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BIANCA SOARES BUENO

GESTÃO EDUCACIONAL: ACESSO E


PERMANÊNCIA

Tibagi - PR
2023
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Introdução:

O presente texto resume em resenha o artigo apresentado como “A gestão


democrática da escola e o direito à educação”, de autoria de Carlos Roberto Jamil
Cury.

Em partes, declara sobre o ordenamento jurídico, onde educação é


reconhecida como um direito dos cidadãos e uma responsabilidade do Estado. A
grande maioria dos países assegura o acesso à educação básica. No Brasil, a
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, estabelece que a educação é um
direito de todos e um dever do Estado e da família. O texto ressalta ainda a relevância
da educação escolar como um componente essencial para o exercício da cidadania
e para a preparação dos indivíduos para o mercado de trabalho.

O artigo aborda diversos princípios e diretrizes que regem a educação, desde


a administração pública até os currículos escolares. A educação escolar é
considerada um bem público que deve ser protegido e regulamentado por leis e
políticas educacionais.

O direito à educação é tratado como um direito público subjetivo, protegido


por sanções legais. O Estado tem a responsabilidade de garantir o acesso à
educação obrigatória para todos os maiores de 6 anos, e qualquer pessoa que não
tenha tido oportunidade de frequentar essa etapa escolar pode recorrer às
autoridades competentes para exigir sua vaga.

A igualdade é ressaltada como um pressuposto essencial do direito à


educação. A educação é vista como um instrumento para reduzir desigualdades
sociais e discriminações. Além disso, são valorizados os princípios da pluralidade e
diversidade na educação, reconhecendo a importância de diferentes ideias,
concepções pedagógicas e culturas.

Por fim, destaca-se a importância da qualidade do ensino, que envolve a


transmissão de conhecimentos fundamentais para garantir igualdade de
oportunidades e combater o fracasso escolar. Estudos contemporâneos demonstram
que o nível e a natureza dos conhecimentos adquiridos podem influenciar o sucesso
ou fracasso dos estudantes, impactando suas vidas futuras.
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GESTÃO EDUCACIONAL: ACESSO E PERMANÊNCIA

No artigo referido, o autor denota o acesso à educação no Brasil, destacando o


papel crucial do gestor escolar na garantia do cumprimento da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB, 1996). Levando em conta também as diretrizes que o
gestor deve seguir, como o levantamento da quantidade de crianças em idade escolar,
a chamada pública dos alunos e o acompanhamento da assiduidade escolar.
O autor fala sobre a responsabilidade do gestor em garantir a frequência dos
alunos à escola em colaboração com os pais ou responsáveis, informando-os sobre o
desempenho dos alunos e notificando as autoridades competentes em casos de faltas
frequentes.
Também, é direito das famílias de receber informações sobre o progresso
acadêmico dos estudantes e a importância da conexão da escola com instituições
como o Conselho Tutelar e o Ministério Público em casos de faltas frequentes. Pois a
aprovação dos alunos tem critérios mínimos, como o número mínimo de dias letivos e
carga horária, e a necessidade de uma frequência mínima de 75% para aprovação.
É importante que o gestor tome medidas para assegurar a presença dos alunos
na escola e intervir antes que acumulem muitas faltas.
Existe no texto a ênfase da LDB (1996) e do ECA no acesso à educação pública
e gratuita nas proximidades do local de residência dos estudantes, destacando a
proteção integral à infância e à adolescência.
Sobre a permanência na escola, o autor expressa que “não basta o acesso à
escola. É preciso entrar e permanecer”, destacando nesse processo a importância do
financiamento da educação e o conhecimento dos gestores sobre os recursos
disponíveis para gerenciar adequadamente os recursos destinados à escola; A
necessidade de oferecer programas suplementares de apoio aos estudantes, como
material didático, transporte, alimentação e assistência à saúde, para promover um
ambiente propício ao ensino/aprendizagem; A importância de cuidar dos recursos da
escola, como livros didáticos, merenda e transporte, em colaboração com as
autoridades responsáveis por esses serviços, e a adoção de medidas preventivas
para evitar maus-tratos aos alunos; A elaboração de regimentos internos que reflitam
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a autonomia das escolas e incentivem a participação do conselho escolar,


