Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Módulo V
2
Em 2003, é implementado pelo MEC o Programa Educação Inclusiva:
direito à diversidade, com vistas a apoiar a transformação dos sistemas de
ensino em sistemas educacionais inclusivos, promovendo um amplo processo
de formação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia
do direito de acesso de todos à escolarização, à oferta do atendimento
educacional especializado e à garantia da acessibilidade.
3
inclusivo, nos termos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, instituiu-se, por meio do Decreto n°7612/2011, o Plano Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite.
4
Definido pelo Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, o atendimento
educacional individualizado “é gratuito aos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, e
deve ser oferecido de forma transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino”.
Ainda este decreto no Art. 3º apresenta os seguintes objetivos:
I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino
regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as
necessidades individuais dos estudantes;
II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino
regular;
III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que
eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis,
etapas e modalidades de ensino.
Sendo assim, este documento compreende um conjunto de atividades,
recursos de acessibilidade e pedagógicos, organizados institucional e
continuamente, prestados de forma complementar a formação de estudantes
que se enquadram nas características já aqui citadas.
Durante a construção deste plano educacional individualizado não é
obrigatório a exigência de laudo médico, visto que o atendimento Educacional
Especializado caracteriza-se por um atendimento pedagógico e não clínico.
Suas metas e objetivos devem estar centrados na avaliação pedagógica e
comportamental do sujeito, podendo se necessário articular com outros
profissionais da área da saúde. O importante é que o direito das pessoas com
deficiência à educação não poderá ser cerceado pela exigência de laudo médico,
sobretudo não causando uma barreira ao acesso aos programas de ensino
especializados.
Em 6 de julho de 2015, é instituída a Lei Brasileira de Inclusão que é a
adaptação da Convenção sobre os direitos da Pessoa com Deficiência da ONU
à legislação brasileira e trata da acessibilidade e da inclusão em diferentes
aspectos da sociedade. Ela está dividida em três grandes partes:
5
I- Direitos fundamentais das pessoas com deficiência, como educação,
transporte e saúde;
II- Garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso à informação
e a comunicação;
III- O acesso à justiça e o que acontece com quem infringe as demais
exigências.
6
mudança de concepção/paradigma é difícil e lenta. Ainda hoje, após a
promulgação da LDB 9.394/96, muitas creches e escolas ainda pautam suas
propostas pedagógicas apenas no cuidar.
Da Educação Infantil Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica,
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 5 (cinco) anos, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. Art. 30º. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades
equivalentes, para crianças de até 3 (três) anos de idade; II - pré-escolas, para as
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. Art. 31º. Na educação infantil a avaliação
far-se-á mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. (Lei de Diretrizes
e Bases 9.394/96)
7
“Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e sócio
emocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. As
competências gerais da BNCC inter-relacionam-se e desdobram-se no
tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de
conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.” BNCC, 2017
8
possibilidade de aprender, crescer, descobrir, explorar. Isso se torna possível a
partir dos direitos de aprendizagem definidos pela BNCC, são eles:
9
A Base Nacional Comum Curricular, aprovada em dezembro de 2017,
passa a ser uma referência nacional obrigatória para processos de elaboração
de currículos e materiais didáticos, de políticas de formação de docentes. Assim,
para a Educação Infantil os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estão
organizados por Campos de Experiências.
O eu , o outro, e o nós
10
promover oportunidades ricas para que as crianças possam sempre animadas
pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar, vivenciar um amplo
repertório de movimentos, gestos, olhares, sons, mímicas, para descobrir
diversas possibilidades com o seu corpo.
Os pequenos nos convidam a experimentar. Eles têm a arte dentro de si. Eles criam
arte. Eles nos dizem algo. Algo que perdemos. Algo atraente e sedutor. Algo que
reconhecemos. E que não podemos explicar. Tudo é muito maior. Para as crianças
pequenas existe uma conexão direta entre vida e obra. Essas são coisas inseparáveis”
(HOLM,2007)
11
crianças, propicia a familiaridade com os livros e materiais impressos, diferentes
gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e textos, direcionalidade da
escrita e formas convencionais de manipulação dos livros.
