Você está na página 1de 5

Curso de Licenciatura em Pedagogia á Distância

Disciplina: Educação Especial na Perspectiva Inclusiva.


Professor: Dr. Luís Paulo Basgalupe Moreira
Aluna: Andreia Reymundo
Pólo Herval

ATIVIDADE: Ensaio acadêmico A inclusão escolar de alunos com necessidades


educacionais especiais • Escolher um tipo de deficiência das que serão tratadas nas
semanas 3 e 4.

INCLUSÃO DE CRIANÇAS SURDAS

Introdução:

Segundo a pesquisa realizada no Google acadêmico, no dia 30 de


Setembro de 2021, encontrando o site periódicos.ufsc.com. Documentários
sobre a inclusão de crianças especiais mais especificamente sobre crianças
surdas.

As políticas nacionais de inclusão escolar estão baseadas na Lei de Diretrizes


e Bases da Educação do Brasil (LDB, Lei 9394/1996) que define Educação
Especial como a modalidade escolar para educando "portadores de
necessidades especiais", preferencialmente na rede regular de ensino
(Capítulo V, artigo 58). Nesse sentido, os representantes do governo evocam a
Declaração de Salamanca, documento elaborado por ocasião da Conferência
de Salamanca realizada na Espanha de 07 a 10 de junho de 1994 com a
presença de mais de 392 representações governamentais, entre elas
representantes brasileiros e mais de 25 organizações internacionais com
representantes da UNESCO e das Nações Unidas. A política de inclusão
escolar tem como objetivo a promoção da educação para todos. Na prática, as
políticas quase ignoram, ou talvez, interpretam a palavra "preferencialmente"
como "exclusivamente" na rede regular de ensino. Assim, prevê-se o
"atendimento" dos "portadores de necessidades especiais" na rede regular de
ensino com serviços de apoio especializado, quando necessário'. Este discurso
e esta prática não são contestados por parte do governo, no entanto,
percebem-se vozes silenciadas de alunos e educadores evocando e/ou
denunciando as contradições observadas nas políticas
integradonistas/inclusivistas. Introduzindo também as reflexões de Paulo Freire
sobre a "cultura do silêncio" e as discussões sobre minoria social, política,
lingüística e cultural: ser o "menor", sentir-se "menor". A título de uma
educação para todos, silenciam-se vozes e impõem-se relações de minoria-
maioria representadas e validadas pelo processo educacional, fruto da cultura
do oprimido. Sofrer no silêncio e sentir-se "menor" são formas de consolidação
de uma política de exclusão que reproduz a idéia de "um mundo homogêneo"
(SKLIAR, 1997), globalizado'.

Palavra – chave

Inclusão social - Sudez

Comentário

As políticas nacionais de inclusão escolar estão baseadas na Lei de


Diretrizes e Bases da Educação do Brasil (LDB, Lei 9394/1996) que define
Educação Especial como a modalidade escolar para educandos "portadores de
necessidades especiais", preferencialmente na rede regular de ensino
(Capítulo V, artigo 58).

No entanto, surdos, cegos, deficientes físicos, negros, índios, brancos,


pobres deveriam ter acesso à escola. Isso significa situar a educação especial
dentro de uma perspectiva muito mais abrangente, uma vez que todos significa
incluir a todos (globalização). Assim, a educação especial deveria passar a ser
tratada dentro da educação, incluindo todas as discussões pertinentes, ou seja,
princípios para a formação do cidadão brasileiro, direitos e deveres, currículo
etc. Considerando essa linha de pensamento, Souza e Góes (1997) fazem uma
análise da situação da educação brasileira e apresentam a realidade do
fracasso escolar: a educação brasileira é situada como a pior do mundo, há
uma rigorosa seleção gerando um índice de reprovação no final da primeira
série que beira os 50%, os professores (mulheres) são discriminados e, assim
por diante. Dentro desse contexto, vale destacar as palavras das autoras em
relação à inclusão:

“Vamos deixar claro que a questão não está em recusar, a priori, tentativas de inserção
dos excluídos na escola, mas ao nosso ver, é quase impossível, no momento, que uma
escola, seja qual for, dê conta de todo e qualquer tipo de aluno, como é o caso do
deficiente mental, do surdo, da criança de rua ou do trabalhador rural. Para atender com
dignidade aos que nela já estão, novas iniciativas pedagógicas se fazem necessárias.
Iniciativas que demandariam a construção de um novo entendimento político e
ideológico do que seja escola, uma abordagem que pudesse enfrentar o fracasso de
forma efetiva.(SOUZA ; GÓES, 1999, p.168)”.

Concordando com as autoras que, reconhecer as diferenças precisa ser


considerado em uma política educacional que busca garantir o acesso a
educação para todos enquanto direito humano. Nesse sentido, a educação de
crianças especiais passa a fazer parte de uma preocupação muito mais ampla,
por existir poucas publicações cientificas sobre o assunto, acaba faltando
professores bilíngües, os currículos são inadequados e os ambientes bilíngües
quase inexistentes.

