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AULA 2

Aspectos legais que norteiam a Educação Especial e a Educação Inclusiva em documentos


internacionais e nacionais:

A educação inclusiva pode visa garantir o direito de todos e todas a educação com qualidade e o
acesso de todos e todas a escola é a base para a diminuição da exclusão social, pois é importante
que as crianças estejam juntas na escola regular e possam discutir as diversidade que constitui
nossa sociedade.

Declaração de Salamanca ➨ As escola regulares devem possuir a orientação inclusiva para a


atitudes adequadas e eficazes para combater a discriminação. Essas escolas promovem uma
educação, que a partir de seus resultados obtidos, fica visível sua efetividade e eficiência

➨A educação inclusiva pode visa garantir o direito de todos e todas a educação com
qualidade

inclusão é mais do que somente garantir o acesso à entrada de alunos e alunas nas
instituições de ensino, o objetivo é eliminar os obstáculos que limitam a aprendizagem e
participação discente no processo educativo. Pois o processo educativo deve ser entendido
como um processo social, e o foco de atenção não deve ser a deficiência ou na
incapacidade da pessoa.

→Há vários fatores importantes para o desenvolvimento da identidade de gênero:

- A influência do meio está presente desde os primeiros meses de vida, inclui a maneira
como a sociedade comunica os modelos de gênero e o clima emocional favorável diante
dos mesmos.

- Um ambiente descontraído com segurança afetiva para ambos os gêneros colaboram para
a minimização da discriminação e preconceito.

→Educar na e para a diversidade sugere a criação de novos pontos de vista e para que a
educação seja mais proveitosa, ela deverá incluir alternativas que permitam trabalhar tal
temática de modo transversal. Isso mostra que:

-O tema da diversidade requer reflexão e mudanças de postura frente ao mundo e na forma


de se comunicar, essas mudanças evidentemente trarão resistências e poderão produzir
conflitos.

- O racismo continua sendo reiteradamente negado no plano discursivo, a favor do mito da


democracia racial brasileira, mas ainda assim se faz insistentemente presente no plano das
práticas não percebidas como racistas.
De acordo com Candau (2011) as diferenças devem ser reconhecidas e valorizadas
positivamente no que têm de marcas sempre dinâmicas de identidade, ao mesmo tempo
em que combinadas às tendências a transformá-las em desigualdades, assim como a
tornar os sujeitos a elas referidos objetos de preconceito e discriminação.

- Estratégias que auxiliam a trabalhar com as diferenças em sala de aula podem ser, por
exemplo, modos de se situar diante de questões da existência de diferenças e não
partir do entendimento da igualdade; trabalhar relações interpessoais e a dinâmica do
grupo; e, trabalhar com diferentes linguagens e trabalhos em grupos.

- Mesmo considerando que para o docente a homogeneização dos alunos em uma sala de
aula seria um fator de facilitação do trabalho pedagógico, é necessário romper com a ideia
de que a diferença é um problema, uma vez que, a diversidade proporciona ações
educativas pautadas na colaboração e compartilhamento de conhecimento.

Dislexia

➨ Dislalia é distúrbio de linguagem caracterizado pela dificuldade para articular as


palavras, má pronunciação de palavras por omissão, substituição, distorção ou acréscimo
de sons na palavra falada. Para ser avaliada e tratada, demanda exame fonético, realizado
por meio de diálogos e da repetição de palavras após sua leitura.

→ O que descreve o que são alunos com “necessidades educacionais

especiais”.São; aqueles que apresentam algum tipo de deficiência física, psíquica ou


sensorial; que estejam em situação de risco ou de desvantagem social, econômica ou
cultural.

→ Fundamentado o enfoque teórico de Mantoan(2006), podemos dizer que a inclusão tem


por objetivo não deixar ninguém fora do ensino regular; propõe um modo de organização do
sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos; as atividades
escolares são estruturadas em função dessas necessidades.

Para ele todos os alunos, sem exceção, devem frequentar as salas de aula do ensino
regular.

