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SUMÁRIO

Apresentação..............................................................................................................05
Direito e Princípios da Educação................................................................................07
Objetivos gerais do Ensino Fundamental...................................................................08
Histórico da documentação norteadora da Educação................................................08
Legislação Municipal...................................................................................................13
Cumprimento da carga horária do Ensino Fundamental............................................14
Tempo Pedagógico.....................................................................................................15
Distribuição dos componentes Curriculares...............................................................16
Educação Infantil.........................................................................................................17
Anos Iniciais................................................................................................................18
Anos finais...................................................................................................................20
Educação de Jovens e Adultos (EJA).........................................................................22
Planejamento Pedagógico..........................................................................................23
Instrumentais de planejamento...................................................................................26
Orientação sobre o preenchimento dos Diários de Classe........................................26
Sistemática de Avaliação da Aprendizagem...............................................................27
Protagonismo e Interdisciplinaridade..........................................................................30
Orientação para o desenvolvimento do trabalho nas Salas de Recursos
Multifuncionais (SRM).................................................................................................31
Desenvolvimento dos Temas da Diversidade.............................................................35
Programas Complementares......................................................................................36
Formação dos Professores.........................................................................................37
Gestão Democrática....................................................................................................40
Considerações Finais..................................................................................................47
Bibliografia...................................................................................................................48

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EQUIPE

ANTÔNIO MAURÍCIO PINHEIRO JUCÁ


Prefeito Municipal

GALBA CARVALHO CARNEIRO


Vice Prefeito Municipal

ANTÔNIA IRONEIDE VIDAL PINHEIRO BEZERRA


Secretária Municipal de Educação

MARIA AURINEIDE DO NASCIMENTO


Coordenadora Pedagógica

MARIA CÍCERA CORREIA BARROS RODRIGUES


Gerente Municipal do MAISPAIC

MARIA MÁRCIA LINHARES


Orientadora Pedagógica Educação Infantil

STEFÂNIA ARAÚJO LOPES


Orientadora Pedagógica do Ensino Fundamental Anos Iniciais

OLIMARA DA SILVA LEMOS


Orientadora Pedagógica do Ensino Fundamental Anos Finais – ZONA RURAL

ANTÔNIO KLÉBER PINHEIRO DO Ó


Orientador Pedagógico do Ensino Fundamental Anos Finais

JARDEL CAVALCANTE LOPES


Orientador Pedagógico do Ensino Fundamental Anos Finais - SEDE

MARIA JAINA RIBEIRO


Formadora do Eixo de Educação Infantil e Ciclo de Alfabetização

MARIA JOSÉ DE SOUZA VIANA


Formadora do eixo de Língua Portuguesa (4º e 5º ano).

MANOEL SILVINO PEREIRA NETO


Coordenador do Busca Ativa Escolar

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APRESENTAÇÃO

A Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desporto de Senador


Pompeu apresenta as Orientações gerais para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico na Educação Infantil e Ensino Fundamental no ano de 2023. O
documento tem o objetivo de subsidiar o desenvolvimento das ações pedagógicas
realizadas pelos professores (as) e pela gestão, bem como fortalecer a comunicação
entre a SME e as unidades escolares.
Estas orientações nortearão as Instituições de Ensino da Rede Pública
Municipal quanto à organização das atividades pedagógicas durante o ano letivo de
2023, objetivando proporcionar um processo de ensino e aprendizagem eficiente
voltado para o desenvolvimento das potencialidades, interesses e competências
socioemocionais dos estudantes, assegurando que estes sejam sujeitos
protagonistas na construção do seu conhecimento, qualificando-os para o exercício
pleno da cidadania e inserção no mercado de trabalho.
O documento traz informações importantes da Rede, tais como:
objetivos gerais para o Ensino Fundamental, documentos norteadores para o ensino,
organização dos componentes curriculares quanto à carga horária correspondente a
cada um, planejamentos pedagógicos, sistemática de avaliação, organização
escolar, projetos e eventos escolares, documentos de acompanhamento
pedagógico, gestão democrática, dentre outros.
O conhecimento, estudo e utilização deste documento e dos
instrumentos pedagógicos nele citados possibilitarão o desenvolvimento de um
trabalho mais diligente e responsável, planos de aulas dinâmicos, interdisciplinares
que oportunizem aprendizagens mais significativas para os estudantes, melhorando,
consequentemente, os resultados das avaliações educacionais internas e externas.

Equipe Pedagógica

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DIREITO E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO

Conforme o Art. 205. Da Constituição Federal “A educação, direito de


todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
O mesmo documento traz no seu artigo 206 os princípios que regem a
educação, estando assim disposto:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação
escolar, garantidos, na forma da lei, planos de
carreira, com ingresso exclusivamente por
concurso público de provas e títulos, aos das
redes públicas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na
forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso
salarial profissional nacional para os profissionais
da educação escolar pública, nos termos de lei
federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
53, de 2006).

A carta magna, ainda enfatiza no Art. 208, Incisos III e IV que:

O dever do Estado com a Educação será


efetivado mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às
crianças de 0 a 6 anos de idade.

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OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 1996)


expressa no seu artigo 32 que o Ensino Fundamental tem como objetivo a formação
básica do cidadão mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

BREVE HISTÓRICO DA DOCUMENTAÇÃO NORTEADORA DA EDUCAÇÃO

A educação é regida por uma vasta documentação que a norteia, tanto


de teor normativo como de teor pedagógico. Torna-se, portanto, imprescindível a
todos os envolvidos no processo educativo conhecer e relacionar a legislação
vigente às suas práticas cotidianas. A devida observação destes documentos resulta
em uma construção pedagógica consciente, bem estruturada e dentro dos
parâmetros estabelecidos pela Lei. Portanto, com o intuito de corroborar com as
instituições destacaremos no decorrer destas orientações as principais Leis que
fundamentam a condução do processo de ensino e aprendizagem.
Começando pela Constituição Federal de 1988, que traz expresso em
seu âmago os direitos inalienáveis dos cidadãos brasileiros, e nos seus artigos 205
aos 214 delibera sobre os principais aspectos da educação enquanto direito do
cidadão e dever do estado, família e sociedade. O documento prevê em seu Artigo
210, a Base Nacional Comum Curricular, na qual serão fixados conteúdos mínimos
para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e
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respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. O Artigo 210
enfatiza ainda que:
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa,
constituirá disciplina dos horários normais das
escolas públicas de ensino fundamental. O
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado
em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de
suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.

No ano de 1996 foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (LDBEN, Lei 9394/96), que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional no que compete a todo processo educativo e suas peculiaridades
e que, em seu Artigo 26, regulamenta uma base nacional comum para a Educação
Básica.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997) são diretrizes
elaboradas pelo Governo Federal com o objetivo principal de orientar os
educadores por meio da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes
a cada disciplina, abrangem tanto a rede pública, como a rede privada de ensino,
conforme o nível de escolaridade dos alunos. Sua meta era garantir aos educandos
o direito de usufruir dos conhecimentos necessários para o exercício da cidadania.
Em 1997 São consolidados, em dez (10) volumes, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) para o Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano, apontados como
referenciais de qualidade para a educação brasileira. Em São consolidados, em dez
(10) volumes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino
Fundamental, do 6º ao 9º ano. A intenção é ampliar e aprofundar um debate
educacional que envolva escolas, pais, governos e sociedade. No ano 2000 são
lançados os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), em
quatro partes, com o objetivo de cumprir o duplo papel de difundir os princípios da
reforma curricular e orientar o professor, na busca de novas abordagens e
metodologias.
É instituído em 2008 e funciona até 2010 o Programa Currículo em
Movimento que busca melhorar a qualidade da educação básica por meio do
desenvolvimento do currículo da educação infantil, do ensino fundamental e ensino
médio.

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Diretrizes Curriculares Nacionais da educação básica (DCN, 2010),
A Resolução n. 4, de 13 de julho de 2010, define as Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica (DCNs) com o objetivo de orientar o
planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino. As DCN visam
estabelecer bases comuns nacionais para a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio, bem como para as modalidades com que podem se
apresentar, a partir das quais os sistemas federal, estaduais, distrital e municipais,
por suas competências próprias e complementares, formularão as suas orientações
assegurando a integração curricular das três etapas sequentes desse nível da
escolarização, essencialmente para compor um todo orgânico. A Resolução nº 5, de
17 de dezembro de 2009, fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil. Em 2010 é lançado o documento. Em 2011 A Resolução n.7, de 14 de
dezembro de 2010, fixa a Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos. E, em 2012 A Resolução n. 2, de 30 de janeiro de
2012, define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Diretrizes Curriculares Nacionais da educação Infantil (DCNEI,


2009) A Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, articulada às Diretrizes
Curriculares Nacionais da educação básica reúnem princípios e procedimentos para
orientar as políticas públicas, propostas pedagógicas e curriculares de educação
infantil.
Plano Nacional de Educação (PNE, 2014/2024), A Lei n. 13.005, de
25 de junho de 2014, regulamenta o Plano Nacional de Educação (PNE), com
vigência de 10 (dez) anos, que determina as diretrizes, metas e estratégias para a
política educacional no período de 2014 a 2024. Este documento tem 20 metas para
a melhoria da qualidade da educação básica e (04) quatro delas falam sobre a Base
Nacional comum Curricular (BNCC). O Plano constitui a fundamentação legal para
elaboração do Plano Municipal de Educação (PME, 2014 a 2024) que estabelece as
diretrizes, metas e estratégias em nível municipal.

