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A RELEVÂNCIA DO CURRÍCULO ADAPTADO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA

EDUCAÇÃO ACOLHEDORA DA DIVERSIDADE E NECESSIDADES ESPECIAIS


DOS ALUNOS

RESUMO – O presente trabalho pretende propor uma reflexão sobre o tema das adaptações
curriculares e sua relevância, dentro do contexto da Educação Inclusiva, com foco para a Educação
Especial. O intuito é de realçar a importância das adaptações curriculares como facilitadoras de uma
educação acolhedora das diversidades e necessidades especiais de cada aluno. Para tal, a
metodologia empregada é a da pesquisa bibliográfica, em que a partir da análise das ideias de vários
autores sobre o tema em questão, busca compreende-lo em seus aspectos principais. Mesmo sendo
garantida por lei, elas ainda são uma prática cerceada de grandes barreiras, sobretudo físicas,
metodológicas e atitudinais. Toda via, vivências empíricas corroboram sua possibilidade e
necessidade, uma vez os tempos atuais de mais inclusão requerem que a práticas pedagógicas
estejam condizente com as necessidades específicas e o jeito próprio de aprender de cada aluno.
PALAVRAS-CHAVE: Currículo. Educação inclusiva. Necessidades especiais. Adaptação curricular.

INTRODUÇÃO

O movimento pela Educação Inclusiva, suscitado pela efervescência sócio-


política e econômica dos anos 60, impulsionado pelo advento das grandes
transformações tecnológicas dos anos 70 e 80, e corroborado pelos eventos e
documentos educacionais surgidos a partir dos anos 90, produz um abalo sísmico
nas estruturas arcaicas das instituições e sistemas educacionais. Para que, de fato,
as escolas sejam espaços de portas abertas à pretensão do acolhimento de todos
os alunos (educação para todos), em especial àqueles com necessidades
específicas educacionais, elas precisarão se reinventar tanto nos seus espaços
físicos quanto nas suas metodologias e práticas pedagógicas.

Por tanto, neste novo cenário de perspectivas mais inclusivas, as escolas se


sentem desafiadas a darem uma resposta efetiva aos enseios dos educandos que,
por serem pessoas com alguma deficiência ou com limitações socioculturais, não
encontram acolhimento no seu seio. Para isso, devem-se tornar mais flexíveis e
adaptáveis em todos os elementos significativos de sua estrutura educacional,
buscando romper as suas barreiras de acessibilidade. Não só físicas, mas também
atitudinais e metodológicas.
Do ponto de vista pedagógico, a principal barreira a ser quebrada em prol da
inclusão educacional de todos os alunos, sobretudo os com deficiência, diz respeito
às adaptações curriculares, conforme proposta sacramentada em vários
documentos e eventos referente ao tema. Mas, na prática, essas adaptações do
currículo são necessárias? E, sendo assim, qual a sua relevância para a construção
de uma educação que seja de fato mais inclusiva e acolhedora das diversidades e
necessidades especiais dos alunos? Tal problemática fundamenta as pesquisas e
análises do presente trabalho, cujas as hipóteses levantadas giram em torna da
equação de que para necessidades educacionais específicas, faz-se necessário
respostas educativas também específicas.
Por tanto, busca-se com esta pesquisa entender a relevância, em termos de
alcance e limites, das adaptações curriculares para a prática da Educação Inclusiva
por parte das escolas. Para tal, será necessário compreender o conceito de currículo
e sua importância para o projeto pedagógico escolar, o contexto geral do movimento
pela inclusão educacional com ênfase para o campo da Educação Especial, a fim de
poder aprofundar o tema das adaptações curriculares e suas implicações político-
pedagógicas.
Em um mundo, como o de agora, de ruptura com preconceitos e busca de
respeito às diferenças de cada pessoa, já não é mais possível que os sistemas e
instituições de ensino tratem de forma homogênea a realidade plural e diversificada
dos muitos alunos que buscam sua formação pessoal e cidadã, sob penda de
continuarem à margem da história. Por isso, a discussão dos modos como as
escolas devem responder ao desafio da Educação Inclusiva e Especial, como no
caso das adaptações curriculares, tornam-se cada vez mais urgente e necessária.

