Você está na página 1de 16

PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Principios e Objetivos

Os atuais princípios e fins da educação brasileira estão definidos no título II - Dos Princípios e Fins da
Educação Nacional, nos artigos 2º e 3º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) -
Lei nº. 9.394/96.

O artigo 2º afirma que “a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liber-
dade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do edu-
cando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Já, o artigo 3º reafirma o disposto no artigo 206 da CF, estabelecendo que:

O ensino será ministrado nos seguintes princípios:


I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de en-
sino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

A atual LDB não se preocupa apenas em garantir o acesso ao aluno na escola, mas também sua per-
manência. É possível entender este dispositivo se nos reportarmos às altas taxas de evasão e repe-
tência indicadas pelas pesquisas realizadas na década de 1990.
Traz também a proposta da gestão democrática, o que possibilitou a formação de colegiados escola-
res, eleição para escolha do diretor, etc.

Ampliou o conceito de educação para além do espaço escolar quando a vincula com o mundo do tra-
balho, a qualificação profissional e as práticas sociais, com vistas ao exercício da sua cidadania, ideia
reforçada no artigo 1º da LDB.

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência


humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações
da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Uma vez promulgada a lei é preciso refletir nas reais condições para sua aplicação, pois há um es-
paço muito grande entre o discurso proclamado e a prática vivida. Sabemos das condições das esco-
las brasileiras, das condições de trabalho do professor, do atendimento e suporte oferecido pelo po-
der público, nos mais diversos rincões deste Brasil tão desigual.

Talvez devamos nos perguntar como se dá o ensino para o pleno desenvolvimento do aluno, prepara-
ção para o trabalho e cidadania nas escolas do interior do nordeste ou das regiões ribeirinhas da re-
gião norte, onde os alunos andam de barco e a pé por quilômetros para chegar à escola, que por sua
vez, não tem merenda, com um só professor, trabalhando no sistema multisseriado, fazendo todas as
funções, de docente a merendeira, com salário irrisório, mas garantindo a única oportunidade de es-
colarização para aquela clientela. Existe um enorme abismo entre as intenções e as realizações.

Isso nos deixa mais preocupados ainda se pensarmos no artigo 6º da CF, que estabelece “São direi-
tos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

Para pensarmos mais um pouco, me pergunto onde são aplicados os suados impostos, que os brasi-
leiros pagam, em tudo que consome, ou melhor ainda, como são aplicados, para onde vão, somem
nos túneis da corrupção e nós assistimos sem o menor sinal de conscientização e força para mobili-
zação no sentido de fazer valer a lei magna deste País.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

No atual estagio do desenvolvimento da educação brasileira muito foi acrescentado nos quesitos le-
gislação, fundamentação e procedimento da educação básica posto que o controle educacional seja
feito pelas instituições publicas instituídas.

E como é o proceder no que diz respeito à legislação e organização da educação básica?

Como se desenvolve a educação na prática em relação à lei e as diretrizes vigentes?

É com intuito de desvelar e, é buscando acrescentar um ponto a discussão sobre a educação básica,
no que concerne a lei e ao proceder pela lei que o tema da fundamentação legal deu azo a o trabalho
ora apresentado. Levando em consideração questionamentos pertinentes a educação e conside-
rando a evolução do sentido da própria educação, escolheu-se como tema para o trabalho: Princí-
pios, fundamentos legais e procedimentos da educação básica.

No desenvolvimento da educação muitos são os elementos, atores e situações envolvidas. Desde a


elaboração de uma proposta nacional, passando pelos pensadores de educação e finalizando no fa-
zer do profissional na sala de aula, onde se materializa toda a teoria.

Com o passar dos períodos ditos sócio históricos, muito se tem produzido em educação, um amal-
gama de teorias e ideias permeia este ramo do conhecimento. Assim compreender e conhecer estas
teorias são fundamentais. Tanto para o cidadão enquanto membro de um determinado grupo, ainda
mais para profissionais ou futuros profissionais.

O objetivo geral é analisar a teórica aplicação e funcionalidades nas instituições. E tendo como objeti-
vos específicos, comprovar se as ações propostas nos documentos legais se fazem cumprir, verifi-
cando o grau de conhecimento por parte dos professores e demais agente educacionais relativo à do-
cumentação estudada, através de uma pesquisa de campo. No percurso do desenvolvimento da edu-
cação brasileira, houve e ainda há percalços e barreiras para que efetive de forma aceitável uma edu-
cação que contribua de maneira justa na construção de um novo modelo social, onde todos são
iguais.

E isto só se conseguirá quando todos os benefícios que estiverem assentados no papel fizerem parte
do cotidiano escolar.

A lei e a Educação, no Brasil devem caminhar juntas objetivando sempre uma melhoria, tanto da qua-
lidade do ensino, como dos benefícios e ganho real dos educadores.

Não há que se construir algo sólido e duradouro apenas com leis instituídas, mas sim com trabalho e
estudo.

A Historia Da Humanidade Relacionada A Historia Da Educação

A historia da humanidade está interligada a historia da educação. Ao falarmos da historia da educa-


ção escolar, entende-se que a escola surgiu a partir de uma necessidade social. No surgimento da
escola a partir dessa necessidade social, alguns conteúdos, alguns currículos em algumas áreas dos
conhecimentos foram sendo pensados para serem trabalhadas dentro desse universo escolar. Dessa
maneira podemos afirmar que a historia da educação não esta desvinculada da historia do mundo, ou
seja, da historia desses seres humanos que construíram varias tecnologias, vários abtates e também
vários valores. Esse estudo é imprescindível para que possamos conhecer todo o processo em que
se desenvolveu a educação e a própria sociedade.

Para o futuro educador é necessário que se tenha embasamento, ferramentas a que recorrer para in-
crementarmos a prática pedagógica em sala de aula.

