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UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados

Curso: Pedagogia

Disciplina: Relações Étnico-Raciais na Educação e Educação Indígena

Professora: Dra. Terezinha Bazé de Lima

Aluno(a): RGM: Polo:Aupex/Itajaí-SC

Atividade 01 - AULAS 01 , 02 , 03 e 04(Valor 4,0 pontos )

01) É necessário estudar primeiramente as aulas de 01 a 04 para mapear as ideias e os


conceitos apresentados em cada uma dessas aulas. Faça uma reflexão das temáticas estudadas
e utilize sua criatividade para o desenvolvimento da atividade que será a elaboração de um
texto. Assim, a proposta é a elaboração de um texto teórico prático com título de sua autoria,
contendo de 03 a 05 laudas, com introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. O
texto deverá ser desenvolvido tendo como base a utilização de citações dos conceitos tratados
01, 02, 03 e 04 e demais textos complementares anexos em Material de Aula ( arquivo).

Obs: As atividades sem a devida contribuição teórica por meio de citações e apresentação das
referências contidas nas referidas aulas terão desconto na pontuação.

Profª Terezinha Bazé de Lima

A Educação e as Questões Étnicas da Sociedade

Diversos grupos na sociedade sofrem ou já sofreram com alguma discriminação, dia a dia
buscam um espaço na sociedade. E na educação, também há esta busca e necessidade de
espaço a essa pluralidade de pessoas.

O preconceito racial é um tipo de discriminação e está presente no Brasil desde de sua


colonização. Acontece com negros ou indígenas, e segundo descrito na aula 01 da apostila
Relações Étnico-Raciais na Educação e Educação Indígena “o racismo ainda é a forma mais
clara de discriminação na sociedade brasileira, apesar de o brasileiro não admitir seu
preconceito.”

Na educação encontra-se discriminação, seja de alunos ou professores, pode ser numa


brincadeira ou no ensino, porém atualmente há leis que protegem e garantem a todos um
tratamento sem preconceito e justo, com punições àqueles que desobedecerem estas leis. Mas
mesmo com isso o relacionamento de respeito, que deve-se haver na sala de aula e no dia a
dia, têm de vir de todos, tanto professores quanto alunos, passando também pelo governo.

Há professores ainda despreparados para lidar com esses assuntos, alguns até com
preconceito, porém há mudanças a serem feitas e que já começaram a ser feitas, refletindo na
sala de aula e na sociedade em geral.

O mundo é composto por diversas etnias, existem indígenas, negros, asiáticos, entre outros e
devido a forma de colonização do Brasil, a população acabou tendo uma miscigenação. Isso é
encontrado no trabalho, na escola, no parque, em vários locais. Porém, isso não fez com que
houvesse respeito, mas sim há muitas pessoas racistas e casos de racismo.

A discriminação, como na exemplificado na aula 01, pode ser direta ou indireta, sendo a
direta por adoção de proibições a certas grupos étnicos, como tratar desigualmente uma
pessoa ou impedi-la de realizar algum ato. E a indireta se dá por situações que aparentam
serem neutras, mas que acabam gerando algum tipo de desigualdade à pessoa.

Como é encontrado em vários setores da sociedade, o racismo é visto nas escolas da mesma
maneira, como Oliveira, Silva, et. al. (2003) expõem o relato de um aluno denuncia e percebe
a diferença de tratamento que a professora dá aos alunos onde explica melhor os conteúdos da
disciplina para os alunos brancos e senta-se com eles, o que não acontece com alunos negros,
já a professora relata não fazer diferença em relação aos alunos de diferentes origens étnicas.
Entre alunos o preconceito também está presente, muitos veem diferenças de tratamento em
relação a outras etnias e fazem de igual forma.

É necessário que o professor perceba e esteja preparado para passar aos alunos o modo como
deve-se agir, portanto o professor deve ser livre de qualquer preconceito. A fim de
conscientizar a todos e buscando melhorias em relação às discriminações ocorridas na
sociedade, foi-se aprovada a Lei 11.645 de 2008 que alterou a Lei 9394 de 1996, que já havia
sido alterada pela Lei 10.639 de 2003, onde obriga o ensino da história e da cultura indígena
e afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e públicas do Brasil.