Desta forma, este trabalho visa dar uma contribuição ao campo das
pesquisas em torno das adaptações curriculares, a partir de pesquisas bibliográficas
de vários autores que trabalham com a Educação Inclusiva. Não tanto para trazer
alguma novidade, mas sobretudo para aprofundar e realçar a relevância de se tratar
do assunto, uma vez se referir ao um desafio que exige atenção e comprometimento
de todos: seja de pesquisadores em torno do campo educacional, como também de
toda comunidade escolar.

ADAPTAÇÃO CURRICULAR NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

O conceito de adaptação curricular não é um fenômeno abstrato e isolado.


Dentro do universo educacional, ele se insere no contexto da discussão sobre a
educação como um direito para todos, suscitado com mais veemência a partir dos
anos 90, em meio a efervescência de significativos eventos e marcos legais
(FAVENI, ...). Sobretudo, a partir de eventos como o da Conferência Mundial sobre
Educação na Tailândia em 1990 e Declaração de Salamanca (Espanha, 2004), em
termos internacionais. E, em termos nacionais, o advento do Estatuto da Criança e
Adolescente (1990), o Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política
Nacional de Educação Especial (1994) e, de modo especial, a Lei das Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (1996). Neste cenário, sobressai a o movimento pela
educação inclusiva, que na sua proposta de igualdade de oportunidades
educacionais para todos em espaços favoráveis, desfralda com veemência a
bandeira temática da educação especial (BRASIL, 2003).
Tendo por base a premissa maior, oriunda dos estudos de vários autores da
pedagogia como Piaget (1896-1980)), Vigostky (1896-1934), Montessori (1870-
1952) e Paulo Freire (1921-1997), de que todo ser humana é capaz de aprender, o
movimento da educação inclusiva preconiza o direito que todos alunos e alunas de
modo em geral, independente das suas condições raciais, sócias, de gênero ou
necessidades especiais, têm de serem inseridos no ensino regular. No entanto, no
que tange aos alunos e alunas com deficiência 1 é necessário uma atenção mais
acurada, pois não basta simplesmente garantir a eles o direito de acesso ao espaço
escolar. Faz-se necessário também propiciar-lhes as condições adequadas de
aprendizado (MAZZOTA; SOUZA, 2000). O que, do ponto de vista pedagógico,
conforme fala as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica (2001), acontece através das adaptações curriculares.
Desta forma, o objetivo capital deste trabalho será propor uma reflexão sobre
a relevância da adaptação curricular como estratégia facilitadora para a construção
da educação especial. Mas, para tal supõe primeiro um aprofundamento do que seja
esta modalidade de ensino.

EDUCAÇÃO ESPECIAL: CONSTRUINDO UM NOVO OLHAR PARA OUTRAS


PRÁTICAS EDUCACIONAIS.

1
Levando em consideração o processo de reformulação da terminologia referente ao tratamento de pessoas
com algum tipo de deficiência, neste trabalho vamos nos valer do uso, direto e indireto, da expressão “pessoa
com deficiência”, conforme proposto pala Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU,
2006).
Para Mazzota, por educação especial podemos entender

um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais


organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir
os serviços educacionais comuns, para garantir a educação formal dos
educandos que apresentam necessidades educacionais muito
diferentes das da maioria das crianças e jovens". (MAZZOTA, 1989l, p.
39).

Por tanto, pode-se dizer que a educação especial constitui numa ação de
atenção e inclusão de uma parte da população muitas vezes esquecida pelo sistema
educacional. Por apresentar características que as diferenciam da porção maior da
sociedade eram quase sempre relegadas ao segundo plano. E conforme (ver no pc
debaixo)
Desse modo, evidencia-se que as primeiras práticas científicas de atenção às
pessoas com deficiência tinha como finalidade sua segregação em instituições, para
cuidado médicos. Sendo a deficiência entendida em bases fundamentalmente
orgânica, com necessidade de classificação de algo a ser tratado. Neste sentido, a
pessoa com deficiência era reduzida à categoria de um paciente, incapaz, alvo de
caridade ou algum ação assistencialista e não de sujeito de direito, como o direito à
educação. (COSTA, 2014).
Tal visão vai ter também um impacto direto no campo educacional,
conduzindo a posturas e práticas segregacionistas e preconceituosas, para com
aquelas pessoas que fugiam dos padrões de “normalidade”.

