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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

ÚNICA DA COMARCA DE SÃO SIMÃO, ESTADO DE SÃO PAULO.

VICTOR MARCANTONIO PEREIRA, menor , portador da cédula de


identidade RG nº 66.710.947-X, inscrito no CPF/MF sob o nº453.836.468-17, neste
ato representado por sua genitora Sra, PRISCILA CRISTINA DO VALE, brasileira,
professora, portadora da cédula de identidade RG nº 25.662.600 inscrita no CPF/MF
sob o nº 299.813.548-05, Ambos residentes e domiciliados, na Rua Padre Abel
Mendes Telles, nº 395, Centro, São Simão-SP por seus advogados devidamente
constituidos conforme procuração em anexo, com endereço profissonal, no rodapé
da inicial, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor:

AÇÃO REVISIONAL DE PENSÃO ALIMENTÍCIA COM PEDIDO DE TUTELA


ANTECIPADA

em face de ANTONIO VALDIR COUTINHO PEREIRA, brasileiro,


solteiro, técnico em enfermagem, inscrito no CPF/MF sob o nº 326.012.778-07, e
portador do documento de identidade CNH nº 026.573.832-26, residente e
domiciliado na Rua Yukio Yamashita, nº 115, Jardim Dom Bosco III, CEP 14.270-000,
Santa Rosa de Viterbo – SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

PRELIMINARMENTE - DA JUSTIÇA GRATUITA


Ab initio, sob as penas da Lei, declara o Requerente não estar em
condições de arcar com as custas do processo e os honorários de advogado, sem
prejuízo do sustento próprio e/ou de sua família. Por essa razão, respaldado nas
garantias constitucionais do acesso à justiça e da assistência jurídica integral (art.
5.º, incisos XXXV e LXXIV, respectivamente da Constituição Federal do Brasil), e,
ainda, com base nas Leis Federais n.º 1.060/50 (LAJ) e Lei 7.115/83, requer o
benefício da JUSTIÇA GRATUITA.

SÍNTESE FÁTICA

Priscila e Antonio, se conheceram em Agosto de 2010, onde


começaram a se relacionar, e conviver em união estável, a partir de Novembro de
2011, a união perdurou até Dezembro de 2017, quando o casal entendeu por bem
findar o relacionamento, após o Requerido Agredir fisicamente sua companheira.

Desta relação, adveio o menor VICTOR MARCANTONIO PEREIRA,


nascido em 25 de Novembro de 2011, atualmente com 09 anos de idade, conforme
documentação em anexo.

Ao findar o acordo de união estável entre as partes, autos do


processo sob nº 1000698-07.2019.8.26.0589, restou acordado que a guarda do
menor, ficaria com a genitora, e que o pai teria o direito de visitas aos fins de semana
alternados.

Na época dos fatos, ficou acordado que o requerido efetuaria o


pagamento no valor de R$ 700,09 ( setecentos reais e nove centavos), à titulo de
alimentos, em relação do menor.

Ocorre, que os gastos com o menor, superam esse valor, sendo


necessário que seja reavaliado, o valor pago a titulo de alimentos.

O Menor hoje, estuda em escola particular, e faz diversos cursos


para que possua um maior desenvolvimento de sua capacitades, como KUMON,
JUDÔ, NATAÇÃO, entre outros, fora ainda, o gasto com alimentação, vestuário,
papelária, lazer, e etc.
É sábido pela genitora, que hoje, o Requerido, consta com DOIS
EMPREGOS, sendo ele técnico em enfermagem labora em dois hospitais de grande
renome na cidade de Ribeirão Preto, além disso, o Requerido não possui mais filhos,
e assim sendo possui a condição de aumentar o valor que é fornecido ao menor à
titulo de alimentos

DO DIREITO
O art. 1.694 do Código Civil, em seu primeiro parágrafo, preceitua
que os alimentos devem observar o binômio necessidade/possibilidade, em seu
primeiro parágrafo:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns


aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação. § 1o Os alimentos devem ser fixados na
proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada.

