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Livro Eletrônico

Aula 02 (Profs. Ricardo Vale e Nádia Carolina)

Lei Orgânica do Município de Cuiabá p/ SME-Cuiabá (Todos os


Cargos) Com Videoaulas - Pós-Edital
Nádia Carolina, Ricardo Vale, Paulo Guimarães, Marcos Girão

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Lei Orgânica do Município de Cuiabá - MT


Sumário

1. Governo Municipal e Administração Pública ........................................................................................ 3

1.1. Princípios Gerais .......................................................................................................................................... 3

1.2. Servidores Públicos Municipais ................................................................................................................... 9

1.3. Publicidade dos atos.................................................................................................................................. 15

1.4. Obras e Serviços Municipais ...................................................................................................................... 16

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1.5. Patrimônio Municipal ................................................................................................................................ 18

2. Sistema Tributário e Financeiro do Município .................................................................................... 24

2.1. Receitas ..................................................................................................................................................... 24

2.2. Tributos ..................................................................................................................................................... 25

2.3. Limitações ao Poder de Tributar ............................................................................................................... 28

2.4. Participação do Município nas Receitas Tributárias ................................................................................. 29

3. Planejamento Municipal ................................................................................................................... 31

3.1. Orçamentos ............................................................................................................................................... 32

4. Execução e Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária ............................................................. 36

5. Ordem Econômica e Social ................................................................................................................ 39

5.1. Educação ................................................................................................................................................... 40

5.2. Saúde ......................................................................................................................................................... 41

6. Lista de Questões .............................................................................................................................. 51

7. Gabarito ........................................................................................................................................... 57

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Olá, amigos do Estratégia, nesta aula continuaremos estudar:

Lei Orgânica de Cuiabá

Tentaremos ser bastante objetivos, procurando identificar aqueles pontos sensíveis que poderão ser
objeto de cobrança na prova.

Vamos em frente!

Um abraço a todos,

Nádia e Ricardo

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1. GOVERNO MUNICIPAL E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.1. PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 48 A Administração Pública Municipal é o conjunto de órgãos e entidades institucionais, orçamentários,


financeiros patrimoniais e humanos dotado de poder normativo, regulamentar, de polícia, disciplinar e
hierárquico, destinado ao fomento, intervenção, serviço público, legislativo e execução das decisões do governo
para a consecução dos interesses coletivos.
§ 1º A Administração Pública Municipal direta compreende os órgãos e serviços da estrutura administrativa do
Poder Executivo ou do Poder Legislativo.
§ 2º A Administração Pública indireta compreende as entidades dotadas de personalidade jurídica própria
realizada por:
I - autarquia;
II – fundação de direito público ou privado;
III - empresa pública; e
IV - sociedade de economia mista;

A Administração Pública Municipal é o conjunto de órgãos institucionais, orçamentários,


financeiros, patrimoniais e humanos destinados à execução das decisões do governo municipal em
busca da consecução dos interesses coletivos.

Essa organização administrativa acontece de duas formas diferentes: i) centralizadamente


(Administração Direta) e ii) descentralizadamente (Administração Indireta).

O princípio da desconcentração consiste na distribuição de competências administrativas a órgãos


dentro da mesma pessoa jurídica, ou seja, o Estado exerce as funções, não delega competência a
nenhuma entidade. Os órgãos públicos, então, compõem a denominada Administração Direta, que
pode ser conceituada como o conjunto de órgãos que integram os entes políticos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) e que têm a competência para exercer as tarefas administrativas do
Estado, de forma centralizada.

E o princípio da descentralização baseia-se na transferência de atribuições de uma pessoa jurídica


de direito público a uma pessoa jurídica diversa. Surgem, então, entidades com personalidade
jurídica própria, responsáveis por executar atividades administrativas específicas. Essas entidades
compõem o que denominamos Administração Indireta.

O §2º do art. 48 da Lei Orgânica de Cuiabá menciona os integrantes da Administração Indireta do


Município.

As autarquias só podem ser criadas por lei específica. Isso porque essas entidades são pessoas
jurídicas de direito público, que realizam atividades típicas do Estado.

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Já as sociedades de economia mista e empresas públicas precisam de autorização em lei para


serem criadas. Essas entidades são pessoas jurídicas de direito privado que poderão tanto prestar
serviços públicos quanto explorar atividades econômicas.

Por fim, as fundações públicas tanto poderão ser criadas quanto ter sua criação autorizada por lei.
No primeiro caso, terão personalidade jurídica de direito público, sendo uma espécie de autarquia
(fundações autárquicas). No segundo, terão personalidade jurídica de direito privado. Em ambos os
casos, contudo, caberá à lei complementar definir as áreas de sua atuação.

Art. 49 A Administração pública direta e indireta de todos os Poderes do Município de Cuiabá obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvada as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo, na
carreira;

Segundo o art. 37, CF/88, os princípios da Administração Pública são a legalidade, a impessoalidade
(finalidade), a moralidade, a publicidade e a eficiência. Esses são os princípios explícitos. Por
consequência lógica e por expressa disposição, a Administração Pública do Município do Cuiabá está
também vinculada a eles.

Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei. Em virtude de expressa determinação do art. 37, I, da CF/88 os cargos também
podem ser ocupados por estrangeiros, na forma da lei. Observe que estrangeiros também podem
ocupar cargos, empregos e funções públicas, mas é necessária uma lei que defina as hipóteses e
condições a serem obedecidas.

Para ser investido no serviço público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso
público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos.

Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual
período. Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos
concursados. Cabe ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de
classificação.

V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

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As funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo
efetivo. Já os cargos em comissão, por serem de livre nomeação e exoneração, podem ser
preenchidos por qualquer pessoa, seja ela servidor público ou não. Entretanto, um percentual
mínimo deve ser ocupado por servidores de carreira. Estes cargos destinam-se ao exercício de
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

VI - é garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical;


VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão;
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público;

Os servidores públicos podem se organizar em sindicatos. Já o direito de greve é norma de eficácia


limitada, uma vez que depende da edição de lei regulamentadora para que possa produzir todos os
seus efeitos. Enquanto esta lei não é editada, vem sendo aplicada aos servidores públicos a norma
vigente para greve no setor privado.

A lei reservará um percentual de cargos e empregos públicos a serem ocupados por portadores de
deficiência.

Há a possibilidade de a Administração Pública efetuar contratações temporárias, sem concurso


público, em razão de excepcional interesse público. A contratação temporária depende de prévio
processo seletivo simplificado e deve corresponder a uma das hipóteses expressamente previstas
em lei.

X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o art. 56 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa de cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices;
XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Município, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória percebidos
cumulativamente, ou não, incluídas as vantagens pessoais, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;
“a” O salário do Prefeito Municipal de Cuiabá, fica fixado em setenta por cento do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal.
XII – os vencimentos ou subsídio dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo;
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
de pessoal do serviço público;
XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para
fins de concessão de acréscimos ulteriores;
XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o
disposto na Constituição Federal;

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XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI;
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; ou
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrangem autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,
pelo poder público;

Os ocupantes de cargos, empregos e funções do Poder Público de Cuiabá não poderão receber além
do subsídio dos Ministros do STF. Além disso, fixou-se que o Prefeito de Cuiabá é limitado a 75% do
subsídio dos Ministros do STF.

Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores, ou seja, qualquer gratificação ou adicional terá
como base de cálculo o vencimento básico.

A regra geral é a vedação da acumulação remunerada de cargos públicos e abrange, inclusive,


empregos, funções, entidades da administração indireta e suas subsidiárias e demais sociedades
controladas pelo poder público. Tal regra é excepcionada apenas quando houver compatibilidade
de horários e se tratarem: i) de dois cargos de professor; ii) de um cargo de professor com outro
técnico ou científico ou; iii) de dois cargos privativos de médico.

XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

O inciso XVIII do art. 49 estabelece que a administração fazendária e seus servidores fiscais terão,
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei. Consagra-se, assim, o direito de precedência da administração
tributária.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no
parágrafo anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

As autarquias e as fundações públicas (de direito público) são criadas por lei. As fundações públicas
(de direito privado), as sociedades de economia mista e as empresas públicas têm sua criação
autorizada por lei. Observa-se que depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso XIX, assim como a participação de qualquer delas
em empresa privada.

XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os

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concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.

A obrigatoriedade da licitação, decorrente do princípio da indisponibilidade do interesse público,


visa garantir à Administração a proposta mais vantajosa, possibilitando que todos ofereçam seus
bens e serviços aos órgãos estatais. Casos excepcionais são previstos na legislação com a ressalva de
licitação, que compõem um rol taxativo.

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III, implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da lei.

O § 1º art. 49 da Lei de Orgânica de Cuiabá traz a vertente da vedação à promoção pessoal do


princípio da impessoalidade. A publicidade dos atos governamentais não deve ter como objetivo a
promoção pessoal de autoridades públicas ou de servidores públicos. A publicidade desses atos
deve ter um caráter educativo, informativo ou de orientação social. Caso fique caracterizada a
tentativa de promoção pessoal de autoridades públicas ou servidores públicos, haverá flagrante
violação ao princípio da impessoalidade.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas à manutenção de serviços
de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e as informações sobre atos de governo, observado o
disposto no art. 5º, X e XXXIII da Constituição Federal; e
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
administração pública.

No §3° estão formas de participação do usuário na administração pública municipal que devem ser
melhor regulamentadas por lei.

§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Os atos de improbidade administrativa possuem natureza civil e caracterizam-se por ferirem, direta
ou indiretamente, os princípios da administração pública, por uma conduta imoral do agente
público, que visa ou obter vantagens materiais indevidas ou gerar prejuízos ao patrimônio público.

Estes atos são tipificados pela lei federal nº 8.429/92 que é aplicável a qualquer agente público,
servidor ou não, que atentar contra a administração direta, indireta, fundacional de qualquer dos

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Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território.

Os atos de improbidade administrativa podem ser de três tipos: i) atos que importam
enriquecimento ilícito; ii) atos que causam prejuízo ao Erário e; iii) atos que atentam contra os
princípios da Administração Pública.

As sanções à improbidade administrativa são:

i) suspensão dos direitos políticos;


ii) perda da função pública;
iii) indisponibilidade dos bens;
iv) ressarcimento ao erário (esta é imprescritível).
A lei preverá prazos de prescrição para ilícitos administrativos que causem danos ao erário, exceto
para o ressarcimento ao erário, que é imprescritível.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

O § 6º do art. 49 dispõe sobre a responsabilidade civil do Estado, que é objetiva e foi descrita no
art. 37, § 6º, CF/88:

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Adota-se, no Brasil, a chamada teoria do risco administrativo. As pessoas jurídicas de direito público
e as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos terão a obrigação de
reparar os danos que seus agentes, atuando nessa qualidade, produzirem a terceiros,
independentemente de dolo ou culpa.

É relevante assinalar o “direito de regresso”, que deverá ser exercido pela Administração Pública
mediante ação judicial (denominada ação regressiva) contra o agente público que deu causa ao
dano, caso este tenha agido com dolo ou culpa.

A regra da responsabilidade civil objetiva alcança:

a) as pessoas jurídicas de direito público.

b) as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, empresas públicas


e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público. Não alcança as EP e SEM
exploradoras de atividade econômica.

c) as pessoas jurídicas de direito privado que não integram a administração indireta, mas
prestam serviços públicos

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§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta
ou indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha
por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
e
III – a remuneração do pessoal.
Uma lei determinará as condições de acesso a informações privilegiadas pelos ocupantes de cargos
e empregos públicos.

O § 8º dispõe sobre o contrato de gestão que pode ser firmado entre a órgãos e entidades da
administração direta e indireta para expansão da autonomia gerencial, orçamentária e financeira.
Este contrato deve ter prazo determinado, determinar os critérios de controle e avaliação de
desempenho, bem como a remuneração de pessoal.

§ 9º O disposto no inciso IX aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas


subsidiárias, que receberem recursos do Município para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio geral.
§ 10 É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 60 desta lei, com a
remuneração do cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta lei, os
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Diz o § 9º do art. 49 que a contratação por tempo determinado se estende às empresas públicas,
sociedades de economia mista e suas subsidiárias que recebam recursos do Município pagamento
de despesas com pessoal ou de custeio geral.
E, pelo § 10º, a percepção remunerada de provento e remuneração de cargo público só é possível
para cargos acumuláveis ou cargo em comissão.

