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EDINALBA BRITO CABRAL DOS SANTOS

DIVERSIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS


DOCENTES

Patos - Paraíba
2022
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EDINALBA BRITO CABRAL DOS SANTOS

DIVERSIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS


DOCENTES

Projeto apresentado à Plataforma Brasil, para ser


submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa,
requisito para desenvolvimento da Pesquisa na
área de Ciências da Educação.

Professora Orientadora: Dra. Marcela Tarciana


Cunha Silva Martins/Dra Amanda Micheline A de
Lucena.

Patos - Paraíba
2022
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RESUMO

A educação é direito constitucional a ser garantido, devendo a escola se


responsabilizar em discutir sobre a temática da diversidade de gênero, não se
omitindo sobre o fenômeno do preconceito que atinge os que se assumem como
diferentes em sua sexualidade. O objetivo geral desse estudo é analisar, a partir da
voz dos profissionais (gestor, coordenador pedagógico e professores) da escola
municipal de ensino fundamental dona capitulina sátiro, como trabalham a
diversidade de gênero em suas práticas educacionais. como objetivos específicos
se elencou conhecer como a escola trata a diversidade de gênero do ponto de vista
de conteúdos e ações; identificar, na voz dos docentes, a diferença entre orientação
sexual e diversidade de gênero; investigar como os professores mobilizam ações
educacionais para tratar a diversidade de gênero com seus estudantes; esclarecer
quais estratégias metodológicas são usadas para trabalhar a diversidade de gênero
pelos professores; averiguar quais práticas pedagógicas trabalham a perspectiva da
equidade. A metodologia segundo Minayo (2010) é a prática que constrói o caminho
do pensamento e aborda a realidade. Esta compreensão contribui para delimitação
dos métodos e técnicas que direcionarão a proposta desta pesquisa. No trabalho se
abordará sobre o gênero na escola, os direitos de proteção.

Palavras-chave: Educação. Gênero. Diversidade. Violência.


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ABSTRACT

EDUCATION IS A CONSTITUTIONAL RIGHT TO BE GUARANTEED, AND THE SCHOOL MUST BE


RESPONSIBLE FOR DISCUSSING THE THEME OF GENDER DIVERSITY, NOT OMITTING THE
PHENOMENON OF PREJUDICE THAT AFFECTS THOSE WHO ASSUME THEY ARE DIFFERENT IN
THEIR SEXUALITY. THE GENERAL OBJECTIVE OF THIS STUDY IS TO ANALYZE, FROM THE
VOICE OF THE PROFESSIONALS (MANAGER, PEDAGOGICAL COORDINATOR AND TEACHERS)
OF THE MUNICIPAL ELEMENTARY SCHOOL DONA CAPITULINA SÁTIRO, HOW THEY WORK
GENDER DIVERSITY IN THEIR EDUCATIONAL PRACTICES. AS SPECIFIC OBJECTIVES,
KNOWING HOW THE SCHOOL TREATS GENDER DIVERSITY FROM THE POINT OF VIEW OF
CONTENTS AND ACTIONS WAS LISTED; IDENTIFY, IN THE VOICE OF TEACHERS, THE
DIFFERENCE BETWEEN SEXUAL ORIENTATION AND GENDER DIVERSITY; INVESTIGATE HOW
TEACHERS MOBILIZE EDUCATIONAL ACTIONS TO ADDRESS GENDER DIVERSITY WITH THEIR
STUDENTS; CLARIFY WHICH METHODOLOGICAL STRATEGIES ARE USED TO WORK WITH
GENDER DIVERSITY BY TEACHERS; TO FIND OUT WHICH PEDAGOGICAL PRACTICES WORK
FROM THE PERSPECTIVE OF EQUITY. THE METHODOLOGY ACCORDING TO MINAYO (2010)
IS THE PRACTICE THAT BUILDS THE PATH OF THOUGHT AND APPROACHES REALITY. THIS
UNDERSTANDING CONTRIBUTES TO THE DELIMITATION OF THE METHODS AND TECHNIQUES
THAT WILL DIRECT THE PURPOSE OF THIS RESEARCH. THE WORK WILL ADDRESS GENDER
AT SCHOOL, PROTECTION RIGHTS.

