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FMU
Fernandes
RA: 6922930
Turma: 00320100A02
São Paulo
2021
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Resenha Jurídica
Sendo que, tal composto era liberado pela empresa Pacific Gas and Electric
(PG&E), a qual colocou em risco a saúde de centenas de pessoas e causou um grande
impacto ambiental naquela região. Além disso, a empresa tentou destruir todos os
documentos que á incriminaria, e mascarar os resultados que comprovavam os níveis de
toxidade das águas da localidade. É inegável que o envolvimento de Erin Brockovich
neste caso fora de estrema importância e determinante para que a sentença do
julgamento fosse favorável aos 634 moradores, sendo uma das maiores indenizações já
paga na história estadunidense, com o valor de US$ 333 milhões.
Vale lembrar, que nos EUA, funciona o sistema common law e da figura da
class action, que em geral, mesmo as demandas de caráter coletivo são interpostas por
seus titulares, representados diretamente pelos procuradores ou por alguns dos
prejudicados. Não há, como regra, a
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substituição processual que se percebe no direito pátrio com a ação civil pública. No
entanto, imagine-se que, no Brasil, se constatasse caso idêntico de poluição d’água com
causa de prejuízos a certo número de pessoas que a tenham ingerido. A procedência da
Ação Civil Pública interposta pelo Ministério Público firmaria a ocorrência do dano e a
responsabilidade da empresa causadora, levando apenas aos prejudicados buscarem em
juízo a reparação material (gastos atinentes ao tratamento médico) e moral (em face de
eventuais sequelas, da dor e do sofrimento causados pela patologia). Pois, a poluição e o
nexo ente ela a empresa já teriam sido demonstrados na Ação Civil Pública, acobertada
pelo manto da coisa julgada. Não há, assim, como considerar os traços da coisa julgada
aplicável aos direitos individuais para as demandas de caráter coletivo, difuso ou
individual homogêneo, precipuamente quando se tutela o bem ambiental, cujas
características são dotadas de peculiaridade e abrigam o risco de prejuízos irreparáveis,
com efeito futuro e indeterminado.
Judiciário ou dele receber incentivos ficais ou qualquer outro beneficio, vale ressaltar
que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,
co-autores ou participes no fato.
Por iguais razões, vale lembrar que este tipo de ação é fundamental para que o
judiciário não fique sobrecarregado com milhares de processos sobre um mesmo tema,
tendo uma decisão imediata e uniforme. Por fim, faz-se necessário dispormos sobre o
entendimento atual da jurisprudência brasileira, bem como vem sendo os seus
posicionamentos quando se trata deste assunto, sendo que através desta ementa, entende-
se que é possível cumular obrigação de fazer, não fazer e indenização visando reparar o
dano ambiental, comprovando que sua degradação não compensa financeiramente e
nem socialmente. Segue:
Referências Bibliográficas: