal nº 1.079/50.

Art. 73 — O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de


responsabilidade, perante a Assembleia Legislativa e, nos comuns, perante o Superior
Tribunal de Justiça, depois de declarada, por aquela, pelo voto de dois terços de seus
membros, a procedência da acusação. (expressão tachada declarada inconstitucional)

§ 1º — O Governador ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior


Tribunal de Justiça;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Assembleia


Legislativa.

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§ 2º — Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

Nos crimes comuns, o Governador será processado e julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos
crimes de responsabilidade, diferente do previsto no art. 73, o julgamento do Governador caberá a um
Tribunal Especial, composto de membros do Tribunal de Justiça do Estado e da Assembleia Legislativa.

Conforme entendimento sumulado, não é válida a previsão de necessidade de juízo de admissibilidade da


Assembleia Legislativa para que o Governador seja processado e julgado, já que Estados não têm
competência para exigir prévia autorização de Assembleia Legislativa para a instauração de ação penal
contra Governador de Estado. O STJ poderá receber a denúncia contra o Governador, instaurando a ação
penal, independentemente de qualquer autorização do Poder Legislativo Estadual.

Cabe destacar, ainda, que o recebimento da denúncia pelo STJ não implica em afastamento automático do
Governador. O afastamento até pode acontecer, mas caso assim entenda necessário o STJ, que tem
competência para decidir fundamentadamente quanto à aplicação de medidas cautelares.

Seção IV – Dos Secretários de Estado

Art. 74 — Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador, escolhidos dentre


brasileiros maiores de vinte e um anos e no gozo dos direitos políticos.

Parágrafo único. São atribuições dos Secretários de Estado, além de outras estabelecidas
nesta Constituição e nas leis:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração


estadual na área de sua competência;

II - referendar os decretos e atos assinados pelo Governador;

III - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

IV - apresentar ao Governador relatório anual de sua gestão na Secretaria de Estado;

V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem outorgadas ou delegadas pelo
Governador do Estado;

VI - comparecer à Assembleia Legislativa ou a suas comissões, nos casos e para os fins


indicados nesta Constituição.

Art. 75 — Os Secretários de Estado serão, nos crimes comuns e de responsabilidade,


processados e julgados pelo Tribunal de Justiça e, nos conexos com os do Governador, pelo
órgão competente para o processo e julgamento deste, ressalvada a competência dos
órgãos judiciários federais.

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Parágrafo único. São crimes de responsabilidade dos Secretários de Estado os referidos no


art. 72 e os demais previstos nesta Constituição, entre os quais se inclui o não-
comparecimento, sem justa causa, à Assembleia Legislativa quando convocado.

Os Secretários de Estado são assessores diretos do Governador e são por ele livremente nomeáveis e
exoneráveis, sendo escolhidos dentre brasileiros, natos ou naturalizados, maiores de 21 (vinte e um) anos
e no exercício dos direitos políticos.

O parágrafo único do art. 74 prevê algumas atribuições dos Secretários de Estado, dentre as quais destacam-
se:

a) exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração estadual


na sua área de competência.
b) referendar atos e decretos assinados pelo Governador.
c) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. Isto se dá por meio de edição
de Portarias, que seriam o que a Constituição denomina “instruções”.
Nos crimes comuns e de responsabilidade, os Secretários de Estado serão processados e julgados pelo
Tribunal de Justiça. Já nos crimes conexos com os do Governador do Estado, os Secretários de Estado serão
processados e julgados pelos órgãos competentes para o processo e julgamento do Governador. Destaque-
se que, nos crimes comuns, o Governador é julgado pelo STJ; nos crime de responsabilidade, por Tribunal
Especial.

Seção V – Do Conselho de Governo

Art. 76 — Ao Conselho de Governo, órgão superior de consulta do Poder Executivo,


compete pronunciar-se, quando convocado pelo Governador do Estado, sobre assuntos de
relevante complexidade e magnitude.

§ 1º — Integram o Conselho de Governo:

I - o Governador do Estado, que o preside;

II - o Vice-Governador do Estado;

III - os ex-Governadores do Estado;

IV - o Presidente da Assembleia Legislativa;

V - os líderes das bancadas dos partidos políticos representados na Assembleia Legislativa;

VI - o Procurador-Geral de Justiça;

VII - três cidadãos brasileiros maiores de trinta e cinco anos, nomeados pelo Governador
do Estado para mandato de dois anos, permitida a recondução

§ 2º — A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Governo.

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O Conselho de Governo é órgão superior de consulta do Poder Executivo. Cabe ao Conselho de Governo
pronunciar-se, quando convocado pelo Governador, sobre assuntos de relevante complexidade e
magnitude.

Fazem parte do Conselho de Governador: i) Governador; ii) Vice-Governador; iii) ex-Governadores do


Estado; iv) Presidente da Assembleia Legislativa; v) líderes das bancadas dos partidos políticos representados
na Assembleia Legislativa; vi) Procurador-Geral de Justiça e; vii) 3 (três) cidadãos brasileiros maiores de 35
anos, nomeados pelo Governador para mandato de 2 anos, permitida a recondução.

(Questão inédita) O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, com o auxílio
dos Secretários de Estado.

Comentários:

De fato, o Poder Executivo é exercido pelo Governador, com o auxílio dos Secretários de
Estado.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o
Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago pela Assembleia Legislativa.

Comentários:

É exatamente isso que dispõe o parágrafo único do art. 66 da CE/SC.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) Compete privativamente ao Governador de Estado enviar à Assembleia


Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas
de orçamento.

Comentários:

Essa é uma das competências do Governador, prevista no art. 71, inciso XI, da CE/SC.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Compete privativamente ao Governador, mediante dcreto, dispor sobre


a organização e o funcionamento da administração estadual.

Comentários:

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Trata-se de competência privativa do Governador, nos termos do art. 71, inciso IV - a, da


Constituição Estadual.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) O Governador do Estado deverá, anualmente, enviar a prestação de


contas do exercício anterior ao Tribunal de Contas do Estado, a quem cabe julgá-las.

Comentários:

Em sessenta dias após o início da sessão legislativa, o Governador enviará a prestação de


contas do exercício anterior à Assembleia Legislativa, a quem caberá julgá-las. O Tribunal
de Contas do Estado apenas dá um parecer prévio ao julgamento.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou


vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da chefia do
Poder Executivo o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de
Justiça.

Comentários:

Exatamente o que dispõe o art. 67 da CE/SC. A linha sucessória do Governador é composta,


na ordem, pelo Vice-Governador, Presidente da Assembleia Legislativa e Presidente do
Tribunal de Justiça.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Ocorrendo vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador nos


primeiros 2 (dois) anos do período governamental, a eleição para ambos os cargos será
feita 30 (trinta) dias depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma da lei.

Comentários:

Caso ocorra a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador nos dois primeiros
anos do período governamental, ocorrerão eleições diretas (e não eleições feitas pela
Assembleia Legislativa!).

Gabarito: errada.

(Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo


Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta
e cinco anos e no exercício dos direitos civis e políticos.

Comentários:

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Segundo o art. 74 da CE/SC, os Secretários de Estado são escolhidos entre brasileiros com
mais de 21 anos e no exercício dos direitos políticos.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) O Governador não poderá, sem prévia permissão da Assembleia


Legislativa, ausentar-se do Estado, por mais de dez dias, sob pena de perda do cargo.

Comentários:

Por simetria à CF/88, o Governador precisará de autorização da Assembleia Legislativa para


se ausentar do país por período superior a 15 dias.

Gabarito: errada

(MPE - RR/2017) As Constituições estaduais definem os casos em que crimes praticados


por governadores devam ser caracterizados como crimes de responsabilidade, além de
estabelecer as normas de processo e julgamento pertinentes.

Comentários:

De acordo com o STF, é competência privativa da União legislar acerca de crimes de


responsabilidade, assim como sobre as normas de processamento e julgamento.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) Nos crimes comuns, o Governador do Estado será julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça e, nos de responsabilidade, pela Assembleia Legislativa.

Comentários:

Realmente, nos crimes comuns o Governador é julgado pelo STJ. No entanto, no caso de
crime de responsabilidade, o Governador será julgado nos termos de lei federal, que
estabelece que o julgamento será feito por um Tribunal Especial (composto por 5 membros
do Poder Legislativo e 5 desembargadores, com a presidência do Presidente do Tribunal de
Justiça).

Gabarito: errada.

Capítulo IV - Do Poder Judiciário

Seção I - Das Disposições Preliminares

Art. 77— São órgãos do Poder Judiciário do Estado:

I - o Tribunal de Justiça;

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II - os Tribunais do Júri;

III - os Juízes de Direito e os Juízes Substitutos;

IV - a Justiça Militar;

V - os Juizados Especiais e as Turmas de Recursos;

VI - a Câmara Regional de Chapecó;

VII - os Juízes de Paz;

VIII - outros órgãos instituídos em lei.

O art. 77, da CE/SC relaciona os órgãos do Poder Judiciário Estadual. Como particularidade, repare a
existência de uma Câmara Regional em Chapecó.