Conforme o texto disponibilizado no AVA,de Mirlene Ferreira Macedo Damázio,


estudar a educação escolar das pessoas com surdez nos reporta não só as
questões referentes aos seus limites e possibilidades, como também os
preconceitos existentes nas atitudes da sociedade para com elas. Estas
questões geram polêmica entre muitos estudiosos, profissionais, familiares e
entre as próprias pessoas com surdez. Àqueles que defendem a cultura, a
identidade e a comunidade surda apóia-se no discurso das diferenças,
alegando que elas precisam ser compreendidas nas suas especificidades,
porém, pode-se cair na cilada da diferença.

Inúmeras polêmicas têm se formado em torno da educação escolar para


pessoas com surdez. A proposta de educação escolar inclusiva é um desafio,
que para ser efetivada faz-se necessário considerar que os alunos com surdez
têm direito de acesso ao conhecimento, à acessibilidade, bem como ao
Atendimento Educacional Especializado. Conforme Bueno (2001:41), é preciso
ultrapassar a visão que reduz os problemas de escolarização das pessoas com
surdez ao uso desta ou daquela língua, mas sim de ampliá-la para os campos
sócio políticos.
Conclusão

Concordando com alguns autores nas pesquisas realizadas, a inclusão


do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação
superior, garantindo-lhe, desde cedo, a utilização de recursos de que necessita
para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos
escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios
constitucionais do nosso país. Quando se fala em responsabilidade social,
principalmente em âmbito educacional não se pode deixar de lado os novos
paradigmas adotados por este sistema que são baseados na LDB, no artigo 58,
da Lei 9.394/96 que prevê a oferta de ensino regular para educando portadores
de necessidades especiais, incluindo conseqüentemente o aluno surdo e as
devidas adaptações necessárias, ou seja, a utilização de recursos visuais e
presença do intérprete de Língua Portuguesa/ LIBRAS, pois o mesmo é a
pessoa que interpreta uma dada língua de sinais para outra língua (MEC,
2004,p.7). Assim, as escolas têm buscado recursos para se adaptarem, pois
lidar com o diferente provoca diversos anseios e desafios que vão se ajustando
a medida que os professores vão trocando idéias, sentimentos e ações com
seus respectivos colegas, coordenadores e diretores tornando verdadeiramente
a prática inclusiva uma inovação educacional. Entretanto para que essa
inovação aconteça os profissionais dessa área, alem de trocar idéias e
experiências, deveriam também buscar algum conhecimento especifico, de
acordo com o tipo de limitação de seu aluno, no presente trabalho: o aluno
surdo.

Durante muito tempo, os surdos eram vistos como seres incapazes e


deficientes, isto porque, a ausência da fala fazia com que essas pessoas
fossem consideradas como desumanos e não eram possuidores de alma e isto
acontecia dentro do próprio circulo familiar. Portanto, esse é o tipo de
descriminação que deve ser combatido acima de tudo, porque interferirá de
forma mais intensa na auto estima da pessoa com surdez. Por tanto, a
educação de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais
especiais, é muito complexa e vem sendo conquistada através de muitas lutas,
desde a Idade Antiga até os dias atuais. A inclusão não pode ser definida
apenas como escolar, ela acontece em vários ambientes por onde passamos e
observamos crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais
especiais nas ruas, sendo marginalizadas, torturadas, e, muitos condenados
até a morte por não terem seus direitos reconhecidos pela sociedade.

Referencias:

BUENO, José Geraldo Silveira. Diversidade, deficiência e educação. Revista Espaço.


Rio de Janeiro: INES. nº 12, p. 3-12, julho-dezembro, 1999

DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Educação Escolar Inclusiva das Pessoas com
Surdez na Escola Comum: Questões Polêmicas e Avanços Contemporâneos. In: II
Seminário Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, 2005, Brasília. Anais... Brasília:
MEC, SEESP, 2005. p.108 - 121. DORZIAT, Ana. Democracia na escola: bases para
igualdade de condições surdos-ouvintes. Revista Espaço. Rio de Janeiro:

DORZIAT, Ana. Democracia na escola: bases para igualdade de condições surdos-


ouvintes. Revista Espaço. Rio de Janeiro:

FREIRE, P. Pedagogia del oprimido. 10. ed. Buenos Aires: Siglo XXI. 1973

São Paulo: Saraiva, 1996. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional, LDB. 9394/1996.

SOUZA, R. M. Práticas alfabetizadoras e subjetividade. LACERDA, Cristina Broglia


Feitosa; GÓES, Maria Cecília Rafael de (orgs.) Surdez: processos educativos e
subjetividade. São Paulo: Lovise. 2000. SOUZA, R. M.; GÓES, M. C. R. O ensino para
surdos na escola inclusiva: considerações sobre o excludente contexto da inclusão. In:
SKLIAR, Carlos (Org.) Atualidades da educação bilíngüe para surdos.. Porto Alegre:
Editora Mediação. 1999

SKLIAR, C. (Org.) A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora


Mediação.1998. . (Org.) Educação & exclusão: abordagens sócio-antropológico

Você também pode gostar