A Base Nacional Comum curricular (BNCC, 2017), que é um


documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de

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aprendizagens essenciais que todo aluno deve desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica.
Entre 17 a 19 de junho de 2015 acontece I Seminário Interinstitucional
para elaboração da BNCC. Este Seminário foi um marco importante no processo de
elaboração da BNC, pois reuniu todos os assessores e especialistas envolvidos na
elaboração da Base. A Portaria n. 592, de 17 de junho de 2015, Institui Comissão de
Especialistas para a Elaboração de Proposta da Base Nacional Comum Curricular.
Em 16 de setembro de 2015 a 1ª versão da BNCC é disponibilizada. De 2 a 15 de
dezembro de 2015 houve uma mobilização das escolas de todo o Brasil para a
discussão do documento preliminar da BNCC. Em 3 de maio de 2016 a 2ª versão da
BNCC é disponibilizada. De 23 de junho a 10 de agosto de 2016 aconteceram 27
Seminários Estaduais com professores, gestores e especialistas para debater a
segunda versão da BNCC. O Conselho Nacional de Secretários de Educação
(CONSED) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME)
promoveram esses seminários. Em agosto, começa a ser redigida a terceira versão,
em um processo colaborativo com base na versão 2. Em abril de 2017, o MEC
entregou a versão final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ao Conselho
Nacional de Educação (CNE). O CNE irá elaborar parecer e projeto de resolução
sobre a BNCC, que serão encaminhados ao MEC. A partir da homologação da
BNCC começa o processo de formação e capacitação dos professores e o apoio aos
sistemas de Educação estaduais e municipais para a elaboração e adequação dos
currículos escolares. Em 20 de dezembro de 2017 a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) foi homologada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Em
22 de dezembro de 2017 o CNE apresenta a RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 22 DE
DEZEMBRO DE 2017 que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum
Curricular.
À luz da BNCC o Estado do Ceará elaborou o Documento Curricular
Referencial do Ceará (DCRC, 2019. p. 19) que, é referencial norteador dos
compromissos que devem ser assumidos pelas gestoras/pelos gestores do estado e
dos municípios que o integra, este documento representa a decisão política das
educadoras/dos educadores cearenses sobre a escola democrática, com qualidade
social, que precisa ser garantida às crianças, aos adolescentes, aos jovens e adultos
do Ceará.
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O mesmo busca apontar caminhos para que o currículo das escolas
cearenses seja vivo e prazeroso, de modo a assegurar as aprendizagens essenciais
e indispensáveis a todas as crianças e adolescentes, cumprindo de forma efetiva
com o compromisso assumido pelo Estado do Ceará que é o direito de aprender na
idade certa (DCRC, 2019. p. 15).
O Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar que é o
documento que garante a autonomia para as instituições de ensino em relação à
proposta de orientação de suas práticas educacionais, estabelecendo os objetivos
do ambiente educacional, podendo incluir desde a proposta curricular até a gestão
administrativa. Sua criação é obrigatória e deve ser colaborativa, com a participação
de todos os seguimentos escolares. O PPP consolida a proposta de gestão
democrática e participativa.
Na perspectiva de uma educação inclusiva faz-se necessário a
observância da vasta legislação que garantem os direitos das pessoas com
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, superdotação e ou altas
habilidades. Neste sentido, devem-se considerar, no âmbito Federal, os preceitos da
Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão - LBI, 2015) e a
leitura da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008), já no âmbito estadual destaca-se a Resolução Nº 456/2016 e na
esfera municipal a Lei Nº 1.411/2015.
Para a compreensão do trabalho educacional baseado no acolhimento
e respeito à diversidade como aspecto importante no processo de ensino e
aprendizagem indica-se a consulta às orientações do Plano Nacional de
Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das
Relações Ético-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira (Lei
Nº 10.639/2003) e Indígena (Lei Nº 11. 645/2008), além da referência à diferença
expressa no Plano Nacional de Educação (PNE 2014/2024) e no Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos (2007) que abordam os recortes de gênero, ético-
racial e população idosa.
Quanto as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para as
populações em situação de itinerância apresentamos o Parecer CNE/CEB nº
14/2011 e a Resolução CNE/CEB nº 3 de 16 de maio de 2012.

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Sobre o atendimento dos estudantes da modalidade da Educação de
Jovens e Adultos (EJA) a leitura da Proposta Curricular para o 1º e 2º
seguimentos do Ensino Fundamental (MEC, 1997); Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação de Jovens e Adultos (Parecer CEB nº 11/2000).
E considerando as especificidades de cada instituição e as
modalidades de ensino nela ofertada recomenda-se ainda a observação do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA, 1990), Estatuto do Idoso (2003).
No contexto municipal há um conjunto de Leis que norteiam a
condução das ações educacionais, dentre estas podemos citar a Lei 1.546/2019 do
conteúdo da história Local, Lei 1615/2021 da Educação Contextualizada e a Lei nº
1.641/2022 da Educação em tempo Integral, Lei nº 1.646/2022 da Equipe
Multiprofissional e Lei nº 1.635/2022 sobre a concessão de folga ao servidor público
no dia do seu aniversário.
Os documentos supracitados têm o objetivo de orientar o trabalho dos
docentes e gestores escolares em relação à proposta pedagógica e curricular, bem
como assegurar a garantia dos direitos de aprendizagem dos educandos.

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Algumas leis e decretos municipais são elaborados com o objetivo de


compor o embasamento legal para a elaboração do calendário letivo municipal,
organização da parte diversificada do currículo, bem como legitimar ações
pedagógicas e administrativas. São estas:
 LEI MUNICIPAL N° 1.178/2008 – Institui Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos do Poder Executivo do Município de Senador Pompeu.
 LEI MUNICIPAL N° 1.273/2011 – Cria Gratificação de Incentivo ao
aperfeiçoamento do Profissional do Magistério e dá outras providências.
 LEI MUNICIPAL N° 1.435/2017 – Altera o artigo 19 da Lei 1.178 de 02 de abril de
2008.

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 LEI MUNICIPAL N° 1.452/2017 – Formação do banco de gestores escolares por
meio de seleção.
 LEI MUNICIPAL N° 1.550/2019 – Institui a Semana da Pessoa com deficiência no
âmbito do município de senador Pompeu e dá outras providências.
 LEI MUNICIPAL N° 1.615/2021 – Dispõe sobre as diretrizes básicas para a
Política Municipal da Educação Contextualizada para a Convivência com o
Semiárido e dá outras providências.
 LEI MUNICIPAL N° 1.641/2022 – Autoriza o Poder Executivo a Instituir a
Educação em Tempo Integral, gradativamente, nas escolas da rede municipal e dá
outras providências.
 LEI MUNICIPAL N° 1. 635/2022 – Dispõe sobre a concessão de folga ao servidor
público municipal no dia do seu aniversário.
 LEI MUNICIPAL N° 1.646/2022 - Criação do cargo público de Assistente social e
psicólogo para composição da equipe multiprofissional da SME.
 LEI MUNICIPAL Nº 1.289/2011 – Dispõe sobre a contratação de pessoal por
tempo determinado.
 LEI MUNICIPAL Nº 1.546/2019 – Inclusão de forma transversal e interdisciplinar d
o conteúdo “História de Senador Pompeu” na Rede Municipal de Ensino.
 LEI MUNICIPAL N° 1.411/2015 - Criação do cargo de Monitores de Sala de Aula.
 LEI MUNICIPAL N° 1.036/2001 – Dispõe sobre o regime jurídico dos Servidores
Públicos municipal.

CUMPRIMENTO DA CARGA HORÁRIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Neste tópico ressaltaremos a legislação que fundamenta a duração do


Ensino Fundamental, a elaboração do Calendário Letivo e estipula a carga horária
mínima anual dos estudantes matriculados no Ensino Fundamental, bem como a
duração da hora/aula, conforme elencado abaixo:

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 Lei n° 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Art. 24º -
A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com
as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um
mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado
aos exames finais, quando houver.
O Conselho Nacional de Educação (CNE), mediante a Resolução nº 07/2010,
estabelece no Art. 8º - O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos,
abrange a população na faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade e
se estende, também, a todos os que, na idade própria, não tiveram condições de
frequentá-lo. O mesmo documento, ainda no Art. 8º, § 3º, condiciona a carga
horária mínima anual de 800h à hora relógio, ou seja, 60 (sessenta) minutos;
Considerando-se estes princípios Legais o Ensino Fundamental no
Município de Senador Pompeu será organizado de modo que a jornada escolar
incluirá, pelo menos, quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, podendo ser
progressivamente ampliado o período de permanência na escola, conforme Lei n°
9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Nestes termos, ainda conforme determina à legislação, a escola deverá
cumprir o mínimo de 800 (oitocentas) horas anuais, distribuídas em 200 (duzentos)
dias letivos de quatro horas diárias de efetivo trabalho pedagógico, cada tempo
pedagógico de 60 (sessenta) minutos.
Ressalta-se que dentro da carga horária mínima determinada pela
legislação, exclui-se o tempo destinado aos estudos de recuperação final.