A história da educação subsidia, mostrando o que foi feito, o que está sendo produzido, e possibilita
pensar no que se fará no campo educacional a partir do momento presente.

Nesse contexto é importantíssimo identificar quais os princípios que fluência o pensar sobre o pro-
cesso educacional. O ser humano sempre ira construir algo para suprir suas necessidades, no decor-
rer da historia da humanidade a qual sempre foi construída através de uma determinada pessoa (mu-
lher ou homem) em relação ao seu cotidiano.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 2
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Educação Primitiva

No período primitivo não havia escolas formais e tão poucos métodos de educação. Nessa época o
conhecimento era passado de geração para geração, mais não através da escrita e sim através da
oralidade e também pela imitação.

Professores no período primitivo eram os chefes de família e em seguidas os sacerdotes, ou seja,


eram professores leigos, ao qual não existia formação alguma para o cargo.

Para o filósofo Aristóteles, ele sustenta que para o ser humano saber alguma coisa, ele teria que imi-
tar, por essa razão sua característica é a imitação.

[...] "A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces". (Aristóteles).

No período primitivo a educação dos jovens, torna-se a ferramenta principal para a sobrevivência do
grupo e alicerce para pôr em ação a comunicação e prolongamento da cultura. Através da imitação,
aprende-se ou ensina o manejo com as armas, caças, colheita, a fala, cerimônia aos mortos, às técni-
cas de mudança e conhecimento do meio ambiente.

Educação Oriental

A educação oriental foi trabalhada pela transição entre a sociedade primitiva, ou seja, iniciou-se a ci-
vilização.

Nesse período surgiu à escrita com o domínio da linguagem na literatura, surgiram também cidades,
estado e organização politica.

Na região comumente chamada de Oriente, a educação se iniciava em casa com os entes mais ve-
lhos. O conhecimento, as ideias e principalmente os conceitos que eram a base destas sociedades
eram transmitidos oralmente. Na Índia, na China, ao se fazer uma comparação com pensamento oci-
dental chega-se a conclusão que a educação oriental permite mais variedade e tolerância quando se
trata de conclusões filosóficas.

Dessa forma, os pensadores indianos não aceitam a conclusão das ciências como verdade absoluta,
pois nestas nações o misticismo e a ciências se alternavam e isto era plangente na educação. As cri-
anças eram ensinadas não só apenas tópicos práticos, conhecimentos úteis para realizar determi-
nada tarefa ou determinada função (oleiro, carpinteiro, cervejeiro...), mas também, e mais importante
à filosofia e a concepção de mundo, vida, espírito e alma concebidos pelos mestres e pensadores,
como Buda e Krishina.

Na concepção educacional destes povos, havia um alto grau de severidade. Um aluno tinha que obe-
decer e seguir a seu mestre em todos os sentidos. Não eram incomuns os castigos físicos a que se
submetiam os alunos, nesta concepção educacional. Um número variado de escolas se desenvolveu
nesta época, havia escolas particulares fundadas por gurus. Neste contexto também se desenvolveu
um modelo de ensino superior, que atraía aqueles que buscavam a elevação espiritual.

Educação Grega

Na Grécia Clássica, a educação era permitida somente aos indivíduos das classes ditas superiores.
Do nascimento aos cincos anos a criança era criada de maneira que pudesse desenvolver um cresci-
mento sadio, tanto físico, como espiritual. Dava-se atenção especial ao desenvolvimento do corpo,
para que a criança estivesse pronta para tolerar os embates e as adversidades de ordem física.

[..] “O período seguinte dura até a idade de cinco anos; durante esse período não se deve fazer qual-
quer exigência de estudo ou trabalho a criança, para que seu crescimento não seja impedido; e deve
haver movimentação para impedir que os membros se tornem inativa. Isso só pode ser garantido, en-
tre outras formas, através da diversão, mas não deve ser vulgar, cansativa ou descomedida. Os Dire-
tores de Educação, como são chamados, devem ter cuidado aos contos ou histórias que as crianças
ouvem, pois as brincadeiras das crianças destinam a preparar o caminho para as ocupações posteri-
ores da vida e devem ser, em sua maioria, imitações das ocupações que as crianças terão mais
tarde, seriamente. Estão errados aqueles que (como Platão), nas Leis, tentem impedir o choro e gri-
tos altos das crianças, pois eles contribuem para seu crescimento e, e de certa forma, exercitam-lhes

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 3
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

os corpos. Forçar a voz tem efeito semelhante ao produzido pela retenção do fôlego em esforços vio-
lentos. Entre outros deveres, o Diretor deve dar atenção à criação das crianças e cuidar para que elas
sejam deixadas o mínimo possível com escravos. Pois até os sete anos de idade as crianças têm de
viver em casa; e, por isso, mesmo nessa tenra idade, tudo o que mesquinho e vil deve ser banido de
suas vistas e de seus ouvidos.” (Mayer1976).

A educação grega tinha como objetivo principal guiar os educandos, os jovens de modo que lês pu-
dessem assumir o controle da sociedade vigente. Ela não se ocupava apenas de um conceito particu-
lar do homem, mas do desenvolvimento de todas as suas capacidades- físicas morais e intelectuais.
Em seus ideais, a educação grega dava ênfase à moderação e a uma concepção equilibrada do ho-
mem e de seus poderes intelectuais. Valoriza a arte como corporificação concreta de alguma ver-
dade, proporciona para o sujeito homem ou mulher a refletir sobre suas atitudes e sua também cons-
tituição de ser humano no contexto onde se está inserido.

Na Grécia não havia uma teologia infalível. Não havia um padrão de moral e de religião. Os gregos
acreditavam na livre indagação, dessa forma, lançaram as sementes de nosso próprio desenvolvi-
mento intelectual. Na educação grega eles defendiam o individual do ser humano como principio, e
preparava a educação para a cidadania. Mais só era considerados cidadãos (homens livres) quem
fosse grego de verdade (apenas 10%) no mais não era considerado cidadão (com 90%), com isso
sem direto de se posicionar.

