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FGHJK

Curso: Pedagogia
Disciplinas: Educação e Diversidade.

Acadêmicas:
Angela Pereira dos Santos Batista RA: 8174755320
Janaina Furtado Cavalcante RA: 7987742146

Tutor à distância: Me. Lindolfo A. Martelli

Naviraí, 31 de Setembro de 2016.

Introdução
Elaboramos um trabalho com uma breve fundamentação teórica, um projeto para
trabalhar as diversidades existentes no ambiente escolar.

No Brasil existem embasamentos legais que norteiam estas questões de


diversidade e multiculturalismo, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LBDN 9.394/96), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e o CAMARGO, Orson.
"Bullying"; Brasil Escola.

O docente tem um papel muito importante a desempenhar neste âmbito intercultural,


pois a sua atitude, prática e formação influenciam no processo educativo, podendo
favorecer ou mesmo criar obstáculos ao desenvolvimento cognitivo, social e
emocional dos alunos como também ao desenvolvimento de competências e
capacidades de cada um.

O objetivo geral deste trabalho é analisar as diferentes normas brasileiras que


auxiliam na formação do cidadão Brasileiro, como também as sugestões no uso de
trabalhos pedagógicos para a realização da criação de currículos escolares eficazes
para obtenção do resultado esperado.

Este trabalho foi desenvolvido com o fundamento de refletir sobre a diversidade


cultural e o multiculturalismo nas escolas, as consequências dessa interação de
culturas e quais as estratégias os professores podem utilizar em relação às suas
práticas educativas.

Fundamentação teórica
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

A Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional dispõe de diversos artigos que


abordam aspectos multiculturais que defende: a liberdade de aprender, ensinar e
pesquisar e divulgar a própria cultura, o pluralismo de ideias e a consideração com a
diversidade étnico-racial. Além disso, garante atendimento a toda comunidade
respeitando a diversidade de aspectos que envolvem a população, como por
exemplo, o atendimento ao aluno fora da idade escolar, o que necessita estudar a
noite devido o trabalho, fatores que são peculiares de cada educando.

É citado também o ensino da historia do Brasil para mostrar as contribuições que as


diferentes culturas e etnias tiveram para a formação do povo brasileiro, tal qual como
vivenciamos nos dias atuais. Esta lei é muito clara ao tratar da obrigatoriedade dos
estudos da história e cultura afro-brasileira e indígena, para assim resgatar a
colaboração que esse povo trouxe para a formação da sociedade nacional.

A LDB/96, em seu artigo nº 26, também assegura que o currículo da educação


básica deve ser composto de conteúdos que formem uma base nacional e uma
parte diversificada, considerando as características regionais e locais, a cultura, e a
economia do grupo social envolvido. Também, é assegurado o acesso aos alunos
com necessidades especiais a educação para que haja inclusão do mesmo. Essa
integração visa não só o social, mas também no âmbito profissional. E mostra
preocupações com os fatores étnicos raciais, com a diversidade cultural, com a
integração de pessoas deficientes respeitando as individualidades, e ao mesmo
tempo integrando a todos.

Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educação das Relações Étnico-


Raciais e Para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

Políticas de reparações voltadas para a educação dos negros devem oferecer


garantias a essa população de ingresso, permanência e sucesso na educação
escolar, de valorização do patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro, de aquisição
das competências e dos conhecimentos tidos como indispensáveis para
continuidade nos estudos, de condições para alcançar todos os requisitos tendo em
vista a conclusão de cada um dos níveis de ensino, bem como para atuar como
cidadãos responsáveis e participantes, além de desempenharem com qualificação
uma profissão.

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e


afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente
apoiada com a promulgação da Lei 10639/2003, que alterou a Lei 9394/1996,
estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e
africanas. Reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e
econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros
dos outros grupos que compõem a população brasileira. E isto requer mudança nos
discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras.
Requer também que se conheça a sua história e cultura apresentadas, buscando-se
especificamente desconstruir o mito da democracia racial na sociedade brasileira;
mito este que difunde a crença de que, se os negros não atingem os mesmos
patamares que os nãos negros, é por falta de competência ou de interesse,
desconsiderando as desigualdades seculares que a estrutura social hierárquica cria
com prejuízos para os negros.

Bases legais (Lei Universal dos Direitos Humanos, Constituição Federal de 1988 e
LDB 94/96) cuja finalidade é contribuir para a implementação do Programa Brasil
sem Homofobia, visto que o Governo assinou a Declaração Ministerial da Cidade do
México e tem como meta reconhecer as expressões diversas e combater a
discriminação.

