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FP078 - INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO

TRABALHO CONV. ORDINARIA


Título: Interculturalidade e Educação, na prática pedagógica

• Dados de Identificação:

• Carmem Regina Lourenço Espíndola

• Elizabeth Martins Ramos Antunes

• Elsa Lucinda Sachinango Rangel

• Maria Aparecida dos Santos

• Nara Cristina Rodrigues Pedroso

Dados do Grupo:

Código: 2022-2-FP078

Disciplina: FP078 – INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO

Grupo: FP-MME-2022-02

Data: 31/10/2022

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SUMÁRIO

I. Introdução...............................................................................................................03

II. Descrição das particularidades do problema .......................................................03

III. Intervenção ............................................................................................................04

IV. Enfoques metodógicos ..........................................................................................05

V. Critérios para o desenvolvimento da interculturalidade.........................................06

VI. Princípio da diversificação ....................................................................................08

VII. Avaliação................................................................................................................08

VIII. Anexos ..................................................................................................................09

IX. Referências Bibliográficas......................................................................................10

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TÍTULO

Interculturalidade e Educação, na prática pedagógica


I – Introdução

Desde os temos remotos na história da humanidade notou-se o intercâmbio de povos


de religiões e culturas distintas, firmados por diversos interesses e necessidades,
seja político, econômico ou de fuga aos conflitos (guerras ou pedido de asilo, etc).
Tais fatos permitiram uma convivência e relação com novas e diferentes culturas,
línguas, hábitos e costumes (fenômeno migratório). Essa convivência precisa ser
regular juridicamente, com leis justas, inclusivas e imparciais, cientes de que, só
existe uma raça que é a raça humana e que nenhuma cultura se sobrepõe as outras,
nenhuma cultura é hierarquicamente superior as outras, a identidade cultural de um
povo é exclusiva e dentre tantas culturas todas formam a micelânea da belaza
cultural do mundo representada por seus povos, pois que, um povo sem cultura é
um povo sem identidade. Como defende walsh […] “a interculturalidade significa
“entre culturas”, mas, não simplesmente um contato entre culturas, e sim, um
intercambio que se estabelece em termos equitativos, em condições de igualdade”
(Walsh, 2005, citado por Funiber, 2020). No contexto deste trabalho para a
implementação da Interculturalidade é proposto por essa equipe um caso real sobre
segregaçao racial que se viveu na escola Laerskool Schweizer-Reneke no nordeste
da África do Sul. As escola daquela província são marcadas por fortes registros de
casos de racismo, tanto que se verifica um número reduzido de alunos e profissionais
afrodescendentes.

II - Descrição das particularidades do problema

Centro escolar Laerskool Schweizer-Reneke, localizada no nordeste da África do Sul. Com


alunos de idades compreendidas entre os 5 (cinco) e os 6 (seis) anos.

A escola foi acusada de segregação racial, tão logo as autoridades daquele país tomaram
conhecimento e averiguaram as informações e as imagens que circulava nas redes sociais,
suspenderam de imediato as atividades educacionais daquela instituição.
Tudo aconteceu quando o professor responsável pela turma publica uma imagem no
grupo de pais de uma rede social em uso naquela instituição, onde aparece duas mesas
visivelmente separadas entre si. Numa mesa maior à sua volta está sentado apenas
crianças brancas e noutra bem menor, aparece sentadas 4 crianças negras

Os pais das crianças brancas agradeciam a atitude do professor em texto escrito pelo

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mesmo canal onde a fotografia tinha sido publicada, enquanto que os pais das crianças
negras ficaram revoltados e indignados com o sucedido, gerando uma onda de
manifestações em frente à escola. Despoletou-se em seguida, uma ação de intervenção
imediata das autoridades daquele país, que culminou na expulsão do professor
responsável pela turma que enviara as imagens e o encerramento do centro, sem data de
retoma das atividades letivas enquanto o processo decorre em sede do tribunal
competente. Para justificar o ocorrido a direção da instituição supra citada alega que, tal
atitude deveu-se pela necessidade de dividir alunos que falam Africânde (língua falada
pelos descendentes dos colonizadores europeus).
Quando o ministro da educação daquela província, tomou conhecimento do caso, visitou a
escola, e os pais das crianças negras aproveitaram para manifestar seu descontentamento
face a situação. Vale salientar que a região tem fortes registros de segregação racial, tanto
que, nota-se nas escolas, um número reduzido de alunos e profissionais afrodescendentes.