Aqui surgiram grandes filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles. Sócrates e Platão defendiam o
saber o pensar. Ou seja, a partir do entendimento que tenho em me relacionar com outra pessoa eu
aprendo, eu questiono, eu vivencio, nunca sabemos tudo, porque o conhecimento é algo que precisa
aprimorar reconstruir ao longo do tempo histórico. Já Aristóteles traz a razão como elemento funda-
mental para organização da sociedade.

Educação Romana

No que tange a educação romana, sua melhor representatividade temos na era de Quitiliano. Na
época deste imperador a educação era dividida em três campos. Em primeiro lugar vinha a Dialética
(as leis do raciocínio), em segundo, a Ética (as leis da justiça) e em terceiro a Física. Na época de
Quitiliano já havia uma pequena mudança na concepção de educação:

[...] “Quanto ao menino que já adquiriu a facilidade na leitura e na escrita, o objetivo seguinte é a ins-
trução ministrada pelos gramáticos”...

Pois se trata não apenas da arte de escrever combinada com a de falar, mas também a leitura correta
precede a ilustração e a essas estão ligado o exercícios do julgamento...

“Também não basta haver lido apenas os poetas; todas as classes de escritores têm de ser estuda-
das, não apenas pelo assunto, mas pelas palavras que, frequentemente, recebem sua autoridade de
escritores.”

O estudo da educação é imprescindível para que possamos conhecer todo o processo em que se de-
senvolveu no atual estágio a educação e a própria sociedade brasileira. (Mayer1976)

Aqui também a que se ressaltar que ao contrário dos gregos os romanos eram condicionados mais
para assumir sua posição da máquina do estado, deixando em segundo plano o trabalho com a pre-
paração do corpo, como faziam, por exemplo, os espartanos.

A grande preocupação dos romanos era a formação de guerreiros, forma para a prática. A intenção
dos romanos era a conquista e para isso acontecer eles teriam que se preparar e essa preparação
começava muito sedo, a criança (menino) ao completar os sete aos nove anos já começavam a ser
preparado para ser guerreiro, afastando-o da mãe. Para eles eram através das lutas que eles con-
quistariam mais e mais coisas.

Portando o período romano começa a trabalhar a questão de politica e de poder de estado. Surgindo
então o curso de direito, justamente para se pensar o direito e o dever do cidadão.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Educação Medieval

No caminho da evolução da educação chegasse a Idade Média, neste período a educação ficou ex-
clusivamente nas mãos da igreja católica. Esta geria as escolas, organiza o que pode se chamar de
currículo e ministrava tanto os conhecimentos científicos, mas principalmente os conceitos morais re-
tirados e interpretados da doutrina cristã.

Um grande acontecimento nessa época foi à criação da companhia de Jesus, com isso começou-se a
se preocupar a criar um currículo voltado a trazer informações a um determinado grupo de pessoas e
também outro na formação de intelectuais. Sendo os monges (os intelectuais) os que teriam o acesso
a esse conhecimento.

A educação era uma serva da igreja, sua meta principal era inspirar os alunos, de maneira que estes
aprendessem a levar uma vida moral e obedecessem ao que pregavam os líderes religiosos. Era uma
educação autoritária, tudo em nome de Deus.

O aprendiz ideal, o modelo de estudante ideal era o que se dedicava a uma vida de sacrifício e auto-
negação. Esse período medieval traz consigo a educação espiritual, seu objetivo seria também com o
poder, em outras palavras era catequizar mais também dominar.

Nesse período a educação tradicional fica no poder, por não aceitar outras culturas, outros conheci-
mentos, ela mesma é quem produz e de maneira alguma aceita a reconstrução de uma determinada
historia.

Educação no Renascimento

Neste período da história humana, o novo método da ciência buscava confirmação nos fatos da natu-
reza, não havia mais ilusão ou alegoria, e sim a experiência. Enfatizavam-se os aspectos particulares
em lugar das generalidades. Encontra-se aqui o começo do método hipotético da ciência moderna.

A ciência começou a avançar de forma nunca antes vista (desde a Grécia e Oriente), pois a fé come-
çou a ser deixada de lado, sendo que esta já não respondia ás questões nascentes e pertinentes.

Nesta época se popularizou os novos ideais de educação. Ao aprendiz devia ser ensinada a virtude
moral, bem como Humanidades e as Ciências. As capacidades inatas tinham de ser estimulada,
neste aspecto, a natureza devia ser o guia. A direção do aluno tinha de ser consciente e o seu conhe-
cimento tinha de ser posto em prática. A educação no renascimento foi o período de repensar tudo
que não foi pensado, ficando conhecido como século das luzes por propor uma nova educação.

A educação no renascimento não foi diferente das de mais, em relação a quem pertencia o direito de
adquirir conhecimento. No período primitivo ela é fragmentada, ela é pautada no momento de exclu-
são, na Grécia acesso era somente aos gregos, em Roma só se pensava em formação de guerreiros,
no período medieval o acesso aos conhecimentos intelectuais era exclusividade dos monges. A edu-
cação nesse período do renascimento era para a nobreza e também para pessoas com ligação a
igreja.

Educação Burguesa

O conteúdo deste tipo de situação educacional era baseado principalmente nas línguas e literaturas
clássicas dos gregos e romanos, veio a ser designada educação burguesa. O termo humanidades
veio a significar as línguas e literatura dos antigos. Como consequência, a finalidade da educação
passou a ser considerada em termos de língua e literatura e não da vida.

Outro aspecto muito importante da Educação Burguesa foi inclusão no ideal de educação, dos ele-
mentos comuns ao período clássico, excluídos da educação medieval, com exceção da cavalaria. O
primeiro destes elementos é o físico, e a par dele a formação do caráter. Por este lado a educação
burguesa representou a fusão da educação da cavalaria e da educação literária, e teve um resultado
muito superior ao das épocas anteriores e posteriores.

