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LEI ESTADUAL N.

869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do
Estado de Minas Gerais – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II

Sumário
Diogo Surdi

Estatuto dos Servidores de Minas Gerais – Parte II. . ............................................................... 3


1. Direitos e Vantagens.. .................................................................................................................. 4
1.1. Vencimento e Remuneração.................................................................................................... 4
1.2. Demais Direitos e Vantagens.. ................................................................................................ 6
2. Gratificações. . ............................................................................................................................. 10
3. Férias.............................................................................................................................................12
4. Licenças........................................................................................................................................13
5. Direito de Petição.. ......................................................................................................................15
6. Acumulação.. ................................................................................................................................16
7. Concessões. . ................................................................................................................................. 17
8. Deveres e Ação Disciplinar...................................................................................................... 18
8.1. Responsabilidades.. ................................................................................................................ 18
8.2. Deveres e Proibições..............................................................................................................19
8.3. Apuração de Irregularidades............................................................................................... 20
8.4. Penalidades............................................................................................................................. 24
Resumo............................................................................................................................................. 29
Questões de Concurso.................................................................................................................. 35
Gabarito............................................................................................................................................ 41
Gabarito Comentado.....................................................................................................................42

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Diogo Surdi

ESTATUTO DOS SERVIDORES DE MINAS GERAIS –


PARTE II
Olá, concurseiro(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, continuaremos com o estudo da Lei Complementar Estadual n. 869/1952,
norma que estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais.
Para treinar o conhecimento aprendido, selecionei questões anteriores e questões adapta-
das ao estilo da prova.
Grande abraço e boa aula!

Diogo

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1. Direitos e Vantagens
Além do vencimento ou da remuneração do cargo público, o servidor estadual poderá, de
acordo com a norma complementar, auferir as seguintes vantagens:
• ajuda de custo;
• diárias;
• auxílio para diferença de caixa;
• abono de família;
• gratificações;
• honorários;
• quotas-partes e percentagens previstas em lei;
• adicionais previstos em lei.

É importante salientar, nesse sentido, que, excetuados os casos expressamente previstos,


o servidor não poderá receber, a qualquer título, seja qual for o motivo ou a forma de paga-
mento, nenhuma outra vantagem pecuniária da Administração Pública.

1.1. Vencimento e Remuneração


Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 19, ocorrida em 1998, o sistema
remuneratório da Administração Pública passou a contar com três formas distintas de catego-
rias jurídicas: o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servidores públicos, uma
vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou pouco detalhadas. Por meio do subsí-
dio, há um valor único fixado em lei, de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor já é
conhecido de antemão, sem a possibilidade de recebimento de gratificações ou adicionais que
se incorporem ao vencimento.
De acordo com a Constituição Federal, todas as classes de servidores podem receber por
meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a respectiva carreira funcional.
Para algumas categorias, no entanto, há a determinação constitucional do recebimento
por meio de subsídio, sem a hipótese de alteração, ainda que por intermédio de norma legal,
sendo elas:
• agentes políticos (Chefes do Executivo, parlamentares, magistrados, Ministros, Secretá-
rios);
• membros da Advocacia-Geral da União;
• Defensores Públicos;
• Procurador-Geral da Fazenda Pública;

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• Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal;


• Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar;
• Corpo de Bombeiros Militar.

Também chamada de remuneração em sentido estrito, os vencimentos são recebidos pe-


los servidores públicos estatutários.
Compreende o vencimento básico, que corresponde ao padrão que cada servidor ocupa na
carreira, acrescido das vantagens pecuniárias previstas em lei, tais como as gratificações, os
adicionais, os abonos e as ajudas de custo.
Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez que
estes, ainda que integrantes das entidades da Administração indireta, encontram-se submeti-
dos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo jus a todas as
regras e direitos a eles garantidos.
Em nosso ordenamento, o diploma que estabelece as regras pertinentes aos empregados
públicos, bem como aos empregados em geral, é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

De acordo com a norma estadual, vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efe-
tivo exercício do cargo correspondente ao padrão fixado em lei.
Remuneração, por sua vez, pode ser conceituada como a retribuição paga ao funcionário
pelo efetivo exercício do cargo correspondente ao padrão de vencimento e mais as quotas ou
porcentagens, que, por lei, lhe tenham sido atribuídas.
É importante salientar que tanto a remuneração quanto o vencimento não poderão, como
regra geral, ser objeto de arresto, sequestro ou penhora. As exceções, ou seja, situações em
que tais medidas podem acontecer, são as seguintes:
• quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da lei civil;
• quando se tratar de dívida à Fazenda Pública.

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As demais regras concertantes à remuneração e ao vencimento podem ser mais bem visu-
alizadas por meio dos artigos a seguir:

Art. 122. Somente nos casos previstos em lei poderá perceber vencimento ou remuneração o fun-
cionário que não estiver no exercício do cargo.
Art. 123. O funcionário nomeado para exercer cargo isolado, provido em comissão, perderá o ven-
cimento ou remuneração ao cargo efetivo, salvo opção.
Art. 125. A partir da data da publicação do decreto que o promover, ao funcionário, licenciado ou
não, ficarão assegurados os direitos e o vencimento ou a remuneração decorrentes da promoção.

1.2. Demais Direitos e Vantagens


Para facilitar a compreensão dos demais direitos e vantagens que são assegurados aos
servidores estaduais, será feito uso do seguinte quadro:

O abono de família será concedido ao servidor ativo ou inativo:


I – pela esposa;
II – por filho menor de 21 anos que não exerça profissão lucrativa;
III – por filho inválido ou mentalmente incapaz;
IV – por filha solteira que não tiver profissão lucrativa;
Abono de família
V – por filho estudante que frequentar curso secundário ou superior em estabelecimento
de ensino oficial ou particular fiscalizado pelo Governo, e que não exerça atividade lucra-
tiva, até a idade de 24 anos.
Deve ser salientado que, sempre que o pai e a mãe forem servidores inativos e viverem
em comum, o abono de família será concedido àquele que tiver o maior vencimento.

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Caso não vivam em comum, o abono será concedido ao que tiver os dependentes sob
sua guarda.
Se ambos tiverem a guarda, o abono será concedido a um e outro dos pais, de acordo
com a distribuição dos dependentes.
Duas outras informações são importantes com relação ao abono de família:
a) o abono será pago mesmo nos casos em que o servidor ativo ou inativo deixar de
perceber vencimento, remuneração ou provento;
b) o abono não está sujeito a qualquer imposto ou taxa, mas servirá de base para qual-
quer contribuição ou consignação em folha, inclusive para fins de previdência social.
Ao servidor que, no desempenho de suas atribuições comuns, pagar ou receber, em
moeda corrente, poderá ser concedido um auxílio, fixado em lei, para compensar as dife-
Auxílio para diferença
renças de caixa.
de Caia
O mencionado auxílio não poderá exceder a 5% do padrão de vencimento, e só será con-
cedido dentro dos limites da dotação orçamentária.
A ajuda de custo será concedida ao servidor que, em virtude de transferência, remoção,
designação para função gratificada, passar a ter exercício em nova sede, ou quando
designado para serviço ou estudo fora do Estado.
Observa-se assim que a ajuda de custo se trata de verba que possui o objetivo de inde-
nizar o servidor das despesas de viagem e de nova instalação. Além disso, a norma
determina que o transporte do servidor e de sua família correrá por conta do Estado.
Em determinadas situações, no entanto, será vedada a concessão de ajuda de custo,
sendo elas:
a) quando o servidor se afastar da sede, ou a ela voltar, em virtude de mandato eletivo;
b) quando o servidor for posto à disposição do Governo Federal, Municipal e de outro
Estado;
Ajuda de custo
c) quando o servidor for transferido ou removido a pedido ou permuta, inclusive.
De igual forma, precisamos conhecer as situações em que o servidor, tendo recebido a
ajuda de custo, estará obrigado a restituí-la.
Nessas situações, ainda que a vantagem tenha sido recebida, o agente deixou de cum-
prir com alguma determinação para o efetivo recebimento dos valores. Logo, a restitui-
ção trata-se de uma forma de ressarcir os cofres públicos.
De acordo com a norma, a restituição deve ocorrer nas seguintes situações:
a) quando o servidor não seguir para a nova sede dentro dos prazos determinados;
b) quando o servidor, antes de terminado o desempenho da incumbência que lhe foi
cometida, regressar da nova sede, pedir exoneração ou abandonar o serviço.
“E como será que ocorre o processo de restituição?”

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No momento da restituição, devem ser observados os seguintes procedimentos:


a) a restituição será feita parceladamente, salvo no caso de recebimento indevido, em
que a importância correspondente será descontada integralmente do vencimento ou
remuneração, sem prejuízo da aplicação da pena disciplinar cabível na espécie;
b) a responsabilidade pela restituição de que trata este artigo atinge exclusivamente a
pessoa do servidor;
c) se o regresso do servidor for determinado pela autoridade competente, ou, em caso
de pedido de exoneração, apresentado pelo menos 90 dias após seu exercício na nova
sede, ou doença comprovada, não ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
Com relação aos valores, precisamos memorizar que a ajuda de custo será arbitrada
pelos Secretários do Estado e Diretores de Departamento diretamente subordinados ao
Governador do Estado.
No momento do arbitramento do valor, serão levados em conta cada caso, as condições
de vida na nova sede, a distância que deverá ser percorrida, o tempo de viagem e os
recursos orçamentários disponíveis.
É importante mencionar que a ajuda de custo não poderá ser inferior à importância cor-
respondente a um mês de vencimento e nem superior a três, salvo quando se tratar do
funcionário designado para serviço ou estudo no estrangeiro.
No caso de remuneração, calcular-se-á sobre a média mensal da mesma no último exer-
cício financeiro.
No caso de servidor que for designado para serviço ou estudo fora do Estado, a compe-
tência para o arbitramento da ajuda de custo é do Governador. Nessa situação específica,
a norma determina que a ajuda de custo a ser arbitrada não poderá ser inferior a um mês
de vencimento ou remuneração.
O servidor que se deslocar de sua sede, eventualmente e por motivo de serviço, terá
direito ao recebimento de diárias, nos termos de regulamento.
Para os efeitos de recebimento de diárias, a sede pode ser conceituada como a locali-
dade onde o servidor tem exercício.
O pagamento de diária, que pode ser feito antecipadamente, destina-se a indenizar o
agente por despesas com alimentação e pousada, devendo ocorrer por dia de afasta-
Diárias
mento e pelo valor fixado no regulamento.
Nota-se, de imediato, que a principal distinção entre a ajuda de custo e as diárias trata-se
do caráter de eventualidade no exercício da atividade desta última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de ajuda de custo são
aquelas em que o servidor passa a ter exercício em outra sede, com caráter de definiti-
vidade.