1.2. SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art. 50 Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será
aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; ou
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício estivesse;

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O art. 50 dispõe sobre regras aplicáveis aos servidores públicos que estiverem no exercício de
mandato eletivo e é equivalente ao art. 38 do CF/88. As regras podem são esquematizadas no
quadro abaixo:

Cargo eletivo Regra


Mandato eletivo federal ou Será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
estadual público ou função e a remuneração será a do cargo eletivo.
Será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
público ou função e poderá optar pela remuneração do
Prefeito ==a8343==

cargo eletivo ou a do cargo (efetivo ou em comissão),


emprego público ou função.
Havendo compatibilidade de horários, poderá acumular o
cargo eletivo com o cargo (efetivo ou em comissão),
emprego público ou função. Neste caso, receberá as duas
Vereador remunerações. Caso não haja compatibilidade, será
afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
público ou função e optará pela remuneração de qualquer
um deles.
Nos casos de afastamento do servidor, seu tempo de exercício no mandato eletivo será contado
como tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Para efeito do benefício previdenciário, o caso de afastamento, os valores serão determinados
como se em exercício estivesse.
Art. 51 Da Direção das entidades da Administração Pública Municipal Indireta e Fundacional e seus respectivos
conselhos ou órgão normativo participarão, obrigatoriamente, pelo menos um diretor e um conselheiro,
representante dos servidores, eleitos por estes, mediante voto direto e secreto, dentre filiados de associação
profissional e sindicatos da categoria.
Parágrafo único. Na eleição para a escolha do Diretor de Ação Social e Conselho Fiscal do IPEMUC, excetua-se
do disposto no “Caput”, podendo votar todos os servidores que contribuem mensalmente para a referida
instituição.
Art. 52 O município instituirá o conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos poderes.

O art. 51 da Lei Orgânica de Cuiabá determina que na direção das entidades da Administração
Indireta, Fundacional e de seus conselhos ou órgãos normativos deve haver pelo menos um
representante dos servidores, eleitos por eles, dentre filiados de associação profissional e sindicatos
da categoria.

Art. 53 A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

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II – os requisitos para a investidura; e


III – as peculiaridades dos cargos.

O sistema remuneratório dos servidores públicos deve ter como base os seguintes requisitos:

a) A natureza, o grau de responsabilidade e complexidade do cargo.


b) Os requisitos para investidura.
c) Peculiaridades do cargo.

Art. 54 O Município poderá manter escola de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores
públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,
para isso a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.

O art. 54 da Lei Orgânica de Cuiabá determina que o Município poderá manter escola de governo
para formação e aperfeiçoamento de seus servidores, sendo a participação em cursos um dos
requisitos para promoção na carreira.

Art. 55 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.

A Lei Orgânica de Cuiabá enumerou alguns dos direitos dos trabalhadores previstos no art. 7° da
CF/88 que também se aplicam a seus servidores, são eles:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

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XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;

Art. 56 Os Vereadores, o Vice-Prefeito e os Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por


subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba
de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no Art. 49, X e XI
desta Lei Orgânica.
Art. 57 A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do artigo
56 desta lei.
Art. 58 Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores do subsídio dos cargos públicos.
Art. 59 A lei disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade
e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

Os detentores de mandato eletivo e os Secretários Municipais serão remunerados por subsídio


fixado em parcela única, vedado qualquer gratificação ou adicional.

Os subsídios dos cargos públicos dos Poderes Executivo e Legislativo devem ser publicados
anualmente.

A lei poderá prever que os recursos originados de economia de despesas em cada órgão, autarquia
ou fundação sejam aplicados, por exemplo, em programas de desenvolvimento de qualidade e
produtividade, treinamento, modernização e, inclusive, como adicional ou prêmio de produtividade.

Art. 60 O servidor público municipal será aposentado na forma prevista no artigo 40 da Constituição Federal.

Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores públicos estatutários:

a) Aposentadoria por invalidez permanente: O servidor com invalidez permanente irá se


aposentar com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Caso a invalidez seja
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, a lei definirá a forma de cálculo dos proventos. Em âmbito federal, a Lei nº
8.112/90 prevê que a aposentadoria por invalidez decorrente de “acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável” se dará com proventos
integrais.

b) Aposentadoria compulsória: Até a edição da EC nº 88/2015 (conhecida como “PEC da


Bengala”), os servidores públicos federais, estaduais e municipais deveriam se aposentar
compulsoriamente aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra alternativa senão a
aposentadoria compulsória.

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Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada e passou a prever que os
servidores públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar.

Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para


produzir todos os seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os
servidores públicos continuariam se aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.

Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável


aos servidores públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder
Judiciário, Ministério Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a
aposentadoria compulsória de servidores públicos já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos.

c) Aposentadoria voluntária: O servidor poderá se aposentar voluntariamente. Mas para isso


deverá possuir tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e 5
(cinco) anos de exercício no cargo efetivo e, ainda, cumprir os seguintes requisitos:

- 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 anos de


contribuição, se mulher, com proventos calculados com base nas contribuições do servidor,
atualizadas 1; ou

- 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais


ao tempo de contribuição.2

Vale destacar que, os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 5


(cinco) anos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (art. 60, § 5º).

Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos professores ainda que
esses não desenvolvam a atividade de magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o
tempo de atividade como diretor ou coordenador pedagógico também é computado para fins
de aposentadoria especial do professor.

Art. 61 São estáveis após 03 (três) anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público e só perderá o cargo o servidor:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

1
O art. 1º, da Lei nº 10.887/2004, ao regulamentar esse dispositivo, prevê que , no cálculo dos proventos de aposentadoria, será considerada a média aritmética
simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes
a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela
competência.

2
Na aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, sobre o valor obtido nos termos do art. 1º, da Lei nº 10.887/2004, há a aplicação de
fração que tem no numerador o tempo de contribuição efetivo e no denominador o tempo de contribuição total exigido. Por exemplo, se um homem contribui 20
anos para o RPPS, deverá ser multiplicada a fração 20/35 pelo valor obtido nos termos do art. 1º, da Lei nº 10.887/2004.

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II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; ou


III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
§ 1º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
do cargo, se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, e aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 2º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 3º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade
Art. 62 As normas administrativas que criam, modificam ou extinguem direitos dos servidores públicos da
administração pública direta ou indireta do município serão estabelecidas somente através de lei.

A estabilidade prevista no art. 41 da Carta Magna e no art. 61 da Lei Orgânica de Cuiabá se aplica
aos servidores públicos estatutários ocupantes de cargos efetivos. Para sua aquisição, são
necessários quatro requisitos:

Concurso Público
Estabilidade

Nomeação para cargo público efetivo

Três anos de efetivo exercício do cargo

Avaliação especial de desempenho por comissão


instituída para esse fim

O servidor estável somente poderá perder o cargo nas seguintes hipóteses:

a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em
julgada condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a
perda do cargo público.
b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo
administrativo regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser
demitido, perdendo o cargo público.

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c) Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,


assegurada ampla defesa. O servidor também poderá perder o cargo por insuficiência de
desempenho.
d) E uma outra hipótese que, apesar de não ter sido prevista na nesta Lei Orgânica se aplica ao
Município por ter sido disposta na CF/88 é o excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 4º
da CF/88). As despesas com pessoal estão limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº
101/2000). Caso esses limites sejam descumpridos, o Poder Executivo deverá adotar certas
medidas: i) redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis. Se essas medidas não forem suficientes,
o servidor estável pode vir a perder o cargo.

O §1° cuida da reintegração, forma de provimento que se aplica quando um servidor estável é
demitido e, depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão invalidada por
sentença judicial. Tem-se, também, a recondução que se caracteriza pelo retorno de servidor
estável ao seu cargo de origem em razão de reintegração de servidor que anteriormente ocupava o
cargo. Neste caso, não haverá qualquer indenização ao servidor que reconduzido e este poderá ser
aproveitado em outro cargo ou colocado em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

O §2° dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo quando o seu for extinto ou
ser declarado desnecessário.

E o §3° reforça que a avaliação especial de desempenho por comissão instituída com essa finalidade
é condição para aquisição de estabilidade por servidor público.

1.3. PUBLICIDADE DOS ATOS

Art. 63 Os atos da administração pública municipal em geral serão publicados na “Gazeta Municipal” ou no
“Diário Oficial do Estado” ou na falta de ambos em jornal de grande circulação.
§ 1º Os Poderes Executivo e Legislativo organizarão a publicação das leis e atos municipais na imprensa local,
através de licitação.
§ 2º Os Poderes Executivo e Legislativo organizarão registros de seus atos e documentos de forma a preservar-
lhes a inteireza e possibilitar-lhes a consulta e extração de cópias e certidões, sempre que necessário.
§ 3º A publicidade a que se refere esse artigo é restrita ao território do município, exceto aquelas inseridas em
órgão de comunicação impressos em circulação nacional.
§ 4º As empresas estatais sujeitas a concorrência de mercado deverão restringir sua publicidade ao seu objetivo
social, não estando sujeitas ao determinado no § 3º.
§ 5º Verificada a violação o disposto neste artigo, caberá a Câmara Municipal, por maioria absoluta, determinar
a suspensão imediata da propaganda ou publicidade.

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Por determinação da lei Orgânica de Cuiabá, aos atos da administração deve ser dada ampla
divulgação através do “Gazeta Municipal”, “Diário Oficial do Estado” ou jornal de grande circulação.
No entanto, a escolha do meio de divulgação deve ser feita por licitação.

Todos os atos dos Poderes Executivo e Legislativo devem ser registrados para preservação da
inteireza e facilitação de consulta futura. No caso de empresas estatais sujeitas a concorrência de
mercado, a publicação dos atos limita-se aos relativos a seu objeto social.

Art. 64 Os Poderes Executivo e Legislativo são obrigados a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de
15 (quinze) dias, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor
que negar ou retardar a sua expedição, assim como atender as requisições judiciais em igual prazo, se outro não
fixado pela lei ou autoridade judiciária.

O artigo acima garante ao direito à obtenção de certidões, direito essencial ao exercício da


cidadania.

Essas certidões dos atos, contratos e decisões devem ser fornecidas no prazo máximo de 15 dias,
sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que a negar ou retardar sua prestação ou
expedição. Para as requisições judiciais é válido este mesmo prazo, exceto se outro for fixado pela
lei ou autoridade judiciária.

Art. 65 O Poder Executivo publicará e enviará ao Poder Legislativo num prazo máximo de 30 (trinta) dias após o
encerramento de cada trimestre, relatórios completos sobre os gastos publicitários da administração direta e
indireta.
Art. 66 O não cumprimento no disposto neste capítulo implicará em nulidade do contrato e punição da
autoridade responsável nos termos da lei.

Ao fim de cada trimestre, em até 30 dias, o Poder Executivo publicará e enviará ao Legislativo
relatório sobre os gastos com atividades de publicidade da administração direta e indireta. Em caso
de violação do disposto, o contrato estará sujeito à anulação e a autoridade responsável à punição.

1.4. OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 67 Lei Municipal, observadas as normas gerais estabelecidas pela União, disciplinará o procedimento de
licitação, imprescindível à contratação de obras, serviços, compras e alienações no Município.
§ 1º Ficam impedidas de participarem dos processos de licitação, para vendas ou prestação de serviços, as
empresas envolvidas em todo e qualquer ato que configure corrupção nos procedimentos licitatórios, bem como
aquelas que descumprirem contrato firmado com o Poder Executivo ou com a Câmara Municipal.
§ 2º Confirmada a participação das referidas Empresas em atos que ferem os preceitos de ordem moral ou que
descumpram contratos firmados com o Poder Executivo ou com a Câmara Municipal, e que estejam qualificadas
no artigo acima, serão elas impedidas e afastadas do Cadastro Municipal.
§ 3º Caso o envolvimento supra for comprovado, após o término do processo de licitação, e inclusive no decorrer
da transação quer de compra, quer de prestação de serviços, imediatamente o contrato deverá ser rescindido,
não cabendo ônus da rescisão ao Município.

