Você está na página 1de 5

MÁRCIA MATTOS OAB/GO 20.

225
ROCHA & MATTOS PEDRO ROCHA OAB/GO 27.098
ADVOGADOS IZABEL ROCHA OAB/DF 28.075
UARA DE FREITAS OAB/GO 31.607

EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA


COMARCA DE LUZIÂNIA/GO.

Margarida Ferreira da Rocha, brasileira, casada, autônoma, portadora da carteira nº


5117010 SSP/GO, inscrito no CPF sob o nº 197.137.972-72, residente e domiciliada
na Rua 36, Quadra 55, Lote 03, Parque estrela d’alva IX, Luziânia/GO, neste ato
representada por sua advogada infra-assinado, com escritório profissional situado no
endereço abaixo impresso, onde recebem intimações, vem, respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, ajuizar a presente

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Em face de Paulo Henrique Santos de Assis, brasileiro, demais qualificações


ignoradas, residente e domiciliado à HIGS 708, conj. K casa 12, Brasília/DF, pelos
fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

DOS FATOS

O autor é proprietário do imóvel situado na Rua 36, Quadra


55, Lote 03, Parque Estrela D’alva IX, Luziânia/GO, com 360,00 m², adquirido
através de um contrato de compra e venda junto à imobiliária Queiroz Imóveis Ltda,
conforme contrato de compra e venda que se junta.

Neste dia passão, o autor salienta o contrato de compra e


venda acima referenciado encontra-se devidamente registrado na certidão de matrícula
do imóvel em questão, conforme se observa da certidão anexa.

Vale destacar que desde a aquisição do imóvel, em 1977, o


autor sempre manteve a posse do imóvel com a limpeza anual deste, visitas
periódicas, bem como com o pagamento dos impostos.
Rua Benjamin Roriz, Qd. 51, Lote 14, Salas 01/02, Setor Viegas, Luziânia/GO.
E-mail: pedro.qr@hotmail.com, Fone: (61) 3622-1438
MÁRCIA MATTOS OAB/GO 20.225
ROCHA & MATTOS PEDRO ROCHA OAB/GO 27.098
ADVOGADOS IZABEL ROCHA OAB/DF 28.075
UARA DE FREITAS OAB/GO 31.607

Não obstante, no início de 2005 o requerente enfrentou


sérios problemas de saúde relacionados ao coração, motivo pelo qual passou por
vários procedimentos cirúrgicos, o que impossibilitou o mesmo de realizar as visitas
regulares.

Importante ressaltar que os problemas de saúde acima


mencionados impossibilitaram o autor de continuar a exercer a posse de forma tão
vigilante, uma vez que o mesmo reside na cidade do Gama e não podia mais se
deslocar com tanta freqüência.

Ocorre que em uma de suas visitas ao imóvel, há mais ou


menos três anos, o autor ao chegar ao local teve uma grande surpresa, qual seja, a
edificação de um barraco no imóvel.

Dessa forma, o requerente imediatamente notificou a


requerida informando-lhe que era o proprietário do imóvel, assim como mostrando-lhe
os documentos que comprovam a sua propriedade.

Entretanto, mesmo sendo a possuidora cientificada que o


imóvel pertencia ao autor, a mesma ainda permaneceu na posse do imóvel,
caracterizando o esbulho possessório, má-fé e posse precária.

O requerente, por não residir na cidade que situa-se o


imóvel, fez o pedido de reintegração informal e retornou para seu domicílio.

Em uma outra oportunidade que o requerente esteve em


Luziânia e pode verificar que a possuidora de má-fé permanecia na posse do imóvel.

Nesta linha, o autor esclarece que a edificação do referido


barraco foi realizada sem que o mesmo tivesse conhecimento desta, já que mora no
Gama/DF.
Assim sendo, resta claro a boa-fé do requerente em relação a
benfeitoria no imóvel realizada pelo possuidor, de forma que, não há que se falar em
indenização pela benfeitoria realizada.