É preciso que se coloque na prática essas leis, por mais que como na Aula 04 os Parâmetros
Curriculares Nacionais abordam a questão da pluralidade cultural no contexto escolar, como
um desafio, esse desafio deve ser superado.

Portanto os professores têm o dever de conscientizar os alunos e este assunto em sala de aula
deve ser levado a sério, pois é assegurado a todas as crianças o direito à educação. O professor
tem que ter cuidado ao falar sobre isso, pois ninguém deve ser tratado diferente por sua cor de
pele, não importa a crença de onde viemos, nenhum é mais inteligente que o outro por sua
etnia, ou mais bonito. Todos têm acesso à educação e todos têm que ter oportunidade para ser
o que quiserem.

O professor deve se colocar no lugar do aluno e tratá-lo igualmente a todos sem ver etnia, pois
segundo Silva (2007), acredita-se que é pela educação que se pode chegar à igualdade racial.
Mesmo que estudos dedicados a esse tema, revelam que o sistema educacional tem um caráter
discriminador em todos os seus níveis, desde a educação infantil até o ensino superior.

A trajetória de cada grupo etnico, principalmente no Brasil onde há diversos grupos, é de uma
riqueza singular, onde a escola, como relatado na Aula 04 do Material de Aula, terá um
grande desafio para valorizar essas trajetórias. E é preciso, além de valorizar, conforme
Santana e Moraes (2009), preservar os valores culturais e sociais trazidos e formados pela
população negra na formação da sociedade brasileira, para que se potencialize a participação
da população afrodescendente no processo de desenvolvimento social, político e econômico
da sociedade.

Na Aula 04 é relatado que a escola deve ser um lugar de “diálogo, de aprender a conviver,
vivenciando a própria cultura e respeitando as diferentes formas de expressão cultural.” Nesse
diálogo e apresentando as culturas que formaram o país far-se-á com que se tenha outro olhar
sobre as culturas, como com cultura negra, segundo dito por Santana e Moraes (2009).

Assim, a mudança pode começar na sala de aula, onde as crianças convivem umas com as
outras e onde podem começar a respeitar-se mutuamente. E o professor têm um papel
importante no objetivo de igualdade, é ele o mediador, aquele que passa e intermedia a
aprendizagem dos alunos. Nos mínimos detalhes vemos discriminação, mas o molde do futuro
da sociedade são os atuais alunos das escolas.

Como dito na Aula 02 do Material de Aula as leis existentes e que combatem o racismo e dão
direitos a todos, não deve ser algo mínimo como apenas um seminário onde após algum
tempo, o tema, será esquecido pelos alunos. A Lei deve ser abordada na escola durante todo o
ano, e não somente em novembro, onde é o mês que reflete o Dia Nacional da Consciência
Negra. Estes assuntos devem estar incluídos no currículo, no projeto político-pedagógico, nas
reuniões de formação de professores e outros espaços que for possível o tema ser discutido.

Apesar dos avanços para erradicar a desigualdade, como leis e afins, é preciso ser feito mais,
pois ainda é visto racismo no Brasil e no mundo. Não é a cor de pele que torna uma pessoa
mais inteligente ou mais capaz, ou um marginal, mas é preciso dispor a todos de igual forma
acesso à educação. As marcas históricas continuarão a existir, porém cada pessoa deve fazer
sua parte em busca de mudar o futuro.
Referências

Material de aula, UNIGRAN - Universidade da Grande Dourados. Relações Étnico-Raciais na


Educação e Educação Indígena. 7º Período - Pedagogia - Aupex, Itajai-SC. 2021.

OLIVEIRA, I., SILVA, P. B. G., et. al. Identidade Negra. Pesquisas Sobre o Ngro e a
Educação no Brasil. ANPEd – Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em
Educação. Rio de Janeiro. 2003.

SANTANA, J. V. J. e MORAES, J. O. História do negro na educação: indagações sobre


currículo e diversidade cultural. Revista Espaço Acadêmico, nº 103, p. 51 - 59. Dez. de 2009.

SILVA, C. I. O Acesso Das Crianças Negras À Educação Infantil: Um Estudo De Caso Em


Florianópolis. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, 2007.

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