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UNIVERSIDADE PAULISTA

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ALEX OLIVEIRA NOBRE


ELVES SUTERLANDES MELO DO NASCIMENTO
ESTHEFANI DA COSTA MARTINS
KAROLINA RIBEIRO DE SOUZA
TALIA CIAN FERNANDES

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE
EDUCAÇÃO FÍSICA VOLTADA PARA
z CRIANÇA COM AUTISMO

Orientadora: Prof.ª. Esp. Maria Andréia Almeida de Sousa

RIO BRANCO – ACRE


2023
z

INTRODUÇÃO
Atualmente o mundo ainda vive um momento de muita
luta pelos direitos dos grupos menores, excluídos e
segregados, lutando por sua inclusão social. Em
relação à educação, o processo se denomina
educação inclusiva, cujo principal objetivo é assegurar
uma escola democrática onde todos sejam atendidos,
independentemente da diversidade, sendo respeitados
e valorizados (LOPES, 2011).
1. EDUCAÇÃO FÍSICA E O
EDUCADOR FÍSICO
z

Com base nas diretrizes do CONFEF (Conselho Federal de


Educação Física) de 2002, pode-se observar que dentro do
âmbito da Educação Física, é possível encontrar uma
variedade de modalidades esportivas que desempenham um
papel significativo na manutenção da saúde física e mental
dos indivíduos. Entre essas modalidades, a musculação se
destaca como uma das atividades mais procuradas nas
academias de ginástica, seja para promover a saúde, buscar
melhorias estéticas, entre outros objetivos.
O educador
z físico desempenha um papel crucial na
Educação Especial ao criar um ambiente inclusivo e adaptar
atividades físicas de acordo com as necessidades individuais
dos alunos.
2. O AUTISMO
z
Ao caracterizar o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como
uma deficiência do desenvolvimento, é importante
compreender que a definição de desenvolvimento
considerado "deficiente" deve ser baseada em uma noção
probabilística do que é considerado "normal". O conceito de
normalidade é questionável sob a perspectiva do modelo
social da deficiência, pois rejeita a suposição de que a
deficiência se baseia unicamente em características
rotuladas como patológicas ou depreciativas. Seja a
deficiência física, mental, intelectual ou sensorial, ela não
desqualifica o indivíduo, mas sinaliza a necessidade de a
sociedade se adaptar para proporcionar igualdade de
oportunidades e interação para aqueles que são diferentes.
O autismo é resultante de uma inadequação no
desenvolvimento,
z com consequências graves durante toda a
vida. O transtorno agride cerca de cinco entre dez mil
crianças sendo mais comum em meninos e podendo ser
notado nos primeiros três anos de idade. Até hoje não se
sabe a causa e nem o porquê de as crianças nascerem com
o autismo (DIAS; RIBEIRO, 2011).
O autismo é resultante de uma inadequação no
desenvolvimento,
z com consequências graves durante toda a
vida. O transtorno agride cerca de cinco entre dez mil
crianças sendo mais comum em meninos e podendo ser
notado nos primeiros três anos de idade. Até hoje não se
sabe a causa e nem o porquê de as crianças nascerem com
o autismo (DIAS; RIBEIRO, 2011).
É difícil o diagnóstico de suas causas, porém é
caracterizado pelo comprometimento crítico e geral em
inúmeras áreas, o desenvolvimento social tardio, o
comprometimento na comunicação, na linguagem e no
comportamento. Os estudiosos estão em busca de
explicações sobre o transtorno através de estudos realizados
na área de herança genética, relacionadas a elementos
ambientais (MARQUEZE; RAVAZZI, 2010).
3. O zAUTISMO E O DIREITO À
EDUCAÇÃO
O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 estabeleceu o
acesso à educação no Brasil como um direito social,
enfatizando no artigo 205 que a educação é um direito de
todos e uma responsabilidade do Estado e das famílias. A
educação, por ser um direito social e um pilar da dignidade
humana, é inalienável, ou seja, indivíduos não podem
renunciar a esse direito.
No Brasil,
z a legislação educacional é regida pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9.394/96, que se divide
em dois principais segmentos: a educação básica e o ensino
superior. Essa lei reafirma o direito à educação estabelecido
na Constituição de 1988, define princípios educacionais e
atribui responsabilidades entre os diferentes níveis de
governo, como União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
Após a Convenção de Salamanca, escolas em todo o mundo
z
foram instadas a acomodar alunos com deficiência em salas
de aula regulares (UNITED NATIONS, 1994). Isso levou as
escolas a cooperar com professores e a desenvolver
profissionais especializados para apoiar crianças e jovens
com necessidades especiais, dando origem ao conceito de
mediadores escolares.
O mediador escolar é um profissional da educação
contratado pela instituição de ensino para acompanhar
alunos com deficiência dentro e fora da sala de aula.
É de extrema importância implementar adequadamente a
inclusão escolar na educação infantil, pois é nessa faixa
etária que as crianças desenvolvem suas habilidades de
forma significativa, inclusive aquelas que possuem
deficiências.
No Brasil, a formação de professores de educação especial
z
começou na década de 1950, com cursos de nível médio
que duraram até o final dos anos 1960. Esses cursos tinham
duas abordagens principais: uma focada na educação,
voltada para deficientes auditivos e visuais, e outra de
natureza médico-pedagógica, destinada a deficientes físicos
e mentais, caracterizada por uma abordagem terapêutica e
técnica. A partir dos anos 1970, a formação de professores
de educação especial foi elevada ao nível superior, com
cursos de Pedagogia que ofereciam habilitações em
Educação Especial. Nesse período, também surgiram os
primeiros cursos de especialização, como uma alternativa
para a formação de professores nessa área (MAZZOTTA,
2005).
4. AS LEIS DE INCLUSÃO DOS
INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO DO
z

