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Excelentíssimo Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) do Trabalho da 11ª Vara do

Trabalho da Comarca do Rio de Janeiro/RJ

Processo n°: xxx

Fornos a Lenha LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o n° xxxxx, com sede na rua xxxxx, n° xxx, bairro xxx, Rio de
Janeiro/RJ, CEP xxx, representada legalmente por João Lemes, empresário,
inscrito no CPF sob o n° xxxxx, portador da carteira de identidade de n° xxxxx,
residente e domiciliado na rua xxxx, n° xxx, bairro xxxx, Rio de Janeiro/RJ, CEP
xxxx, vem por intermédio de seus advogados (pocuração anexa) oferecer com
fundamento no artigo 847 da CLT

CONTESTAÇÃO

A reclamação trabalhista interposta por Celso Júnior, já qualificado


anteriormente, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:

I- DOS FATOS NARRADOS NA PETIÇÃO INICIAL

Conforme carreado nos autos, o reclamente alega ter laborado na emprea


“Fornos a Lenha LTDA” desde 07/01/2013 até 12/12/2015, onde exercia a
função de gerente de recursos humanos.

Em sua petição inicial peliteou a devolução dos valores deduzidos do seu


salário, referente a consertos do veículo da empresa em razão de acidente de
trânsito ocorrido quando o empregado se deslocava em visitas as filiais da
empresa, alegando que tais penalidades são inerentes ao risco da atividade
econômica e, portanto, deve ficar a cargo do empregador.

No entanto, os fatos alegados pelo reclamante não devem proceder,


conforme será demosntrado a seguir.
II- DA REALIDADE FÁTICA

Na data de 07/01/2013, Celso Júnior foi contratado pela empresa “Fornos a


Lenha LTDA” para exercer a função de gerente de recursos humanos, no
entanto, por motivos maiores, o contrato durou somente até 12/12/2015.

É importante ressaltar, que no curto período de tempo em que o reclamante


trabalhou na empresa foram efetuados descontos de seu salário relativos a
consertos do veículo da empresa em razão de acidente de trânsito ocorrido
quando o empregado se deslocava em visitas às demias filiais.

Ocorre que esses descontos feitos no salário de Celso Júnior são


totalmente lícitos, vez que, no contrato firmado entre as partes consta a forma
de resposabilização do empregado quanto aos danos que viessem a ser
praticados por culpa ou dolo deste, no uso do veículo da empresa, ocasião em
que era previsto no contrato o desconto de valores, afastando, portanto, o
pedido de devolução do montante abatido em seu salário.

Além do mais, há diversas multas de trânsito onde demostram que o


empregado foi flagrado, por diversas vezes, conduzindo o veículo da empresa
na velocidade de 110 km/h em vias em que a velocidade máxima permitida era
de 70 km/h, bem como boletim de ocorrência atestando que no dia do referido
acidente o empregado estava embriagado.

Diante disso, o pedido formulado pelo empregado não deve prevalecer,


uma vez que ficou demonstrado a licitude dos descontos realizados pelo
empregador.

III- DA DEFESA INDIRETA DE MÉRITO

A Constituição de 1988, em seu art. 7°, inciso, XXIX, dispõe acerca da


prescrição trabalhista, onde estabelece que quanto aos créditos resultantes das
relações de trabalho, o prazo prescricional será de cinco anos para os
trbalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.

Acontece que, o reclamante porpôs a ação trabalhista em 26/10/2021, ou


seja, quase seis anos após o término do seu contrato de trabalho.
Assim, considerando que o início do prazo prescricional iniciou em
12/12/2015, data em que ocorreu o término da realção trabalhista, resta
configurada, portanto, a prescrição da pretensão por parte do reclamante, de
acordo com o art. 7°, inciso XXIX, da Constituição Federal.

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