Art. 78 — A Lei de Organização Judiciária, de iniciativa do Tribunal de Justiça, disporá sobre


a estrutura e funcionamento do Poder Judiciário e a carreira da magistratura, observados
os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso de
provas e títulos, com a participação da seccional catarinense da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e


merecimento, atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância


e integrar o juiz na primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver
com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de


produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em
cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração por antiguidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o juiz mais
antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do
prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

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III - o acesso ao Tribunal de Justiça se fará alternadamente por antigüidade e merecimento,


apurados na ultima entrância, observados os critérios do inciso II;

IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de


magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação
em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de
magistrados;

V - o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça corresponderá a


noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do estabelecido para os Ministros do
Supremo Tribunal Federal. Os demais subsídios mensais da magistratura serão fixados com
diferença não superior a dez, nem inferior a cinco por cento de uma para outra categoria
da carreira, não podendo, a qualquer título, exceder aos dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal (art. 37, XI, da CF);

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o


disposto no art. 40, da Constituição Federal;

VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal de Justiça;

VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse


público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do Tribunal de Justiça,
assegurada ampla defesa;

IX - a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância


atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas ‘a’ a ‘e’, do inciso II;

X - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas


todas as decisões, sob pena de nulidade;

XI - as decisões administrativas do Tribunal de Justiça serão motivadas, e em sessão pública,


sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

XII - no Tribunal de Justiça, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e
o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais da competência do Tribunal Pleno;

XIII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e
Tribunal de Justiça, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal,
juízes em plantão permanente;

XIV - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda


judicial e à respectiva população;

XV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de


mero expediente sem caráter decisório; e

XVI - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

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O Poder Judiciário deve observar alguns princípios, enumerador no art. 78, que são aqueles estabelecidos
no texto da Constituição Federal. Dentre eles, destacam-se:

a) O cargo inicial no Poder Judiciário é o de juiz substituto, e o ingresso se dá por meio de concurso
público de provas e títulos, exigindo-se do bacharel em Direito, no mínimo, três anos de atividade
jurídica.
b) A promoção na carreira se dá de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e
merecimento.
c) Devem ser previstos cursos oficiais de prepação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento.
d) O juiz titular deve residir na comarca, salvo autorização do Tribunal de Justiça.
e) A remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, depende de voto
de maioria absoluta do Tribunal de Justiça, assegurada ampla defesa.
f) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo que as disciplinares dependem de
aprovação de maioria absoluta dos membros.
g) No Tribunal de Justiça de Santa Catarina poderá ser constituído um órgão especial, para exercício das
atribuições administrativas e jurisdicionais do Tribunal.
h) Visando a garantir a eficiência do Judiciário, o número de juízes na unidade jurisdicional deverá ser
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população.

Art. 79 — Um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça será composto de membros do


Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber
jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Tribunal de Justiça formará lista tríplice,


enviando-a ao Governador do Estado, que, nos vinte dias subsequentes, nomeará um de
seus integrantes.

Aqui, temos a regra do “quinto constitucional”.

Nos Tribunais de Justiça (TJ`s), uma parte das vagas será destinada a membros oriundos do Ministério
Público e da Advocacia.

O nome “quinto constitucional” deriva do cálculo matemático para se obter o número de vagas destinadas
a membros do Ministério Público e da Advocacia. Por exemplo, um Tribunal de Justiça com 30 membros
terá 6 membros (um quinto dos lugares) oriundos da advocacia e do Ministério Público (3 membros de cada
origem).

Os membros do Ministério Público deverão ter mais de 10 (dez) anos de carreira. Os advogados deverão ter
notório saber jurídico e reputação ilibada, além de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional.

Os órgãos de representação de classe (do Ministério Público e da Advocacia) farão a indicação de pessoas
que cumpram esses requisitos, mediante lista sêxtupla, a ser enviada ao Tribunal de Justiça. Recebidas as

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indicações, o Tribunal de Justiça formará uma lista tríplice, que será enviada ao Poder Executivo, que, nos
20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para a nomeação.

Art. 80 — Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça, e, nos
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado, assegurado em qualquer
hipótese o direito à ampla defesa;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 78, inciso VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 23, incisos I a III, 23-A e 128,
inciso II, desta Constituição e art. 153, inciso III e § 2º, inciso I, da Constituição Federal.

Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função remunerada, salvo uma
de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

III - dedicar-se à atividade político-partidária;

IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; e

V - exercer a advocacia no juízo ou no Tribunal de Justiça do qual se afastou, antes de


decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

As garantias descritas no art. 80 da Constituição Estadual aplicam-se a todo e qualquer magistrado, e não
apenas àqueles do Tribunal de Justiça - SC. Como já estudamos detalhadamente sobre elas na aula de Poder
Judiciário, deixaremos apenas uma pequena explicação:

➢ Vitaliciedade – adquirida após dois anos de exercício para os magistrados de carreira (ingresso por
concurso público) e, dentro deste período, o juiz estará em estágio probatório, podendo perder o
cargo por deliberação do Tribunal ao qual esteja vinculado, após os 2 anos, só poderão perder o cargo
por sentença judicial transitada em julgado. Já os nomeados pelo quinto constitucional, são vitalícios
logo após a posse.
➢ Inamovibilidade - assegura ao juiz que não será removido sem o seu consentimento. Assegura,
também, que ele não será afastado da apreciação de um caso ou de um processo por mecanismos
institucionais. A remoção, em regra, só poderá se dar com a concordância do magistrado.
➢ Irredutibilidade dos subsídios – evita que o magistrado sofra pressões por meio da redução de seu
subsídio, garantindo-se, com isso, a independência necessária ao exercício jurisdicional.

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Os Magistrados também estão sujeitos a algumas vedações, que foram listadas no parágrafo único do art.
80. Não poderão, por exemplo, dedicar-se à atividade político-partidária, receber custas ou participação em
processos ou exercer outro cargo ou função, exceto uma de magistério.

Art. 81 — Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

§ 1º — O Tribunal de Justiça elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites


estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 2º — À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela


Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de condenação judicial, serão feitos
exclusivamente na ordem cronológica da apresentação dos precatórios e à conta dos
respectivos créditos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

§ 3º— É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de dotação


orçamentária necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas
em julgado, constantes de precatórios judiciais apresentados até 1º de julho, para
pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente.

§ 4º— Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,


vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de
sentença transitada em julgado.

§ 5º— As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder


Judiciário, recolhendo-se as importâncias à repartição competente, cabendo ao Presidente
do Tribunal de Justiça determinar o pagamento, segundo as possibilidades do depósito, e
autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu
direito de precedência, o sequestro da quantia necessária à satisfação do débito.

§ 6º — As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços


afetos às atividades específicas da Justiça.

§ 7º— Se o Presidente do Tribunal de Justiça não encaminhar a proposta orçamentária


dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na
forma do § 1º.

§ 8º— Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo
com os limites estipulados na forma do §1º, o Poder Executivo procederá ao ajuste
necessário para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 9º— Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de


despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de

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diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de


créditos suplementares ou especiais.

O Poder Judiciário possui autonomia organizacional, administrativa e financeira, as quais são garantias pela
Constituição Federal de 1988.

Uma manifestação da autonomia administrativa, por exemplo, é a competência para prover os cargos de
magistrados e os cargos necessários à administração da Justiça.

Possui, também, autonomia financeira, que consiste na atribuição de o Tribunal de Justiça elaborar sua
proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e as
enviar ao Poder Executivo. Caso não a envie dentro do prazo previsto na LDO, o Poder Executivo deverá
considerar, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LDO. Já se a proposta estiver em
desacordo com os limites, o Poder Executivo fará os ajustes necessários.

O precatório é um título de crédito que formaliza uma dívida que a Fazenda Pública tem com um cidadão em
virtude de uma sentença judicial. Com o objetivo de garantir o princípio da isonomia, os precatórios deverão
ser pagos seguindo-se a ordem cronológica em que forem apresentados.

Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão, exclusivamente,
na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim. A ordem cronológica é
excepcionada, todavia, pelos débitos de natureza alimentícia, que serão pagos com preferência sobre todos
os demais débitos.

Importante ressaltar que, conforme o art. 100, § 2º, da CF/88, os débitos de natureza alimentícia cujos
titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores
de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no §
3º do art. 100, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem
cronológica de apresentação do precatório.

As entidades de direito público deverão incluir, em seus orçamentos, verba necessária ao pagamento de seus
débitos constantes em precatórios. As requisições recebidas até primeiro de julho serão incluídas na
proposta orçamentária do exercício seguinte e deverá ser paga até o final deste.

Seção II – Do Tribunal de Justiça

Art. 82 — O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do


Estado, compõe-se de no mínimo vinte e sete Desembargadores, nomeados dentre os
magistrados de carreira, membros do Ministério Público e advogados, nos termos desta
Constituição.

Parágrafo único. A alteração do número de Desembargadores depende de lei


complementar.

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O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) compõe-se de, no mínimo, 27 (vinte e sete)
Desembargadores. Esses Desembargadores são nomeados dentre magistrados de carreira, membros do
Ministério Público e advogados, seguindo a regra do quinto constitucional.

Art. 83 — Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:

I - eleger seus órgãos diretivos;

II - elaborar seu regimento interno, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

III - organizar sua secretaria e serviços auxiliares e os dos juízos que lhe forem vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; IV - propor à Assembleia
Legislativa, observado o disposto no art. 118:

a) a criação ou extinção de tribunais inferiores;

b) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

c) a criação e a extinção de cargos e a fixação dos subsídios dos magistrados e dos juízes de
paz do Estado, e os vencimentos integrantes dos serviços auxiliares e dos juízos que lhes
forem vinculados; e

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

V - prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos da magistratura de primeiro e


de segundo grau, ressalvada a competência do Governador do Estado para a nomeação
dos Desembargadores oriundos do Ministério Público e da classe dos advogados;

VI - prover, por concurso público de provas ou de provas e títulos, os cargos necessários à


administração da Justiça, exceto os de confiança, assim definidos em lei;

VII - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros, juízes e servidores
que lhe forem imediatamente vinculados;

VIII - aposentar os magistrados e os servidores da Justiça;

IX - solicitar, quando cabível, intervenção federal no Estado;

X - prestar, por escrito, através de seu Presidente, no prazo máximo de sessenta dias, todas
as informações que a Assembleia Legislativa solicitar a respeito das atividades do Poder
Judiciário;

XI - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, o Vice-Governador do Estado, os Deputados e o Procurador-Geral


de Justiça;

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b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os Secretários de Estado, salvo a hipótese


prevista no art. 75, os juízes e os membros do Ministério Público, os Prefeitos, bem como
os titulares de Fundações, Autarquias e Empresas Públicas, nos crimes de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

c) os mandados de segurança e de injunção e os habeas data contra atos e omissões do


Governador do Estado, da Mesa e da Presidência da Assembleia Legislativa, do próprio
Tribunal ou de algum de seus órgãos, dos Secretários de Estado, do Presidente do Tribunal
de Contas, do Procurador-Geral de Justiça e dos juízes de primeiro grau;

d) os habeas-corpus quando o coator ou paciente for autoridade diretamente sujeita a sua


jurisdição;

e) as ações rescisórias e as revisões criminais de seus julgados;

f) as ações diretas de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais e


municipais contestados em face desta Constituição;

g) as representações para intervenção em Municípios;

h) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação


de atribuições para a prática de atos processuais;

i) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas


decisões;

j) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;

XII - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em primeira instância, bem como a
validade de lei local contestada em face de lei estadual ou desta Constituição; e

XIII - exercer as demais funções que lhe forem atribuídas por lei.

