Você está na página 1de 4

AO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DA DE ____ – ESTADO DO ______.

________, brasileiro, _____, engenheiro, portador do _____, inscrito no


CPF/MF sob o nº ____, residente e domiciliado na Rua ____ São Paulo - SP, comparece,
mediante sua procuradora infra-assinada 1 , respeitosa e tempestivamente à presença de
Vossa Excelência para, com base no art. 1.2282 do Código Civil, propor a presente
REIVINDICATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS E DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS E ACESSÕES perante
_____, inscrito no CPF/MF sob o nº ____, SUA ESPOSA, se casado for, e TODOS OS QUE
SE ENCONTREM OCUPANDO A FRAÇÃO DO IMÓVEL INDIVIDUALIZADA NESTA INICIAL,
situada na Rua ____, ____, CEP ____, _____.

1. O autor, consoante atesta a certidão em anexo, é proprietário do imóvel


descrito em o Livro nº.__ de Registro Geral, às folhas nºs.__, sob a MATRÍCULA nº. __, em
que se encontra o registro de nº. __, feito aos __ de junho de __pelo Cartório do 1º Ofício
de Registro de Imóveis de __, cujas características são as seguintes:

Uma parte de um imóvel localizado no ___a, neste município, destacada e

desmembrada do seu todo formando um terreno autônomo que passa a

medir 75m (setenta e cinco) metros de frente, por 450m (quatrocentos e

cinquenta) metros de fundo, numa área total de 33.750m² (Trinta e três mil

metros, setecentos e cinquenta centímetros quadrados), limitando-se pela

frente com _____, pelo lado direito com terreno de herdeiros de ___, lado

esquerdo com Eusébio Souza Barros e _____.

2. Sem o consentimento do requerente, apossou-se o requerido de parte da


supradescrita área, parte essa que pode ser facilmente individualizada e identificada, seja
pelo fato de o réu tê-la demarcado com um muro de alvenaria, seja devido ao fato de
haver a Prefeitura, administrativamente, fracionado o bem para fins tributários. Eis as
características da parcela do imóvel ilicitamente ocupada pelo réu, documentada por
fotos que compõem para todos os fins esta inicial:

Transcrever detalhes da fração do imóvel. Inserir Fotos.

3. Como dito, a fração invadida foi demarcada pelo próprio requerido, que
erigiu um muro de alvenaria em toda a sua extensão, isolando-a das demais, e instalou
um barracão de madeira, em que presumivelmente realiza atividades comerciais.

4. Reforce-se que a ocupação se deu sem o consentimento prévio ou


posterior do autor e proprietário, que jamais conferiu ao réu, mediante ato ou négocio
jurídico, tácito ou expresso, qualquer título, nem verbal e nem escrito; nem oneroso e
nem gratuito; nem bilateral e nem unilateral, que o autorizasse a possuir ou a deter a área
invadida.

2) DO DIREITO

2.1) Da Desnecessidade de Individualização e Qualificação dos Invasores

5. Devido às características da demanda, convém registrar que, em se


tratando de área invadida, não é necessário, além de frequentemente não ser possível,
qualificar e discriminar todos e cada um dos que dela se apossem, razão por que doutrina
e jurisprudência3 dispensam o proprietário de fazê-lo, cabendo ao oficial de justiça
promover a citação de quem quer que sobre a fração do imóvel acima descrita se
encontre.

2.2) Da Reivindicatória

6. A inexistência de título jurídico conferido pelo legítimo proprietário ao


possuidor ou detentor é bastante e suficiente para assegurar a procedência da
reivindicatória. Com efeito, para os fins do art. 1.228 do CC , posse e detenção injustas
são não apenas as caracterizadas pelos vícios da precariedade, da violência e da
clandestinidade, previstos no art. 1200 , como também aquelas ocorridas sem a
concordância do titular do direito de propriedade . Na espécie, convém repetir, jamais o
ora requerente autorizou a ocupação do bem.

7. Estando devidamente indicado o imóvel, e delimitada com precisão a área


invadida pelo réu, é perfeitamente possível que a reivindicatória verse apenas sobre essa
fração do bem.

2.3) Da Indenização Por Perdas e Danos

8. O réu não apenas privou o autor do uso e gozo do imóvel, como também
vem usandoo e gozando-o gratuitamente. É, portanto, mister que seja o requerido
condenado a indenizar o proprietário, em montante correspondente ao que este auferiria
caso locasse o bem, o que está impedido de fazer por culpa do invasor.

2.4) Da Inexistência de Direito à Indenização Por Acessões Industriais e


Benfeitorias.

9. Estando o imóvel devidamente registrado em nome do autor, a falta de


justo título e a negligência do réu em verificar a matrícula do bem (ou em onsidera-la,
caso a tenha visto) caracterizam a má-fé da posse, acarretando a inexistência de direito à
indenização por acessões industriais (“construções”) e benfeitorias porventura realizadas,
exceto as comprovadamente necessárias.

3 DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS

10. Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:

a. A citação, por oficial de justiça, do requerido, de sua esposa, se casado for,


e de todos quantos estejam sobre a área supra delimitada para, querendo, apresentar
resposta, sob pena de revelia.

b. A procedência, ao final, da presente para os fins de:


i. ordenar ao réu a restituição da área e a imissão do autor na posse,
expedindo-se para tanto o competente mandado;

ii. condenar o réu a indenizar o autor, em decorrência da ocupação do imóvel,


em montante a ser apurado em liquidação de sentença, correspondente ao
que auferiria o requerente caso locasse a área.

iii. declarar, ante a má-fé da posse, a perda das construções eventualmente


erigidas, e a inexistência de obrigação do autor de ressarcir o invasor quanto
às benfeitorias porventura realizadas, exceto as necessárias;

iv. condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios;

11. Requer-se, por fim, a produção de todos os meios de prova admissíveis,


especialmente a documental, a testemunhal, a pericial e o depoimento pessoal do réu.

Dá-se à causa o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais)

____, 20 de ____ de 2023.

XXXXX

OAB/XX XX.XXX

Você também pode gostar