Um longo caminho foi percorrido entre a a exclusão e a inclusão


escolar e social. Até recentemente, a teoria e a prática dominantes
relativas ao atendimento às necessidades educacionais especiais
das crianças, jovens e adultos, definiam a organização de escolas e
classes especiais, separando essa população dos demais alunos.
Nem sempre, mas em muitos casos, a escola especial desenvolvia-
se em regime residencial e, consequentemente, a criança, o
adolescente, e o jovem eram afastados da família e da sociedade. E
procedimento conduzia, invariavelmente, a um aprofundamento
maior no preconceito. (BRASIL, 2001, p. 20).

Assim, a educação especial tendeu-se a se organizar


tradicionalmente como atendimento educacional especializado
substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes
compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação
de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
Essa organização, fundamentada no conceito de
normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico-
terapêuticos fortemente ancoradas nos testes psicométricos que, por
meio de diagnósticos, definem as práticas escolares para os
estudantes com deficiência. (BRASIL, 2008, p. 6).

Este paradigma da institucionalização passou a ser revisto a partir da década


de 50, no período dos pós segunda guerra mundial, com o surgimento de
movimentos de mobilização socioeconômica de constatação da ordem vigente.
Surge neste cenário as primeiras ações públicas de atenção à deficiência, como no
caso das associações de pais e pessoas com deficiência (SEED, 2006). E nesta
nova conjuntura ganhou força um novo modelo de atendimento da Educação
Especial, denominado de “Paradigma de serviços”.

Este modelo caracterizou-se, gradativamente, pela


desinstitucionalização dessas pessoas e pela oferta de serviços de
avaliação e de reabilitação globalizada, em instituições não
residenciais, embora ainda segregadoras. Da segregação total,
passou-se a buscar a integração das pessoas com deficiência, após
capacitadas, habilitadas ou reabilitadas. (BRASIL, 2004, p. 12).

Através deste modelo surge espaço para os movimentos sociais cuja


bandeira era pela integração das pessoas com deficiência no tecido social em geral,
oferecendo-lhes maiores possibilidades de participação cidadã. Ele teve o mérito
histórico de romper com visões e práticas cristalizadas acerca da ineficiência e
incapacidade destes indivíduos. (SEED, 2006).
Em termos de Educação Especial, houve certo ganho à medida que ela
ganha notoriedade como uma prática educacional voltada para o atendimento de
pessoas com deficiência. Sendo que em consequência disso houve uma crescente
demanda de alunos dessa natureza, em especial os categorizados como sendo com
deficiências não acentuadas ou leves, que passam a ser acolhidos nas classes
especiais das escolas regulares (SEED, 2006).
Entretanto, este modelo de serviços institucionalizados ofertados às pessoas
com deficiência ainda conservava um forte viés clínico, pouco contribuindo para
mudar os preconceitos sociais em relação ao aluno da Educação Especial. Além
disso, tinha outra agravante de que cabia ao aluno com deficiência o esforço de se
adequar aos serviços ofertados: “pouco ou nada exigia da sociedade em termos de
modificação de valores, atitudes, espaços físicos, objetos e práticas sociais”
(FERREIRA; GUIMARÃES, 2003, p. 96).
Com os avanços científicos e tecnológicos mais acentuados a partir das
décadas de 70 e 80, chegou-se à compreensão das diversidades como elementos
constituintes das diferentes sociedades e culturas. Dando margens para a evidência
da injustiça referente à segregação das classes sociais minoritárias, como no caso
das pessoas com deficiência, sobretudo no que dizia ao seu direito de acesso e
participação no espaço comum da vida social (SEED, 2006). Então, daí surge um
novo modo de perceber a pessoa com deficiência, o paradigma de suportes.
Este novo paradigma de suportes, primando pelo respeito à diversidade como
fator de enriquecimento social, propõe a disponibilidade de suportes sociais,
econômicos, físicos e instrumentais como forma de construção de uma nova prática
social:

a construção de espaços inclusivos em todas as instâncias da vida


na sociedade, de forma a garantir o acesso imediato e favorecer a
participação de todos nos equipamentos e espaços sociais,
independentemente das suas necessidades educacionais especiais,
do tipo de deficiência e do grau de comprometimento que estas
apresentem (BRASIL, 2004, p. 13).