III- Intervenção:

No caso, verifica-se forte comportamentos de segreção racial, a não aceitação das


diferenças, a sulbalternização da classe indigina por conta da língua e cor da pele,
a ideia de que os meus são os iguais a mim e entre si apoiam-se
incondicionalmente prejudicando o diferente de mim.Como vimos no caso, o
problema da intercultaralidade crítica […] “se encaminham ao problema estrutural-
colonial-racial,ou seja, é o problema do poder o ponto central, interessando-se
nessa perspectiva por desvendar seus padrões de racionalização e de construção
das diferenças” (Walsh, 2009 a citado por Funiber, 2020). Por esta razão, urge
intevir começando pelo sistema político social do país, implementando um modelo
de educação intercultural baseado na construção como projeto político, social,
ético e epistémico;

Promover o diálogo de interlocutores interculturais;

“A interculturalidade se constrói com as pessoas e deve-se criar condições de


vida, pensamento, existência, conhecimento, aprendizado e vivências diferentes
às atuais” (Walsh, 2009. Citado por Funiber, 2020);

Criar estratégias de ação e processo permanente de relação e negociação entre,


em condição de respeito, legitimidade, simetria, equidade e igualdade;

Re-conceitualizar e re-fundar estruturas sociais, epistémicas e de existências, que


põe em cena e em relação equitativa, lógicas, práticas e maneiras culturais
diversas de pensar, atuar e viver;

Formar docentes para educação intercultural;

Propor uma mudança no currículo;


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Propor um modelo de caráter transformador e emancipador

IV - Enfoque metodológico

Metodologia construida a partir de práticas interativas de cooperação, socioafetiva


e comunicativas, representativas e com materiais convencionais, audiovisuais e
baseados nas TIC, para retomar a história da imigração Inglesa na África do Sul,
desde a descoberta, até os días de hoje, para o conhecimento de quem somos a
fim de relembrar a auto-identidade. Assim sendo, na inteção da capacidade de
compreensão e respeito a aqueles que nos rodeiam, ajudar na descentralização do
pensamento, acrescentar a coesão social e a colaboração em grupo, bem como
desenvolver o sentido e a capacidade de coopeeração, promos o
Enfoque cooperativo:
➢ com atividades de jogo Mancala (bem conhecido naquela região africana)
direcionado a crianças, em que os jogadores das equipes devem semear suas
semente no seu campo e do adversário, depois fazer a colheta, vence quem
colher mais sementes no campo do adversário;
Uma atividade de ensaio de uma dança (estilo de dança afro house), com
movimentos de ginástica artística que representasse a cultura afro;

➢ Exibição do filme intitulado: “Invictus” (português significa Invencível) exibido a


11/12/2009 na África do Sul e nos Estados Unidos, narra a história de que Mandela
quis promover a reconciliação racial através da copa do mundo de Rugby. fonte:
Youtube:https://m.youtube.com/watch?v=wqjj-ze8k6w, o filme foi exibido com
objetivo de docentes, gestores escolares, trabalhadores administrativos e famílias,
refletissem sobre o preconceito racial, desigualidade social, esporte como
integração social e política, exporte como expressão da cultura;

➢ Promover auscultação periódcas, monitorada pelas escolas, dirigida ao pais,


estudantes, professores, gestores escolares e administrativo das escolas, diante
do governo do país. Com objetivo de discutir e refletir a realidade que se vive,
apresentar sugestões, propor possíveis soluções. Pensamos que desta forma o
governo conhecerá a realidade das comunidades em fórum escolar e traçará
políticas intercultural atuante, mais inclusivas, justas, igualitárias e equitativa,
vicadas na promoção da paz e unidade nas escolas e nas comunidades.

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➢ Pesquisa sobre a boneca “Abayomi”, coleta de tecidos e outros utencílios para
formar kit diversos com uso de um mosquetão adquado para criar a bone, capitar
videos de todo processo de criaçao da boneca, sem necessidade de costurar para
que o conteúdo seja possível assistir em todas as escolas daquela região no norte
da África do Sul.

➢ Aprenderam ainda a construir um chaveiro. Essas práticas foram ensinadas aos


alunos para que eles pudessem reproduzir oficinas nas escolas a serem visitadas
e nas quais seria aplicado workshop.

V – Critérios para o desenvolvimento da interculturalidade

Para o desenvolvimento eficaz da interculturalidade na escola e na comunidade,


consideramos de suma importância a formação do docente e a capacidade de autoria
versada no reconhecime, Conforme Funiber (2020, pp.58-59), Interculturalidade e
Educação, “a formação do docente para a educação intercultural deve promover práticas
pedagógicas emancipatórias, que permitam a localização, recuperação e revalorização
de experiências, sujeitos e saberes que tendam à transformação da realidade social”.
Para Granados Beltran: “este aspecto aponta à abertura de práticas educativas focadas
no desenvolvimento do pensamento crítico como habilidades que transcendam as salas
de aulas”(Beltrán, 2018, citado por Funiber, 2020).

A escola é um espaço no qual confluem ou entercruzam outros espaços de participação


dos estudantes. Nesse sentido, torna-se imprescindível que, nesse espaço, ocorram as
três dimensões do reconhecimento: a) do outro e da cultura diferente; b) , da experiência,
a voz e os saberes na comunicação educativa; c) do palco educativo como espaço social
e cultural.

