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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO Nº__ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

DA COMARCA DE MANAUS/AM.

(10 espaçamentos)

JOSEPHINA, nacionalidade, estado civil, união estável, profissão, portadora


da Carteira de Identidade de RG _____ e inscrita no CPF nº _____, endereço
eletrônico (e-mail), residente e domiciliada no logradouro..., bairro..., Manaus,
Amazonas, comparece, perante a Vossa Excelência, por via de seu Patrono
que abaixo subscreve, com procuração anexa nos autos, endereço
eletrônico..., com escritório profissional situado no logradouro, nº, bairro,
cidade/UF, onde recebe as comunicações judiciais de estilo, com o fim de, nos
termos do art. 319 do Código de Processo Civil, e com fundamento no artigo
560 do mesmo diploma legal, propor:

AÇÃO DE REITEGRAÇÃO DE POSSE, COM PEDIDO DE LIMINAR c/c


DANOS MATERIAIS

Em face de JOÃOZINHO, nacionalidade..., estado civil..., profissão...,


portador do CPF nº ..., e do RG º ..., residente e domiciliado rua.. nº...
bairro...., CEP nº.. e MARIAZINHA, nacionalidade..., estado civil...,
profissão..., portador do CPF nº ..., e do RG º ..., residente e domiciliado
rua.. nº... bairro...., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DA SÍNTESE FÁTICA
1. A autora é proprietária de uma casa situada no endereço... na cidade
de Manaus, com matricula de nº... e registro de nº..., residindo no imóvel há
cerca de 10 anos, em terreno constituído pela acessão e por um pequeno
pomar, (Documentos às fls. x).

2. Pouco antes de iniciar obras no imóvel a autora precisou fazer uma


viagem de emergência para o interior do Amazonas, a fim de auxiliar sua
avó que se encontrava gravemente doente, com previsão de retornar para
Manaus em três meses.

3. A requerente comentou a viagem com vários vizinhos, dentre os


quais, os réus, pedindo que “olhassem” o imóvel no período que estaria
ausente.
4. Ao retornar da viagem, a autora encontrou o imóvel ocupado pelos
réus, que nele ingressaram para fixar moradia, acreditando que a
proprietária não retornaria a cidade.

5. Nesse período, os réus danificaram o telhado do imóvel ao instalar


uma antena de TV, o que, provocaram graves infiltrações no imóvel,
gerando um dano estimado em R$ 2.000,00 (dois mil reais), (documentos
anexos às fls.xx).

6. Além disso, os Requeridos veem colhendo e vendendo boa parte da


produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo estimado em R$
10.000,00 (dez mil reais), (documentos probatórios às fls. xxx).

DA COMPETÊNCIA
7. Preliminarmente, alega que este juizado é devidamente competente para
apreciar e julgar a referida ação, ao certo que o imóvel objeto do litígio está
situado na cidade de Manaus, ou seja, dentro dos limites do foro de
competência desta Comarca.

8. Ademais o valor da causa e a falta de complexidade da ação respeita os


ditames legais conferidos aos juizados especiais, a referida demanda respeita
os requisitos de valor, não ultrapassando 40 salários mínimos nos termos do
artigo 3º, I e IV da Lei 9.099/95.

9. Sendo portanto, este juizado competente absoluto para o conhecimento


e processamento do feito.

DO CABIMENTO

10. A ação de reintegração de posse é o remédio processual cabível quando


o possuidor é despojado do bem possuído, o que ocorre no caso em tela, não
podendo exercer o seu direito de maneira integra sobre o seu bem, pois
ocorrendo o esbulho de sua posse. Conforme artigo Art. 560. ”O possuidor tem
direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de
esbulho”.

Nas palavras de Maria Helena Diniz (2015, p.104):

 “A ação de reintegração de posse é a movida pelo


esbulhado, a fim de recuperar posse perdida em
razão da violência, clandestinidade, ou precariedade
e ainda pleitear indenização por perdas e danos”.

DA POSSE INJUSTA RESULTANTE DO ESBULHO

11. No mérito, reforça o contexto fático que a autora precisou se ausentar


por 3 (três) meses do seu imóvel por motivos de urgência, os réus
aproveitando-se da situação e sendo conhecedores da ausência da proprietária
adentraram no imóvel de maneira ilegal.

12. O esbulho está caracterizado no momento que a autora, legítima


proprietária foi privada da posse do seu bem, estando impedida de exercer os
poderes inerentes à propriedade, quais sejam: usar, gozar e dispor conforme
estabelecido no artigo 1.228 do CC, restando caracterizado o esbulho nos
termos do artigo 1.201 do CC.
13. Os Réus agiram de má-fé na posse do referido imóvel, provando-se tal
alegação pelo episódio fático, de prevalecerem-se da informação de ausência
da proprietária, que inocentemente pediu aos réus a vigilância de seu imóvel no
período da sua ausência. Sendo Portando direito da autora de ser reintegrada
na posse de seu imóvel, com fundamento nos artigos, 560 e 561 do CPC.
14. Diante do exposto querer o reconhecimento do esbulho e a concessão
da posse definitiva em favor autora, conforme artigos Art. 560 do Código
Processual Civil c/c artigo 1.210 do Código Civil.