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§ 4º Nas licitações do Município e de suas Entidades de administração, direta, indireta e fundacionais, observar-
se-ão, sob pena de nulidade, os princípios de isonomia, publicidade, probidade e vinculação ao instrumento
convocatório.
§ 5º O impedimento e o afastamento de que trata o § 2º deste artigo, aplica-se também aos sócios e proprietários
das empresas envolvidas em corrupção e que descumprirem contratos firmados com o Poder Executivo ou com
a Câmara Municipal.
§ 6º A proibição que refere o art. 1º, não se aplica quando houver quebra de contrato da empresa pública
contratante.

À União cabe estabelecer normas gerais a respeito de licitação, no entanto, o Município pode, por
lei, estabelecer procedimentos de licitação de forma a atender a suas particularidades.

Aquelas empresas envolvidas em atos de corrupção nos procedimentos licitatórios ou que violarem
contratos firmados com o Poder Executivo ou com a Câmara não poderão participar de novas
licitações.

Nas licitações realizadas pelo Município e por suas entidades da Administração Indireta deverão ser
observados os seguintes princípios: isonomia, publicidade, probidade e vinculação ao instrumento
convocatório. Isto é necessário porque o processo de licitação visa atender ao interesse público,
obter uma proposta mais vantajosa para a Administração, sempre observando igualdade de
condições entre participantes da licitação.

Art. 68 Nenhuma obra pública, salvo nos casos de extrema urgência devidamente justificados, será realizada
sem que conste:
I - o respectivo projeto;
II - o orçamento do seu custo;
III - a indicação dos recursos financeiros para atendimento das respectivas despesas;
IV - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse público;
V - os prazos para o seu início e término.

No art. 68 estão alguns requisitos a serem estabelecidos antes do início de obra pública. Qualquer
exigência só poderá ser afastada em caso de urgência e devidamente justificados.

Art. 69 O Município organizará e prestará, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de sua competência.
§ 1º O transporte coletivo, direito do munícipe é dever do poder público, terá caráter essencial e será prestado,
de preferência, diretamente pelo Município.
§ 2º A concessão de serviço público será outorgada mediante contrato precedido de concorrência e autorização
legislativa.
§ 3º A permissão de serviço público, sempre a título precário, será outorgada por decreto, após edital de
chamamento de interessados, para escolha do melhor pretendente.
§ 3º A permissão do serviço público, será outorgada mediante contrato, precedido de licitação e autorização
legislativa.

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§ 4º Os serviços concedidos e permitidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e fiscalização do Município,


incumbindo aos que os executem sua permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários.
§ 5º O Município poderá intervir na prestação dos serviços concedidos ou permitidos para corrigir distorções ou
abusos, bem como retomá-los, sem indenização, desde que executados em desconformidade com o contrato ou
ato, ou quando se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.
§ 6º O Executivo Municipal não poderá conceder aumento do preço da tarifa do serviço de transporte coletivo
urbano de Cuiabá, sem antes disponibilizar a planilha do cálculo tarifário com respectivos valores utilizados para
a fixação da nova tarifa, no Portal Transparência e em jornais de grande circulação, 30 (trinta) dias antes da
reunião do Conselho Municipal de Transporte Urbano que aprova o cálculo de reajuste da tarifa do
transporte coletivo.

O Município deverá prestar os serviços públicos de sua competência, seja direta ou indiretamente
por meio de concessão ou permissão.

A concessão de serviço público depende de autorização legislativa, é formalizada por contrato e


após a realização de licitação na modalidade concorrência. Já a permissão também é formalizada
por contrato, depende de autorização legislativa e licitação, mas não há exigência que esta seja na
modalidade concorrência.

Os serviços permitidos ou concedidos sujeitam-se à regulamentação e à fiscalização do Município.


Aqueles que estiverem sendo prestados em desconformidade com o contrato ou não estejam
atendendo aos interesses dos usuários, podem ser retomados pelo Poder Público, sem qualquer
obrigação de indenização.

O serviço de transporte coletivo deve ser prestado, preferencialmente, diretamente pelo Município.
Suas tarifas não podem ser aumentadas sem que sejam apresentados, no Portal da Transparência e
em jornal de grande circulação, os cálculos que subsidiaram a fixação do novo valor em, no mínimo,
30 dias antes do reajuste.

Art. 70 As tarifas dos serviços públicos e de utilidade pública deverão ser fixadas pelo Prefeito, tendo em vista a
justa remuneração, segundo critérios estabelecidos em lei.
Art. 70 As tarifas dos serviços públicos e de utilidade pública deverão ser fixadas pelo Prefeito, a exceção das
tarifas de transporte e de água, que só serão reajustadas após prévia autorização pela Câmara Municipal de
Cuiabá, considerando-se, para tal fim, a justa remuneração, segundo critérios estabelecidos em Lei.

As tarifas do serviço público são estabelecidas pelo Executivo e deverão ser justas, tanto no sentido
de ser compatível com o poder aquisitivo da população usuária como para propiciar o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato. As tarifas de serviços de transporte e de água não podem ser
livremente fixadas pelo Prefeito, depende de autorização da Câmara Municipal.

1.5. PATRIMÔNIO MUNICIPAL

Art. 75 Integram o Patrimônio do Município os bens móveis e imóveis, direitos e ações que, por qualquer título,
lhe pertençam.
Parágrafo único. O Palácio Alencastro é bem público inalienável.

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Art. 76 Cabe ao Prefeito a administração do Patrimônio Municipal, respeitada a competência da Câmara quanto
aos bens utilizados, em seus serviços.

O patrimônio municipal está sob a administração do Prefeito, respeitada a competência da Câmara


Municipal quanto aos bens utilizados em seus serviços. Integram o patrimônio do Município todos
os bens imóveis e móveis, direitos e ações que, por qualquer título, lhe pertençam.

Os bens públicos, conforme é visto na disciplina de Direito Civil, são classificados em:

a) Bens de uso comum do povo: bens que podem ser utilizados, sem restrições, de forma
gratuita ou onerosa, por todos, sem necessidade de qualquer permissão especial, ou seja, se
destinam ao uso de todos. Exemplo são as praças e rios.
b) Bens de uso especial: bens que são utilizados pelo próprio poder público para a execução
de seus serviços públicos. Por exemplo, os prédios onde estão instaladas repartições públicas
e os prédios de escolas públicas.
c) Bens dominicais: bens que não são afetados a qualquer destino público. Como exemplos,
temos as terras devolutas, oficinas, fazendas e indústrias pertencentes ao Estado.

Art. 77 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação e autorização
legislativa.

A aquisição de bens públicos depende de prévia avaliação e autorização legislativa.

Art. 78 A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado,
será sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, dispensada esta nos casos de:
a) doação, devendo constar do contrato dos encargos do donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de
retrocessão, sob pena de nulidade do ato;
b) permuta.
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;
b) permuta.
§ 1º O Município, no que refere à venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito real de
uso ou título definitivo, mediante prévia autorização legislativa e concorrência.
§ 2º A concorrência poderá ser dispensada por Lei, quando o bem ou o seu uso for destinado à concessionária de
serviço público, à regularização fundiária, a programas de habitação popular, às entidades assistenciais ou
quando houver relevante interesse público, devidamente justificado.
§ 3º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para
edificação, resultantes de obras públicas, dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.
§ 4º As áreas resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam
aproveitáveis ou não.
§ 5º Lei Complementar definirá os critérios e diretrizes da regularização fundiária e dos programas de habitação
popular.

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Os bens municipais somente podem ser alienados se houver interesse público devidamente
justificado. Em todos os casos, haverá necessidade de prévia avaliação.

Na alienação de imóveis municipais, faz-se necessária autorização legislativa e licitação, na


modalidade de concorrência pública, dispensada esta para os casos de doação e permuta. Já na
alienação de bens móveis municipais, apenas haverá necessidade de prévia licitação, sendo esta
dispensada caso se trate de doação (a qual somente é permitida por interesse social) ou permuta.
Observe que na alienação de bens móveis não há necessidade de autorização legislativa.

Ao invés de vender ou doar os bens, o Município dará preferência para a concessão de direito de
uso, mediante autorização legislativa e concorrência, esta dispensada quando for destinada a
concessionárias de serviço público, a regularização fundiária, a programas de habitação popular, a
entidades assistenciais ou quando houver relevante interesse público.

Art. 79 O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou autorização,
se o interesse público o justificar.
§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominial far-se-á mediante contrato
precedido de autorização legislativa e licitação, dispensada esta, por Lei, quando o uso se destinar a
concessionária de serviço público e entidades assistenciais, ou quando houver interesse público relevante,
devidamente justificado.
§ 2º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário, por decreto.
§ 3º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria, para atividades ou
usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias.

O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou
autorização, conforme o caso, atendido o interesse público.

A concessão de direito de uso de bens de uso especial e de bens dominicais é formalizada por
contrato administrativo, após lei e licitação, dispensada esta se destinar a concessionária de serviço
público ou a entidades assistenciais.

A permissão é formalizada por decreto e pode ser concedida a qualquer bem público. Já a
autorização é formalizada por portaria e destina-se a atividades ou fins específicos e de até 90 dias.

1. (Questão Inédita) Segundo a Lei Orgânica de Cuiabá, a Administração Pública deverá observar
os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Comentário:

Isso é exatamente o que está previsto no art. 49 da Lei Orgânica de Cuiabá.

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Gabarito: correta.

2. (Questão Inédita) Os cargos e empregos públicos serão preenchidos por brasileiros natos que
cumpram os requisitos da lei e sejam admitidos mediante concurso público

Comentário:

Não há restrição de que cargos e empregos públicos sejam ocupados apenas por brasileiros natos.
Podem ser ocupados por brasileiros ou estrangeiros, que atendam às condições da lei, mediante
concurso público, exceto cargos de comissão, que são de livre nomeação e exoneração.

Gabarito: errada.

3. (TRT – 3a Região – 2015) Empresa pública estadual pretende contratar advogados para
preenchimento de empregos públicos vagos em seu departamento jurídico. Considerando que os
advogados não exercerão a função de direção, chefia e de assessoramento, a empresa pública
deverá contratá-los mediante concurso público, válido pelo prazo de dois anos, prorrogável uma vez
por igual período, sendo vedada a livre nomeação pelo dirigente da entidade.

Comentários

É isso mesmo. A admissão de empregados públicos também depende da realização de concurso


público, com prazo de validade de 2 anos, prorrogável uma vez por igual período.

Gabarito: correta.

4. (Questão Inédita) Os estrangeiros não poderão ocupar cargos públicos na Administração


Pública do Município de Cuiabá.

Comentário:

O inciso I do art. 49 da lei Orgânica de Cuiabá determina que os cargos, empregos e funções públicas
são acessíveis aos brasileiros e estrangeiros que cumpram os requisitos legais.

Gabarito: errada.

5. (Questão Inédita) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia


em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão.

Comentário:

É o que está previsto no inciso II do art. 49 da Lei Orgânica de Cuiabá.

Gabarito: correta.

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6. (Questão inédita) O servidor público municipal tem garantido o direito de greve dentro dos
limites estabelecidos em lei. Como esta tal lei ainda não foi editada, tal direito encontra-se suspenso.

Comentário:

A primeira parte da questão está correta. Porém, enquanto a lei regulamentadora do direito de
greve dos servidores públicos não for editada, eles obedecerão a lei aplicável aos servidores da
iniciativa privada.

Gabarito: errada.

7. (Questão inédita) Pelo menos mensalmente, os servidores terão seus vencimentos


reajustados em índice suficiente para repor seu poder aquisitivo.

Comentário:

Anualmente a remuneração dos servidores públicos será reajustada para manutenção do poder de
compra, sem qualquer distinção de índice.

Gabarito: errada.

8. (Questão inédita) O servidor público municipal que for investido em mandato de Prefeito
deverá afastar se do cargo e receberá o subsídio do cargo eletivo.

Comentário:

O servidor eleito será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego público ou função e
poderá optar pela remuneração do cargo eletivo ou a do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
público ou função.

Gabarito: errada.

9. (UEG – 2015) É constitucional a criação de cargos temporários mesmo para atender situações
que não sejam de necessidade temporária de excepcional interesse público.

Comentários:

Os cargos temporários servem, exclusivamente, para atender a necessidade temporária de


excepcional interesse público.

Gabarito: errada.