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Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição


ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual ou transitória.
Terminada a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição pública.
Sendo assim, a diária é devida:
1) no período de trânsito, ao servidor removido ou transferido;
2) quando o deslocamento do servidor durar menos de seis horas;
3) quando o deslocamento se der para a localidade onde o servidor resida;
4) quando relativa a sábado, domingo ou feriado, salvo se a permanência do servidor
fora da sede nesses dias for conveniente ou necessária ao serviço.
A diária será integral quando o afastamento se der por mais de 12 horas e exigir pou-
sada paga pelo servidor público.
Ocorrendo afastamento por até 12 horas, é devida apenas a parcela da diária relativa à
alimentação.
A norma determina que é vedado o pagamento de diária cumulativamente com qual-
quer outra retribuição de caráter indenizatório de despesa com alimentação e pousada.
Além disso, merece destaque a regra que estabelece que constitui infração disciplinar
grave, punível na forma da lei, conceder ou receber diária indevidamente.
A função gratificada pode ser conceituada como aquela instituída em lei para atender
aos encargos de chefia e outros que a lei determinar.
Função gratificada Não perderá a mencionada gratificação o servidor que deixar de comparecer ao serviço
em virtude de férias, luto, casamento, doença comprovada e outros serviços obrigató-
rios por lei.

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Estabelece a norma estadual que o servidor gozará férias-prêmio correspondente a


decênio de efetivo exercício em cargos estaduais, na base de quatro meses por decênio.
No entanto, é importante frisar que a Constituição do Estado de Minas Gerais apresenta
redação em sentido diverso. De acordo com a norma constitucional, “Serão concedidas
ao servidor ocupante de cargo de provimento efetivo e função pública férias-prêmio com
duração de 3 meses a cada 5 anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de
Minas Gerais”.
Sendo assim, para fins de prova, temos que memorizar que o servidor público terá
direito, a cada 5 anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Minas Gerais,
a férias-prêmio com duração de 3 meses.
As férias-prêmio serão concedidas com o vencimento ou remuneração e todas as demais
vantagens do cargo, excetuadas somente as gratificações por serviços extraordinários.
No momento em que usufruir das férias prêmio, o servidor não terá a perda da contagem
de tempo de serviço. Assim sendo, o tempo de serviço será computado, para todos os
efeitos, como se estivesse em exercício.
Para tal fim, não se computará o afastamento do exercício das funções, por motivo de:
Férias-prêmio
a) gala ou nojo, até oito dias cada afastamento;
b) férias anuais;
c) requisição de outras entidades públicas, com afastamento autorizado pelo Governo
do Estado;
d) viagem de estudo, aperfeiçoamento ou representação fora da sede, autorizada pelo
Governo do Estado;
e) licença para tratamento de saúde até 180 dias;
f) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
g) exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território
estadual, por nomeação do Governo do Estado.
O pedido de concessão de férias-prêmio deverá ser instruído com certidão de contagem
de tempo fornecida pela repartição competente.

Considera-se repartição competente, para tal fim, aquela que dispuser de elementos
para certificar o tempo de serviço mediante fichas oficiais, cópias de folhas de paga-
mento ou registro de ponto.

2. Gratificações
De acordo com as disposições do art. 143 do Estatuto dos Servidores, são as seguintes as
gratificações que podem ser concedidas aos servidores públicos do Estado de Minas Gerais:
• pelo exercício em determinadas zonas ou locais;
• pela execução de trabalho de natureza especial, com risco de vida ou saúde;
• pela elaboração de trabalho técnico ou científico de utilidade para o serviço público;
• de representação, quando em serviço ou estudo no estrangeiro ou no país;
• quando regularmente nomeado ou designado para fazer parte do órgão legal de delibe-
ração coletiva ou para cargo ou função de confiança;

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• pela prestação de serviço extraordinário;


• de função de chefia prevista em lei;
• adicional por tempo de serviço, nos termos de lei.

Considerando que o decreto apenas estabelece algumas regras gerais acerca das mencio-
nadas gratificações, relacionei tais disposições, como forma de facilitar a compreensão, por
meio do quadro a seguir:

Gratificação pelo exercício em determinadas A gratificação em questão terá os seus valores estabelecidos
zonas ou locais em decreto.
Gratificação pela execução de trabalho de A gratificação em questão terá os seus valores estabelecidos
natureza especial, com risco de vida ou saúde em decreto.
Gratificação pela elaboração de trabalho Tal gratificação será arbitrada pelo Governador do Estado,
técnico ou científico de utilidade para o serviço após a respectiva conclusão.
público
A gratificação em questão será autorizada pelo Governador do
Estado, levando em conta o vencimento e a duração certa ou
Gratificação de representação, quando em presumível do estudo e as condições locais, salvo se a lei ou
serviço ou estudo no estrangeiro ou no país regulamento já dispuser a respeito.
A gratificação terá como limite mínimo 1/3 do vencimento do
servidor.
Gratificação em virtude de nomeação ou A gratificação será fixada no limite máximo de um terço do
designação para fazer parte do órgão legal de vencimento ou remuneração.
deliberação coletiva ou para cargo ou função
de confiança
A gratificação pela prestação de serviço extraordinário, que
não poderá, em hipótese alguma, exceder ao vencimento do
servidor, será:
a) previamente arbitrada pelo Secretário de Estado ou Diretor
de Departamento diretamente subordinado ao Governador do
Gratificação pela prestação de serviço Estado;
extraordinário b) paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado.
Entende-se por serviço extraordinário todo e qualquer traba-
lho previsto em regimento ou regulamento, executado fora da
hora do expediente regulamentar da repartição e previamente
autorizado pelo Secretário de Estado ou Diretor de Departa-
mento diretamente subordinado ao Governador do Estado.
Os servidores que exercem as funções de direção, de chefia
ou de assessoramento fazem jus a um adicional pago com
Gratificação de função de chefia prevista em base na complexidade da atribuição desempenhada.
lei Salienta-se, contudo, que o servidor que exerce tais funções
pode ser livremente dispensado pela autoridade competência,
não havendo obrigação de motivação para a prática do ato.

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Nessas hipóteses, caso estejamos diante de um servidor de


carreira, este voltará a desempenhar as atividades relativas ao
seu cargo. Caso o ocupante do cargo em comissão não seja
servidor público, a dispensa da função de confiança fará com
que o seu vínculo com o Poder Público seja cessado.
O servidor perceberá honorário quando designado para exer-
cer, fora do período normal ou extraordinário de trabalho, as
Outras funções de auxiliar ou membro de bancas e comissões de
concursos ou provas, de professor ou auxiliar de cursos legal-
mente instituídos.

3. Férias
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores públi-
cos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada.
Decorre o direito de férias, dessa forma, de uma previsão constitucional, conforme estabe-
lece o art. 7º, XVII, da Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário nor-
mal;

Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores.
Nesse sentido, vejamos as disposições dos arts. 152 a 155 da norma estadual:

Art. 152. O funcionário gozará, obrigatoriamente, por ano, vinte e cinco dias úteis de férias, obser-
vada a escala que for organizada de acordo com conveniência do serviço, não sendo permitida a
acumulação de férias.
§ 1º Na elaboração da escala, não será permitido que entrem em gozo de férias, em um só mês,
mais de um terço de funcionários de uma seção ou serviço.
§ 2º É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 3º Ingressando no serviço público estadual, somente depois do 11º mês de exercício poderá o
funcionário gozar férias.
Art. 153. Durante as férias, o funcionário terá direito ao vencimento ou remuneração e a todas as
vantagens, como se estivesse em exercício exceto a gratificação por serviço extraordinário.

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Art.  154. O funcionário promovido, transferido ou removido, quando em gozo de férias, não será
obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.
Art. 155. É facultado ao funcionário gozar férias onde lhe convier, cumprindo-lhe, entretanto, antes
do seu início, comunicar o seu endereço eventual ao chefe da repartição ou serviço a que estiver
subordinado.
§ 3º O servidor público terá, automaticamente, contado em dobro, para fins de aposentadoria e van-
tagens dela decorrentes, o tempo de férias-prêmio não gozadas.

4. Licenças
Atendidos os requisitos legais, o servidor público estadual poderá ser licenciado nas se-
guintes hipóteses:
• para tratamento de saúde;
• quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional;
• por motivo de doença em pessoa de sua família;
• servidora gestante;
• quando convocado para serviço militar;
• para tratar de interesses particulares;
• servidora casada com servidor.

As licenças concedidas dentro de 60 dias contados da terminação da anterior serão consi-


deradas como prorrogação.
Além disso, deve ser salientado que o servidor não poderá permanecer em licença por
prazo superior a 24 meses, salvo o portador de doenças específicas (de tuberculose, lepra ou
pênfigo foliáceo), que, nessas situações, poderá ter mais três prorrogações de 12 meses cada
uma, desde que, em exames periódicos anuais, não se tenha verificado a cura.
Decorrido o prazo em questão, o servidor será submetido à inspeção médica. Sendo consi-
derado definitivamente inválido para o serviço público em geral, será ele aposentado.
Durante a licença, o servidor poderá permanecer onde entender melhor, ficando obrigado,
no entanto, a comunicar por escrito o seu endereço ao chefe a que estiver imediatamente
subordinado.
Vamos conhecer as previsões legais para cada uma das licenças?