TEMPO PEDAGÓGICO

Para o efetivo cumprimento da carga horária anual estabelecida por lei,


o horário de funcionamento apresentado na tabela abaixo deverá ser observado em
todas as escolas do município de Senador Pompeu, ao longo do ano letivo de 2023:

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TURNOS
SEGMENTO MANHÃ TARDE NOITE
7h às 7h55min. 13h às 13h55min. 19h às 19h40min.
EDUCAÇÃO 7h55min às 13h55min às 19h40min às
INFANTIL 8h50min 14h50min. 20h30min.
e INTERVALO INTERVALO INTERVALO
ENSINO 8h50min às 14h50min às 20h30min às
FUNDAMENTAL 9h10min. 15h10min. 20h40min.
9h10min às 15h10min às 20h40min às
10h05min. 16h05min. 21h20min.
10h05min às 16h05min às 21h20min às
11h 17h. 21h50min.

SEGMENTO TEMPO INTEGRAL


CRECHE ENTRADA: 7h30min SAÍDA: 16h30min.
EEFTI MOREIRA ENTRADA: 7h SAÍDA: 17h
CAMPOS

O Tempo pedagógico, ou seja, à carga horária diária de no mínimo 4


horas/aulas diárias exigidas por lei será contabilizado considerando a seguinte
equação: a soma do tempo das quatro aulas de 55 minutos mais o tempo do
intervalo de 20 minutos que, também é considerado tempo pedagógico, resultando
no cumprimento do mínimo de 800 horas aulas anual a que o estudante tem direito.
Orienta-se que a alimentação escolar seja servida dentro dos 20 minutos destinados
ao intervalo, com vista a não haver perdas no tempo pedagógico. Nas escolas de
tempo integral a carga horária excederá às 800 horas aula, correspondendo,
respectivamente, Creche 1.800 horas e EEFTI Moreira campos 2000 horas de
permanência dos educandos nas dependências da Instituição.

DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES

A distribuição dos componentes curriculares tem por objetivo nortear a


organização pedagógica da escola a fim de contribuir com a formação do estudante.
Cada componente curricular possui uma carga horária específica.
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A partir desta organização os gestores podem fazer a distribuição dos
horários semanais, atribuindo um ou mais componente para cada professor (a),
observando-se para isto, a formação de cada profissional. Os (as) professores (as),
por sua vez, deverão planejar as atividades de forma interdisciplinar.

1. EDUCAÇÃO INFANTIL

Conforme a BNCC (2017), o currículo é organizado por Campos de


Experiências que, por sua vez, são “[...] permeados por todas as áreas do
conhecimento, pelas múltiplas linguagens e pelas aprendizagens das práticas
sociais”, ficando organizado como mostra o gráfico abaixo:

EDUCAÇÃO INFANTIL

DIREITOS DE APRENDIZAGENS

BRINCAR EXPLORAR EXPRESSAR PARTICIAR CONVIVER CONHECER

CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS

O EU, O OUTRO CORPO, GESTOS TRAÇOS, SONS, ESCUTA, FALA, ESPAÇOS, TEMPOS,
E O NÓS. E MOVIMENTOS. CORES E PENSAMENTO E QUANTIDADES,
FORMAS. IMAGINAÇÃO. RELAÇÕES E
TRANSFORMAÇÕES.

BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS


(0 A 1 ANOS E 6 MESES) (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES) (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGENS

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2. ANOS INICIAIS

A distribuição do horário semanal de aulas através dos componentes


curriculares é apenas para efeito de organização didática, visto que tanto o professor
(a) regente com maior carga horária quanto o professor (a) regente com menor
carga horária devem ter como objetivo central de sua ação pedagógica a
aprendizagem de todos os estudantes.
Os professores (as) serão responsáveis pelo desenvolvimento
curricular, devendo trabalhar de forma integrada em benefício da aprendizagem do
estudante, observando o que está definido como competências dos docentes na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que define no seu Artigo 13:
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta
pedagógica do estabelecimento de
ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho,
segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de
recuperação para os alunos de menor
rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula
estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
VI - colaborar com as atividades de
articulação da escola com as famílias e a
comunidade. (LDB, 9394/96, At. 13)

Ressalta-se também a observância das Resoluções do Conselho


Nacional de Educação, e as demais Resoluções Estaduais e Municipais referentes à
educação.
Todos os componentes curriculares dos anos iniciais do Ensino
Fundamental deverão estar alinhados e articulados em torno da consolidação das
competências e habilidades de leitura, escrita, desenvolvimento do raciocínio
lógico matemático e resolução de problemas considerados fundamentais ao bom
desempenho dos estudantes ao longo da escolaridade.
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Obs.: Será denominado REGENTE A, professor (a) regente de maior
carga horária e REGENTE B professor (a) regente de menor carga horária,
professores (as) pedagogos (as) dos anos iniciais do Ensino Fundamental que,
respectivamente, são os titulares e possuem simultânea responsabilidade da turma,
cumprindo as recomendações legais do tempo sem interação com estudantes.
 Professor Regente de Maior Carga Horária na Turma:
a) 1º e 2º Anos: Língua Portuguesa (8h/a); Matemática (4h/a); Arte (1h/a);
b) 3º ao 5º Ano: Língua Portuguesa (6h/a); Matemática (6h/a); Arte (1h/a);
 Professor Regente de Menor Carga Horária na Turma:
a) 1º e 2º Ano: História (2h/a); Geografia (2h/a); Ciências (2h/a); Ensino Religioso
(1h/a).
b) 3º ao 5º Ano: História (2h/a); Geografia (2h/a); Ensino Religioso (1h/a); Educação
Ciências (2h/a).
 Professor Regente Único: assume todas as disciplinas dentro de um turno,
já que sua carga horária de planejamento está no contra turno.

MAPA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL


ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO)

COMPONENTES CARGA HORÁRIA SEMANAL E ANUAL


CURRICULARES
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO
S A S A S A S A S A
BASE NACIONAL COMUM

LÍNGUA PORTUGUESA 08 320 08 320 06 240 06 240 06 240

ARTES 01 40 01 40 01 40 01 40 01 40

MATEMÁTICA 04 160 04 160 06 240 06 240 06 240

CIÊNCIAS 02 80 02 80 02 80 02 80 02 80

HISTÓRIA 02 80 02 80 02 80 02 80 02 80

GEOGRAFIA 02 80 02 80 02 80 02 80 02 80

ENSINO RELIGIOSO 01 40 01 40 01 40 01 40 01 40
TOTAL CARGA HORÁRIA 20 800 20 800 20 800 20 800 20 800
Legenda: S - Semanal A – Anual

19
3. ANOS FINAIS

As orientações para o desenvolvimento das atividades previstas na matriz


curricular para os anos finais do Ensino Fundamental encontram-se em
conformidade com os parâmetros expresso na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB, 9394/96) visando o desenvolvimento das atividades previstas na
matriz curricular para os anos finais do Ensino Fundamental:
a) Língua Portuguesa (4h/a) Práticas de Linguagens: oralidade, leitura e produção
textual, análise linguística. Devem ser preferencialmente, ministrados pelo mesmo
professor (a), sempre que possível;
b) Matemática (4h/a) - Unidades Temáticas: Números, Álgebra, Geometria,
Grandezas e Medidas, Probabilidade e Estatística. As unidades temáticas da
Matemática devem ser trabalhadas de forma integrada. A separação é meramente
didática e devem ser, preferencialmente, ministradas pelo mesmo professor(a),
sempre que possível.
c) Arte - O ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos
níveis da educação, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
estudantes, de acordo com a Lei n° 9.394/97 - Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), em seu Art. 26, § 2º. Este Componente tem caráter
interdisciplinar e deve contemplar a multiplicidade de culturas, considerando a
diversidade de vivências em uma determinada sociedade, na medida em que grupos
e classes sociais manifestam linguagens, representações do mundo, de valores, de
relações interpessoais e de criações cotidianas. Diante deste fato, o professor(a)
deste componente curricular deverá planejar a sua aula de maneira a contemplar as
diversas formas de Arte.

d) A Educação Física - Integrada à proposta pedagógica da escola, é componente


curricular da educação básica, devendo fazer parte do horário escolar, conforme a
Lei n° 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9 (LDB), em seu
Art. 26, § 3º.

e) Ensino Religioso - Conforme a Lei 9394/96, em seu Artigo 33, e a resolução nº 7/2010/CNE,
que asseguram ao estudante matrícula facultativa no Ensino Religioso.

20
*Conforme a Lei 9394/96, em seu Artigo 33, e a resolução nº 7/2010/CNE, que asseguram ao
estudante matrícula facultativa no Ensino Religioso. Aquele que faz opção pelo Ensino Religioso passa a ter
uma (1) hora acrescida na carga horária do Núcleo Comum; os demais equiparam a carga horária com
Disciplinas Eletivas componentes das Atividades Complementares.