Parágrafo único. Caberá à Academia Judicial a preparação de cursos oficiais de


aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo
de vitaliciamento, e à Escola Superior da Magistratura a preparação para o ingresso na
carreira.

O art. 83 da CE/SC relaciona as competências do Tribunal de Justiça. São suas competências administrativas:

a) Propor à Assembleia Legislativa, dentre outros assuntos: criação, extinção ou alteração do número
de tribunais inferiores; criação e extinção de cargos, bem como a fixação de remuneração; e alteração
da organização e divisão judiciária.
b) Prover os cargos de administração da Justiça por meio de concurso público de provas e títulos.
c) Solicitar intervenção Federal no Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário.

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O art. 83, XI, CE/SC, trata das competências jurisdicionais originárias do Tribunal de Justiça. Gostaríamos de
destacar algumas delas:

a) O Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar, originariamente, nos crimes
comuns, o Vice-Governador, os Deputados e o Procurador-Geral de Justiça.
b) O Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar, originariamente, a representação
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face da Constituição
Estadual.

Seção III – Da Declaração de Inconstitucionalidade e da Ação Direta de


Inconstitucionalidade

Art. 84 — Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo estadual ou municipal.

O controle de constitucionalidade tem como objetivo final avaliar se uma lei ou ato normativo do Poder
Público é ou não inconstitucional. Havendo desconformidade com a Constituição, a norma será considerada
inválida.

O Controle de Constitucionalidade se dá de duas formas:

➢ Controle Incidental - a aferição de constitucionalidade se dá diante de um caso concreto, no curso


de um processo judicial. A aferição da constitucionalidade não é o objeto principal do pedido, mas
apenas um incidente do processo, um meio para se resolver a lide.
➢ Controle pela via principal (abstrata, “em tese” ou ação direta) - a aferição da constitucionalidade
é o pedido principal do autor, é a razão do processo. O autor requer, nesse caso, que determinada
lei tenha sua constitucionalidade aferida a fim de resguardar o ordenamento jurídico.

O art. 84, CE/SC, trata da cláusula de reserva de plenário, que também tem previsão na Constituição Federal
de 1988 (art. 94).

No Brasil, qualquer juiz ou tribunal tem competência para, diante de um caso concreto, declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.

No entanto, para que um tribunal declare a inconstitucionalidade de lei, é necessário que


se observe a cláusula de reserva de plenário. Em outras palavras, a declaração de
inconstitucionalidade de lei por um tribunal colegiado depende do voto da maioria
absoluta dos seus membros ou da maioria absoluta dos membros do órgão especial. Isso
está previsto no art. 97 da CF/88.

Art. 85 — São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo estadual ou municipal contestado em face desta Constituição:

I - o Governador do Estado;

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II - a Mesa da Assembleia Legislativa ou um quarto dos Deputados Estaduais;

III - o Procurador-Geral de Justiça;

IV - o Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil;

V - os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa;

VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;

VII - o Prefeito, a Mesa da Câmara ou um quarto dos Vereadores, o representante do


Ministério Público, a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, os sindicatos e as
associações representativas de classe ou da comunidade, quando se tratar de lei ou ato
normativo municipal.

§ 1º — O Procurador-Geral de Justiça deverá ser previamente ouvido nas ações de


inconstitucionalidade.

§ 2º — Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será comunicada ao Poder ou órgão


competente para a adoção das providências necessárias.

§ 3º — Reconhecida a inconstitucionalidade, por omissão de medida para tornar efetiva


norma desta Constituição, a decisão será comunicada ao Poder competente, para a adoção
das providências necessárias à prática do ato ou início do processo legislativo, e, em se
tratando de órgão administrativo, para cumprimento em trinta dias.

§ 4º — Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma


legal ou ato normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral do Estado, a Procuradoria
Legislativa da Assembleia ou o Procurador do Município, conforme o caso, que defenderão
o texto impugnado.

A Constituição Federal determina, em seu art. 125, § 2º, que compete ao Estados a instituição de
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da
Constituição estadual. Fixou-se, assim, o controle abstrato de constitucionalidade estadual, do qual são
objeto apenas leis estaduais e municipais, sendo o órgão competente para o julgamento da ação pela via
principal exclusivamente o TJ local.

O controle abstrato de constitucionalidade estadual somente tem por objeto leis estaduais ou municipais,
face à Constituição Estadual. O TJ local, portanto, não tem competência para julgar, em controle abstrato
e concentrado, lei federal. Essa competência é exclusiva do STF.

A Constituição não previu, expressamente, os legitimados ao controle abstrato estadual: apenas proibiu que
essa atribuição fosse dada a um único órgão. Assim, cabe às Constituições Estaduais determinarem quais
são os legitimados a propor ADI ou ADC perante o TJ local.

Surgem, então, algumas dúvidas. Pode a Constituição Estadual alargar o rol de legitimados previsto no art.
103, CF/88, prevendo, por exemplo, a legitimação de Defensor Público Geral do Estado ou de Deputado
Estadual? E é possível a restrição desse rol?

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O STF tem entendido que é plenamente possível que seja alargado o rol de legitimados pelos estados-
membros2. Quanto à restrição do rol, trata-se de tema ainda não decidido pelo STF. Todavia, a doutrina
entende ser possível, desde que não se atribua a legitimação a um único órgão.

O art. 85, CE/SC, traz o rol de legitimados no Estado de Santa Catarina para propor Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) de lei ou ato normativo estadual ou municipal perante o Tribunal de Justiça. São
eles:

➢ Governador do Estado;
➢ Mesa da Assembleia Legislativa ou um quarto dos Deputados Estaduais;
➢ Procurador-Geral de Justiça;
➢ Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil;
➢ Partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa;
➢ Federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;
➢ Prefeito, a Mesa da Câmara ou um quarto dos Vereadores, o representante do Ministério Público, a
subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, os sindicatos e as associações representativas de classe
ou da comunidade, quando se tratar de lei ou ato normativo municipal.

Seção IV – Dos Tribunais do Júri

Art. 86 — Aos Tribunais do Júri, com a organização que a lei federal determinar,
assegurados o sigilo das votações, a plenitude da defesa e a soberania dos veredictos,
compete julgar os crimes dolosos contra a vida.

O Tribunal do Júri é um tribunal popular, composto por um juiz togado, que o preside, e vinte e cinco jurados,
escolhidos dentre cidadãos do Município (Lei no 11.689/08) e entre todas as classes sociais.

Segundo a doutrina, é visto como uma prerrogativa do cidadão, que deverá ser julgado pelos seus
semelhantes. O tribunal do júri possui competência para julgamento de crimes dolosos contra a vida. A
competência do tribunal do júri para julgar os crimes dolosos contra a vida não é absoluta. Isso porque não
alcança os detentores de foro especial por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal.

Seção V – Dos Juízes de Direito e Juízes Substitutos

Art. 87 — Os juízes de direito e substitutos, exercendo a jurisdição comum estadual de


primeiro grau, integram a carreira da magistratura com a competência que a lei de
organização judiciária determinar.

Art. 88 — A lei de organização judiciária classificará as comarcas em entrâncias.

§ 1º — Os juízes, no âmbito de sua jurisdição, terão função itinerante.

2
RE 261.677, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.09.2006; ADI 558-9-MC, Pertence, DJ de 26.03.93.

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§ 2º — O Tribunal de Justiça poderá prover cargo de juiz especial na comarca ou vara que
tenha ultrapassado determinado limite de processos, na forma que vier a ser disciplinada
na lei de organização judiciária.

§ 3º— O Tribunal de Justiça funcionará descentralizadamente, instalando de forma


definitiva e permanente a Câmara Regional de Chapecó, podendo constituir outras
Câmaras regionais, com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em
todas as fases do processo.

§ 4º— O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e


demais funções da atividade jurisdicional, nos limites da respectiva jurisdição, servindo-se
de equipamentos públicos e comunitários.

O art. 87, CE/SC, trata dos Juízes de Direito. Os juízes de Direito integram a carreira da Magistratura e
exercem a jurisdição comum estadual de primeiro grau, nas comarcas e juízos, segundo a competência
determinada por lei. Cabe à lei de organização judiciária, de iniciativa privativa do Tribunal de Justiça,
classificar as comarcas em entrâncias.

Art. 89— Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.

Parágrafo único. Sempre que entender necessário à eficiente prestação da tutela


jurisdicional, o juiz irá ao local do litígio.

O art. 89, CE/SC, prevê que o Tribunal de Justiça irá propor a criação de varas especializadas para dirimir
conflitos fundiários. Essa proposta se dá por meio da apresentação de projeto de lei.

Seção VI – Da Justiça Militar

Art. 90 — Os Conselhos de Justiça funcionarão como órgãos de primeiro grau da Justiça


Militar, constituídos na forma da lei de organização judiciária, com competência para
processar e julgar, nos crimes militares definidos em lei, os militares estaduais.

§ 1º — Como órgão de segundo grau funcionará o Tribunal de Justiça, cabendo-lhe decidir


sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

§ 2º — Os juízes auditores terão, as mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e


impedimentos dos magistrados estaduais da última entrância, exceto o acesso por
promoção ao Tribunal de Justiça.

§ 3º — Os juízes auditores substitutos sucedem aos juízes auditores e são equiparados,


para todos os fins, aos magistrados estaduais da penúltima entrância.

Os órgãos de 1º (primeiro) grau da Justiça Militar Estadual são os Conselhos de Justiça. Os Conselhos de
Justiça têm competência para processar e julgar os militares estaduais nos crimes militares definidos em
lei.

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Como órgão de 2º (segundo) grau, funcionará o Tribunal de Justiça, que decidirá sobre perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças.

Seção VII – Dos Juizados Especiais e da Justiça de Paz

Art. 91— A organização e distribuição da competência, a composição e o funcionamento


dos Juizados Especiais de causas cíveis de menor complexidade e de infrações penais de
menor potencial ofensivo, bem como das respectivas Turmas de Recursos, serão
determinados na lei de organização judiciária.

