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Aula 21 Direito Constitucional
Aula 21 Direito Constitucional
Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos
06 de Dezembro de 2022
Índice
1) Constituição do Estado de Santa Catarina (SEFAZ-SC)
..............................................................................................................................................................................................3
I - a soberania nacional;
II - a autonomia estadual;
III - a cidadania;
VI - o pluralismo político
No art. 1º, CE/SC, também fica consagrado o princípio federativo. Numa federação, é vedada a secessão.
Por isso é que se pode afirmar que o estado de Santa Catarina é uma unidade inseparável da República
Federativa do Brasil.
Art. 2º Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Parágrafo único. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
No Brasil, vigora a democracia semidireta ou participativa, caracterizada pelo fato de que o povo participa
das decisões políticas, indiretamente, por meio de seus representantes eleitos e diretamente, através de
plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Art. 3º São símbolos do Estado a bandeira, o hino, as armas e o selo em vigor na data da
promulgação desta Constituição e outros estabelecidos em lei.
I – a representação emblemática de que trata o parágrafo anterior será adotada por todas
as gestões de governo, de forma contínua e permanente;
II – fica proibida a utilização de qualquer tipo de frase, desenho, logomarca ou slogan para
representar ou distinguir gestões de governo que não a representação oficial definida neste
parágrafo único.
Vamos, a partir de agora, comentar cada um dos dispositivos que a Constituição Estadual traz a respeito da
Administração Pública!
a) autarquias;
b) empresas públicas;
d) fundações públicas.
I - a criação de autarquia;
II - a autorização para:
§ 5º A alienação superior a quarenta e nove por cento das ações ordinárias da Companhia
Catarinense de Águas e Saneamento S.A. – Casan, que implique na troca do controle
acionário da Companhia, dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com
posterior consulta popular, sob forma de referendo.
1) Autarquias: é uma pessoa jurídica de direito público que exerce atividade típica da administração
pública. São criadas por lei. Ex: INSS, IBAMA, BACEN, ANATEL, ANVISA e IPREV (Instituto de
Previdência do Estado de Santa Catarina).
2) Fundações Públicas: existem fundações públicas com personalidade jurídica de direito público
(equiparadas às autarquias) e fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado. As
fundações públicas de direito público são também chamadas de fundações autárquicas e, por serem
equiparadas às autarquias, devem ser criadas por lei. Já as fundações públicas de direito privado têm
sua criação autorizada por lei e lei complementar define sua área de atuação. Ex: FUNAI, FUNASA e
FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC).
3) Empresas Públicas: são pessoas jurídicas de direito privado que, em regra, exploram atividades
econômicas. Dizemos “em regra” porque existem empresas públicas que prestam serviços públicos.
Nas empresas públicas, o capital social é 100% público. Ex: Caixa Econômica Federal (CEF) e Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A criação de empresas públicas é autorizada por lei.
4) Sociedades de economia mista: são pessoas jurídicas de direito privado que, em regra, exploram
atividades econômicas. Também existem sociedades de economia mista que prestam serviços
públicos. Diferem, em essência, das empresas públicas pelos seguintes motivos: i) são constituídas
sob a forma de sociedade anônima (as empresas públicas podem assumir qualquer forma jurídica);
ii) a maioria das ações é do Estado, mas não obrigatoriedade de que todo o capital social seja público.
Ex: Banco do Brasil, Petrobrás, Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A) e Casan (Companhia
Catarinense de Águas e Saneamento S.A.). A criação de sociedades de economia mista é autorizada
por lei.
A criação de autarquias é feita mediante lei específica; por sua vez, a criação de fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista é autorizada por lei. Cabe à lei complementar definir as áreas de
atuação das fundações. Frise-se que as fundações de direito público são equiparadas às autarquias, sendo
criadas por meio de lei específica.
O art. 13, CE/SC, traz algumas regras específicas a respeito de 2 (duas) sociedades de economia mista
estaduais: a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A) e a Casan (Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento S.A).
a) A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. –
Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com
posterior consulta popular, sob forma de referendo.
b) A alienação superior a 49% (quarenta e nove por cento) das ações ordinárias da Companhia Catarinense
de Águas e Saneamento S.A. – Casan, que implique na troca do controle acionário da Companhia, dependerá
obrigatoriamente de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de referendo.
Art. 14. São instrumentos de gestão democrática das ações da administração pública, nos
campos administrativo, social e econômico, nos termos da lei:
O art. 14, CE/SC, reforça a ideia de cidadania, ao tratar da gestão democrática das ações da Administração
Pública, que tem como instrumentos os conselhos estaduais e a representação dos empregados nos
conselhos de administração e diretoria das empresas públicas e sociedades de economia mista.
No art. 14, parágrafo único, a CE/SC reproduz dispositivo da CF/88 acerca do contrato de gestão (ou contrato
de desempenho, de acordo com a Lei Federal nº 13.934/19) ajuste firmado entre órgãos da Administração
direta, entre um órgão e entidade da Administração indireta ou entre um órgão e entidade paraestatal,
qualificada como organização sócia, para expansão da autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Por
meio do contrato de gestão, o Poder Público fixa metas de desempenho para o órgão ou entidade com quem
foi celebrado o ajuste.
O § 4º dispõe sobre a responsabilidade civil do Estado. Tal responsabilidade é objetiva, o que quer dizer que
este terá obrigação de indenizar os danos que seus agentes, atuando nessa qualidade, produzirem,
independentemente de terem agido com dolo ou culpa. É o que dispõe, também, o art. 37, § 6º, CF/88:
É relevante assinalar que o art. 15, CE/SC, faz menção ao “direito de regresso” do Estado. O direito de
regresso deverá ser exercido pela Administração Pública mediante ação judicial (denominada ação
regressiva) contra o agente público que deu causa ao dano, caso este tenha agido com dolo ou culpa.
Art. 16. Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.
Conforme você já estudou em Direito Administrativo, a CF/88 estabelece que são princípios da
Administração Pública a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Esses são os
princípios explícitos da Administração Pública, assim chamados por estarem expressamente previstos no
art. 37 da CF/88. Vejamos:
CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte.
Embora a CE/SC não mencione expressamente o princípio da eficiência, devemos ter em mente que este
também se aplica à Administração Pública estadual, já que as previsões da Constituição Federal vinculam
todos os demais entes.
A CE/SC deixa claro que a regra geral é que os atos administrativos serão públicos. É possível, todavia, que,
no interesse da Administração, alguns atos sejam sigilosos. Com o objetivo de concretizar o princípio da
publicidade, a Administração estadual está obrigada a fornecer a qualquer interessado certidão ou cópia
autenticada, no prazo máximo de 30 dias, de atos, contratos e convênios administrativos, sob pena de
responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou retardar a expedição
A publicidade dos atos governamentais não deve ter como objetivo a promoção pessoal de autoridades
públicas ou de servidores públicos. A publicidade desses atos deve ter um caráter educativo, informativo ou
de orientação social. Caso fique caracterizada a tentativa de promoção pessoal de autoridades públicas ou
servidores públicos, haverá flagrante violação ao princípio da impessoalidade.
A regra geral é a de que as contratações públicas dependem de prévia licitação. No entanto, há casos
previstos em lei em que a licitação é dispensada ou inexigível. O objetivo do procedimento licitatório é
assegurar que a Administração adquira, com maior eficiência, bens e serviços. A realização de licitação está
intimamente relacionada ao princípio da moralidade administrativa e assegura isonomia àqueles que
desejam contratar com o Poder Público.
Art. 18. A lei disciplinará a forma de participação do usuário na administração pública direta
ou indireta, regulando especialmente:
O art. 18, CE/SC, é uma norma de eficácia limitada, pois depende de regulamentação para produzir todos
os seus efeitos. É a lei, afinal, que irá disciplinar a participação do usuário na Administração pública direta
e indireta.
Os atos de improbidade administrativa possuem natureza civil e caracterizam-se por ferirem, direta ou
indiretamente, os princípios da administração pública, por uma conduta imoral do agente público, que visa
ou obter vantagens materiais indevidas ou gerar prejuízos ao patrimônio público.
Estes atos são tipificados pela Lei Federal nº 8.429/92 que é aplicável a qualquer agente público, servidor
ou não, que atentar contra a administração direta, indireta, fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território.
Os atos de improbidade administrativa podem ser de três tipos: i) atos que importam enriquecimento
ilícito; ii) atos que causam prejuízo ao Erário e; iii) atos que atentam contra os princípios da Administração
Pública.
Art. 21. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
lei, observado o seguinte:
II - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez por
igual período;
III - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, quem for aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego na mesma carreira;
Em virtude de expressa determinação da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Observe que estrangeiros também podem ocupar cargos, empregos e funções públicas, desde que a lei
assim o preveja.
Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso
público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de
cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração.
Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual período.
Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos concursados. Cabe
ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação.
É importante que você não confunda cargos em comissão com funções de confiança.
As funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os
cargos em comissão, por serem de livre nomeação e exoneração, podem ser preenchidos por qualquer
pessoa, seja ela servidor público ou não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos em comissão
que devem ser preenchidos por servidores de carreira.
Tanto os cargos em comissão quanto as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento. Além disso, a lei preverá um percentual mínimo dos cargos em comissão que deve
ser ocupado por servidores de carreira.
V - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
Com o objetivo de realizar a igualdade material, a CE/SC prevê que lei ordinária reservará um percentual
dos cargos e empregos públicos para portadores de necessidades especiais. Dependendo das atribuições do
cargo, há também a possibilidade de a lei não reservar cargos a essas pessoas.
A violação das regras de preenchimento dos cargos públicos via concurso público e do prazo de validade de
até 2 anos, prorrogável, implicará a invalidade do ato e punição da autoridade responsável.
O art. 21, CE/SC, § 2º trata da possibilidade de a Administração Pública efetuar contratações temporárias
em razão de excepcional interesse público. A contratação temporária depende de prévio processo seletivo
simplificado. Uma lei estadual deverá tratar do assunto.
O art. 21, § 3º, CE/SC, traz uma regra interessante e bastante específica do estado de Santa Catarina. O
objetivo é evitar que haja falta de servidores públicos na Administração. Se o número de vagas atingir 1/5
(um quinto) do total de cargos da categoria funcional, será obrigatória a abertura de concurso público.
Art. 22. Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus
bens.
Os agentes públicos deverão apresentar declaração de bens por ocasião da posse, exoneração ou
aposentadoria.
Seguindo linha semelhante, é obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de bens
dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por ocasião da posse,
exoneração, aposentadoria ou término de mandato.
IV - a lei poderá estabelecer relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no inciso III;
VII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; e;
§ 2º REVOGADO
Esses dispositivos da CE/SC reproduzem o que dispõe a Constituição Federal de 1988 acerca da remuneração
dos servidores públicos, mas vale fazermos algumas considerações.
Os membros de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários de Estado serão remunerados por
subsídio, que é uma parcela fixa, sem qualquer adicional ou gratificação, observado o limite remuneratório
estadual. Anualmente, estes valores devem ser revistos e os Poderes devem publicar os valores dos subsídios
e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
Art. 24. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:
A regra geral é a vedação da acumulação remunerada de cargos públicos e abrange, inclusive, empregos,
funções, entidades da administração indireta, suas subsidiárias e demais sociedades controladas pelo poder
público. Tal regra é excepcionada apenas quando houver compatibilidade de horários e se tratarem: i) de
dois cargos de professor; ii) de um cargo de professor com outro técnico ou científico ou; iii) de dois cargos
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
O art. 25 da Constituição de Santa Catarina dispõe as regras aplicáveis aos ocupantes de cargos públicos,
efetivo ou em comissão, quando em exercício de mandato eletivo. As considerações importantes foram
resumidas no esquema abaixo:
Nos casos de afastamento do servidor, seu tempo de exercício no mandato eletivo será contado como
tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. Para efeito do
benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se em exercício
estivesse.
Se o servidor for eleito para mandato eletivo federal ou estadual e optar pela remuneração da carreira
funcional, a Assembleia Legislativa deverá ressarcir o órgão, entidade ou empresa até o valor do vencimento
de legislador estadual.