10. (Questão inédita) O Município é obrigado a fornecer ao interessado, certidões dos atos,
contratos e decisões, quando solicitado, no prazo mínimo de 15 dias, sob pena de responsabilidade
da autoridade ou servidor que a negar ou retardar sua prestação.

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Comentário:

Conforme o art. 64 da Lei Orgânica de Cuiabá, o fornecimento de certidões deve ocorrer no prazo
máximo de 15 dias.

Gabarito: errada.

11. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o
cargo.

Comentário:

O servidor poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, por
processo administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa ou por procedimento de avaliação
periódica de desempenho.

Gabarito: errada.

12. (Questão inédita) O Município responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros
em casos de evidente culpa ou dolo.

Comentário:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público


respondem objetivamente pelo dano que seus agentes causarem a terceiros, independente da
comprovação de culpa ou dolo, dependendo apenas do nexo de causalidade entre a ação e o dano.
A comprovação de culpa ou dolo é necessária para o direito de regresso contra o responsável.

Gabarito: errada.

13. (Questão inédita) Aos servidores públicos eleitos para representar a categoria em entidade
sindical é garantida a estabilidade a partir do registro da candidatura até 1 ano após o exercício do
mandato, mesmo que na condição de suplente.

Comentário:

Apesar de não previsto expressamente na Lei Orgânica de Cuiabá esta é uma garantia dos servidores
públicos deste Município, já que foi determinado pelo incido VIII do art. 8° da CF/88.

Gabarito: correta.

14. (Questão Inédita) No Município de Cuiabá, a execução de obras públicas municipais deverá ser
sempre precedida de projeto elaborado segundo as normas técnicas adequadas e indicação dos
recursos financeiros para atendimento das despesas.

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Comentário:

Estes são dois dos requisitos apresentados no art. 68 da Lei Orgânica de Cuiabá para que seja iniciada
uma obra pública.

Gabarito: correta.

15. (Questão Inédita) A alienação de bens municipais deverá ser sempre precedida de avaliação,
ressalvados os casos de doação.

Comentário:

Em todos os casos, inclusive doação, a alienação de bens municipais deverá ser precedida de
avaliação.

Gabarito: errada.

16. (Questão Inédita) É possível o uso de bens municipais por terceiros, mediante concessão,
permissão ou autorização, se o interesse público o justificar.

Comentário:

De fato, a Lei Orgânica de Cuiabá permite o uso de bens municipais por terceiros. No entanto, faz-
se necessário que o interesse público seja atendido.

Gabarito: correta.

17. (Questão inédita) É necessária prévia autorização legislativa para a alienação de bens móveis
municipais.

Comentário:

A alienação de bens imóveis municipais é que depende de prévia autorização legislativa.

Gabarito: errada.

2. SISTEMA TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO DO MUNICÍPIO

2.1. RECEITAS

Art. 80 Constituem receitas do Município:


I - tributos que lhe são constitucionalmente discriminados, compreendendo impostos, taxas e contribuições de
melhoria;

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II - transferências provenientes de sua participação na arrecadação de tributos da União e do Estado;


III - rendas de seus bens, serviços e atividades compreendendo preços públicos e preços privados;
IV - financiamento, empréstimo, subvenções, auxílios e doações de outras entidades e pessoas.
Parágrafo único. Os preços e tarifas públicas serão fixados pelo Executivo, por Decreto e observado as normas
gerais de Direito Financeiro e as Leis atinentes à espécie, excetuando a tarifa de água e de transportes que só
serão alteradas após prévia autorização da Câmara Municipal de Cuiabá.

No art. 80 da Lei Orgânica de Cuiabá foram listadas as fontes de receita do Município.

2.2. TRIBUTOS

Art. 81 Atendidos os princípios da Constituição Federal e as normas do Direito Tributário estabelecidos em Lei
Complementar Federal, sem prejuízo de outras garantias que a legislação municipal assegura ao contribuinte,
poderá o Município instituir, através de leis, os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas;
III - contribuições de Melhorias;
IV - contribuição Social.
Parágrafo único. Definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados, obedecido o art. 146 III “d” da Constituição Federal.

A Constituição Federal de 1988 dispõe sobre competência tributária dos diversos entes tributários.
Há tributos que só são cobrados pela União, outros pelo Estado e outros pelo Município. O Município
poderá instituir impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuição social, observando os
princípios estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de Direito Tributário.

O Município estabelecerá tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas


de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados.

Art. 82 Compete ao Município instituir impostos sobre:


I - Propriedade Predial e Territorial Urbana (I.P.T.U.):
a) o IPTU poderá ser progressivo, ou regressivo, nos termos da lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento
da função social da propriedade;
II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física,
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição:
a) este imposto compete ao Município da situação do bem e não incide sobre transmissão de bens e direitos
incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens e
direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a
atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direito, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil.
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II da Constituição Federal, definidos em Lei
Complementar;

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IV - poderá o Município firmar convenio com a União para firmar opção prevista no art.153, § 4º, III da
Constituição Federal.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esse objetivo,
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.
§ 2º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, da Constituição Federal
o Imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à Lei Complementar Federal:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II - excluir de sua incidência exportações de serviços para o exterior; e
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Os impostos que podem ser instituídos pelo Município são:

a) IPTU – Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana: é o imposto municipal mais


conhecido. Ele poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel, de forma a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade, desencorajando pessoas a manterem
propriedades sem uso por causa do imposto mais alto. Poderá, também, ter alíquotas
diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
b) ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis: deve ser pago na aquisição de bens
imóveis ou direito a eles relativos, exceto os de garantia. Esse imposto não incide sobre a
transmissão de bens e direitos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em realização
de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação,
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil. Também não incidirá sobre a aquisição, por servidor público
municipal, de imóvel para sua residência, caso não possua outro (art. 126 desta LO).
c) ISS – Imposto sobre Serviços: é recolhido devido a prestação de serviço, não compreendidos
aqueles que são objeto de incidência de ICMS. Segundo a Lei Orgânica, cabe à lei
complementar federal, fixar suas alíquotas máximas e mínimas, excluir da sua incidência
exportações e serviços para o exterior e regular a forma e as condições como isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Os impostos deverão obedecer àquilo que foi previsto no art. 145 da CF/88 e no § 1º do art. 82 da
Lei Orgânica de Cuiabá. Assim, sempre que possível, deverão atender ao princípio da capacidade
contributiva, segundo o qual os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte. E, conforme dispôs o parágrafo único, as taxas não poderão
ter bases de cálculo própria de impostos.

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Art. 83 As taxas só poderão ser instituídas por lei municipal, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização efetiva ou potencial dos serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
à sua disposição pelo Município.
Parágrafo único. A interrupção na prestação dos serviços públicos desobriga o contribuinte de pagar as tarifas
ou taxas correspondentes ao período do serviço paralisado e receber em dinheiro na mesma razão, caso o mesmo
tenha efetuado o pagamento em cota única.
Art. 84 A contribuição de melhoria poderá ser instituída por lei e cobrada dos proprietários de imóveis em
decorrência da execução de obras públicas municipais.

O Município pode, também, instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição.

Outra espécie tributária a ser instituída pelo Município são as contribuições de melhoria, que tem
como fato gerador a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública. Assim, a mera
realização de obra pública não é suficiente para fazer surgir uma contribuição de melhoria; é
necessário que, além disso, haja valorização imobiliária dela decorrente.

Art. 85 O produto da arrecadação das taxas e das contribuições de melhoria destinam-se, exclusivamente, ao
custeio dos serviços e atividades ou das obras públicas que lhes dão fundamento.

Taxas e contribuições de melhoria são tributos de arrecadação vinculada, ou seja, os recursos


arrecadados somente podem ser usados para o custeio dos serviços e atividades ou obras que
fundamentaram sua instituição.

Art. 86 Aos servidores titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado Regime Próprio de Previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do
respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem
o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto nos termos do art. 40 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O Município instituirá contribuição, cobrada de seus Servidores, para o custeio, em benefício
destes, do Regime Previdenciário de que trata este artigo, cuja alíquota será fixada em Lei específica.

O Município pode instituir contribuição social a ser cobrada de seus servidores para o custeio do
sistema próprio de previdência e assistência social, conforme estabelecido, também, no § 1º do
art. 149 da CF/88:

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à
da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

Os servidores do Município, de suas autarquias e fundações possuem um Regime Próprio de


Previdência Social, de caráter contributivo e solidário, ao qual contribuem tanto o poder público
como os servidores ativos, inativos e pensionistas.

Art. 86-A O Município poderá instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 90, I e III, desta Lei Orgânica.

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Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput na fatura de consumo de energia
elétrica.

Há ainda a Contribuição para o Custeio de Iluminação Pública – COSIP, que poderá ser cobrada na
fatura de energia elétrica. Esta contribuição surgiu da proibição imposta pelo o STF de que esse
serviço fosse custeado por taxa, já que não é um serviço específico e divisível.

Art. 87 Lei Municipal poderá instituir Unidade Padrão Fiscal Municipal, para efeito de atualização dos créditos
fiscais do Município.

O Município de Cuiabá pode fixar a Unidade Padrão Fiscal para servir de base para fixação
dos tributos e consequente atualização dos créditos.

Art. 88 A concessão de isenção e de anistia ou remissão fiscal dependerá de autorização legislativa, em lei
específica, aprovada por maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
§ 1º A remissão de créditos tributários somente poderá ocorrer nos casos de calamidade pública ou notória
pobreza do contribuinte.
§ 2º A concessão de isenção, anistia ou moratória não gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre
que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições.

Em Cuiabá, em matéria tributária, cabe à lei ordinária dispor sobre anistia, isenção e remissão de
tributos.

Art. 89 O Município divulgará, até o último dia útil do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de
cada um dos tributos arrecadados, bem como os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e
a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

Mensalmente, até o último dia, o Executivo liberará um balancete com o montante de cada tributo
arrecadado no mês anterior, os recursos recebidos do Estado e da União, os valores tributários
entregues e a entregar, bem como a expressão numérica dos rateios.

2.3. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 90 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município:


I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrarem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercidas e, independente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributo:
a) em relação ao fato gerador, ocorrido antes do início da vigência da lei que o houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o institui ou aumentou.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b;
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

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V - instituir imposto sobre:


a) patrimônio, renda ou serviços uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviço de partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos
da Lei;
d) os imóveis tombados pelos órgãos competentes;
e) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
f) os imóveis tombados pelos órgãos competentes;
g) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
VI - estabelecer diferenças tributárias entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência
ou destino.
§ 1º A vedação expressa na alínea “a” do inciso V é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculadas às suas finalidades
essenciais ou delas decorrentes.
§ 2º O disposto na alínea “a”, do inciso V e no parágrafo anterior não compreende o patrimônio, a renda e os
serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar o imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 3º As vedações expressas na alínea “b” e “c” do inciso V, compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas relacionadas.
§ 4º A vedação estabelecida na alínea “b” do inciso V será suspensa sempre que caracterizado o dano por ação
ou omissão, comprovada pelo órgão competente, na forma da lei.
§ 5º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, que
regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição.
§ 6º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de
imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

O art. 90 da Lei Orgânica de Cuiabá diz respeito às limitações ao poder de tributar, muitas
imunidades tributárias, principalmente. Como já foi bem detalhado em aula própria de Direito
Constitucional e Direito Tributário, não detalharemos.

2.4. PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 91 Pertencem ao Município:


I - Produto da arrecadação do imposto da União, sobre rendas e produtos de qualquer natureza, incidente na
fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelo Município, pelas autarquias e fundações que institua e
mantenha;
II - Cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União, sobre propriedade territorial rural,
relativamente aos imóveis situados no município (IPTR);

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II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do Imposto da União sobre a Propriedade Territorial Rural
(IPTR), relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o
art. 153, § 4º, III da Constituição Federal;
III - Cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado, sobre propriedade dos veículos
automotores licenciados no Município (IPVA);
IV - Vinte e cinco por cento do produto arrecadado do imposto do Estado, sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação
(ICMS);
V - Setenta por cento de produto da arrecadação do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou
relativas a títulos ou valores mobiliários, incidente sobre o ouro, quando definido em lei federal como ativo
financeiro ou instrumento cambial.