DO DIREITO

Rua Benjamin Roriz, Qd. 51, Lote 14, Salas 01/02, Setor Viegas, Luziânia/GO.
E-mail: pedro.qr@hotmail.com, Fone: (61) 3622-1438
MÁRCIA MATTOS OAB/GO 20.225
ROCHA & MATTOS PEDRO ROCHA OAB/GO 27.098
ADVOGADOS IZABEL ROCHA OAB/DF 28.075
UARA DE FREITAS OAB/GO 31.607

Estabelece o artigo 927 do Código de Processo Civil que o


autor deve provar sua posse, o que se faz por meio da juntada do documento de
compra e venda firmada com a Queiroz Imóveis que transferiu a posse do imóvel mo
momento de sua aquisição, o esbulho possessório, comprovado por meio da
construção de um muro em seu imóvel, bem como a data do esbulho, fato ocorrido em
meados do ano de 2008, data que o autor não pode precisar com exatidão, uma vez
que reside em outra cidade.
A presente ação ainda tem fundamento no artigo 926 e
seguintes do Código de Processo Civil que dispõe:
Art. 926 – O possuidor tem direito a ser mantido na
posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho.

Neste mesmo sentido são os artigos 1204 e 1210, ambos do


Código Civil Brasileiro que dispõe:

Art. 1204 - Adquire-se a posse desde o momento em


que se torna possível o exercício, em nome próprio, de
qualquer dos poderes inerentes à propriedade.

Art. 1210 – O possuidor tem direito a ser mantido na


posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado.
§ 1º - (...)

§ 2º - Não obsta à manutenção ou reintegração na posse


a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a
coisa.
Quanto às benfeitorias realizadas pelo possuidor de má-fé, o
direito do autor tem amparo legal nos artigos 1255 e 1256, parágrafo único, todos do
Código Brasileiro, que prescreve:
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em
terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as
sementes, plantas e construções; se precedeu de boa-fé,
terá direito a indenização

Rua Benjamin Roriz, Qd. 51, Lote 14, Salas 01/02, Setor Viegas, Luziânia/GO.
E-mail: pedro.qr@hotmail.com, Fone: (61) 3622-1438
MÁRCIA MATTOS OAB/GO 20.225
ROCHA & MATTOS PEDRO ROCHA OAB/GO 27.098
ADVOGADOS IZABEL ROCHA OAB/DF 28.075
UARA DE FREITAS OAB/GO 31.607

Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé ,


adquirirá o proprietário as sementes, plantas e
construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário,
quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em
sua presença e sem impugnação sua.

O artigo 1.255 é claro ao prescrever que estando o possuidor


de má-fé, não terá o direito de indenização. É claro que o possuidor no caso em tela
não estava de boa-fé, pois não possui nenhum justo título.

A luz do parágrafo único do artigo 1.256, pode-se perceber


que não havendo a má-fé do proprietário, não cabe a indenização por parte do mesmo.

Vale ressaltar que o requerente reside no Gama/DF, além de


que enfrentou graves problemas de sáude, não acompanhando nenhum ato de
construção por parte do possuidor.

DO PEDIDO

Diante do exposto, o autor requer:

1 – A citação da requerida, para, querendo, responda os


termos da presente ação, sob pena de revelia e confissão, esperando que seja julgada
procedente em todos os seus termos para reintegrar o autor na posse de seu imóvel;

2 – A concessão de mandado reintegratório liminar initio


litis, sem a oitiva da parte requerida;

3 – A condenação do réu ao pagamento das custas,


honorários advocatícios e as demais cominações de estilo;

4 – Requer seja declarada a má-fé da requerida na


construção do barraco, bem como a boa-fé do autor no acompanhamento da edificação
da benfeitoria, reintegrando a posse sem qualquer tipo de indenização.

Requer ainda, a produção de todos os meios de prova em


direito admitidas, principalmente as provas documentais e testemunhais.

Rua Benjamin Roriz, Qd. 51, Lote 14, Salas 01/02, Setor Viegas, Luziânia/GO.
E-mail: pedro.qr@hotmail.com, Fone: (61) 3622-1438
MÁRCIA MATTOS OAB/GO 20.225
ROCHA & MATTOS PEDRO ROCHA OAB/GO 27.098
ADVOGADOS IZABEL ROCHA OAB/DF 28.075
UARA DE FREITAS OAB/GO 31.607

Dá à causa o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

Luziânia, 05 de setembro de 2011.

PEDRO ROCHA MÁRCIA MATTOS


OAB/GO 27.098 OAB/GO 20.225

IZABEL ROCHA UARA DE FREITAS


OAB/GO 32.510 OAB/GO 31.607

Rua Benjamin Roriz, Qd. 51, Lote 14, Salas 01/02, Setor Viegas, Luziânia/GO.
E-mail: pedro.qr@hotmail.com, Fone: (61) 3622-1438

Você também pode gostar