KEYWORDS: EDUCATION. GENDER. DIVERSITY. VIOLENCE.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 03

2 OBJETIVOS 04

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05

4 METODOLOGIA 08

5 CRONOGRAMA 09

REFERÊNCIAS 10
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1 INTRODUÇÃO

A educação transforma o ser humano, dimensão que contribui para o


desenvolvimento da sociedade. A educação se alicerça na formação que se
entrelaça à família, primeira instituição que forma o ser humano. A família se
caracteriza de forma unicelular a partir da formação de pessoas de sexos diferentes
ou similares, se caracterizando pela criação de filhos tanto legítimos, quanto
adotados. Primeiro grupo social do ser humano, a família é responsável por
influenciar seu comportamento, atitudes e ações, à medida em que se compartilha
conhecimentos.
Atualmente, modelos de família estão mais diversificados. É comum a
família monoparental formada pelo pai ou mãe e o filho; a família formada
apenas por irmãos; por primos; por tios e sobrinhos; por avós e netos, e, com a
decisão do Supremo Tribunal Federal, no dia 05 de maio de 2011, pode
reconhecer a família formada por homossexuais e, por que não, a possibilidade
de adoção por este casal. Desde que não falte amor, essas formações humanas
merecem ser chamadas de família, pois cumprem sua função no dia a dia.
É de suma importância, nos dias de hoje, que a família seja recebida e
aceita com suas novas modalidades de relacionamentos. Não se pode entender
que o conceito de família esteja em crise, mas sim que está passando por um
processo de transformação diante das grandes mudanças sociais. Cada
mudança existente na sociedade necessita de uma proteção do Estado, para
que os conflitos sejam resolvidos da melhor maneira. Para isso, é de suma
importância que a legislação acompanhe as mudanças sociais. (DINIZ, 2002)
A escola se caracteriza como a segunda instituição educativa dos indivíduos,
figurando como direito social, tendo que ofertar escolarização de qualidade para
todos os estudantes. Contudo, a educação se vê tolhida à adaptação aos ditames
de uma sociedade patriarcal, que demonstra em muitas ações, o preconceito contra
a diversidade de gênero.
A escola no Brasil se concebeu e se organizou segundo os padrões da
heteronormatividade, valorizando como padrão: “o adulto, masculino, branco,
heterossexual” (SECAD/MEC, 2011, p. 26). A esse respeito, Louro (2004a), afirma
que:
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[...] os sujeitos que, por alguma razão ou circunstância, escapam da norma


e promovem uma descontinuidade na sequência sexo/gênero/sexualidade
serão tomados como minoria e serão colocados à margem das
preocupações de um currículo ou de uma educação que se pretenda para a
maioria. Paradoxalmente, esses sujeitos marginalizados continuam
necessários, pois servem para circunscrever os contornos daqueles que
são normais e que, de fato, se constituem nos sujeitos que importam
(LOURO, 2004a, p. 27).

Baseado no exposto anteriormente, se infere que os indivíduos são


consequentemente julgadores e julgados, em que os grupos de referência adquirem
uma posição determinante na avaliação social.
Diante desse cenário de contradições, a educação deve preparar o educando
para o exercício de sua cidadania, aliado à subjetividade, auxiliando-o a conhecer,
aprender, viver e ser. No cerne dessa questão, esse trabalho tem como tema o trato
com a diversidade de gênero, alertando para a crescente violência que se institui
contra pessoas LGBTQ + dentre outros.
Nesse intento, se busca compreender a partir do enfoque teórico crítico, qual
a perspectiva da abordagem da escola para com a diversidade de gênero. De tal
modo, buscaremos proceder com esta apreciação na perspectiva da materialidade e
significado da violência contra gays, lésbicas e mulheres, levando-se em
consideração a contradição e o tensionamento da relação entre educação e
relações humanas na conjuntura atual.

As políticas educacionais sobre sexualidade têm se restringido à dimensão,


de todo modo importante, dos direitos à saúde sexual e reprodutiva. Ao se
falar em diversidade sexual é importante situar questões relativas a gênero
e sexualidade no terreno dos direitos humanos. Isso favorece o
reconhecimento da legitimidade de suas múltiplas e dinâmicas formas de
expressão de identidades e práticas, bem como a promoção de políticas
que garantam a igualdade de direitos e oportunidades a todos indivíduos e
grupos discriminados em face de sua orientação sexual, identidade de
gênero, ou expressão de gênero (SECAD/MEC, 2011, p. 27).