Parâmetros Curriculares Nacionais PCN


No Brasil, os parâmetros curriculares nacionais são diretrizes elaboradas pelo
Governo Federal que orientam a educação e são separados por disciplina. E
também são um conjunto de documentos que expressam uma referência para
reflexão e possíveis transformações na educação Brasileira, para que todas as
crianças de qualquer lugar do país possam ter acesso aos conhecimentos básicos
para o exercício de sua cidadania.
Podemos verificar no Art.2 das Diretrizes curriculares, que seu objetivo é
proporcionar uma educação voltada para dar diretriz ao cidadão na sociedade
multicultural. É basicamente voltado para a formação dos professores, capacitá-los
para conviver com o novo modelo de educação. Nota-se a importância dos
educadores transmitirem as raízes históricas do povo africano na sociedade
brasileira. Faz-se necessário que as escolas criem meios para o educador
reconhecer as situações discriminatórias no ambiente escolar, propagando a ideia
de diversidade cultural.

Os parâmetros não são um currículo pronto para todas as escolas, eles propõem
que cada escola, os professores toda a equipe de educadores formulem seus
próprios currículos usando os parâmetros tanto como subsídio como também
referência para dar conta de todas as questões que são colocadas como
fundamentais para que todos os cidadãos brasileiros possam se exercer enquanto
cidadão de pleno direito.

Brasil Escola- Bullying

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as


formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que
ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem
ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma
relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais
comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma
mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento
social da vítima. Em geral, a vítima teme o (a) agressor (a) em razão das ameaças
ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de
subsistência.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa
humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano
a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode
também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que
as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos
de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

Respeito às diversidades, para que as diferenças não sejam vistas como


desigualdades.

Diante da situação vivida pela professora Rosana, elaboramos um projeto que será
desenvolvido numa sala do 2 º ano do ensino médio, a sala possui 40 alunos.

Desenvolvimento da estratégia com os seguintes conteúdos:

- Diversidades culturais, de gênero, étnico-raciais, linguístico e bullying, o projeto


será realizado por meio da Língua Portuguesa e Sociologia de modo interdisciplinar.

Diversidade cultural- Somos todos iguais.

O objetivo deste projeto é identificar as diferentes culturas existentes no cotidiano de


cada estudante e promover vivências com culturas diferenciadas, de forma a permitir
que eles reconheçam e valorizem as diferenças, sem hierarquiza-las, ou seja, sem
as enxergarem como desigualdade.
A aula será expositiva dialogada para que os alunos questionem, interpretem e
discutam sobre o assunto.
Materiais: Imagens e textos para a realização do projeto, além de um vídeo “Projeto
de Diversidade Cultural”, para a conclusão do projeto será necessário três aulas e as
atividades serão realizadas em sala.
Para esta primeira etapa, lemos o texto “Os Nacirema” de forma coletiva. Após a
leitura, os estudantes foram divididos em pequenos grupos e tiveram que discutir o
texto, relatar o posicionamento do grupo e elaborar um resumo da aula.

Combate à homofobia no ambiente escolar


Será trabalhada diversidade de gênero, para conscientizar os alunos que
diversidade existe e devemos respeitar as escolhas de cada um, e que afinal somos
todos iguais, e que conviver com essas diferenças é algo benéfico para toda
sociedade.
A aula será expositiva, mostraremos através de uma palestra, onde teremos painéis,
folders que atos discriminatórios e excludentes são impróprios e errados no
tratamento uns com os outros. Serão necessárias três aulas, as atividades serão em
sala.
Após a palestra sugerimos que cada aluno elabore um cartaz com o título “Educação
sem homofobia” e apresentação para a turma do material confeccionado, os
cartazes serão fixados nos murais da escola, para todos os alunos terem acesso.

Educação Étnico-racial- Valorizar a cultura


É necessário valorizar a cultura afrodescendente, reconhecendo a sua presença de
forma positivada nos diversos segmentos da sociedade, no que diz respeito à
literatura, arte, culinária, religião, música e dança.
A aula será expositiva dialogada, será realizado leitura e discussão do livro “Menina
Bonita do Laço de Fita”- Ana Maria Machado e um vídeo curta-metragem “ O
preconceito cega” Serão necessárias 3 aulas, haverá atividades em sala e tarefa
para casa.
Com o auxilio do livro e vídeo, promoveremos o respeito pelas várias etnias, será
confeccionado em equipe, algumas bandeiras de países Africanos; exposição das
mesmas. Tarefa para casa, em revistas, fazer uma pesquisa de figuras de
personagens negros ou afro descendentes, para conversação e montagem de um
painel.

Diversidade linguística
Conscientização dos alunos sobre variações linguísticas, e preconceitos linguísticos,
valorizar a estranheza, a diversidade, e a curiosidade, analisar e entender as
diferenças entre a língua falada e a língua escrita.

As aulas serão expositivas dialogadas, os recursos serão textos, artigos de revista,


sites, itens com conteúdo vocabular complicado e o vídeo “Preconceito Linguístico”-
Marcos Bagno. Serão necessárias cinco aulas, haverá atividades em sala e tarefa
para casa.
Para os debates, discussões e leitura dos textos, pedir que os  alunos  se sentem
em grupos de no máximo cinco alunos. Recortar, em jornais, exemplos de variações
linguísticas.