Fortalece-se, doravante, no final do século XX um debate em torno dos


direitos das pessoas com deficiência, com foco para a questão da inclusão social.
Busca-se ampliar a visão a seu respeito, evidenciando o quão participativas e
capazes elas podem ser. À medida que lhe sejam favorecidas as condições
apropriadas, o respeito e a valorização de suas diferenças, com equidade de
condições, conforme prevê o paradigma de suportes. Sendo que para isso, todo um
aparato jurídico, em termos de promulgação de leis e documentos oriundos de
organismo internacionais, surgirá a partir da década de 80. (SEED, 2006).
Todo essa efervescência vai respingar no campo da educação, com a luta
dos movimentos sociais pela inclusão educacional, cujo instrumento jurídico
precursor será a Constituição Federal (CF) de 1988. Nela, conforme consignado no
seu artigo oitavo (inciso III), estará explicito pela primeira vez que o atendimento
educacional especializado aos alunos com deficiência deverá ocorrer,
preferencialmente, na rede regular de ensino. Além desse aspecto integrador, a
CF/98 estabelece diretrizes para tratar a Educação Especial como modalidade de
educação escolar obrigatória e gratuita. Ofertada também em estabelecimentos
públicos de ensino, visando propiciar aos alunos com deficiência os benefícios
atribuídos aos demais alunos e a integração das escolas especiais aos sistemas de
ensino (SEED, 2006). A partir da carta magna, outros tantos instrumentos jurídicos
serão construídos para robustecer a tese inclusiva da Educação Especial tais como:
Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política Nacional de Educação
Especial (1994) e, especificamente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996.
Conforme estabelece a Política Nacional de Educação Especial na
perspectiva da educação inclusiva (2008, p. 16), a educação especial pode ser
entendida como uma modalidade de ensino que atravessa todos os níveis e
modalidades educacionais, “realiza o atendimento educacional especializado,
disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de
ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular".
Deste modo, conforme preconiza o os PCNs (1998), a Educação Especial
deve ser percebida numa perspectiva mais ampla, que vai além das meras
concepções de atendimentos especializados como era sua marca nos últimos
tempos. Isto, tendo em vista conforme também fala a CF/98, no seu artigo n 205, ela
é uma modalidade educacional voltada para a formação do indivíduo, com vista ao
exercício da cidadania. Por isso, ela está fundamentada em alguns princípios
básicos e relevantes como: a preservação da dignidade humana, a busca da
identidade, e o exercício da cidadania (BRASIL, 2001).

Todavia, não obstante estar bem resguarda pelos vários marcos legais,
nacionais e internacionais, na prática a Educação Especial depara com grandes
desafios, que ainda a torna uma realidade quase utópica. Pois, conforme afirma
Ross (1998, p. 68), “o mero direito jurídico não produz o novo sujeito político, não
materializa formas organizativas, não expressa necessidades nem institucionaliza
bandeiras de luta e resistência”.
Faz-se necessário propostas efetivas que transformem a aceitação abstrata
da igualdade e inclusão social das pessoas deficientes em espaços regulares, como
os de ensino, em algo concreto. Para tal, as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (2001), propõe como estratégia fundamental a
construção dos currículos adaptados, em termos de Educação Especial.

ADAPTAÇÃO CURRICULAR: RESSIGNIFICANDO A PRÁTICA EDUCACIONAL.

As mudanças propostas pelo movimento da Educação Inclusiva2 implicam


num atendimento de uma população cada vez mais diversificada e heterogênea, em
que todos devem obter uma resposta qualificada para as suas necessidades
educativas. Na prática, elas devem acontecer por meio de ressignificações nos
modos de construir o processo educacional. Sobretudo, conforme prevê as
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001, p. 33),
no que tange ao campo pedagógico.

um projeto pedagógico que inclua os educandos com necessidades


educacionais especiais deverá seguir as mesmas diretrizes já
traçadas pelo Conselho Nacional de Educação para a educação
infantil, o ensino fundamental, o ensino médio, a educação
profissional de nível técnico, a educação de jovens e adultos e a
educação escolar indígena. Entretanto, esse projeto deverá atender
ao princípio da flexibilização, para que o acesso ao currículo seja
adequado às condições dos discentes, respeitando seu caminhar
próprio e favorecendo seu projeto escolar.

