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APOSTILA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
ARTICULAÇÃO E COMPROMISSO DE
TODOS
INTRODUÇÃO
Boa Leitura!
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ARTICULAÇÃO E COMPROMISSO DE TODOS
A conscientização não pode existir fora das ‘práxis’, ou melhor, sem o ato de ação –
reflexão. Essa unidade dialética constitui, de maneira permanente, o modo de ser ou
de transformar o mundo que caracteriza os homens. (FREIRE, 1979, p.26).
1
FREIRE, Paulo. (1921) Conscientização: teoria e prática da libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire /
Paulo Freire; [tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez &
Moraes, 1979.
para os professores que desejam desenvolver uma prática inclusiva é
considerar a maneira como eles pensam sobre o problema da inclusão. O
desafio não é para defender a necessidade de ajustar as diferenças dos
alunos- como tem sido o caso até agora-, mas para desafiar nossa
complacência coletiva sobre qual seria a outra forma possível de educá-los.
(BATTISTI e HECK, 2015)2
Assim, a criação de uma Escola Inclusiva veio depositar na educação geral enormes
responsabilidades que até pouco tempo era da educação especial. Necessita-se
acreditar que não será uma ilusão, mas é necessário que toda a sociedade como um
todo, pais, profissionais, governantes, ou seja, que toda a sociedade confie que a
Escola Inclusiva seja algo que vale a pena investir, que ninguém permita qualquer
forma de discriminação.
Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.
(Freire4, p.35,1994).
2
BATTISTI, Aline Vasconcelo; HECK, Giomar Maria Poletto. A inclusão escolar de crianças com autismo na educação
básica: teoria e prática. TCC, Chapecó: Universidade Federal da Fronteira Sul, 2015.
3
BOSA, C. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 28, n. 1, p. 47-53, 2006.
4
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra,
1996. – (Coleção Leitura)
EDUCAÇÃO ESPECIAL - LDB
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
5
BRASIL. LDB 9394/96. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases Da Educação Nacional.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso: 12/01/2023.
6
SALAMANCA. Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas
Especiais (1994) UNESCO: Salamanca-Espanha. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
Acesso: 12/01/2023.
PRINCÍOS FUNDAMENTAIS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
7
FRAGELLI, Patrícia Maria. A proposta política de um município para a inclusão escolar: um tema, vários olhares. (Tese
de Doutorado em Educação) São Carlos: UFSCar, 2005.
8
BUENO, J. G. A inclusão de alunos diferentes nas classes comuns do ensino regular. In: Temas sobre Desenvolvimento
São Paulo, v. 9, n. 54, p. 21-27, 2001.
9
LEONARDO, Nilza Sanches Tessaro; BRAY, Cristiane Toller; ROSSATO, Solange Pereira Marques. Inclusão escolar: um
estudo acerca da implantação da proposta em escolas de ensino básico. Rev. bras. educ. espec. [online]. 2009, vol.15, n.2, pp.
289-306.
Diante disto, defende-se que discutir a inclusão escolar implica em trazer à tona
questões muito amplas, como:
Vygotsky10 (1997), por outro lado, vê potencialidade e capacidade nas pessoas com
deficiência, mas entende que, para estas poderem desenvolvê-las, devem ser-lhes
oferecidas condições materiais e instrumentais adequadas.
Para o autor, não é a deficiência em si, no que tange ao seu aspecto biológico, que
atua por si mesma, e sim, o conjunto de relações que o indivíduo estabelece com o
outro e com a sociedade, por conta de tal deficiência.
Com isso, deve-se oferecer a tais pessoas uma educação que lhes oportunize a
apropriação da cultura histórica e socialmente construída, para melhores
possibilidades de desenvolvimento.
10
VYGOTSKY. L. S. Obras escogidas. V. Madrid: Centro de Publicaciones Del MEC y Visor Distribuciones, 1997.
11
INE-EAD. Fundamentos da Educação Inclusiva e Especial. (2021) INE-EAD – Instituto Nacional de Ensino Fundamentos
da Educação Inclusiva e Especial Disponível em:
https://www.institutoine.com.br/imagessistema/resumo_do_livro_608bf27d29f74.pdf Acesso: 12/01/2023.
12
GIMENEZ, Roberto. A inclusão de indivíduos portadores de necessidades especiais nas aulas regulares de educação
física: repensando sobre a prática. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - n° 98 - Julho de 2006. Disponível em:
<http://www.efdeportes.com/> Acesso: 12/01/2023.
DESAFIOS - EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
13
FARIAS, Elizabeth Regina Streisky; CRUZ, Gilmar de Carvalho. A Inclusão de Pessoas com Deficiência e Necessidades
Educativas Especiais no Ensino Regular: vozes e significados. RIAEE–Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 14, n. 3, p. 1139-1151, jul./set., 2019. e-ISSN: 1982-5587. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11777/8249. Acesso: 12/01/2023.
• A primeira que identificava a condição do indivíduo e tudo o que
deveria ser modificado nele, para torná-lo o mais normal possível;
• A segunda, a intervenção, que se dava por meio de atendimento
formal e sistemático;
• A terceira, que encaminhava a pessoa com deficiência aos serviços
da comunidade (BRASIL14, 1994).
Como se observa, existem as políticas, mas novamente, é preciso lembrar, elas nem
sempre são efetivadas e isso é claramente visível na grande maioria dos municípios
14
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: SEESP, 1994. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf Acesso: 12/01/2023.
15
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças. Revista Nova Escola, Ed.182,
maio de 2005.
brasileiros, nem mesmo a integração física e funcional são vistas no dia-a-dia.
Voltando a questão da inclusão para o espaço escolar, também são muitas as
barreiras para que se concretizem as propostas de inclusão.
Entre elas encontramos:
16
SANT’ANA, Izabella Mendes. Educação inclusiva: concepções de professores e diretores. Psicologia em Estudo, Maringá,
v. 10, n. 2, p. 227-234, mai./ago. 2005.
CONCLUINDO
Bons estudos!
REFERÊNCIAS