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JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____

JUSTIÇA GRATUITA
PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO - IDOSO

(REQUERENTE), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por


intermédio de seus advogados infra-assinados, procuraçã o anexa, (ADVOGADOS),
propor AÇÃO REIVINDICATÓRIA C/C PEDIDO DE ARBITRAMENTO DE
ALUGUEL E INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL em face de
(REQUERIDO), com arrimo nos artigos 498 e 538 do CPC e 1.228 do Có digo Civil,
com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA E PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO

Inicialmente, requer a concessã o da Assistência Judiciá ria Gratuita, nos termos dos
artigos 98 e 99, § 4º do CPC e art. 4º da Lei nº 1.060/50, por nã o possuir recursos
suficientes para suprir as custas processuais sem prejuízo de seu sustento.
O requerente é aposentado, e recebe benefício no valor de R$ ___, com o qual
sustenta sua casa, onde mora com sua esposa, Sra. ____ (ela nã o possui renda),
como comprova o extrato bancá rio com comprovaçã o dos rendimentos e despesas
do ú ltimo mês de maio.
Ocorre que sua esposa vem enfrentando grave problema de saú de, conforme faz
prova laudo médico acostado aos autos, apresentando quadro de demência, o que
requer constantes consultas e exames para acompanhamento, todos pagos pelo
requerente, já que eles nã o possuem plano de saú de. Desse modo, seu orçamento
está comprometido, e seu saldo bancá rio constantemente negativo, como é
possível observar também no extrato juntado.
Desse modo, o requerente nã o possui condiçõ es de arcar com custas e demais
despesas do processo, por isso vem requerer a assistência judiciá ria gratuita.
Ad argumentandum, insta mencionar que, por força do art. 99 do CPC, torna-se
desnecessá ria a juntada da declaraçã o de pobreza aos autos, na medida em que
consta do instrumento de mandato poderes específicos para o patrono do réu
requerer a gratuidade da justiça.
Além disso, o requerente é idoso, contando com 73 anos de idade, devendo assim
ter prioridade no andamento do feito, nos termos do artigo 1048, inciso I do CPC, o
que desde já se requer.
II – DOS FATOS
A princípio, cumpre salientar que o requerente é o legítimo proprietá rio do imó vel
em questã o, registrado sob matrícula nº ___ perante o Cartó rio do 1º Ofício de
Registro Geral de Imó veis da Comarca de ____ (Certidã o de Ô nus Reais anexa), cuja
individuaçã o e descriçã o segue abaixo:
Um lote de terreno para construçã o, identificado pela letra D da gleba A, medindo
doze (12,00) metros de frente, igual medida nos fundos, por trinta (30,00) metros
em cada uma das linhas laterais direita e esquerda, totalizando trezentos e
sessenta (360,00 m²) metros quadrados, confrontando-se frente com a referida
avenida, fundos com o lote I, lado direito com o lote C e lado esquerdo com o lote E,
objeto da inscriçã o municipal nº _____.
O requerente adquiriu no dia ___ o imó vel em questã o, localizado na ___, conforme
faz prova o aditivo contratual de transferência de direitos e obrigaçõ es (anexo),
formalizando o negó cio na data de ______ por meio de escritura pú blica de compra e
venda (anexa), de propriedade anterior do Sr. ___ e sua esposa, Sra. _______.
Além do mais, comprova-se que ele se encontra em dia com seus tributos
referentes à á rea conforme demonstra por meio dos comprovantes de pagamento
de IPTU, anexos.
Consigna-se que além da posse indireta que decorre da aquisiçã o do domínio, que
se deu mediante justo título regularmente registrado no CRI competente, o
requerente vem exercendo também a posse direta, mansa e ininterrupta, sobre
toda a sua propriedade desde a época em que foi realizada sua aquisiçã o,
realizando a manutençã o, limpeza e cuidados com o lote, e frequentando
anualmente a casa que havia no terreno
Quando o lote foi adquirido, ele já contava com essa casa, constituída por um
quarto grande, uma cozinha, e um banheiro grande, casa essa que era simples, mas
que o requerente utilizava para passar temporada com sua família, e alugava