O art. 91 trata das receitas a serem recebidas pelo Município, provenientes do Estado e da União:

Receitas tributárias pertencentes aos Municípios


do IR retido na fonte sobre os rendimentos pagos aos servidores do Município e de suas
100%
autarquias e fundações.
do ITR relativos às propriedades rurais de Cuiabá, cabendo a totalidade se o Município
50%
arrecadar e fiscalizar.
50% do IPVA de veículos licenciados em Cuiabá.
do ICMS relativos à circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte e de
25%
comunicação ocorridos no Município.
do IOF sobre os recursos arrecadados pelo Estado nas multas de trânsito das infrações
70%
ocorridas no Município.
daquilo que foi recebido pelo Estado como repasse do IPI, relativos à exportação de
25%
produtos industrializados.
Além destas, há outras previsões de repasse estabelecidas pela CF/88:
22,5% Do Fundo de Participação do Município.
Participação no resultado de exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica e outros recursos minerais no respectivo território.
Art. 92-A É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os artigos 156,
e dos recursos de que tratam os artigos 158 e 159, II, da Constituição Federal, para a prestação de garantia ou
contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta.

Apesar de a regra geral ser a vedação da vinculação da receita de impostos, a Lei Orgânica de Cuiabá
abre exceção para a vinculação de receitas para a prestação de garantia ou contra garantia à União
e para pagamento de débitos para com esta.

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18. (Questão inédita) Dentre os tributos de competência do Município estão: IPTU, ITBI, ISS,
contribuição de melhoria, preços públicos e taxas.

Comentário:

Preço Público é uma contraprestação por serviços prestados pelo Município, não uma espécie
tributária.

Gabarito: errada.

19. (Questão inédita) A instituição de taxas em razão do poder de polícia é privativa da União.

Comentário:

A instituição de taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, é de competência comum, cabendo à União,
aos Estados, as DF e aos municípios.

Gabarito: errada.

20. (Questão inédita) Pertence ao Município 50% do total arrecadado pelo Estado com IPVA de
veículos licenciado em Cuiabá.

Comentário:

Esta é uma previsão do inciso III do art. 91.

Gabarito: correta.

3. PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 94 O Planejamento Municipal deverá orientar-se pelos seguintes princípios básicos:
I - democracia e transparência na sua elaboração e no acesso às informações disponíveis;
II - eficiência e eficácia na utilização dos recursos financeiros, técnicos e humanos disponíveis;
III - complementaridade e integração de políticas, planos e programas setoriais;
IV - viabilidade técnica e econômica das proposições, avaliada a partir do interesse social da solução e dos
benefícios públicos;
V - respeito e adequação à realidade local e regional e consonância com os planos e programas estaduais e
federais existentes.

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No art. 94 da Lei Orgânica de Cuiabá estão os princípios que orientam a elaboração do planejamento
Municipal.

Art. 96 O planejamento das atividades do Governo Municipal obedecerá às diretrizes deste capítulo e será feito
por meio de elaboração e manutenção atualizada, entre outros, dos seguintes instrumentos:
I - plano Diretor;
II - plano de Governo;
III - lei de Diretrizes Orçamentárias;
IV - orçamento Anual;
V - plano Plurianual.
Parágrafo único. Aos instrumentos do planejamento municipal mencionados neste artigo deverão incorporar-se
as propostas constantes dos planos e dos programas setoriais do Município.

Agora, no art. 96, foram estabelecidos os instrumentos de planejamento das ações do governo
Municipal.

3.1. ORÇAMENTOS

Art. 100 Leis de iniciativa exclusiva do Poder Executivo estabelecerão:


I - o Plano Plurianual;
II - as Diretrizes Orçamentárias;
III - os Orçamentos Anuais;
§ 1º O Plano Plurianual compreenderá:
I - diretrizes, objetivos e metas para as ações municipais de execução plurianual;
II - investimentos de execução plurianual;
III - gastos com a execução de programas de duração continuada.
IV – gastos com a execução de projetos e programas, que atingem direta ou indiretamente as crianças e
adolescentes, fazendo-os constar em planilha separada no Plano Plurianual.
§ 2º As Diretrizes Orçamentárias compreenderão, as prioridades da Administração Pública Municipal, quer de
órgãos da Administração direta, quer da administração indireta, com as respectivas metas, incluindo a despesa
de capital para o exercício financeiro subsequente;
I – as prioridades da Administração Pública Municipal, quer de órgãos da Administração direta, quer da
Administração indireta, com as respectivas metas, incluindo a despesa de capital para o exercício financeiro
subsequente;
II - orientações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual,
III - alterações na legislação tributária;
IV - autorização para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração; criação de cargos ou
alterações de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal a qualquer título, pelas unidades
governamentais da administração direta ou indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

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V – gastos com a execução de projetos e programa, que atingem direta ou indiretamente as crianças e
adolescentes, fazendo-os constar em planilha separada na Lei de Diretrizes Orçamentárias. § 3º O Orçamento
Anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal da administração direta municipal, incluindo fundos especiais;
II - os orçamentos das entidades de administração indireta, inclusive das fundações instituídas pelo Poder Público
Municipal;
III - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do capital social com direito a voto;
IV - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculadas, da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal.
V – gastos com a execução de projetos e programas, que atingem direta ou indiretamente as crianças e
adolescentes, fazendo-os constar em planilha separada na Lei Orçamentária Anual.
§ 4º A previsão de receita e a fixação da despesa no projeto e na lei orçamentária devem refletir com
fidedignidade a conjuntura econômica e a política fiscal do Município.
§ 5º É obrigatória a execução da Programação incluída na lei orçamentária anual resultante das emendas
parlamentares.
§ 6º As emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1% (um por cento)
da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. § 7º A não execução da programação orçamentária,
nas condições previstas nos §§ 5º e 6º deste artigo, implicará em sanções legais, salvo nas situações abaixo
especificadas, desde que autorizadas pela Câmara Municipal.
I – nos casos de impedimento de ordem técnica, legal ou operacional que torne impossível a sua execução,
mediante justificativa apresentada pelo Poder Executivo até 90 (noventa dias) antes do encerramento da Sessão
Legislativa;
II – quando for constatado que o montante previsto poderá resultar no não cumprimento das metas fiscais
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, situação esta, em que as emendas parlamentares poderão ser
reduzidas em percentual igual ao que incidir sobre o conjunto das despesas discricionárias;
§ 8º Para fins do disposto no §§ 5º e 6º deste artigo, a execução da programação orçamentária das emendas
parlamentares obedecerá ao percentual de 50% (cinquenta por cento) que será destinado a ações e serviços
públicos de saúde.

Os três instrumentos acima – PPA, LDO e LOA - são chamados de leis orçamentárias, que são de
iniciativa do poder Executivo e aprovadas pelo poder Legislativo.

O plano plurianual (PPA) é uma lei que abrange o período de quatro anos e estabelecerá diretrizes,
objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada.

Os planos e programas locais devem ser elaborados tomando por base o plano plurianual.

A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) é anual e conterá as metas e prioridades da administração,


incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. A LDO orienta a elaboração
da LOA, dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação, bem
como prevê os gastos com projetos e programas que atinjam crianças e adolescentes. Além disso,

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para que sejam criados cargos, empregos, funções ou concessão de vantagens ou aumentos de
remuneração é necessária autorização na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A lei orçamentária anual (LOA) conterá a previsão de receitas e fixação das despesas. A LOA é
dividida em três orçamentos:

a) fiscal referente aos Poderes do Município, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta.
b) das entidades da Administração Indireta, inclusive das fundações instituídas pelo Poder
Público.
c) de investimento das empresas das quais o Município participe.
d) de seguridade social abrangendo os fundos e fundações instituídos pelo Município.

Os projetos adicionados à LOA em virtude de emendas parlamentares, que se limitam a 1% da


receita corrente líquida do ano anterior, devem ser executados.

Art. 102 Os projetos de Lei Orçamentária serão acompanhados de demonstrativos dos efeitos decorrentes das
isenções, anistias, remissões, subsídios, e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Art. 103 A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação de despesa,
não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de créditos, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

O art. 103 dispõe sobre o princípio da exclusividade (CF/88, art. 165, § 8º). Esse princípio determina
que o orçamento não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das
despesas. Há, contudo, duas importantes exceções: i) a autorização para abertura de créditos
suplementares e; ii) autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

Art. 104 Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual, e aos
créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciadas pela Câmara Municipal e, se for o caso,
aprovados pela maioria absoluta de seus membros.
§ 1º As emendas ao projeto de lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o modifiquem serão admitidas, desde
que:
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídas as
que incidem sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida.
III - estejam relacionadas com:
a) a correção de erros e omissões;
b) os dispositivos do texto do projeto de lei.

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§ 2º As emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis
com o Plano Plurianual;
§ 3º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal, propondo modificações nos projetos a que se
refere este artigo, enquanto não iniciada a votação nas Comissões, da parte cuja alteração é proposta ;
§ 4º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto neste capítulo, as
demais normas relativas ao processo legislativo;
§ 5º Os recursos financeiros que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição total ou parcial do projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização do processo legislativo.

Emendas à LOA são propostas por meio das quais os vereadores opinam sobre a alocação de
recursos públicos. Tais emendas podem acrescentar, suprimir ou modificar itens da proposta de lei,
mas devem observar as condições impostas pelos parágrafos1° e 2° do art. 104.

Os recursos que por algum motivo, como veto ou rejeição do projeto da LOA, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados como créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização em lei.

21. (Procurador de Manaus/2018) Na elaboração de seus orçamentos anuais, o Município deve


observar o disposto na lei de diretrizes orçamentárias do respectivo estado-membro.

Comentário:

O orçamento anual do município não possui nenhuma relação com a LDO do Estado. O Orçamento
do município deve observar a LDO do próprio município.

Gabarito: errada.

22. (CM São José/2016) As emendas ao projeto de lei do plano plurianual somente poderão ser
aprovadas quando compatíveis com a lei orçamentária anual.

Comentário:

É o contrário. As emendas à Lei Orçamentária só poderão ser aprovadas se compatíveis com o Plano
Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Gabarito: errada.

23. (Questão inédita) O aumento de remuneração, a admissão ou a contratação de pessoal só


são possíveis se houver prévia previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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Comentário:

É isto que dispõe o inciso IV, do § 2º, do art. 100 da Lei Orgânica de Cuiabá.

Gabarito: correta.

24. (SEF SC/2018) É vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei


orçamentária anual na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de
despesas.

Comentários:

A anulação de despesas é a hipótese que permite a aprovação de emendas ao projeto de lei


orçamentária. Isto foi disposto no art. 104:

§1º. As emendas ao projeto de lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o modifiquem serão admitidas, desde
que: (...)
II- indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa.

Gabarito: errada.

4. EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


Art. 108 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do município e das
entidades de sua administração pública direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncias de receitas, será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo e pelo sistema de controle interno do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo único. As contas do Município, após parecer prévio, ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente,
à disposição de qualquer contribuinte para exame e apreciação.

O controle da Administração Pública pode ser feito de dois tipos diferentes: controle interno e
controle externo. O controle externo é competência da Câmara Municipal, que o exerce com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT).

O art. 108 é baseado no art. 70 da CF/88 que determina que a fiscalização realizada pelo Legislativo
(Câmara Municipal) tem como objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade e a aplicação
das subvenções e a renúncia de receitas.

a) Legalidade: analisa a obediência do administrador à lei, verificando a validade dos atos


administrativos em face do ordenamento jurídico.
b) Legitimidade: representa a análise da aceitação, pela população, da gestão da coisa
pública.
c) Economicidade: compreende a análise de custo/benefício das ações do Poder Público.

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d) Financeira: refere-se à aplicação das subvenções, à renúncia de receitas, às despesas e às


questões contábeis.

Após o parecer prévio do TCE/MT, as contas do Município ficarão, por 60 dias, a disposição dos
contribuintes para exame e apreciação.

Art. 110 A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na Lei Complementar a que
se refere o artigo 16 da Constituição Federal.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou a
alteração da estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades
da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão
ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista;
III - desde que autorizadas por maioria absoluta do Poder Legislativo.

O art. 110 da Lei Orgânica de Cuiabá traz regras para o controle das despesas com pessoal. Segundo
esse dispositivo, a despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar, que é a Lei da Responsabilidade Fiscal.

Para que sejam criados cargos, empregos, funções ou concessão de vantagens ou aumentos de
remuneração é necessária obedecer a duas condições:

a) Prévia dotação orçamentária para o aumento de despesa e acréscimos decorrentes;


b) Autorização na Lei de Diretrizes Orçamentárias, exceto empresas públicas e sociedades de
economia mista que não dependam de verba pública para despesa com pessoal;
c) Autorização de maioria absoluta da Câmara Municipal.

Art. 111 O Poder Executivo publicará e enviará à Câmara Municipal, até 30 (trinta) dias após o encerramento de
cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária dos órgãos da administração direta, das
autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público.
§ 1º A Câmara Municipal publicará relatório resumido de sua execução orçamentária, até 15 (quinze) dias após
o encerramento de cada bimestre.
§ 2º A requerimento de qualquer Vereador serão fornecidas cópias de documentos no prazo de 15 (quinze) dias,
sob pena de, em não o fazendo, cometer o Poder Executivo infração político-administrativa, capitulada em lei.

Até trinta dias após o final de cada bimestre, o Poder Executivo enviará à Câmara o Relatório
Resumido e Execução Orçamentária da Administração Direta e Indireta.

Já a Câmara Municipal deve publica Relatório Resumido de Execução Orçamentária até 15 dias após
o encerramento de cada bimestre.

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Qualquer Vereador pode solicitar cópias de documentos ao Executivo e tê-las fornecidas em até 15
dias, sob pena de infração político-administrativa.

Art. 112 Imediatamente após a promulgação da Lei Orçamentária Anual, o Poder Executivo elaborará a
programação financeira, levando em conta os recursos orçamentários, para utilização dos respectivos créditos
pelas unidades administrativas.
Parágrafo único. O disposto nesse artigo aplica-se aos Poderes Executivo e Legislativo, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas

Logo após a publicação da LOA, o Poder Executivo deve elaborar programação financeira para
utilização dos respectivos créditos pelas unidades administrativas.

Art. 119 O contribuinte poderá questionar a legitimidade das contas, mediante requerimento por escrito e por
ele assinado, perante a Câmara Municipal.
§ 1º O Legislativo Municipal apreciará as objeções ou impugnações do contribuinte, em sessão ordinária dentro
de no máximo 20 (vinte) dias, a contar do seu recebimento;
§ 2º Se acolher o requerimento, remeterá o expediente ao Tribunal de Contas para pronunciamento, e ao Prefeito
para defesa e explicações, depois do que julgará as contas em definitivo.

O art. 119 prevê uma forma de controle social, segundo o qual o contribuinte pode questionar a
legitimidade de contas públicas perante a Câmara Municipal. Tais objeções devem ser apreciadas
pelo Legislativo em até 20 dias após o recebimento. Se o requerimento for acolhido, o Tribunal de
Contas do Estado deve manifestar-se e dar-se-á a possibilidade de o Prefeito defender-se antes do
julgamento em definitivo.

Art. 120 Até 60 (sessenta) dias após início de sessão legislativa de cada ano, o Prefeito Municipal encaminhará
ao Tribunal de Contas do Estado as contas do Município, que se comporão de:
I - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas dos órgãos da administração direta bem
como as dos Fundos Especiais, das Fundações e das Autarquias, instituídas e mantidas pelo Poder Municipal e
de Empresas Municipais;
II - notas explicativas às demonstrações de que trata este artigo;
III - relatório circunstanciado da gestão dos recursos públicos municipais, no exercício demonstrado.

Anualmente, em até 60 dias após o início do exercício, o Prefeito deve enviar as contas do ano
anterior para apreciação do Tribunal de Contas do Estado.

Art. 121 São sujeitas à tomada de prestação de contas os agentes da Administração Municipal responsável por
bens e valores pertencentes ou confiados à Fazenda Pública Municipal.
§ 1º A tesouraria do Município, ou servidor que exerça a função correlata, fica obrigada à prestação do boletim
diário da tesouraria, que será fixado em local próprio na sede da Prefeitura Municipal.
§ 2º Os demais agentes municipais arrecadadores apresentarão as suas respectivas prestações de contas até 05
(cinco) dias após o dia em que o valor tenha sido recebido.
§ 3º Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre bens e valores municipais ou pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste. assuma
obrigações de natureza pecuniária.

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Todos os agentes municipais responsáveis por bens e valores pertencentes à Fazenda Pública
Municipal estão sujeitos à prestação de contas.

Não só a Administração Pública está sujeita à fiscalização, mas também todo aquele, pessoa física
ou jurídica, que estiver envolvido com bens ou valores públicos do Município ou que, em nome
deste, assuma obrigações de natureza financeira ou patrimonial.

25. (Questão Inédita) No Município de Cuiabá, o controle externo fica a cargo da Câmara
Municipal, que o exerce com o auxílio do Tribunal de Contas Municipal.

Comentário:

Em Cuiabá não existe Tribunal de Contas Municipal. Assim, o controle externo é competência da
Câmara Municipal, que o exerce com o auxílio do TCE/MT.

Gabarito: errada.

26. (Questão inédita) Até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, o Poder Executivo
enviará à Câmara Municipal o Relatório Resumido de Execução orçamentária dos órgãos da
Administração Direta e Indireta.

Comentário:

Esta é a previsão do art. 111 da Lei Orgânica de Cuiabá.

Gabarito: correta.

5. ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL


Art. 123 Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de outras iniciativas, no
sentido de:
I - fomentar a livre iniciativa;
II - privilegiar a geração de empregos;
III - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-de-obra;
IV - racionalizar a utilização de recursos naturais;
V - proteger o meio ambiente;
VI - proteger os usuários dos serviços públicos e os consumidores;

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VII - dar tratamento privilegiado à pequena produção artesanal ou mercantil, às microempresas e às pequenas
empresas locais, considerando sua contribuição para a democratização de oportunidades econômicas, inclusive
para os grupos sociais mais carentes;
VIII - estimular o associativismo, cooperativismo e as microempresas;
IX - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da atividade econômica;
X - desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras esferas do governo, de modo a que sejam, entre
outros, efetivados:
a) assistência técnica;
b) crédito especializado ou subsidiado;
c) estímulos fiscais e financeiros;
d) serviços de suporte informativo ou de mercado.

No art. 123 da Lei Orgânica de Cuiabá dispõe alguns objetivos a serem perseguidos pelo Município
na promoção de seu desenvolvimento econômico.

5.1. EDUCAÇÃO

Art. 128 O Município organizará seu sistema de ensino, garantindo a todos ensino de qualidade, gratuito e em
todos os níveis, pautado nos ideais de igualdade, liberdade e solidariedade social, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa humana.
I - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
II - A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.

A Educação foi garantida pela Constituição Federal como um direito fundamental, e é um dos mais
importantes, já que permite o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

É dever do Município promover um ensino de qualidade, gratuito, baseado na igualdade e visando


o pleno desenvolvimento da pessoa humana.

Art. 129 O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, assim como a
educação para adultos, que a elas não tiverem acesso em idade própria.
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive
sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
II - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares
de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º É de responsabilidade do Município, através da ação conjunta entre as Secretarias de Educação, Bem-Estar
Social e Saúde, garantir a infraestrutura física e de pessoal adequada para a realização do serviço de creche no
âmbito dos programas de saúde, educação e assistência.
§ 2º As creches deverão estar vinculadas diretamente a Secretaria de Educação que se responsabilizará por:
a) manutenção;
b) gestão;

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c) qualificação dos profissionais através de formação específica;


d) criação de planos de cargos e carreiras;
e) estabelecimento de convênios com creches comunitárias e filantrópicas, bem como, sua sistemática avaliação.
§ 3º O educador de creche deverá estar vinculado a Secretaria Municipal de Educação, na área de educação
infantil (creches e pré-escola), com formação mínima do nível médio.
§ 4º Num prazo máximo de 08 (oito) anos deverá ser estipulado para que os educadores de creches obtenham a
qualificação necessária à atuação na área.
§ 5º A expansão da rede de creches municipais, dentro dos padrões de qualidade, poderá, prioritariamente, ser
direcionada a população periférica urbana e da zona rural, a ser realizado em caráter emergencial.
§ 6º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, e o Município definirão formas de
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

A atuação do Município na Educação privilegiará a promoção de ensino pré-escolar e fundamental.


Além destes, a Lei Orgânica elencou outros deveres, como manter creches públicas e gratuitas e
promover programas suplementares de assistência, como auxílio material escolar, alimentação,
transporte e assistência à saúde.

Art. 132 A administração pública municipal assegurará o conteúdo mínimo para o ensino fundamental e na
educação infantil de maneira a propiciar formação básica comum.
Art. 133 As unidades escolares terão autonomia na definição da política pedagógica, respeitados, em seus
currículos, os conteúdos mínimos estabelecidos a nível nacional, tendo como referência os valores culturais e
artísticos nacionais e regionais, a iniciação técnico-científica e os valores ambientais.

Nas escolas municipais assegura-se o ensino do conteúdo mínimo do ensino fundamental e


educação infantil.

As escolas são livres para definir sua política pedagógica, seus currículos, respeitado o mínimo
estabelecido a nível nacional, com respeito e consideração pelos valores culturais e artísticos
nacionais e regionais, com incentivo à iniciação técnico-científica e aos valores ambientais.

Art. 143 O Município aplicará da receita resultante de impostos, inclusive a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento da educação escolar, os seguintes percentuais:
a) um mínimo de 30% (trinta por cento), durante o ano de 1.991
b) um mínimo de 35% (trinta e cinco por cento), a partir do ano de 1.992.

O Município de Cuiabá deve aplicar, no mínimo 35% das suas receitas provenientes de impostos e
de transferência de outros entes, na manutenção e desenvolvimento da educação escolar.

5.2. SAÚDE

Art. 164 A saúde é direito de todos os Munícipes e dever do poder público, assegurada mediante políticas sociais,
econômicas e ambientais que visem à eliminação do risco de doenças e de outros agravos e o acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

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Parágrafo único. Entende-se como saúde a resultante das condições de alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de
saúde, garantidas através de um plano de desenvolvimento urbano elaborado de acordo com o Art. 301 da
Constituição do Estado de Mato Grosso.

A Constituição Federal classificou a saúde como um direito fundamental, visto que a relacionou
junto com os demais direitos sociais. É um direito de todos, independente de qualquer contribuição
e dever do Estado, que buscará cumpri-lo por meio de políticas sociais e econômicas. Seu objetivo
é reduzir o risco de doenças e outros agravos e promover o acesso universal e igualitário às ações e
serviços de saúde.

A lei Orgânica estabeleceu que saúde envolve o oferecimento de boas condições de alimentação
habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, lazer e liberdade.

Art. 165 O conjunto das ações e serviços de saúde do Município de Cuiabá integra uma rede regionalizada e
hierarquizada, é desenvolvido por órgãos e instituições públicas, federais, estaduais e municipais, de
administração direta e indireta, e constitui o Sistema Único de Saúde (SUS), que é regulamentado por esta lei.
Parágrafo único. O setor privado participa do SUS em caráter complementar, segundo diretrizes deste, mediante
contrato ou convênio, através de licitação pública, tendo preferência as entidades filantrópicas e sem fim
lucrativo.

As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e


constituem um Sistema Único de Saúde (SUS), previsto no art. 198 da Constituição Federal. A
regionalização tem como objetivo permitir a adaptação das ações e serviços de saúde às
necessidades locais. A hierarquização, por sua vez, consiste na distribuição de tarefas entre os entes
federativos de acordo com níveis crescentes de complexidade. A decisões a respeito da matéria
serão tomadas por representantes das entidades gestoras, dos trabalhadores da saúde e dos
usuários.

Art. 170 O Sistema Único de Saúde será financiado com recursos da seguridade social, provenientes do
Orçamento do Município, Transferências Federais, Estaduais e de outras fontes.
§ 1º A saúde constitui-se em prioridade do Município, materializada através de recursos financeiros anualmente
previstos em seu orçamento e efetivamente aplicados.
§ 2º O Município aplicará percentual nunca inferior a 15% (quinze por cento) do orçamento anual, com as
despesas na área de saúde.
§ 3º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a instituições privadas de saúde que
tenham fins lucrativos.
§ 4º O Municípios, aplicará no mínimo quinze por cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere
o art. 156 e dos recursos de que tratam os artigos 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º da Constituição Federal.

