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ESCOLA: ABORDAGENS
POSSÍVEIS
Em Aracruz, interior do Espírito Santo, o Centro Municipal de Educação Básica Mário Leal
Silva desenvolveu, ao longo de um ano, um projeto para estimular intervenções individuais e
coletivas contra o racismo na escola, avançando em diferentes frentes.
Este encontro serviu para reforçar a importância da participação de todos no combate a essa
violência e para a direção identificar atitudes preconceituosas na escola (sem mencionar
nomes), com o intuito de esclarecer o que são atitudes racistas e de que maneiras, sutis ou
evidentes, elas se manifestam no dia a dia.
A instituição também abriu a conversa para que a comunidade escolar pudesse contar
histórias de quando viveram ou presenciaram situações discriminatórias. Para quem não
quisesse se expor, foi oferecida a oportunidade de relatar a história em uma folha e entregá-la
posteriormente para a direção.
As paredes da escola foram tomadas por diversos murais ao longo do ano, resultado de
trabalhos desenvolvidos pelos alunos, apresentando temas como a tradição e palavras
africanas e as influências culturais da África no Brasil.
Outros funcionários também se engajaram na missão: as merendeiras, por exemplo,
preencheram o espaço com receitas africanas que passaram a preparar na cantina.
No esforço de incluir a discussão nas aulas, a diretora da CMEB Mário Leal Silva, Mônica
Louvem, apresentou o filme O Triunfo, que trata da hostilização contra alunos negros e das
ações de um professor para mudar isso, e debateu as soluções encontradas pelo personagem
com seu corpo docente.
Em suas aulas, o professor Eduardo Oliveira, da UFBA, tenta mostrar como o racismo
transforma diferença em desigualdade para perpetuar privilégios. Se quisermos quebrar este
ciclo, diz, é preciso compreender as origens do preconceito, nosso País e a produção de
conhecimento dentro das escolas e da Academia.
“O racismo não se perpetua por argumentos racionais, mas por uma percepção deturpada do
outro. Por isso, é preciso ler o corpo dos nossos estudantes com dignidade e respeito, e
começar a educá-los para ver as diferenças como oportunidade de enriquecimento de nós
todos. É ler o cabelo, a cor da pele, lábios e nariz sem uma caracterização negativa, para
inclusive aumentar a autoestima dos alunos”, coloca.
Se para os professores cabe atenção aos corpos e a valorização da cultura africana, por parte
dos gestores, cabe integrar e garantir a efetivação das legislações sobre ensino de cultura e
história africana no projeto político-pedagógico da escola, tornando-as presente não só
na sala de aula, mas também nos espaços da administração, da merenda, da limpeza e
segurança.
“É no cotidiano, no chão da escola, que a gente pode ter uma ação transformadora, para que
possamos concretamente reconhecer os direitos de todos os cidadãos, particularmente de
negras e negros, que têm sido vilipendiados nos últimos 500 anos da nossa história”, conclui
o professor da UFBA.
Fonte: https://educacaointegral.org.br/metodologias/combatendo-o-racismo-na-escola-
abordagens-possiveis/
Neste momento crucial da nossa trajetória como educadores, é imprescindível que realizemos
uma reflexão sobre os CAMINHOS EM PROL DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA.
Reconhecendo a urgência de uma mudança significativa em nossa prática educativa, convido
cada um de vocês a utilizarem o espaço abaixo para apresentarem uma ANÁLISE CRÍTICA
considerando os seguintes pontos:
Sejamos agentes ativos da mudança cultivando uma educação antirracista que promova a
justiça, a igualdade e o respeito mútuo. Nossos esforços podem contribuir significativamente
para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Com engajamento e dedicação,
poderemos transformar nossa escola em um lugar de acolhimento, aprendizado e valorização
da diversidade étnico-racial.