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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE
EQUIPES
MULTIDISCIPLINARES
MEMORIAL
DESCRITIVO
2015
NRE:
ÁREA METROPOLITANA SUL
CHEFIA DO NRE:
Maurício Ferraz da Costa
DIRETOR:
Marcos Pedro de Souza
EQUIPE PEDAGÓGICA:
Madalena dos Santos Barbosa Bonecas Abayomi – 9º Anos
COORDENADORA:
Madalena dos Santos Barbosa
INTEGRANTES DA EQUIPE:
Arielma da Luz Ferreira
Débora Sabin
Rafael Noriller
CONTATO:
E-MAIL: csofrancisco@gmail.com
MEMORIAL DESCRITIVO
1. IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual do Campo São Francisco de Assis
Município: Campo Largo
NRE: Área Metropolitana Sul
Equipe Multidisciplinar: Arielma da Luz Ferreira, Débora Sabin, Janete
Cordeiro de Andrade, Madalena dos Santos Barbosa, Rafael Noriller, Rosemari
Aparecida Kanarski e Rosineia Aparecida Moreira.
ETNIA RACIAL
4% 4%
40%
pardo
negro
branco
amarelo
indígena
43%
9%
Instituição também fez parte de um programa oferecido pela ONG Nuvem, com
o intuito de formar lideranças em transformação social com foco na Equidade
Racial e Gestão Escolar para os jovens que residem nessa comunidade. Tal
programa, patrocinado pelo Fundo Baobá e Instituto Unibanco, tem a
finalidade de proporcionar ferramentas de gestão e liderança para que os
jovens possam protagonizar transformações nas comunidades em que vivem,
principalmente, para que atuem como agentes de intervenção e catalisadores
em processos de enfrentamento da exclusão e racismo no ambiente escolar e
comunidade, superando desafios que incidem na aprendizagem, autonomia e
equidade racial com vistas a promoção da igualdade de direitos e justiça
social.
Outra frente de ação proposta pela Equipe Multidisciplinar desta
instituição foi promover, com a colaboração da Nuvem ONG, a formação dos
professores e funcionários. A ideia é que a discriminação racial é um
problema de todos e sua superação só traz vantagens, entretanto o que se tem
feito é muito pouco em face do tamanho do desafio e da responsabilidade.
Sendo assim, dando continuidade as atividades o desenvolvimento dos
trabalhos foram os mais diversos, compreendendo promoção de oficinas pela
ONG Nuvem na Semana Cultural com os seguintes temas:
− Oficina de turbante e Cabelo;
− Oficina de fotografia e intervenção (Flash contra o racismo;
− Traços da nossa origem (oficina de capoeira);
− Mesa: religiões de matrizes africanas.
Outras atividades aconteceram como:
− Confecção das Bonecas Abayomi como símbolo de resistência, tradição e
poder feminino.
− Releitura de Máscaras Africanas com cascas de coqueiros.
− Arte Indígena: pintura Corporal e cestaria.
− Turbante: um dos símbolos da identidade negra africana e brasileira.
− Símbolos Adinkra e seus significados.
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fogueiras e bingos.
O atual presidente
da comunidade Arildo
Portela de Moraes, nos
acompanhou a visita e
informou que as famílias
vivem da agricultura de
subsistência, consumindo
basicamente o que plantam,
como milho, feijão e
mandioca. Algumas criam
pequenos animais, como galinhas e porcos e alguns integrantes possuem
aposentadoria rural. Outra fonte de renda na comunidade é a panificadora
comunitária que tem por objetivo propiciar o desenvolvimento sustentável à
comunidade. No mesmo espaço, divido em outras salas há uma pequena
biblioteca para a comunidade e uma sala de aula para o ensino da EJA no
período noturno.
Outra visita feita pela equipe foi à
residencia de Dona Domingas, uma
rezadeira com 90 anos de muita história e
sabedoria, moradora da região do Santa
Cruz dos Moreiras. No caminho conhecemos
o cemitério Jesuíta onde os avós e pais de
Dona Domingas estão enterrados. Esse
cemitério na região é cheio de mistérios e
causos. Domingas desde cedo, começou a
curar pessoas. No início, pouco entendia do
que ela mesma fazia, mas logo a clientela
foi se formando e ela passou a dedicar uma grande parte da sua vida em
tratar as pessoas necessitadas da região. Dona Domingas, como é conhecida,
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3. AVALIAÇÃO
Considerando os objetivos propostos, conclui-se que a implementação da
Equipe Multidisciplinar contribuiu e contribui para a ampliação do diálogo no
espaço escolar, democratizando a informação, promovendo o debate e reflexão
sobre a realidade brasileira no que se refere à educação das relações étnico-
raciais e ao ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.
Tendo em vista a complexidade do tema abordado, a avaliação somente
será mensurada em longo prazo. Os trabalhos serão apresentados na Semana
Cultural e no mês de novembro, no Dia da Cosnciência Negra para exposição
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4. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temá-
tica "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm >. Acesso em:
25 set. 2015.
______. Lei n.° 11. 645, de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “Historia Cultura Afro-Brasileira e indígena. Dis-
ponível em: < ttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11645.htm>.
LUCIANO, Gersem dos Santos. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber
sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação,
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TOKARSKI, Célia Regina. FILHO, Domingos Leite Lima. QUEIROZ, Ivo Pereira de.
PROHMANN, Mariana. O sujeito negro e a educação tecnológica: potencialidades
a partir de aproximações conceituais de Clovis Moura e Andrew Feeberg.
Disponível em:
<http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Anais_2014/GT09/GT_09_x14x.PDF>.
Acesso em 10 de junho de 2015.