Outro elemento que foi trazido de volta à educação foi o elemento estético. Este elemento tornou-se,
na nova educação, uma grande inspiração. Esta acentuação de importância da expressão referia-se
não só à perfeição da língua como também a perfeição do caráter de conduta. Consolidou-se nesse

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 5
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

período capitalismo industrial finalizando o absolutismo. O absolutismo, o qual foi criado pelo pensa-
dor Jean Jacques Rousseau, que propunha a liberdade e a autonomia como o principio de vida,
sendo a educação vista como alegria e prazer.

A educação burguesa provoca uma separação entre estado e igreja. Com isso possibilitando um de-
senvolvimento dos sistemas públicos de educação.

A Educação no Brasil

Após o descobrimento da terra nua, a qual se deu o nome de Terra de Vera Cruz, Terra de Santa
Cruz e finalmente Brasil, começou-se a pensar em como se efetivar a posse dos europeus sobre a
terra e os povos aqui existentes. Com sutileza, os representantes da companhia de Jesus, planeja-
ram incutir e difundir a filosofia cristã entre os chamados gentios (nativos).

Esses (índios) tinham a natureza como lar e como escola. Na mata, no campo, nos vales e na corren-
teza dos rios, os mais novos eram instruídos pelos mais velhos. Ciências naturais, cosmologia, histó-
ria e principalmente a língua, eram transmitidos o tempo todo. Educar entre os índios era uma cons-
tante.

Os portugueses, que cruzaram o oceano em busca de novos mercados, trouxeram com eles os Jesu-
ítas. Esses religiosos eram os acólitos fiéis da igreja católica. Não respondiam se não a Roma. Ao se
fixarem nas novas terras, provavelmente compreenderam que a tarefa não era de todo fácil. Haviam
de converter e “educar” um povo que vivia nu e falava uma língua totalmente desconhecida. O pri-
meiro ato dos representantes da companhia de Jesus foi fundarem uma escola elementar. Neste es-
tabelecimento eram educados juntamente os índios e os filhos dos colonos que aqui nasceram. A es-
tes aprendizes, eram transmitidas as noções básicas da língua portuguesa, história da civilização eu-
ropeia, história cristã e a própria catequização. Havia também o intuito de aumentar o contingente sa-
cerdotal da igreja romana. Há que salientar que neste período os educadores eram exclusivamente
homens.

As mulheres eram destinadas ao serviço doméstico. E estas só podiam ser instruídas nos conventos.
Caminhado um pouco mais no tempo à época da Marques do Pombal, figura de grande destaque no
que diz respeito à politica educacional em nosso país.

Com o Marques o ensino passa a ser responsabilidade da coroa Portuguesa sua ideia de educação
consistia, não apenas catequizar, mas forma os grupos de indivíduos que não deixasse o poder fugi-
rem das mãos da elite.

Com a vinda e permanência da família imperial no Brasil, inicia o conhecimento período imperial, a
educação, assim com outros setores da sociedade se viu sob um novo conceito, uma nova maneira
de conceber o processo educacional.

Nesta fase destaca-se o art. 179 da primeira constituição brasileira, que pregava a “instrução primária
e gratuita para todos os cidadãos.”.

Outro ato do governo de D. Pedro I foi o decreto que instituía quatro graus de instrução: Pedagogias
(escolas primárias), Liceus, Ginásios e academias.

Mas, no que diz respeito à prática educacional, ela se diferia pouco da época Jesuítica e Pombalina.
Assim a educação continuava a ser um bem para poucos. Mudanças lentas e quase imperceptíveis
começam a acontecer com a chegada da República (1889 em diante).

Aqui se destaca a Reforma Benjamim Constant, que tinha como princípios, a liberdade à laicidade do
ensino e a gratuidade da escola primária. No inicio da década de 30, do século xx, uma revolução só-
cio-política colocara o Brasil em cheque e em choque. Era o momento de os pais penetrarem de vez
no modo capitalista de se produzir e de se viver. Nesta fase destaca-se o ministro Francisco Campos,
homem que foi o primeiro a assumir o nascente ministério da educação e tomando posse iniciou-se
uma reforma em que até hoje se faz sentir na maneira de ver a educação brasileira. Dois anos após
sua posse um grupo de educadores ladeado por Fernando de Azevedo lançou o conhecido manifesto
dos Pioneiros da Educação Nova.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Neste documento propunham-se soluções para os problemas que atravancaram o fazer educacional
brasileiro. Com termino da segunda guerra, inicia-se um processo político-social denominado popu-
lismo, com ele a esperança no progresso e no desenvolvimento se faz presente em todas as cama-
das e em todos os setores. Na educação, havia uma forte tendência à industrialização.

A educação entra neste contexto como formadora de mão-de-obra para a indústria nascente. Em
1961 foi criada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 4024/61. Está foi
a primeira a arregimentar todos os níveis de ensino.

Nesta época educadores como Paulo Freire pensavam e colaboravam métodos bastante discutidos
de educação. Com um golpe politico-militar em 1964 é instituído no Brasil, o famigerado regime mili-
tar. O governo controlava a todos e a tudo.

Nesta fase da nossa história foi instituída a Lei 5692/71 (LDBEN) que tinha como característica princi-
pal a educação profissionalizante. Esta lei era fundamentada em uma concepção tecnicista, ou seja,
era necessária forma, técnicos, para as diversas áreas da economia. Com o fim de o governo militar
os fatos políticos e sociais se sucedem de maneira abrupta. Das lutas pelas eleições diretas a pro-
mulgação da nova constituição foi um salto. “Há um novo impulso, uma nova esperança surge, no
povo e nas instituições”. Na educação o estado passa a ter mais responsabilidade, um poder (seja
executivo, legislativo ou judiciário) tem o poder de averiguar se o que se é destinado à educação está
sendo empregado de forma correta.