O interesse em desenvolver este trabalho partiu, inicialmente, da ideia em


desenvolver uma aproximação científica para estabelecer parâmetros de
conhecimento com a realidade, a fim de subsidiar intervenções futuras e
aprimoramento da formação enquanto mestre em educação.
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PROBLEMÁTICA
A identidade de gênero e a orientação sexual são definidas na estrutura
humana de modo que o ambiente social não produza efeito sobre a identidade que
a pessoa assumirá ao longo de sua vida. Nesse contexto, a educação para a
diversidade de gênero se institui enquanto um conjunto de estratégias
desenvolvidas na escola que poderão auxiliar na educação dos alunos,
proporcionando a estes conhecimentos sobre a história, culturas, estudos étnicos e
as diversas contribuições sobre os grupos de diferentes áreas, incluindo o conteúdo
das disciplinas acadêmicas a elas relacionadas.
A identidade de gênero tem a ver com o sentido de ser do sexo masculino ou
feminino. O papel social de gênero se relaciona as normas culturais que definem o
comportamento feminino e masculino. Nesse aspecto, se questiona:
Como os professores trabalham a diversidade de gênero na escola, partindo
da perspectiva da equidade?

HIPÓTESES
A hipótese que norteia esse trabalho é que escola trabalha com a perspectiva
da diversidade por meio de diálogos, projetos e encontros pedagógicos.
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2 OBJETIVOS

Objetivo Geral:
Analisar, a partir da voz dos profissionais (gestor, coordenador pedagógico e
professores) da escola municipal de Ensino Fundamental Dona Capitulina Sátiro,
como trabalham a diversidade de gênero em suas práticas educacionais.
Objetivos específicos:
Conhecer como a escola trata a diversidade de gênero do ponto de vista de
conteúdos e ações;
Identificar, na voz dos docentes, a diferença entre orientação sexual e
diversidade de gênero;
Investigar como os professores mobilizam ações educacionais para tratar a
diversidade de gênero com seus estudantes;
Esclarecer quais estratégias metodológicas são usadas para trabalhar a
diversidade de gênero pelos professores;
Averiguar quais práticas pedagógicas trabalham a perspectiva da equidade.
Esse trabalho se justifica socialmente porque o preconceito contra os LGBT
se institui como um fenômeno social que precisa ser estudado, discutido e
analisado, tendo em vista as atitudes negativas em relação à homossexualidade,
incluindo a repulsa e apreensão, que alguns chamaram de pânico homossexual.
A justifica pessoal parte da necessidade de, enquanto mulher, buscar
publicizar as questões relacionadas a diversidade de gênero, pois existe um
preconceito exacerbado contra pessoas que assumem a homossexualidade.
Já a justificativa profissional parte do princípio de que, como professora, se
faz necessário aprender como lidar em sala de aula com o fenômeno da
homossexualidade e sua aceitação por parte de todos os profissionais da escola.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao longo dos anos, o ensino relacionado à diversidade humana vem sendo
alvo de muitas discussões por parte de vários estudiosos no sentido de torná-lo
mais significativo e contextualizado à vivência dos estudantes. Essas discussões
apontam a necessidade de aproximá-lo cada vez mais da realidade dos educandos
em seus diferentes grupos culturais.

3.1 DIVERSIDADE
Bourdieu (2004), analisa que a dinâmica social acontece no interior de um
grupo, onde os agentes (indivíduos) enquanto seres histórico-culturais com atributos
particulares (habitus) estabelecem disputas pela hegemonia do campo social e
político. Neste contexto, a dinâmica social se define por meio dos confrontos entre
os que buscam conservar e/ou alterar as formas de distribuição do capital e as
relações de força/poder. Os conflitos têm no habitus o elemento determinante da
ação. As posições sociais ocupadas pelos indivíduos constituem o campo, o qual
condiciona a conduta das pessoas e grupos, definindo a estrutura na qual o habitus
irá agir (BOURDIEU, 2004). Assim, o homem precisa aprender que o que se faz
com a natureza repercute, em todos os aspectos, sobre a vida na terra.
A educação básica se constitui enquanto prioridade pelos organismos
internacionais. Estes consideram existir uma relação direta entre o desenvolvimento
econômico e a educação, objetivando contribuir para a ampliação dos índices
educacionais e melhorar os indicadores sociais.
O processo de democratização do sistema educacional brasileiro vem
oportunizando maior acesso à escola de educação básica, o que não repercute
sobre a garantia de que este estudante continue a estudar, pois muitos desistem
antes da conclusão do ano letivo.
Assim, existe uma descontinuidade no processo educacional que se
materializa por meio da desistência escolar, fenômeno ocasionado por fatores
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diversos e interdependentes que podem se apresentar por meio de categorias


