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Autismo:
uma atitude
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Autismo: uma atitude
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ral da humanidade de forma organizacional. Em específico à pessoa com
deficiência “autista” de forma dialógica com significado cultural, e não
como ponto central deficiência, entretanto, é possível uma pessoa com
autismo apropriar do conhecimento segundo Vygotski, (1997).
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Cabe ressaltar sobre os seus direitos, na Constituição Federal de 1988
que dedica à Educação, no Art. 208: “O dever do Estado com a Educação
será efetivado mediante a garantia de [...] seção III - o atendimento edu-
cacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988).
[...]”. Diz respeito à educação especial: Toda criança tem direito funda-
mental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter
o nível adequado de aprendizagem, aqueles com necessidades educa-
cionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomo-
dá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfa-
zer a tais necessidades, escolas regulares que possuam tal orientação
inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes dis-
criminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma
sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais
escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças e apri-
moram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo
o sistema educacional. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 1).
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habilidades ou superdotação. § 2º O atendimento educacional será feito
em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função
das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integra-
ção nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação
especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de
zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de
ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: I - currículos,
métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para
atender às suas necessidades; IV - educação especial para o trabalho,
visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive con-
dições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção
no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais
afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade supe-
rior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
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transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam
alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comuni-
cação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e
repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do
espectro do autismo e psicose infantil. (BRASIL, 2008, p. 15).
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cessário uma técnica coletiva para atender as especificidades do aluno
autista, assim ele poderá alcançar um grande desenvolvimento sócio
cognitivo. Conforme explana:
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Tony Booth e Mel Ainscow (2000 apud KUBASKI, 2013) explicitam sobre
as definições, referindo-as com primordiais para que aconteça a inclu-
são. Compreende-se sobre estes conceitos que:
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ção: qualidade de experiências educacionais; tais como o engajamen-
to do aluno em atividades conjuntas. 3. Aceitação: pelos professores,
colegas e equipe da escola, ou seja, relação com colegas, professores e
demais funcionários da escola, melhores amigos, quem o auxilia, quem
ele busca. 4. Aprendizagem: ganhos acadêmicos, emocionais e sociais,
por exemplo, como é realizada a avaliação desse aluno, principais re-
cursos e dificuldades, etc. (BOOTH;AINSCOW, 2000 apud KUBASKI,
2013, p. 24).
Para Mantoan (2003, p. 30): “[...] condições que contribuem para que as
escolas se tornem espaços vivos de acolhimento e de formação para
todos os alunos e de como transformá-las em ambientes educacionais
verdadeiramente inclusivos”.
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Outro ponto importante que os professores procurem novas informa-
ções sobre TEA, determinando uma proposta de como é possível lidar
com alunos autistas. Entender como ensinar esse aluno de acordo com
o sua condição intelectual. Todavia, o educador deve acolher os alunos
com TEA na sala de aula, com a consciência de que cada aluno autista
possui suas diferenças, suas dificuldades e finalmente, suas capacida-
des.
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sorriso social, desinteresse em participar de jogos e brincadeiras, pre-
ferência por permanecer só, etc.
Distúrbios da fala e linguagem - comunicação: Caracterizado por enor-
me atraso, com fixação e paradas ou total mutismo. A ecolalia é co-
mum, sendo associada ao uso inadequado ou reversão do pronome
pessoal. Quando a fala comunicativa se desenvolve, ela é atonal, arrít-
mica, sem inflexão e incapaz de comunicar apropriadamente as emo-
ções. Na verdade, a comunicação como um todo está comprometida:
linguagem oral comunicativa, linguagem receptiva, linguagem gestual
e expressão facial.
Distúrbios no ritmo de desenvolvimento: O ritmo mais comum é uma
descontinuidade na sequência normal do desenvolvimento.
Distúrbios da motilidade: São os maneirismos, complexos e ritualís-
ticos: exame dos dedos, borboleta- “flapping”, caminhar na ponta dos
pés, jogar-se para frente e para trás, ninar-se, balançar (acompanhado
de rolar ou balançar a cabeça no ar ou no chão ou bater a cabeça contra
a parede), rolar ou girar objetos.
Distúrbio da percepção: Há falhas na modulação de estímulos com dis-
torções na hierarquia normal, nas preferências dos receptores e uma
incapacidade na habilidade de usar estímulos sensoriais para discri-
minar o que é importante ou não, ou seja, ocorre um erro de seletivi-
dade. Há alternância em procurar ou fugir de estímulos. Assim, cer-
tos estímulos o apavoram, como o barulho do liquidificador, ou rasgar
papel, enquanto outros sons, que seriam desagradáveis para crianças
normais, como o arranhar da unha em um quadro negro ou em uma
lixa, são procurados com insistência.” (Santos, 2008, p. 18 e 19).
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Texto desenolvido pela Pedagoga Soraia de Mello Guimarães, licenciada
pela Universidade do Estado de Minas Gerais, Especialista em Educação
Inclusiva pela Faculdade São Luis – SP e Mestra em Educação Tecnológi-
ca pelo CEFET/MG. E-mail para contato: tutoria@ipemig.com.br
REFERÊNCIAS:
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Revista Brasileira de Psiquiatria, 28(1), 3-11. Retrievedfromhttp://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1516-
44462006000500002&lng=en&nrm=is o&tlng=pt.
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