No momento a educação está se reformulando. A sociedade nos seus mais diferentes âmbitos veri-
fica, examina-se o processo educativo (desde a liberação de verbas até a prática pedagógica) está
sendo feita de forma aceitável.

Com o “mover” LDB (leis de diretrizes e bases), o processo educacional é parte de algo maior e me-
nos propenso a ideologias ocas e fragmentadas. Cada Estado, cada município e principalmente cada
escola trabalha visando atingir o meio sociocultural de que faz parte. Relevantes, também, são as
propostas de educação especial, a chamada “Educação inclusiva” e a tão nova, mas já aceita e incor-
porada Educação à distância (EAD). Neste inicio do século cabe fazer uma reflexão. Como foi o pro-
cesso educacional brasileiro desde a descoberta aos nossos dias. O que ficou de útil? O que foi des-
cartado neste período de 509 da sociedade brasileira?

O que se pode afirmar é que a educação apresenta hoje múltiplas facetas, e múltiplas maneiras de
ser feita. Educar hoje é preparar o individuo para que tenha ferramentas (intelectuais, morais e espiri-
tuais) para se colocar no mundo, e neste construir a sua história e participar da construção, sócio –
histórico - política de seu grupo. Ensinar a ler é o primordial assim como aprender a aprender, apren-
der a ser e aprender a conviver.

O Suporte Legal Da Educação Brasileira

A partir do momento que o homem condicionou-se a viver em sociedade ele percebeu que era neces-
sário que se estabelecesse regras, conceito a serem seguidos, ideais a serem levados para todos os
cantos do mundo social existente. Mas o que usar para que estes conceitos e ideais fossem propala-
dos e dispersos ao maior número possível de indivíduos e grupos sociais?

Que ferramenta escolher para que efetivamente o sucesso desta empreitada fosse ao menos em
parte alcançado?

A resposta é; a educação. Com a educação a propagação de ideias que contribuíssem para a forma-
ção ética e política do sujeito educando. No decorrer do desenvolvimento sociohistórico do homem;
como ser convivente com o outro; percebeu-se que a educação era forte fio condutor de filosofias e
ideologias.

Institucionalização da educação, o nascer da escola como a conhecemos, veio ao encontro dos con-
ceitos ético-políticos dos dirigentes que conduziam a sociedade em que estão inseridos.

A educação condiciona e tem como meta efetivar o que se produziu antes daquele momento em que
está sendo trabalhada. Os ideais éticos de determinada época e circunstância são colocados pela es-
cola, (seus condutores, idealizadores e regentes), com predefinições, com algo pronto. O “ethos” es-
colar está imiscuído com a “ethos” social vigente.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 7
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Para que a sociedade não se desmorone, e que seus alicerces não se desestabilizem o homem cons-
tituiu a escola para que está afirmasse e reafirmasse o pensamento vigente.

Os documentos principais ora em exame para este trabalho são a lei de Diretrizes da Educação Bá-
sica e os Parâmetros Curriculares Nacionais. O que se segue é um exame resistivo dos mesmos.

A educação básica se compõe da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O que a lei
de diretrizes da educação prega no seu corpo, significa que o cidadão tem o direito de concluir seu
processo educacional básico e consequentemente prosseguir para estudos em nível superior.

[..] “A história possibilidade significa nossa recusa em aceitar os dogmas, bem como, nossa recusa
em aceitar a domesticação do tempo. Os homens e as mulheres fazem a história que é possivel, não
a historia que gostariam de fazer ou a história que, as vezes dizem que deveria ser feita.” (Paulo
Freire).

A Constituição Federativa Do Brasil

A constituição Federativa do Brasil passou a vigorar em 05 outubro 1988. E o que venha a ser essa
constituição?

“Constituição é a suprema Lei de um país. Fixa-lhe normas de governo, discrimina os direitos e os de-
veres, distribui as competências, limita a ação da autoridade e assegura ao povo o ambiente de or-
dem, indispensável ao processo e à paz na sociedade.” Também conhecida como “carta Magna”, “Lei
maior”.

Não dá para falar em formação de professores e em formação de pedagogos sem falar nos documen-
tos da educação, sendo eles: Constituição brasileira e na LDB (lei de diretrizes e bases da educação
nacional). A constituição como a lei maior e a LDB é quem regulamenta os grandes princípios da
nossa constituição brasileira.

A luta da constituição é todos na escola, mais que ao chegar à escola, esses alunos encontrem con-
dições físicas, material e também profissionais competentes.

Artigos da Constituição educacional Brasileira:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e pri-


vadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira para o magis-
tério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;

V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o ma-
gistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de pro-
vas e títulos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira,
com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas.

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 8
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos
de lei federal. .

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da


educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de car-
reira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. .

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão finan-


ceira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e exten-
são.

§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da


lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. .

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I -ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os
que a ele não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de
1996)

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegu-
rada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009).

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito.

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede


regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade.

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capaci-
dade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de ma-


terial didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas su-
plementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. .

§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º - O não - oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a cha-


mada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 9
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar for-
mação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das esco-
las públicas de ensino fundamental.

§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunida-


des indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colabora-
ção seus sistemas de ensino.

§ 1º - A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, e prestará as-
sistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvi-
mento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.
§ 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de


ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de
forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino
mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. .

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. .

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de co-


laboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 14, de 1996)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-


pios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. .

§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. .

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cál-
culo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os siste-
mas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades


do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do


ensino obrigatório, no que se refere à universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade,
nos termos do plano nacional de educação. .

§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII,


serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentá-
rios.

§ 5º - O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social
do salário-educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplica-
ção realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 10
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do
salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei. .

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do
salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constituci-
onal nº 53, de 2006).

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação se-


rão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas res-
pectivas redes públicas de ensino. .

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegure a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional,


ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando
houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando,
ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder


Público.