A lei de organização judiciária, de iniciativa privativa do Tribunal de Justiça, irá determinar a organização e
distribuição da competência, a composição e o funcionamento dos Juizados Especiais e das suas Turmas de
Recursos.

A Constituição Federal, em seu art. 98, I, determinou que o Estado crie juizado especial, provido por juízes
togados, togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de
menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante procedimentos oral e
sumaríssimo, permitida a transação e julgamento de recursos por turmas de Juízes de primeiro grau.

Art. 92 — A justiça de paz, remunerada, será composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para celebrar
casamentos, verificar de ofício, ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação, exercer atribuições conciliatórias e outras, sem caráter jurisdicional, conforme
dispuser a lei de organização judiciária.

A Justiça de Paz é composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de
quatro anos. Tem competência para: i) celebrar casamento; ii) verificar, de ofício ou em face de impugnação
apresentada, o processo de habilitação e; iii) exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional.

(Questão inédita) Os Juizados Especiais e os Juízes de Paz não integram a estrutura do


Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina.

Comentários:

Os Juizados Especiais e os Juízes de Paz integram a estrutura do Poder Judiciário do Estado


de Santa Catarina.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) Compete privativamente ao Tribunal de Justiça propor à Assembleia


Legislativa a criação ou extinção de tribunais inferiores e a alteração da organização e da
divisão judiciárias.

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Comentários:

O art. 82, IV, da Constituição de Santa Catarina traz algumas matérias sobre as quais o
Tribunais de Justiça pode propor lei ao Poder Legislativo, dentre elas está a criação ou
extinção de tribunais inferiores membros e a alteração da organização e da divisão
judiciárias.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) A competência do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJ/SC)


encontra-se detalhada na Constituição Federal, sendo a lei de organização judiciária de
iniciativa privativa do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

Comentários:

A CF/88 não detalha as competências do TJ/SC. É a Constituição Estadual que faz esse
detalhamento.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) Compete privativamente ao Tribunal de Justiça processar e julgar,


originariamente, ações diretas de inconstitucionalidade e de constitucionalidade de leis ou
atos normativos estaduais e municipais contestados em face da Constituição Estadual.

Comentários:

Segundo o art. 83, inciso XI, alínea “f”, compete ao Tribunal de Justiça processar e julgar as
ações diretas de inconstitucionalidade e de constitucionalidade de leis ou atos normativos
estaduais e municipais face à Constituição Estadual.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Regra constitucional determina que a composição de um quinto dos


lugares do Tribunal de Justiça será composto por membros do Ministério Público com mais
de dez anos de carreira e de advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Comentários:

O item está de acordo com o art. 79 da CE/SC.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) A proposta orçamentária do Poder Judiciário de Santa Catarina será


elaborada pelo Tribunal de Justiça, independentemente dos limites estipulados na lei de
diretrizes orçamentárias.

Comentários:

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O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentárias.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) O exercício da função de Juiz de Paz é considerado de relevante interesse


público, por isso não é remunerada.

Comentários:

A função de Juiz de Paz, que é exercida por cidadão eleito pelo voto direto, secreto e
universal, é remunerada.

Gabarito: errada.

(Questão inédita) O Tribunal de Justiça Estadual não tem competência para declarar
inconstitucionalidade de lei federal

Comentários:

Quando apreciar um fato concreto, qualquer juiz ou tribunal poderá declarar a


inconstitucionalidade de lei federal. No entanto, o Tribunal de Justiça não julga uma ADI de
ato federal.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) Os Prefeitos e as Câmaras Municipais têm legitimidade para propor Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de lei municipal em face do Tribunal de Justiça de
Santa Catarina (TJ/SC).

Comentários:

Os Prefeitos e as Câmaras Municipais estão no rol de legitimados para propor ADI perante
o TJ/SC. Essa ADI tem como objeto lei ou ato normativo estadual ou municipal.

Gabarito: correta.

(Questão inédita) O Advogado-Geral do Estado será ouvido previamente nas ações diretas
de inconstitucionalidade.

Comentários:

De acordo com o § 1º do art. 85 da CE/SC, é o Procurador-Geral de Justiça que será ouvido,


previamente, nas ações diretas de inconstitucionalidade.

Gabarito: errada.

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Capítulo V – Das Funções Essenciais à Justiça

Seção I – Do Ministério Público

Art. 93 — O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional


do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.

Art. 94 — São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e


a independência funcional.

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, responsável pela
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. É uma
instituição autônoma e independente, que não integra a estrutura de nenhum dos três Poderes.

Os princípios institucionais do Ministério Público são os seguintes:

a) Unidade: os membros do Ministério Público integram um único órgão, sendo chefiados apenas por
uma pessoa. No âmbito da União, o Ministério Público Federal é chefiado pelo Procurador-Geral da
República (PGR); no âmbito dos Estados, a chefia cabe ao Procurador-Geral de Justiça. Veja bem:
não existe unidade entre o Ministério Público Federal e os Estaduais; a unidade se dá no âmbito de
cada Ministério Público.
b) Indivisibilidade: possibilita que os integrantes da carreira possam ser substituídos uns pelos outros
ao longo do processo. Isso porque o Ministério Público não se subdivide internamente em instituições
autônomas, mas é uno e indivisível. Novamente, o princípio se aplica no âmbito interno de cada
Ministério Público do nosso ordenamento jurídico.
c) Independência funcional: determina que cada um dos membros do Ministério Público se vinculará
apenas ao ordenamento jurídico e à sua convicção, não podendo sofrer retaliações devido à sua
atuação. Como consequência, a Constituição de 1988 elevou à categoria de crime de
responsabilidade do Presidente da República os atos praticados por este que atentem contra o livre
exercício das atribuições do Parquet (CF, art. 85, II). A única hierarquia existente no âmbito do
Ministério Público é de ordem administrativa.

Art. 95 — São funções institucionais do Ministério Público, além das consignadas no art.
129 da Constituição Federal, as seguintes:

I - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal;

II - promover a ação de responsabilidade civil dos infratores de normas penais ou


extrapenais, por atos ou fatos apurados em comissões parlamentares de inquérito;

III - conhecer de representações por violação de direitos humanos ou sociais decorrentes


de abuso de poder econômico ou administrativo, para apurá-las e dar-lhes curso junto ao
órgão ou Poder competente;

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IV - fiscalizar os estabelecimentos que abrigam menores, idosos, incapazes e pessoas


portadoras de deficiência;

V - velar pelas fundações.

O art. 95 da CE/SC trata das funções institucionais do Ministério Público, que somente podem ser exercidas
por integrantes da carreira.

Art. 96 — O Ministério Público do Estado é exercido pelo Procurador-Geral de Justiça, pelos


Procuradores de Justiça e pelos Promotores de Justiça.

§ 1º — Os membros do Ministério Público formarão lista tríplice dentre integrantes da


carreira, na forma da lei respectiva, para a escolha de seu Procurador-Geral, que será
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.

§ 2º — A nomeação do Procurador-Geral de Justiça será feita no prazo de quinze dias,


devendo o Governador do Estado dar-lhe posse imediata.

§ 3º — O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de


provas e títulos, assegurada a participação, em sua realização, da seccional catarinense da
Ordem dos Advogados do Brasil, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos
de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.

§ 4º — Os membros do Ministério Público deverão residir na comarca da respectiva


lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

§ 5º — Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto nos arts. 78 e 80,


parágrafo único, inciso V.

§ 6º — A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

O Ministério Público do Estado é exercido pelo Procurador-Geral de Justiça, pelos Procuradores de Justiça
e pelos Promotores de Justiça. O ingresso na carreira de Procurador de Justiça depende de aprovação em
concurso público de provas e títulos, com exigência de comprovação de, pelo menos, 3 anos de exercício de
atividade jurídica.

O chefe do Ministério Público de Santa Catarina é o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), nomeado pelo
Governador do Estado. O PGJ será escolhido dentre nomes constantes da lista tríplice formada por membros
do Ministério Público. Não há participação do Poder Legislativo na nomeação do PGJ.

O mandato do Procurador-Geral é de dois anos, permitida uma recondução. Em caso de vacância no curso
do mandato, o novo Procurador-Geral deverá cumprir um novo período de dois anos. Nesse sentido, decidiu
o STF que é inconstitucional, por ofensa ao art. 128, § 3o, da Carta Magna, lei que preveja, no caso de
vacância do cargo de Procurador-Geral de Justiça, a eleição e nomeação de novo Procurador-Geral para que
complete o período restante do mandato do seu antecessor.

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Art. 97 — Lei complementar, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral de Justiça,


disporá sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público junto ao
Poder Judiciário, observado o disposto nos §§ 1º a 4º do art. 129 da Constituição Federal.

Art. 98 — Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e


financeira, podendo, observado o disposto no art. 118, propor ao Poder Legislativo a
criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público
de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira.

§ 1º — O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites


estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, conjuntamente com os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário.

§ 2º — Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro


do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º.

§ 3º — Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo


com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para o fim de consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 4º — Durante a execução orçamentária do exercício não poderá haver a realização de


despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais.

O Ministério Público é uma instituição dotada de autonomia administrativa e financeira. A autonomia


administrativa se manifesta, por exemplo, na competência do Ministério Público para praticar atos de
provimento, promoção e remoção de seus membros e servidores. A autonomia financeira, por sua vez, se
manifesta na competência do Ministério Público para elaborar sua proposta orçamentária.

Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido
na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados na LDO.

Durante a execução orçamentária do exercício não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (LDO), exceto se
previamente autorizadas mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Art. 99 — Os membros do Ministério Público tem as seguintes garantias:

I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;

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II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão


colegiado competente, integrante de sua estrutura, por voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa; e

III - irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 23, inciso III, desta Constituição e
ressalvado o disposto nos arts. 37, incisos X e XI, 150, inciso II, 153, inciso III e § 2º, inciso I,
da Constituição Federal.

São garantias institucionais do Ministério Público as seguintes: vitaliciedade, inamovibilidade e


independência funcional.

A vitaliciedade garante que o membro do “Parquet” não poderá perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado. É adquirida após 2 (dois) anos de exercício, uma vez concluído o estágio probatório.

