Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em seu Art. 206, a Carta dispõe que o ensino será ministrado, dentre outros, com
base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,
da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar e do pluralismo de ideias e
de concepções pedagógicas.
1
Transcrito do blog de “É pra falar de gênero sim!”, de Alexandre Bortolini,
http://eprafalardegenerosim.blogspot.com.br/ consultado em 17/09/2015.
2
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVADO BRASIL DE 1988
3
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE1996 - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
2
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
4
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990- Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências.
5
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE2014 - Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras
providências.
3
A despeito deste arcabouço legal, pesquisas educacionais evidenciam ambientes
escolares marcados pela desigualdade, discriminação e violência no que diz respeito a
gênero e orientação sexual. Uma realidade que contradiz os princípios fundantes do
ensino e que ameaça o direito à educação de grande número de pessoas. Como promover
o princípio da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola previsto na
Lei de Diretrizes e Bases sem enfrentar diretamente as representações e práticas que
estigmatizam, excluem e discriminam mulheres, homossexuais e pessoas trans? A
Constituição Federal fala na superação de quaisquer formas de discriminação, portanto,
estão incluídas aí a homofobia, a lesbofobia, a transfobia e a misoginia, formas de
discriminação já descritas e fundamentadas em diferentes estudos e pesquisas.
Os principais marcos legais que regem a educação brasileira são enfáticos quanto
à necessidade da superação de desigualdades, discriminações e violências não só na
escola, mas a partir da escola, o que traz implicações diretas ao currículo. Ignorar estes
temas, ou pior, propositalmente restringir sua abordagem na escola constitui não apenas
negligência, mas franco desrespeito aos princípios que regem a educação brasileira,
fundamentados na Constituição e em leis específicas.
4
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil6 afirmam,
dentre seus princípios, a necessidade de “construir novas formas de sociabilidade e de
subjetividade comprometidas com a democracia e com o rompimento de diferentes
formas de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional,
linguística e religiosa.” Isto significa que, desde a educação infantil, é não só possível,
como recomendável, trabalhar temas ligados a gênero e sexualidade, didaticamente
adaptados a esta faixa etária específica.
6
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE2009 - Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil.
7
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRODE2010 - Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de9 (nove) anos.
5
crescentemente capazes de ver as coisas a partir do
ponto de vista dos outros, superando, dessa maneira,
o egocentrismo próprio da infância. Essa capacidade
de descentração é importante na construção da
autonomia e na aquisição de valores morais e
éticos."
8
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 30 DE JANEIRO2012 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio.
6
– valorização e promoção dos direitos humanos
mediante temas relativos a gênero, identidade de
gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual,
pessoas com deficiência, entre outros, bem como
práticas que contribuam para a igualdade e para o
enfrentamento de todas as formas de preconceito,
discriminação e violência sob todas as formas.”
9
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 20 DE SETEMBRO DE2012 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação ProfissionalTécnica de Nível Médio.
10
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 3 DE ABRIL DE 2002 - Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica
nas escolas do campo.
11
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2012 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
7
educativas que visem à superação de todas as
formas de violência racial e de gênero."
12
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 15 DE JUNHO DE 2012 - Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Ambiental.
13
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012 - Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em
Direitos Humanos.
8
sexualidade, sob pena de estarem desrespeitando o direito constitucional à personalidade
de cada criança, adolescente e adulto.
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
9
administração direta do MEC e não tem efeito imediato em autarquias, universidades ou
institutos e escolas federais. No entanto, ela já mostra que, desde 2011, o Ministério apoia
e incentiva o reconhecimento da identidade de gênero nas instituições de ensino.
Baixe aqui
10