O SUS é financiado por recursos da seguridade social, provenientes do orçamento do Município,


Transferências Federais, Estaduais e de outras fontes.

A saúde é prioridade do Município de Cuiabá, assim, nunca menos de 15% do orçamento anual será
destinado a esta área.

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Recursos públicos não podem ser destinados a instituições privadas que ofereçam serviços de saúde
se tiverem finalidades lucrativas.

27. (Questão inédita) As ações de saúde em Cuiabá serão financiadas exclusivamente por
recursos da seguridade social.

Comentário:

Não. As ações de saúde de Cuiabá possuem várias fontes de custeio. Veja o disposto no art. 170:

Art. 170 O Sistema Único de Saúde será financiado com recursos da seguridade social, provenientes do
Orçamento do Município, Transferências Federais, Estaduais e de outras fontes.

Gabarito: errada.

28. (Questão inédita) No que se refere à Educação, a Constituição federal estabeleceu que o
Município priorizará a prestação de serviço gratuito de educação infantil e ensino fundamental.

Comentário:

Na educação, o Município deve atuar, prioritariamente, no nível básico, ensino fundamental e


educação infantil.

Gabarito: correta.

29. (Questão inédita) Embora a Constituição Federal tenha fixado o mínimo de 25%, a Lei
Orgânica de Cuiabá determinou que o Município deve aplicar, no mínimo, 35% de sua receita
resultante de impostos e transferências recebidas do Estado e da União na manutenção e
desenvolvimento do ensino.

Comentário:

Este item corresponde ao art. 143.

Gabarito: correta.

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30. (Questão inédita) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta uma
afirmação falsa em relação aos servidores Municipais de Cuiabá:

a) O servidor público eleito vereador de Cuiabá deverá ser licenciado do cargo efetivo.
b) Parte dos cargos públicos serão reservados para pessoas portadoras de deficiência.
c) O servidor público tem direito à associação sindical.
d) A remuneração dos servidores público e subsídios serão submetidos a revisão geral anual
sempre na mesma data e sem distinção de índices.
e) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Comentários:

a) Errada. Havendo compatibilidade de horários, poderá exercer o cargo de Vereador e de


servidor público.
b) Correta. Parte dos cargos e empregos públicos de Cuiabá á são destinados às pessoas
portadoras de deficiência.
c) Correta. Este é um direito dos servidores públicos.
d) Correta. A revisão geral anual da remuneração e de subsídios é um dos direitos dos servidores
municipais.
e) Correta. Esta é a previsão do § 2º do art. 61.

Gabarito: A.

31. (Questão inédita) Com relação aos servidores públicos, é correto afirmar que:

a) Para a investidura de cargo em comissão ou emprego público, é obrigatória a aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, na forma prevista em lei.
b) O servidor público não poderá se organizar em sindicatos.
c) O concurso público para provimento de cargo de carreira terá a validade de 1 ano,
improrrogável.
d) A proibição de acumular cargos públicos se estende a autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e empresas públicas.
e) A criação de autarquias depende de autorização em lei.

Comentários:

a) Errada. A investidura em cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração. A posse em


cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público.

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b) Errada. O servidor público tem direito à livre associação sindical.


c) Errada. Segundo o art. 97, o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos,
prorrogável uma vez, por igual período.
d) Correta. A vedação à acumulação de cargos públicos se estende às entidades da
administração indireta.
e) Errada. As autarquias são criadas por lei. A autorização legislativa é para criação de sociedades
de economia mista, empresas públicas e fundações.
Gabarito: D.

32. (FCC – DETRAN/MA – adaptada) De acordo com a Lei Orgânica de Cuiabá, o servidor público
estável, nomeado em virtude de concurso público, só perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa. Quando por sentença judicial for invalidada a demissão de servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga

a) Exonerado, sem direito a indenização.


b) Reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade.
c) Aproveitado em outro cargo, com direito à indenização obrigatória correspondente à média
dos doze últimos salários do servidor.
d) Deverá ser posto em disponibilidade, com direito à indenização obrigatória correspondente
à média dos seis últimos salários do servidor.
e) Deverá ser exonerado, com direito à indenização referente a eventuais perdas e danos
devidamente comprovados.

Comentário:

A resposta para esta questão se encontra no § 2º do art. 61 da Lei Orgânica de Cuiabá:

§ 1º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
do cargo, se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, e aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Gabarito: B.

33. (NC-UFPR - CM Quitandinha - adaptada/2018) Com fundamento na lei Orgânica do Município


de Cuiabá, considere as seguintes afirmativas:

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1. Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão da função pública, perda dos


direitos políticos, indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário, na forma e graduação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
2. O Poder Público responde pelos atos praticados por seus agentes quando a vítima demonstrar
culpa ou dolo do Estado.
3. Os recursos orçamentários provenientes da economia de despesa podem ser usados, em cada
órgãos, autarquia e fundação, no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento do serviço público e, inclusive,
sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
4. São estáveis, após dois anos da nomeação, os servidores que tenham ingressado no cargo por
concurso público.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentários:

1. Errada. Houve inversão das sanções. No caso de ato de improbidade administrativa, haverá perda
da função pública, suspensão dos direitos políticos, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao
erário.

2. Errada. No Brasil vigora a teoria do risco administrativo, segundo a qual o Estado e outras pessoas
jurídicas prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos praticados pelos seus agentes,
independente da culpa. A culpa ou dolo é importante para o Estado exercer o direito de regresso
contra aquele que assim agiu.

3. Correta. Isto foi estabelecido no art. 59 da Lei Orgânica de Cuiabá.

Art. 59 A lei disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade
e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

4. Errada. Os servidores públicos adquirem estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.

Gabarito: B.

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34. (FEPESE - Controlador Interno (Águas de Chapecó) adaptada/2019) Analise a frase abaixo,
de acordo com a Lei Orgânica do Município de Cuiabá e alterações:

Os Poderes Executivo e Legislativo são obrigados a fornecer, a qualquer interessado, no prazo


máximo de ____________ dias, certidão dos atos, contratos e decisões, sob pena de
responsabilidade da autoridade ou servidor público municipal que negar ou retardar sua expedição.
No mesmo prazo deverão atender às requisições judiciais se outro não for fixado pelo Juiz.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

a) 5
b) 10
c) 15
d) 30
e) 45

Comentário:

A questão pode ser respondida através da literalidade do art. 64 da Lei Orgânica de Cuiabá:

Art. 64 Os Poderes Executivo e Legislativo são obrigados a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de
15 (quinze) dias, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor
que negar ou retardar a sua expedição, assim como atender as requisições judiciais em igual prazo, se outro não
fixado pela lei ou autoridade judiciária.

Gabarito: C.

35. (FUNDATEC – CM Bagé - adaptada/2015) De acordo com a Lei Orgânica, §4º do art. 49, os
atos de improbidade administrativa importarão em _______ dos direitos políticos, a ________ da
função pública, a ________ dos bens e o ressarcimento ao erário Municipal na forma e gradação
prevista na legislação federal, sem prejuízo da ação penal cabível.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

a) Suspensão – perda – indisponibilidade


b) Cassação – suspensão – disponibilidade.
c) Perda – cassação – indisponibilidade.
d) Suspensão – perda – disponibilidade.
e) Cassação – suspensão – indisponibilidade.

Comentário:

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A questão exige a literalidade do § 4º do art. 49 da Lei Orgânica de Cuiabá.

§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível.

Gabarito: A.

36. (VUNESP - Contador (CM Tatuí)/2019) Considerando o disposto na Lei Orgânica do Município
de Cuiabá, responda a questão.

Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título,
pertencem ao Município.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

a) Cabe à Câmara a administração dos bens municipais, respeitada a competência exclusiva


do Prefeito quanto àqueles utilizados em seus serviços.
b) A alienação de bens municipais imóveis dependerá de autorização legislativa e
concorrência para os casos de doação e permuta.
c) O Palácio Alencastro é bem público inalienável.
d) A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de autorização legislativa
e avaliação posterior.
e) O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito apenas mediante concessão ou
permissão de uso, conforme o caso e quando houver interesse público devidamente
justificado.

Comentários:

a) Errada. É o contrário. Cabe ao Prefeito a administração do patrimônio municipal, respeitada


a competência da Câmara quanto aos bens usados em seus serviços.
b) Errada. A concorrência é dispensada para os casos de doação e permuta de bens imóveis.
c) Correta. O item corresponde ao parágrafo único do art. 75 da Lei Orgânica de Cuiabá.
d) Errada. A aquisição depende de prévia avaliação e autorização legislativa.
e) Errada. A concessão de uso não ocorre apenas mediante concessão e permissão, há também
a hipótese de autorização.

Gabarito: C.

37. (VUNESP - IPSM SJC - adaptada/2018) A respeito dos tributos municipais, segundo a Lei
Orgânica do Município de Cuiabá, o Município

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a) Poderá instituir e cobrar taxas para custeio de sistemas de previdência e assistência social.
b) Poderá instituir taxa para custeio do serviço de iluminação pública.
c) Poderá instituir imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, a qualquer título, por ato
oneroso ou gratuito.
d) Não poderá instituir o IPTU progressivo em razão do valor do imóvel ou estabelecer
alíquotas diferenciadas de acordo com a localização e o uso do imóvel.
e) O Município poderá estabelecer regimes de tributação especiais e simplificados para
favorecer o desenvolvimento de microempresas e empresas de pequeno porte.

Comentários:

a) Errada. Poderá instituir contribuição social, cobrada de seus servidores para custeio, em
benefício deles, do sistema de previdência e assistência social, por isso ter sido previsto no §
1º do art. 149 da CF/88.
b) Errada. Neste caso é contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Há ainda
uma súmula do STF que diz que “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa”.
c) Errada. O ITBI incide apenas sobre atos onerosos. Quando a transmissão for gratuita incidirá
o ITCMD.
d) Errada. IPTU poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel, de forma a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade e, também, ter alíquotas diferentes de acordo
com a localização e o uso do imóvel.
e) Correta. O item está de acordo o parágrafo único do art. 81:
Parágrafo único. Definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados, obedecido o art. 146 III “d” da Constituição Federal.

Gabarito: E.

38. (FUNDATEC - CM Eldorado do Sul - adaptada/2018) A receita e a despesa pública do Município


obedecerão às leis do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, de
iniciativa do Poder Executivo. Considerando esse assunto, analise as assertivas abaixo, assinalando
V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas para as ações municipais


de execução plurianual.
( ) O plano de diretrizes orçamentárias compreenderá as prioridades da administração do
Município para o exercício financeiro subsequente, auxiliará a elaboração da proposta
orçamentária anual, dispondo, ainda, quando for o caso, sobre as alterações na legislação
tributária.

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( ) O orçamento anual, compatibilizado com plano plurianual e elaborado em conformidade


com a lei de diretrizes orçamentárias, compreenderá a previsão de receitas e fixação de
despesas dos Poderes do Município, suas autarquias e fundações.
( ) O projeto de orçamento anual será acompanhado, dentre outras coisas, do demonstrativo
dos efeitos sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções e outros benefícios de
natureza financeira, tributária e tarifária.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – F – V.
b) F – F – V – F.
c) V – V – V – V.
d) F – F – F – F.
e) V – F – V – F.

Comentários:

I – Correta. Está é uma função do PPA.

II – Correta. A LDO contém as metas e prioridades para o exercício financeiro, orienta a


elaboração da LOA e dispõe sobre alterações na política tributária e tarifária.

III – Correta. A LOA, compatibilizada com o PPA e LDO, é composta pelos orçamentos da
administração direta, das autarquias e das fundações municipais.

IV – Correta. A LOA deve conter o demonstrativo do impacto das isenções nas receitas
municipais.

Gabarito: C.

39. (FUNDATEC - Pref Gramado – adaptada/2019) A saúde e a educação são direitos de todos,
sendo assim, conforme a Lei Orgânica de Cuiabá, o Município destinará do seu Orçamento Anual, no
mínimo, ____ para a Educação e _____ para a Saúde.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

a) 10% – 20%
b) 35% – 15%
c) 15% – 30%
d) 20% – 10%
e) 25% – 15%

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Comentários:

Hoje, como estamos em 2019, o Município de Cuiabá deve aplicar, no mínimo, 35% de sua receita
de impostos e proveniente de transferência na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 143 O Município aplicará da receita resultante de impostos, inclusive a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento da educação escolar, os seguintes percentuais:
a) um mínimo de 30% (trinta por cento), durante o ano de 1.991
b) um mínimo de 35% (trinta e cinco por cento), a partir do ano de 1.992.