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A licença para tratamento de saúde será concedida tanto a pedido do servidor


quanto mediante iniciativa do Poder Público (de ofício).
Em ambas as situações, é indispensável a realização de inspeção médica, que
deverá ser realizada, sempre que assim for necessário, na residência do servidor.
Quando licenciado para tratamento de saúde, em virtude de acidente no serviço
ou de doença profissional, o servidor receberá integralmente o vencimento ou a
Licença para tratamento de remuneração e demais vantagens.
saúde Por isso mesmo, a norma determina que o agente não poderá, durante o período
da licença, dedicar-se a qualquer atividade remunerada.
O servidor licenciado para tratamento de saúde é obrigado a reassumir o exercí-
cio, se for considerado apto em inspeção médica determinada pelo Poder Público.
Por fim, deve ser salientado que a licença será convertida em aposentadoria
quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva, para o serviço
público em geral, a invalidez do servidor.
A licença à gestante e a licença-paternidade tratam-se de direitos sociais estendi-
dos aos servidores públicos.
Assim, ainda que a norma estabeleça o prazo de licença de três meses, com a
entrada em vigor da Constituição Federal, o prazo passou a ser de, no mínimo,
120 dias.
Além disso, as seguintes disposições da norma estadual devem ser levadas em
conta com relação a tal modalidade de licença:
Licença à servidora a) a licença só poderá ser concedida para o período que compreenda, tanto
gestante quanto possível, os últimos 45 dias da gestação e o puerpério;
b) a licença deverá ser requerida até o oitavo mês da gestação, competindo à
junta médica fixar a data do seu início;
c) o pedido encaminhado depois do oitavo mês da gestação será prejudicado
quanto à duração da licença, que se reduzirá dos dias correspondentes ao atraso
na formulação do pedido;
d) se a criança nascer viva, prematuramente, antes que a servidora tenha reque-
rido a licença, o início desta será a partir da data do parto.
O servidor poderá obter licença por motivo de doença na pessoa do pai, mãe,
Licença por motivo de
filhos ou cônjuge de que não esteja legalmente separado.
doença em pessoa da
A doença em questão será comprovada mediante inspeção médica, na forma pre-
família
vista em lei.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
Diogo Surdi

Ao servidor que for convocado para o serviço militar e outros encargos de segu-
rança nacional, será concedida licença (com vencimento ou remuneração e
demais vantagens) descontada mensalmente a importância que receber na qua-
lidade de incorporado.
A licença em questão será concedida mediante comunicação do servidor ao
Licença para serviço militar chefe da repartição ou do serviço, acompanhada de documento oficial de que
prove a incorporação.
Tratando-se de servidor cuja incorporação tenha perdurado, pelo menos, um ano,
o chefe da repartição ou serviço a que tiver de se apresentar o funcionário poderá
conceder-lhe o prazo de 15 dias para reassumir o exercício, sem perda de venci-
mento ou remuneração.
Após dois anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter licença, sem venci-
mento ou remuneração, para tratar de interesses particulares.
No caso, estamos diante de uma licença discricionária, ou seja, que pode ou não
Licença para tratar de ser concedida pela Administração Pública.
interesses particulares Nesse sentido, a norma determina que “a licença poderá ser negada quando o
afastamento do funcionário for inconveniente ao interesse do serviço”.
Não será concedida licença para tratar de interesses particulares nas seguintes
situações:
a) quando o servidor for nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o
exercício;
b) quando o servidor, a qualquer título, estiver obrigado a realizar indenização ou
devolução aos cofres públicos.
A servidora casada com agente estadual, federal ou militar, terá direito a licença,
sem vencimento ou remuneração, quando o marido for mandado servir, indepen-
Licença à servidora casada dentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou
com funcionário no estrangeiro.
A licença em questão será concedida mediante pedido, devidamente instruído, e
vigorará pelo tempo que durar a comissão ou nova função do marido.

5. Direito de Petição
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hierarquia em
suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios de pleitear os direitos
que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido ou em que houver descaso por
parte dos seus superiores. Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.
Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que entenderem
de direito. Nesse sentido, temos que fazer uso das regras do art. 192 do estatuto estadual:

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Art. 192. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá, em geral, nos mesmos prazos
fixados para as ações próprias cabíveis no judiciário, quanto à espécie.
Parágrafo único. Se não for o caso de direito que dê oportunidade à ação judicial, prescreverá a fa-
culdade de pleitear na esfera administrativa, dentro de 120 dias a contar da data da publicação ofi-
cial do ato impugnado ou, quando este for da natureza reservada, da data da ciência do interessado.

O fluxo do processo de direito de petição observará as seguintes regras:


• é assegurado ao servidor o direito de requerer ou representar. O requerimento será diri-
gido à autoridade competente para decidir e encaminhado por intermédio daquela a que
estiver imediatamente subordinado o requerente;
• o pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado;
• o requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de cin-
co dias e decididos dentro de 30 dias, sendo improrrogáveis;
• poderão ser interpostos recursos nas seguintes situações:
− do indeferimento do pedido de reconsideração;
− das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
É importante salientar que os pedidos de reconsideração e os recursos não terão efeito
suspensivo. No entanto, os pedidos que forem providos darão lugar às retificações necessá-
rias, retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado.
Isso quando outra solução jurídica, quanto aos efeitos relativos ao passado, não seja de-
terminada pela autoridade.
O servidor que se dirigir ao Poder Judiciário ficará obrigado a comunicar essa iniciativa a
seu chefe imediato para que este providencie a remessa do processo, se houver, ao juiz com-
petente, como peça instrutiva da ação judicial.

6. Acumulação
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remune-
rada de dois ou mais cargos públicos.
E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e funções da Administração direta ou
indireta de todos os entes federados.
Assim, ainda que o texto da Lei Complementar Estadual n. 869/1952 seja direcionado ape-
nas aos servidores públicos estaduais, por força da norma constitucional, a vedação à acumu-
lação é uma regra mais ampla e que não se restringe ao ente federativo regulado pelo presen-
te estatuto.

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As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compatibili-


dade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• dois cargos de professor;
• um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de Saúde, com profissões regula-
mentadas;
• permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais;
• permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o Magistério.

O estatuto em análise, em complemento às disposições da Constituição Federal, estabele-


ce a seguinte previsão.

Art. 200. É vedada, ainda, a acumulação de funções ou de cargos e funções do Estado, ou do Estado


com os da União ou Município e com os das entidades autárquicas.
Parágrafo único. Não se compreende na proibição deste artigo a acumulação de cargo ou função
com a gratificação de função.

7. Concessões
Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou qualquer outro direito ou vantagem legal, o ser-
vidor poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos por motivo de:
• casamento;
• falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos.

No âmbito das concessões, três importantes regras estão previstas no texto da Lei Com-
plementar n. 869/1952, sendo elas:
• ao servidor licenciado para tratamento de saúde poderá ser concedido transporte, in-
clusive para as pessoas de sua família, por conta do Estado, fora da sede de serviço, se
assim o exigir o laudo médico oficial;
• poderá ser concedido transporte à família do servidor, quando este falecer fora da sede
de seus trabalhos, no desempenho de serviço;
• o vencimento ou a remuneração do servidor em atividade ou em disponibilidade e o
provento atribuído ao que estiver aposentado não poderão sofrer outros descontos que
não sejam previstos em lei.

Além disso, a norma apresenta um tratamento diferenciado com relação aos servidores
estudantes. Dessa forma, ao estudante matriculado em estabelecimento de ensino será con-
cedido, sempre que possível, horário especial de trabalho que possibilite a frequência regu-
lar às aulas.

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Também poderá o servidor estudante faltar ao serviço, sem prejuízo do vencimento, remu-
neração ou vantagens decorrentes do exercício, nos dias de prova ou de exame.

A Administração, em igualdade de condições, preferirá para transferência ou remoção da loca-


lidade onde trabalha, o servidor que não seja estudante.

8. Deveres e Ação Disciplinar


8.1. Responsabilidades
De acordo com as disposições da Lei Complementar n. 869/1952, três são as esferas de
responsabilidade a que os servidores públicos estão submetidos, sendo elas: civil, adminis-
trativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em pre-
juízo da Fazenda Estadual ou de terceiros.
Enquadram-se no conceito de responsabilidade civil todas as ações do servidor público
que, agindo em nome da Administração, cause algum dano ao particular ou ao próprio Po-
der Público.
Nesse caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria da impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor, no desempenho de suas atividades, são
atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele desempenha suas atribuições), caberá ao Poder
Público, inicialmente, responder pelos danos causados.
Tendo a Administração indenizado o particular, verifica se a atuação do agente público ocor-
reu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação regressiva contra o servidor.
Nesse sentido é o texto do art. 209 do estatuto funcional, de seguinte redação:

Art. 209. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em pre-
juízo da Fazenda Estadual, ou de terceiro.
§ 1º A indenização de prejuízo causado à Fazenda Estadual no que exceder as forças da fiança,
poderá ser liquidada mediante o desconto em prestações mensais não excedentes da décima parte
do vencimento ou remuneração, à míngua de outros bens que respondam pela indenização.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Estadual,
em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que hou-
ver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado.

A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticadas no desempe-


nho do cargo.
A responsabilidade penal, por sua vez, abrange os crimes e contravenções imputados ao
funcionário, nessa qualidade.

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As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente ca-


bível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.

Art.  212. As cominações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo umas e outras
independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.

Exemplo: servidor público que utiliza materiais da repartição em atividades particulares e que,
para evitar que o fato chegue ao conhecimento de terceiros, faz uso da extorsão e da chanta-
gem.
Nesse caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbidade admi-
nistrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, responderá o servidor, da mesma forma, na
esfera penal, pois praticou o crime de extorsão em conexão com as demais práticas ilícitas.

