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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR

PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DA ____REGIÃO


_____________.

AGRAVANTE, nacionalidade, estado civil (informar se for o caso de união


estável), profissão, portador(a) do documento de identidade nº
_________________, expedida por _________________ e inscrito no CPF sob
o nº _________________, e-mail _________________, residente e
domiciliado(a) na Rua _________________, Bairro _________________,
Cidade _________________, Estado _________________, CEP:
_________________, vem a presença de Vossa Excelência interpor a presente
recurso de

AGRAVO DE INSTRUMENTO

em razão do inconformismo com a decisão interlocutória proferida às fls. __


dos autos de nº _________________, que tramita na __ª Vara Federal de
_________________, com fulcro no art.1.015, inciso V do Novo CPC, bem
como, nas razões abaixo expostas.

Em cumprimento ao disposto no art. 1.016, IV e no art. 1.017,


I, ambos do Novo CPC, informa o Agravante que anexa ao presente recurso a
cópia integral dos autos, bem como, apresenta abaixo os nomes e endereços dos
patronos dos Agravante e Agravada:

AGRAVANTE: NOME, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/UF sob o nº __,


com escritório profissional na Rua _________________, Bairro

1
_________________, Cidade _________________, Estado
_________________, CEP: _________________, onde recebem intimações e
notificações.
AGRAVADO: NOME, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/UF sob o nº __,
com escritório profissional na Rua _________________, Bairro
_________________, Cidade _________________, Estado
_________________, CEP: _________________, onde recebem intimações e
notificações.

Nesta oportunidade é realizada a juntada de:

a) Cópia da petição inicial, e das Declarações de Hipossuficiência Financeira


firmada pelo Agravante;

b) Cópia da decisão agravada;

c) Certidão da respectiva intimação;

d) Cópia das procurações outorgadas aos advogados dos autores Drs.


_____________, OAB ___Advogado.

e) ADVOGADO DOS AGRAVADOS, por não terem sido ainda citados, os


Agravados não possuem Advogados constituídos nos autos (verificar
adequação, e, caso já exista advogado do Réu nos autos, inserir os dados dele e
retirar esse trecho).
f) Pedido de Justiça Gratuita, com base no Art. 5° Inciso LXXIV DA
CFRB/88, e nos termos da Lei lei 1060/50 em seus Arts. 2° §2°, 3° e 5° § 4°, e
leis 7.115/83 e 7.510/86.

Informa ainda que não houve o devido preparo por ser


beneficiário da gratuidade da justiça, conforme decisão anexo.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Estado, ___ de __________ de 201_.

(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)


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RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante:
Agravado:
Origem:
Processo nº:

Eméritos Julgadores:

A agravante ajuizou a presente ação visando a revisão de


seu benefício previdenciário vinculado ao RGPS (Regime Geral de Previdência
Social – INSS), uma vez que os cálculos das contribuições da Agravante foram
realizados com base na média das 80% maiores contribuições, não tendo sido
observado o início do período contributivo da Agravante, entretanto, o D. Juízo
a quo indeferiu o pedido de gratuidade de justiça, peça chave no amplo acesso
ao Judiciário, tal como garantido na Constituição Federal.

Ocorre que o D. Juízo a quo, entendeu por bem proferir


decisão no sentido de ADEQUAR AO CASO CONCRETO., nos seguintes
termos:

COLAR TRECHO DA DECISÃO COMBATIDA.

Data vênia, merece ser reformada a decisão que indeferiu o


pedido para que ADEQUAR AO CASO CONCRETO

Com efeito, tal entendimento não deve prosperar, pelas


razões adiante expostas.

1) DAS RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

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Data máxima vênia, a D. decisão combatida carece de
fundamento legal idôneo, merecendo integral reforma posto proferida em franco
confronto com a determinação da legislação de regência.
Nos termos em que foi proferida, a R. Decisão Interlocutória, consubstanciará
para o Agravante uma situação de flagrante e inaceitável injustiça, se não for de
imediato objeto de reforma.

Exa., de acordo com a narrativa fática apresentada, se evidencia


que, com a publicação da Lei n. 9.876, de 28.11.1999, verificou-se uma grande
modificação na fórmula de cálculo dos salários de benefícios (SB) dos
benefícios previdenciários.

