O documento discute a violência nas escolas brasileiras e a importância de se promover a cultura da paz e do respeito à diversidade. Também apresenta um projeto desenvolvido em uma escola do Rio Grande do Sul que abordou identidade de gênero e cultura religiosa, enfrentando a intolerância de alguns pais.
Descrição original:
Trabalho sobre diversidade
Título original
DIVERSIDADE RELIGIOSA E CULTURA DE PAZ NA ESCOLA BRASILEIRA
O documento discute a violência nas escolas brasileiras e a importância de se promover a cultura da paz e do respeito à diversidade. Também apresenta um projeto desenvolvido em uma escola do Rio Grande do Sul que abordou identidade de gênero e cultura religiosa, enfrentando a intolerância de alguns pais.
O documento discute a violência nas escolas brasileiras e a importância de se promover a cultura da paz e do respeito à diversidade. Também apresenta um projeto desenvolvido em uma escola do Rio Grande do Sul que abordou identidade de gênero e cultura religiosa, enfrentando a intolerância de alguns pais.
Nas escolas vivenciamos diversas situações de violências físicas,
verbais, simbólicas, as violências silenciadas e as violências estruturais,
levando muitas vezes a perda da vontade de estudar ou até mesmo de frequentar o ambiente escolar. Quando isso ocorre e é de imediato percebido pelos gestores, professores ou até mesmo por colegas deve acontecer a intervenção e a busca pelo direito ao respeito que todos temos. Observamos várias formas de manifestação da violência dentro do contexto escolar através de agressões físicas, verbais, materiais, cyberbullying, social e psicológica, essas geralmente são ações que perpetram o bullying. Além das já citadas encontramos o cyberbullying que é uma violência praticada por ambientes virtuais, onde o indivíduo utiliza o meio de comunicação para ridicularizar e agredir o outro. Em 2016, foi aprovada a Lei 13.663/18, que prevê a chamada cultura de paz que faz parte da Lei de Diretrizes e Bases. Busca a mediação de conflitos e que os desenvolvimentos das relações humanas sejam incluídos no planejamento pedagógico de todas as escolas brasileiras. Educar para a Paz é compreender as demandas e interesses daqueles que se colocam no lugar de aprendiz, são tão importantes quanto os conteúdos formais e programáticos. É respeitar as crenças e valores que todos trazem consigo ao vivenciar aprendizados, saindo do paradigma que estabelece uma prática educativa linear — onde um ensina e vários aprendem — para outro, que se compromete com a inclusão efetiva de todos no processo educativo, e portanto, incorpora ao ato educativo a lógica circular do aprendizado, onde todos ensinam e todos aprendem. Mais do que memorizar conteúdos, prioriza a produção continua de conhecimento, legitima os saberes distintos e complementares e acolhe as emoções como parte fundamental da prática educativa. Somos desafiados a compreender que todos somos diferentes, mas iguais em direitos e que precisamos conviver respeitando uns aos outros, no constante propósito da promoção dos direitos humanos. Diante dessa realidade encontrada nas escolas, o estudo, a pesquisa e o diálogo sobre a diversidade cultural religiosa se apresentam como um dos elementos para a formação integral do ser humano no espaço escolar e encaminham vivências fundamentadas nos direitos humanos e direitos à diferença (Oliveira, 2003). Compreendemos que a escola não é espaço para ensinar a religião, mas sim lugar de construção de conhecimentos sobre a diversidade cultural religiosa brasileira e mundial, cabe aos educadores e aos educandos refletir sobre as diversas experiências religiosas que os cercam; analisar o papel dos movimentos e tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas; compreender que cada sujeito ou grupo social possui seus próprios referenciais para lidar com os desafios da vida cotidiana. No estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre localiza-se a EMEF Migrantes, que realizou um projeto de trabalho em uma turma, tendo uma aluna com identidade de gênero diferente da dominante, com o objetivo de evitar discriminação e conflitos. Nessa mesma turma já tinha sido trabalhado a diversidade da cultura religiosa, e dentre os aspectos pesquisados pelos alunos, foram abordadas as religiões de matriz africana. Durante a realização do projeto duas mães se manifestaram contrárias à participação de suas filhas na aula, sempre que as referidas temáticas forem trabalhadas. Alegaram, principalmente, que as questões religiosas deveriam ser abordadas exclusivamente a partir de uma perspectiva bíblica, desconsiderando outras possibilidades. Diante da situação a direção da escola recorreu ao Conselho Municipal de Educação que emitiu um parecer assegurando que não há irregularidade no trabalho que foi feito junto aos alunos da turma, em relação à educação étnico- racial e à educação de gênero, já que esta é uma abordagem que deve perpassar todo o currículo do ensino fundamental. Não cabe às mães ou às famílias determinarem o conteúdo escolar e que na educação não pode haver privilégio para nenhum credo religioso.
Observamos que o problema da intolerância religiosa está inserido em
todas as camadas da sociedade, pois existe o fato de que religiões se consideram como único e correto modelo a ser seguido, causando assim a discriminação das outras vertentes religiosas, cabe a escola desenvolver projetos que contemplem a Cultura da Paz. A alternativa para contornar a violência nas escolas, modificando a rotina escolar desde o planejamento até os protocolos de ação. Na EMEF Jovino Ferreira Fiuza de Arroio do Tigre- RS é desenvolvido o Projeto: Todos por uma EducAÇÃO melhor. O objetivo de contornar a violência na escola, modificando a rotina escolar desde o planejamento até os protocolos de ação. O projeto busca nas recomendações da UNESCO as estratégias para criar um ambiente pacífico que são elas: alunos focados, espaço de diálogos democráticos, estudo do problema, conflito é aprendizagem, comunicação não violenta e bom uso de medidas corretivas. Além disso existe momentos de discussões de ações que podem ou não serem implantadas na Escola, os educandos pensando em formas de combater todos os tipos de violência no ambiente escolar.
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