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Universidade Federal do Oeste do Pará

Escola de Gestores
Curso de Especialização em Gestão Escolar
Disciplina: Fundamentos do Direito à Educação
Profª Drª Lucybeth Arruda
Aluno: Fábio Euler dos Santos
Pólo 03 – Alenquer – Atividade 01

A Educação como Direito: questões envolvidas com base em uma abordagem


histórica.

A realidade de se ter todos nas escolas na atualidade entende que ela teria uma função
social importante: construir um projeto de sociedade que possibilite a participação dos
indivíduos na produção da sua existência, como sujeitos de direitos, ativos na realidade
que se constrói historicamente. Assim, além da preparação para a cidadania e para o
trabalho, a educação de hoje consistiria na formação das pessoas para a convivência
numa cultura de diversidade e de direitos. Saber conviver com a diversidade não é uma
tarefa fácil, porque nos desafia a questionar constantemente nossos valores, a rever
posicionamentos e a incorporar novas crenças àquelas já existentes e muitas vezes
cristalizadas dentro de nós, situações essas muito comuns nos dias atuais devido a
legislação educacional existente nos últimos tempos. Nesse novo modelo de sociedade,
que busca uma cidadania cada vez mais ampliada, temos que ser capazes de ser
reflexivos, pois direitos à educação todos têm, porém milhões de pessoas ainda estão
distantes desse elemento essencial para a dignidade humana.

Educação implica realizar recursos sociais, financeiros e políticos, no sentido de se


tornar alguém individual e, ao mesmo tempo, que saiba viver em sociedade. Ou seja, os
desafios são muitos na atual sociedade. Nesse sentido, a escola tem sido cada vez mais
demandada e chamada a rever seu papel na complexa realidade social. A escola torna-se
um lugar bastante privilegiado, tanto quanto a família, na preparação do indivíduo para
a convivência nessa sociedade, pois é local da diversidade, da heterogeneidade.
Enquanto na família existe certa uniformidade de valores, crenças e costumes, na escola
as crianças e jovens precisam se defrontar com o diferente e, com isso, precisam
desenvolver valores relativos à coletividade, à resolução de conflitos e a compreensão
das mais diversas formas de ser e existir. Por isso, os agentes que trabalham na
educação precisarão estar cada vez mais preparados para construírem junto aos seus
alunos modelos de convívio democrático, mesmo sendo de países diferentes, onde
avanços em países como Brasil são significativos, apesar de todos os tipos de diferenças
e crenças. Mais do que ensinar certos conteúdos, os educadores serão extremamente
ativos na construção de um ambiente inclusivo e participativo, pois são os adultos da
escola que devem garantir que todos tenham direito, como afirma a Constituição de
1988

“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da


família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.”
Sabe-se que educação é um principio básico onde o Estado deve assegurar para que
todos tenham o direito de aprender na escola, mas um lugar onde os indivíduos se
sintam verdadeiramente acolhidos e respeitados. Diante dessa realidade, ensinar e
vivenciar os direitos humanos são um imperativo, que não pode mais ser adiado. Os
temas transversais não podem mais ficar relegados a um segundo plano, como se fossem
menos importante que ensino de língua portuguesa ou da matemática. Se quisermos
uma escola realmente democrática e que produz democracia social, precisamos
urgentemente nos perceber como agentes dorsais desse processo.

Porém, algo precisa ser frisado: o ensino dos direitos humanos não passa somente pela
transmissão oral do que se deve ou não ser feito. Passa, principalmente, pelo exemplo
cotidiano daqueles que se propõem a serem os modelos que crianças e jovens devem
seguir. Obviamente é o papel da escola problematizar temas históricos, sociais e
culturais que levem os alunos a construir uma visão crítica do mundo. Desta forma, ao
longo de anos com pactos internacionais e declarações universais tem se aberto um
leque de oportunidades e discussões para que todos tenham acesso à educação.

Declarar que educação é direito de todos passou a ser nas últimas décadas um
compromisso da sociedade, do Estado dos Órgãos Internacionais, pois por meio dela
povos e pessoas poderão encontrar a liberdade intelectual e cidadã, sendo a escola um
lugar onde o respeito e o conhecimento farão parte do convívio sócio-educativo.
Caro Fábio, seu texto está muito bom, mas, sem utilizar os documentos sugeridos
na atividade. Faltou embasar com eles o seu argumento.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Disponível em < www.planalto.gov.br >.

Lei n. 10.172/01 – Plano Nacional de Educação. Disponível


em:<www.planalto.gov.br>.

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. Brasília, 1988.

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