eventualmente, quando nã o estava utilizando, para conhecidos.
Ocorre que, em virtude dos problemas de saú de que vêm acometendo sua esposa,
o requerente deixou de vir à casa por algum tempo, mais especificamente nos
ú ltimos dois anos. Porém, decidiu vir de _______, onde reside, para passar uma
temporada na casa, na data de 12/08/2020, almejando principalmente quitar os
impostos de 2018, 2019 e 2020 referentes ao imó vel, bem como limpar a casa e
realizar alguns reparos para poder alugar a mesma, que estava desocupada.
Todavia, assim que chegou no imó vel, qual nã o foi sua surpresa ao deparar-se com
o terreno invadido, e a sua casa demolida. Consternado, o requerente adentrou o
terreno, onde encontrou o requerido, que se identificou, dizendo ter adquirido o
imó vel de terceira pessoa que se autodeclarou dono do terreno.
O requerido entã o invadiu o terreno e simplesmente demoliu a casa que o
requerente havia construído no local, conforme fazem prova as fotos de antes e
depois, anexas. Assim, o requerente requisitou ao requerido seus dados pessoais, e
imediatamente foi à delegacia registrar Boletim Unificado, visto que o requerido
deixou claro que nã o iria se retirar do local, e inclusive já se encontrava realizando
o aterramento do lote para futura construçã o.
Diante desses fatos, nã o lhe restou alternativa a nã o ser se socorrer do judiciá rio
para retomar a posse do terreno que lhe é de direito.
III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
a) Dos requisitos da ação reivindicatória
Nesta açã o, o requerente deve provar o seu domínio, oferecendo prova inabalá vel
da propriedade, com o respectivo registro junto ao Cartó rio de Registro de
Imó veis, e descrevendo o imó vel com suas confrontaçõ es, bem como demonstrar
que a coisa reivindicada se encontra na posse do réu.
De tal sorte, três sã o os requisitos de admissibilidade da açã o reivindicató ria,
segundo a melhor doutrina: a) a titularidade do domínio pelo autor da á rea
reivindicada; b) a individualizaçã o da coisa; e, c) a posse injusta do réu.
Sendo assim, vejamos o entendimento jurisprudencial dos nossos Tribunais, in
verbis:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. COMPROVADO OS REQUISITOS DA AÇÃO REIVINDICATÓRIA
DEVE A MESMA SER JULGADA PROCEDENTE. I - Consideram-se presentes os requisitos da Ação
Reivindicatória quando comprovada a posse injusta em razão do próprio requerimento da apelada de
regularização da área por ela ocupada; a prova do domínio com base na escritura pública e a
individualização da área conforme o memorial descritivo. (TJ-MA - AC: XXXXX20088100001 MA XXXXX,
Relator: JORGE RACHID MUB┴RACK MALUF, Data de Julgamento: 12/12/2017, PRIMEIRA CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 15/01/2018 00:00:00)
***
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL- AÇÃO REIVINDICATÓRIA- USUCAPIÃO ALEGADO EM
DEFESA/RECONVENÇÃO- REQUISITOS- NÃO COMPROVAÇÃO- PROCEDÊNCIA DA AÇÃO REIVINDICATÓRIA
- A ação reivindicatória é proposta pelo proprietário que não tem a posse contra o não proprietário
que detém a posse, habilitando-se à recuperação do bem reivindicando a parte que provar ter o
domínio e ser injusta a posse exercida pela outra.- É injusta a posse exercida contra a vontade do dono,
não havendo que se falar em posse ad usucapionem. (TJ-MG - AC: XXXXX70134381004 MG, Relator:
Luciano Pinto, Data de Julgamento: 27/06/2019, Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 01/07/2019)
***
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. REQUISITOS DA AÇÃO REIVINDICATÓRIA.
COMPROVAÇÃO PELA PARTE AUTORA. No procedimento petitório o que de fato importa para o sucesso
do autor é apenas a comprovação do domínio sobre o imóvel e do exercício irregular da posse por
outrem, não sendo necessária a demonstração de posse anterior. Provada a propriedade e não tendo
sido ela perdida por outro meio de aquisição do domínio, como a usucapião, o direito à reivindicação do
imóvel, há de ser deferido ao autor. (TJ-MG - AC: XXXXX80196633001 MG, Relator: Alberto Henrique,
Data de Julgamento: 26/05/0020, Data de Publicação: 05/06/2020)

Assim, considerando que houve lesã o em grau má ximo, conforme cabalmente


demonstrado, uma vez que o autor se encontra privado de usar, gozar e dispor
exclusivamente de seu imó vel, o art. 1.228 do Có digo Civil lhe assegura o direito de
reivindicar/reaver de quem injustamente a possua, senã o vejamos:
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-lo do
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

Na açã o reivindicató ria, a posse para ser considerada injusta nã o requer violência,
clandestinidade ou precariedade, basta apenas, para sua configuraçã o, que ela nã o
decorra da propriedade ou nã o exista título que se oponha ao do proprietá rio, o
que ocorre no caso em tela.
Ante o exposto, possível asseverar que todos os pressupostos exigidos foram
cabalmente demonstrados. Posto isto, requer digne-se Vossa Excelência em dar
provimento à açã o para determinar a restituiçã o da á rea de propriedade do
requerente.
b) Da indenização pelos danos materiais e morais
Fato é que o requerido nã o pode se escusar de sua responsabilidade pelo prejuízo
amargado pelo requerente, uma vez que, ao adquirir o imó vel pelas mã os de
terceiro que se alegou proprietá rio, sequer se deu ao trabalho de verificar se este
terceiro era o seu verdadeiro dono, o que se poderia averiguar com uma simples
acareaçã o à vizinhança, que conhece o requerente e sabe que ele sempre
frequentava o imó vel.
Isso sem mencionar a consulta ao Registro Geral de Imó veis, diligência necessá ria
para todo comprador que se preocupa em verificar as reais condiçõ es em que se
encontra o imó vel que irá adquirir. Sequer se certificou das condiçõ es do imó vel
junto à Prefeitura, tampouco buscou informaçõ es de vizinhos. Ademais, desde o
início teria condiçõ es mínimas para conferir a legítima propriedade sobre o imó vel
em comento, haja vista o requerido exercer atividade profissional em lote pró ximo.
Logo, possível caracterizar o requerido como um possuidor de má -fé, vez que
tomou posse de imó vel que sabia nã o ser seu de fato. Nã o satisfeito em adentrar a
casa, achou por bem demoli-la, piorando ainda mais a situaçã o do requerente, que
jamais poderá retornar a desfrutar de seu imó vel, que foi completamente
destruído, inclusive com perdimento da mobília que o guarnecia.
Assim preconiza o Có digo Civil, em seus artigos 944 e 1.218:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais,
salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante

Desse modo, resta patente que o requerido deve indenizar o requerente pelos
prejuízos amargados, em especial pela demoliçã o de sua casa, e pela perda de
todos os mó veis que guarneciam a mesma, no valor de R$ 50.000,00, que é o valor
estimado da construçã o de um imó vel nos mesmos moldes do que existia no local.
Ainda no tema da reparaçã o pelos danos causados pelo ato ilícito, frisa-se o imenso
abalo sofrido pelo requerido quando, chegando ao seu terreno, encontrou-o
invadido, e sua casa inteiramente demolida. Sobretudo pelo fato de se tratar de
pessoa de idade avançada, e que vem passando por uma amarga situaçã o
financeira, notadamente agravada por diversos problemas de saú de que vêm
acometendo sua esposa, lhe causando enorme abalo emocional e despesas
financeiras que sequer tem condiçõ es de suportar.
Na seara do dano extrapatrimonial, a responsabilidade civil, para que enseje a
indenizaçã o por ato ilícito, pressupõ e a existência de três requisitos, quais sejam:
conduta culposa do agente, dano e nexo causal entre a primeira e o segundo, de
acordo com a conjugaçã o dos artigos 186 e 927, ambos do Có digo Civil.
Logo, resta patente que a invasã o do requerido ao seu imó vel ensejou-lhe
verdadeiro sofrimento, muito além de um mero aborrecimento causado por fatos
cotidianos, tratando-se deveras de fato extraordiná rio capaz de abalar seu estado
emocional, apto a gerar dano moral.
No que concerne à quantificaçã o do dano moral, há que se frisar que o
arbitramento deve pautar-se em parâ metros razoá veis, atentando-se para a sua
extensã o, as condiçõ es pessoais do ofensor e do ofendido, levando-se em
consideraçã o, ainda, o cará ter pedagó gico da medida, sem que se perfaça em
incentivo à prá tica desidiosa que os ensejou.
Por tais critérios e pelo dano suportado, requer a condenaçã o do requerido ao
pagamento de indenizaçã o por dano moral no valor de R$ 10.000,00 (dez mil
reais), que se mostra razoá vel e proporcional para compensar o dano, bem como
tem natureza pedagó gica, observando-se o poder econô mico das partes.
c) do arbitramento de aluguel
Cumpre salientar, por fim, que o requerente já havia alugado anteriormente o
imó vel em questã o, e tinha intençã o de alugar novamente, ou até mesmo vender,
caso encontrasse proposta razoá vel. Inclusive, essa foi uma das razõ es de sua vinda
a ____.
Com a invasã o do requerido e demoliçã o da casa, todavia, o requerente se viu
impossibilitado de alugar o imó vel, consequentemente de auferir renda. Além
disso, o requerente foi procurar auxílio em uma corretora de imó veis da regiã o,
_____Imó veis, na pessoa do corretor _____, que foi até o imó vel instalar placa de
“vende-se”, mas o requerido nã o permitiu, expulsando o corretor do local.
Os lucros cessantes sã o regulamentados pelo Có digo Civil, no artigo 402, que
determina que salvo as exceçõ es expressamente previstas em lei, as perdas e
danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que
razoavelmente deixou de lucrar.
É essa parte final do dispositivo que nos traz o conceito de danos emergentes e
lucro cessante. Por danos emergentes entende-se o que a vítima do ato danoso
efetivamente perdeu e, por lucros cessantes, o que deixou de perceber, em razã o
da sua ocorrência. É o que a doutrina intitula de perda do lucro esperado.
Resta patente que no caso em tela o requerente deixou de lucrar o valor dos
aluguéis referentes ao imó vel desde a data da constataçã o da invasã o pelo
requerido, mais especificamente em agosto de 2020, conforme comprova o B.U.
anexo.
A jurisprudência pá tria corrobora com esse entendimento:

AÇÃO REIVINDICATÓRIA DE POSSE C/C PEDIDO DE ARBITRAMENTO DE ALUGUEL E INDENIZAÇÃO POR


DANO MATERIAL. Parte autora que é proprietária do imóvel descrito na inicial. Parte ré que alegou ter
adquirido o imóvel, efetuando o pagamento do IPTU. Ausência de documento comprovador do exercício
da posse justa pela ré. Parte autora que deve ser imitida na posse do imóvel. ARBITRAMENTO DE
ALUGUEL. Possibilidade de arbitramento de aluguel no período em que a proprietária se viu
injustamente privada da posse do imóvel. Fixação do aluguel em 0,5% ao mês sobre o valor venal do
imóvel, desde que não atingido pela prescrição. DESPESAS COM DEMOLIÇÃO. Parte autora que não
comprovou a existência de construção no imóvel que demande demolição. Pedido genérico que não
pode ser acolhido. DESPESAS DE CONSUMO. Parte autora que formulou pedido genérico de condenação
da ré ao pagamento das despesas de consumo, envolvendo o imóvel. Impossibilidade de acolhimento.
Eventual pedido de cobrança/restituição deverá ser formulado em autos próprios. Recurso da parte
autora PARCIALMENTE PROVIDO. Recurso da parte ré DESPROVIDO. (TJ-SP - AC: XXXXX20168260278 SP
XXXXX-66.2016.8.26.0278, Relator: Maria Salete Corrêa Dias, Data de Julgamento: 09/12/2019, 3ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 09/12/2019)
***
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS -
PROPRIEDADE DEMONSTRADA PELA PARTE AUTORA - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL -
ARBITRAMENTO DE ALUGUEL PELA UTILIZAÇÃO INDEVIDA - ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA -
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO NÃO CONFIGURADA - INTUITO PROTELATÓRIO - MULTA. Para a
procedência da ação reivindicatória devem estar comprovadas a prova do domínio da coisa; de que o
réu a possua ou detenha injustamente e a identificação individualizada da coisa pretendida. Constatada
tanto a propriedade da parte autora sobre o imóvel objeto dos autos quanto a posse injusta dos réus
sobre referido imóvel, outro caminho não há senão julgar procedente a pretensão deduzida na peça de
ingresso. A ocupação indevida do imóvel, privando os verdadeiros donos de dele usufruírem, enseja o
arbitramento de aluguel, sob pena de enriquecimento sem causa, aluguel esse que deverá ser fixado
com base no valor médio do aluguel praticado na região onde se localiza o imóvel. Sendo os embargos
declaratórios manifestamente infundados, demonstrando apenas sua irresignação com a decisão que
lhe foi desfavorável, resta configurado o caráter protelatório que autoriza a aplicação de multa prevista
no art. 1.026, § 2º, do CPC. (TJ-MG - AC: XXXXX40031554003 MG, Relator: José de Carvalho Barbosa,
Data de Julgamento: 06/02/2020, Data de Publicação: 14/02/2020)

Assim, pela avaliaçã o do corretor _____, o aluguel de um imó vel na regiã o no porte
da casa que existia no terreno gira em torno de R$ 500,00 (quinhentos reais). Logo,
contando-se desde o mês de agosto de 2020, quando foi constatada a invasã o, tem-
se o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ser pago pelo requerido ao requerente
a título de lucros cessantes.
IV – DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
a) Defira-se a assistência judiciá ria gratuita, bem como a prioridade no andamento
do feito nos termos do artigo 1048, inciso I do CPC.
b) Nos termos dos artigos 246, II e 247, V do CPC, requer seja determinada a
citaçã o do requerido por oficial de justiça, haja vista a incerteza com relaçã o ao seu
endereço residencial, devendo ser procurado também no seu suposto endereço
profissional, qual seja: e____, para, querendo, tomar conhecimento dos termos da
presente açã o e, no prazo legal, apresentar defesa sob pena dos efeitos da revelia.
c) Decrete-se a total procedência desta açã o, com a expediçã o de mandado de
imissã o na posse em favor do requerente, condenando-se o requerido a restituir o
imó vel, nas condiçõ es em que se encontrava antes da invasã o; decretando-se multa
diá ria no valor de R$ 100,00 (cem reais) por dia, em caso de descumprimento da
ordem judicial, nos termos dos artigos 500 e 537 do CPC.
d) Condene-se o requerido ao pagamento dos danos materiais pela demoliçã o da
casa, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), bem como de danos morais
no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com base nos fundamentos já explanados.
e) Condene-se o requerido ao pagamento de lucros cessantes (aluguéis) no valor
atual de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a ser reajustado até a data da efetiva
desocupaçã o do imó vel.
f) Declare-se, ante a má -fé da posse pelo requerido, a perda das construçõ es,
acessõ es ou benfeitorias eventualmente introduzidas no local, nos termos do
artigo 1.220 do Có digo Civil.
g) Nos termos do art. 334, § 5º do Có digo de Processo Civil, o requerente desde já
manifesta, pela natureza do litígio, desinteresse em autocomposiçã o.
h) Condene-se o requerido ao pagamento das custas processuais e honorá rios
advocatícios, estes na ordem de 20% (vinte por cento) do valor da causa.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, sem
exceçã o, em especial o depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e
juntada de documentos, bem como de perícia se necessá rio for.
Segue o rol de testemunhas:
1.
2.
3.
Dá -se à causa o valor de R$ ___
Termos em que pede deferimento.
Vila Velha/ES, 01 de junho de 2021.

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