O art. 26, CE/SC, é uma norma programática, que prevê a criação de Conselho de Política de Administração
e Remuneração de Pessoal. Integrarão esse conselho servidores designados pelos respectivos Poderes.
O art. 26, § 1°, CE/SC, estabelece os critérios segundo os quais serão fixados os padrões de vencimento e
demais componentes do sistema remuneratório do servidor público estadual, que dependem de: natureza,
grau de responsabilidade e complexidade dos cargos; requisitos para investidura; e peculiaridades do cargo.
Percebe-se, em todo o art. 26, uma clara relação com o princípio da eficiência na Administração Pública.
Dois pontos são importantes, afinal, para que os servidores públicos possam exercer de modo mais eficiente
suas atribuições: i) o contínuo aperfeiçoamento profissional (para isso são instituídas escolas de governo
pelo Estado; e ii) política de remuneração adequada (para isso é que é instituído um conselho de política de
administração e remuneração de pessoal).
Art. 27. São direitos dos servidores públicos, além de outros estabelecidos em lei:
III - garantia de vencimento nunca inferior ao piso do Estado, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - percepção dos vencimentos e proventos até o último dia útil do mês a que
correspondem;
IX - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, nos termos da lei;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos um terço a mais do que a
remuneração normal;
XVI - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXII - participação nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de decisão e deliberação.
O art. 27 da Constituição de Santa Catarina relaciona os direitos dos servidores públicos estaduais. Não há
nada de muito diferente do que prevê a CF/88.
III – cômputo, para todos os efeitos legais, incluída a concessão de adicional e licença-
prêmio, do tempo de serviço prestado a instituição educacional privada incorporada pelo
Poder Público.
O art. 28, CE/SC, trata de direitos específicos dos membros do magistério público (professores da rede
pública). Aqui, temos uma novidade importante do estado de Santa Catarina.
Art. 29. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo, ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
A estabilidade prevista no art. 41 da Carta Magna e no art. 29 da CE/SC se aplica aos servidores públicos
estatutários ocupantes de cargos efetivos. Para sua aquisição, são necessários quatro requisitos:
Concurso Público
Estabilidade
a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em julgada
condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a perda do cargo
público.
b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo administrativo
regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser demitido, perdendo o cargo
público.
c) Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa. O servidor também poderá perder o cargo por insuficiência de desempenho.
d) E uma outra hipótese que, apesar de não ter sido prevista na CE/SC se aplica ao Estado por ter sido
disposta na CF/88 é o excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3º da CF/88). As despesas com
pessoal estão limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000). Caso esses limites sejam
descumpridos, o Poder Executivo deverá adotar certas medidas: i) redução em pelo menos 20% das
despesas com cargos em comissão e funções de confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis.
Se essas medidas não forem suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.
O §2° cuida da reintegração, forma de provimento que se aplica quando um servidor estável é demitido e,
depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão invalidada por sentença judicial. Tem-
se, também, a recondução que se caracteriza pelo retorno de servidor estável ao seu cargo de origem em
razão de reintegração de servidor que anteriormente ocupava o cargo. Neste caso, não haverá qualquer
indenização ao servidor que reconduzido e este poderá ser aproveitado em outro cargo ou colocado em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
O §3° dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo quando o seu for extinto ou ser
declarado desnecessário.
E o §4° reforça que a avaliação especial de desempenho por comissão instituída com essa finalidade é
condição para aquisição de estabilidade por servidor público.
Art. 30. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do Estado, de servidores ativos,
de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial.
III – voluntariamente, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta
e cinco) anos de idade, se homem, observados o tempo de contribuição e os demais
requisitos estabelecidos em lei complementar.
O art. 30, CE/SC, versa sobre o regime previdenciário dos servidores públicos estaduais.
De início, vale destacar o seguinte: o art. 40, da Constituição Federal de 1988, traça regras gerais sobre
regime previdenciário dos servidores públicos em geral, de todas as esferas federativas (nível federal,
estadual e municipal).
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo,
de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.
No passado, se falava em “aposentadoria por invalidez”. Agora, o termo correto é “aposentadoria por
incapacidade permanente para o trabalho”.
Nessa hipótese, o servidor será aposentado quando forem preenchidas 2 (duas) condições:
a) O servidor estiver permanentemente incapacitado para o trabalho e;
b) Não for possível a readaptação do servidor para o exercício de outro cargo.
Vale destacar que a readaptação é uma forma de provimento de cargos públicos que consiste na investidura
do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação sofrida em sua
capacidade física ou mental.
Dessa forma, caso o servidor público tenha limitações físicas ou mentais que o incapacitem para o trabalho,
deve-se buscar, em primeiro lugar, a sua readaptação para outro cargo. Não sendo possível, aí sim é que
caberá a concessão de “aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho”.
Quando for concedida a aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho, será obrigatória a
realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo.
b) Aposentadoria compulsória:
Até a edição da EC nº 88/2015 (conhecida como “PEC da Bengala”), os servidores públicos federais, estaduais
e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra
alternativa senão a aposentadoria compulsória.
Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada e passou a prever que os servidores
públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar.
Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para produzir todos os
seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos continuariam se
aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.
Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos servidores
públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a aposentadoria compulsória de servidores públicos
já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos.
c) Aposentadoria voluntária:
A primeira grande mudança diz respeito à abrangência das regras de aposentadoria dos servidores públicos.
Antes, as regras gerais sobre aposentadoria voluntária definidas pela Constituição Federal de 1988 se
aplicavam a todos os entes federativos.
Agora, com a EC nº 103/2019, a idade mínima prevista na CF/88 se aplica apenas no âmbito da União. Assim,
no âmbito da União, a idade mínima para a aposentadoria voluntária passou a ser de 62 (sessenta e dois)
anos para a mulher e de 65 (sessenta e cinco) anos para o homem.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios passaram a ter autonomia para, mediante emendas às
Constituições Estaduais e emendas às Leis Orgânicas, definir os seus próprios requisitos de idade mínima
para aposentadoria ao amparo do RPPS. Santa Catarina, por meio da Emenda Constitucional nº 82, de 9 de
agosto de 2021, incorporou as idades mínimas mencionadas na CF/88 à Constituição Estadual.
Cabe destacar que a CF/88 prevê que lei complementar de cada ente federativo poderá estabelecer outros
requisitos para a aposentadoria voluntária, dentre os quais exigência de tempo mínimo de contribuição.
Vale destacar que, os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 5 (cinco) anos para
o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio. (art. 60, § 5º).
Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos professores ainda que esses não
desenvolvam a atividade de magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de atividade como
diretor ou coordenador pedagógico também é computado para fins de aposentadoria especial do professor.
Comentários:
Apesar de a eficiência não ter sido expressamente prevista no art. 16 da CE/SC, o Estado
vincula-se a ele por este princípio ter sido expresso na CF/88.
Gabarito: correta.
2. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de
autarquia e fundação pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Nessa situação, não será feito plebiscito, mas sim referendo. A consulta popular é posterior
à autorização legislativa.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Houve uma inversão das penas. Há a suspensão dos direitos políticos e perda da função
pública. As demais estão corretas.
Gabarito: errada.
7. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros
em casos de evidente culpa ou dolo.
Comentários:
Gabarito: errada.
8. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o
cargo.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
11; (TRT 2ª região/2015) Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, além de ser devida indenização equivalente pelo
exercício do cargo do servidor reintegrado.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Não se deve estudar a aposentadoria compulsória dos servidores públicos à luz da CE/SC,
mas sim sob a ótica da Constituição Federal. Nesse sentido, a aposentadoria compulsória
dos servidores públicos será aos 75 anos, qualquer que seja a esfera federativa.
Gabarito: errada.
13. (Questão Inédita) No Estado de Santa Catarina, os membros do magistério público têm
direito à reciclagem e atualização permanentes com afastamento das atividades sem perda
de remuneração, nos termos da lei.
Comentários:
Gabarito: correta.
O art. 32 da Constituição de Santa Catarina trata da separação de poderes, que é um princípio fundamental
da República Federativa do Brasil.
Sobre o tema, destacamos que o poder político é uno, indivisível. O que existe, na verdade, são funções
distintas de um mesmo poder. Nesse sentido, temos a função administrativa, a função legislativa e a função
jurisdicional.
Cada um dos poderes tem funções típicas e funções atípicas. Por exemplo, a função típica do Poder Executivo
é a função administrativa. No entanto, o Poder Executivo também exerce a função atípica de legislar, quando
o Governador edita medidas provisórias.
O parágrafo único prevê a indelegabilidade de atribuições entre os diferentes Poderes, o que vem
acompanhado da impossibilidade de investidura em funções de Poderes distintos. Em outras palavras, os
membros de um Poder não podem exercer, concomitantemente, as funções típicas de um Poder diferente,
ou, ainda, deixar de exercer as funções a eles atribuídas para exercerem as de outro órgão. Somente nos
casos autorizados pela Constituição (como é o caso do art. 56 da CF/88), poderá haver abdicação de uma das
funções para exercício de outra.
Art. 34 — A eleição para Deputado se fará simultaneamente com as eleições gerais para
Governador, Vice-Governador, Senador e Deputado Federal.
Na União, o Poder Legislativo é bicameral, com a existência de duas casas legislativas: a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal. Nos Estados e nos Municípios, por sua vez, o Poder Legislativo é unicameral.
Nos Estados, o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa; nos Municípios, pela Câmara de
Vereadores.
A Assembleia Legislativa é constituída de Deputados, eleitos, pelo voto direto e secreto, para uma legislatura
de 4 (quatro) anos. O caput do art. 27 da CF/88, que foi reproduzido no art. 35 da CE/SC, dispõe sobre o
número de deputados que compõem a Assembleia Legislativa:
Vale destacar que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de 8 (oito) ou mais de 70 (setenta) Deputados.
Como regra geral, as deliberações da Assembleia Legislativa dependem, para sua aprovação, do voto da
maioria simples (maioria dos presentes). Esse é o quórum de aprovação. Exige-se também um quórum de
presença, que é de maioria absoluta (maioria dos membros da Casa Legislativa).
Dizemos que essa é a regra geral porque a Constituição Estadual prevê alguns quóruns qualificados. Por
exemplo, a aprovação de leis complementares depende do voto da maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa.
Parágrafo único. A Assembleia Legislativa elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
limites fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 39 — Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador, dispor sobre todas
as matérias de competência do Estado, especialmente sobre:
XIV - fixar, por lei, o subsídio do Deputado em cada Legislatura, para a subsequente, na
razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para o
Deputado Federal; e
As matérias elencadas no art. 39, da Constituição Estadual, são da competência da Assembleia Legislativa,
que sobre elas disporá mediante lei (ordinária ou complementar). Para isso, é necessária a sanção do
Governador do Estado. Desse modo, somente por lei formal a Assembleia Legislativa pode dispor sobre
determinados assuntos, dentre eles se destacam:
I - emendar a Constituição;
X - (Revogado – EC 38)
XII - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa
dos outros Poderes;
XVI - INCONSTITUCIONAL
XXV - aprovar, previamente, por maioria absoluta dos Deputados, proposta de empréstimo
externo.
§ 1º — Nos casos previstos nos incisos XX e XXI, funcionará como presidente o do Tribunal
de Justiça, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos
votos de seus membros, à perda do cargo, com inabilitação por oito anos para o exercício
de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. (expressão tachada
julgada inconstitucional)
§ 2º- O voto dos representantes do Estado nos conselhos administrativos das Sociedades
de Economia Mista, exceto da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento S.A. –
Casan, que implique em alteração do estatuto social, será precedido de autorização do
Poder Legislativo, pela maioria absoluta dos seus membros.
As matérias relacionadas neste art. 40 da Constituição Estadual são de competência privativa da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina e independem de sanção do Governador do Estado.
O art. 41, caput, CE/SC, é parcialmente inconstitucional. Na ADI nº 3279, o STF deixou consignado que os
titulares de entidades da Administração indireta (fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades
de economia mista) não são agentes políticos e, portanto, não são sujeitos ativos de crime de
responsabilidade.
Quanto aos Secretários de Estado, estes podem ser convocados pela Assembleia Legislativa para prestarem
informações, sendo a ausência injustificada considerada crime de responsabilidade. Isto porque a regra tem
simetria com a CF/88, que estabelece a possibilidade de convocação dos Ministros de Estado pela Câmara
dos Deputados e Senado Federal.
O art. 41, § 2º, CE/SC também é parcialmente inconstitucional. Na ADI nº 3279, o STF considerou que não
pode a Constituição Estadual obrigar o Governador a prestar informações à Mesa da Assembleia
Legislativa, uma vez que não existe regra equivalente na Constituição Federal. Da mesma forma, não poderia
a Constituição Estadual tipificar como crime de responsabilidade a negativa de informações pelo
Governador, uma vez que a definição de crimes de responsabilidade é da União, que tem competência
privativa para legislar sobre direito penal.
Art. 42— Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
A Constituição Estadual (art. 42) dispõe que os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos. Trata-se da chamada “imunidade material”, que permite que o
congressista possa exercer suas atribuições com a mais ampla liberdade de expressão.
Destaque-se que a imunidade material somente abrange os atos emanados do parlamentar em decorrência
do exercício de seu mandato. Caso a manifestação do parlamentar não tenha qualquer conexão com o
exercício de suas atribuições, ele estará sujeito às normas de direito, assim como qualquer cidadão comum.
Os Deputados Estaduais também fazem jus à imunidade formal. Nos termos do art. 42, § 2º, CE/SC, desde a
expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante
de crime inafiançável.
Ressalte-se que a diplomação antecede a posse no cargo. Ela consiste no ato de expedição de diploma pela
Justiça Eleitoral, atestando que o candidato foi regularmente eleito. Assim, antes mesmo de serem
nomeados, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, a não ser em flagrante de crime
inafiançável. A diplomação já é suficiente para que o Deputado Estadual esteja protegido pela imunidade
formal. Cabe destacar que a impossibilidade de prisão de Deputado Estadual também alcança os crimes
praticados antes da diplomação.
Na hipótese de flagrante de crime inafiançável praticado por Deputado Estadual, este poderá ser preso.
Nessa situação, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Assembleia Legislativa para que, pelo voto
de maioria dos membros, decida pela manutenção da prisão ou pela liberdade do Deputado.
Os Deputados Estaduais, desde a diplomação, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça.
No caso de crime praticado por Deputado após a diplomação, será possível a sustação do andamento da
ação. Para isto, uma vez recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria dos membros poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar
o mandato.
Outra prerrogativa dos Deputados Estaduais diz respeito ao fato de que estes não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Para que os Deputados sejam incorporados às Forças Armadas, é preciso prévia licença da Assembleia,
mesmo que sejam militares e esteja em tempo de guerra.
As imunidades dos Deputados Estaduais subsistem até mesmo durante o estado de sítio. Apenas no caso de
atos praticados fora da Assembleia Legislativa e que sejam incompatíveis com o estado de sítio é que
poderá haver suspensão das imunidades parlamentares. Para isso, será necessário o voto de 2/3 dos
membros da Assembleia Legislativa.
- Após a diplomação, o Deputado não poderá ser preso (salvo no caso de flagrante de crime
inafiançável), mesmo em virtude de crime praticado antes da diplomação.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
II - desde a posse:
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades referidas no
inciso I, alínea "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso
I, alínea "a";
O art. 43, CE/SC, relaciona as condutas vedadas aos Deputados Estaduais. No inciso I, estão previstas
condutas que não podem ser adotadas desde o momento em que ocorre a diplomação. Já no inciso II, temos
condutas proibidas a partir da posse.
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Assembleia, salvo licença ou missão por esta autorizada;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal e nesta
Constituição;
§ 2º — Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Assembleia
Legislativa, por maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.
§ 3º — Nos casos previstos nos incisos III a V a perda será declarada pela Mesa da
Assembleia, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de
partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.
As situações de perda de mandato do Deputado Estadual previstas na Constituição de Santa Catarina (art.
44, CE/SC) são idênticas às previstas na CF/88 para os Deputados Federais e Senadores. Como é possível
verificar, há situações em que a perda do mandato é decidida pela Assembleia Legislativa. Em outras
situações, é a Mesa quem declara a perda do mandato.
II - licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença, ou para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse
a cento e vinte dias por sessão legislativa.
§ 1º— O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura nas funções previstas
no inciso I, ou de licença igual ou superior a sessenta dias.
O Deputado Estadual que for investido na função de Ministro, Governador de Território, Secretário de
Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária
não perderá o mandato. Hipóteses em que poderá optar pela remuneração do mandato.
Da mesma forma, não perderá o mandato o Deputado Estadual licenciado pela Assembleia Legislativa por
motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa.
Nestes casos de afastamento ou licença superior a 120 dias, o suplente será convocado para a vaga e, se não
existir, far-se-á nova eleição para preenchê-la se ainda faltarem mais de 15 meses para o término do
mandato.
§ 1º — As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados.
De início, é importante ressaltar, para que não se confunda, a diferença entre legislatura e sessão legislativa.
Legislatura é o período de 4 (quatro) anos dentro do qual os Deputados exercem seus mandatos; sessão
legislativa é o período anual de trabalho do Poder Legislativo. Considerando-se que a legislatura tem a
duração de 4 (quatro) anos, podemos afirmar que ela é composta de 4 (quatro) sessões legislativas
ordinárias. Diz-se que a sessão legislativa é ordinária porque ela independe de convocação.
No primeiro ano da legislatura, é necessário que os novos Deputados tomem posse e, ainda, que seja eleita
a Mesa (órgão administrativo de direção da Assembleia Legislativa). Com esse objetivo é que, no primeiro
A sessão legislativa poderá ser ordinária (de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro)
ou extraordinária. A sessão legislativa extraordinária é aquela que é instaurada para apreciar certas questões
de natureza especial. Destaque-se que, na sessão legislativa extraordinária, os Deputados não irão deliberar
sobre questões estranhas ao motivo pelo qual foram convocados. Ademais, a convocação não poderá dar
ensejo a pagamento de parcela indenizatória de valor superior ao subsídio mensal.
O Presidente da Assembleia Legislativa poderá fazer a convocação extraordinária nas seguintes hipóteses:
i) posse e compromisso do Governador e Vice-Governador; ii) decretação de intervenção estadual em algum
Município; e iii) edição de medida provisória.
A convocação extraordinária também poderá ocorrer em caso de urgência ou interesse público relevante,
sendo feita, nesses casos, pelo Governador, Presidente da Assembleia Legislativa ou a requerimento da
maioria dos membros dessa Casa Legislativa.
III - realizar audiência pública em regiões do Estado para subsidiar o processo legislativo,
observada a disponibilidade orçamentária;
As Comissões Parlamentares são órgãos criados pela Assembleia Legislativa para facilitar-lhe os trabalhos,
sendo dotadas de natureza técnica. Podem ser criadas, por exemplo, uma Comissão de Direitos Humanos e
uma Comissão de Meio Ambiente.
Na constituição de cada Comissão assim como na composição da Mesa (órgão administrativo da Assembleia
Legislativa), deverá, sempre que possível, ser observada a representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares, ou seja, a bancada ou o bloco com maior número de deputados possui mais vagas.
O §2° do art. 47 versa sobre as competências das Comissões permanentes e temporárias da Assembleia
Legislativa. É claro, cada uma das comissões da Assembleia Legislativa possui competências específicas
definidas no Regimento Interno. As competências acima relacionadas são genéricas.
Além disso, estão entre as competências das comissões permanentes: realizar audiências públicas; receber
petições, reclamações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões de autoridades ou entidades
públicas; solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; apreciar programas de obras e planos
estaduais, regionais e setoriais.
As comissões mais cobradas em prova são as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). O trabalho das
CPI’s é uma das formas pelas quais o Poder Legislativo exerce sua função típica de fiscalização. Trata-se de
controle político-administrativo exercido pelo Poder Legislativo com a finalidade de, em busca da verdade,
apurar acontecimentos e desvendar situações de interesse público. É mecanismo típico do sistema de freios
e contrapesos, de controle do Poder Legislativo sobre os demais Poderes.
As CPI’s têm como atribuição realizar a investigação parlamentar, produzindo o inquérito legislativo. Nesse
sentido, CPI não julga, não acusa e não promove responsabilidade de ninguém. Sua função é meramente
investigatória; todavia, suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público para
que, esse sim, promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
- As CPI’s podem determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. Cabe
destacar que as CPI’s não podem autorizar as escutas telefônicas (interceptação telefônica). Tal
medida apenas pode ser implementada mediante ordem judicial.
- As CPI’s podem determinar a prisão em flagrante, mas não têm competência para decretar outras
espécies de prisão (prisões temporárias, preventivas e outras).
- As CPI’s não têm competência para determinar a busca e apreensão domiciliar e de documentos.
IV - leis ordinárias;
V - leis delegadas;
VI - medidas provisórias;
VIII - resoluções.
As emendas à Constituição são as alterações na Constituição Estadual, que demandam rito especial que será
detalhado mais à frente.
Quanto às leis, há duas espécies diferentes: leis ordinárias e leis complementares, e a diferença entre elas
está no quórum de aprovação. A primeira é aprovada por maioria simples dos votos, ou seja, maioria dos
votos dos presentes. Já a lei complementar depende de aprovação da maioria absoluta, que representa mais
da metade da totalidade dos membros.
As leis delegadas são prerrogativas legislativas que são atribuídas, pela Assembleia Legislativa, ao
Governador, respeitados certos limites. As medidas provisórias, que possuem força de lei, são editadas pelo
Governador em casos de relevância e urgência.
Os decretos legislativos e as resoluções são atos privativos da Assembleia Legislativa, que não dependem da
sanção do Governador. O decreto legislativo se refere a questões externas, enquanto as resoluções tratam
de aspectos internos da Assembleia.
Observe que, no Estado de Santa Catarina, há previsão para edição de medidas provisórias pelo
Governador.
II - do Governador do Estado;
III - de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros;
IV - de pelo menos dois e meio por cento do eleitorado estadual, distribuído por no mínimo
quarenta Municípios, com não menos de um por cento dos eleitores de cada um deles.
A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante proposta: i) de, um terço, no mínimo, dos membros
da Assembleia Legislativa; ii) do Governador do Estado; iii) de mais da metade das Câmaras Municipais,
manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros e; iv) de pelo menos 2,5% do
eleitorado estadual, distribuído por no mínimo 40 Municípios, com não menos de 1% dos eleitores de cada
um deles. Há, portanto, possibilidade de iniciativa popular para emendar a Constituição Catarinense.
b) Limitações materiais: Não será objeto de deliberação proposta de emenda constitucional que ferir
princípio federativo ou que atentar contra a separação de poderes.
c) Limitações formais: a proposta de emenda é restrita a poucos legitimados. Além disso, deve obter
aprovação, em dois turnos, de 3/5 (três quintos) dos Deputados.
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa. Neste caso, a irrepetibilidade é absoluta.
É importante observar que não há, em relação às emendas, as regras de iniciativa privativa que existem para
a legislação infraconstitucional. Além disso, outra diferença é que as emendas à Constituição são
promulgadas pela Mesa da Assembleia Legislativa. Ou seja, não há sanção nem veto do Governador.
O art. 50, caput, da CE/SC arrola os legitimados a propor projeto de lei: qualquer membro ou comissão da
Assembleia Legislativa, Governador do Estado, Tribunal de Justiça, Procurador-Geral de Justiça e cidadãos,
na forma e nos casos definidos na Constituição.
No Estado de Santa Catarina, a iniciativa popular de leis se dará pela apresentação de projeto de lei subscrito
por no mínimo 1% dos eleitores do Estado, distribuídos por pelo menos 20 Municípios, com não menos de
1% dos eleitores de cada um deles.
O art. 50, § 2º, CE/SC, relaciona as matérias que são da iniciativa privativa do Governador. Apenas como
exemplo, é iniciativa privativa do Governador projeto de lei que versa sobre o regime jurídico dos servidores
públicos estaduais.