A inamovibilidade é garantia que impede que o membro do Ministério Público seja removido de ofício,
==18c106==

salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa. Assim, a remoção de um
membro do Ministério Público deverá ocorrer, em regra, por sua própria iniciativa.

Segundo o art. 130-A, § 2º, III, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) tem competência para
determinar a remoção de membro do Ministério Público. Nesse caso, trata-se de verdadeira sanção
administrativa aplicada pelo CNMP, que não viola a garantia de inamovibilidade.

A irredutibilidade de subsídio, por sua vez, visa proteger os ganhos dos membros do Ministério Público
contra ingerências políticas. Destaque-se que essa irredutibilidade é nominal (e não real), ou seja, não leva
em consideração a inflação.

Art. 100 — Os membros do Ministério Público sujeitam-se às seguintes vedações:

I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas


processuais;

II - exercer a advocacia;

III - participar de sociedade comercial, na forma da lei;

IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;

V - exercer atividade político-partidária; e

VI - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

A CE/SC, de modo simétrico à Constituição Federal, prevê algumas vedações aos membros do Ministério
Público.

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É relevante comentarmos acerca da vedação ao exercício da advocacia. Quando em exercício, os membros


do Ministério Público estão absolutamente impedidos de exercer a advocacia. No entanto, após terem se
afastado do cargo (por aposentadoria ou exoneração), a CF/88 permite que eles exerçam a advocacia.
Porém, deverão observar a chamada “quarentena de saída”.

Assim, o membro do Ministério Público não poderá exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Veja: no
dia seguinte ao afastamento, o membro do Ministério Público já pode exercer a advocacia; no entanto, para
exercer a advocacia junto ao tribunal perante o qual oficiava, precisará aguardar um período de três anos,
ou seja, deverá observar a “quarentena de saída”.

Art. 101 — O Procurador-Geral de Justiça comparecerá, anualmente, à Assembleia


Legislativa, para relatar, em sessão pública, as atividades do Ministério Público.

Art. 102 — Aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas aplicam-se as
disposições desta Seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) não integra o MP/SC; ao
contrário, integra a própria estrutura orgânica do TCE. Desse modo, um membro do Ministério Público não
pode ser designado para atuar perante o Tribunal de Contas.

A CE/SC, de modo simétrico à CF/88, confere aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas
os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos membros do MPE/SC.

Seção II – Da Advocacia do Estado

Art. 103 — A Procuradoria-Geral do Estado, subordinada ao Gabinete do Governador, é a


instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa o Estado judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do
Poder Executivo.

§ 1º — O Procurador-Geral do Estado, chefe da advocacia do Estado, com prerrogativas e


representação de Secretário de Estado, será nomeado pelo Governador dentre brasileiros
maiores de trinta e cinco anos, advogados, de reconhecido saber jurídico e reputação
ilibada.

§ 2º — Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado disciplinará sua competência e a dos


órgãos que a compõem e disporá sobre o regime jurídico dos integrantes da carreira de
Procurador do Estado, respeitado o disposto nos arts. 132 e 135 da Constituição Federal.

§ 3º — O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador do Estado dependerá de


concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil
em todas as suas fases.

§ 4º — As autarquias e fundações públicas terão serviços jurídicos próprios, vinculados à


Procuradoria-Geral do Estado, nos termos da lei complementar.

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§ 5º — Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos
de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado da corregedoria.

A Procuradoria-Geral do Estado é a instituição que representa o Estado, judicial e extrajudicialmente,


cabendo-lhe, dentre outras funções, exercer a consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

Os membros da Procuradoria-Geral do Estado são Procuradores do Estado, organizados em carreira e


aprovados em concurso público de provas e títulos.

O Procurador-Geral do Estado, chefe da advocacia do Estado, com prerrogativas e representação de


Secretário de Estado, será nomeado pelo Governador dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos,
advogados, de reconhecido saber jurídico e reputação ilibada.

O ingresso na carreira de Procurador far-se-á por concurso público específico de provas e títulos, assegurada
a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecida, na nomeação, a ordem
de classificação.

Cabe ressaltar que os Procuradores não têm direito à vitaliciedade. A eles é garantida estabilidade após 3
(três) anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado da Corregedoria.

Seção III – Da Defensoria Pública

Art. 104 — A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, à


qual incumbe a orientação jurídica e a defesa gratuitas, em todos os graus, dos
necessitados, assim considerados os que comprovarem insuficiência de recursos, nos
termos de lei complementar.

§ 1º — À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional e administrativa.

§ 2º — Compete à Defensoria Pública, observados os prazos e os limites estabelecidos na


lei de diretrizes orçamentárias, a elaboração de sua proposta orçamentária.

§ 3º — Para a elaboração de sua proposta orçamentária, a Defensoria Pública terá como


parâmetro para a fixação de suas despesas, a serem financiadas com recursos ordinários
do Tesouro Estadual, cota orçamentária necessária à cobertura das despesas de pessoal e
encargos sociais e outras despesas relacionadas às atividades de manutenção e ações
finalísticas, ficando vedada a fixação de percentuais de despesas em relação à Receita
Orçamentária.

§ 4º — O Poder Executivo informará à Defensoria Pública a cota orçamentária para a


elaboração de sua proposta orçamentária.

§ 5º — Lei complementar disporá sobre a organização da Defensoria Pública e sobre a


carreira de Defensor Público.

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§ 6º — O ingresso na classe inicial da carreira de Defensor Público se dará mediante


concurso público de provas e títulos, com participação da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 7º — Aos Defensores Públicos é assegurada a inamovibilidade, salvo se apenados com


remoção compulsória, na forma da lei complementar referida no § 5º deste artigo.

§ 8º — Aos Defensores Públicos aplicam-se as seguintes vedações:

I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas


processuais;

II - exercer a advocacia fora de suas atribuições institucionais;

III - participar de sociedade empresária, na forma da lei;

IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;

V - exercer atividade político-partidária; e

VI - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

§ 9º — O Defensor Público-Geral do Estado comparecerá, anualmente, à Assembleia


Legislativa, para relatar, em sessão pública, as atividades da Defensoria Pública.

Art. 104-A — Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas seções II e III, deste
capítulo, serão remunerados na forma do art. 23-A.

A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, permanente, incumbindo-lhe a


orientação jurídica integral e gratuita, a postulação e a defesa, em todas as instâncias, judicial e
extrajudicial, dos direitos e dos interesses individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5º da Constituição Federal. Tem como princípios institucionais a unidade, a indivisibilidade e a
autonomia funcional.

A DPE/SC goza de autonomia funcional e administrativa, o que lhe permite praticar atos póprios de gestão,
adquirir bens ou prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, por exemplo.

Uma lei complementar disporá sobre a organização da Defensoria Pública e sobre a carreira de Defensor
público.

(Questão inédita) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional.

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Comentários:

Estes princípios foram expressos na Constituição Estadual, no art. 94.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral do Estado,


nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes da carreira, indicados em lista
tríplice elaborada através de votação, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.

Comentários:

O chefe do Ministério Público do Estado é o Procurador-Geral de Justiça e é permitido que,


após seu mandato, seja reconduzido uma vez.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) A organização, atribuições e o estatuto do Ministério Público do Estado


de Santa Catarina serão estabelecidos por meio de lei complementar, cuja iniciativa é pode
ser do Procurador-Geral de Justiça.

Comentários:

Lei complementar irá dispor sobre a organização, atribuições e o estatuto do Ministério


Público do Estado de Santa Catarina. A iniciativa dessa lei complementar é facultada ao
chefe do Ministério Público estadual, ou seja, ao Procurador-Geral de Justiça.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações,


à proibição de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função ou cargo
público, salvo de magistério.

Comentários:

Exatamente o que dispõe o art. 100, inciso IV, da Constituição Estadual.

Gabarito: correta.

(Questão Inédita) O Ministério Público Estadual possui autonomia administrativa e


funcional, mas não poderá elaborar sua proposta orçamentária.

Comentários:

De fato, a Ministério Público Estadual tem autonomia administrativa e funcional.


Justamente por isso é que ele tem competência para elaborar sua proposta orçamentária
(art. 98, § 1º).

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Gabarito: errada.

(Questão Inédita) O Ministério Público é instituição essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuitas
dos necessitados.

Comentários:

É a Defensoria Pública do Estado que tem a competência para realizar a orientação jurídica
gratuita daqueles que comprovem insuficiência de recursos.

Gabarito: errada.

(Questão Inédita) À Procuradoria-Geral do Estado compete a representação judicial e a


consultoria jurídica do estado de Santa Catarina.

Comentários:

A Procuradoria-Geral do Estado é o órgão central da Advocacia do Estado. Tem como


missão promover a representação judicial e consultoria jurídica do estado.

Gabarito: correta.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018) Dispõe o art. 1º da Constituição do Estado
de Santa Catarina:
“O Estado de Santa Catarina, unidade inseparável da República Federativa do Brasil, formado pela união de
seus Municípios, visando à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, preservará os princípios que
informam o estado democrático de direito e tem como fundamentos: […]”.
Assinale a alternativa que contém todos os fundamentos a que se refere o texto constitucional.
a) a soberania estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
b) a soberania nacional, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
c) a soberania nacional, a autonomia estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político.
d) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento estadual, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
e) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Comentários:

Para acertar a questão, era necessário saber os 6 fundamentos do Estado de Santa Catarina definidos no art.
1º de sua Constituição:

I - a soberania nacional;

II - a autonomia estadual;

III - a cidadania;

IV - a dignidade da pessoa humana;

V - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

VI - o pluralismo político.

Gabarito: C.

2. (FGV - (TJ SC)/2015) A disciplina estabelecida na Constituição do Estado de Santa Catarina, afeta
à Administração Pública estadual, permite afirmar que:

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a) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito privado, de natureza empresarial;
b) a constituição e a extinção de sociedades de economia mista devem ser autorizadas em lei;
c) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito público, de natureza autárquica;
d) somente a constituição de subsidiárias de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei,
não a sua extinção;
e) somente a constituição de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei, não a sua
extinção.

Comentários:

a) Errada. A Administração Indireta também é formada por entidades de direito público, as autarquias
e fundações.
b) Correta. As SEMs dependem de autorização em lei para serem criadas e extintas.
c) Errada. A Administração Indireta tem entidades de direito público e de direito privado.
d) Errado. Tanto a criação como a extinção de subsidiárias de sociedades de economia mista dependem
de autorização em lei.
e) Errado. Como já dito, as SEMs dependem de autorização em lei para serem criadas e extintas

Gabarito: B.

3. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) A respeito da Administração Pública, marque a alternativa correta


conforme a Constituição Estadual de Santa Catarina:

a) A criação de empresas públicas e a autorização para constituição de autarquia dependem de lei


específica.
b) A participação das entidades da administração indireta no capital de empresas privadas independe
de autorização legislativa.
c) Apenas as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista fazem parte da
administração indireta do Estado de Santa Catarina.
d) A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de Santa Catarina
S.A. - Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá obrigatoriamente de decreto do
governador com posterior consulta popular, sob forma de referendo.
e) A alienação superior a 49% das ações ordinárias da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento
S.A. - Casan, que implique na troca do controle acionário da Companhia, dependerá obrigatoriamente
de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de referendo.

Comentários:

a) Errada. Autarquias são criadas por lei específica, já a criação de sociedade de economia mista é
autorizada por lei.

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b) Errada. O § 2º do art. 13 definiu que a participação das entidades da administração indireta no capital
de empresas privadas depende de autorização legislativa.
c) Errada. Faltou citar as fundações públicas, que também são entidades da Administração Indireta de
Santa Catarina.
d) Errada. Neste caso, é necessária autorização legislativa com posterior consulta popular.
e) Correta. A alternativa corresponde ao § 5º do art. 13 da Constituição de Santa Catarina .

Gabarito: E.

4. (FGV - TJ SC/2015) O Governador do Estado, com o objetivo de aumentar a eficiência da


Administração Pública e diminuir os gastos com a estrutura administrativa, editou decreto dispondo
que duas empresas públicas estaduais, com atuação estranha aos segmentos de eletricidade, água e
saneamento, teriam a sua estrutura reunida, deixariam de existir e dariam origem a uma nova empresa
pública, responsável por exercer a totalidade das competências de suas antecessoras. À luz da
Constituição do Estado de Santa Catarina, é correto afirmar que:

a) a sistemática constitucional afeta à Administração Pública Estadual é incompatível com o instituto


da fusão de entidades públicas;
b) a fusão de empresas públicas somente poderia ser realizada, via decreto do Chefe do Poder
Executivo, caso houvesse lei específica autorizando-a;
c) como as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito público, a sua extinção deveria
redundar no retorno dos respectivos bens à Administração Pública direta;
d) a fusão das empresas públicas somente poderia ser realizada caso tivesse sido expressamente
contemplada na lei geral do Programa Nacional de Desestatização;
e) a possibilidade de fusão de empresas públicas independe de lei específica autorizando -a, estando
ínsita na própria concepção de Administração Pública.

Comentários:

Conforme o inciso II do § 1º do art. 13 da Constituição de Santa Catarina, a fusão e a extinção de


entidades da Administração Indireta só poderia ocorrer via decreto se, previamente, houvesse
autorização em lei:

Art. 13 — A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende: (...)

§ 1º — Depende de lei específica:

I - a criação de autarquia;

II - a autorização para:

a) constituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias;

b) instituição de fundação pública;

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c) transformação, fusão, cisão, extinção, dissolução, transferência do controle e


privatização de qualquer das entidades mencionadas nas alíneas anteriores.

Gabarito: B.

5. (IOBV/ PM-SC – 2015) A Constituição do Estado de Santa Catarina ao tratar do processo


administrativo, determina, independentemente do objeto ou procedimento, a observância dos
seguintes requisitos de validade:

a) respeito irrestrito aos princípios da isonomia, publicidade e pessoalidade.


b) o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou decisão motivados.
c) o devido processo legal e o prazo razoável de sua duração, limitado ao máximo de sessenta dias.
d) o contraditório, a defesa ampla, o devido processo legal além do respeito irrestrito aos princípios da
isonomia, da publicidade, da impessoalidade e da razoável duração do processo, limitado ao máximo de
noventa dias.

Comentários:

O art. 16, § 5o, da CE/SC determina que “no processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o
procedimento, observar-se-ão, entre outros, requisitos de validade, o contraditório, a defesa ampla e o
despacho ou decisão motivados”.

Gabarito: B.

6. (FEPESE/ SAP-SC – 2016) Com base na Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989, é correto
afirmar:

a) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função, é
obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.
b) Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos princípios de
legalidade, pessoalidade, moralidade e publicidade.
c) É obrigatória a vinculação ou equiparação das espécies remuneratórias para efeito de remuneração de
pessoal do serviço público.
d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos de professor, mesmo quando houver
compatibilidade de horários.
e) O prazo de validade dos concursos públicos será de até três anos, prorrogável uma única vez por igual
período.

Comentários:

a) Correta. Trata-se de previsão do art. 22, “caput”, da CE/SC.


b) Errada. Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade (art. 16, CE/SC).

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c) Errada. Pelo contrário! É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
efeito de remuneração de pessoal do serviço público (art. 23, VI, CE/SC).
d) Errada. Caso haja compatibilidade de horários, admite-se a acumulação remunerada de dois cargos
públicos de professor (art. 24, I, CE/SC).
e) Errada. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez por igual
período (art. 21, II, CE/SC).

Gabarito: A.

7. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) De acordo com os dispositivos da Constituição Estadual de Santa


Catarina, marque a resposta correta.

a) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
b) Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações não serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
c) A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de até cento e oitenta dias
precedentes ao término do mandato do Governador do Estado, salvo situação de comprovada urgência,
especificação na lei de diretrizes orçamentárias ou decorrentes de recursos provenientes de financiamentos
externos ou repasses da União.
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em decreto,
sem prejuízo da ação penal cabível.
e) Apenas o servidor ocupante de cargo em comissão é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a
declarar seus bens.

Comentários:

a) Correta. A alternativa corresponde ao art. 15 da CE/SC e refere-se à responsabilidade civil objetiva do


Estado e daqueles que lhe faça as vezes.
b) Errada. Via de regra, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública.
c) Errada. As licitações e contratações de obras pública são proibidas até 120 dias precedentes ao término
do mandato do Governador.
d) Errada. As formas de ressarcimento ao erário no caso de atos de improbidade administrativa são definidas
em lei.
e) Errada. Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função
é obrigado a declarar os bens.

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Gabarito: A.

8. (FEPESE - SAP SC/2016) São direitos dos servidores públicos, de acordo com a Constituição do Estado
de Santa Catarina de 1989:

1. piso de vencimento não inferior ao salário mínimo nacionalmente unificado.


2. percepção dos vencimentos e proventos até o último dia útil do mês a que correspondem.
3. licença remunerada a gestante, com a duração de cento e cinquenta dias.
4. a livre associação sindical.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.


==18c106==

b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.


c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

Comentários:

O único item incorreto é o 3, já que, apesar de a licença de gestante ser um direito dos servidores públicos,
sua duração é de cento e vinte dias.

Gabarito: B.

9. (FGV - TJ SC/2015) Bernardo e Paulo estavam prestes a ser nomeados para ocupar cargos públicos
no Estado de Santa Catarina, sendo certo que o primeiro ocuparia um cargo de professor, já que fora
aprovado em concurso público, e, o segundo, um cargo em comissão. O Chefe da Diretoria de Pessoal
comunicou que ambos estavam obrigados a apresentar declaração de bens por ocasião de sua posse,
acrescendo que a declaração de Paulo seria publicada no órgão oficial do Estado. É possível afirmar, à luz da
Constituição do Estado de Santa Catarina, que a conduta do Chefe da Diretoria de Pessoal é:

a) constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas
somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;
b) inconstitucional, já que informações de natureza patrimonial dizem respeito à intimidade do agente
público;
c) constitucional, pois o princípio da hierarquia autoriza que cada órgão administrativo defina as regras de
conduta a serem observadas pelos agentes públicos inseridos em sua estrutura;
d) inconstitucional, já que, por imperativo de isonomia, não poderia ser estabelecido tratamento
diferenciado entre Bernardo e Paulo;
e) constitucional, pois o direito à intimidade não pode ser invocado pelos agentes públicos, adstritos que
estão, em todos os atos de sua vida, ao princípio da publicidade.

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Comentários:

A Constituição de Santa Catarina, em seu art. 22, exigiu que todo agente público, independente da natureza
do cargo, emprego ou função é obrigado a apresentar, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declaração
de seus bens. Além disso, as declarações dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e
cargos eletivos devem ser publicados no Diário Oficial.

Art. 22. Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus
bens.

Parágrafo único. É obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de


bens dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por
ocasião da posse, exoneração, aposentadoria ou término de mandato.

Gabarito: A.

10. (Questão inédita) É incorreto afirmar, com base na Constituição do Estado de Santa Catarina:

a) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgão público deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, nela não podendo constar nomes, símbolos, imagens ou
cores que caracterizem a promoção pessoal de autoridades, de servidores públicos, de agentes políticos
ou de partidos políticos.
b) A proibição de acumular cargos não se aplica à acumulação de empregos públicos em entidades da
administração indireta.
c) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.
d) Também no serviço público é possível haver contratação temporária, mas em situações de excepcional
interesse público.
e) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.

Comentários:

a) Correta. Esta é uma das vertentes do princípio da impessoalidade prevista no §6° do art. 16 da CE/SC.
b) Errada. A proibição de acumular estende-se à empregos públicos e abrange as entidades da Administração
Indireta conforme parágrafo único do art. 24 da CE/SC.
c) Correta. Esta é a previsão do inciso V do art. 21 da CE/SC.
d) Correta. Poderá haver contratação temporária para atender à necessidade de excepcional interesse
público, segundo o § 2º do art. 21 da CE/SC.
e) Correta. Esta é uma vedação prevista no inciso VI do art. 23 da CE/SC.

Gabarito: B.

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11. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive
as fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, a Constituição do Estado de Santa
Catarina veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horários de

a) dois cargos técnicos.


b) três cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.
c) um cargo de professor com outro técnico ou científico.
d) dois cargos de professor com outro técnico ou científico.
e) um cargo científico com dois cargos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.