2
Vale ressaltar que o conceito de Educação Inclusiva é mais amplo que o de Educação Especial, inclusive a
englobando no seu espectro de significações. Pois, a inclusão na educação vai além de atender somente alunos
com deficiência (como no caso da Educação Especial), abrangendo também o respeito às diferenças culturais,
sociais, raciais, religiosas e políticas dos alunos (LEITE et al., 2011). Contudo, como o foco deste trabalho é
propor uma discussão sobre as adaptações curriculares, as questões sobre estas duas modalidades
educacionais serão abordadas mais de forma panorâmica, sem muito discussão de aprofundamento.
Desta maneira, para sintonizarem-se com as condições reais e singulares dos
seus alunos, as escolas devem incluir nos seus projetos educativos as flexibilizações
e/ou adaptações curriculares3. Vale dizer, as ressignificações necessárias relativas
ao processo de ensino e aprendizagem, para responder adequadamente aos
desafios da construção da Educação Especial, como estando de portas abertas para
acolher os sujeitos com deficiência, com vista a aperfeiçoar a sua participação nas
atividades escolares.
Entretanto, esta ideia do currículo adaptado, para a construção de uma
educação que seja de fato acolhedora das diversidades e necessidades especiais
dos alunos com deficiência, necessita de um bom entendimento a seu respeito, sob
o risco de se cometer equívocos grosseiros. Por tanto, faz-se necessário uma
análise nos desdobramentos que o referido conceito implica.

O CURRÍCULO NO CONTEXTO INCLUSIVO

Antes de se buscar entender sobre o que seja o conceito de adaptação


curricular é importante falar sobre o que se entende por currículo. De acordo com

MacLaren (1998, p. 116 apud MALACRIDA; MOREIRA, 2009, p. 6601).

…representa muito mais do que um programa de estudos, um texto


em sala de aula ou o vocabulário de um curso. Mais do que isso, ele
representa a introdução de uma forma particular de vida; ele serve,
em parte, para preparar os estudantes para posições dominantes ou
subordinadas na sociedade existente. O currículo favorece certas
formas de conhecimento sobre outras e afirma os sonhos, desejos e
valores de grupos seletos de estudantes sobre outros grupos, com
frequência discriminando certos grupos raciais, de classe ou gênero.

Portanto, a concepção de currículo envolve desde os aspectos básicos


atinentes aos fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação, até os marcos

3
Na pesquisa bibliográfica feita sobre o tema das adaptações curriculares, percebe-se entre alguns autores
uma discussão quanto a uma oposição entre as expressões “adaptação curricular” e “flexibilização” do
currículo. Para alguns, como no entendimento de Antun (2017), a primeira, na esteira das correntes
segregacionistas e integralistas, denota mais um tipo de remendo, uma ação pontual no currículo, sem de fato
haver uma valorização da diferença e inclusão da pessoa com deficiência. O que ocorreria somente com uma
abordagem mais flexível do currículo. Entretanto, neste trabalho, conforme também se oberva nos
documentos oficiais que orientam sobre o tema da adaptação curricular, há uma associação livre de ambas
terminologias, entendendo-as como sinônimos.
teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
Relaciona princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação. Não
é algo trivial dentro do processo de ensino-aprendizagem. É um programa efetivo
que influencia decisivamente a prática pedagógica. De tal modo que, sendo
construído a partir do projeto político pedagógico de uma escola, “pode ser visto
como um guia sugerido sobre o quê, quando e como ensinar; o que, como e quando
avaliar”. (BRASIL, 2003, p. 32).
O projeto pedagógico de uma escola, norteador de toda prática educacional
escolar, no que se refere a educação mais inclusiva, deve orientar a
operacionalização do currículo como um recurso para promover o desenvolvimento
e aprendizagem dos alunos, a partir de alguns aspectos capitais, dentre os quais se
desta: a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos, para
justificar a priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação; e a adoção
de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em lugar de uma
concepção uniforme e homogeneizadora de currículo.

ADAPTAÇÕES CURRICULARES: RESPOSTAS ESPECÍFICAS AOS DESAFIOS


ESPECIAIS DA INCLUSÃO EDUCACIONAL.