Salienta-se que a fórmula básica não sofreu modificação (RMI


= SB X Coef. de cálculo), entretanto, como foi alterada a apuração do Salário
de Benefício, o resultado prático passou por grandes mudanças. Vejamos a
redação atual1 no tocante ao SB, conforme a Lei 8.213/91, com a redação dada
pela 9.876/99.

O período básico de cálculo dos benefícios sofreu, portanto, um


alongamento significativo, de 36 meses para toda a vida contributiva do
segurado.

Entretanto, como a regra nova causaria mudança brusca para


todos os segurados, a Lei 9.876/99 previu uma regra de transição a ser aplicada
somente àqueles que tinham ingressado no RGPS antes de 1999.

No caso concreto em análise, entretanto, verifica-se que, o


cálculo baseado na regra atual, vigente no momento da concessão do benefício,
importará em renda superior do que aquela baseada na regra de transição.

1
Redação anterior: Art. 29. O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os
últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade
ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não
superior a 48 (quarenta e oito) meses.

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Assim, deve-se respeitar o direito da parte ao melhor benefício
possível dentro das eventuais diversas regras de cálculo.

Nesse passo, é importante desenvolver a racio relativa à regra


de transição, que será tratada na sequência abaixo.

No direito previdenciário protege-se não apenas o direito


adquirido, mas também o direito ao melhor benefício, portanto, ao melhor
cálculo e a melhor renda mensal de benefício dentro do direito e das hipóteses
possíveis para cada segurado.

Salientamos que muitas vezes são possíveis não apenas um,


mas diversos cálculos para o mesmo segurado. Isso porque, com as mudanças
periódicas na legislação, muitos segurados possuem direito adquirido ou direito
à regra de transição, além, é claro, do direito à nova regra.

Quando isso ocorre, devemos sempre garantir o melhor


benefício ao segurado.

Nesse caso, deverão ser elaborados os diversos cálculos


possíveis e utilizado aquele que resultar no melhor valor de renda mensal
inicial.

No caso em análise, a aplicação da regra de transição (mais


prejudicial) em detrimento da regra atual e permanente (mais benéfica) foi de
encontro abruptamente a diversos princípios, dentre eles citamos: Princípio da
Isonomia/Igualdade (art. 5ª, caput), Princípio da Legalidade (art. 37, caput),
Princípio do Direito Adquirido (art. 5º, XXXVI), Princípio da Razoabilidade e
Proporcionalidade, e ainda ao disposto no art. 201, §1º, todos da Constituição
Federal de 1988.

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Ainda, ao efetuar o cálculo da Renda Mensal Inicial do
benefício da parte Autora, não foi observado o disposto no artigo 29 inciso I ou
II da Lei nº 8.213/91 (com redação dada pela Lei nº 9.876/99).

Assim, requer-se o explícito pronunciamento desta Colenda


Corte acerca das inconstitucionalidades mencionadas, no intuito de resguardar a
interposição de possíveis Incidentes de Uniformização e/ou Recurso
Extraordinário aos Tribunais Superiores.

Após analisar o ponto específico da lide, ora objeto do presente


agravo, o D. Juizo a quo proferiu decisão interlocutória contraria a legislação de
regência, e em última racio, ao próprio direito da Agravante.

É importante observar que o Juízo a quo, ao proferir a decisão


interlocutória, deixou de considerar a matéria de fundo relativa ao direito da
Agravante, motivo pelo qual o decisum deve ser reformado em sua
integralidade.

2) DOS PEDIDOS

Isto posto, o Agravante requer:

a) Seja o presente recurso recebido e distribuído, na forma


da Lei;
b) Seja deferido o benefício da Assistência Judiciária
Gratuita ao Agravante, sendo que este não tem condições
de pagar custas processuais e honorários de advogado, sem
prejuízo próprio, em conformidade com a declaração
anexada.

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c) O provimento do presente agravo, por ser medida de
rigor, de acordo com o acervo legal colacionado nos autos,
e com as razões aqui expostas, reformando-se a decisão a
quo, para que sejam mantidos os requerimentos iniciais em
sua totalidade, analisando-se a matéria de fundo de direito,
de acordo com os termos já esposados, amplamente
ventilados na peça inicial.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Estado, ___ de __________ de 201_.

(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)

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