MAPA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS (6º AO 9º ANO)


CARGA HORÁRIA SEMANAL E ANUAL
DISCIPLINAS 6º ao 9º ANO
SEMANAL ANUAL
BASE NACIONAL COMUM

LÍNGUA PORTUGUESA 04 160


ARTES 01 40
MATEMÁTICA 04 160
CIÊNCIAS 02 80
HISTÓRIA 02 80
GEOGRAFIA 02 80
ENSINO RELIGIOSO 01 40
LÍNGUA INGLESA 02 80
EDUCAÇÃO FÍSICA 02 80
TOTAL CARGA HORÁRIA 20 800

MAPA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS


ESCOLAS MUNICIPAIS DE TEMPO INTEGRAL - 6º AO 9º ANO
ANOS/AULAS
ÁREAS DO COMPONENTES
BASE NACIONAL COMUM

CONHECIMENTO CURRICULARES 6º 7º 8º 9º
S A S A S A S A
CURRICULAR

Língua Portuguesa 06 240 06 240 06 240 06 240


LINGUAGENS E Inglês 02 80 02 80 02 80 02 80
CÓDIGOS Educação Física 02 80 02 80 02 80 02 80
Arte 02 80 02 80 02 80 02 80
MATEMÁTICA Matemática 06 240 06 240 06 240 06 240
CIÊNCIAS DA NATUREZA Ciências 03 120 03 120 03 120 03 120
História 03 120 03 120 03 120 03 120
CIÊNCIAS HUMANAS Geografia 03 120 03 120 03 120 03 120
Ensino Religioso * 01 40 01 40 01 40 01 40
TOTAL BASE NACIONAL COMUM * 28 1120 28 1120 28 1120 28 1120
DISCIPLINAS ELETIVAS S A S A S A S A
Jogos de Tabuleiro 01 40 01 40 01 40 01 40
COMPLEMENTARES

IMPC-Introdução à Metodologia da Pesquisa


01 40 01 40 01 40 01 40
Científica
ATIVIDADES

Empreendedorismo (JEPS) 02 80 02 80 02 80 02 80
Criação Literária 01 40 01 40 01 40 01 40
Cultura Digital 01 40 01 40 01 40 01 40
Apoio e Monitoramento das Tarefas Escolares 01 40 01 40 01 40 01 40
Expressão musical 01 40 01 40 01 40 01 40
Círculo de Diálogo e Cultura de Paz 01 40 01 40 01 40 01 40
Programa Inteligentes 02 80 02 80 02 80 02 80
Convivência com o Semiárido 01 40 01 40 01 40 01 40

21
TOTAL DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES 12 480 12 480 12 480 12 480
CARGA HORÁRIA TOTAL 40 1600 40 1600 40 1600 40 1600
4. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

A matriz curricular da Educação de Jovens e Adultos (EJA), seguindo


as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, está
organizada em uma base nacional comum e em uma parte diversificada. As
disciplinas sistematizadas que fazem parte do currículo são denominadas
componentes curriculares e se articulam em áreas de conhecimento.
Conforme determina a LDB, o Ensino Religioso é um componente
curricular de matrícula facultativa, parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino
Fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil. Na
Educação de Jovens e Adultos, o Ensino Religioso será ofertado para EJA I e II.
Na busca de contemplar a proposta aspirada para a formação integral
do estudante, o currículo da EJA deverá incluir nos componentes curriculares do
primeiro e segundo segmentos os temas transversais, tais como: cidadania,
trabalho, cooperativismo, empreendedorismo, economia solidária, ética, saúde,
sexualidade, família, sociedade, meio ambiente, tecnologia, cultura e outros.

 EJA PRIMEIRO SEGMENTO (EJA I e II).

A EJA I terá como foco o processo de alfabetização e contemplará


principalmente o domínio da leitura, da escrita e da Matemática. A EJA II consolidará
o processo de alfabetização e reforçará os conhecimentos de Língua Portuguesa,
buscando a fluência e a compreensão leitora, o desenvolvimento da produção de
textos, além do desenvolvimento da Matemática.
A modalidade de ensino aqui apresentada está em consonância com
os princípios estabelecidos pela Constituição Federal de 1988, que trata no seu
artigo 205 do Pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício do
trabalho, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96). Art. 37 e 38, bem como as
metas 09 e 10 no Plano Nacional da Educação (PNE 2014 – 2024).
22
Baseia-se na RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1, DE 5 DE JULHO DE 2000
Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos
e a RESOLUÇÃO nº 363/00 Dispõe sobre a Educação de Jovens e Adultos O
Conselho de Educação do Ceará (CEC), no uso de suas atribuições e tendo em
vista disciplinar a Educação de Jovens e Adultos no Sistema de Ensino do Ceará
que trazem em seu escopo a orientação de que os cursos da EJA devem pautar-se
pela flexibilidade tanto no currículo, quanto no tempo e espaço escolares visando
romper a simetria com o ensino regular de modo a permitir percursos
individualizados e conteúdos significativos para os jovens e os adultos.

MAPA CURRICULAR DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULOS - EJA


CARGA HORÁRIA SEMANAL E ANUAL
COMPONENTES EJA I EJA II EJA III EJA IV
BASE NACIONAL COMUM

CURRICULARES ALFABETIZAÇÃO 3º ao 5º 6º e 7º 8º e 9º
S A S A S A S A
LÍNGUA PORTUGUESA 08 320 08 320 06 240 06 240
ARTES 01 40 01 40 01 40 01 40
MATEMÁTICA 04 160 04 160 06 240 06 240
CIÊNCIAS 02 80 02 80 02 80 02 80
HISTÓRIA 02 80 02 80 02 80 02 80
GEOGRAFIA 02 80 02 80 02 80 02 80
ENSINO RELIGIOSO 01 40 01 40 01 40 01 40
LÍNGUA INGLESA - - - - 02 80 02 80
EDUCAÇÃO FÍSICA - - - - 02 80 02 80
TOTAL CARGA HORÁRIA 20 800 20 800 20 800 20 800
Legenda: S - Semanal A - Anual

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

O tempo do Planejamento Pedagógico é um período destinado às


diversas ações inerentes à prática do professor (a), por isso, faz-se necessária a
dedicação total a este tão importante momento que norteia as ações didáticas
imprescindíveis para o processo de ensino e de aprendizagem. Dentre as diversas
atividades que o professor (a) realiza durante o tempo sem interação com o
estudante, ressalta-se o planejamento das aulas a serem ministradas nas salas das
23
respectivas turmas que estão sob sua responsabilidade. O docente deve ter sempre
em mente que um bom planejamento deve ser ao mesmo tempo bem estruturado e
flexível, para que possa atender às especificidades de cada sala de aula e de cada
estudante. São elementos imprescindíveis para o cumprimento do período de
planejamento:
 A regularidade de sua ocorrência: Será realizado respeitando a Lei Federal
11.738/2008 que estabelece no seu art. 2º § 4º Na composição da jornada de
trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o
desempenho das atividades de interação com os educandos. Assim sendo, para o
professor com 40h semanais é reservado o tempo 13h para estudo e planejamento e
ao que possui carga horária de 20h semanais é concedido o tempo de 7h para o
mesmo fim, sem responsabilidade de interações com o educando neste período;
 A dedicação do tempo disponível para essa finalidade: Evitar ausentar-se ou
marcar atividades que comprometam a qualidade deste tempo tão importante e
significativo para o processo de ensino aprendizagem;
 A mediação do Coordenador Pedagógico: organizando materiais que
enriqueçam o estudo das temáticas propostas, favorecendo as trocas entre os
professores (as) que atuam com turmas dos diferentes níveis de ensino ofertados na
instituição e oportunizando aos docentes o contado com diversificado material de
estudo e pesquisa que favoreça a utilização de variadas fontes para subsidiar o
processo de planejamento.
O tempo destinado ao estudo e ao planejamento dos professores (as) deverá ser
ocupado priorizando as ações pedagógicas abaixo relacionadas:
 Elaboração do planejamento das aulas: Deverá ser realizado conforme as
orientações da SME e do Programa de Aprendizagem na Idade Certa (MAISPAIC).
 Aprofundamento de estudos: Os estudos iniciados nas formações presenciais
serão aprofundados na escola através de leituras, pesquisas, elaboração de
materiais complementares e discussões de temas relevantes para a prática
pedagógica. Esses momentos deverão ser conduzidos pelo Coordenador
Pedagógico, principal agente de formação no contexto escolar.
Preenchimento de Diários de Classe: Neste momento o professor (a) deverá
aproveitar para mantê-lo em ordem e atualizado, sem emendas e rasuras,
registrando as informações sobre o trabalho realizado em sala de aula.
24
Registro das observações acerca do desenvolvimento global e, em especial,
da aprendizagem dos estudantes – O momento do planejamento também é
propício para os registros individuais de cada estudante que deverão ser realizados,
sistematicamente, pelo professor (a) nos instrumentais destinados para essa
finalidade. Tais registros são produzidos através das observações das ações, das
reações e das reflexões de cada estudante, a partir das atividades propostas e
intervenções em sala de aula. Os referidos apontamentos serão utilizados,
posteriormente, pelo professor (a) no momento de elaboração dos relatórios
individuais.
Participação nas formações: Considerando a importância da formação
continuada para a efetivação de uma prática pedagógica qualificada, os professores
(as) da rede municipal deverão participar de todas as formações ofertadas pela SME
e MAISPAIC preferencialmente nos dias de estudo e planejamento. A carga horária
destinada a essa atividade será contabilizada para efeito de certificação.