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articula-
ção e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Pú-
blico que conduzam à:

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de arti-
cular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas
e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das dife-
rentes esferas federativas que conduzam a.

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do


produto interno bruto.

A Lei De Diretrizes E Bases Da Educação

A lei de diretrizes e bases é quem organiza o processo, obtendo mudanças significativas na LDB
9394/96 aos níveis de ensino. Hoje a educação é pautada em educação infantil, ensino fundamental
e ensino médio. Mudanças também na composição dos níveis escolares; a educação básica, que se
compõe da educação infantil e o ensino superior. Outra mudança foi o aumento dos dias letivos de
180 para 200 dias letivos de aula. E também se tornou obrigatório o processo de recuperação.

A idade de matricula nos anos iniciais do ensino fundamental passou para seis anos, onde passaram
o ensino fundamental de oito para nove anos. Isso ocorreu através de um decreto presidencial em
2005.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 11
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Outra questão foi à exigência de formação superior para os professores da educação básica (sendo
elas educação infantil, educação fundamental aos anos iniciais). Tratando-se também como impor-
tante a educação física e artes para o currículo da educação básica.

[...]"Aos que nada vêem de bom na LDB, gostaríamos de dizer que o esforço do senador Darcy Ri-
beiro não foi em vão, de um congresso vetusto como o nosso, só pode sair uma lei antiquada. Mesmo
assim, a Lei contém avanços ponderáveis, que permitem, sobretudo em seu senso pela flexibilidade
legal, rumar para inovações importantes" (DEMO, 1997, p.95).

A legislação traz um alto teor de autonomia, proporcionando avanços, mais também precisando de
uma revisão para ver o que está sendo contemplados e concretizados nos termos da lei. A legislação
em educação ela caracteriza o que é o nosso espaço, espaço esse o da escola constituído e institu-
ído, por isso ser professor não basta somente dar aula, fazer o cotidiano da sala de aula, mais sim
entender todo o sistema no qual trabalhamos. Conhecendo os atos legais que organizam e determi-
nam as responsabilidades dentro da escola.

O principio da flexibilidade tem como proposta, que os dirigentes escolares, em qualquer nível, devem
fazer adaptações no proceder da escola para que esta possa receber e trabalhar com todos os edu-
candos que fazem parte do meio onde esta se insere. No campo, nas aldeias indígenas, em época de
colheita, no período chuvoso tudo de ser colocado no calendário escolar. Também deve se levar em
conta o período de trabalho dos educandos, tornando os horários de aula menores (como acontece
com a EJA) tendo em vista a dura rotina do educando que exerce algum tipo de trabalho. O Brasil por
se extenso possui uma diversidade cultural muito grande, por isso a importância da flexibilidade, para
que aja democracia. Mais isso não significa fazer o que quiser, e sim atender as peculiaridades onde
as decisões serão tomadas de uma forma rápida.

Ao elaborar Diretrizes os gestores da educação abrem as mais diversas possibilidades para que to-
dos possam fazer uma educação que preencha as necessidades do grupo onde ela se desenvolve.
Com a LDB os professores e instituições de ensino passaram a ser avaliados, onde os problemas de-
tectados não culpem apenas uma dimensão, mais todos sejam avaliados e os procedimentos cabí-
veis sejam tomados, para que os problemas possam desaparecer.

O ponto forte da lei é a qualidade de ensino. Com isso ficam em evidencia alguns pontos da lei. Art.8º
“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os
respectivos sistemas de ensino”. Quer dizer quando o município não consegue resolver suas reivindi-
cações ela deve se submeter ao estado, e o estado se não resolver passa para união. Isso é o cha-
mado de regime de colaboração, para que o direito a educação seja garantido. A etapa chamada de
educação básica, e este direito são asseguradas pela constituição nacional. O trecho examinado,
visto na pratica, significa que os conhecimentos que o educando traz conseguem do meio em que
vive das situações sociais que participa devem ser valorizados e colocados lado a lado com os co-
nhecimentos escolares.

As diretrizes não são regras a seguir, são sugestões para desenvolver o trabalho. Já os programas,
trazem o estigma de serem prontos onde nada pode ser modificado. Ao descentralizar e dar maleabi-
lidade ao fazer educacional, distribui-se entre os atores envolvidos no processo as responsabilidades
e as consequências resultantes do que foi feito neste contexto, não há um só proposito e não há uma
só proposta, há uma variância de conceitos e possibilidades. Por exemplos os PCNs (parâmetros cur-
riculares nacionais), os DCNEF e também os RCN (referencial curricular nacional) onde são docu-
mentos que parametrizam as decisões, eles vão articular em função normativa.

Na republica federativa do Brasil, na união dos estados brasileiros, temos a responsabilidade do es-
tado, e da união de manter técnicas financeiras e estabelecer níveis nacionais às diretrizes.

A educação possui seu sistema de avaliação, possui parâmetros que organiza e também controla
sendo elas a Provinha Brasil (é uma avaliação diagnóstica aplicada aos alunos matriculados no se-
gundo ano do ensino fundamental). Enem (provas do Exame Nacional do Ensino Médio) e o Enade
(“Exame Nacional de Desempenho de Estudantes avalia o rendimento dos alunos dos cursos de gra-
duação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que es-
tão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a
emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima com

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 12
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

que cada área do conhecimento é avaliada é trienal”). Além disso, cada escola possui o seu processo
de avaliação.

[..] “Temos ai uma novidade pertinente, que deixa o linguajar aéreo de uma função que esta apenas
no papel, para assumir o tom de principio fundamental da organização dos sistemas [...] não quer di-
zer que se cumpra, até porque as resistências são fantásticas”. (DEMO, 1997).