§ 2º — É vedada a edição de medida provisória sobre matéria que não possa ser objeto de
lei delegada.
§ 5º — Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias, contados de
sua publicação, entrará em regime de urgência, ficando sobrestadas, até que se ultime a
votação, todas as demais deliberações legislativas da Assembleia Legislativa.
§ 6º — Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que,
no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada
na Assembleia Legislativa.
§ 7º — Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 1º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante a sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
O art. 51, CE/SC, trata do regime jurídico das medidas provisórias, atos normativos editados pelo
Governador, em caso de relevância e urgência. Elas terão eficácia por 60 (sessenta) dias, prorrogável uma
vez por igual período. Se não convertidas em lei dentro deste prazo, perderão sua eficácia e um decreto
legislativo da Assembleia deve disciplinar sobre as relações jurídicas dela decorrentes.
As medidas provisórias não poderão versar sobre matérias também restritas às leis delegadas. É vedada a
reedição, na mesma Sessão Legislativa, de medida provisória não deliberada ou rejeitada pela Assembleia
Legislativa.
O art. 40 da Constituição de Santa Catarina trata de situações em que o poder de emenda é restringido. Aos
projetos de iniciativa exclusiva do Governador e aos projetos de organização dos serviços administrativos
da Assembleia Legislativa, do Poder Judiciário e do Ministério Público podem ser apresentadas emendas
parlamentares, mas estas não poderão implicar em aumento de despesa.
A Constituição Estadual trata do processo legislativo sumário nesse dispositivo, no qual estabelece que o
Governador poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa. Ressalte-se,
entretanto, que não é necessário que a matéria seja da iniciativa privativa do Chefe do Executivo. O regime
de urgência poderá ser solicitado pelo Governador em relação a quaisquer projetos de lei que ele tiver
apresentado à Assembleia Legislativa, em qualquer fase de sua tramitação.
§ 4º — O veto será apreciado pela Assembleia Legislativa dentro de trinta dias a contar do
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados.
§ 5º — Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao Governador do Estado para
promulgação.
§ 7º — Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Governador do
Estado, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Assembleia a promulgará, e, se este não
o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.
No processo legislativo estadual, existe apenas uma Casa Legislativa: a Assembleia Legislativa. Portanto, há
maior simplicidade na tramitação do que no processo legislativo federal, que tem as figuras da Casa
Iniciadora e Casa Revisora.
Após aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto de lei será enviado ao Governador, para sanção ou
veto.
A sanção pode ser expressa ou tácita. Haverá sanção tácita quando o Governador não se manifestar
(permanecer em silêncio) pelo prazo de 15 dias úteis após recebido o projeto de lei. Sancionado o projeto
de lei, ele se transforma em lei, que deverá ser promulgada e publicada.
O veto pode ser político (quando o Governador julgar que o projeto de lei contraria o interesse público) ou
jurídico (quando o Governador entender que o projeto é inconstitucional).
O veto será sempre expresso. Se o Governador considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional,
ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
comunicando ao Presidente da Assembleia Legislativa, dentro de 48 horas, os motivos do veto.
O veto pode ser total ou parcial. Caso se trate de veto parcial, este deverá abranger o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
O veto poderá ser rejeitado pela Assembleia Legislativa. Segundo a Constituição Estadual, o veto será
apreciado pela Assembleia Legislativa dentro de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento, só podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Estaduais.
Se o veto for derrubado, o projeto deve ser promulgado pelo Governador em 48 horas. Se este não o fizer,
o Presidente da Assembleia o fará e, passado 48 horas sem promulgação, esta caberá ao Vice-Presidente da
Assembleia.
Art. 55 — A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
Deputados.
O art. 55, CE/SC, nos apresenta o princípio da irrepetibilidade. Como regra geral, a matéria constante de
projeto de lei rejeitado não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa. Todavia, essa
vedação não é absoluta. É possível que seja flexibilizada mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Assembleia.
Art. 56 — As leis delegadas serão elaboradas pelo Governador do Estado, que deverá
solicitar a delegação à Assembleia Legislativa.
Em seguida, a Assembleia Legislativa irá, mediante resolução, delegar a competência ao Governador, por
meio de resolução, para editar lei delegada, especificando seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Legislativo antes da conversão em lei. Neste caso, a Assembleia apreciará o projeto em votação única,
vedada qualquer emenda.
Art. 57 — As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos votos dos
Deputados.
IV - regime jurídico único dos servidores estaduais e diretrizes para a elaboração de planos
de carreira;
O art. 57, CE/SC, relaciona as matérias sujeitas a lei complementar. Alguns dos seus dispositivos foram
declarados inconstitucionais pelo STF (ADI 5.003).
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.
O art. 58 da CE/SC determina que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Estado e das entidades da administração direta e indireta, no que se refere à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa
mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Vale dizer, que os controles externo e interno são realizados de forma complementar, um não se subordina
ao outro.
O art. 58 é baseado no art. 70 da CF/88, que determina que a fiscalização realizada pelo Legislativo
(Assembleia Legislativa) tem como objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação das
subvenções e a renúncia de receitas. A fiscalização possui, como algumas de suas facetas:
Por sua vez, o parágrafo único dispõe que prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito
público ou de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.
Art. 59. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
V - fiscalizar as contas de empresas de cujo capital social o Estado participe, de forma direta
ou indireta, nos termos do documento constitutivo;
VII - prestar, dentro de trinta dias, sob pena de responsabilidade, as informações solicitadas
pela Assembleia Legislativa, ou por qualquer de suas comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;
Os Tribunais de Contas são órgãos independentes e autônomos, sem subordinação hierárquica a qualquer
dos Poderes da República. Sua autonomia é garantida constitucionalmente. Embora estejam de certo modo
vinculados ao Poder Legislativo, não exercem função legislativa, mas de fiscalização e controle, de natureza
administrativa.
O art. 59 da Constituição de Santa Catarina trata do papel do Tribunal de Contas. Como você sabe, o controle
externo é realizado pela Assembleia Legislativa com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC).
a) O Tribunal de Contas do Estado aprecia as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado
e sobre elas emite parecer prévio, em sessenta dias, contados de seu recebimento. Todavia, o TCE/SC
não julga as contas do Governador, cabe à Assembleia Legislativa fazê-lo.
b) O TCE/SC tem competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiro, bem ou valor públicos da Administração Direta e Indireta, do Ministério Público, inclusive
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estado, e contas daqueles que
causarem perda, extravio ou outra irregularidade da qual resulte prejuízo ao erário.
c) É também competência do Tribunal de Contas do Estado apreciar, para fins de registro, a legalidade
dos atos de admissão de pessoal pelas administrações direta e indireta, exceto nomeação para cargo
em comissão, bem como apreciar a legalidade dos atos de concessão de aposentadoria, reformas e
pensões.
d) É sua competência fiscalizar a aplicação de todos os recursos repassados pelo Estado por força de
convênio, acordo, ajuste ou instrumento do tipo.
e) O TCE deve aplicar aos responsáveis, no caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, como multa proporcional ao dano causado ao erário.
f) Tem competência, também, para sustar atos administrativos. Já no que se refere aos contratos
administrativos, a sustação caberá à Assembleia Legislativa, que solicitará ao Executivo a anulação
desses atos. Caso essas medidas não sejam adotadas no prazo de 90 (noventa) dias, o Tribunal de
Contas adquirirá competência para decidir a respeito, podendo determinar a sustação do contrato.
Art. 60. A comissão permanente a que se refere o art. 122, § 1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou
de subsídios não aprovados, poderá solicitar a autoridade governamental responsável que,
no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
1
ADI 687, DJ 10.02.2006
Uma Comissão Permanente da Assembleia Legislativa será responsável por examinar e emitir parecer sobre
os projetos de leis orçamentárias e, diante de despesas não autorizadas, poderá solicitar à autoridade
responsável que preste os esclarecimentos no prazo de 5 dias.
Caso esses esclarecimentos não sejam prestados ou, ainda, prestados de maneira insuficiente, a Comissão
Permanente solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, dentro de 30 dias.
Se o TCE/SC entender que a despesa é irregular ou se a Comissão julgar que o gasto pode causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, a Comissão proporá à Assembleia Legislativa sua sustação.
Art. 61. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na
cidade de Florianópolis, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território
estadual, exercendo, no que couber, a competência prevista no art. 83.
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em listra tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;
III - a partir da oitava vaga reinicia-se o processo previsto nos incisos anteriores.
O TCE/SC é integrado por 7 (sete) Conselheiros e tem jurisdição em todo o Estado de Santa Catarina. Os
Conselheiros do TCE/SC serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
Dos 07 Conselheiros que compõem o TCE/SC, 04 devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e 03 pelo
Governador, cabendo a este indicar, dentre esses 03:
- 01 Auditor de carreira;
- 01 membro do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas e;
- 01 à sua livre escolha.
Destaque-se que os Auditores e os Membros do Ministério Público de Contas, serão indicados em lista tríplice
organizada pelo próprio Tribunal de Contas, alternadamente, segundo critérios de antiguidade e
merecimento.
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e outras garantias, bem como dos
direitos e haveres do Estado;
O art. 62 da CE/SC traz as finalidades do controle interno, que é realizado dentro de cada Poder, quais sejam:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Estado;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Estado;
d) apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.
O §1º do art. 62 prevê que os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade, ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidade solidária.
Por sua vez, o §2º prevê a participação popular no controle externo. Segundo o mencionado dispositivo,
qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades ao Tribunal de Contas do Estado.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Tal competência foi prevista no inciso VII do art. 40, mas independe de sanção do
Governador.
Gabarito: errada.
Comentários:
As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) são uma das formas de o Poder Legislativo
exercer sua função fiscalizadora e, para isso, independe de sanção do Governador.
Gabarito: correta.
Comentários:
Questão correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
(Questão inédita) O Deputado que perder seus direitos políticos ou os tiver suspensos
perderá o mandato.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Em virtude da aplicação do princípio da simetria, não há que se falar em licença prévia para
que Deputado Estadual seja processado e julgado.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Questão correta.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
A Assembleia Legislativa irá instituir CPI estadual, mediante requerimento de 1/3 dos seus
membros.
Gabarito: correta.
Comentários:
O STF já decidiu que as CPI’s não têm poderes para determinar busca e apreensão de
documentos e bens.
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Em Santa Catarina, os cidadãos podem propor emenda à Constituição do Estado. Basta que
a proposta seja interposta por, no mínimo, 2,5%do eleitorado do Estado, em, pelo menos,
40 Municípios e com não menos de 1% dos eleitores de cada um deles.
Gabarito: errada.
(Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.
Comentários:
A irrepetibilidade não é absoluta. Poderá haver novo projeto com a mesma matéria caso
este seja proposto por maioria absoluta dos Deputados.
Gabarito: errada.
(Questão Inédita) O Governador, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para
apreciação de projetos de iniciativa da Assembleia.
Comentários:
De acordo com o artigo 53 da Constituição de Santa Catarina, o Governador poderá solicitar
urgência apenas para a apreciação de projetos de sua iniciativa.
Gabarito: errada.
(Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto
poderá ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.
Comentários:
Gabarito: correta.
(Questão inédita) O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com
auxílio do Tribunal de Contas do Estado.
Comentários:
O controle externo compete à Assembleia Legislativa, que, nessa tarefa, recebe o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado.
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual é uma das atribuições do
controle interno.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Em Santa Catarina, assim como nos demais estados da federação, o Poder Executivo é exercido pelo
Governador, que é auxiliado nessa tarefa pelos Secretários de Estado. Os Secretários de Estado, na órbita
estadual, são equivalentes aos Ministros de Estado, na órbita federal. Assim como existe o Ministro da
Fazenda e o Ministro do Planejamento, nos Estados existe o Secretário da Fazenda e o Secretário de
Planejamento, por exemplo.