As adequações curriculares constituem, pois, conforme propõem os


Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares (1998), possibilidades
educacionais de intervenção frente as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Pressupõem que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário,
para que ele fique mais apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades
especiais. Mas isso não implique que seja feito um novo currículo, e sim, conforme
está nas normativas oficiais sobre o tema em questão, tornar o atual mais dinâmico,
alterável, passível de ampliações, para que atenda efetivamente a todos os
educandos.
Neste sentido a adequação curricular evidencia-se como um elemento
catalizador da Educação Especial. Sua viabilização para os alunos com deficiência,
supõe não se fixar no que de especial possa ter a educação deles, mas flexibilizar a
prática educacional para atender a todos e propiciar seu progresso em função de
suas possibilidades e diferenças individuais. Para tal, faz-se necessário olhar para o
cotidiano das escolas, levando-se em conta as necessidade e potencialidades dos
seus alunos e os valores que orientam a sua prática pedagógica (BRASIL, 2003, p.
33).
Porém, para manter um equilíbrio harmônico entre o atendimento às
necessidades especiais dos alunos com deficiência e a programação curricular da
escola, no âmbito das adaptações curriculares, alguns pressupostos básicos devem
ser observados:
 Quanto ao planejamento pedagógico e ações docentes, fundamentados em
critérios que estabelecem: o que o aluno deve aprender; como e quando
aprender; quais formas de organização do ensino são mais eficientes para o
processo de aprendizagem; como e quando avaliar o aluno;
 Quanto à participação dos alunos com necessidades especiais do processo
de ensino-aprendizagem, procurando destacar: a preparação e
comprometimento de toda equipe educacional, bem como dos professores;
apoio adequado e recursos especializados quando necessários; adequações
curriculares para acesso ao currículo;
O foco das adaptações curriculares, por tanto, incide na interação entra as
necessidades dos educandos e as repostas educacionais a serem propiciadas pelas
escolas. Sendo, para tal, necessárias adaptações em todos os elementos decisivos
do processo de ensino-aprendizagem: materiais, objetivos, conteúdos, metodologia,
temporalidade, avaliação. Por isso, elas acontecem em três níveis básicos (BRASIL,
2003, p. 33):
 No âmbito do projeto pedagógico (currículo escolar): em geral, referem-se a
medidas de ajuste do currículo em geral, que nem sempre precisam resultar
em adaptações individualizadas. Visam a flexibilizar o currículo para que ele
possa ser desenvolvido na sala de aula e atender às necessidades especiais
de alguns alunos. Sobretudo, devem focalizar a organização escolar e os
serviços de apoio, proporcionado condições estruturais para que possam
ocorrer no nível da sala de aula e no nível individual, caso seja necessária
uma programação específica para o aluno;
 No currículo desenvolvido na sala de aula: as adaptações desse nível são
realizadas pelo professor e destinam-se, principalmente, à programação das
atividades da sala de aula. Estão mais voltada para a organização e os
procedimentos didático-pedagógicos e destacam o como fazer, a organização
temporal dos componentes e dos conteúdos curriculares e a coordenação das
atividades docentes, de modo que favoreça a efetiva participação e
integração do aluno, bem como a sua aprendizagem;
 No nível individual: nesse nível, as modalidades focalizam a atuação do
professor na avaliação e no atendimento do aluno. É tarefa do corpo docente
o papel na definição do nível de competência curricular do educando, bem
como na identificação dos fatores que interferem no seu processo de ensino-
aprendizagem.
Tais adaptações podem ser classificadas também de acordo com os
elementos curriculares aos quais se referem, a partir de duas categorias:
adaptações nos elementos de acesso, quando se referem a modificações nos
elementos pessoais, materiais e de organização; adaptações nos elementos
curriculares básicos, quando se referem aos objetivos, conteúdos, metodologia,
atividades de ensino aprendizagem e avaliação (FAVENI, ...)
De acordo com as necessidades especiais dos alunos, ajustes menores ou
maiores no currículo devem ser feitos, de modo a responder os desafios que eles
trazem e favorecer sua aprendizagem. Neste sentido, as adaptações curriculares
podem ser classificadas de acordo com o seu grau de significatividade, podendo ser
denominadas como: adaptações curriculares significativa ou de grande porte, ou
adaptações curriculares não significativas ou de grande porte (.....).

