EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA X° VARA DO

TRABALHO DA COMARCA DE MANAUS/AM.

AMELIA ROSA, brasileira, estado civil…, copeira, Rg…, CPF…, residente e domiciliada
na Rua…, nº…, no bairro…, na cidade de ….,vem perante Vossa Excelência, por seus
procuradores, ut instrumento de mandato anexo, propor a presente

RECLAMATÒRIA TRABALHISTA
Em face da empresa SERVIÇOS DE REFEIÇÕES COLETIVAS LTDA., Sob NPJ nº…,
pessoa jurídica de direito privado, com sede á XXXX,N XXXXXX, bairro XXXXX , CEP
XX.XXX-XX, na cidade de XXXXX- XX, pelas razoes de fato e de direito a seguir expostas

A SINTESE DO CONTRATO DO TRABALHO

A Autora foi contratado pela reclamada em 14/09/2015, como Copeira mediante
salário mensal de R$ 1.600,00 fixos.
Percebia mensalmente o importe de R$ 1.600,00, tendo para tanto, que realizar uma
jornada normal de trabalho entre as (8:00 a 18:00 de segunda a sexta feira, com duas
horas de intervalo para o almoço, de 8 a 12 aos sábados )
Foi despedida sem Justa causa em 15/09/2020 por ocasião do contrato foi dispensada
do cumprimento do aviso prévio que, entretanto, não foi pago.
As verbas rescisórias também não foram pagas, não foi dada abaixa em sua TCPS,
sua FGTS, não foi depositada as guias do seguro desemprego e também não foram
entregues.

DO DIREITO
1. A
reclamante foi admitida no dia (14/09/2015) na empresa reclamada, para
desempenhar as funções de Copeira ,na empresa de serviço e refeições
mediante pagamento de salário sob o valor de R$ 1,600,00.
2. No
entanto, após 5 anos de dedicação e exímio exercício do trabalho junto à
reclamada, a mesma demitiu o REQUERENTE no dia 15/09/2015, de forma
inesperada, sem observar o aviso prévio, direito estabelecido no art. 7º, XXI, da
Constituição Federal de 1988.
 3. Out
rossim, resta desatendido o disposto no art. 487, II, da Consolidação da Leis do
Trabalho.
A RECLAMENTE foi dispensada se justa causa na data 15/09/2020 ,sem ter
recebido o aviso prévio ou sido indenizada.

4-O Não fornecimento das guias pelo empregador impede o trabalhador de pleitear
o seguro -desemprego e de acordo com o item II da Sumula 389 do TST, origina o
direito a indenização requerida com informações da assessoria de imprensa do
TST.

As verbas rescisórias não foram pagas, nem foi dada de baixa sua CTPS, Sua
FGTS nem depositado as guias do seguro desemprego que também não foram
entregues.
Ocorre que, de acordo com o disposto no art.487, parágrafo 1°,da CLT , a não
concessão do aviso prévio por parte do empregador ainda gera o direito aos
salários correspondentes ao respectivo período , na qual integra ao seu tempo, de
serviço para todos os fins legais.

Por ocasião de sua dispensa, a Reclamante não recebeu as verbas rescisórias devidas
quais sejam: Aviso Prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de
1/3, FGTS + 40%, o que deve ser realizado perante este r. Juízo.

1) DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO

Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de
trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, uma vez que o §
1º do art. 487, da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador
dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo
de serviço para todos os fins legais.
Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a 30 dias de
tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%.
A reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio indenizado.
2) DO FGTS + MULTA DE 40%
Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de
cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua
remuneração devida no mês anterior.
 Sendo assim, Vossa Exa. Deverá condenar a Reclamada a efetuar os depósitos
correspondentes a todo o período da relação de emprego, tendo em vista que a CTPS da
Reclamante não foi sequer assinada.
Além disso, por conta da rescisão injusta do contrato de trabalho, deverá ser paga
uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com §
1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
3. MULTA DO ARTIGO 477, § 8º DA CLT
A Reclamada não procedeu ao pagamento das verbas rescisórias. Com efeito, o
Reclamante é credor da multa estatuída pelo artigo 477, §8º c/c §6º, alínea "a"e "b" da
CLT, uma vez que a Reclamada não cumpriu com o devido prazo.