Tanto o Governador quanto o Vice-Governador são eleitos, simultaneamente, pelo sistema majoritário, no
qual é eleito o candidato com maior número de votos. Quando o Governador é eleito, isso implica a eleição
do Vice-Governador com ele registrado. Repete-se, aqui, o modelo federal, em que as candidaturas do Chefe
do Executivo e de seu Vice são feitas em conjunto. Caso não seja atingida a maioria dos votos válidos (não
computados os brancos e nulos), será realizando um novo segundo turno de votações.
Suponha que, no primeiro turno, nenhum dos candidatos tenha obtido maioria absoluta (não computados
os votos em branco e os nulos). Teremos, nesse caso, segundo turno, com a participação dos dois candidatos
mais votados.
Se antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte, desistência ou impedimento legal de um desses
candidatos, o 2º turno ainda vai acontecer, mas não é o Vice que participa. Será convocado, dentre os
candidatos remanescentes, aquele que tenha maior votação. E, sempre que houver empate entre dois
candidatos, prevalecerá o candidato mais idoso.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o
Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago pela Assembleia Legislativa.
De acordo com o parágrafo único do art. 65 da CE/SC, caso o Governador ou Vice-Governador não assumam
o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o cargo será declarado vago, salvo motivo de força
maior. Assim, podem ocorrer distintas situações:
a) Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, sem motivo de
força maior: o Vice assume o cargo de Governador e governa até o final do mandato.
b) Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, por motivo de
força maior: o Vice assume o cargo e governa até que o Governador tome posse.
c) Vice-Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, sem motivo
de força maior: o cargo de Vice é declarado vago e o Governador assume, governando sem Vice até o
final do mandato.
d) Vice-Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, por motivo
de força maior: o Governador assume e governa sem vice até que este assuma o cargo.
e) Governador e Vice-Governador não assumem o cargo dentro de 10 dias, sem motivo de força
maior: os dois cargos são declarados vagos. Assume o Presidente da Assembleia Legislativa.
Parágrafo único. O Vice-Governador, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
por lei complementar, auxiliará o Governador sempre que por este convocado para
missões especiais.
§ 2º — Se, no primeiro escrutínio, nenhum candidato obtiver essa maioria, a eleição se fará
em segundo escrutínio por maioria relativa, considerando-se eleito o mais idoso, no caso
de empate.
A Constituição Estadual de Santa Catarina prevê soluções para os casos de impedimento do Governador e
do Vice-Governador e de vacância dos seus cargos. Os impedimentos são afastamentos temporários dessas
autoridades, ocorrendo, por exemplo, quando elas se ausentam do País. Já a vacância é o afastamento
definitivo do cargo, com consequente sucessão.
Do art. 66, CE/SC, extrai-se que o substituto natural do Governador é o Vice-Governador, seja nas hipóteses
de impedimento ou em caso de vacância do cargo.
O art. 67, CE/SC, por sua vez, apresenta a linha sucessória do Governador. Nos casos de impedimento ou
vacância do cargo de Governador, serão chamados ao exercício da Governança, na ordem: i) Vice-
Governador; ii) Presidente da Assembleia Legislativa e; iii) o Presidente do Tribunal de Justiça.
Dentre estes, o único que assume o cargo em definitivo é o Vice-Governador. Todos os outros assumem o
cargo apenas interinamente. Assim, havendo vacância simultânea dos cargos de Governador e Vice-
Governador (“dupla vacância”), serão convocadas novas eleições. Temos, então, o seguinte:
a) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer nos dois primeiros anos do
mandato, serão feitas eleições 90 (noventa) dias depois de aberta a última vaga. Trata-se, nesse
caso, de eleições diretas.
b) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer nos dois últimos anos do
mandato, a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias depois da última vaga, pela
Assembleia Legislativa. Serão feitas, portanto, eleições indiretas.
Aqueles que forem eleitos dessa maneira deverão apenas completar o mandato dos seus antecessores. É o
que se chama de “mandato-tampão”.
O mandato do Governador é de 4 (quatro) anos, sendo admitida a reeleição para um único período
subsequente.
O Governador não poderá: i) assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público e; ii) ausentar-se do território nacional ou estadual por
período superior a 15 dias sem a licença da Assembleia Legislativa.
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
XII - ministrar, por escrito, as informações e esclarecimentos que lhe forem solicitados pela
Assembleia Legislativa, no prazo máximo de trinta dias;
XIV - celebrar com a União, outros Estados, Distrito Federal e Municípios convenções e
ajustes;
As atribuições do Governador de Santa Catarina estão previstas no art. 71 da Constituição Estadual. Trata-se
de um rol exemplificativo, não excluindo outras atribuições previstas em outras partes do texto
constitucional.
a) Iniciar o processo legislativo: o Governador pode dar início ao processo legislativo, na Assembleia
Legislativa, seja apresentando projetos de sua iniciativa privativa, seja projetos de iniciativa geral.
b) Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a
sua fiel execução: ao expedir decretos, que são os decretos executivos (atos normativos
infralegais/secundários), o Governador está exercendo seu poder regulamentar. O decreto
executivo diferencia-se das leis porque não pode inovar o ordenamento jurídico, apenas facilita a
sua execução. E o “regulamento autorizado”, também ato secundário, complementa a lei,
conforme expressa determinação e contornos nela contida.
c) Nomear e exonerar Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado, o Procurador-Geral de
Justiça, o Comandante-Geral da Polícia Militar e o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros
Militar.
d) Cabe ao Governador indicar à Assembleia 3 dos 7 Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e
do Tribunal de Contas dos Municípios.
e) Enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as
propostas de orçamento: a iniciativa de leis orçamentárias é privativa do Governador.
f) Prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, em até 60 dias após o início da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior: este inciso refere-se à prestação de contas do Governador
do Estado. Tais contas são julgadas pela Assembleia Legislativa, após parecer prévio do TCE/SC.
g) Decretar, quando couber, a intervenção em Municípios.
VI - a lei orçamentária;
Parágrafo único. As normas de processo e julgamento desses crimes serão definidas em lei
especial.
O art. 72 da Constituição de Santa Catarina define, genericamente, uma lista de atos que, se praticados pelo
Governador, são considerados crimes de responsabilidade.
No entanto, a definição dos crimes de responsabilidade é competência da União, visto que, pelo art. 22, I
da CF/88, compete à União legislar sobre direito penal, incluindo-se aí os crimes de responsabilidade. Nesse
sentido, estabelece a Súmula Vinculante nº 46 que “a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa
da União”.
Atualmente, a lei federal que regulamenta os crimes de responsabilidade é a Lei Federal nº 1.079/50.
§ 2º — Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
Nos crimes comuns, o Governador será processado e julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos
crimes de responsabilidade, diferente do previsto no art. 73, o julgamento do Governador caberá a um
Tribunal Especial, composto de membros do Tribunal de Justiça do Estado e da Assembleia Legislativa.
Cabe destacar, ainda, que o recebimento da denúncia pelo STJ não implica em afastamento automático do
Governador. O afastamento até pode acontecer, mas caso assim entenda necessário o STJ, que tem
competência para decidir fundamentadamente quanto à aplicação de medidas cautelares.
Parágrafo único. São atribuições dos Secretários de Estado, além de outras estabelecidas
nesta Constituição e nas leis:
V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem outorgadas ou delegadas pelo
Governador do Estado;
Os Secretários de Estado são assessores diretos do Governador e são por ele livremente nomeáveis e
exoneráveis, sendo escolhidos dentre brasileiros, natos ou naturalizados, maiores de 21 (vinte e um) anos
e no exercício dos direitos políticos.
O parágrafo único do art. 74 prevê algumas atribuições dos Secretários de Estado, dentre as quais destacam-
se:
II - o Vice-Governador do Estado;
VI - o Procurador-Geral de Justiça;
VII - três cidadãos brasileiros maiores de trinta e cinco anos, nomeados pelo Governador
do Estado para mandato de dois anos, permitida a recondução
O Conselho de Governo é órgão superior de consulta do Poder Executivo. Cabe ao Conselho de Governo
pronunciar-se, quando convocado pelo Governador, sobre assuntos de relevante complexidade e
magnitude.
(Questão inédita) O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, com o auxílio
dos Secretários de Estado.
Comentários:
De fato, o Poder Executivo é exercido pelo Governador, com o auxílio dos Secretários de
Estado.
Gabarito: correta.
(Questão inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o
Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago pela Assembleia Legislativa.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Essa é uma das competências do Governador, prevista no art. 71, inciso XI, da CE/SC.
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Caso ocorra a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador nos dois primeiros
anos do período governamental, ocorrerão eleições diretas (e não eleições feitas pela
Assembleia Legislativa!).
Gabarito: errada.
Comentários:
Segundo o art. 74 da CE/SC, os Secretários de Estado são escolhidos entre brasileiros com
mais de 21 anos e no exercício dos direitos políticos.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
Gabarito: errada.
(Questão inédita) Nos crimes comuns, o Governador do Estado será julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça e, nos de responsabilidade, pela Assembleia Legislativa.
Comentários:
Realmente, nos crimes comuns o Governador é julgado pelo STJ. No entanto, no caso de
crime de responsabilidade, o Governador será julgado nos termos de lei federal, que
estabelece que o julgamento será feito por um Tribunal Especial (composto por 5 membros
do Poder Legislativo e 5 desembargadores, com a presidência do Presidente do Tribunal de
Justiça).
Gabarito: errada.
I - o Tribunal de Justiça;
II - os Tribunais do Júri;
IV - a Justiça Militar;
O art. 77, da CE/SC relaciona os órgãos do Poder Judiciário Estadual. Como particularidade, repare a
existência de uma Câmara Regional em Chapecó.
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso de
provas e títulos, com a participação da seccional catarinense da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;
d) na apuração por antiguidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o juiz mais
antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do
prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal de Justiça;
XII - no Tribunal de Justiça, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e
o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais da competência do Tribunal Pleno;
XIII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e
Tribunal de Justiça, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal,
juízes em plantão permanente;
O Poder Judiciário deve observar alguns princípios, enumerador no art. 78, que são aqueles estabelecidos
no texto da Constituição Federal. Dentre eles, destacam-se:
a) O cargo inicial no Poder Judiciário é o de juiz substituto, e o ingresso se dá por meio de concurso
público de provas e títulos, exigindo-se do bacharel em Direito, no mínimo, três anos de atividade
jurídica.
b) A promoção na carreira se dá de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e
merecimento.
c) Devem ser previstos cursos oficiais de prepação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento.
d) O juiz titular deve residir na comarca, salvo autorização do Tribunal de Justiça.
e) A remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, depende de voto
de maioria absoluta do Tribunal de Justiça, assegurada ampla defesa.
f) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo que as disciplinares dependem de
aprovação de maioria absoluta dos membros.
g) No Tribunal de Justiça de Santa Catarina poderá ser constituído um órgão especial, para exercício das
atribuições administrativas e jurisdicionais do Tribunal.
h) Visando a garantir a eficiência do Judiciário, o número de juízes na unidade jurisdicional deverá ser
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população.
Nos Tribunais de Justiça (TJ`s), uma parte das vagas será destinada a membros oriundos do Ministério
Público e da Advocacia.
O nome “quinto constitucional” deriva do cálculo matemático para se obter o número de vagas destinadas
a membros do Ministério Público e da Advocacia. Por exemplo, um Tribunal de Justiça com 30 membros
terá 6 membros (um quinto dos lugares) oriundos da advocacia e do Ministério Público (3 membros de cada
origem).
Os membros do Ministério Público deverão ter mais de 10 (dez) anos de carreira. Os advogados deverão ter
notório saber jurídico e reputação ilibada, além de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional.
Os órgãos de representação de classe (do Ministério Público e da Advocacia) farão a indicação de pessoas
que cumpram esses requisitos, mediante lista sêxtupla, a ser enviada ao Tribunal de Justiça. Recebidas as
indicações, o Tribunal de Justiça formará uma lista tríplice, que será enviada ao Poder Executivo, que, nos
20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para a nomeação.
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça, e, nos
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado, assegurado em qualquer
hipótese o direito à ampla defesa;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 78, inciso VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 23, incisos I a III, 23-A e 128,
inciso II, desta Constituição e art. 153, inciso III e § 2º, inciso I, da Constituição Federal.