12
Intervenção ABA na redução de comportamentos inadequados
• Controle de estímulos- Aquilo que está fora da vista, está fora da mente.
Essa é uma expressão metafórica para explicar que se a criança por
exemplo não pode ter acesso a algo, esse “algo” não deve estar a
amostra, não deve estar disponível no ambiente. Pois a criança com
autismo tem dificuldade na flexibilização cognitiva, se ela está vendo e
quer, terá dificuldade de compreender o porquê não pode receber agora.
Ou se muitas vezes já foi reforçada e agora porquê não está sendo mais.
• Observa a linha de base da criança. O que ela já sabe fazer? O que ela
precisa saber mais? O que ela ainda precisa desenvolver? Assim
evitaremos demandas de alto custo de resposta, o que tornará o contexto
aversivo e desestimulador para a criança. Lembre-se a intervenção ABA
é uma intervenção que evita o erro, prioriza a aprendizagem por base da
hierarquia de dicas e ajudas que irão potencializar a aprendizagem da
criança.
• Anteceder a criança sobre o que irá acontecer, o que você espera dela, o
que ela pode ou não fazer. O uso de quadro de rotinas e o quadro de
13
economia de fichas estimulam a previsibilidade e a motivação para
realização das tarefas esperadas.
• Observar, observar e observar! A observação não é exclusividade do
processo de avaliação. A observação deve ser de práxis no contexto
educacional, familiar e terapêutico. A criança está sempre
experimentando ações, e aquelas que mais impactam o outro acabam
sendo mais utilizadas pelas crianças.
• E quando for preciso dizer não, sempre diga não e sustente o não! Nunca
mude de ideia. Pois senão você estará fortalecendo o comportamento
inadequado.
• Os comportamentos adequados devem ser reforçados e fortalecidos.
Quando você não valoriza os pequenos avanços da criança, você
enfraquece esse comportamento adequado, podendo até entrar em
extinção e ser substituído pelo comportamento inadequado.
• Siga a liderança da criança.
• Evite ser muito intrusivo na brincadeira da criança, busque ser o centro
das atenções, imite o comportamento da criança na brincadeira, utilize as
onomatopeias para narrar a brincadeira da criança.
• Estimule o contato visual através das brincadeiras sensório social.
• O ambiente deve ser livre de distratores, para evitar a distração da
criança, os eletrônicos não devem ficar competindo com a sua atenção.
• Utilize brinquedos variados, mas não deixe todos os brinquedos ao
alcance da criança. Faça um rodízio de brinquedos por semana.
• Estimule a brincadeira com funções diferentes com o mesmo objeto, isso
ajuda a criança a ter mais criatividade e a imaginar.
• Evite brinquedos eletrônicos.
• Estimule atos comunicativos através das brincadeiras sensório sociais.
• Mantenha a criança motivada na atividade e evite alto custo de resposta,
vá deixando a brincadeira mais sem graça antes de terminar de vez a
brincadeira.
14
Estratégias para ensino de Habilidade básicas
15
Anexo I
Unidade: _______________________________________________________
16
_________________________________________________________, turma
_______, recebi as informações e orientações a respeito do Plano de Ensino
Individualizado (PEI) para melhor atender as necessidades do (a) aluno (a) e assim
promover o seu aprendizado.
Sendo assim, decidi:
( ) AUTORIZAR o (a) aluno (a) a participar PEI ( ) NÃO AUTORIZAR o (a) aluno (a) a
participar PEI
1- Acompanhamento Clínico:
Medicação:_______________________________________________
Tem laudo médico:_________________________________________
Faz acompanhamento clínico:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
2- Acompanhamento Pedagógico:
Déficit na
aprendizagem:_________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
Excessos comportamentais:
_______________________________________________________________
17
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3- Capacidades e interesses:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
Motivadores:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
___________________________________________
4- Proposta de Intervenção:
Curto prazo:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Médio Prazo:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Longo Prazo:
18
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Instrumentos de Avaliação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Referências Bibliográficas
19
20