➨ Sobre os modelos de atendimento em educação especial segundo os


paradigmas da educação inclusiva e da integração, podemos afirmar que houve um
tempo em que a integração dependia de um preparo prévio dos alunos com
necessidades educacionais especiais, que deveriam demonstrar condições para
acompanhar a turma no ensino regular, mediante apoio especializado paralelo. Tal
proposta baseava-se no modelo médico de deficiência, que centrava o problema
nos estudantes e isentava a escola de responsabilidades. À escola caberia tão
somente educar os alunos que tivessem condições de acompanhar as atividades
regulares.

Nos paradigmas de atendimento em educação especial, a integração, o processo de


aprendizagem e sucesso escolar é centrado no estudante. E a educação inclusiva entende
a diversidade entre os estudantes como um desafio positivo.

Constituição Federal – 1988 CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO


DESPORTOSEÇÃO I DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de
concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV -
gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais
da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;

Algumas Diretrizes e Leis Nacionais

Art. 206. CONTINUAÇÃO


VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de
qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos de lei federal.

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I -
educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na
idade própria; (Nova redação dada pela EC 59/09)

Redação anterior dada pela EC 14/96. I - ensino fundamental obrigatório e gratuito,


assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na
idade própria;

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;


Algumas Diretrizes e Leis Nacionais

III - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AOS PORTADORES DE


DEFICIÊNCIA, PREFERENCIALMENTE NA REDE REGULAR DE ENSINO;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;


(Nova redação dada pela EC 53/06) Redação original. IV - atendimento em creche e
pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um; VI - oferta e ensino noturno regular, adequado às condições do
educando; VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde. (Nova redação dada pela EC 59/09)
Algumas Diretrizes e Leis Nacionais

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais. § 1o O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental. § 2o O ensino fundamental regular
será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
Algumas Diretrizes e Leis Nacionais

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o
objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
(Nova redação dada ao caput pela EC 59/09)

I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria


da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica
e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do produto interno bruto.
Algumas Diretrizes e Leis Nacionais

DA CULTURA

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.§ 1o O Estado protegerá as manifestações das culturas populares,
indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório
nacional. § 2o A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação
para os diferentes segmentos étnicos nacionais. § 3o A lei estabelecerá o Plano Nacional
de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à
integração das ações do poder público que conduzem à: I - defesa e valorização do
patrimônio cultural brasileiro; II - produção, promoção e difusão de bens culturais; III -
formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; IV -
democratização do acesso aos bens de cultura; V - valorização da diversidade étnica e
regional.
Algumas Diretrizes e Leis Nacionais

DO DESPORTO

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como
direito de cada um, observados: I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e
associações, quanto a sua organização e funcionamento; II - a destinação de recursos
públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para
a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional
e o não-profissional; IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação
nacional.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Nós, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, representando 88


governos e 25 organizações internacionais em assembléia aqui em Salamanca, Espanha,
entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmamos o nosso compromisso para com a Educação
para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência do providenciamento de educação
para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do
sistema regular de ensino e re-endossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em
que, pelo espírito de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam
guiados.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Acreditamos e Proclamamos que:

- toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de
atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,

- toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de


aprendizagem que são únicas, sistemas educacionais deveriam ser designados e
programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a
vasta diversidade de tais características e necessidades,
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que
deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a
tais necessidades, escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os
meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além
disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a
eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles:

- Atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus sistemas


educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as crianças,
independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais.

- Adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política, matriculando


todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes razões para agir de
outra forma.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

O termo "necessidades educacionais especiais" refere-se a todas aquelas crianças ou


jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências
ou dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de
aprendizagem e portanto possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto
durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais crianças
bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com necessidades educacionais


especiais devam ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das crianças.
Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio que confronta a escola inclusiva é no
que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de
bem- sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam
desvantagens severa.
LINHA DO TEMPO - DATAS E DOCUMENTOS

➢1994 - Conferência Mundial sobre necessidades educacionais especiais: acesso e


qualidade, que resultou na conhecida Declaração de Salamanca, promovida pela UNESCO
e governo espanhol. Os pressupostos de Salamanca se difundiram rapidamente e
influenciaram/influenciam a elaboração de políticas de educação inclusiva no Brasil.