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função remunerada, salvo uma
de magistério;
As garantias descritas no art. 80 da Constituição Estadual aplicam-se a todo e qualquer magistrado, e não
apenas àqueles do Tribunal de Justiça - SC. Como já estudamos detalhadamente sobre elas na aula de Poder
Judiciário, deixaremos apenas uma pequena explicação:
➢ Vitaliciedade – adquirida após dois anos de exercício para os magistrados de carreira (ingresso por
concurso público) e, dentro deste período, o juiz estará em estágio probatório, podendo perder o
cargo por deliberação do Tribunal ao qual esteja vinculado, após os 2 anos, só poderão perder o cargo
por sentença judicial transitada em julgado. Já os nomeados pelo quinto constitucional, são vitalícios
logo após a posse.
➢ Inamovibilidade - assegura ao juiz que não será removido sem o seu consentimento. Assegura,
também, que ele não será afastado da apreciação de um caso ou de um processo por mecanismos
institucionais. A remoção, em regra, só poderá se dar com a concordância do magistrado.
➢ Irredutibilidade dos subsídios – evita que o magistrado sofra pressões por meio da redução de seu
subsídio, garantindo-se, com isso, a independência necessária ao exercício jurisdicional.
Os Magistrados também estão sujeitos a algumas vedações, que foram listadas no parágrafo único do art.
80. Não poderão, por exemplo, dedicar-se à atividade político-partidária, receber custas ou participação em
processos ou exercer outro cargo ou função, exceto uma de magistério.
§ 8º— Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo
com os limites estipulados na forma do §1º, o Poder Executivo procederá ao ajuste
necessário para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
O Poder Judiciário possui autonomia organizacional, administrativa e financeira, as quais são garantias pela
Constituição Federal de 1988.
Uma manifestação da autonomia administrativa, por exemplo, é a competência para prover os cargos de
magistrados e os cargos necessários à administração da Justiça.
Possui, também, autonomia financeira, que consiste na atribuição de o Tribunal de Justiça elaborar sua
proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e as
enviar ao Poder Executivo. Caso não a envie dentro do prazo previsto na LDO, o Poder Executivo deverá
considerar, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LDO. Já se a proposta estiver em
desacordo com os limites, o Poder Executivo fará os ajustes necessários.
O precatório é um título de crédito que formaliza uma dívida que a Fazenda Pública tem com um cidadão em
virtude de uma sentença judicial. Com o objetivo de garantir o princípio da isonomia, os precatórios deverão
ser pagos seguindo-se a ordem cronológica em que forem apresentados.
Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão, exclusivamente,
na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim. A ordem cronológica é
excepcionada, todavia, pelos débitos de natureza alimentícia, que serão pagos com preferência sobre todos
os demais débitos.
Importante ressaltar que, conforme o art. 100, § 2º, da CF/88, os débitos de natureza alimentícia cujos
titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores
de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no §
3º do art. 100, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem
cronológica de apresentação do precatório.
As entidades de direito público deverão incluir, em seus orçamentos, verba necessária ao pagamento de seus
débitos constantes em precatórios. As requisições recebidas até primeiro de julho serão incluídas na
proposta orçamentária do exercício seguinte e deverá ser paga até o final deste.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) compõe-se de, no mínimo, 27 (vinte e sete)
Desembargadores. Esses Desembargadores são nomeados dentre magistrados de carreira, membros do
Ministério Público e advogados, seguindo a regra do quinto constitucional.
II - elaborar seu regimento interno, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
III - organizar sua secretaria e serviços auxiliares e os dos juízos que lhe forem vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; IV - propor à Assembleia
Legislativa, observado o disposto no art. 118:
c) a criação e a extinção de cargos e a fixação dos subsídios dos magistrados e dos juízes de
paz do Estado, e os vencimentos integrantes dos serviços auxiliares e dos juízos que lhes
forem vinculados; e
VII - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros, juízes e servidores
que lhe forem imediatamente vinculados;
X - prestar, por escrito, através de seu Presidente, no prazo máximo de sessenta dias, todas
as informações que a Assembleia Legislativa solicitar a respeito das atividades do Poder
Judiciário;
XII - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em primeira instância, bem como a
validade de lei local contestada em face de lei estadual ou desta Constituição; e
XIII - exercer as demais funções que lhe forem atribuídas por lei.
O art. 83 da CE/SC relaciona as competências do Tribunal de Justiça. São suas competências administrativas:
a) Propor à Assembleia Legislativa, dentre outros assuntos: criação, extinção ou alteração do número
de tribunais inferiores; criação e extinção de cargos, bem como a fixação de remuneração; e alteração
da organização e divisão judiciária.
b) Prover os cargos de administração da Justiça por meio de concurso público de provas e títulos.
c) Solicitar intervenção Federal no Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário.
O art. 83, XI, CE/SC, trata das competências jurisdicionais originárias do Tribunal de Justiça. Gostaríamos de
destacar algumas delas:
a) O Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar, originariamente, nos crimes
comuns, o Vice-Governador, os Deputados e o Procurador-Geral de Justiça.
b) O Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar, originariamente, a representação
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face da Constituição
Estadual.
Art. 84 — Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo estadual ou municipal.
O controle de constitucionalidade tem como objetivo final avaliar se uma lei ou ato normativo do Poder
Público é ou não inconstitucional. Havendo desconformidade com a Constituição, a norma será considerada
inválida.
O art. 84, CE/SC, trata da cláusula de reserva de plenário, que também tem previsão na Constituição Federal
de 1988 (art. 94).
No Brasil, qualquer juiz ou tribunal tem competência para, diante de um caso concreto, declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.
Art. 85 — São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo estadual ou municipal contestado em face desta Constituição:
I - o Governador do Estado;
A Constituição Federal determina, em seu art. 125, § 2º, que compete ao Estados a instituição de
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da
Constituição estadual. Fixou-se, assim, o controle abstrato de constitucionalidade estadual, do qual são
objeto apenas leis estaduais e municipais, sendo o órgão competente para o julgamento da ação pela via
principal exclusivamente o TJ local.
O controle abstrato de constitucionalidade estadual somente tem por objeto leis estaduais ou municipais,
face à Constituição Estadual. O TJ local, portanto, não tem competência para julgar, em controle abstrato
e concentrado, lei federal. Essa competência é exclusiva do STF.
A Constituição não previu, expressamente, os legitimados ao controle abstrato estadual: apenas proibiu que
essa atribuição fosse dada a um único órgão. Assim, cabe às Constituições Estaduais determinarem quais
são os legitimados a propor ADI ou ADC perante o TJ local.
Surgem, então, algumas dúvidas. Pode a Constituição Estadual alargar o rol de legitimados previsto no art.
103, CF/88, prevendo, por exemplo, a legitimação de Defensor Público Geral do Estado ou de Deputado
Estadual? E é possível a restrição desse rol?
O STF tem entendido que é plenamente possível que seja alargado o rol de legitimados pelos estados-
membros2. Quanto à restrição do rol, trata-se de tema ainda não decidido pelo STF. Todavia, a doutrina
entende ser possível, desde que não se atribua a legitimação a um único órgão.
O art. 85, CE/SC, traz o rol de legitimados no Estado de Santa Catarina para propor Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) de lei ou ato normativo estadual ou municipal perante o Tribunal de Justiça. São
eles:
➢ Governador do Estado;
➢ Mesa da Assembleia Legislativa ou um quarto dos Deputados Estaduais;
➢ Procurador-Geral de Justiça;
➢ Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil;
➢ Partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa;
➢ Federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;
➢ Prefeito, a Mesa da Câmara ou um quarto dos Vereadores, o representante do Ministério Público, a
subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, os sindicatos e as associações representativas de classe
ou da comunidade, quando se tratar de lei ou ato normativo municipal.
Art. 86 — Aos Tribunais do Júri, com a organização que a lei federal determinar,
assegurados o sigilo das votações, a plenitude da defesa e a soberania dos veredictos,
compete julgar os crimes dolosos contra a vida.
O Tribunal do Júri é um tribunal popular, composto por um juiz togado, que o preside, e vinte e cinco jurados,
escolhidos dentre cidadãos do Município (Lei no 11.689/08) e entre todas as classes sociais.
Segundo a doutrina, é visto como uma prerrogativa do cidadão, que deverá ser julgado pelos seus
semelhantes. O tribunal do júri possui competência para julgamento de crimes dolosos contra a vida. A
competência do tribunal do júri para julgar os crimes dolosos contra a vida não é absoluta. Isso porque não
alcança os detentores de foro especial por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal.
2
RE 261.677, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.09.2006; ADI 558-9-MC, Pertence, DJ de 26.03.93.
§ 2º — O Tribunal de Justiça poderá prover cargo de juiz especial na comarca ou vara que
tenha ultrapassado determinado limite de processos, na forma que vier a ser disciplinada
na lei de organização judiciária.
O art. 87, CE/SC, trata dos Juízes de Direito. Os juízes de Direito integram a carreira da Magistratura e
exercem a jurisdição comum estadual de primeiro grau, nas comarcas e juízos, segundo a competência
determinada por lei. Cabe à lei de organização judiciária, de iniciativa privativa do Tribunal de Justiça,
classificar as comarcas em entrâncias.
Art. 89— Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.
O art. 89, CE/SC, prevê que o Tribunal de Justiça irá propor a criação de varas especializadas para dirimir
conflitos fundiários. Essa proposta se dá por meio da apresentação de projeto de lei.
Os órgãos de 1º (primeiro) grau da Justiça Militar Estadual são os Conselhos de Justiça. Os Conselhos de
Justiça têm competência para processar e julgar os militares estaduais nos crimes militares definidos em
lei.
Como órgão de 2º (segundo) grau, funcionará o Tribunal de Justiça, que decidirá sobre perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças.
A lei de organização judiciária, de iniciativa privativa do Tribunal de Justiça, irá determinar a organização e
distribuição da competência, a composição e o funcionamento dos Juizados Especiais e das suas Turmas de
Recursos.
A Constituição Federal, em seu art. 98, I, determinou que o Estado crie juizado especial, provido por juízes
togados, togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de
menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante procedimentos oral e
sumaríssimo, permitida a transação e julgamento de recursos por turmas de Juízes de primeiro grau.
Art. 92 — A justiça de paz, remunerada, será composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para celebrar
casamentos, verificar de ofício, ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação, exercer atribuições conciliatórias e outras, sem caráter jurisdicional, conforme
dispuser a lei de organização judiciária.
A Justiça de Paz é composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de
quatro anos. Tem competência para: i) celebrar casamento; ii) verificar, de ofício ou em face de impugnação
apresentada, o processo de habilitação e; iii) exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
O art. 82, IV, da Constituição de Santa Catarina traz algumas matérias sobre as quais o
Tribunais de Justiça pode propor lei ao Poder Legislativo, dentre elas está a criação ou
extinção de tribunais inferiores membros e a alteração da organização e da divisão
judiciárias.
Gabarito: correta.
Comentários:
A CF/88 não detalha as competências do TJ/SC. É a Constituição Estadual que faz esse
detalhamento.
Gabarito: errada.
Comentários:
Segundo o art. 83, inciso XI, alínea “f”, compete ao Tribunal de Justiça processar e julgar as
ações diretas de inconstitucionalidade e de constitucionalidade de leis ou atos normativos
estaduais e municipais face à Constituição Estadual.
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
A função de Juiz de Paz, que é exercida por cidadão eleito pelo voto direto, secreto e
universal, é remunerada.
Gabarito: errada.
(Questão inédita) O Tribunal de Justiça Estadual não tem competência para declarar
inconstitucionalidade de lei federal
Comentários:
Gabarito: errada.
(Questão Inédita) Os Prefeitos e as Câmaras Municipais têm legitimidade para propor Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de lei municipal em face do Tribunal de Justiça de
Santa Catarina (TJ/SC).
Comentários:
Os Prefeitos e as Câmaras Municipais estão no rol de legitimados para propor ADI perante
o TJ/SC. Essa ADI tem como objeto lei ou ato normativo estadual ou municipal.
Gabarito: correta.
(Questão inédita) O Advogado-Geral do Estado será ouvido previamente nas ações diretas
de inconstitucionalidade.