8.2. Deveres e Proibições


De acordo com o estatuto mineiro, há uma série de deveres e de proibições para os servi-
dores públicos regidos pela norma.
Salienta-se que a lista de deveres e de proibições apresentada não é taxativa, mas sim
meramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de cumprir

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com alguma obrigação por ela não estar prevista expressamente no texto da norma que rege
a sua categoria funcional.
Vejamos a seguir a lista de deveres e de proibições elencadas pela norma em estudo:

DEVERES PROIBIÇÕES
I – assiduidade; I  – referir-se de modo depreciativo, em informação,
II – pontualidade; parecer ou despacho, às autoridades e atos da admi-
III – discrição; nistração pública, podendo, porém, em trabalho assi-
IV – urbanidade; nado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da
V – lealdade às instituições constitucionais e adminis- organização do serviço;
trativas a que servir; II – retirar sem prévia autorização da autoridade com-
VI – observância das normas legais e regulamentares; petente qualquer documento ou objeto da repartição;
VII – obediência às ordens superiores, exceto quando III – promover manifestações de apreço ou desapreço
manifestamente ilegais; e fazer circular ou subscrever lista de donativos no
VIII  – levar ao conhecimento da autoridade superior recinto da repartição;
irregularidade de que tiver ciência em razão do cargo; IV – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em
IX  – zelar pela economia e conservação do material detrimento da dignidade da função;
que lhe for confiado; V  – coagir ou aliciar subordinados com objetivos de
X – providenciar para que esteja sempre em ordem no natureza partidária;
assentamento individual a sua declaração de família; VI – participar da gerência ou administração de empresa
XI – atender prontamente: comercial ou industrial, salvo os casos expressos em
a) às requisições para a defesa da Fazenda Pública; lei;
b) à expedição das certidões requeridas para a defesa VII  – exercer comércio ou participar de sociedade
de direito. comercial, exceto como acionista, quotista ou coman-
datário;
VIII – praticar a usura em qualquer de suas formas;
IX  – pleitear, como procurador ou intermediário, junto
às repartições públicas, salvo quando se tratar de per-
cepção de vencimentos e vantagens, de parente até
segundo grau;
X  – receber propinas, comissões, presentes e vanta-
gens de qualquer espécie em razão das atribuições;
XI – contar a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe com-
petir ou a seus subordinados.

8.3. Apuração de Irregularidades


Além das normas materiais, a Lei Complementar n. 869/1952 estabelece uma série de
procedimentos que devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
O processo administrativo disciplinar, dessa forma, pode ser conceituado, de acordo com
a definição de Ladisael Bernardo e Sérgio Viana, da seguinte forma:

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Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do Es-
tado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infrações
de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da
prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.

A autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de irregularidades no serviço públi-


co é obrigada a promover-lhe a apuração imediata por meio de sumários, inquérito ou processo
administrativo.
No entanto, deve ser salientado que são competentes para determinar a instauração do
processo administrativo os Secretários de Estado e os Diretores de Departamentos direta-
mente subordinados ao Governador do Estado.
Em linhas gerais, o processo administrativo será desenvolvido em duas diferentes fases,
sendo elas:
• inquérito administrativo;
• processo administrativo propriamente dito.

Assim sendo, o inquérito pode ser compreendido como uma espécie de fase preliminar
do processo administrativo disciplinar. Tal etapa trata-se de uma averiguação sumária e sigi-
losa, devendo ser iniciado e concluído no prazo improrrogável de 30 dias a partir da data de
designação.
Ficará dispensada a fase do inquérito administrativo quando forem evidentes as provas
que demonstrem a responsabilidade do indiciado ou indiciados.

Nenhuma penalidade, exceto repreensão, multa e suspensão, poderá decorrer das conclusões
a que chegar o inquérito, que é simples fase preliminar do processo administrativo.
É correto afirmar que o processo administrativo precederá sempre à demissão do servidor.

Sendo instaurado, o processo administrativo, que será realizado por uma comissão desig-
nada pela autoridade que houver determinado a sua instauração e composta de três funcio-
nários estáveis, se desenvolverá de acordo com os seguintes procedimentos:
• o processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo improrrogável de três dias,
que serão contados da data da designação dos membros da comissão. Uma vez inicia-
do, o processo deverá ser concluído no prazo de 60 dias, a contar da data de seu início.
Em caso de força maior, o prazo poderá ser prorrogado por até 30 dias;
• os membros da comissão dedicarão todo o seu tempo aos trabalhos da mesma, ficando,
por isso, automaticamente dispensados do serviço de sua repartição, sem prejuízo do
vencimento, remuneração ou vantagens decorrentes do exercício, durante a realização
das diligências que se tornarem necessárias;

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• terá o servidor indiciado o direito de, pessoalmente ou por intermédio de procurador,


acompanhar todo o desenvolver do processo, podendo, por meio do seu defensor, indi-
car e inquirir testemunhas, requerer juntada de documentos, ter vista do processo e ado-
tar as demais medidas necessárias, sem prejuízo para o andamento normal do trabalho;
• ultimado o processo, a comissão mandará, dentro de 48 horas, citar o acusado para, no
prazo de 10 dias, apresentar defesa. Achando-se o indiciado em lugar incerto, a citação
será feita por edital, que será publicado no órgão oficial durante oito dias consecutivos.
O prazo de 10 dias para apresentação da defesa será contado da data da última publi-
cação do edital;
• terminado o prazo para defesa, a comissão apreciará a defesa produzida e, então, apre-
sentará o seu relatório dentro do prazo de 10 dias;
• entregue o relatório da comissão, a autoridade que houver determinado a sua instau-
ração deverá proferir o julgamento dentro do prazo improrrogável de 60 dias. Se o pro-
cesso não for julgado no prazo indicado, o indiciado reassumirá, automaticamente, o
exercício de seu cargo ou função, e aguardará em exercício o julgamento;
• quando as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis escaparem da alçada
da autoridade que instaurou o processo, esta deverá propor, dentro do prazo marcado
para julgamento, as medidas necessárias à autoridade competente. O prazo para julga-
mento final será de 15 dias, improrrogável;
• as decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo de oito dias;
• uma vez submetidos a processo administrativo, os servidores só poderão ser exonera-
dos depois da conclusão do processo e de reconhecida a sua culpabilidade.

Além das regras gerais relacionadas com o processo administrativo, a norma estabelece
um breve rito a ser observado em caso de abandono de cargo ou função por parte dos servi-
dores públicos estaduais.
Sendo assim, sempre que ocorrer o abandono de cargo ou de função, deverá o presidente
da comissão publicar no órgão oficial editais de chamamento do respectivo agente público. O
prazo dos editais de chamamento é de 20 dias.
Terminado o prazo, será dado início ao processo normal. Caso o servidor não compareça,
será designado um defensor.
Não sendo o caso de abandono por motivo de força maior ou de coação ilegal, que deverá
ser devidamente provada, a comissão proporá a expedição do decreto de demissão.
Um último ponto que merece destaque refere-se à revisão do processo. Assim, o processo
disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação
da penalidade aplicada.

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No caso da revisão, as mesmas regras concernentes ao processo administrativo serão


obedecidas, com formação de comissão, coleta de provas e conclusão quanto à inocência ou
não do servidor.
Tratando-se de servidor falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida por qual-
quer pessoa relacionada no assentamento individual.

Art. 235. A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se im-
pôs a pena de suspensão, multa, destituição de função, demissão a bem do serviço público, desde
que se aduzam fatos ou circunstâncias susceptíveis de justificar a inocência do acusado.
Parágrafo único. Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requeri-
da por qualquer pessoa relacionada no assentamento individual.
Art. 236. Além das peças necessárias à comprovação dos fatos arguidos, o requerimento será obri-
gatoriamente instruído com certidão do despacho que impôs a penalidade.
Parágrafo único. Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penali-
dade.

O requerimento de revisão será dirigido ao Governador do Estado, que o despachará à re-


partição onde se originou o processo. Caso o Governador julgue insuficiente instruído o pedi-
do, poderá ele indeferi-lo liminarmente, isto é, sem a formação de comissão.
Recebido o requerimento despachado pelo Governador do Estado, o chefe da repartição o
distribuirá a uma comissão composta de três servidores de categoria igual ou superior à do
acusado, indicando o que deve servir de presidente, para processar a revisão.

O requerimento será apenso ao processo ou à sua cópia, marcando-se ao interessado o prazo


de 10 dias para contestar os fundamentos da acusação constantes do mesmo processo.
Salienta-se que ficará impedido de funcionar na revisão quem compôs a comissão do proces-
so administrativo.

Concluída a instrução do processo, será ele, dentro de 10 dias, encaminhado, com relatório
da comissão, ao Governador do Estado, que o julgará.
Para esse julgamento, o Governador do Estado terá o prazo de 20 dias, podendo antes de-
terminar diligências que entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo.
Julgando procedente a revisão, o Governador do Estado tornará sem efeito as penalidades
aplicadas ao acusado. Além disso, o julgamento favorável do processo implica restabeleci-
mento de todos os direitos perdidos em consequência da penalidade aplicada.

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8.4. Penalidades
De acordo com as disposições da Lei Complementar Estadual n. 869/1952 (art. 244), são
as seguintes as penalidades passíveis de aplicação aos servidores públicos estaduais:
• repreensão;
• multa;
• suspensão;
• destituição de função;
• demissão;
• demissão a bem do serviço público.

São apenas essas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma modalidade de pena-
lidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade, devem ser garantidos
o contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
Para que tais direitos possam ser exercidos, a norma determina, por exemplo, que o ato
que demitir o servidor mencionará sempre a disposição legal em que se fundamenta.
Vamos conhecer as situações ensejadoras de aplicação de cada uma das penalidades
previstas em lei?

A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de desobediência ou falta de cum-
primento de deveres.
Repreensão
Havendo dolo ou má-fé, a falta de cumprimento de deveres, será punida com a pena de sus-
pensão.
A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regu-
lamento.
Será responsabilizado pecuniariamente, sem prejuízo da sanção disciplinar que couber, o
chefe de repartição que ordenar a prestação de serviço extraordinário, sem que disponha do
necessário crédito.
Multa
O servidor que processar o pagamento de serviço extraordinário, sem observância do dis-
posto em lei, ficará obrigado a recolher aos cofres do Estado a importância respectiva.
Comprovada a flagrante desnecessidade da antecipação ou prorrogação do período de tra-
balho, o chefe da repartição que o tiver ordenado responderá pecuniariamente pelo serviço
extraordinário.