Ademais, apresentamos os critérios para o desenvolvimento da interculturalidade


segundo Walsh(2005b), os critérios pedagógicos devem ser pensados a partir de três
referentes centrais: 1) contexto sociocultural do centro escolar; 2) a realidadeintercultural
dos alunos e das famílias; 3) o perfil dos docentes e sua relação com acomunidade dos
alunos e das famílias. Por esse motivo, as atividades promoveu a interação desses
referentes.

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Desta feita, tanto os profissionais, as familia, os sujeitos da administração pública
(governo), bem como os alunos e a comunidade em geral precisam ganhar
consciência de que só é possível desenvolver a interculturalidade quando
valoramos:

• A autoestima e o reconhecimento do próprio, estando consciente do


conhecimento de quem somos, ou seja, de como nos identificamos pessoal e
coletivamente;

• Os conhecimentos, os saberes e as práticas locais; a identidade e


reconhecimento das diferenças da alteridade que é a compreensão e aceitação
do outro desde as diferenças;

• O conhecimentos e práticas de outros se pauta pela exploração do desconhecido


– o outro – de modo que seja possível inter-relacionar, comparar, contrastar,
combinar associar e integrar diversos conhecimentos, práticas e formas de
pensar e atuar;

• A problemática de conflitos culturais, racismo e relações culturais negativas e

• A unidade e diversidade.

• A comunicação, inter-relação e cooperação, farramenta utilizada para promover


de comunicação e inter-relação entre indivíduos, grupos e saberes culturalmente
diferentes, a cooperar solidariamente.

Conforme FUNIBER (2020, pp.80-81), Interculturalidade e Educação, a cooperação


e a implicância encontram-se em sintonía com ollhar dos autores que defendem uma
ressignificação do currículo a nível epistemológico, uma ruptura do enfoque
tradicional curricular para desenvolver uma perspectiva socioreconstrucionista,
“concebendo o projeto curricular como um produto coletivo, uma prática social de
procura de sentidos e de significados para a comunidade escolar” (Barreto de
Ramirez, 2011, p.19). Nesse sentido, asumir o currículo escolar como projeto
coletivo é dar potência à voz e legitimar os autores.

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VI– Princípio da diversificação

Para implementar no projeto o princípio da diversificação, vamos começar por:

1- Organizar a sala de aula em grupos, dependendo da atividade à realizar, pode ser:


grupos grandes, grupo aula, grupos pequenos ou idividual.

2- Técnicas e modalidades de trabalho, ensinar vários tipos de relações como:


trabalho prático, trabalho de pesquisa, de exposição, de observação, analise,
debates e interpretações.

3- Atividade de aprendizado, para o mesmo conteúdo pode se ultilizar diversos


aprendizados, desenhar atividades com diferentes graus de independência, mais
ou menos guiadas.

4- Atividade de avaliação, dependendo dos objetivos, as atividades devem alterar


em: autoavaliação, avaliação dos conhecimentos prévios, coavaliação.

VII - Avaliação

• Avaliação do impacto, a esse aspecto, foi observado de forma quantitativa –


número de pessoas alcançadas como projeto, inclusivo público interno e externo;
qualitativa de sentimento de pertença das pessoas que se envolveram no projeto
para desenvolvê-lo, ou deles fizeram parte por workshop e experimentação e por
pesquisa de reação e de satisfação.

• Avaliação sistemática das ações comunitárias; dentro da comunidade escolar,


todas as disciplinas conduziram parte do proceso, quer seja na coleta de materiais
para divulgação; obtenção de mosquetões para comporem chaveiros; dedicação
de trabalho para montagem de kits; entreoutros. Entre tanto, alunos conquistaram
pontos positivos em todas as disciplinas, no bimestre em que o componente
curricular foi desenvolvido, com vistas a valorar esse conteúdo de forma
transversal.

Portanto, prova-se que, o projeto político, social, ético e epistémico que é a


Educação intercultural consegue encontrar maneiras de realização, dentro do seio
comunitáro e educacional, a promossão da cultura da paz pelo entendimento do outro,
com respeito pela diversidade.

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VII – ANEXOS

a) Encarte produzido pelos alunos, para explicar a origem da boneca


abayomi.

b) Boneca Abayomi – artesanato realizado a partir de tecidos doados pela


comunidade escolar, para confecção de kits, para montagens.

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IX - Referências bibliográficas

1. PÉREZ, J., Gardey, A. (2008). Definição de Interculturalidade. Recuperado de:


definicion.de
2. FUNIBER (2020), Interculturalidade e Educação. (pp. 5-85). Barcelona. Espanha.

3. Wikipedia, A Enciclopédia Livre (2017). Interculturalidade Recuperado de:


es.wikipedia.org.

4. Eastwood, C. (Produtor) & Carlin, j. (Roterista/Diretor) (2009). Water [Fita


cinematográfica]. California: Warner Bros Pictures.

5. Wikipedia, A Enciclopédia Livre (2017). Interculturalidade Recuperado de:


es.wikipedia.org.
6. Wikipedia, (20024). Acesso em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laguna_(Santa_Catarina)

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