Comentários:
Gabarito: errada.
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, responsável pela
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. É uma
instituição autônoma e independente, que não integra a estrutura de nenhum dos três Poderes.
a) Unidade: os membros do Ministério Público integram um único órgão, sendo chefiados apenas por
uma pessoa. No âmbito da União, o Ministério Público Federal é chefiado pelo Procurador-Geral da
República (PGR); no âmbito dos Estados, a chefia cabe ao Procurador-Geral de Justiça. Veja bem:
não existe unidade entre o Ministério Público Federal e os Estaduais; a unidade se dá no âmbito de
cada Ministério Público.
b) Indivisibilidade: possibilita que os integrantes da carreira possam ser substituídos uns pelos outros
ao longo do processo. Isso porque o Ministério Público não se subdivide internamente em instituições
autônomas, mas é uno e indivisível. Novamente, o princípio se aplica no âmbito interno de cada
Ministério Público do nosso ordenamento jurídico.
c) Independência funcional: determina que cada um dos membros do Ministério Público se vinculará
apenas ao ordenamento jurídico e à sua convicção, não podendo sofrer retaliações devido à sua
atuação. Como consequência, a Constituição de 1988 elevou à categoria de crime de
responsabilidade do Presidente da República os atos praticados por este que atentem contra o livre
exercício das atribuições do Parquet (CF, art. 85, II). A única hierarquia existente no âmbito do
Ministério Público é de ordem administrativa.
Art. 95 — São funções institucionais do Ministério Público, além das consignadas no art.
129 da Constituição Federal, as seguintes:
O art. 95 da CE/SC trata das funções institucionais do Ministério Público, que somente podem ser exercidas
por integrantes da carreira.
O Ministério Público do Estado é exercido pelo Procurador-Geral de Justiça, pelos Procuradores de Justiça
e pelos Promotores de Justiça. O ingresso na carreira de Procurador de Justiça depende de aprovação em
concurso público de provas e títulos, com exigência de comprovação de, pelo menos, 3 anos de exercício de
atividade jurídica.
O chefe do Ministério Público de Santa Catarina é o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), nomeado pelo
Governador do Estado. O PGJ será escolhido dentre nomes constantes da lista tríplice formada por membros
do Ministério Público. Não há participação do Poder Legislativo na nomeação do PGJ.
O mandato do Procurador-Geral é de dois anos, permitida uma recondução. Em caso de vacância no curso
do mandato, o novo Procurador-Geral deverá cumprir um novo período de dois anos. Nesse sentido, decidiu
o STF que é inconstitucional, por ofensa ao art. 128, § 3o, da Carta Magna, lei que preveja, no caso de
vacância do cargo de Procurador-Geral de Justiça, a eleição e nomeação de novo Procurador-Geral para que
complete o período restante do mandato do seu antecessor.
Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido
na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados na LDO.
Durante a execução orçamentária do exercício não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (LDO), exceto se
previamente autorizadas mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;
III - irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 23, inciso III, desta Constituição e
ressalvado o disposto nos arts. 37, incisos X e XI, 150, inciso II, 153, inciso III e § 2º, inciso I,
da Constituição Federal.
A vitaliciedade garante que o membro do “Parquet” não poderá perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado. É adquirida após 2 (dois) anos de exercício, uma vez concluído o estágio probatório.
A inamovibilidade é garantia que impede que o membro do Ministério Público seja removido de ofício,
==18c106==
salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa. Assim, a remoção de um
membro do Ministério Público deverá ocorrer, em regra, por sua própria iniciativa.
Segundo o art. 130-A, § 2º, III, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) tem competência para
determinar a remoção de membro do Ministério Público. Nesse caso, trata-se de verdadeira sanção
administrativa aplicada pelo CNMP, que não viola a garantia de inamovibilidade.
A irredutibilidade de subsídio, por sua vez, visa proteger os ganhos dos membros do Ministério Público
contra ingerências políticas. Destaque-se que essa irredutibilidade é nominal (e não real), ou seja, não leva
em consideração a inflação.
II - exercer a advocacia;
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
A CE/SC, de modo simétrico à Constituição Federal, prevê algumas vedações aos membros do Ministério
Público.
Assim, o membro do Ministério Público não poderá exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Veja: no
dia seguinte ao afastamento, o membro do Ministério Público já pode exercer a advocacia; no entanto, para
exercer a advocacia junto ao tribunal perante o qual oficiava, precisará aguardar um período de três anos,
ou seja, deverá observar a “quarentena de saída”.
Art. 102 — Aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas aplicam-se as
disposições desta Seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) não integra o MP/SC; ao
contrário, integra a própria estrutura orgânica do TCE. Desse modo, um membro do Ministério Público não
pode ser designado para atuar perante o Tribunal de Contas.
A CE/SC, de modo simétrico à CF/88, confere aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas
os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos membros do MPE/SC.
§ 5º — Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos
de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado da corregedoria.
O ingresso na carreira de Procurador far-se-á por concurso público específico de provas e títulos, assegurada
a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecida, na nomeação, a ordem
de classificação.
Cabe ressaltar que os Procuradores não têm direito à vitaliciedade. A eles é garantida estabilidade após 3
(três) anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado da Corregedoria.
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
Art. 104-A — Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas seções II e III, deste
capítulo, serão remunerados na forma do art. 23-A.
A DPE/SC goza de autonomia funcional e administrativa, o que lhe permite praticar atos póprios de gestão,
adquirir bens ou prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, por exemplo.
Uma lei complementar disporá sobre a organização da Defensoria Pública e sobre a carreira de Defensor
público.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: errada.
Comentários:
É a Defensoria Pública do Estado que tem a competência para realizar a orientação jurídica
gratuita daqueles que comprovem insuficiência de recursos.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018) Dispõe o art. 1º da Constituição do Estado
de Santa Catarina:
“O Estado de Santa Catarina, unidade inseparável da República Federativa do Brasil, formado pela união de
seus Municípios, visando à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, preservará os princípios que
informam o estado democrático de direito e tem como fundamentos: […]”.
Assinale a alternativa que contém todos os fundamentos a que se refere o texto constitucional.
a) a soberania estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
b) a soberania nacional, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
c) a soberania nacional, a autonomia estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político.
d) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento estadual, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
e) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Comentários:
Para acertar a questão, era necessário saber os 6 fundamentos do Estado de Santa Catarina definidos no art.
1º de sua Constituição:
I - a soberania nacional;
II - a autonomia estadual;
III - a cidadania;
VI - o pluralismo político.
Gabarito: C.
2. (FGV - (TJ SC)/2015) A disciplina estabelecida na Constituição do Estado de Santa Catarina, afeta
à Administração Pública estadual, permite afirmar que:
a) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito privado, de natureza empresarial;
b) a constituição e a extinção de sociedades de economia mista devem ser autorizadas em lei;
c) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito público, de natureza autárquica;
d) somente a constituição de subsidiárias de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei,
não a sua extinção;
e) somente a constituição de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei, não a sua
extinção.
Comentários:
a) Errada. A Administração Indireta também é formada por entidades de direito público, as autarquias
e fundações.
b) Correta. As SEMs dependem de autorização em lei para serem criadas e extintas.
c) Errada. A Administração Indireta tem entidades de direito público e de direito privado.
d) Errado. Tanto a criação como a extinção de subsidiárias de sociedades de economia mista dependem
de autorização em lei.
e) Errado. Como já dito, as SEMs dependem de autorização em lei para serem criadas e extintas
Gabarito: B.
Comentários:
a) Errada. Autarquias são criadas por lei específica, já a criação de sociedade de economia mista é
autorizada por lei.
b) Errada. O § 2º do art. 13 definiu que a participação das entidades da administração indireta no capital
de empresas privadas depende de autorização legislativa.
c) Errada. Faltou citar as fundações públicas, que também são entidades da Administração Indireta de
Santa Catarina.
d) Errada. Neste caso, é necessária autorização legislativa com posterior consulta popular.
e) Correta. A alternativa corresponde ao § 5º do art. 13 da Constituição de Santa Catarina .
Gabarito: E.
Comentários:
I - a criação de autarquia;
II - a autorização para:
Gabarito: B.
Comentários:
O art. 16, § 5o, da CE/SC determina que “no processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o
procedimento, observar-se-ão, entre outros, requisitos de validade, o contraditório, a defesa ampla e o
despacho ou decisão motivados”.
Gabarito: B.
6. (FEPESE/ SAP-SC – 2016) Com base na Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989, é correto
afirmar:
a) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função, é
obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.
b) Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos princípios de
legalidade, pessoalidade, moralidade e publicidade.
c) É obrigatória a vinculação ou equiparação das espécies remuneratórias para efeito de remuneração de
pessoal do serviço público.
d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos de professor, mesmo quando houver
compatibilidade de horários.
e) O prazo de validade dos concursos públicos será de até três anos, prorrogável uma única vez por igual
período.
Comentários:
c) Errada. Pelo contrário! É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
efeito de remuneração de pessoal do serviço público (art. 23, VI, CE/SC).
d) Errada. Caso haja compatibilidade de horários, admite-se a acumulação remunerada de dois cargos
públicos de professor (art. 24, I, CE/SC).
e) Errada. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez por igual
período (art. 21, II, CE/SC).
Gabarito: A.
a) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
b) Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações não serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
c) A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de até cento e oitenta dias
precedentes ao término do mandato do Governador do Estado, salvo situação de comprovada urgência,
especificação na lei de diretrizes orçamentárias ou decorrentes de recursos provenientes de financiamentos
externos ou repasses da União.
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em decreto,
sem prejuízo da ação penal cabível.
e) Apenas o servidor ocupante de cargo em comissão é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a
declarar seus bens.
Comentários:
Gabarito: A.
8. (FEPESE - SAP SC/2016) São direitos dos servidores públicos, de acordo com a Constituição do Estado
de Santa Catarina de 1989:
Comentários:
O único item incorreto é o 3, já que, apesar de a licença de gestante ser um direito dos servidores públicos,
sua duração é de cento e vinte dias.
Gabarito: B.
9. (FGV - TJ SC/2015) Bernardo e Paulo estavam prestes a ser nomeados para ocupar cargos públicos
no Estado de Santa Catarina, sendo certo que o primeiro ocuparia um cargo de professor, já que fora
aprovado em concurso público, e, o segundo, um cargo em comissão. O Chefe da Diretoria de Pessoal
comunicou que ambos estavam obrigados a apresentar declaração de bens por ocasião de sua posse,
acrescendo que a declaração de Paulo seria publicada no órgão oficial do Estado. É possível afirmar, à luz da
Constituição do Estado de Santa Catarina, que a conduta do Chefe da Diretoria de Pessoal é:
a) constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas
somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;
b) inconstitucional, já que informações de natureza patrimonial dizem respeito à intimidade do agente
público;
c) constitucional, pois o princípio da hierarquia autoriza que cada órgão administrativo defina as regras de
conduta a serem observadas pelos agentes públicos inseridos em sua estrutura;
d) inconstitucional, já que, por imperativo de isonomia, não poderia ser estabelecido tratamento
diferenciado entre Bernardo e Paulo;
e) constitucional, pois o direito à intimidade não pode ser invocado pelos agentes públicos, adstritos que
estão, em todos os atos de sua vida, ao princípio da publicidade.
Comentários:
A Constituição de Santa Catarina, em seu art. 22, exigiu que todo agente público, independente da natureza
do cargo, emprego ou função é obrigado a apresentar, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declaração
de seus bens. Além disso, as declarações dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e
cargos eletivos devem ser publicados no Diário Oficial.
Art. 22. Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus
bens.
Gabarito: A.
10. (Questão inédita) É incorreto afirmar, com base na Constituição do Estado de Santa Catarina:
a) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgão público deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, nela não podendo constar nomes, símbolos, imagens ou
cores que caracterizem a promoção pessoal de autoridades, de servidores públicos, de agentes políticos
ou de partidos políticos.
b) A proibição de acumular cargos não se aplica à acumulação de empregos públicos em entidades da
administração indireta.
c) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.
d) Também no serviço público é possível haver contratação temporária, mas em situações de excepcional
interesse público.
e) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.