INSTRUMENTAIS DE PLANEJAMENTO

Para organizar a sistematização do planejamento os instrumentais de


Planos Estruturantes que ajudará ao professor aperfeiçoar o tempo pedagógico.
Deve alinhado ao plano anual e conter os objetivos, conteúdos, metodologias e
recursos necessários para cada aula.
O planejamento deverá ser realizado, sempre que possível, em
parceria com o Coordenador Pedagógico, de modo a permitir que este possa
acompanhar e dar o devido encaminhamento à sua execução em caso de um
eventual afastamento do professor (a). Dessa forma, é imprescindível que o
Caderno de Planejamento Pedagógico esteja acessível e atualizado para que a
rotina pedagógica aconteça com transparência e sem imprevistos.

25
ORIENTAÇÕES SOBRE O PREENCHIMENTO DOS DIÁRIOS DE CLASSE

O Diário de Classe é o documento oficial de registro das unidades


escolares que auxilia o professor (a) a sistematizar a frequência, os conteúdos e os
instrumentos de registro de desempenho utilizados para o acompanhamento
pedagógico dos estudantes nas turmas e componentes curriculares.
No município de Senador Pompeu será adotado a seguinte dinâmica
de trabalho: as turmas dos Anos finais utilizarão o diário online e as turmas da
Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais trabalharão com diários
impressos.
É do professor (a) a responsabilidade pelo preenchimento deste
documento, bem como pela veracidade dos registros nele efetuados. Os registros e
atualizações deverão ocorrer na escola, no tempo destinado para isto.
A guarda e segurança do Diário de Classe são de responsabilidade do
Diretor e do Secretário da unidade escolar, portanto, não devendo este ser retirado,
em hipótese alguma, da escola.
O professor (a) deverá mantê-lo em ordem e atualizado, sem emendas
e rasuras. Se houver rasuras, estas devem ser ressalvadas e rubricadas pelo
professor (a) da turma/componente curricular.
A frequência e as informações sobre o trabalho realizado em sala de
aula devem ser registradas diariamente. Ao final de cada mês, devem estar
devidamente preenchidos os campos referentes à:
• Frequência diária dos estudantes;
• Somatório mensal da frequência dos estudantes;
• Registro da data e da atividade/conteúdo;
• Registro das avaliações e recuperação paralela de cada bimestre;
• Registro das intervenções realizadas como Recuperação Paralela e
com quais estudantes elas foram aplicadas;
• Assinatura do(s) Professor (es);
• Assinatura do Coordenador Pedagógico;
• Assinatura do Secretário Escolar.

26
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

O processo de avaliação como etapa fundamental do processo


educativo integra o caráter diagnóstico, formativo e somativo ao envolver a
comunidade escolar em momentos de reflexão crítica sobre práticas e
aprendizagens desenvolvidas.
O caráter diagnóstico da avaliação qualifica as características e o nível
em que se encontra o estudante em qualquer momento do seu percurso, a fim de
subsidiar algumas sequências de trabalho e estratégias de ação adaptadas às suas
necessidades, pré-requisitos e interesses. Os resultados obtidos nos momentos de
diagnóstico nortearão o desenvolvimento do ensino, nas diversas áreas
componentes da proposta pedagógica da escola.
O caráter formativo orienta e reorienta o processo de elaboração do
conhecimento, exigindo de professores (as) e estudantes uma relação dialógica
entre ensinar e aprender, sinalizando a ambos o nível de aprendizagem e
perspectivas de avanço, com foco na aprendizagem e na construção da autonomia
do estudante.
O caráter somativo fornece informações necessárias aos registros do
desempenho do estudante ao longo da vida escolar, expressando o resultado da
aprendizagem em momentos específicos, que podem ser compreendidos como: final
de um ciclo, bimestre, semestre, etapa, ano escolar etc.
Com relação à Educação infantil a LDB determina, no Art. 31, Inc. I
avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças,
sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; As
Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educação Infantil corroboram com essa
disposição legal quando expressa que:
As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das
crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação... (DCNEI, 2010,
p.29).
Conforme as DCNEI o processo avaliativo na educação infantil deve
garantir:
27
A observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e
interações das crianças no cotidiano; A Utilização de múltiplos registros realizados
por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.); A continuidade
dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos
diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de
Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e
transição pré-escola/Ensino Fundamental); Documentação específica que permita às
famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil; A não retenção
das crianças na Educação Infantil. (DCNEI, 2010, p.29).

Posto isto orientamos as instituições de Educação Infantil do município


de Senador Pompeu utilizem a prática da observação crítica e criativa das ações das
crianças, fazendo registros diários por meio de diferentes instrumentais, como vídeo,
fotografias, arquivos de atividades impressas, produções das crianças, relatos de
falas e atitudes que chamem a atenção, registros de momentos de interação com a
da família, dentre outros e ao final de cada bimestre construa a partir das
informações coletadas um relatório demonstrando os avanços das crianças nos
diferentes aspectos do seu desenvolvimento.
A Secretaria da Educação disponibilizará um modelo de instrumental
de avaliação que será utilizado por toda rede pública municipal de ensino.
No ensino fundamental trabalha-se com a perspectiva apresentada
pela BNCC, de que as instituições de ensino devem:
Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo
ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem,
tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos
professores e dos alunos; (BNCC, 2018, p.17).

Tal afirmação significa que devemos pensar em avaliação para além


das provas bimestrais. De acordo com Vasconcellos (1998, p. 53), avaliação é um
processo abrangente da existência humana implica uma reflexão crítica sobre a
prática, no sentido de captar os avanços, resistências, dificuldades e possibilitando
uma tomada de decisão e soluções para superação dos obstáculos.
28
Salientado que no ano de 2022 teremos a avaliação do SPAECE para
as turmas de 2º, 5º e 9º anos precisamos dar uma atenção para estas a fim de obter
excelentes resultados. Não obstante todas as demais turmas devem receber a
mesma atenção no que se refere à construção da aprendizagem.
Nesta perspectiva, o processo de avaliação no município de Senador
Pompeu seguirá o seguinte cronograma:
 Avaliação diagnóstica: Início do ano, nas duas primeiras
semanas todas as turmas passarão por uma avaliação de língua portuguesa e
matemática para analisar quais descritores (habilidades) já estão consolidadas e
quais não estão e a partir deste diagnóstico decidir quais as necessidades da turma
e assim aplicar atividades que resultem em aprendizagem significativa. Esta mesma
ação deverá ser repetida ao início do segundo semestre. A SME por meio dos
orientadores e formadores disponibilizará um banco de questões que poderão ser
utilizadas pelas escolas nestas avaliações, considerando a Matriz dos saberes.
 Tendo realizado a avaliação diagnóstica e captado as
necessidades da turma, o docente deve realizar atividades diversificadas no
decorrer de todo período que enfatizarão as habilidades e competências, bem como
os descritores que ainda não estão consolidados. Dentre os instrumentais de
avaliação mais comuns, destacamos:
1. Produções orais;
2. Produções escritas;
3. Trabalhos individuais;
4. Trabalhos coletivos;
5. Questionários;
6. Exercícios;
7. Atividade de autoavaliação;
8. Avaliação entre pares;
9. Seminários;
10. Simulados;
11. Produções audiovisuais;
12. Montagens e exposição de painéis;
13. Estudos de casos;
14. Games;
29
 Provas escritas- Estas serão realizadas ao final do período e
produzirão as notas que se transformarão nas médias bimestrais, necessárias para
compor as escriturações pedagógicas que demonstram o desempenho do aluno e
condicionam sua aprovação e reprovação.
 Sobre encerramento do ano letivo, no que concerne o
processo de Aprovação / Reprovação e Escrituração Escolar no período pós
Pandemia: Devem-se observar os requisitos legais do Parecer 0299/2020 que ainda
está em vigor e o Parecer CEE 0386/2021 até que surjam outras orientações legais.

PROTAGONISMO E INTERDISCIPLINARIDADE

Os professores (as), em parceria com o Coordenador Pedagógico,


devem desenvolver estratégias didáticas interdisciplinares que permitam aos
estudantes serem protagonistas e participantes ativos de seu percurso pedagógico.
Nesse sentido, recomenda- se que sejam planejadas aulas que permitam aos
estudantes: a articulação entre teoria e prática, o desenvolvimento da prática leitora
em todos os campos do saber, a ampliação do espírito investigativo, a utilização de
novas mídias e recursos educacionais, dentre outras.
A escola deverá proporcionar aos estudantes momentos que
favoreçam o encantamento pela leitura, a oralidade, o acesso a todos os tipos de
manifestações artísticas culturais, a curiosidade científica, a criatividade, o raciocínio
lógico, o pensamento crítico e autônomo que são essenciais para o desenvolvimento
e formação plena do estudante. Os projetos bem sucedidos que poderão ser
apresentados nos diversos eventos pedagógicos dos quais os estudantes poderão
participar. Faz-se necessário que a escola estimule e esclareça aos estudantes
sobre esses eventos e crie condições de estudo que os permitam participar
ativamente. Listamos alguns eventos em nível federal, estadual e municipal para os
estudantes do Ensino Fundamental:
30
1. Feira Municipal de Ciências e Cultura;
2. NUCA;
3. JEPS;
4. Projeto Educar;
5. Programa EU SOU CIDADÃO – Amigos da Leitura;
6. Exposições escolares na semana do município sobre a história
de Senador Pompeu, sobre o bairro e/ou distrito no qual a escola está inserida;
7. Mostras culturais e científicas referente aos temas integradores:
Ex: “Dia D da Leitura”, Semana da Consciência Negra, Festas Juninas, etc;
8. Projeto É tempo de Soletrar;
9. Projeto Tempo de Calcular;
10. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
(OBMEP);
11. Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro;
12. Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente;
13. Olimpíada Nacional em História do Brasil;

ORIENTAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO NAS SALAS DE


RECURSOS MULTIFUNCIONAIS (SRM)

A Secretaria Municipal da Educação (SME) estabelece orientações


para a organização do trabalho realizado nas Salas de Recursos Multifuncionais
(SRM), conforme as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva/2008.

 SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS (SRM)

As Salas de Recursos Multifuncionais-SRM são espaços físicos


localizados em escolas da rede pública municipal de ensino, dotadas de mobiliário,
31
materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos
específicos para o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais
de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, conforme art. 1 § 1º do
Decreto Federal nº 7.611/2011.
A rede municipal de ensino de Senador Pompeu oferta o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) nas Salas de Recursos Multifuncionais. As SRM
são polos de Atendimento Educacional Especializado onde acontecem os
atendimentos dos estudantes público-alvo da Educação Especial, da unidade
escolar polo e adjacências. As salas estão organizadas seguindo as especificações
estabelecidas pelo Ministério da Educação e as orientações descritas nos diferentes
documentos legais de implantação destas salas, como o Manual de Orientação e o
Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais (BRASIL, 2010).
Os equipamentos e os materiais didático-pedagógicos pertencentes às
Salas de Recursos Multifuncionais também podem ser utilizados pelos estudantes
público-alvo da Educação Especial nas salas de aulas regulares, nos demais
ambientes escolares ou em domicílio, sendo vedado o desvio para outros
propósitos, conforme orienta a Nota Técnica MEC/SECADI/DPEE nº 42/20153.

 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

O Atendimento Educacional Especializado como serviço da Educação


Especial na perspectiva da educação inclusiva é realizado, prioritariamente, nas
SRM da própria escola, em outra escola de ensino regular ou em outra escola da
rede onde tenha a SRM sendo esse atendimento realizado no turno inverso da
escolarização.
As atividades desenvolvidas nas SRM se diferenciam das realizadas na
sala de aula regular e não se caracteriza como aula de reforço ou apoio temporário.
Portanto, esse serviço tem por finalidade identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras que impedem a plena
participação dos estudantes público da educação especial (MEC/SEESP, 2008).
O Atendimento Educacional Especializado orienta-se pelo estudo de
caso que compreende cinco etapas:
32
 Apresentação do caso;
 Esclarecimento do problema;
 Identificação da natureza do problema;
 Resolução do problema e elaboração do Plano de AEE.

Ressalta-se que a orientação para o desenvolvimento do estudo de


caso deverá contemplar todos os níveis de ensino. Para o conhecimento de cada
etapa detalhada, consultar a Coleção “Educação Especial na perspectiva da
Inclusão Escolar” disponível em https://inclusaoja.com.br/2011/05/27/colecao-a-
educacao-especial-na-perspectiva-da-inclusao-escolar/.

 O PROFESSOR (A) DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL


ESPECIALIZADO

O professor (a) do Atendimento Educacional Especializado atenderá os


estudantes de forma individual ou em pequenos grupos, de segunda a quinta-feira,
considerando as especificidades de cada estudante com deficiência, transtornos
globais de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, tendo como
finalidade a superação das barreiras linguísticas, cognitivas, conceituais, físicas,
visuais, dentre outras, observando quais recursos, linguagens e atividades serão
mais adequadas para cada especificidade.
Atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado O
professor (a) de AEE deverá desenvolver seu trabalho considerando as seguintes
ações:
A) Realizar a entrevista com a família, a avaliação diagnóstica e o
estudo de caso do estudante;
B) Elaborar, executar e avaliar o Plano de AEE do estudante,
contemplando:
• A identificação de suas habilidades e necessidades educacionais
específicas;
• A definição e a organização das estratégias, serviços e recursos
pedagógicos e de acessibilidade;

33
• O tipo de atendimento, conforme as necessidades educacionais
específicas dos estudantes;
• O cronograma do atendimento, individual ou em pequenos grupos, e
a carga horária;
C) Programar, acompanhar e avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade
dos recursos pedagógicos e de acessibilidade no AEE, na sala de aula regular e nos
demais ambientes da escola;
D) Produzir materiais didáticos e pedagógicos acessíveis,
considerando as necessidades educacionais específicas dos estudantes e os
desafios que estes vivenciam no ensino comum, a partir dos objetivos e das
atividades propostas no currículo;
E) Estabelecer a articulação com os professores(as) da sala de aula
regular e com os demais profissionais da escola, visando à disponibilização dos
serviços e recursos e o desenvolvimento de atividades para a participação e a
aprendizagem dos estudantes nas atividades escolares, bem como as parcerias com
as áreas intersetoriais;
F) Desenvolver atividades próprias do AEE, de acordo com as
necessidades educacionais específicas dos estudantes: ensino da Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS) para estudantes com surdez; ensino da Língua Portuguesa
escrita para estudantes com surdez; ensino da Comunicação Aumentativa e
Alternativa (CAA); ensino do sistema Braille, do uso do soroban e das técnicas para
a orientação e mobilidade para estudantes cegos; ensino da informática acessível e
do uso dos recursos de Tecnologia Assistiva (TA); ensino de atividades de vida
autônoma e social; orientação de atividades de enriquecimento curricular para as
altas habilidades ou superdotação; e promoção de atividades para o
desenvolvimento das funções mentais superiores.
G) Planejar as atividades próprias do AEE às sextas-feiras, participar
de reuniões e formações solicitadas pela SME.

34
DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS DA DIVERSIDADE

No que diz respeito às temáticas referentes à diversidade, a Secretaria


Municipal da Educação de Senador Pompeu segue as orientações do MEC, apoiada
no Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
brasileira, Africana (Lei. nº 10.639/03) e Indígena (Lei nº 11.645/08) cujo objetivo é
colaborar para que as instituições educacionais cumpram as determinações legais
de enfrentamento a todas as formas de preconceito, racismo e discriminação, tendo
em vista a garantia do direito de aprender, a equidade educacional, a igualdade de
oportunidades, situações estas que contribuem para uma sociedade pautada na
justiça e solidariedade.
Ainda no tocante à diversidade étnico-racial e social brasileira, esta
Secretaria tem como base as diretrizes para o atendimento de educação escolar às
populações em situação de itinerância, tais como às populações ciganas, os povos
de circo, os trabalhadores itinerantes, os acampados e os artistas.
A orientação objetiva que as escolas municipais assegurem garantia de
matrícula e permanência em qualquer época do ano, às crianças, aos adolescentes,
aos jovens, aos adultos e aos idosos ciganos ou circenses.
Sendo assim, a SME acolhe o Parecer CNE/CEB n° 14/2011 e a
Resolução CNE/CEB nº 3, de 16 de maio de 2012. Por conseguinte, a Secretaria,
em consonância com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos do MEC
e do Ministério da Justiça (2007), considera a escola um espaço de aprendizagem,
de cidadania e da valorização humana.
Dessa forma, A SME recomenda que os professores (as) desenvolvam
de modo contextualizado, através de projetos no âmbito escolar as temáticas que
incentivem a Cultura de Paz e valorizem as diversidades (geracional, étnico-racial,
religiosa, cultural, territorial, de gênero, de orientação sexual e de nacionalidade),
bem como as temáticas de participação social inseridas nos temas transversais, que

35
se caracterizam por um conjunto de assuntos transversalizados nas diversas áreas
do currículo, propostos na BNCC.
Os temas integradores expressam conceitos e valores básicos à
democracia e à cidadania e atendem a questões importantes e urgentes para a
sociedade contemporânea.
A BNCC traz como temas integradores, temáticas como: ética, meio
ambiente, saúde, trabalho, consumo, orientação sexual e pluralidade cultural na
perspectiva da integração entre todas as áreas do conhecimento.