Na Saúde, o percentual mínimo é de 15%:

Art. 170 O Sistema Único de Saúde será financiado com recursos da seguridade social, provenientes do
Orçamento do Município, Transferências Federais, Estaduais e de outras fontes.
§ 1º A saúde constitui-se em prioridade do Município, materializada através de recursos financeiros anualmente
previstos em seu orçamento e efetivamente aplicados.
§ 2º O Município aplicará percentual nunca inferior a 15% (quinze por cento) do orçamento anual, com as
despesas na área de saúde.

Gabarito: B.

6. LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão Inédita) Segundo a Lei Orgânica de Cuiabá, a Administração Pública deverá observar
os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
2. (Questão Inédita) Os cargos e empregos públicos serão preenchidos por brasileiros natos que
cumpram os requisitos da lei e sejam admitidos mediante concurso público
3. (TRT – 3a Região – 2015) Empresa pública estadual pretende contratar advogados para
preenchimento de empregos públicos vagos em seu departamento jurídico. Considerando que os
advogados não exercerão a função de direção, chefia e de assessoramento, a empresa pública
deverá contratá-los mediante concurso público, válido pelo prazo de dois anos, prorrogável uma vez
por igual período, sendo vedada a livre nomeação pelo dirigente da entidade.
4. (Questão Inédita) Os estrangeiros não poderão ocupar cargos públicos na Administração
Pública do Município de Cuiabá.
5. (Questão Inédita) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão.
6. (Questão inédita) O servidor público municipal tem garantido o direito de greve dentro dos
limites estabelecidos em lei. Como esta tal lei ainda não foi editada, tal direito encontra-se suspenso.
7. (Questão inédita) Pelo menos mensalmente, os servidores terão seus vencimentos
reajustados em índice suficiente para repor seu poder aquisitivo.

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8. (Questão inédita) O servidor público municipal que for investido em mandato de Prefeito
deverá afastar se do cargo e receberá o subsídio do cargo eletivo.
9. (UEG – 2015) É constitucional a criação de cargos temporários mesmo para atender situações
que não sejam de necessidade temporária de excepcional interesse público.
10. (Questão inédita) O Município é obrigado a fornecer ao interessado, certidões dos atos,
contratos e decisões, quando solicitado, no prazo mínimo de 15 dias, sob pena de responsabilidade
da autoridade ou servidor que a negar ou retardar sua prestação.
11. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o
cargo.
12. (Questão inédita) O município responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros
em casos de evidente culpa ou dolo.
13. (Questão inédita) Aos servidores públicos eleitos para representar a categoria em entidade
sindical é garantida a estabilidade a partir do registro da candidatura até 1 ano após o exercício do
mandato, mesmo que na condição de suplente.
14. (Questão Inédita) No Município de Cuiabá, a execução de obras públicas municipais deverá
ser sempre precedida de projeto elaborado segundo as normas técnicas adequadas e indicação dos
recursos financeiros para atendimento das despesas.
15. (Questão Inédita) A alienação de bens municipais deverá ser sempre precedida de avaliação,
ressalvados os casos de doação.
16. (Questão Inédita) É possível o uso de bens municipais por terceiros, mediante concessão,
permissão ou autorização, se o interesse público o justificar.
17. (Questão inédita) É necessária prévia autorização legislativa para a alienação de bens móveis
municipais.
18. (Questão inédita) Dentre os tributos de competência do Município estão: IPTU, ITBI, ISS,
contribuição de melhoria, preços públicos e taxas.
19. (Questão inédita) A instituição de taxas em razão do poder de polícia é privativa da União.
20. (Questão inédita) Pertence ao Município 50% do total arrecadado pelo Estado com IPVA de
Veículos licenciado em Cuiabá.
21. (Procurador de Manaus/2018) Na elaboração de seus orçamentos anuais, o Município deve
observar o disposto na lei de diretrizes orçamentárias do respectivo estado-membro.
22. (CM São José/2016) As emendas ao projeto de lei do plano plurianual somente poderão ser
aprovadas quando compatíveis com a lei orçamentária anual.
23. (Questão inédita) O aumento de remuneração, a admissão ou a contratação de pessoal só
são possíveis se houver prévia previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
24. (SEF SC/2018) É vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei
orçamentária anual na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de
despesas.

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25. (Questão Inédita) No Município de Cuiabá, o controle externo fica a cargo da Câmara
Municipal, que o exerce com o auxílio do Tribunal de Contas Municipal.
26. (Questão inédita) Até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, o Poder Executivo
enviará à Câmara Municipal o Relatório Resumido de Execução orçamentária dos órgãos da
Administração Direta e Indireta.
27. (Questão inédita) As ações de saúde em Cuiabá serão financiadas exclusivamente por
recursos da seguridade social.
28. (Questão inédita) No que se refere à Educação, a Constituição federal estabeleceu que o
Município priorizará a prestação de serviço gratuito de educação infantil e ensino fundamental.
29. (Questão inédita) Embora a Constituição Federal tenha fixado o mínimo de 25%, a Lei
Orgânica de Cuiabá determinou que o Município deve aplicar, no mínimo, 35% de sua receita
resultante de impostos e transferências recebidas do Estado e da União na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
30. (Questão inédita) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta uma
afirmação falsa em relação aos servidores Municipais de Cuiabá:

a) O servidor público eleito vereador de Cuiabá deverá ser licenciado do cargo efetivo.
b) Parte dos cargos públicos serão reservados para pessoas portadoras de deficiência.
c) O servidor público tem direito à associação sindical.
d) A remuneração dos servidores público e subsídios serão submetidos a revisão geral anual
sempre na mesma data e sem distinção de índices.
e) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

31. (Questão inédita) Com relação aos servidores públicos, é correto afirmar que:

a) Para a investidura de cargo em comissão ou emprego público, é obrigatória a aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, na forma prevista em lei.
b) O servidor público não poderá se organizar em sindicatos.
c) O concurso público para provimento de cargo de carreira terá a validade de 1 ano,
improrrogável.
d) A proibição de acumular cargos públicos se estende a autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e empresas públicas.
e) A criação de autarquias depende de autorização em lei.

32. (FCC – DETRAN/MA – adaptada) De acordo com a Lei Orgânica de Cuiabá, o servidor público
estável, nomeado em virtude de concurso público, só perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada

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ampla defesa. Quando por sentença judicial for invalidada a demissão de servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga

a) Exonerado, sem direito a indenização.


b) Reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade.
c) Aproveitado em outro cargo, com direito à indenização obrigatória correspondente à média
dos doze últimos salários do servidor.
d) Deverá ser posto em disponibilidade, com direito à indenização obrigatória correspondente
à média dos seis últimos salários do servidor.
e) Deverá ser exonerado, com direito à indenização referente a eventuais perdas e danos
devidamente comprovados.

33. (NC-UFPR - CM Quitandinha - adaptada/2018) Com fundamento na lei Orgânica do Município


de Cuiabá, considere as seguintes afirmativas:

1. Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão da função pública, perda dos


direitos políticos, indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário, na forma e graduação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
2. O Poder Público responde pelos atos praticados por seus agentes quando a vítima demonstrar
culpa ou dolo do Estado.
3. Os recursos orçamentários provenientes da economia de despesa podem ser usados, em cada
órgãos, autarquia e fundação, no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento do serviço público e, inclusive,
sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
4. São estáveis, após dois anos da nomeação, os servidores que tenham ingressado no cargo por
concurso público.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

34. (FEPESE - Controlador Interno (Águas de Chapecó) adaptada/2019) Analise a frase abaixo,
de acordo com a Lei Orgânica do Município de Cuiabá e alterações:

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Os Poderes Executivo e Legislativo são obrigados a fornecer, a qualquer interessado, no prazo


máximo de ____________ dias, certidão dos atos, contratos e decisões, sob pena de
responsabilidade da autoridade ou servidor público municipal que negar ou retardar sua expedição.
No mesmo prazo deverão atender às requisições judiciais se outro não for fixado pelo Juiz.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

a) 5
b) 10
c) 15
d) 30
e) 45

35. (FUNDATEC – CM Bagé - adaptada/2015) De acordo com a Lei Orgânica, §4º do art. 49, os
atos de improbidade administrativa importarão em _______ dos direitos políticos, a ________ da
função pública, a ________ dos bens e o ressarcimento ao erário Municipal na forma e gradação
prevista na legislação federal, sem prejuízo da ação penal cabível.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

a) Suspensão – perda – indisponibilidade


b) Cassação – suspensão – disponibilidade.
c) Perda – cassação – indisponibilidade.
d) Suspensão – perda – disponibilidade.
e) Cassação – suspensão – indisponibilidade.

36. (VUNESP - Contador (CM Tatuí)/2019) Considerando o disposto na Lei Orgânica do Município
de Cuiabá, responda a questão.

Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título,
pertencem ao Município.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

a) Cabe à Câmara a administração dos bens municipais, respeitada a competência exclusiva


do Prefeito quanto àqueles utilizados em seus serviços.
b) A alienação de bens municipais imóveis dependerá de autorização legislativa e
concorrência para os casos de doação e permuta.
c) O Palácio Alencastro é bem público inalienável.

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d) A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de autorização legislativa


e avaliação posterior.
e) O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito apenas mediante concessão ou
permissão de uso, conforme o caso e quando houver interesse público devidamente
justificado.

37. (VUNESP - IPSM SJC - adaptada/2018) A respeito dos tributos municipais, segundo a Lei
Orgânica do Município de Cuiabá, o Município

a) Poderá instituir e cobrar taxas para custeio de sistemas de previdência e assistência social.
b) Poderá instituir taxa para custeio do serviço de iluminação pública.
c) Poderá instituir imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, a qualquer título, por ato
oneroso ou gratuito.
d) Não poderá instituir o IPTU progressivo em razão do valor do imóvel ou estabelecer
alíquotas diferenciadas de acordo com a localização e o uso do imóvel.
e) O Município poderá estabelecer regimes de tributação especiais e simplificados para
favorecer o desenvolvimento de microempresas e empresas de pequeno porte.

38. (FUNDATEC - CM Eldorado do Sul - adaptada/2018) A receita e a despesa pública do Município


obedecerão às leis do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, de
iniciativa do Poder Executivo. Considerando esse assunto, analise as assertivas abaixo, assinalando
V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas para as ações municipais


de execução plurianual.
( ) O plano de diretrizes orçamentárias compreenderá as prioridades da administração do
Município para o exercício financeiro subsequente, auxiliará a elaboração da proposta
orçamentária anual, dispondo, ainda, quando for o caso, sobre as alterações na legislação
tributária.
( ) O orçamento anual, compatibilizado com plano plurianual e elaborado em conformidade
com a lei de diretrizes orçamentárias, compreenderá a previsão de receitas e fixação de
despesas dos Poderes do Município, suas autarquias e fundações.
( ) O projeto de orçamento anual será acompanhado, dentre outras coisas, do demonstrativo
dos efeitos sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções e outros benefícios de
natureza financeira, tributária e tarifária.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – F – V.
b) F – F – V – F.

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c) V – V – V – V.
d) F – F – F – F.
e) V – F – V – F.

39. (FUNDATEC - Pref Gramado – adaptada/2019) A saúde e a educação são direitos de todos,
sendo assim, conforme a Lei Orgânica de Cuiabá, o Município destinará do seu Orçamento Anual, no
mínimo, ____ para a Educação e _____ para a Saúde.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

a) 10% – 20%
b) 35% – 15%
c) 15% – 30%
d) 20% – 10%
e) 25% – 15%

7. GABARITO
1. C 11. E 21. E 31. D

2. E 12. E 22. E 32. B

3. C 13. C 23. C 33. B

4. E 14. C 24. E 34. C

5. C 15. E 25. E 35. A

6. E 16. C 26. C 36. C

7. E 17. E 27. E 37. E

8. E 18. E 28. C 38. C

9. E 19. E 29. C 39. B

10. E 20. C 30. A

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