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A pena de suspensão será aplicada em casos de:


I – Falta grave;
II – Recusa do funcionário em submeter-se à inspeção médica quando necessária;
III – Desrespeito às proibições consignadas neste Estatuto;
IV – Reincidência em falta já punida com repreensão;
V – Recebimento doloso e indevido de vencimento, ou remuneração ou vantagens;
VI – Requisição irregular de transporte;
VII – Concessão de laudo médico gracioso.
O servidor que indevidamente receber diária será obrigado a restituir, de uma só vez, a
importância recebida, ficando ainda sujeito à punição disciplinar de suspensão.
Será punido com a pena de suspensão, e, na reincidência, com a de demissão, o servidor que,
indevidamente, conceder diárias, com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos,
Suspensão ficando ainda obrigado à reposição da importância correspondente.
Será suspenso por 90 dias, e, na reincidência, demitido o servidor que, fora dos casos expres-
samente previstos em lei, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às
repartições, o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Será punido com a pena de suspensão e, na reincidência, com a de demissão a bem do ser-
viço público, o servidor que atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário.
O servidor que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário, será
punido com a pena de suspensão.
Serão considerados como de suspensão os dias em que o servidor deixar de atender às con-
vocações do juiz, sem motivo justificado
A pena de suspensão não poderá exceder a 90 dias.
De igual forma, o servidor suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do
exercício do cargo.
Duas são as situações ensejadoras de destituição de função, sendo elas:
a) quando se verificar a falta de exação no seu desempenho;
Destituição de b) quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o funcionário contribuiu para que
função se não apurasse, no devido tempo, a falta de outro.
Tome nota: o servidor que não entrar em exercício dentro do prazo será demitido do cargo
ou destituído da função.

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A pena de demissão será aplicada ao servidor que:


I – acumular, ilegalmente, cargos, funções ou cargos com funções;
II – incorrer em abandono de cargo ou função pública pelo não comparecimento ao serviço
sem causa justificada por mais de trinta dias consecutivos ou mais de noventa dias não con-
secutivos em um ano;
III – aplicar indevidamente dinheiros públicos;
IV – exercer a advocacia administrativa;
V – receber em avaliação periódica de desempenho:
a) dois conceitos sucessivos de desempenho insatisfatório;
Demissão
b) três conceitos interpolados de desempenho insatisfatório em cinco avaliações consecu-
tivas; ou
c) quatro conceitos interpolados de desempenho insatisfatório em dez avaliações consecu-
tivas.
d) terá cassada a licença e será demitido do cargo o servidor licenciado para tratamento de
saúde que se dedicar a qualquer atividade remunerada.
Receberá conceito de desempenho insatisfatório o servidor cuja avaliação total, considera-
dos todos os critérios de julgamento aplicáveis em cada caso, seja inferior a 50% da pontu-
ação máxima admitida.
Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço ao servidor que:
I – for convencido de incontinência pública e escandalosa, de vício de jogos proibidos e de
embriaguez habitual;
II – praticar crime contra a boa ordem e administração pública e a Fazenda Estadual;
Demissão a
III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que o
bem do serviço
faça dolosamente e com prejuízo para o Estado ou particulares;
público
IV  – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em
legítima defesa;
V – lesar os cofres públicos ou delapidar o patrimônio do Estado;
VI – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie.

Ainda que a norma não elenque a cassação da aposentadoria ou disponibilidade como uma
penalidade expressamente prevista, o art. 257 do Estatuto estabelece situações que, quando
configuradas, determinam a adoção da mencionada medida:

Art. 257. Será cassada, por decreto do Governador do Estado, a aposentadoria ou disponibilidade,


se ficar provado, em processo, que o aposentado ou funcionário em disponibilidade:
I – praticou, quando em atividade, qualquer dos atos para os quais é cominada neste Estatuto a
pena de demissão, ou de demissão a bem do serviço público;
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III – aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia autorização do Governador do Estado;
IV – praticou a usura, em qualquer de suas formas.
Parágrafo único. Será igualmente cassada a disponibilidade do servidor que não assumir, no prazo
legal, o cargo ou função em que for aproveitado.

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8.3.1. Prescrição

Ainda que a Administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver co-
nhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso de
tempo a partir da data em que o fato se tornou conhecido.
E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é
admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições imprescritíveis.
Em outras palavras, isso implica afirmar que, mesmo que um servidor tenha cometido uma
infração e esta seja do conhecimento da Administração, caso a repartição competente não
tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de um determinado período, não
mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar estará prescrita.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível. Nesse sentido, o art.
258 da norma em estudo estabelece o prazo de prescrição para cada uma das penas passíveis
de aplicação no estatuto estadual:

Art. 258. As penas de repreensão, multa e suspensão prescrevem no prazo de dois anos e a de


demissão, por abandono do cargo, no prazo de quatro anos.

8.3.2. Autoridades Competentes

A depender da penalidade que está sendo aplicada, haverá diferentes autoridades compe-
tentes para a sua aplicação.
Nota-se, da relação apresentada, que as autoridades estão escalonadas de acordo com a
gravidade da penalidade que está sendo aplicada:

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Demissão O Chefe do Governo.


Suspensão superior a 30 dias Os Secretários de Estado e Diretores de Departamentos direta-
mente subordinados ao Governador do Estado.
Repreensão e suspensão até 30 dias Os chefes de Departamentos.
Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação.
Destituição de função Autoridade que houver feito a designação.

8.3.3. Possibilidade de Reabilitação

Tendo sido sancionado com alguma das penalidades previstas em lei, o servidor poderá,
após o decurso de determinado período, requerer a reabilitação administrativa, que, em linhas
gerais, consiste na retirada, dos registros funcionais, das anotações das penas de repreensão,
multa, suspensão e destituição de função.
A reabilitação administrativa estende-se ao aposentado, desde que ocorram os requisitos
a ela vinculados. No entanto, nenhum caso de reabilitação importa direito a ressarcimento,
restituição ou indenização de vencimentos ou vantagens não percebidas no período de dura-
ção da pena.
Os procedimentos para o instituto da reabilitação, que apenas poderá ser concedida uma
vez, serão definidos em decreto. Ainda assim, a norma estabelece a competência do Secretá-
rio de Administração para decidir sobre a reabilitação, que deverá ouvir, previamente, o titular
da repartição de exercício do servidor.
“Mas, e quais são os prazos a serem observados para o processo de reabilitação?”
De acordo com o Estatuto, o prazo para a solicitação da reabilitação deverá atender aos
seguintes prazos:
• três anos para as penas de suspensão compreendidas entre 60 a noventa 90 dias, bem
como para destituição de função;
• dois anos para as penas de suspensão compreendidas entre 30 e 60 dias;
• um ano para as penas de suspensão de um 1 a trinta 30 dias, bem como de repreensão
ou de multa.

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RESUMO
Além do vencimento ou da remuneração do cargo público, o servidor estadual poderá au-
ferir as seguintes vantagens:
a) ajuda de custo;
b) diárias;
c) auxílio para diferença de caixa;
d) abono de família;
e) gratificações;
f) honorários;
g) quotas-partes e percentagens previstas em lei;
h) adicionais previstos em lei.
De acordo com a norma estadual, vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo
efetivo exercício do cargo correspondente ao padrão fixado em lei. Remuneração, por sua vez,
pode ser conceituada como a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo
correspondente ao padrão de vencimento e mais as quotas ou porcentagens, que, por lei, lhe
tenham sido atribuídas.
Importante salientar que tanto a remuneração quanto o vencimento não poderão, como
regra geral, ser objeto de arresto, sequestro ou penhora. As exceções, ou seja, situações em
que tais medidas podem acontecer, são as seguintes:
a) quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da lei civil;
b) quando se tratar de dívida à Fazenda Pública.

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O abono de família será concedido ao servidor ativo ou inativo:


I - pela esposa;
II - por filho menor de 21 anos que não exerça profissão lucrativa;
III - por filho inválido ou mentalmente incapaz;
IV - por filha solteira que não tiver profissão lucrativa;
V - por filho estudante que frequentar curso secundário ou superior em estabelecimento de
ensino oficial ou particular fiscalizado pelo Governo, e que não exerça atividade lucrativa, até
a idade de 24 anos.

A ajuda de custo será concedida ao servidor que, em virtude de transferência, remoção,


designação para função gratificada, passar a ter exercício em nova sede, ou quando designa-
do para serviço ou estudo fora do Estado. Observa-se assim que a ajuda de custo se trata de
verba que possui o objetivo de indenizar o servidor das despesas de viagem e de nova insta-
lação. Além disso, a norma determina que o transporte do servidor e de sua família correrá por
conta do Estado.
O servidor que se deslocar de sua sede, eventualmente e por motivo de serviço, terá direito
ao recebimento de diárias, nos termos de regulamento. Para os efeitos de recebimento de diá-
rias, a sede pode ser conceituada como a localidade onde o servidor tem exercício.
O pagamento de diária, que pode ser feito antecipadamente, destina-se a indenizar o agen-
te por despesas com alimentação e pousada, devendo ocorrer por dia de afastamento e pelo
valor fixado no regulamento.
Sendo assim, a diária é devida:
1) no período de trânsito, ao servidor removido ou transferido.
2) quando o deslocamento do servidor durar menos de seis horas;
3) quando o deslocamento se der para a localidade onde o servidor resida;
4) quando relativa a sábado, domingo ou feriado, salvo se a permanência do servidor fora
da sede nesses dias for conveniente ou necessária ao serviço.
A diária será integral quando o afastamento se der por mais de 12 horas e exigir pousada
paga pelo servidor público. Ocorrendo afastamento por até 12 horas, é devida apenas a parce-
la da diária relativa a alimentação.
A função gratificada pode ser conceituada como aquela instituída em lei para atender os
encargos de chefia e outros que a lei determinar.
Não perderá a mencionada gratificação o servidor que deixar de comparecer ao serviço em
virtude de férias, luto, casamento, doença comprovada e outros serviços obrigatórios por lei.
As licenças concedidas dentro de 60 dias contados da terminação da anterior serão con-
sideradas como prorrogação. Além disso, deve ser salientado que o servidor não poderá per-
manecer em licença por prazo superior a 24 meses, salvo o portador doenças específicas (de
tuberculose, lepra ou pênfigo foliáceo), que, nestas situações, poderá ter mais três prorroga-