PROGRAMAS COMPLEMENTARES

No intuito de complementar o trabalho pedagógico desenvolvido nas


instituições de ensino a SME fez adesão a programas Federais e Estaduais que
serão desenvolvidos paralelamente às atividades escolares e promoverão a
melhoria da aprendizagem dos educandos. São estes:
PROGRAMA TEMPO DE APRENDER: Um programa do governo federal de
alfabetização baseada na Ciência que atuará nos anos iniciais (1º e 2º ano), com as
crianças que estão em déficit de aprendizagem objetivando a aquisição da fluência
leitora e da escrita convencional;
PROGRAMA BRASIL NA ESCOLA: Um programa do governo federal que assistirá
as turmas dos anos finais, com o propósito de promover a recuperação da
aprendizagem aos alunos com baixo rendimento escolar;
PROGRAMA BUSCA ATIVA ESCOLAR: Atuará junto às escolas prevenindo a
evasão escolar;
PROJETO EU SOU CIDADÃO: Por meio da criação do grupo amigos da leitura
este programa objetiva desenvolver o gosto pela leitura, bem como a criticidade dos
adolescentes por meios de livros com temáticas próprias para este público;
PACTO PELA APRENDIZAGEM: Programa do governo estadual que objetiva a
recuperação da aprendizagem, visto que os anos de Pandemia causaram um déficit
significativo no processo de ensino aprendizagem dos nossos estudantes.
36
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS PROFESSORES

Sobre a formação inicial e continuada dos professores a Lei de


Diretrizes e Bases da Educação determina que:
Art. 62.  A formação de docentes
para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura plena, admitida,
como formação mínima para o exercício do
magistério na educação infantil e nos cinco
primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida
em nível médio, na modalidade normal. (Redação
dada pela lei nº 13.415, de 2017)

Neste sentido ressaltamos que, o município de Senador Pompeu


possui 100% dos docentes atuando dentro das recomendações legais, sendo que da
totalidade do quadro de professores apenas dois ainda estão com formação em
nível médio, na modalidade normal, trabalhando nas turmas de educação infantil e
os demais possuem nível superior, com licenciatura na sua área de atuação.

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES

A formação continuada para professores (as) é um processo


permanente de aprimoramento dos saberes necessários à atividade docente,
realizada após a formação inicial, com o objetivo de manter o profissional capaz de
se adaptar às diversas e rápidas mudanças no campo educacional e em constante
reflexão sobre sua prática.
Nessa direção, a formação continuada acontece dentro de uma
perspectiva sócio-construtivista e tem como compromisso promover a reflexão
acerca do conhecimento socialmente constituído e historicamente determinado, a
fim de fomentar o processo formativo para o alcance de sujeitos críticos e leitores
analíticos das realidades sociais.
De acordo com a LDB, Art. 62, § 1º  A União, o Distrito Federal, os
Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação
inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério (Incluído pela
Lei nº 12.056, de 2009). A vista disto a Secretaria da Educação em parceria com o
37
governo Estadual por meio do Programa de Aprendizagem na Idade Certa (MAIS
PAIC) oferta curso de formação continuada para todos os professores que atuam na
rede pública de ensino.
Sobre a participação do docente nestes momentos formativos tomamos
por base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN,1996) o Art. 13,
que trata das incumbências dos docentes, Inciso V - ministrar os dias letivos e
horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados
ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional. (grifo nosso);
A formação continuada para professores (as) ofertada pela rede
acontece em dois momentos, a saber: a) Formação por componente/área de
atuação (MAIS PAIC); b) Formação no contexto da escola.

A) FORMAÇÃO POR COMPONENTE/ÁREA DE ATUAÇÃO (MAIS PAIC):

A formação ofertada pela rede em regime de colaboração, por meio do


Programa de Aprendizagem na Idade Certa (MAIS PAIC) objetiva proporcionar ao
professor(a) a reflexão da ação docente a fim de tornar sua ação refletida, ou seja,
num movimento de ação-reflexão-ação.
Para tanto, o papel do formador de professores (as) centra-se no
exercício de mediar o sujeito que aprende e o objeto de conhecimento em questão.
A mediação favorece a troca de experiências e aprendizagem entre os pares,
colaborando com o seu crescimento profissional.
Os encontros formativos estão desenhados com a intenção de garantir
a práxis pedagógica, desenvolvimento de momentos como de: fundamentação
teórica, vivências de práticas docentes e estratégias metodológicas.
Logo, o entendimento do espaço formativo como possibilidade de
diálogos, reflexões, planejamentos, orientações, encaminhamentos, partilhas de
saberes e escuta docente.

38
B) FORMAÇÃO NO CONTEXTO DA ESCOLA

A formação em contexto escolar, mais precisamente nos horários


destinados a estudo e planejamento e alinhamentos pedagógicos, é mediada pelo
coordenador pedagógico, tem por objetivo favorecer condições para refletir sobre a
prática docente e a aprendizagem dos estudantes.
Proporciona momentos coletivos de troca de experiências e de
protagonismo do professor (a) Dialoga com os temas das formações MAIS PAIC e
permite refletir, de forma mais específica, o contexto de cada unidade escolar.
Entre os elementos formativos que devem compor esses momentos
estão:
 Refletir sobre o acompanhamento do desenvolvimento da aprendizagem dos
estudantes;
 Refletir sobre a importância do ato de planejar segundo a realidade apresentada
por cada turma;
 Refletir sobre a organização e a gestão de sala de aula como ambiente que
favorece ao desenvolvimento das relações de ensino e de aprendizagem;
 Pensar sobre a possibilidade de proporcionar uma maior participação da família
no cotidiano da escola.
 Reflexão sobre avaliação diagnóstica, formativa, qualitativa e quantitativa e sua
aplicação para promover a melhoria do ensino/aprendizagem.

 FORMAÇÃO PARA DIRETORES E COORDENADORES PEDAGÓGICOS

A formação continuada para Diretores e Coordenadores Pedagógicos é


um espaço formativo em que os gestores escolares refletem sobre a própria prática,
na perspectiva de construir, desconstruir e reconstruir saberes inerentes as suas
atividades, visto que são agentes articuladores, formadores e transformadores
dentro das instituições escolares.
Vale ressaltar que esses momentos formativos são ofertados em
regime de colaboração por meio do Programa de Aprendizagem na Idade Certa
(MAIS PAIC) e constituem espaços de orientações para a realização das ações que
acontecem nas escolas.
39
GESTÃO DEMOCRÁTICA

I. CONCEITO DE GESTÃO

 “Gestão é administração, é tomada de decisão, é organização, é


direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a atingir
seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel”. (FERREIRA, 2003)
 “A Gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e
procedimentos para se atingir determinados objetivos da organização, envolvendo
basicamente os aspectos gerenciais e técnicos administrativos”.(LIBÂNEO, 2004)
 “Processo de gerir a dinâmica do sistema de ensino como um
todo e de coordenação das escolas em específico, afinados com as diretrizes e
políticas educacionais públicas, para implementação das políticas educacionais e
projetos pedagógicos das escolas...”. (LUCK, 2006)

II. DO PRINCÍPIO DA DEMOCRACIA

 Conforme o artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional (LDB), que dispõe sobre princípios da Educação, inciso VIII está
determinado a Gestão Democrática do Ensino Público; Esse modelo de gestão se
concretiza por meio da elaboração participativa da documentação norteadora que
regerá todo funcionamento da Instituição de Ensino, a saber:
A. Projeto Político Pedagógico;
B. Regimento Escolar;
 No artigo 14 da mesma Lei (9394/96) define que as normas da
gestão democrática precisam respeitar dois princípios:
A. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
B. Participação da comunidade escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
No Plano Municipal de Educação, encontramos na sua meta 19, que
trata da Gestão Democrática, que esta, “estabelece o favorecimento do processo de
40
autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos
de ensino com assessoria técnica da Secretaria da Educação”. Neste sentido, infere-
se da afirmação acima que, trata-se de um modelo administrativo no qual, cada
individuo, dentro da estrutura organizacional desenvolve um papel de grande
relevância, pois na execução de suas atribuições contribui para o êxito do projeto
educacional da Instituição Escolar na qual está inserido.
Para a excelência da Gestão Democrática faz-se necessário que os
seguimentos estejam cientes da legislação que regulamenta e estabelece o papel a
ser desenvolvido por cada indivíduo, e que a liderança cumpra e faça cumprir todas
as premissas Legais. Para tanto, discorremos abaixo sobre os deveres e direitos
contidos na documentação norteadora da educação:

I. DAS ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO GESTOR ESCOLAR:

 O artigo 12 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) está


explícito tudo que é de incumbência da Instituição de Ensino,
consequentemente diz respeito às ações que é de competência do núcleo
gestor, são estas:
A. Elaborar e executar a Proposta Pedagógica;
B. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
C. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas;
D. Velar pelo cumprimento do Plano de Trabalho de cada Docente;
E. Prover meios para a Recuperação dos alunos de menor rendimento;
F. Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração
da sociedade com a escola;
G. Informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e se for o caso, os
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como
sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
H. Notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que
apresentem quantidades de faltas acima de 30%( trinta por cento) do
percentual permitido por lei;

41
I. Promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos
os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullyng), no
âmbito da escola;
J. Estabelecer ações destinadas a promover a cultura da paz nas Escolas;
K. Promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e
enfrentamento ao uso e dependência de drogas.

II. DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS

A. FUNÇÕES DO DIRETOR ADMINISTRATIVO


 Traçar os objetivos e metas da instituição de ensino a respeito do aprendizado e
do método de ensino que será aplicado na escola;
 Tem a responsabilidade legal e pedagógica pela instituição;
 Supervisionar o Projeto Político Pedagógico (PPP);
 Gerenciar a atuação da equipe docente;
 Realizar reuniões periódicas com os pais, professores e coordenação da escola;
 Organizar eventos escolares;
 Envolver a comunidade escolar no dia a dia da instituição;
 Implementar as políticas públicas e diretrizes estabelecidas por órgãos
governamentais;
 Realizar a gestão financeira da instituição;
 Analisar e acompanhar o desenvolvimento dos alunos.

B. FUNÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO


 É responsável pelo direcionamento e acompanhamento do trabalho pedagógico
realizado na escola;
 Ajudar os professores a encontrar as melhores formas de otimizar a
aprendizagem dos alunos;
 Coordenar a elaboração do Projeto Político Pedagógico;

42
 Acompanhar o cumprimento do PPP na rotina escolar e observar os pontos que
podem ser melhorados;
 Avaliar os materiais didáticos utilizados pelos professores para garantir o
cumprimento dos objetivos educacionais;
 Garantir a organização dos registros do trabalho pedagógico, de acordo com as
normas da instituição e de órgãos governamentais;
 Acompanhar o trabalho dos professores por meio dos planos de aula e da
observação das aulas;
 Avaliar, junto aos professores, o desempenho das turmas e dos alunos
individualmente;
 Sugerir intervenções pedagógicas para melhorar a aprendizagem de todos,
inclusive de alunos com necessidades educacionais especiais;
 Realizar reuniões de pais e mestres junto aos professores;

III. DAS ATRIBUIÇÕES DO CORPO DOCENTE

A Lei 9394/96 (LDB) trata em seu artigo 13 das incumbências dos


docentes no exercício da sua função. De acordo com o exposto no referido artigo é
atribuído ao professor os seguintes encargos:
 Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
 Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
 Zelar pela aprendizagem dos alunos;
 Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
 Ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;

IV. DAS ATRIBUIÇÕES DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS


(GESTORES, PROFESSORES E DEMAIS SERVIDORES ESCOLARES)

43
Lei Municipal nº 1036/2001 que dispõe sobre o regime jurídico dos
Servidores Públicos, (TÍTULO IV, DO REGIME DISCIPLINAR, CAPÍTULO I, DOS
DEVERES) estabelece como deveres dos servidores que, consequentemente se
aplicam aos docentes:
 Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
 Ser leal às instituições a que servir;
 Cumprir ordens superiores, exceto quando manifestadamente ilegais;
 Atender com presteza:
A. Ao público em geral, prestando às informações requeridas, ressalvadas as
protegidas por sigilo;
B. À expedição de certidões requeridas para defesa do direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
 Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
 Guardar sigilo sobre assuntos da repartição;
 Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
 Ser assíduo e pontual ao serviço;
 Tratar com urbanidade as pessoas;

V. DAS PROIBIÇÕES DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS


(GESTORES, PROFESSORES E DEMAIS SERVIDORES ESCOLARES)

Conforme o artigo 96 da Lei Municipal nº 1036/2001 é proibido ao


servidor:
 Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe
imediato;
 Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
 Recusar fé a documentos públicos;
 Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou
execução de serviço;
 Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

44
 Cometer a pessoas estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
 Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem;
 Proceder de forma dediciosa;
 Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo
ou função e com o horário de trabalho;
 Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais.

VI. DOS DIREITOS E DEVERES DOS ESTUDANTES

A. DOS DIREITOS

Em consonância com o disposto na Constituição Federal, Na Lei de


Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) são direitos e deveres do educando:
 Direito a gratuidade na educação pública
 Ser respeitado na sua condição de ser humano, usufruindo de igualdade de
atendimento, sendo respeitada a sua convicção religiosa, política ou filosófica, grupo
social a que pertence, etnia, sexo, nacionalidade, sem sofrer, portanto, qualquer tipo
de discriminação;
 Participar das aulas e demais atividades promovidas pela escola e solicitar
orientações aos professores, coordenadores pedagógicos e orientadores sempre
que julgar necessário;
 Utilizar-se das instalações e dos recursos materiais da escola, obedecendo às
normas para o uso adequado;
 Tomar conhecimento do sistema de avaliação da escola e dos resultados obtidos
em provas, trabalhos, médias e frequência nos prazos estabelecidos;
 Prestar segunda chamada de alguma avaliação perdida, desde que plenamente
justificada pelo responsável e autorizada pela coordenação, perdendo, no entanto,
direito a uma nova solicitação caso não compareça a já concedida;

45
 Receber uma educação ética que prepare o educando para o exercício livre da
cidadania;
 Organizar e participar de representatividade estudantil;
 Basear seu aprendizado em um currículo que cumpra uma boa formação
intelectual, cultural e geral;
 Expressar livremente suas ideias;
 Participar de momentos de recreação, lazer esportes nas dependências do
colégio.

B. DOS DEVERES

 Participar das aulas e de todas as atividades escolares, devidamente


uniformizados;
 Respeitar e ajudar os colegas de turma e da escola, tratando-os de forma
solidária e fraterna, e com eles colaborando permanentemente;
 Ser assíduo e pontual às atividades da escola;
 Estudar, fazer as tarefas, portar todo material escolar individual e didático
necessário;
 Ser honesto na apresentação das tarefas e na realização das provas;
 Respeitar as normas disciplinares, comportando-se adequadamente dentro e fora
da escola;
 Entregar aos responsáveis, as correspondências enviadas pela escola;
 Zelar pelas instalações patrimoniais da escola, bem como pelo ambiente físico da
sala de aula;
 Ter atitude de respeito e cooperação no convívio diário com todos;
 Permanecer nas dependências da escola, na sala de aula, no recreio e em outros
lugares onde estiver a comunidade escolar, podendo ausentar-se somente com
permissão da autoridade competente da escola.

46
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As Orientações Pedagógicas Gerais do município tem a função de


delinear, construir, organizar, refletir e implementar ações efetivas para que as ideias
e projetos possam transcender o mero papel e tornassem práticas educativas.
O que se pensa e se almeja é construir e manter uma rede de ensino
de qualidade, inserida nos novos tempos e que aponte para uma reflexão constante
do conceito de educação, que seja sempre conectada com a sociedade, consciente
de seus desafios, formadora de alunos capazes de aprender e compreender sobre
seus direitos e deveres de flexibilidade, equidade e acessibilidade.
Destarte, fundamentados no compromisso com a qualidade e através
de um trabalho dinâmico, em consonância com os princípios educacionais vigentes,
pretende-se garantir:
1- Satisfação do aluno;
2- Desenvolvimento de competências e habilidades;
3- Constância de propósitos;
4- Aperfeiçoamento contínuo;
5- Gerência de processos;
6- Disseminação de informações;
7- Garantia da qualidade.
Outrossim, temos o intuito de favorecer também, a formação de
profissionais capacitados e qualificados para o exercício de suas funções, tendo
como pressupostos:
 Respeito
 Ética profissional;
 Lógica (argumentação);
 Competência
As adaptações e modificações serão feitas de acordo com as
propostas que forem surgindo no decorrer do ano letivo.
Com estas Orientações Pedagógicas Gerais ansiamos garantir a
qualidade e a formação dos nossos alunos e profissionais.
47
BIBLIOGRAFIA

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de 1988.

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pertencentes ao Sistema de Ensino do estado do Ceará, e para as instituições dos
sistemas municipais que a ele se integrarem, orientando sobre o encerramento do
ano letivo de 2020 e sobre os registros de escrituração escolar, e dá outras
providências. 2020

BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História
e Cultura Afro-Brasileira’, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
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novembro de 2021, Responde à consulta da Secretaria da Educação do Estado do
Ceará (Seduc) sobre o encerramento dos anos letivos de 2021 e 2022 e sobre
procedimentos em relação aos registros de escrituração escolar diante do contexto
da pandemia e prorroga os efeitos do Parecer CEE nº 0299, de 10 de novembro de
2020, até 31 de dezembro de 2022, e dá outras providências. Disponível em:
https://www.cee.ce.gov.br/ Acesso em: 20 de dezembro de 2021.

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49
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atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância.
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aperfeiçoamento do Profissional do Magistério e dá outras providências. Disponível
em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.435/2017 – Altera o artigo 19 da Lei 1.178 de 02 de


abril de 2008. Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em
02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.452/2017 – Formação do banco de gestores escolares


por meio de seleção. Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/
acesso em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.550/2019 – Institui a Semana da Pessoa com


deficiência no âmbito do município de senador Pompeu e dá outras providências.
Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em 02/01/2023.

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_____. LEI MUNICIPAL N° 1.615/2021 – Dispõe sobre as diretrizes básicas para a
Política Municipal da Educação Contextualizada para a Convivência com o
Semiárido e dá outras providências.
Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.641/2022 – Autoriza o poder Executivo a Instituir a


Educação em Tempo Integral, gradativamente, nas escolas da rede municipal e dá
outras providências. Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/
acesso em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1. 635/2022 – Dispõe sobre a concessão de folga ao


servidor público municipal no dia do seu aniversário. Disponível em:
https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.646/2022 - Criação do cargo público de Assistente


social e psicólogo para composição da equipe multiprofissional da SME. Disponível
em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL Nº 1.289/2011 – Dispõe sobre a contratação de pessoal por


tempo determinado. Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso
em 02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL Nº 1.546/2019 – Inclusão de forma transversal e


interdisciplinar o conteúdo “História de Senador Pompeu” na Rede Municipal de
Ensino. Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em
02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.411/2015 - Criação do cargo de Monitores de Sala de


Aula. Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em
02/01/2023.

_____. LEI MUNICIPAL N° 1.036/2001 – Dispõe sobre o regime jurídico dos


Servidores Públicos municipais.
Disponível em: https://camarasenadorpompeu.ce.gov.br/ acesso em 02/01/2023.

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