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A PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
Alex Ribeiro
Nunes
Atendimento educacional
especializado:
discutindo legislações
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O acolhimento e a inclusão escolar de alunos com deficiências, transtor-
nos globais de desenvolvimento ou altas habilidades estão ocupando
cada vez mais a pauta de importantes debates no cenário brasileiro.
Portanto, têm surgido documentos e acordos que legitimam as ações
de apoio a essas pessoas. Esse processo de discussão sobre a inclusão
representa uma possibilidade de tornar as instituições escolares ambientes
abertos à diversidade, nos quais os indivíduos tenham as suas diferenças
sociais, culturais e pedagógicas respeitadas. A partir dessa perspectiva,
é importante perceber que a escola ocupa um lugar central na vida de
crianças, jovens e adolescentes, podendo garantir acesso às informa-
ções e propostas inclusivas e, ainda, promover uma atitude reflexiva,
crítica e responsável. Nesse cenário, é preciso reconhecer e fazer valer
as leis que asseguram o direito das pessoas com deficiência, bem como
compreender a Resolução nº. 04/2009, que institui diretrizes operacionais
para o atendimento educacional especializado (AEE) na educação básica,
na modalidade educação especial.
2 Atendimento educacional especializado: discutindo legislações
Vale frisar que, ainda no ano de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos
Humanos e os Ministérios da Educação e da Justiça, juntamente com a Organi-
zação das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO),
apresentaram o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Esse
plano tem como objetivo, em meio a diversas outras ações, estabelecer no
currículo da educação básica temáticas que englobem as questões voltadas
às pessoas com deficiência, além de ações inclusivas, de acessibilidade e de
igualdade de direitos, bem como o acesso à educação superior (BRASIL, 2007).
Tornar visíveis e reais as leis que instituem o AEE remete às potencialidades
que os sujeitos têm de ser e de agir, visto que, ao se apropriarem das leis, eles
terão a oportunidade de fazê-las cumprir. A chance de resistir se aproxima
quando há a luta pela igualdade de direitos e pelo direito à oportunidade e à
acessibilidade. É preciso repensar e buscar olhares que considerem os contextos
e o seu caráter transitório — em termos legais, as mudanças devem ocorrer
desde as estruturas das edificações até as propostas pedagógicas.
4 Atendimento educacional especializado: discutindo legislações
O Plano Nacional de Educação (PNE – Lei nº. 10.172/2001) destaca que “[...] o grande
avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola
inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana [...]” (BRASIL, 2001, do-
cumento on-line). Porém, ao estabelecer objetivos e metas para que os sistemas de
ensino favoreçam o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos,
aponta um déficit referente à oferta de matrículas para alunos com deficiência nas
classes comuns do ensino regular, à formação docente, à acessibilidade física e ao
atendimento educacional especializado — essa ainda é uma triste realidade.