favorecendo abordagens dialógicas para solucionar tensões e conflitos;
Também é tido como importante a formação das turmas de forma a promover a
valorização de experiências diversas, o respeito às diferenças e a pluralidade cultural,
e a importância da interação com as famílias ou responsáveis; O objetivo principal da
escola de garantir o direito do aluno ao aprendizado, o dever dos responsáveis em
relação à educação dos alunos e a elaboração conjunta do projeto pedagógico; A
necessidade da escola se relacionar com outros estabelecimentos educacionais,
participando de fóruns e encontros para aprofundar temas relevantes; A importância
de garantir o cumprimento dos dias letivos e das horas de aula estabelecidas, oferecer
recuperação aos alunos com menor rendimento e abordar casos de irregularidades
por meio do diálogo e busca de soluções internas; A importância da gestão
democrática na escola pública, envolvendo diálogo, participação e busca por
caminhos que promovam a democratização da educação, com consulta a diferentes
conselhos.
A união na educação, a garantia de material didático, projetos de interação e
qualificação de alunos e professores, dentre outros aspectos citados, podem
influenciar positivamente ou negativamente na decorrência da educação. O educar
depende de boa estrutura, bons profissionais e interesse social, bem como de políticas
capacitadas para atender as necessidades da sociedade e focar na educação como
libertadora e provedora de independência. Pois, nas palavras do autor:
“A gestão democrática da educação é, ao mesmo tempo, por injunção da nossa
Constituição (art. 37) (BRASIL, 1988): transparência e impessoalidade, autonomia e
participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência”.
Na minha perspectiva, como estudante e estagiária, a gestão educacional
desempenha um papel fundamental na resolução de questões como evasão escolar,
atendimento às preocupações dos pais em relação às notas dos filhos e
implementação de projetos de aprendizagem na escola. Além disso, observa-se cada
vez mais a integração da tecnologia no contexto educacional. Isso fica evidente nos
planos de aula, que são registrados em um programa chamado RCO, onde os
professores descrevem os conteúdos e aspectos abordados, seguindo as diretrizes
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Posteriormente, essas aulas são
corrigidas e avaliadas pelos pedagogos.
Todo o trabalho pedagógico é realizado levando em consideração a realidade
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escolar, os níveis de interesse dos alunos, dos pais e da comunidade em geral. Este
trabalho pode variar em sua efetividade, dependendo do engajamento social, do
tempo dedicado e até mesmo das falhas que possam surgir durante as tentativas e
projetos elaborados.

Considerações Finais:
Em resumo, o gestor escolar desempenha um papel crucial no cumprimento das
obrigações legais relacionadas à frequência escolar, envolvendo os pais, monitorando
as faltas e comunicando-se com as autoridades competentes, garantindo o acesso à
educação pública e gratuita nas proximidades dos estudantes.
Atualmente a gestão tem a ajuda de materiais e programas tecnológicos que
auxiliam em seu trabalho no registro de aulas, impressão de trabalhos, mas é
necessário ainda que respeite leis e procure manter a educação objetiva baseada em
efetividade e aprendizagem, para liberdade e independência de todos os indivíduos
que a obtém.
A educação enfrenta inúmeros desafios, principalmente em se tratando de um
país como o Brasil, em que há coexistência de realidades diferentes, porém, o que
importa é persistir na busca pela eficiência e aplicação de métodos didáticos
adequados, a fim de alcançar os objetivos propostos e tornar a aprendizagem efetiva
e acessível a todos.

REFERÊNCIAS

CURY, Carlos Roberto Jamyl. A gestão democrática na escola e o direito à


educação. RBPAE – v.23, n.3, p. 483-495, set./dez. 2007
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BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho


de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.

BRASIL.[Constituição (1988)].Constituição da República Federativa do Brasil de


1988.Brasília, DF: Presidente da República, [2016]
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.

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