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ções de 12 meses cada uma, desde que, em exames periódicos anuais, não se tenha verifi-
cado a cura.
Decorrido o prazo em questão, o servidor será submetido a inspeção médica. Sendo consi-
derado definitivamente inválido para o serviço público em geral, será ele aposentado.
Durante a licença, o servidor poderá permanecer aonde entender melhor, ficando obrigado,
no entanto, a comunicar por escrito o seu endereço ao chefe a que estiver imediatamente
subordinado.
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações. Como estamos no meio de órgãos ou entida-
des que possuem alto grau de hierarquia em suas estruturas, é de extrema importância que
o servidor tenha meios de pleitear os direitos que lhe são próprios nas situações em que se
sentir coagido ou em que houver descaso por parte dos seus superiores. Tais situações são
atendidas por meio do direito de petição.
O fluxo do processo de direito de petição observará as seguintes regras:
1º) É assegurado ao servidor o direito de requerer ou representar. O requerimento será
dirigido à autoridade competente para decidir e encaminhado por intermédio daquela a que
estiver imediatamente subordinado o requerente.
2º) O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
3º) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de 5
dias e decididos dentro de 30 dias, sendo improrrogáveis.
4º) Poderão ser interpostos recursos nas seguintes situações:
a) do indeferimento do pedido de reconsideração;
b) das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remune-
rada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e
funções da administração direta ou indireta de todos os entes federados.
As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compa-
tibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.
• Permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais;
• Permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério;

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Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou qualquer outro direito ou vantagem legal, o


servidor poderá faltar ao serviço até 8 dias consecutivos por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos.

Três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos estão submetidos,


sendo elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em pre-
juízo da Fazenda Estadual ou de terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade civil
todas as ações do servidor público que, agindo em nome da administração, cause algum dano
ao particular ou ao próprio Poder Público.
A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticados no desempe-
nho do cargo.
A responsabilidade penal, por sua vez, abrange os crimes e contravenções imputados ao
funcionário, nessa qualidade.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente
cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.
Em linhas gerais, o processo administrativo será desenvolvido em duas diferentes fases,
sendo elas:
a) inquérito administrativo;
b) processo administrativo propriamente dito.

Assim sendo, o inquérito pode ser compreendido como uma espécie de fase preliminar
do processo administrativo disciplinar. Tal etapa trata-se de uma averiguação sumária e sigi-
losa, devendo ser iniciado e concluído no prazo improrrogável de 30 dias a partir da data de
designação.
Ficará dispensada a fase do inquérito administrativo quando forem evidentes as provas
que demonstrem a responsabilidade do indiciado ou indiciados.

Nenhuma penalidade, exceto repreensão, multa e suspensão, poderá decorrer das conclu-
sões a que chegar o inquérito, que é simples fase preliminar do processo administrativo. Desta
forma, é correto afirmar que o processo administrativo precederá sempre à demissão do ser-
vidor.

A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se im-
pôs a pena de suspensão, multa, destituição de função, demissão a bem do serviço público,
desde que se aduzam fatos ou circunstâncias susceptíveis de justificar a inocência do acusado.

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O requerimento de revisão será dirigido ao Governador do Estado, que o despachará à re-


partição onde se originou o processo. Caso o Governador julgue insuficiente instruído o pedi-
do, poderá ele indeferi-lo liminarmente, isto é, sem a formação de comissão.
Recebido o requerimento despachado pelo Governador do Estado, o chefe da repartição
o distribuirá a uma comissão composta de 3 servidores de categoria igual ou superior à do
acusado, indicando o que deve servir de presidente, para processar a revisão.

São as seguintes as penalidades passíveis de aplicação aos servidores públicos estaduais:


I - Repreensão;
II - Multa;
III - Suspensão;
IV - Destituição de função;
V - Demissão;
VI - Demissão a bem do serviço público.

Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver conhe-
cimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso de
tempo a partir da data em que o fato se tornou conhecido. E isso em plena consonância com
o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é admitida, em nosso ordenamento, a pos-
sibilidade de haver punições imprescritíveis.

A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades com-
petentes para a sua aplicação.

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Demissão O chefe do Governo

Os Secretários de Estado e Diretores de


Suspensão superior a 30 dias Departamentos diretamente subordinados
ao Governador do Estado

Repreensão e suspensão até 30 dias Os chefes de Departamentos

Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação

Destituição de Função Autoridade que houver feito a designação

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) “Destina-se a indenizar o funcionário das
despesas de viagem e de nova instalação”. Essa finalidade, prevista no Estatuto dos Funcioná-
rios Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, diz respeito:
a) À ajuda de custo.
b) Às diárias.
c) Às gratificações.
d) Aos honorários.

002. (IBFC/TEC SS/IPSEMG/IPSEMG/ENFERMAGEM/2014) O Estatuto dos Funcionários


Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, instituído pela Lei Estadual n. 869, de 1952, sujeita o
servidor público a uma série de deveres. Indique a alternativa que não traz um desses deveres:
a) Urbanidade.
b) Zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado.
c) Observância das normas legais e regulamentares.
d) Obediência total a todas as ordens hierarquicamente superiores.

003. (FUMARC/TEC JUD/TJM-MG/TJM-MG/BIBLIOTECÁRIO/2013) A Lei Estadual 869/1952


(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais) prevê que o funcionário
poderá ser licenciado, EXCETO
a) para tratamento de saúde.
b) quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional.
c) para tratar de interesses particulares seus, de seus descendentes, ascendentes, cônjuge ou
companheiro.
d) por motivo de doença em pessoa de sua família na pessoa do pai, da mãe, dos filhos ou do
cônjuge de que não esteja legalmente separado.

004. (FUMARC/OF JUD/TJM-MG/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013) A Lei Estadual n.


869/1952 (Estatuo dos Funcionários Públicos civis do Estado de Minas Gerais) confere ao
servidor pedido de licença, inclusive para tratar de interesses particulares, EXCETO aos
a) integrantes de cargos efetivos.
b) funcionários interinos e aos em comissão.
c) ocupantes de cargo de carreira técnica.
d) ocupantes de cargos de chefia.

005. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2010) Pela análise


do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
a licença para tratar de interesse particular para os funcionários interinos e aos comissionados

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a) será concedida após comprovação da necessidade alegada.


b) será concedida no máximo por seis meses.
c) não será concedida antes de completados dois anos da nomeação.
d) não será concedida.

006. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIÁRIO/2007) De acordo com


a Lei Estadual n. 869, de 5 de julho de 1952, o funcionário terá direito às seguintes licen-
ças, EXCETO
a) remunerada, para tratamento de saúde.
b) remunerada, quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença
profissional.
c) remunerada, para exercer atividade política, durante o período que mediar entre a sua esco-
lha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.
d) sem remuneração, quando o marido for mandado servir, independentemente de solicitação,
em outro ponto do estado ou do território nacional ou no estrangeiro.

007. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
é concedida, invariavelmente, sem vencimento ou remuneração.

008. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
não poderá ser cassada ou revogada.

009. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
não poderá ser concedida a servidor que tenha sido transferido.

010. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
não poderá ser negada ao servidor que conte mais de 10 anos de efetivo exercício e, ainda, não
a tenha utilizado.

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011. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015) Assinale a alternativa corre-


ta sobre as disposições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante às
providências a serem tomadas na apuração de irregularidades.
a) Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade
que determinar a instauração do processo administrativo deverá aguardar a decisão adminis-
trativa final para encaminhar, quando for o caso, cópia dos autos ao Ministério Público.
b) Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade
que determinar a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure
simultaneamente o inquérito policial.
c) Quando ao funcionário se imputar qualquer prática de crime, a autoridade a que estiver su-
bordinado o acusado deverá determinar a instauração do processo administrativo para apurar
a prática delituosa e deverá considerar a hipótese de providenciar que se instaure, posterior-
mente, o inquérito policial.
d) Quando ao funcionário se imputar qualquer prática de crime, a autoridade a que estiver su-
bordinado o acusado deverá determinar a instauração do processo administrativo para apurar
a prática delituosa e, simultaneamente, o inquérito policial.

012. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) João Carlos, servidor público estadu-


al, permitiu que Ana, que não é servidora pública, desempenhasse encargos que competem
ao servidor público. Nessa hipótese, o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Mi-
nas Gerais:
a) Não prevê a aplicação de penalidade ao servidor.
b) Determina a pena de advertência, e, na reincidência a aplicação de multa.
c) Estabelece a pena de multa, e, na reincidência a aplicação de suspensão por 60 (ses-
senta) dias.
d) Determina a pena de suspensão por 90 (noventa) dias, e, na reincidência, a demissão.

013. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2012) Segundo as disposições do Estatuto


dos Servidores Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, pelo exercício irregular de suas atri-
buições, o servidor poderá responder:
a) civilmente, apenas.
b) civil e penalmente, apenas.
c) administrativamente, apenas.
d) civil, penal e administrativamente.

014. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) Segundo dispõe o Estatuto dos Funcio-


nários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, o processo administrativo deverá ser iniciado
dentro do prazo:

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a) De 10 (dez) dias, contados da data da designação dos membros da comissão, e concluído


no de 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual período, a contar da data de seu início.
b) De 05 (cinco) dias, prorrogável por igual período, contados da data da publicação da desig-
nação da comissão, e concluído no de 90 (noventa) dias, a contar da data de seu início.
c) Improrrogável de 05 (cinco) dias, contados da data da publicação da designação da comis-
são, e concluído no de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar de seu início.
d) Improrrogável de 03 (três) dias, contados da data da designação dos membros da comissão
e concluído no de 60 (sessenta) dias, a contar da data de seu início.

015. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) O requerimento de revisão do processo


administrativo, previsto na Lei Estadual n. 869/1952, é dirigido:
a) À comissão revisora.
b) Ao Governador do Estado.
c) Ao Diretor de Departamento.
d) Ao Secretário Estadual que tiver proferido a decisão.

016. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) As decisões proferidas no processo ad-


ministrativo instaurado contra servidor público do Estado de Minas Gerais serão publicadas
dentro do prazo de:
a) 10 (dez) dias.
b) 8 (oito) dias.
c) 5 (cinco) dias.
d) 3 (três) dias.

017. (FUMARC/TEC JUD/TJM-MG/TJM-MG/BIBLIOTECÁRIO/2013) Theotônio Brancão,


brasileiro, casado, funcionário concursado junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais, não comparece ao serviço, sem causa justificada, há 58 (cinquenta e oito) dias conse-
cutivos no ano em curso.
Respeitado do devido processo legal, o servidor está sujeito à pena de
a) advertência.
b) demissão.
c) destituição de função comissionada.
d) suspensão.

018. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) Aos fun-


cionários interinos e aos em comissão não será concedida licença para tratar de interesses
particulares.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
Diogo Surdi

019. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) As licenças


concedidas dentro de noventa dias contados da terminação da anterior serão consideradas
como prorrogação.

020. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) O funcioná-


rio licenciado para tratamento de saúde poderá dedicar-se à atividade remunerada que não
prejudique o tratamento médico que estiver fazendo.

021. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) Quan-


do licenciado para tratamento de saúde, acidente no serviço de suas atribuições, ou doença
profissional, o funcionário receberá integralmente o vencimento ou a remuneração e demais
vantagens.

022. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) Depois de


três anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração,
para tratar de interesses particulares.

023. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação
das devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que a pena de repreensão será aplicada
verbalmente em caso de desobediência ou falta de cumprimento de deveres.

024. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação
das devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que a pena de demissão será aplicada
ao servidor que reincidir em falta já punida com a repreensão.

025. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação
das devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que o processo administrativo conterá
três fases distintas: a de inquérito administrativo, de processo administrativo e a fase recursal.

026. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
Diogo Surdi

que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação das
devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que a qualquer tempo pode ser requerida a
revisão de processo administrativo, em que se impôs a pena de suspensão, multa, destituição
de função, demissão a bem do serviço público, desde que se aduzam fatos ou circunstâncias
susceptíveis de justificar a inocência do acusado.

027. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irre-
gularidades, é correto afirmar que a autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de
irregularidades no serviço público terá a faculdade de promover-lhe a apuração imediata por
meio de sumários, inquérito ou processo administrativo.

028. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irregu-
laridades, é correto afirmar que são competentes para determinar a instauração do processo
administrativo os Secretários de Estado e os Diretores de Departamentos diretamente subordi-
nados ao Governador do Estado.

029. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irre-
gularidades, é correto afirmar que o processo administrativo constará de duas fases distintas:
Inquérito administrativo e processo administrativo propriamente dito.

030. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irregu-
laridades, é correto afirmar que o processo administrativo será realizado por uma comissão,
designada pela autoridade que houver determinado a sua instauração e composta de três fun-
cionários estáveis.

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GABARITO
1. a 11. b 21. C
2. d 12. d 22. E
3. c 13. d 23. E
4. b 14. d 24. E
5. d 15. b 25. E
6. c 16. b 26. C
7. C 17. b 27. E
8. E 18. C 28. C
9. E 19. E 29. C
10. E 20. E 30. C

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GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) “Destina-se a indenizar o funcionário das
despesas de viagem e de nova instalação”. Essa finalidade, prevista no Estatuto dos Funcioná-
rios Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, diz respeito:
a) À ajuda de custo.
b) Às diárias.
c) Às gratificações.
d) Aos honorários.

De acordo com o § 1º do art. 132, “a ajuda de custo destina-se a indenizar o funcionário das
despesas de viagem e de nova instalação”.
Letra a.

002. (IBFC/TEC SS/IPSEMG/IPSEMG/ENFERMAGEM/2014) O Estatuto dos Funcionários


Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, instituído pela Lei Estadual n. 869, de 1952, sujeita o
servidor público a uma série de deveres. Indique a alternativa que não traz um desses deveres:
a) Urbanidade.
b) Zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado.
c) Observância das normas legais e regulamentares.
d) Obediência total a todas as ordens hierarquicamente superiores.

Apenas a “d” não reflete um dos deveres dos servidores públicos mineiros. Diversamente, a
norma determina que os agentes devem observar as normas superiores, exceto quanto mani-
festadamente ilegais.

Art. 216. São deveres do funcionário:


VII – obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
Letra d.

003. (FUMARC/TEC JUD/TJM-MG/TJM-MG/BIBLIOTECÁRIO/2013) A Lei Estadual 869/1952


(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais) prevê que o funcionário
poderá ser licenciado, EXCETO
a) para tratamento de saúde.
b) quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional.
c) para tratar de interesses particulares seus, de seus descendentes, ascendentes, cônjuge ou
companheiro.

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d) por motivo de doença em pessoa de sua família na pessoa do pai, da mãe, dos filhos ou do
cônjuge de que não esteja legalmente separado.

Apenas a “c” não se trata de uma licença que pode ser concedida aos servidores públicos de
Minas Gerais. A licença para interesses particulares, em sentido oposto, abrange apenas os
interesses do servidor, e não dos membros de sua família.

Art. 179. Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou
remuneração, para tratar de interesses particulares.
Letra c.

004. (FUMARC/OF JUD/TJM-MG/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013) A Lei Estadual n.


869/1952 (Estatuo dos Funcionários Públicos civis do Estado de Minas Gerais) confere ao
servidor pedido de licença, inclusive para tratar de interesses particulares, EXCETO aos
a) integrantes de cargos efetivos.
b) funcionários interinos e aos em comissão.
c) ocupantes de cargo de carreira técnica.
d) ocupantes de cargos de chefia.

Para responder à questão, faremos uso da regra prevista no art. 159, de seguinte redação:

Art. 159. Aos funcionários interinos e aos em comissão não será concedida licença para tratar de
interesses particulares.
Letra b.

005. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2010) Pela análise


do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
a licença para tratar de interesse particular para os funcionários interinos e aos comissionados
a) será concedida após comprovação da necessidade alegada.
b) será concedida no máximo por seis meses.
c) não será concedida antes de completados dois anos da nomeação.
d) não será concedida.

Os servidores interinos ou em comissão não terão direito, conforme previsão do Estatuto dos
Servidores, de usufruir da licença para tratar de interesses particulares.

Art. 159. Aos funcionários interinos e aos em comissão não será concedida licença para tratar de
interesses particulares.
Letra d.

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006. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIÁRIO/2007) De acordo com


a Lei Estadual n. 869, de 5 de julho de 1952, o funcionário terá direito às seguintes licen-
ças, EXCETO
a) remunerada, para tratamento de saúde.
b) remunerada, quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença
profissional.
c) remunerada, para exercer atividade política, durante o período que mediar entre a sua esco-
lha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.
d) sem remuneração, quando o marido for mandado servir, independentemente de solicitação,
em outro ponto do estado ou do território nacional ou no estrangeiro.

Dentre as opções, “c” é a que não apresenta uma previsão legal. Logo, não há possibilidade,
de acordo com o estatuto, do servidor ser licenciado “para exercer atividade política, durante
o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral”.
Letra c.

007. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença é
concedida, invariavelmente, sem vencimento ou remuneração.

A licença para tratar de interesses particulares é concedida sem vencimento ou remuneração,


conforme disposição do art. 179:

Art. 179. Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou
remuneração, para tratar de interesses particulares.
Certo.

008. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
não poderá ser cassada ou revogada.

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De acordo com o art. 184, “a autoridade que houver concedido a licença poderá, a todo tempo,
desde que o exija o interesse do serviço público, cassá-la, marcando razoável prazo para que o
funcionário licenciado reassuma o exercício”.
Errado.

009. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
não poderá ser concedida a servidor que tenha sido transferido.

A licença poderá ser concedida ao servidor que tenha sido transferido. O que a norma exige,
apenas, é que a concessão ocorra após este ter assumido o exercício do cargo.

Art. 180. Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário nomeado,
removido ou transferido, antes de assumir o exercício.
Errado.

010. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA)


Considerando-se o que dispõe o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais a
respeito da Licença para Tratar de Interesses Particulares, é CORRETO afirmar que tal Licença
não poderá ser negada ao servidor que conte mais de 10 anos de efetivo exercício e, ainda, não
a tenha utilizado.

A licença para tratar de interesses particulares trata-se de uma medida discricionária, podendo,
por isso mesmo, ser negada quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao inte-
resse do serviço.
Errado.

011. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015) Assinale a alternativa corre-


ta sobre as disposições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante às
providências a serem tomadas na apuração de irregularidades.
a) Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade
que determinar a instauração do processo administrativo deverá aguardar a decisão adminis-
trativa final para encaminhar, quando for o caso, cópia dos autos ao Ministério Público.
b) Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade
que determinar a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure
simultaneamente o inquérito policial.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
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c) Quando ao funcionário se imputar qualquer prática de crime, a autoridade a que estiver su-
bordinado o acusado deverá determinar a instauração do processo administrativo para apurar
a prática delituosa e deverá considerar a hipótese de providenciar que se instaure, posterior-
mente, o inquérito policial.
d) Quando ao funcionário se imputar qualquer prática de crime, a autoridade a que estiver su-
bordinado o acusado deverá determinar a instauração do processo administrativo para apurar
a prática delituosa e, simultaneamente, o inquérito policial.

Para responder à questão, façamos uso das regras do art. 232 do estatuto dos servidores, de
seguinte redação:

Art. 232. Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade


que determinar a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure simul-
taneamente o inquérito policial.
Letra b.

012. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) João Carlos, servidor público estadu-


al, permitiu que Ana, que não é servidora pública, desempenhasse encargos que competem
ao servidor público. Nessa hipótese, o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Mi-
nas Gerais:
a) Não prevê a aplicação de penalidade ao servidor.
b) Determina a pena de advertência, e, na reincidência a aplicação de multa.
c) Estabelece a pena de multa, e, na reincidência a aplicação de suspensão por 60 (ses-
senta) dias.
d) Determina a pena de suspensão por 90 (noventa) dias, e, na reincidência, a demissão.

Na situação narrada, João Carlos deverá ser suspenso, conforme determinação do art. 271 do
Estatuto dos Servidores. A suspensão em questão será de 90 dias. Posteriormente, em caso
de reincidência, João será demitido.

Art. 271. Será suspenso por noventa dias, e, na reincidência demitido o funcionário que fora dos
casos expressamente previstos em lei, regulamentos ou regimentos, cometer à pessoas estranhas
às repartições, o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Letra d.

013. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2012) Segundo as disposições do Estatuto


dos Servidores Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, pelo exercício irregular de suas atri-
buições, o servidor poderá responder:

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a) civilmente, apenas.
b) civil e penalmente, apenas.
c) administrativamente, apenas.
d) civil, penal e administrativamente.

De acordo com o art. 208, “pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde
civil, penal e administrativamente”.
Letra d.

014. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) Segundo dispõe o Estatuto dos Funcio-


nários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, o processo administrativo deverá ser iniciado
dentro do prazo:
a) De 10 (dez) dias, contados da data da designação dos membros da comissão, e concluído
no de 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual período, a contar da data de seu início.
b) De 05 (cinco) dias, prorrogável por igual período, contados da data da publicação da desig-
nação da comissão, e concluído no de 90 (noventa) dias, a contar da data de seu início.
c) Improrrogável de 05 (cinco) dias, contados da data da publicação da designação da comis-
são, e concluído no de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar de seu início.
d) Improrrogável de 03 (três) dias, contados da data da designação dos membros da comissão
e concluído no de 60 (sessenta) dias, a contar da data de seu início.

De acordo com o art. 223 da norma estadual, o processo administrativo deverá ser iniciado
dentro do prazo improrrogável de três dias. Além disso, deverá ser concluído dentro do prazo
de 60 dias. Poderá o processo, em caso de necessidade, prorrogar o prazo do processo por
mais 30 dias.

Art. 223. O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo, improrrogável, de três dias
contados da data da designação dos membros da comissão e concluído no de sessenta dias, a
contar da data de seu início.
Parágrafo único. Por motivo de força-maior, poderá a autoridade competente prorrogar os trabalhos
da comissão pelo máximo de 30 dias.
Letra d.

015. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) O requerimento de revisão do processo


administrativo, previsto na Lei Estadual n. 869/1952, é dirigido:
a) À comissão revisora.
b) Ao Governador do Estado.
c) Ao Diretor de Departamento.
d) Ao Secretário Estadual que tiver proferido a decisão.

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A resposta para a questão está no art. 237 da norma estadual, de seguinte teor:

Art. 237. O requerimento será dirigido ao Governador do Estado, que o despachará à repartição onde
se originou o processo.
Letra b.

016. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) As decisões proferidas no processo ad-


ministrativo instaurado contra servidor público do Estado de Minas Gerais serão publicadas
dentro do prazo de:
a) 10 (dez) dias.
b) 8 (oito) dias.
c) 5 (cinco) dias.
d) 3 (três) dias.

De acordo com o art. 231, “as decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do
prazo de oito dias”.
Letra b.

017. (FUMARC/TEC JUD/TJM-MG/TJM-MG/BIBLIOTECÁRIO/2013) Theotônio Brancão,


brasileiro, casado, funcionário concursado junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais, não comparece ao serviço, sem causa justificada, há 58 (cinquenta e oito) dias conse-
cutivos no ano em curso.
Respeitado do devido processo legal, o servidor está sujeito à pena de
a) advertência.
b) demissão.
c) destituição de função comissionada.
d) suspensão.

Na situação apresentada, estamos diante de abandono de cargo, infração que enseja a aplica-
ção da penalidade de demissão.

Art. 249. A pena de demissão será aplicada ao servidor que:


II – incorrer em abandono de cargo ou função pública pelo não comparecimento ao serviço sem
causa justificada por mais de trinta dias consecutivos ou mais de noventa dias não consecutivos
em um ano;
Letra b.

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018. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) Aos fun-


cionários interinos e aos em comissão não será concedida licença para tratar de interesses
particulares.

De acordo com o art. 159, “aos funcionários interinos e aos em comissão não será concedida
licença para tratar de interesses particulares”.
Certo.

019. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) As licenças


concedidas dentro de noventa dias contados da terminação da anterior serão consideradas
como prorrogação.

As licenças concedidas dentro de 60 dias, contados da terminação da anterior, é que serão


consideradas como prorrogação, e não dentro de 90 dias, conforme informa a questão.

Art. 163. As licenças concedidas dentro de sessenta dias contados da terminação da anterior serão
consideradas como prorrogação.
Errado.

020. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) O funcioná-


rio licenciado para tratamento de saúde poderá dedicar-se à atividade remunerada que não
prejudique o tratamento médico que estiver fazendo.

Estabelece o art. 169 que “o funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedi-
car-se a qualquer atividade remunerada”.
Errado.

021. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) Quan-


do licenciado para tratamento de saúde, acidente no serviço de suas atribuições, ou doença
profissional, o funcionário receberá integralmente o vencimento ou a remuneração e demais
vantagens.

A questão está correta, em conformidade com as disposições do art. 170:

Art. 170. Quando licenciado para tratamento de saúde, acidente no serviço de suas atribuições, ou
doença profissional, o funcionário receberá integralmente o vencimento ou a remuneração e demais
vantagens.
Certo.

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022. (FRA/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TAQUÍGRAFO JUDICIAL/2009/ADAPTADA) Depois de


três anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração,
para tratar de interesses particulares.

O prazo exigido para poder fazer uso da licença para tratar de interesses particulares é de dois
anos, e não três, conforme informa a questão.

Art. 179. Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou
remuneração, para tratar de interesses particulares.
Errado.

023. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação
das devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que a pena de repreensão será aplicada
verbalmente em caso de desobediência ou falta de cumprimento de deveres.

A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de desobediência ou falta de cumpri-
mento de deveres, conforme previsão do art. 245.

Art.  245. A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de desobediência ou falta de
cumprimento de deveres.
Parágrafo único. Havendo dolo ou má-fé, a falta de cumprimento de deveres, será punida com a
pena de suspensão.
Errado.

024. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação
das devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que a pena de demissão será aplicada
ao servidor que reincidir em falta já punida com a repreensão.

Em caso de reincidência de falta já punida com repreensão, a penalidade a ser aplicada é a


suspensão, e não a demissão.

Art. 246. A pena de suspensão será aplicada em casos de:


IV – Reincidência em falta já punida com repreensão;
Errado.

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LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
Diogo Surdi

025. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação
das devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que o processo administrativo conterá
três fases distintas: a de inquérito administrativo, de processo administrativo e a fase recursal.

Ao contrário do que informa a questão, o processo administrativo contará com duas fases
distintas, sendo elas:
• inquérito administrativo;
• processo administrativo propriamente dito.
Errado.

026. (IBFC/MED ASS/IPSEMG/IPSEMG/2014/ADAPTADA) O Estatuto dos Servidores Públi-


cos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual n. 869/52) estabelece o regime jurídico a
que estão sujeitos os servidores do Estado de Minas Gerais. Tal documento contém as normas
que regulamentam o processo administrativo para apuração de irregularidades e aplicação das
devidas punições. Neste sentido, é correto afirmar que a qualquer tempo pode ser requerida a
revisão de processo administrativo, em que se impôs a pena de suspensão, multa, destituição
de função, demissão a bem do serviço público, desde que se aduzam fatos ou circunstâncias
susceptíveis de justificar a inocência do acusado.

A questão está correta, conforme previsão do art. 235, de seguinte teor:

Art. 235. A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se im-
pôs a pena de suspensão, multa, destituição de função, demissão a bem do serviço público, desde
que se aduzam fatos ou circunstâncias susceptíveis de justificar a inocência do acusado.
Certo.

027. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irre-
gularidades, é correto afirmar que a autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de
irregularidades no serviço público terá a faculdade de promover-lhe a apuração imediata por
meio de sumários, inquérito ou processo administrativo.

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LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
Diogo Surdi

Estabelece o art. 218 que “a autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de irregula-
ridades no serviço público é obrigado a promover-lhe a apuração imediata por meio de sumá-
rios, inquérito ou processo administrativo”.
Errado.

028. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irregu-
laridades, é correto afirmar que são competentes para determinar a instauração do processo
administrativo os Secretários de Estado e os Diretores de Departamentos diretamente subordi-
nados ao Governador do Estado.

Trata-se de previsão do art. 219, de seguinte redação:

Art. 219. São competentes para determinar a instauração do processo administrativo os Secretários


de Estado e os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador do Estado.
Certo.

029. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irre-
gularidades, é correto afirmar que o processo administrativo constará de duas fases distintas:
Inquérito administrativo e processo administrativo propriamente dito.

A questão apresenta, de forma correta, as duas fases do processo administrativo.

Art. 220. O processo administrativo constará de duas fases distintas:


a) inquérito administrativo;
b) processo administrativo propriamente dito.
Certo.

030. (IBFC/AGPM/PM-MG/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015/ADAPTADA) Sobre as dispo-


sições da Lei Estadual de Minas Gerais n. 869 de 05/07/1952 no tocante à apuração de irregu-
laridades, é correto afirmar que o processo administrativo será realizado por uma comissão,
designada pela autoridade que houver determinado a sua instauração e composta de três fun-
cionários estáveis.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais – Parte II
Diogo Surdi

De acordo com o art. 221, “o processo administrativo será realizado por uma comissão, desig-
nada pela autoridade que houver determinado a sua instauração e composta de três funcioná-
rios estáveis”.
Certo.

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Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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