ESPECTRO AUTISTA (TEA)


Dentro deste contexto de lacunas na legislação, movimentos
de familiares comprometidos com a causa emergiram,
clamando pela proteção dos direitos fundamentais
estabelecidos na Constituição, bem como pela observância
dos princípios de dignidade humana e igualdade.
Em 2012, foi promulgada a Lei nº 12.764, conhecida como
Lei Berenice Piana, um marco na evolução dos direitos das
pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa lei
estabeleceu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com TEA, criando um conjunto de direitos exclusivos
para esses indivíduos e integrando-os efetivamente na
sociedade.
z

A Lei Berenice Piana recebeu esse nome em homenagem a


Berenice Piana, mãe do autista Dayan, que se destacou por
seu estudo do autismo e sua persistência na luta pelos
direitos do filho. Ela desempenhou um papel crucial na
formulação dessa legislação ao apresentar uma proposta à
Comissão de Direitos Humanos do Senado.
z

A definição geral do Transtorno do Espectro Autista,


conforme descrito no artigo primeiro dessa lei, representa
uma conquista significativa: o reconhecimento das pessoas
autistas como indivíduos com deficiência (art. 1º, § 2º). Esse
reconhecimento marca um avanço importante na história do
autismo no Brasil, proporcionando benefícios e direitos que
antes não eram garantidos e servindo como uma ferramenta
fundamental na luta das famílias pela melhoria da qualidade
de vida.
z

As discrepâncias entre o setor público e privado precisam ser


abordadas, e a lei inclui disposições para promover a
verdadeira inclusão. O artigo 7º prevê penalidades para
gestores escolares ou autoridades que se recusem a
matricular alunos com TEA ou qualquer outra deficiência,
contribuindo para minimizar as diferenças e promover a
inclusão.
Além do direito à educação, o artigo 3º destaca os direitos
constitucionais das pessoas com autismo, como acesso à
moradia, ao mercado de trabalho e à previdência social e
assistência social.
CONSIDERAÇÕES
z
FINAIS
O presente trabalho procurou analisar as abordagens
pedagógicas durante as aulas de educação física a fim de
expandir o conhecimento acerca das diversas formas de
inclusão e adaptação dos alunos autistas nas aulas.
Para que a educação seja de fato inclusiva é necessário
muito mais que apenas uma mudança de mentalidade,
precisa-se de condições e recursos adequados para cada
situação encontrada. Para que isso seja uma realidade o
professor precisa vencer o desafio de excluir a visão de
incapacidade das pessoas com necessidades especiais e
proponha a execução de atividades que valorizem o respeito
às diferenças e à múltiplas inteligências.
O profissional docente ter qualificação é extremamente
importante
z para que a inclusão seja efetiva. Porém, em
alguns casos a condição financeira do profissional o impede
de cursar uma pós-graduação. É válido mencionar que a
internet é um universo com as portas abertas para quem
busca mais conhecimento. Muitos são os cursos online e
opões gratuitas que podem auxiliar o professor a se preparar
da melhor maneira possível para receber os alunos com
necessidades especiais, no geral.
O profissional de educação física pode criar um ambiente
inclusivo e acolhedor, onde as crianças autistas se sintam
bem-vindas e aceitas. Isso proporciona a oportunidade de
interação com os colegas, promovendo a inclusão social e
observando o isolamento que muitas vezes é vivenciado por
essas crianças.
As políticas públicas devem ser mais do que apenas "ideias
no papel";
z elas devem ser eficazes, visando não apenas o
bem-estar dos alunos com deficiência, mas também o de
toda a comunidade escolar. Devem reconhecer o papel
crucial que as instituições de ensino desempenham na
sociedade e sua responsabilidade constitucional em formar
cidadãos críticos e reflexivos, preparados não apenas para a
cidadania, mas também para o mercado de trabalho
(BRASIL, 1988).
A Educação, em todas as suas formas e modalidades, é uma
ferramenta poderosa que, quando aliada a diversas
instituições sociais, pode transformar o pensamento cultural
arraigado que muitas vezes considera as Pessoas com
Necessidades Especiais como "incapazes".
REFERÊNCIAS
z
BIBLIOGRÁFICAS
CONFEF. Conselho Federal de Educação Física. 2002.
FERNANDES, Maria Joaquina. A Metodologia da Pesquisa
Científica como ferramenta na Comunicação Empresarial.

DIAS, D. B. A.; RIBEIRO, J. C. A educação física como


meio facilitador do desenvolvimento psicomotor do
indivíduo com autismo. Universo, São Paulo, v. 4, n. 2011.
Disponível em: < http://revista.universo.edu.br/index.php>.
Acesso em: abr. 2023.
FRAZÃO, Catia Aparecida Teles. O direito ao acesso à educação da pessoa com transtorno
espectro autista (tea) após a Lei Berenice Piana nº 12.764/12: violação de preceito
fundamental ou descumprimento de relação contratual. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/73835/o-direito-ao-acesso-a-educacao-da-pessoa-comtranstorno-espectro-
autista-tea-apos-a-lei-berenice-piana-n-12-764-12-violacao-depreceito-fundamental-ou-
z
LOPES, T. B. Educação inclusiva e autismo: A educação
Física como possibilidade educacional. Realize, Espirito
Santo, v. n. 2011. Disponível em:
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/conaef/resumo.ph
p?idtrabalho=22> Acesso em: mar. 2023.
MARQUEZE, L.; RAVAZZI, L. Inclusão de autistas nas
aulas de Educação Física. Universo Autista, São Paulo,
2010 Disponível em:
<http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/articles/
article.php?id=42> Acesso em: mar. 2023.
MAZZOTTA, Marcos J. S. Educação especial no Brasil:
história e políticas públicas. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

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