Uma semana antes dessa atividade, dizer aos alunos que iremos conversar e
realizar trabalhos sobre palavras e variações linguísticas. No dia marcado, eles
poderão trazer reportagens e livros, que versem sobre esse tema.

A classe debaterá sobre a dificuldade em entender os novos vocábulos; e exemplos


de variações.

Após todas as discussões, cada aluno deverá elaborar um texto de 20 linhas


apresentando o que ele entendeu sobre o tema, no qual será avaliado.

Preconceito e Bullying
O preconceito gera uma forme de violência muito grave, o bullying.  Hoje pode-se
dizer que o bullying passou da esfera da escola, pois tem causado problemas
sociais graves, inclusive com suicídios e massacres. Milhões de crianças e
adolescentes sofrem de práticas de bullying e as estatísticas somente apontam para
o crescimento desses números. Diante disso, elaboramos um projeto com aula
expositiva dialogada, com o seguinte material: Texto, pesquisas na internet e um
vídeo, serão necessárias três aulas.
Iniciaremos com o levantamento dos conhecimentos dos alunos em torno do tema
bullying e de experiências pessoais, debateremos sobre o assunto, mostrando que
aquilo que pensam ser uma simples brincadeira pode trazer algum sofrimento para o
colega e que, de acordo com a intenção, repetição e motivação podem ser
caracterizados como bullying.
Em seguida iniciamos com o vídeo “Diga não ao bullying”, e a leitura do texto, no
qual será feito um resumo que será avaliado de 0 a 10.
E Como tarefa os alunos irão pesquisar pela internet ou biblioteca sobre o assunto e
irão fazer montagem de um mural com exposição das pesquisas e descobertas,
tentando sensibilizar toda a comunidade escolar.

Avaliação
Em todos os temas trabalhados a avaliação será feita de forma contínua, tanto no
desenvolvimento das atividades, bem como a leitura, produção de texto,
participação, como também no relacionamento com os colegas, professora, diretor
(a)etc.
Considerações Finais

Com este trabalho foi possível refletir sobre vários aspectos importantes com relação
à Diversidade e o Multiculturalismo e analisar maneiras de colocar em prática na
Estrutura e Organização da Educação Brasileira estratégia de inclusão, de
determinações, direitos e deveres já presentes em leis que amparam e orientam
como proceder no ambiente escolar. As dificuldades e desafios que encontramos no
cotidiano são muitos, porém, com força de vontade, busca por conhecimento e
estimulo à reflexão é possível à transformação da sociedade para um mundo de
tolerância e respeito ao próximo, independente de suas condições ou escolhas.

Cabe a nós educadores o papel de mostrar o caminho do conhecimento e


crescimento através de propostas interdisciplinares, mas acima de tudo uma
educação sociabilizada, conviver com a diferença sem preconceitos, para um futuro
melhor.

 .
Referências bibliográficas

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 15. Ed. Loyola:
São Paulo, 1999.

BODART, Cristiano; SILVA, Roniel Sampaio. Dica de aula/projeto


premiado: RESPEITO ÀS DIVERSIDADES, PARA QUE AS DIFERENÇAS NÃO
SEJAM VISTAS COMO DESIGUALDADES. 2014. Disponível em:
<http://cafecomsociologia.com/2014/12/dica-de-aulaprojeto-premiado-respeito.html>.
Acesso em: 27 set. 2016.

BRAGANÇA, Everton Lima; BICALHO, Zilda Madureira; FARIA, Cida. Plano de


aula: variação linguística. 2009. Disponível em:
<https://trabalhoevertonzilda.wordpress.com/plano-de-aula/>. Acesso em: 29 set.
2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional. MEC: Brasília, 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 13 set. 2016.

BRASIL. Secretaria de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua


portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CAMARGO, Orson. "Bullying"; Brasil Escola. Disponível em:


<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm>. Acesso em 18 de set. de
2016.

CAMPANHA... DIGA NÃO AO BULLYING. Ibiúna: Tw Vídeo Distribuidora, 2010.


P&B. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=c7sqjPDeQvQ>. Acesso
29 set. 2016.

Curta-metragem ”o preconceito cega”. Si: Tw Vídeo Distribuidora, 2012. P&B.


Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=aec-i7n6V48 >. Acesso 29 set.
2016.
DANTAS, Eunice. Plano de aula: educação étnico-racial: valorizar a cultura. 2012.
Disponível em: <https://eunicedantasplanodeaula.wordpress.com/2012/08/06/plano-
de-aula-educacao-etnico-racial-valorizar-a-cultura/>. Acesso em: 28 set. 2016.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-


Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana.
CNE/CP. Resolução 1/2004. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de junho de 2004.
Disponível em:

<http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-
das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf>. Acesso em 14 de set. de 2016.

PROJETO de Diversidade Cultural. S.i: Tw Vídeo Distribuidora, 2011.


P&B.<https://www.youtube.com/watch?
v=4GsXdacQJiE&list=PLFUYIaF4uo644lj12VBT0tfftTs1gPdC5&index=25>. Acesso
em 20 de set. de 2016.

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