DA EXISTÊNCIA DOS DANOS MORAIS

15. Os réus danificaram o telhado do imóvel ao instalar uma antena “pirata”


de televisão a cabo, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade,
provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$
2.000,00 (dois mil reais).
16. Tendo o dever de indenizar todo aquele que a outrem cause danos,
deste modo, é direito da autora pleitear a indenização pelos prejuízos sofridos,
sendo perfeitamente possível a cumulação dos pedidos, conforme artigo Art.
555, I do CPC.
17. Diante do exposto, venho requerer a condenação dos réus em
pagamento de danos matérias em R$ 2.000,00 (dois mil reais) com fundamento
no artigo 1.218 do CC

INDENIZAÇÃO DOS FRUTOS COLHIDOS


18. Ocorre que, além dos réus terem praticado esbulho, estes veem
colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar existente na
residência.
19. A autora vem sofrendo grade prejuízo pois, além de não poder usar a
sua propriedade, está impedida de colher seus frutos e lucras com eles, tendo
uma perda no valor estimado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). Ademais, como,
demonstrado no parágrafo 13, os réus agiram de má fé no esbulho, sendo
portanto perfeitamente licito a cumulação de pedido de Indenização por danos
Matérias e indenização dos Frutos Colhidos, conforme preconiza o artigo 555,
Incisos I e II do CPC.
20. Sendo assim, venho requerer a vossa Excelência a condenação dos
réus em indenização pelos frutos colhidos no valor acima mencionado, com
fundamento no artigo 1.216 do CC.

LIMINAR

21. A requerente é a verdadeira possuidora do imóvel em referência a mais


de 10 anos, como demonstrado aqui através de documentos, a qual sofreu
esbulho de má fé por parte dos réus, na época seus vizinhos, que mesmo
ciente da ausência da proprietária por motivo de doença da sua avó, pois,
tinham sido comunicado na ocasião pela proprietária, que ainda fez pedido
pessoal aos dois que vigiasse o imóvel durante os 3 meses da sua ausência.

22. Tendo em vista que a ação de esbulho ocorreu em menos de ano e dia,
o procedimento da concessão da reintegração de posse ocorrerá pelo rito
especial, com fulcro no artigo 558, Sendo ainda, que trata-se de posse nova e
também demonstrado a má fé dos réus, o perigo na demora de uma decisão
em definitivo, que neste caso os réus permaneceram deteriorando e vendendo
os frutos, causando o prejuízo cada vez maior a verdadeira proprietária.

23. Diante disse, requer de vossa excelência a expedição de mandado de


reintegração de posse, como fulcro nos artigos 561 e 562 do cpc, sem oitiva
dos réus, suscitando o instituto da inaudita altera parte.

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

24. Requer a autora a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça,


com fulcro no disposto no artigo 98 do Código de Processo Civil (CPC) c/c o
artigo 5°, LXXIV, da Constituição Federal, em virtude de ser pessoa pobre na
acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os encargos
decorrentes do processo, sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua
família, conforme declaração em anexo.

DA REALIZAÇÃO PRÉVIA DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO


25. Com fulcro no artigo 319, VII, do código de processo civil, é requerida a
realização prévia de conciliação, com a finalidade de celeridade processual,
como também, uma resolução pacífica entre as partes.

DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

26. Por derradeiro, requer que a Vossa Excelência, ao julgar procedente


essa ação, que fixe os honorários sucumbências dessa nobre advogada no
quantum máximo estipulado em Lei, qual seja de, 20% do valor da liquidação
da sentença. Nos termos do artigo 85 caput e § 2o do CPC.

DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:

1- A procedência de todos os pleitos iniciais da Ação de reintegração


de posse com pedido de liminar e a confirmação em definitivo da liminar;
2- Condenação da indenização por danos matérias no valor de R$
2.000,00(dois mil reais);
3- Condenação pelos frutos colhidos no valor de R$ 10.000,00 (dez
mil reais);
4- Concessão de Liminar de reintegração de posse provisória
inaudita altera parte.
5- A citação dos réus para contestação;
6- Concessão da gratuidade de justiça;
7- Preferência por audiência de conciliação;
8- Fixação dos honorários sucumbenciais em 15%.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, prova testemunhal, documental, pericial e todas as que se
fizerem necessários a obtenção da justiça.

Dar -se o valor da causa R$ 12.000,00 (doze mil reais)

Nestes termos,
pede deferimento
Local ..... data......
Advogada
OAB/UF

ROLL DE TESTEMUNHAS

ANDREZITO, inscrito no RG de nº e CPF de nº, residente e domiciliado no


endereço…, CEP, cidade de Manaus/AM.

MARQUITO, inscrito no RG de nº e CPF de nº, residente e domiciliado no


endereço…, CEP, cidade de Manaus/AM.

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