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Curso: Educação Especial na Perspectiva do AEE

Professora: Danusa Rodrigues


Disciplina: Inclusão, Educação Especial e AEE: Novos Paradgmas
Aluna: Flaviana de Souza Oliveira
Data: 31 de março de 2020

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PARA O ALUNO DE AEE

O Brasil possui inúmeras leis que tratam dos direitos das pessoas com
necessidades especiais, especificamente na área da educação destacam-se a
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) - Lei nº. 9394/96, as Diretrizes Operacionais
para o Atendimento Educacional Especializado decreto nº 6571/08 e a Lei
Brasileira de Inclusão Lei nº 13.146/15, também conhecida como Estatuto da
Pessoa com Deficiência.
Em 1996 foi promulgada a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) - Lei nº 9.394, a qual no capítulo V, no artigo 58 classifica
educação especial “como modalidade de educação escolar, oferecida,
preferencialmente, na rede regular de ensino para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”
Ela garante ao aluno apoio especializado na escola regular e ambiente
apropriado caso o mesmo não se integre nas salas escolares comuns, outro
ponto importante no inciso 3º ainda do art. 58 é que, a educação especial tem
início na educação infantil e se estende por toda a vida do indivíduo.
O artigo 59, também da LDB, garante que os sistemas de ensino
assegurarão para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específica. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares constituem-se
em medidas ou conjuntos de medidas que buscam flexibilizar e adequar o
currículo geral, tornando-o apropriado à especificidade dos alunos com
necessidades especiais. Deve haver também, profissionais qualificados para o
atendimento e recursos, de acordo com suas necessidades.
No ano de 2008 foi publicado o Decreto nº 6.571 chamado de Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, conceitua a
educação especial como uma modalidade de ensino que realiza o atendimento
educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto
a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do
ensino regular . O decreto diz que todo aluno com deficiência, transtorno global
do desenvolvimento ou superdotação deve ser matriculado nas classes
comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado,
ofertado nas salas de recursos em escolas públicas ou instituições
filantrópicas. Ainda cita que o AEE tem a função de complementar a formação
destes alunos, com recursos e estratégias que eliminem as dificuldades de
inserção na sociedade e as dificuldades de aprendizagem. Para atuação no
AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da
docência e formação específica na educação especial, inicial ou continuada.
A Lei Brasileira de inclusão –LBI ( Lei nº 13146/15), visa a inclusão
social em todos os seus aspectos, desde as questões de igualdade, do direito à
saúde, educação, vida, trabalho e do atendimento prioritário.
O capitulo IV aborda a questão do direito à educação, com o propósito
de assegurar um sistema educacional inclusivo em todos os níveis (art.
27).Estabelece a adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes
que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos com
deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a
aprendizagem. A legislação também traz provisões com relação à oferta
de educação bilíngue: a Língua brasileira de sinais (Libras) passa a ser
reforçada como a primeira língua para surdos. E na modalidade escrita,
a língua portuguesa passa ser secundária em escolas e classes bilíngues ou
inclusivas.
É dever de todos garantir e assegurar uma educação de qualidade. Por
esse ângulo, ficou incumbido ao poder público e privado assegurar, criar,
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar medidas que
refletem em uma educação inclusiva. Todas as escolas, sejam públicas ou
particulares devem cumprir as determinações dessa lei no sentido de aprimorar
seus sistemas de ensino, visando garantir condições de acesso, permanência,
participação e aprendizagem a todas as pessoas com deficiência. Tudo sem
custos extras para a família da pessoa com necessidades especiais, uma vez
que, as adaptações necessárias para o atendimento educacional inclusivo
devem ser suportadas por toda a sociedade aí entendendo-se a comunidade, a
escola e a família.

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