institucionais, socioeconômicos e pessoais. No contexto da desistência enquanto
fracasso escolar, Charlot (2002) analisa que existem alunos em situação de
fracasso escolar que por vários motivos desistem da escola.

3.2 DIVERSIDADE DE GÊNERO


Muitas pesquisas enfocam o impacto da discriminação de gênero e por
orientação sexual na educação. Tais pesquisas possuem qualidade, sendo
respeitadas internacionalmente, fornecendo diagnósticos que apontam a escola
como espaço de reprodução de modelos autoritários, preconceituosos e
discriminatórios em relação a mulheres e homossexuais (SECAD/MEC, 2011).
Baseado no exposto anteriormente, se infere que os indivíduos são
consequentemente julgadores e julgados, em que os grupos de referência adquirem
uma posição determinante na avaliação social. Tais grupos de referência assumem
a função de julgadores, os quais legitimam a forma de ser e estar na sociedade,
onde os seus veredictos constituem a nossa própria autoavaliação (LOURO,
2004a).
Afirma-se que é por meio da interação simbólica que a identidade social de
uma pessoa resulta de suas posições sociais. As divisões de categorias por
sexualidade são uma criação arbitrária, representando uma realidade social
específica, a qual estabelece direitos e deveres diferentes em cada grupo
(BOURDIEU, 2004). Tais categorias servem para manter ou modificar a posição dos
indivíduos em relação à sociedade.
Outras pesquisas identificaram que existe a heterossexualização
compulsória, segundo Buttler (2003), acompanhada da rejeição da
homossexualidade, enunciações e comportamentos homofóbicos (LOURO, 2004a).
Se alerta que a homofobia no ambiente escolar produz efeitos negativos sobre o
processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Porém, fora da escola também
são reproduzidos comportamentos que alimentam a homofobia e o sexismo,
especialmente entre os jovens estudantes do sexo masculino.
No Brasil, a homofobia encontra respaldo no discurso religioso e por meio de
representações moralistas e desumanizantes em relação às pessoas Lésbicas,
gays, bissexuais e travestis (LGBT) (LOURO, 2004a). A população LGBT sofre com
violência física, preconceito e discriminação, tendo seus direitos de cidadania
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desrespeitados (HUMAN WATCH, 2001). Bagley e Ramsey (1997), analisam que


em diversos países europeus e na América do Norte existe o risco de suicídio entre
adolescentes homossexuais.

3.3 GÊNERO NA ESCOLA


Se alerta que a escola brasileira pode ser um lugar de opressão,
discriminação e preconceitos. Torna-se preocupante o quadro de violência a que
são submetidos jovens e adultos LGBT (estudantes e professores). Tal fato foi
corroborado por pesquisa realizada durante a VIII Parada Livre de Porto Alegre
(2004) e como resultado foi comprovado que a escola se constitui como espaço de
discriminação contra LGTB (SECAD/MEC, 2011).
De acordo com os resultados da referida pesquisa, a violência homofóbica na
escola acontece por meio de diversas manifestações, havendo a necessidade de
que sejam mobilizadas ações adequadas para tratar sobre esse assunto. No mesmo
olhar, pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura, UNESCO (2004), em todas as unidades da federação brasileira,
comprovou que “para 59,7% do total de 5000 professores é inadmissível que uma
pessoa tenha relações homossexuais e 21,2% deles tampouco gostariam de ter
vizinhos homossexuais” (UNESCO apud SECAD/MEC, 2011, p.27). Os resultados
dessa pesquisa anunciam o estigma que existe contra jovens e adultos LGBT.
Se alerta que a homofobia repercute sobre as trajetórias educacionais e
incide sobre a formação pessoal e profissional de quem sofre essa ação,
interferindo sobre a inserção social dos jovens LGBT. Outrossim, a homofobia priva
os jovens de direitos básicos, tais como:

produz insegurança, estigmatização, segregação e isolamento;


enseja invisibilidade e visibilidade distorcida;
conduz à maior vulnerabilidade (em relação a chantagens, assédios,
abusos, Aids, Hepatite B e C, HPV, outras DST etc);
incide no padrão das relações sociais entre estudantes e destes com
os/as profissionais da educação;
afeta as expectativas quanto ao sucesso e ao rendimento escolar;
tumultua o processo de configuração identitária e a construção da
autoestima.
dificulta a permanência na escola;
prejudica o processo de inserção no mercado de trabalho;
influencia a sua vida socioafetiva, entre outros (JUNQUEIRA apud
SECAD/MEC, 2011, p. 28).
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Conforme Goldfаrb (1998), quem sofre com estigmas têm sentimentos dе


frаgilidаdе, dе tеmor е às vеzеs dеsеsреro, rеlаtаndo situação dе angústia е dе
dеsаmраro. O Еu раrеcе vivеr umа constаntе аmеаçа à suа intеgridаdе е еstа
аmеаçа рodе sеr а rеsрonsávеl реlos constаntеs temores.

4 METODOLOGIA
Na busca do conhecimento científico através de uma pesquisa, necessário se
faz que o pesquisador escolha um caminho a seguir, ou seja, que toda a trajetória
percorrida durante este processo de conhecimento esteja correta e
especificadamente escolhida e descrita de forma a delinear o objetivo a ser
alcançado bem como as técnicas utilizadas para tal. Neste sentido, se descreve o
método como sendo o alicerce de uma pesquisa, assim sendo o método é o
conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, maior segurança e economia
permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o
caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
Segundo Gil (2002), na metodologia da pesquisa são descritos os
procedimentos a serem seguidos para a sua realização e sua organização varia de
acordo com as peculiaridades de cada uma, ou seja, o tipo de pesquisa, o universo
a ser pesquisado bem como a amostra deste universo, a coleta de dados, a análise
destes dados, etc.
Em relação aos procedimentos técnicos, a pesquisa é do tipo bibliográfica e
de campo, considerando o que Fonseca (2002) argumenta sobre a pesquisa, ou
seja, é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e
publicadas por meios de escritos e de meios eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites.
Os sujeitos participantes dessa pesquisa são profissionais com graduação
que atuam lecionando em escolas de Patos – PB. O universo será composto de 01
(uma) escola de educação básica que tenha o ensino médio. Para este estudo será
feita entrevista semiestruturada como técnica de investigação por propiciar maior
confiabilidade. Serão elaboradas questões subjetivas e de múltipla escolha.
Para Triviños (1987, p.152) a entrevista semiestruturada “[...] favorece não só
a descrição dos fenômenos sociais, mas também sua explicação e a compreensão
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de sua totalidade [...]”. Por meio da entrevista semiestruturada se pretende


determinar as razões imediatas ou mediatas do fenômeno social investigado. Assim,
se embasará na concepção dos sujeitos da pesquisa, estabelecendo o diálogo com
os autores que fundamentarão o trabalho.
Por fim, para análise dos depoimentos coletados se fará uso da técnica de
análise de conteúdo que segundo Bardin (2009), permite analisar as comunicações
através da utilização de procedimentos sistemáticos, os quais descrevem o
conteúdo das mensagens.
Depois de transcritos os depoimentos dos sujeitos da pesquisa, estes serão
divididos por conteúdos de mensagens, por meio de um sistema de categorias. Tais
categorias são códigos que retratarão cada unidade dos depoimentos, separando-
se conforme o que será relatado em comum ou de forma diferenciada. Para a
determinação das categorias, estas serão definidas a partir da frequência em que
uma palavra-chave, considerada a mais abrangente, será repetida e depois
desdobrada em subcategorias.
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5. CRONOGRAMA
ATIVIDADE
SEMESTRE 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

Revisão da
literatura X X X X X X X

Coleta dos
dados X X

Análise dos X X
dados

Defesa da X
Dissertação
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REFERÊNCIAS

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