O artigo 477, §6º c/c §8º, alínea "a" dispõe:

"Art. 477. É assegurado a todo empregado, não existindo

prazo estipulado para a terminação do respectivo
contrato, e quando não haja ele dado motivo para
cessação das relações de trabalho, o direito de haver do
empregador uma indenização, paga na base da maior
remuneração que tenha percebido na mesma empresa."

(...)

"§6º O pagamento das parcelas constantes do

instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser
efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato;

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da

demissão, quando da ausência do aviso prévio,
indenização do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento.

"§8º A inobservância do disposto no §6º deste artigo

sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado,
em valor equivalente ao seu salário, devidamente
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,
comprovadamente, o trabalhador der causa à mora."
4) DO FGTS E DA INDENIZAÇÃO DE 40%

A RECLAMANTE não teve seu FGTS recolhido e nem depositado no ato da sua

demissão.

Reclama a juntada, já na primeira audiência, sob pena de confissão, do comprovante de

recolhimento e depósito de FGTS mais 40% do vínculo, de acordo com o
art. 818 da CLT cumulado com o art. 333, inciso II, do CPC.

Requer a indenização do período não depositado com a devida liberação, acrescido da

multa pelo atraso no recolhimento, juros e correção monetária, mais multa de 40%,
inclusive para fins de cálculo e pagamento das diferenças de férias mais 1/3, 13º salário,
parcelas rescisórias, e diferenças postuladas nesta ação.

III. Da Gratuidade da Justiça

Nos termos do artigo 9, LXXIV da Carta Magna, àqueles que comprovarem a
Insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem
como dispõe o artigo 99 §4° do mesmo Diploma Legal que a assistência do requerente
por advogado particular não impede a concessão do de gratuidade da Justiça".
Pode se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que o
Reclamante não possui emprego atualmente, o que deixa indubitável a impossibilidade de
arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
Requer o Autor, ante o aqui esposado, seja julgado procedente o pedido de Gratuidade
da Justiça , abstendo-o de toda qualquer despesa advinha desta lide, nos termos dos
artigos supracitados.

DOS PEDIDOS:
Pelo exposto, considerando que o reclamante laboro para a reclamada de 14/09/2015 a
15/09/2020, recebendo o salário de R$1.600.00, vem o Reclamante pedir a Douto Juiz que:
A) condene a reclamada ao pagamento das seguintes parcelas liquidas:

Saldo de salário R$ 800

Pagamento do aviso prévio indenizado ( 42 dias). R$ 1.433,33

Pagamento de 13° Salário proporcional (9/12) R$ 800,00

 Férias proporcionais +,acrescidos de 1/3 constitucional R$1.600,00

FGTS 8% sobre período laborado R$ 713,10

Multa 40% sobre FGTS R$ 3.072,00

MULTA ATRASO NA RESCISÃO R$ 3.113,81

TOTAL R$ 11.665,57

A)

b) Pleitos líquidos:
1) Baixa na CTPS , para que possa adentrar ao mercado do trabalho;
2) As guias para recebimento seguro-desemprego;
3) A Concessão dos benefícios da Justiça , conforme artigo 790 , §§3° e 4° , da CLT.
4) A Concessão da reclamada aos honorários sucumbência , fixados no montante de
15% sobre o valor atualizado da causa , em atenção ao comando do art. 791-A , da
CLT
5) Inversão do ônus da prova , como dispõe o art. 818;
6) Citar a reclamada para que compareça á audiência designada e apresente a defesa
que entender cabível, sob pena de ser considerada revel e confessar quanto a matéria de
fato.
7)Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pelo
depoimento da reclamada, documentos (a serem trazidos pela reclamada) e
testemunhas por final.

DO VALOR DA CAUSA
Da-se a presente causa o valor de R$ R$ 11.665,57 ( onze mil, sesentos e sessenta e cinco reais e
cinquenta e sete centavos)

Termos em que pede e espera deferimento.

DATA...../ LOCAL.....
ADVOGADO...
OAB/ XX N°XX.XX