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M PORANGA JUCÁ
DIRETORA: Áurea Santos
PROFESSORES: Belmira, Dayan e Marilin
JUSTIFICATIVA:
O racismo no Brasil tem seus alicerces no processo de
colonização, onde milhares de pretos oriundos da África
foram conduzidos, de forma compulsória, para o trabalho
nas lavouras de cana de açúcar. A História do país é
formada por estrangeiros de diversas partes do mundo.
Os afrodescendentes representam 54% do total de
brasileiros, mas ainda assim há discriminação de pessoas
pretas no país, e inclusive, dentro do ambiente escolar,
causando danos emocionais irreparáveis. A escola é esse
espaço para trabalharmos as diferenças com base no
respeito, fraternidade e solidariedade.
Compreendemos que trabalhar o tema Racismo pode
colaborar para mitigar a violência nas escolas e inserção da
lei No 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que nos convida a
trabalhar o tema História e Cultura Afro-Brasileira, nas
grades curriculares da educação básica, como objetivo
fazer um trabalho de conscientização sobre a cultura
africana e a sua influência na população brasileira atual.
Contudo, compreendemos que o preconceito não se
encontra apenas no âmbito do racismo, mas, também, com
relação as questões de orientação sexual. A homofobia
está presente nas piadas ácidas, no isolamento do aluno
que se identifica com essas questões, na violência verbal
etc. Podemos entender a Homofobia como “Aversão ou
rejeição ao homossexual e a homossexualidade”, ou seja, é
o desprezo e o ódio por pessoas que fazem parte da
comunidade LGBTQIA+ que não se enquadra na doutrina
tradicional que a sociedade patriarcal impõe desde há
muito tempo.
Também buscaremos discutir sobre o Feminicídio que é o
homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato
de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição
feminina ou discriminação de gênero, fatores que também
podem envolver violência sexual) ou em decorrência de
violência doméstica. A lei 13.104/15, mais conhecida como
Lei do Feminicídio, alterou o Código Penal brasileiro,
incluindo como qualificador do crime de homicídio o
feminicídio.
O Projeto, Espaço de Convivência, buscará discutir a
inclusão de Pessoas Com Deficiência no âmbito escolar,
num convite a todos para que sejamos capazes de superar
nossas dificuldades, promovendo uma transformação que
começa em cada um de nós no encontro com o outro. A Lei
de Inclusão garante que as pessoas com deficiência
tenham direitos próprios justamente para que as igualem
perante a sociedade e as deixem no mesmo nível de
convívio, locomoção, atendimentos em órgãos públicos,
garantia de ensino na mesma qualidade e capacitação e
inclusão profissional
Dessa forma, pensamos nesse projeto para trazer para o
chão da escola debates, reflexões sobre valores humanos,
éticos e respeito às diferenças. Temos consciência de que
esses temas que norteiam esse trabalho não darão conta
de trabalhar algumas formas de preconceitos existentes na
sociedade e que são expressas no espaço escolar.
Contudo, esse trabalho está aberto para outros temas
serem discutidos.
Sendo assim, trabalharemos temas como:
Intolerância religiosa
Homofobia
Feminicídio
Educação sexual e formas de planejamento familiar
LBI – Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com
Deficiência.
Racismo
OBJETIVO GERAL:
Refletir sobre a importância da Inclusão no espaço da
escola, onde a comunidade escolar possa desenvolver
caminhos para que o desenvolvimento do Respeito, da
Fraternidade e da Solidariedade sejam mútuos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Fomentar pesquisa, debates e reflexões sobre direitos
humanos e respeito às diferenças;
Promover espaços de convivência, respeito às
diferenças e fraternidade entre os educandos;
Refletir sobre o preconceito racial, de gênero, de
orientação sexual, de pessoa com deficiência e
outros.
Orientar sobre o planejamento familiar pensado a
partir da educação para a sexualidade.
METODOLOGIA:
Com o intuito de minimizar os impactos causados pela
discriminação e pelo preconceito vivenciado por crianças e
jovens negros, gays, trans, portadores de necessidades
especiais, etc. no ambiente escolar, o caminho traçado
para esta intervenção buscou indagar: Como desconstruir
pedagogicamente e de forma preventiva preconceitos e
discriminações de toda e qualquer natureza que originam
condutas de desrespeito e exclusão no ambiente escolar?
Com base nesse questionamento, como proposta de
intervenção, optou-se, inicialmente, pela instalação de
quadros de aviso fechados com acrílico na sala dos
professores e nos corredores da escola com o intuito de
fixar frases que estimulem o respeito e inspirem a reflexão
contra todo o tipo de preconceito. Esses quadros serão
feitos com o incentivo e participação dos estudantes.
Sugere-se que cada tema seja trabalhado, em sincronia,
em todas as séries. Para isso, cada turma contará com um
professor responsável que conduzirá a temática do mês ao
longo do ano letivo de 2022. A existência do professor
responsável não impede, no entanto, que os demais
professores da turma também abordem a mesma temática,
ampliando o olhar sobre o assunto e a discussão.
O professor tem a liberdade de adaptar os temas à
realidade de suas respectivas áreas do conhecimento.
Caso o professor presencie ou perceba a ocorrência de um
determinado ato discriminatório em alguma turma, pode
abordar o tema livremente por mais que não coincida com
o tema do mês.
O objetivo é fazer a escola cumprir o seu papel que é o de
inserir a reflexão crítica dos saberes, fortalecer a formação
humana de alunos e de professores, despindo-os de todas
as formas de preconceito e tornando-os responsáveis por
influir valores de solidariedade, generosidade e de justiça
social na sociedade.
A metodologia e recursos para se trabalhar as temáticas
ficam a cargo de cada professor, porém ao final de cada
mês deve-se expor junto à comunidade escolar a
culminância do trabalho realizado pelos estudantes.
CRONOGRAMA: Este trabalho deverá ser desenvolvido
durante todo o ano letivo. A culminância desse trabalho
contínuo dar-se-á nos meses abaixo:
PRIMEIRO SEMESTRE SEGUNDO SEMESTRE
Setembro (portador de
deficiência)
Maio (Intolerância religiosa) Outubro (Luta contra
violência contra mulher)
Junho (Mês do Orgulho Novembro (Consciência
LGBTQIA+) Negra)