A) Adaptações de grande porte ou significativas

Para Dalonso (2017), as adaptações curriculares de grande porte dizem


respeito às mudanças que, extrapolando as ações específicas do professor,
depende de decisões e ações de natureza política, administrativa, financeira e
burocrática. São, portanto, de responsabilidade dos órgãos superiores da
administração educacional pública.
Sendo o seu objetivo principal favorecer o processo de ensino-aprendizagem
dos alunos com deficiência, estas adaptações significativas devem sempre ser
precedidas de uma avalição criteriosa das suas necessidades especiais. Pois, visam
permitir a estes alunos o alcance de objetivos educacionais que lhes sejam
significativos. Mas, é importante ressaltar que devem ser medidas excepcionais.
Adotadas mediante a avaliação cuidadosa de todas as circunstâncias que envolve o
aluno especial, e o fracasso de outras medidas prévias, como as de adaptações
curriculares de pequeno porte (FAVENI, ...).
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares
(1998), podem acontecer de seis tipos:
 Adaptações de acesso ao currículo – consistem em oferecer condições de
acessibilidade nas estruturas físicas do ambiente, para mobilidade ou tornar o
ambiente adequado ao aprendizado, bem como adequação do material
existente, formação continuada do professor e ações interdisciplinares com
interação de conteúdos entre disciplinas;
 Adaptações de objetivo – diz respeito a introdução no planejamento das aulas
de objetivos específicos consoante à necessidade especial do aluno
deficiente, visando identificar o que ele precisa aprender e lhe é significativo
em cada disciplina escolar, e que seja funcional para o seu cotidiano, em
termos de promoção de sua autonomia social;
 Adaptações de conteúdo – representam as especificidades dos conteúdos
que o alune necessita, mesmo que para isso alguns conteúdos básicos do
currículo regular precisam ser retirados;
 Adaptações de método de ensino e organização didática - são para alguns
alunos que precisam de métodos diferenciados de aprendizagem devido suas
necessidades educativas. Podem ser uma organização espacial diferenciada
na sala, alteração nos números de alunos compatíveis para que o professor
consiga realizar um bom trabalho e desenvolvimento de trabalho integrado
entre a educação regular ∕ especial de forma cooperativa entre os professores
que fazem parte dessas duas esferas.
 Adaptações do sistema de avaliação – estão vinculadas as adequações de
objetivos e conteúdos. A avaliação, neste cenário, não pode ser encarada
como verificador quantitativo e sim como retomada de conteúdos de forma
continua para reformulações de ações pedagógicas, mas visando a
aprendizagem com cobranças reais e possíveis;
 Adaptações de temporalidade - são verificadas quanto ao tempo de
permanência de cada aluno em determinada série, desde que se respeite a
faixa etária da classe com um plano de ensino individualizado.
B) Adaptações de pequeno porte ou não significativas

Ainda segundo Dalonso (2017), adaptações de pequeno porte (não


significativas) são aquelas de responsabilidade exclusiva das deliberações do
professor, no que se refere à mudanças necessárias no plano de ensino. Não
dependem, assim, de autorização das instâncias superiores a nível politico-
administrativas ou técnicas.
Cabe ao professor garantir aos alunos com necessidades especiais o acesso
a todos os aspectos do currículo e sua participação nas aulas. Por tanto, deve estar
atento às diversidades presentes em sua turma e promover as flexibilizações
necessárias para que todos os seus alunos possam se engajar no processo de
ensino-aprendizagem da escola.

No que se refere aos ajustes que cabem ao professor desenvolver


e implementar para garantir o acesso do aluno com necessidades
especiais a todas as instâncias do currículo escolar, encontram-se,
de maneira geral: - criar condições físicas, ambientais e materiais
para a participação do aluno com necessidades especiais na sala
de aula; - Favorecer os melhores níveis de comunicação e de
interação do aluno com as pessoas com as quais convive na
comunidade escolar; - favorecer a participação do aluno nas
atividades escolares; - atuar para a aquisição dos equipamentos e
recursos materiais específicos necessários; - adaptar materiais de
uso comum em sala de aula; - adotar sistemas alternativos de
comunicação, para os alunos impedidos de comunicação oral, tanto
no processo de ensino e aprendizagem como no processo de
avaliação; - favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade,
de menos valia, ou de fracasso (ARANHA, 2000, apud ZANATO,
2017, p. 296).