Comentários:
a) Correta. Esta é uma das vertentes do princípio da impessoalidade prevista no §6° do art. 16 da CE/SC.
b) Errada. A proibição de acumular estende-se à empregos públicos e abrange as entidades da Administração
Indireta conforme parágrafo único do art. 24 da CE/SC.
c) Correta. Esta é a previsão do inciso V do art. 21 da CE/SC.
d) Correta. Poderá haver contratação temporária para atender à necessidade de excepcional interesse
público, segundo o § 2º do art. 21 da CE/SC.
e) Correta. Esta é uma vedação prevista no inciso VI do art. 23 da CE/SC.
Gabarito: B.
11. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive
as fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, a Constituição do Estado de Santa
Catarina veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horários de
Comentários:
Art. 24. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:
Gabarito: C.
a) leis complementares, que serão aprovadas por maioria relativa dos votos dos Deputados.
b) leis delegadas, que poderão disciplinar matéria atinente a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
c) resoluções, editadas para regular as relações jurídicas decorrentes da não conversão de medida provisória
em lei.
d) medidas provisórias, em que, nos casos de relevância e urgência, o Governador do Estado poderá as
adotar, com força de lei, devendo submetê-las de imediato à Assembleia Legislativa.
e) emendas à Constituição, por proposta de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa a seus membros.
Comentários:
Gabarito: D.
Comentários:
A questão cobrou a literalidade do art. 49 da CE/SC. A afirmação 1 poderia causar alguma dúvida, mas, se o
mínimo exigível para apresentar emenda à constituição é um terço dos membros da Assembleia Legislativa,
dois terços dos deputados poderão propor, já que é um número superior ao mínimo.
Gabarito: E.
14. (FUNDATEC - Técnico Administrativo (DPE SC)/2018) A execução orçamentária se submete aos
Controles Interno e Externo, de acordo com as disposições legais e constitucionais em vigor. No âmbito do
Estado de Santa Catarina, a quem compete o referido Controle Externo?
Comentários:
Art. 59. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:
Gabarito: E.
15. (FEPESE/ SJC-SC – 2016) Conforme dispõe a Constituição do Estado de Santa Catarina, assinale a
alternativa correta.
a) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos.
b) Constitui atribuição dos Secretários de Estado, dentre outras, vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
c) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador, escolhidos dentre brasileiros maiores de
dezoito anos e no gozo dos direitos políticos.
d) Em casos de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao
exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da Assembleia Legislativa.
e) Os Secretários de Estado serão processados e julgados pelo Tribunal de Justiça, nos crimes comuns e de
responsabilidade não conexos com os do Governador.
Comentários:
a) Errada. O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de trinta anos (art.
64, CE/SC).
b) Errada. Trata-se de atribuição privativa do Governador (art. 71, V, CE/SC).
c) Errada. Os Secretários de Estado são escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no gozo
dos direitos políticos (art. 74, “caput”, CE/SC).
d) Errada. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente da Assembleia
Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça (art. 67, CE/SC).
e) Correta. É o que determina o art. 75 da CE/SC.
Gabarito: E.
16. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) No que diz respeito ao Tribunal de
Contas do Estado, observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:
a) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pela Assembleia Legislativa.
b) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pelo Governador do Estado.
c) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e três pelo Governador do Estado.
d) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e cinco pelo Governador do Estado.
e) Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados dentre os brasileiros que tenham mais de vinte e
um anos de idade, idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos e financeiros ou de administração pública.
Comentários:
Para a resolução desta questão é necessário o conhecimento do art. 61 da Constituição de Santa Catarina,
que afirma que o TCE/SC é composto por sete Conselheiros, sendo quatro indicados pela Assembleia
Legislativa e três pelo Governador:
Art. 61. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na
cidade de Florianópolis, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território
estadual, exercendo, no que couber, a competência prevista no art. 83. (...)
I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em listra tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;
Gabarito: C.
17. (FEPESE - Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina/2006) A Constituição Estadual
estabelece no art. 61, § 5º, que os auditores, nomeados pelo Governador do Estado, após aprovação em
concurso público de provas e títulos, terão, quando em substituição a Conselheiro, as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, ...
Comentários:
Gabarito: A.
18. (Questão inédita) Assinale a alternativa que não tem respaldo da Constituição do Estado de Santa
Catarina:
Comentários:
Gabarito: E.
a) Dentre suas atribuições privativas está a de nomear e exonerar os Secretários de Estado e o Procurador
Geral do Estado, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da
Assembleia Legislativa.
c) Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga, pouco importando o tempo restante de mandato.
d) O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de responsabilidade, perante a um
Tribunal Especial e, nos comuns, perante o Superior Tribunal de Justiça.
e) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, noventa
dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas as demais condições da legislação
eleitoral.
Comentários:
Gabarito: D.
LISTA DE QUESTÕES
1. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018) Dispõe o art. 1º da Constituição do Estado
de Santa Catarina:
“O Estado de Santa Catarina, unidade inseparável da República Federativa do Brasil, formado pela união de
seus Municípios, visando à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, preservará os princípios que
informam o estado democrático de direito e tem como fundamentos: […]”.
Assinale a alternativa que contém todos os fundamentos a que se refere o texto constitucional.
a) a soberania estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
b) a soberania nacional, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
c) a soberania nacional, a autonomia estadual, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político.
d) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento estadual, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
e) construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
2. (FGV - (TJ SC)/2015) A disciplina estabelecida na Constituição do Estado de Santa Catarina, afeta
à Administração Pública estadual, permite afirmar que:
a) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito privado, de natureza empresarial;
b) a constituição e a extinção de sociedades de economia mista devem ser autorizadas em lei;
c) a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito público, de natureza autárquica;
d) somente a constituição de subsidiárias de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei,
não a sua extinção;
e) somente a constituição de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei, não a sua
extinção.
6. (FEPESE/ SAP-SC – 2016) Com base na Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989, é correto
afirmar:
a) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função, é
obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.
b) Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos princípios de
legalidade, pessoalidade, moralidade e publicidade.
c) É obrigatória a vinculação ou equiparação das espécies remuneratórias para efeito de remuneração de
pessoal do serviço público.
d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos de professor, mesmo quando houver
compatibilidade de horários.
e) O prazo de validade dos concursos públicos será de até três anos, prorrogável uma única vez por igual
período.
a) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
b) Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações não serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
c) A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de até cento e oitenta dias
precedentes ao término do mandato do Governador do Estado, salvo situação de comprovada urgência,
especificação na lei de diretrizes orçamentárias ou decorrentes de recursos provenientes de financiamentos
externos ou repasses da União.
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em decreto,
sem prejuízo da ação penal cabível.
e) Apenas o servidor ocupante de cargo em comissão é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a
declarar seus bens.
8. (FEPESE - SAP SC/2016) São direitos dos servidores públicos, de acordo com a Constituição do Estado
de Santa Catarina de 1989:
9. (FGV - TJ SC/2015) Bernardo e Paulo estavam prestes a ser nomeados para ocupar cargos públicos
no Estado de Santa Catarina, sendo certo que o primeiro ocuparia um cargo de professor, já que fora
aprovado em concurso público, e, o segundo, um cargo em comissão. O Chefe da Diretoria de Pessoal
comunicou que ambos estavam obrigados a apresentar declaração de bens por ocasião de sua posse,
acrescendo que a declaração de Paulo seria publicada no órgão oficial do Estado. É possível afirmar, à luz da
Constituição do Estado de Santa Catarina, que a conduta do Chefe da Diretoria de Pessoal é:
a) constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas
somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;
b) inconstitucional, já que informações de natureza patrimonial dizem respeito à intimidade do agente
público;
c) constitucional, pois o princípio da hierarquia autoriza que cada órgão administrativo defina as regras de
conduta a serem observadas pelos agentes públicos inseridos em sua estrutura;
d) inconstitucional, já que, por imperativo de isonomia, não poderia ser estabelecido tratamento
diferenciado entre Bernardo e Paulo;
e) constitucional, pois o direito à intimidade não pode ser invocado pelos agentes públicos, adstritos que
estão, em todos os atos de sua vida, ao princípio da publicidade.
10. (Questão inédita) É incorreto afirmar, com base na Constituição do Estado de Santa Catarina:
a) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgão público deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, nela não podendo constar nomes, símbolos, imagens ou
cores que caracterizem a promoção pessoal de autoridades, de servidores públicos, de agentes políticos
ou de partidos políticos.
b) A proibição de acumular cargos não se aplica à acumulação de empregos públicos em entidades da
administração indireta.
c) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.
d) Também no serviço público é possível haver contratação temporária, mas em situações de excepcional
interesse público.
e) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.
11. (Tec - PM SC/2019/Inéditas) Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive
as fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, a Constituição do Estado de Santa
Catarina veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horários de
a) leis complementares, que serão aprovadas por maioria relativa dos votos dos Deputados.
b) leis delegadas, que poderão disciplinar matéria atinente a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
c) resoluções, editadas para regular as relações jurídicas decorrentes da não conversão de medida provisória
em lei.
d) medidas provisórias, em que, nos casos de relevância e urgência, o Governador do Estado poderá as
adotar, com força de lei, devendo submetê-las de imediato à Assembleia Legislativa.
e) emendas à Constituição, por proposta de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa a seus membros.
13. (FEPESE - Técnico de Nível Superior (CIASC)/Advogado/2017) A Constituição do Estado de Santa Catarina
poderá ser emendada mediante proposta:
14. (FUNDATEC - Técnico Administrativo (DPE SC)/2018) A execução orçamentária se submete aos Controles
Interno e Externo, de acordo com as disposições legais e constitucionais em vigor. No âmbito do Estado de
Santa Catarina, a quem compete o referido Controle Externo?
15. (FEPESE/ SJC-SC – 2016) Conforme dispõe a Constituição do Estado de Santa Catarina, assinale a
alternativa correta.
a) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos.
b) Constitui atribuição dos Secretários de Estado, dentre outras, vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
c) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador, escolhidos dentre brasileiros maiores de
dezoito anos e no gozo dos direitos políticos.
d) Em casos de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao
exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da Assembleia Legislativa.
e) Os Secretários de Estado serão processados e julgados pelo Tribunal de Justiça, nos crimes comuns e de
responsabilidade não conexos com os do Governador.
16. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/2018/9º) No que diz respeito ao Tribunal de Contas
do Estado, observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:
a) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pela Assembleia Legislativa.
b) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que todos serão indicados
pelo Governador do Estado.
c) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por sete Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e três pelo Governador do Estado.
d) O Tribunal de Contas do Estado será integrado por nove Conselheiros, sendo que quatro serão indicados
pela Assembleia Legislativa e cinco pelo Governador do Estado.
e) Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados dentre os brasileiros que tenham mais de vinte e
um anos de idade, idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos e financeiros ou de administração pública.
17. (FEPESE - Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina/2006) A Constituição Estadual
estabelece no art. 61, § 5º, que os auditores, nomeados pelo Governador do Estado, após aprovação em
concurso público de provas e títulos, terão, quando em substituição a Conselheiro, as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, ...
18. (Questão inédita) Assinale a alternativa que não tem respaldo da Constituição do Estado de Santa
Catarina:
d) Os Secretários de Estado são auxiliares diretos do Governador e são por ele livremente escolhidos.
e) O Governador não poderá se ausentar do Estado, sem autorização da Assembleia Legislativa, por mais de
dez dias.
a) Dentre suas atribuições privativas está a de nomear e exonerar os Secretários de Estado e o Procurador
Geral do Estado, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da
Assembleia Legislativa.
c) Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga, pouco importando o tempo restante de mandato.
d) O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de responsabilidade, perante a um
Tribunal Especial e, nos comuns, perante o Superior Tribunal de Justiça.
e) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, noventa
dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas as demais condições da legislação
eleitoral.
GABARITO
1. C 11. C
2. B 12. D
3. E 13. E
4. B 14. E
5. B 15. E
6. A 16. C
7. A 17. A
8. B 18. E
9. A 19. D
10. B