Corroborando com o mesmo entendimento do dispositivo


supracitado, o art. 1.699 do Diploma Civil também afirma que: se, fixados os
alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias,
exoneração, redução ou majoração do encargo.

Por sua vez, o art. 15 da Lei 5478/68 prescreve que: “a decisão


judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser
revista, em face da modificação da situação financeira dos interessados”.

Ou seja, conforme exposto, o pedido deduzido pelo Requerente é


juridicamente possível, e encontra-se amplamente amparado em lei.

DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Destarte, a antecipação da tutela, encontra-se prevista no art. 300
do Código de Processo Civil, permite ao julgador convencido da verossimilhança da
alegação da parte, munida de prova inequívoca, antecipar, total ou parcialmente, os
efeitos da tutela pretendida.

In casu, é imprescindível a antecipação da tutela, haja vista a


verossimilhança dos fatos, de que o Requerido não possui mais filhos menor de
idade, que corrobora com a alega modificação da sua possibilidade financeira de
arcar com metade das despesas do Requerente.

De outro lado, a Requerente demonstra sua necessidade, vez que,


até então, vem arcando, com a maioria dos gastos em relação ao menor, mesmo que
possua outro filho, jamais deixou faltar nada para que tenha uma boa criação, porém
vem encontrando dificuldades em sustentar todos os gastos do menor, sem o devido
amparo de genitor.

Assim, levando em consideração o aumento dos recursos do


Requerido, deve-se majorar os alimentos para o patamar de R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais) valor esse que o menor necessita, visando manter a sua
subsistência.

DOS PEDIDOS

Diante todo exposto, requer se digne Vossa Excelência:

a) a concessão do benefício da justiça gratuidade, por não ter


condições de arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem
prejuízo próprio;

b) a título de tutela provisória de urgência (CPC, arts. 294, 297 e


300) a majoração da pensão alimentícia para um salário mínimo e meio, em razão
da possibilidade do Requerido, face a necessidade do Requerente, atendendo ao
binômio previsto em lei, com o devido desconto em folha, visando o cumprimento
dos princípios da efetividade e menor onerosidade do devedor;

c) a citação do Requerido, para, querendo, apresentar resposta à


presente no prazo do art. 335 do Código de Processo Civil, sob pena de revelia;

d) ao final, seja confirmada a tutela provisória de urgência,


condenando o Requerido, a prestar alimentos no importe de um salário mínimo e
meio, sem prejuízo de plano de saúde, bem como o arbitramento de valores a serem
dispendidos com a educação do Requerente.

e) a intimação do Ministério Público (art. 698 do CPC) para que se


manifeste no presente feito em razão do interesse de incapaz;
f) a condenação do requerido em custas e honorários que Vossa
Excelência fixar nos termos do art. 85 e seguintes do Código de Processo Civil.

g) seja expedido ofício ao INSS- Instituto Nacional do Seguro


Social, no sentido de requerer informações acerca da existência de vínculo
empregatício em nome do executado. Em caso positivo, seja oficiado ao
empregador no sentido de que seja descontado diretamente da folha de
pagamento do devedor o valor devido à título de pensão alimentícia, conforme
autoriza e nos limites do § 3º, do artigo 529, do NCPC;

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado através de todos os meios de prova em


direito admitidos, em especial pela produção de prova documental, testemunhal,
pericial e inspeção judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios
que se fizerem necessários.

VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.500,00, conforme inciso III, do art. 292
do Código de Processo Civil.

Requer-se, por fim, que todas as publicações sejam emitidas em


nome da Dra Ana Luiza Marcantonio, OAB/SP 441.777, e Dr. Fábio Luiz Marcantonio,
OAB/SP 394.814.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Ribeirão Preto, 10 de agosto de 2020.

ANA LUIZA MARCANTONIO


OAB/SP 441.777

FÁBIO LUIZ MARCANTONIO


OAB/SP 394.814

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