Também, de modo similar as adaptação significativas, para as adaptações


curriculares de pequeno porte, os Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações
curriculares (1998) estabelecem algumas modalidades específicas. Elas devem ser
realizadas, então, nos seus objetivos, conteúdos, método de ensino e organização
didática, no processo de avaliação e na temporalidade.
Percebe-se, em geral, que as adaptações curriculares têm por mérito, ao
contrário do modelo médico (visto anteriormente na evolução da educação especial)
que focava nas deficiências e limitações como algo a ser curado, realçar as
capacidades dos alunos com deficiências, suas potencialidades, a zona de
desenvolvimento proximal entre eles (nos termos de Vygotsky). Daí buscarem
ajustar as demandas escolares para favorecer a inclusão destes alunos no sistema
regular de ensino. (BRASI, 1998).
Embora muitos educadores possam interpretar essas medidas como
negligenciamento da qualidade do ensino ou empobrecimento das expectativas
educacionais em geral, do ponto de vista da inclusão, essas decisões curriculares
podem ser as únicas alternativas possíveis para os alunos que apresentam
necessidades especiais. (BRASIL, 2003). Mesmo se deparando com grandes
dificuldades para sua efetivação concreta, seja pelo fato de ser um direito mais de
papel (com muita lei normativa e pouca operacionalização), falta de preparo dos
professores e dificuldade de engajamento dos alunos, não se pode ignorar que as
adaptações curriculares são tidas pelos que a praticam como um meio de promover
o ensino dos alunos com deficiência ou dificuldades significativas de aprendizado.
Neste sentido, um estudo feito por pesquisadores sobre uma vivência empírica com
esta metodologia inclusiva aponta que

...para a maioria dos participantes, a adequação curricular pode ser


entendida como forma de promover, aos alunos com dificuldades
significativas no aprendizado acadêmico, acessar, de alguma forma,
componentes curriculares do ano frequentado. Em outras palavras,
por intermédio da oferta de adaptações curriculares é possível
formular objetivos específicos adequados às necessidades,
habilidades, interesses e competências singulares dos alunos para
aprender, principalmente, àqueles que apresentam dificuldades
específicas relacionadas às deficiências. Nesses moldes, estratégias
de adequação curricular individual têm-se tornado uma alternativa
pedagógica importante na condução de práticas educacionais
inclusivas. (LEITE et al., 2011, p. 10/13).

Por tanto, fica bem evidente que, em tempos em que a linguagem nos meios
educacionais é de inclusão (LOPES, 2010), as adaptações curriculares são uma
prática relevante para a construção de uma educação que seja de fato mais
acolhedora das diversidades e necessidades especiais de cada aluno, para além de
suas condições sociais, econômicas e físico-cognitivas. Basicamente, elas são
responsabilidades assumidas, vale dizer, tentativas de respostas específicas, por
parte das escolas, e do sistema educacional como todo, frente aos desafios também
específicos, propostos pela heterogeneidade e diversidade dos alunos que batem à
sua porta.
CONCLUSÃO

Pelo curso percorrido nesta pesquisa, fica patente que as adaptações


curriculares são respostas efetivas que os sistemas e instituições educacionais
atuais constroem, frente ao desafio da construção de uma educação que seja
inclusiva das diversidades dos alunos com deficiência (ou outras necessidades
especiais). Pois, não podem se dar ao luxo de ficarem presos a práticas passadas,
de segregacionismo ou integração, em que o foco era a deficiência do aluo e não a
suas potencialidades e o seu jeito próprio de aprender. Os tempos de agora exigem
a reinvenção das escolas no seu jeito de fazer e praticar a educação, para que esta
seja justa, feita com equidade e acolhedora.
Se o fato de o tema das adaptações curriculares estarem presentes em
diversos documentos e leis oficiais, a começar pela própria Constituição Federal de
1998, realçam sua relevância para o sucesso da educação exercida em nosso país.
Não se pode omitir, porém, que o ato legal não se traduz automaticamente num ato
real. Na prática, ainda são muitos os desafios para a operacionalização das normas
de orientação da educação nacional, relativas à flexibilização do currículo. Sendo
que dentre tantas dificuldades, tão ou mais problemáticos que as adequações
físicas, sãos a de caráter atitudinal e metodológico, que envolve o comprometimento
de toda a comunidade escolar.
Mas, os resultados de experiências com a prática das adaptações curriculares
apontam que elas são necessárias e possíveis. Pois, as necessidades especiais dos
alunos com deficiência (ou outros empecilhos mais de ordem sócio-políticos e
econômicos) exigem por parte das escolas ações pedagógicas específicas, mais
adaptadas ao seu próprio de cada aluno aprender.

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