Entre as DCNEF´, os PCNs e as propostas das unidades de ensino há uma consonância de ideias,
onde não se exclui o que prega os documentos oficiais, mas faz-se uma adaptação ao contexto e ao
momento em que se executa o fazer pedagógico. O MEC vai instituir formas de regulação para que o
currículo não seja alvo de deformações e inconstitucionalidades. Este setor do governo verificara
constantemente o desenvolvimento do trabalho desenvolvido através de pesquisas e consultas. São
as seguintes as Diretrizes Curriculares Nacionais:

As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas:

 Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem co-


mum.

 Os princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem


democrática;

 Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade da diversidade de manifestações artísticas e


culturais.

Ao definir suas propositas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o reconhecimento da identi-


dade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e
de seus respectivos sistemas de ensino.

As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas pela interação dos processos
de conhecimento com as de linguagens e os afetivos, em consequência das relações entre as distin-
tas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado; as diversas experiências de vida
dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, expressas através de múltiplas
formas de dialogo, devem contribuir para a constituição de identidade afirmativas, persistentes e ca-
pazes de protagonizar ações autônomas e solidarias em relação a conhecimentos e valores indispen-
sáveis a vida cidadã. Em todas as escolas publicas devera ser garantida a igualdade de acesso para
alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagó-
gica na diversidade nacional. Mas será que isto está se efetivando, visto que a todo o momento a mí-
dia traz relatos de descasos em relação à oferta de vagas. A base comum nacional e sua diversidade
deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise a estabelecer a relação entre a edu-
cação fundamental e:

o A vida cidadã através da articulação entre vários dos seus aspectos como:

 A saúde

 A sexualidade

 A vida familiar e social

 O meio ambiente

 O trabalho

 A ciência e a tecnologia

 A cultura

 As linguagens

o As áreas de conhecimentos:

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 13
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

 Língua portuguesa

 Língua materna, para populações indígenas e migrantes.

 Matemática

 Ciências

 Geografia

 Historia

 Língua estrangeira

 Educação artística

 Educação física

 Educação religiosa na forma do art.33 da lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Síntese das Diretrizes:

1. A escola deve pautar seu trabalho em princípios éticos, de cidadania e estéticos.

2. Na elaboração do plano pedagógico levar em conta o contexto onde se insere a escola. Situar a
pratica para sujeitos reais.

3. A pratica deve elevar a percepção dos sujeitos envolvidos e de sua contribuição para o grupo.

4. O acesso a todos aos conhecimentos da Base Nacional comum é obrigatório.

5. É dever de a escola estabelecer uma relação profícua entre o conhecimento estabelecido curricu-
lar mente a comunidade local e o sujeito com sua maneira de ver e ser no mundo.

6. A RCN (Referencial Curricular Nacional) deve ser enriquecida com conhecimentos locais para
uma efetiva assimilação dos sujeitos e da comunidade.

7. Há que se rever sempre o trabalho escolar. Necessitando assim de um processo permanente de


avaliação dos caminhos seguidos.

Nisto tudo temos que o fazer da educação ate o que prega os documentos oficiais pressupõe um tra-
balho de compreensão dos conceitos legais. Assim se extrai o que é necessário para a pratica peda-
gógica na história corrente da formação docente, onde várias ciências têm, a sua contribuição. De
forma direta, como por exemplo, a história da educação, a sociologia e a própria história social em si,
ou de forma indireta como a matemática, a estatística e a economia, vem, à medida que estas mes-
mas se desenvolvem e evoluem, aclarando e consubstanciando a formação docente ontem e hoje.
Neste âmbito surgiu com uma gama variada de artifícios, o direto. Com o auxilio do direito os profes-
sores embasam suas descobertas e suas pesquisas junto aos educandos. Através desta ciência co-
nhece-se o proceder do comportamento humano, que com outras ciências não seria possível visuali-
zar e examinar.

Os referenciais legais são fontes permanentes de pesquisas e estudos por parte dos professores, em
todos os seus níveis de integração. Então temos que, o direito educacional é de importância valiosa,
e contribui de forma efetiva para a construção de uma educação real.

O profissional docente, bombardeado pelos mais diferentes tipos de informação, precisa evidente-
mente, selecionar, peneirar toda essa mixórdia de conceitos. A legislação educacional vem também
ajudar nesta tarefa. Com sensatez e estudo, o plano legislativo serve de base para que se arregi-
mente e organize o insumo necessário para o trabalho do professor.

Durante anos buscou se explicar conceitos educacionais baseados apenas em suposições primeiros
religiosos, depois filosóficas descambando em seguida para os planos sociais e econômicos. Mas

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 14
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

algo faltava algo que pudesse consubstanciar a prática docente de forma mais especifica, mas orien-
tada.

Neste contexto, um tanto o quanto conturbado, nasceu ou desvinculou-se das outras áreas, como
acreditam alguns, o direito. Ele sozinho não vem responder a todas as questões que atormentam o
educador. Mas com ele pode-se pisar em um terreno mais firme, menos carregado de suposições, e o
que é muito perigoso, de ideologias com bases duvidosas.

Sendo a sociedade regida e condicionada por leis que os seus membros estabeleceram, houve a pre-
mente necessidade de se transmitir estes códigos e normas para as gerações futuras.

O meio, a forma de atingir uma parcela maior de indivíduos foi encontrada na educação. Este pensa-
mento é uma constante na obra de Durkheim;

[...] “A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo individuo de
uma série de normas e princípios – sejam morais, religiosas, éticas ou de comportamento...”
(Durkheim, 1978).

Neste sentido, temos que a educação é algo condicionadora da sociedade e de seus preceitos.
Quando este pensador elaborou sua teoria sociológica, a sociedade estava passando por grandes
transformações, tanto no que diz respeito à religião, a moral e a economia entre outros. Na escola en-
contramos normas e procedimentos que devemos seguir.

Estas normas configuram o sistema em que a escola está inserida, sendo que ela é um reflexo da so-
ciedade.

Hoje, na escola atual ainda a muito do pensamento de Durkheim, pois mesmo com as constantes mu-
danças e evoluções da sociedade a escola continua a mesma.