➢ 1990 - Estatuto da Criança e Adolescente, dispõe que crianças e adolescentes


“portadores de deficiência têm direito educacional (...) preferencialmente na rede regular de
ensino” (artigo 54, inciso III).

➢ 1996 - LDBEN 9394/96 – Dedicou um capítulo à Educação Especial e estabelece a


inclusão “preferencialmente” em rede regular.
➢ 1994 e 1999 - temos a Política Nacional de Educação Especial e a Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, respectivamente.

➢2000 – o Plano Nacional de Educação que fixou objetivos e metas a serem cumpridas a
curto e médio prazos para a melhoria da educação das pessoas com necessidades
educacionais especiais.
➢2001 – Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, instituiu no
Brasil os termos “educação inclusiva” e “necessidades educacionais especiais”;

➢2003 – Importante: o governo federal implantou o Programa Nacional Educação


Inclusiva: direito a diversidade. O programa foi elaborado a partir de um conjunto de
proposições da UNESCO (1993) e objetiva disseminar a política de educação inclusiva nos
municípios e apoiar a formação de gestores e educadores.
➢2004 –Projeto de Lei no 3.219 do Estatuto dos Portadores de Necessidades Especiais.

➢2007 – o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que entre outras medidas


estabelece metas para o acesso e a permanência no ensino regular e trabalha com a
questão da infraestrutura das escolas, abordando a acessibilidade das edificações
escolares, da formação docente e das salas de recursos multifuncionais..
➢2007 - versão preliminar da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, propondo o fim dos serviços educacionais especializados em escolas
e/ou classes especiais em instituições filantrópicas, comunitárias, etc.
➢Obs: A proposta não foi implementada, dado que o artigo 14 do Decreto Presidencial no
6.253 de novembro de 2007, continuou admitindo a distribuições de recursos do FUNDEB
para as instituições acima mencionadas.
➢ 2008 – Nova versão da Política Nacional da

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva é apresentada. A referida


política vem sendo amplamente difundida e orienta as redes a se transformarem em
“sistemas educacionais inclusivos”, já em sintonia com os princípios da Convenção

Internacional sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência, conhecida como Declaração da ONU

(organização das Nações Unidas), aprovada em 13 de

maio de 2008.
Declaração da ONU
(...) reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação. (...) deverão assegurar
um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de
toda a vida; (...) [reconhecem] as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema
educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam
excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob a alegação de deficiência;

Deverão assegurar que as pessoas com deficiência possam ter acesso à educação comum
nas modalidades de: ensino superior, treinamento profissional, educação de jovens e
adultos e aprendizado continuado, sem discriminação e em igualdade de condições com as
demais pessoas. Para tanto, os Estados Partes deverão assegurar a provisão de
adaptações razoáveis para pessoas com deficiência (DECLARAÇÃO DA ONU, 2006).

➢Junho de 2009 - O Conselho Nacional de Educação (PARECER 13) aprova as diretrizes


propostas pela Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e do
Decreto no 6.571.

➢Em outubro de 2009 foram instituídas as Diretrizes Operacionais para o Atendimento


Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial pela
Resolução 4.
Questões importantes
1. Sujeitos do AEE (art. 4o);

2. Financiamento (art. 8o);

3. O plano AEE (art.9o e 10o);

4.Formação e atribuições do professor de AEE

(ART. 12o E 13o).


SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL: NOVAS CONCEPÇÕES, NOVO PAPEL
SALA DE
RECURSOS Sistema colaborativo Escola Regular/ comum um dos principais suportes de
apoio à escola que pretende ser inclusiva.
Fonte: Pletsch (2009)

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