Comentários:

A questão depende do conhecimento do art. 24 da Constituição de Santa Catarina:

Art. 24. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:

I - a de dois cargos de professor;

II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

III – a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

Gabarito: C.

12. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) O processo legislativo disciplinado na


Constituição do Estado de Santa Catarina compreende a elaboração de:

a) leis complementares, que serão aprovadas por maioria relativa dos votos dos Deputados.
b) leis delegadas, que poderão disciplinar matéria atinente a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
c) resoluções, editadas para regular as relações jurídicas decorrentes da não conversão de medida provisória
em lei.
d) medidas provisórias, em que, nos casos de relevância e urgência, o Governador do Estado poderá as
adotar, com força de lei, devendo submetê-las de imediato à Assembleia Legislativa.
e) emendas à Constituição, por proposta de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa a seus membros.

Comentários:

a) Errada. Leis complementares são aprovadas por maioria absoluta.

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b) Errada. Leis delegadas não podem versar sobre leis orçamentárias.


c) Errada. Decretos legislativos que regulam as relações jurídicas decorrentes da não conversão de medida
provisória em lei.
d) Correta. Esta é a previsão do art. 51 da CE/SC.
e) Errada. A proposta de emenda constitucional por Câmaras Municipais depende de anuência de mais da
metade delas no Estado.

Gabarito: D.

13. (FEPESE - Técnico de Nível Superior (CIASC)/Advogado/2017) A Constituição do Estado de Santa


Catarina poderá ser emendada mediante proposta:

1. de dois terços dos membros da Assembleia Legislativa;


2. do Governador do Estado;
3. de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros;
4. de pelo menos dois e meio por cento do eleitorado estadual, distribuído por no mínimo quarenta
Municípios, com não menos de um por cento dos eleitores de cada um deles.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
e) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

Comentários:

A questão cobrou a literalidade do art. 49 da CE/SC. A afirmação 1 poderia causar alguma dúvida, mas, se o
mínimo exigível para apresentar emenda à constituição é um terço dos membros da Assembleia Legislativa,
dois terços dos deputados poderão propor, já que é um número superior ao mínimo.

Gabarito: E.

14. (FUNDATEC - Técnico Administrativo (DPE SC)/2018) A execução orçamentária se submete aos
Controles Interno e Externo, de acordo com as disposições legais e constitucionais em vigor. No âmbito do
Estado de Santa Catarina, a quem compete o referido Controle Externo?

a) À Assembleia Legislativa, com o auxílio da Defensoria Pública do Estado.


b) Ao Ministério Público do Estado, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

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c) À Assembleia Legislativa, com o auxílio do Ministério Público do Estado.


d) Ao Ministério Público do Estado, com o auxílio da Defensoria Pública do Estado.
e) À Assembleia Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

Comentários:

A questão exige o conhecimento do art. 59 da CE/SC:

Art. 59. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

Gabarito: E.

15. (FEPESE/ SJC-SC – 2016) Conforme dispõe a Constituição do Estado de Santa Catarina, assinale a
alternativa correta.

a) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos.
b) Constitui atribuição dos Secretários de Estado, dentre outras, vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
c) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador, escolhidos dentre brasileiros maiores de
dezoito anos e no gozo dos direitos políticos.
d) Em casos de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao
exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da Assembleia Legislativa.
e) Os Secretários de Estado serão processados e julgados pelo Tribunal de Justiça, nos crimes comuns e de
responsabilidade não conexos com os do Governador.

Comentários:

a) Errada. O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de trinta anos (art.
64, CE/SC).
b) Errada. Trata-se de atribuição privativa do Governador (art. 71, V, CE/SC).
c) Errada. Os Secretários de Estado são escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no gozo
dos direitos políticos (art. 74, “caput”, CE/SC).
d) Errada. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente da Assembleia
Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça (art. 67, CE/SC).
e) Correta. É o que determina o art. 75 da CE/SC.

Gabarito: E.

16. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) No que diz respeito ao Tribunal de
Contas do Estado, observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:

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a) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pela Assembleia Legislativa.
b) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pelo Governador do Estado.
c) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e três pelo Governador do Estado.
d) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e cinco pelo Governador do Estado.
e) Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados dentre os brasileiros que tenham mais de vinte e
um anos de idade, idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos e financeiros ou de administração pública.

Comentários:

Para a resolução desta questão é necessário o conhecimento do art. 61 da Constituição de Santa Catarina,
que afirma que o TCE/SC é composto por sete Conselheiros, sendo quatro indicados pela Assembleia
Legislativa e três pelo Governador:

Art. 61. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na
cidade de Florianópolis, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território
estadual, exercendo, no que couber, a competência prevista no art. 83. (...)

§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:

I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em listra tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;

II - quatro pela Assembleia Legislativa.

Gabarito: C.

17. (FEPESE - Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina/2006) A Constituição Estadual
estabelece no art. 61, § 5º, que os auditores, nomeados pelo Governador do Estado, após aprovação em
concurso público de provas e títulos, terão, quando em substituição a Conselheiro, as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, ...

Assinale a alternativa que complementa, corretamente, o dispositivo em referência:

a) as de juiz de direito de última entrância.


b) as de juiz de direito de entrância inicial.
c) as de juiz de direito de entrância intermediária.

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d) as de juiz de direito de entrância especial.


e) as de juiz de direito de entrância média.

Comentários:

A questão exigiu o conhecimento do §5º do art. 61 da CE/SC:

§5º — Os auditores, nomeados pelo Governador do Estado após aprovação em concurso


público de provas e títulos, terão, quando em substituição a Conselheiro, as mesmas
garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da
judicatura, as de juiz de direito da última entrância.

Gabarito: A.

18. (Questão inédita) Assinale a alternativa que não tem respaldo da Constituição do Estado de Santa
Catarina:

a) Na linha sucessória do Governador estão, sucessivamente: Vice-Governador, Presidente da Assembleia


Legislativa e Presidente do Tribunal de Justiça.
b) Compete privativamente ao Governador do Estado nomear o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador
Geral do Estado e três Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
c) Apesar de a Constituição do Estado ter listado crimes de responsabilidade do Governador, esta é uma
competência privativa da União.
d) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador e são por ele livremente escolhidos.
e) O Governador não poderá se ausentar do Estado, sem autorização da Assembleia Legislativa, por mais de
dez dias.

Comentários:

a) Correta. Se houver impedimento ou vacância do Governador e de seu Vice, ocuparão a chefia do


Poder Executivo, sucessivamente, o Presidente da Assembleia Legislativa e o do Tribunal de Justiça.
b) Correta. Esta é uma das atribuições privativas do Governador estabelecidas no art. 71 da CE/SC.
c) Correta. Há na Constituição Estadual uma sessão dedicada aos crimes de responsabilidade do
Governador, mas esta não é uma competência estadual. Veja a súmula 722 do STF: “são da
competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das
respectivas normas de processo e julgamento”.
d) Correto. Os Secretários de Estado são livremente nomeados e exonerados.
e) Errado. O Governador e o Vice-Governador dependem de autorização da Assembleia para se
ausentar do Estado por mais de 15 dias.

Gabarito: E.

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19. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) Em relação ao Governador do Estado,


observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:

a) Dentre suas atribuições privativas está a de nomear e exonerar os Secretários de Estado e o Procurador
Geral do Estado, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da
Assembleia Legislativa.
c) Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga, pouco importando o tempo restante de mandato.
d) O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de responsabilidade, perante a um
Tribunal Especial e, nos comuns, perante o Superior Tribunal de Justiça.
e) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, noventa
dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas as demais condições da legislação
eleitoral.

Comentários:

a) Errada. A competência de nomear Secretários de Estado e o Procurador-Geral do Estado é privativa do


Governador, ou seja, independe de oitiva da Assembleia.
b) Errada. Em caso de impedimento conjunto do Governador e do Vice-Governador, serão chamados para o
exercício do Poder Executivo, sucessivamente, o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do
Tribunal de Justiça.
c) Errada. Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, as eleições serão feitas 90 dias depois de
aberta a última vaga apenas se a vacância ocorrer nos dois primeiros anos do mandato.
d) Correta. Apesar da disposição contrária do art. 105, quem legisla sobre crimes de responsabilidade é a
União, e foi definido na Lei Federal nº 1.079/50 que nos crimes comuns o Governador é julgado pelo STJ
e, no caso de crime de responsabilidade, será julgado nos por um Tribunal Especial (composto por 5
membros do Poder Legislativo e 5 desembargadores, com a presidência do Presidente do Tribunal de
Justiça).
e) Errada. A idade mínima para Governador e Vice-Governador é 30 anos.

Gabarito: D.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018) Dispõe o art. 1º da Constituição do Estado
de Santa Catarina:

“O Estado de Santa Catarina, unidade inseparável da República Federativa do Brasil, formado pela união de
seus Municípios, visando à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, preservará os princípios que
informam o estado democrático de direito e tem como fundamentos: […]”.
Assinale a alternativa que contém todos os fundamentos a que se refere o texto constitucional.
a) a soberania estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
b) a soberania nacional, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
c) a soberania nacional, a autonomia estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político.
d) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento estadual, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
e) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

2. (FGV - (TJ SC)/2015) A disciplina estabelecida na Constituição do Estado de Santa Catarina, afeta
à Administração Pública estadual, permite afirmar que:

a) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito privado, de natureza empresarial;
b) a constituição e a extinção de sociedades de economia mista devem ser autorizadas em lei;
c) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito público, de natureza autárquica;
d) somente a constituição de subsidiárias de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei,
não a sua extinção;
e) somente a constituição de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei, não a sua
extinção.

3. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) A respeito da Administração Pública, marque a alternativa correta


conforme a Constituição Estadual de Santa Catarina:

a) A criação de empresas públicas e a autorização para constituição de autarquia dependem de lei


específica.
b) A participação das entidades da administração indireta no capital de empresas privadas independe
de autorização legislativa.