A atual prática pedagógica possui vários pontos que ligam ao pensamento durkheiniano, pois no mo-
mento presente a escola ainda é reprodutora do sistema social - político em que está inserida.

O trabalho didático formatizado, a avaliação classificatória são apenas dois pontos que o educador
usa para estabelecer a sua prática, que nos remetem ao pensamento de Durkheim, ou seja, a pre-
sença das ideias deste pensador ainda é muito corrente e enraizada na escola atual.

Não há uma abertura para novas ideias e as conseguem se sair no pensamento pedagógico são logo
recicladas.

O novo na escola moderna, ainda é uma utopia. Mas uma insistência por parte dos educadores. Eles
querem que a escola seja mais que espelho, seja uma fonte de renovação.

Quando o homem se organizou em sociedades, grupos, tribos, aldeias, começou a se produzir ciên-
cias, história, filosofias entre outros conhecimentos. Na medida em que estes conhecimentos foram
se acumulando e se desdobrando, aumentou também o número de interessados em usufruir destas
ciências e destas filosofias. Nisto a escola já estava (pelo menos no seu arcabouço) já constituída.
(deste contexto temporal e histórico o do nascimento da escola veio à tona a dúvida que persegue até
hoje as que lidam diretamente (e até indiretamente) com a educação: O que ensinar?). Qual o valor
de determinada informação em relação à outra? Como estipular o nível de aprofundamento de deter-
minado saber? O que preconiza a lei educacional?

No momento atual da educação (tanto brasileira quanto mundial), entende-se currículo com sistemati-
zação, organização e seleção dos conhecimentos e ciências vigentes que devem ser transmitidas
pela escola na busca, de uma formação geral mínima do educando, o currículo é novo na própria
academia educacional, nas décadas de 50 e 60 essa área era ligada aos alunos que faziam pedago-
gia e optavam por uma habilitação chamada supervisão escolar. Atualmente percebeu a necessidade
do pedagogo, onde ele não poderia mais ter uma formação fragmentada sem conhecer a dimensão
mais ampla do currículo. A partir da lei 9394/96 a disciplina do currículo passou a ser implantada no
curso de pedagogia. Nesta concepção o currículo é o arcabouço onde se aglomeram as outras nuan-
ces da educação.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 15
PRINCIPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Partindo de pressupostos já anteriormente estabelecidos, os que controlam gerenciam o processo


educacional (fala-se aqui das esferas superior, secretários, coordenadores, ministros, especialistas)
estabelecem que, quando e como ensinar. Nesta, concepção distanciada da realidade, do contexto
social em que está inserido o educando, o currículo é algo fragmentado, fragmentário e deturpador do
conhecimento. Assim o currículo tradicional não leva em consideração fatores diverso (como a pré-
prepararão ou pré conhecimento do aluno) para que se faça o trabalho de ensinar.

Esta maneira de conceber “o que ensinar” é resultado da visão europeia medieval trazida pelos portu-
gueses, que se afirmou na escola brasileira.

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação da tecnologia de transmissão de informações co-


meçou-se a perceber que o currículo instituído não mais satisfazia as necessidades vigentes. “E, em
se tratando de currículo escolar, temos mesmo uma grande margem de autonomia para incluir sabe-
res e práticas mais convenientes aos projetos que formulamos ou elegemos. Se isso é possível, a es-
cola não pode ser vista como instância reprodutora”

Este currículo desfragmentado traz implícitos conhecimentos que não poderiam ou não teriam como
serem expostos. É o chamado currículo oculto. Neste currículo os conhecimentos devem ser inferidos
a partir de outros conhecimentos apresentados em sala de aula.

Avançando um bom período no tempo e situando no momento atual da educação brasileira, observa-
se uma mudança significativa na maneira de conceber o currículo e suas diferentes nuances. Os es-
tudos sociológicos e filosóficos apontam que o currículo deve ser condizente com a prática social do
individuo. Portanto “aprender a conhecer... Fundamenta-se no prazer de compreender, de conhecer,
de descobrir” (PROCAP).

Isto sendo posto para apreciação descobre-se que quando o currículo caminha concernente dos an-
seios e questionamentos do educando e da sociedade em que este está inserido ele se torna mais
que uma ferramenta, se torna um subsidio indispensável. Currículo não é apenas um documento que
contemplam as disciplinas e sim toda a ação, todo o percurso percorrido por todos os envolvidos no
sistema educacional, família, comunidade, professores, alunos, governo federal, governo estadual e
também os representantes municipais, todas as pessoas envolvidas no processo educacional, de
certa forma elabora, organiza e legitima. Todos os saberes e conhecimentos estão ligados a politica e
a cultura, trabalhando o currículo, trabalha-se o saber do cotidiano onde se transforma em saber cien-
tifico.

Hoje o currículo ele é discutido em reuniões e amplos escolares. E a partir dessa discursão apren-
dem-se os anseios as subjetividades, as vontades, os medos que permeiam o cotidiano escolar com
isso ele se torna vivo dentro do processo ensino aprendizagem.

Ele hoje possui a opção de flexibilidade sendo ele de adaptação grande porte, e a adaptação de pe-
queno porte. Grande porte seria, quando a escola precisa fazer alguma manutenção, construir al-
guma coisa, reformar algo, enfim algo que não depende do professor em sala de aula, mais sim de
uma estrutura ampla. Adaptação de pequeno porte significa, quando o professor poderá fazer suas
próprias adaptações curriculares no contexto e no cotidiano de sala de aula.

A composição do currículo “traz uma base nacional comum, onde garante uma unidade nacional,
para que todos os alunos possam ter acesso aos conhecimentos mínimos”. Quer dizer, todos os alu-
nos independentemente de qual cidade, venham a ter os mínimos conhecimentos. E a parte diversifi-
cada é a opção a qual possa ser implantada a realidade regional e local.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 16

Você também pode gostar