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c) Apenas as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista fazem part e da


administração indireta do Estado de Santa Catarina.
d) A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de Santa Catarina
S.A. - Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá obrigatoriamente de decreto d o
governador com posterior consulta popular, sob forma de referendo.
e) A alienação superior a 49% das ações ordinárias da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento
S.A. - Casan, que implique na troca do controle acionário da Companhia, dependerá obrigat oriamente
de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de referendo.

4. (FGV - TJ SC/2015) O Governador do Estado, com o objetivo de aumentar a eficiência da


Administração Pública e diminuir os gastos com a estrutura administrativa, ed itou decreto dispondo
que duas empresas públicas estaduais, com atuação estranha aos segmentos de eletricidade, água e
saneamento, teriam a sua estrutura reunida, deixariam de existir e dariam origem a uma nova empresa
pública, responsável por exercer a totalidade das competências de suas antecessoras. À luz da
Constituição do Estado de Santa Catarina, é correto afirmar que:

a) a sistemática constitucional afeta à Administração Pública Estadual é incompatível com o instituto


da fusão de entidades públicas;
b) a fusão de empresas públicas somente poderia ser realizada, via decreto do Chefe do Poder
Executivo, caso houvesse lei específica autorizando-a;
c) como as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito público, a sua extinção deveria
redundar no retorno dos respectivos bens à Administração Pública direta;
d) a fusão das empresas públicas somente poderia ser realizada caso tivesse sido expressamente
contemplada na lei geral do Programa Nacional de Desestatização;
e) a possibilidade de fusão de empresas públicas independe de lei específica autorizando-a, estando
ínsita na própria concepção de Administração Pública.

5. (IOBV/ PM-SC – 2015) A Constituição do Estado de Santa Catarina ao tratar do processo


administrativo, determina, independentemente do objeto ou procedimento, a observância dos
seguintes requisitos de validade:

a) respeito irrestrito aos princípios da isonomia, publicidade e pessoalidade.


b) o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou decisão motivados.
c) o devido processo legal e o prazo razoável de sua duração, limitado ao máximo de sessenta dias.
d) o contraditório, a defesa ampla, o devido processo legal além do respeito irrestrito aos princípios da
isonomia, da publicidade, da impessoalidade e da razoável duração do processo, limitado ao máximo de
noventa dias.

6. (FEPESE/ SAP-SC – 2016) Com base na Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989, é correto
afirmar:

a) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função, é
obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.

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b) Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos princípios de
legalidade, pessoalidade, moralidade e publicidade.
c) É obrigatória a vinculação ou equiparação das espécies remuneratórias para efeito de remuneração de
pessoal do serviço público.
d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos de professor, mesmo quando houver
compatibilidade de horários.
e) O prazo de validade dos concursos públicos será de até três anos, prorrogável uma única vez por igual
período.

7. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) De acordo com os dispositivos da Constituição Estadual de Santa


Catarina, marque a resposta correta.

a) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
b) Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações não serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
c) A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de até cento e oitenta dias
precedentes ao término do mandato do Governador do Estado, salvo situação de comprovada urgência,
especificação na lei de diretrizes orçamentárias ou decorrentes de recursos provenientes de financiamentos
externos ou repasses da União.
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em decreto,
sem prejuízo da ação penal cabível.
e) Apenas o servidor ocupante de cargo em comissão é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a
declarar seus bens.

8. (FEPESE - SAP SC/2016) São direitos dos servidores públicos, de acordo com a Constituição do Estado
de Santa Catarina de 1989:

1. piso de vencimento não inferior ao salário mínimo nacionalmente unificado.


2. percepção dos vencimentos e proventos até o último dia útil do mês a que correspondem.
3. licença remunerada a gestante, com a duração de cento e cinquenta dias.
4. a livre associação sindical.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.


b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

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d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.


e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

9. (FGV - TJ SC/2015) Bernardo e Paulo estavam prestes a ser nomeados para ocupar cargos públicos
no Estado de Santa Catarina, sendo certo que o primeiro ocuparia um cargo de professor, já que fora
aprovado em concurso público, e, o segundo, um cargo em comissão. O Chefe da Diretoria de Pessoal
comunicou que ambos estavam obrigados a apresentar declaração de bens por ocasião de sua posse,
acrescendo que a declaração de Paulo seria publicada no órgão oficial do Estado. É possível afirmar, à luz da
Constituição do Estado de Santa Catarina, que a conduta do Chefe da Diretoria de Pessoal é:

a) constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas
somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;
b) inconstitucional, já que informações de natureza patrimonial dizem respeito à intimidade do agente
público;
c) constitucional, pois o princípio da hierarquia autoriza que cada órgão administrativo defina as regras de
conduta a serem observadas pelos agentes públicos inseridos em sua estrutura;
d) inconstitucional, já que, por imperativo de isonomia, não poderia ser estabelecido tratamento
diferenciado entre Bernardo e Paulo;
e) constitucional, pois o direito à intimidade não pode ser invocado pelos agentes públicos, adstritos que
estão, em todos os atos de sua vida, ao princípio da publicidade.

10. (Questão inédita) É incorreto afirmar, com base na Constituição do Estado de Santa Catarina:

a) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgão público deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, nela não podendo constar nomes, símbolos, imagens ou
cores que caracterizem a promoção pessoal de autoridades, de servidores públicos, de agentes políticos
ou de partidos políticos.
b) A proibição de acumular cargos não se aplica à acumulação de empregos públicos em entidades da
administração indireta.
c) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.
d) Também no serviço público é possível haver contratação temporária, mas em situações de excepcional
interesse público.
e) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.

11. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive
as fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, a Constituição do Estado de Santa
Catarina veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horários de

a) dois cargos técnicos.


b) três cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.
c) um cargo de professor com outro técnico ou científico.

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d) dois cargos de professor com outro técnico ou científico.


e) um cargo científico com dois cargos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.

12. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) O processo legislativo disciplinado na


Constituição do Estado de Santa Catarina compreende a elaboração de:

a) leis complementares, que serão aprovadas por maioria relativa dos votos dos Deputados.
b) leis delegadas, que poderão disciplinar matéria atinente a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
c) resoluções, editadas para regular as relações jurídicas decorrentes da não conversão de medida provisória
em lei.
d) medidas provisórias, em que, nos casos de relevância e urgência, o Governador do Estado poderá as
adotar, com força de lei, devendo submetê-las de imediato à Assembleia Legislativa.
e) emendas à Constituição, por proposta de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa a seus membros.

13. (FEPESE - Técnico de Nível Superior (CIASC)/Advogado/2017) A Constituição do Estado de Santa Catarina
poderá ser emendada mediante proposta:

1. de dois terços dos membros da Assembleia Legislativa;


2. do Governador do Estado;
3. de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros;
4. de pelo menos dois e meio por cento do eleitorado estadual, distribuído por no mínimo quarenta
Municípios, com não menos de um por cento dos eleitores de cada um deles.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
e) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

14. (FUNDATEC - Técnico Administrativo (DPE SC)/2018) A execução orçamentária se submete aos Controles
Interno e Externo, de acordo com as disposições legais e constitucionais em vigor. No âmbito do Estado de
Santa Catarina, a quem compete o referido Controle Externo?

a) À Assembleia Legislativa, com o auxílio da Defensoria Pública do Estado.

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b) Ao Ministério Público do Estado, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.


c) À Assembleia Legislativa, com o auxílio do Ministério Público do Estado.
d) Ao Ministério Público do Estado, com o auxílio da Defensoria Pública do Estado.
e) À Assembleia Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

15. (FEPESE/ SJC-SC – 2016) Conforme dispõe a Constituição do Estado de Santa Catarina, assinale a
alternativa correta.

a) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos.
b) Constitui atribuição dos Secretários de Estado, dentre outras, vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
c) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador, escolhidos dentre brasileiros maiores de
dezoito anos e no gozo dos direitos políticos.
d) Em casos de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao
exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da Assembleia Legislativa.
e) Os Secretários de Estado serão processados e julgados pelo Tribunal de Justiça, nos crimes comuns e de
responsabilidade não conexos com os do Governador.

16. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) No que diz respeito ao Tribunal de Contas
do Estado, observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:

a) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pela Assembleia Legislativa.
b) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pelo Governador do Estado.
c) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e três pelo Governador do Estado.
d) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e cinco pelo Governador do Estado.
e) Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados dentre os brasileiros que tenham mais de vinte e
um anos de idade, idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos e financeiros ou de administração pública.

17. (FEPESE - Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina/2006) A Constituição Estadual
estabelece no art. 61, § 5º, que os auditores, nomeados pelo Governador do Estado, após aprovação em
concurso público de provas e títulos, terão, quando em substituição a Conselheiro, as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, ...

Assinale a alternativa que complementa, corretamente, o dispositivo em referência:

a) as de juiz de direito de última entrância.


b) as de juiz de direito de entrância inicial.

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c) as de juiz de direito de entrância intermediária.


d) as de juiz de direito de entrância especial.
e) as de juiz de direito de entrância média.

18. (Questão inédita) Assinale a alternativa que não tem respaldo da Constituição do Estado de Santa
Catarina:

a) Na linha sucessória do Governador estão, sucessivamente: Vice-Governador, Presidente da


Assembleia Legislativa e Presidente do Tribunal de Justiça.
b) Compete privativamente ao Governador do Estado nomear o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador
Geral do Estado e três Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
c) Apesar de a Constituição do Estado ter listado crimes de responsabilidade do Governador, esta é uma
competência privativa da União. ==18c106==

d) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador e são por ele livremente escolhidos.
e) O Governador não poderá se ausentar do Estado, sem autorização da Assembleia Legislativa, por mais de
dez dias.

19. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) Em relação ao Governador do Estado,


observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:

a) Dentre suas atribuições privativas está a de nomear e exonerar os Secretários de Estado e o Procurador
Geral do Estado, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da
Assembleia Legislativa.
c) Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga, pouco importando o tempo restante de mandato.
d) O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de responsabilidade, perante a um
Tribunal Especial e, nos comuns, perante o Superior Tribunal de Justiça.
e) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, noventa
dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas as demais condições da legislação
eleitoral.

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GABARITO
1. C 11. C
2. B 12. D
3. E 13. E
4. B 14. E
5. B 15. E
6. A 16. C
7. A 17. A
8. B 18. E
9. A 19. D
10. B

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