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Art. – Artigo
C/A – Sociedade em Comandita por Ações
CC – Código Civil
CDC – Código de Defesa do Consumidor
CF – Constituição Federal
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
CP – Código Penal
CPC – Código de Processo Civil
C/S – Comandita Simples
CS – Contrato Social
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
DREI – Departamento de Registro de Empresa e Integração
EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
EPP – Empresa de Pequeno Porte
ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços
Inc. – Inciso
LD – Lei de Duplicatas
LPI – Lei de Propriedade Industrial
LTDA – Sociedade Limitada
LUG – Lei Uniforme de Genebra
ME - Microempresa
MEI – Microempreendedor individual
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
NIRE – Número de Identificação do Registro de Empresa
ONU – Organização das Nações Unidas
OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte
N/C – Sociedade em Nome Coletivo
RPEM – Lei de Registro Público das Empresas Mercantis
S/A – Sociedade Anônima
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
(...)
IV - livre concorrência;
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Neste ponto da obra, cabe deitar luzes sobre as principais fases que nortearam
o Direito Comercial, até os dias atuais.
Num primeiro momento, tem-se a Fase Subjetivista Clássica, surgida na
Idade Média, por meio do surgimento dos burgos e no contexto das Corporações de
Ofício. Pela fase subjetiva clássica importa quem você é: mestre, oficial ou aprendiz.
Não importa se Tácito e Tício desenvolvem a mesma atividade, mas, se Tácito faz
parte de uma Corporação de Ofício e Tício não, Tácito seria comerciante e Tício não.
Ademais, Tácito tinha acesso a rotas e privilégios que Tício não tinha.
Num segundo momento, surge a Fase Objetivista Clássica onde importa o
que você faz, ou seja, se Tácito e Tício desenvolvem a mesma atividade comercial,
Tácito e Tício serão considerados comerciantes. É neste contexto que surge o
Código Comercial Francês de 1808 e o Código Comercial Brasileiro de 1850,
instituindo a positivação dos atos de comércio.
No Brasil, ficou estabelecido que seria considerado comerciante aquele que
desenvolvesse atividade mercantil da relação constante do art. 19 do Regulamento
Art. 15. Os commerciantes ou são matriculados ou não (art. 909 Codigo), mas só aos
matriculados competem as prerogativas e proteccão que o Codigo liberalisa a favor do
commercio (arts. 4º, 21 e seguintes, 310 e 908 Codigo).
DO EMPRESÁRIO
Do Empresário Individual
Além de agente capaz, o indivíduo não pode ser proibido por lei de exercer
empresa, como no caso do falido não reabilitado e condenados por crime falimentar
(Lei 11.101/05), leiloeiro e intérprete (Lei 8.934/94), agentes políticos (art. 54, inc.
II da CF/88), servidores públicos (Lei 8.112/90) e militares (Lei 6.880/80).
Vale destacar que deputados e senadores não podem ser proprietários,
controladores ou diretores de sociedades empresárias que contrataram com pessoa
jurídica de direito público ou nela exercer função remunerada, entretanto, podem ser
sócias, desde que não seja administrador, de sociedade empresária.
Imperioso destacar que a proibição de exercer empresa se dirige aos sujeitos
que querem praticar empresa como empresário individual ou como sócios que
exercem função de gerência ou administração e, deste modo, é lícito afirmar que a
proibição ora estudada não se aplica aos sujeitos impedidos que são acionistas ou
cotistas de sociedades empresárias, sem exercer atividade gerencial ou
administrativa.
Importante notar, por derradeiro, que das proibições de exercício de empresa,
acima relacionados, somente aquelas relacionados à Lei de Falência tem relevância
PREPOSTOS DO EMPRESÁRIO
As atividades econômicas civis são aquelas atividades que buscam o lucro mas
que não são desempenhadas por empresários e, portanto, estão disciplinadas pelas
Por fim, cabe acrescentar que todos aqueles que não se enquadram no conceito
de empresário e que busquem o lucro, são praticantes de atividades econômicas civis.
REGISTRO DA EMPRESA
Da inatividade da empresa
Do empresário irregular
LIVROS EMPRESARIAIS
Da regularidade na escrituração
Não basta que o empresário faça a escrituração dos livro empresarial, sendo
necessário que tais livros seja considerados regulares. Fica esclarecido que é
admissível escrituração em livro digital. A regularidade dos livros empresariais
BALANÇOS ANUAIS
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
SHOPPING CENTER
A origem dos Shoppings Centeres é controvertida. Alguns afirmam que
surgiram na Idade Média, no Irã. Outros afirmam que foi na Inglaterra do século
XVIII, com a construção do Oxford Covered Market. Outros asseveram, ainda, que
foi no século XIX, em Rhode Island, nos Estados Unidos ou em Milão, na Itália, com
a construção da Galleria Vittorio Emanuele II. Contudo, foi somente em meados do
século XX, provavelmente nos Estados Unidos é que se criaram centros de compras
com as características que possuem os atuais shopping centeres. No Brasil, apontadas
estruturas comerciais chegaram em 1966, com a construção do Shopping Center
Iguatemi, na cidade de São Paulo.
NOME EMPRESARIAL
O nome é uma espécie de Direito de Personalidade da pessoa física ou da
pessoa jurídica. Tratam-se de Direitos Fundamentais previstos, notadamente, no art.
5º da CF/88 e, portanto, tem caráter irrenunciável, impenhorável, imprescritível,
inalienável e oponíveis erga omnes. Neste sentido, também o nome empresarial goza
de proteção constitucional conforme dispõe o art. 5º, inc. XXIX, bem como goza de
proteção infraconstitucional na forma do que dispõem os arts. 16 e 52 do CC/02, ou
seja, tanto o empresário individual, quanto a sociedade empresária e a EIRELI tem
os nomes empresariais protegidos.
A proteção do nome empresarial destina-se a identificar, com precisão, o
empresário individual, a sociedade empresária e a EIRELI e, deste modo,
resguardando os Princípios Constitucionais da Livre Iniciativa (art. 170, caput, da
CF/88) e da Livre Concorrência (art. 170, inc. II, da CF/88), o combate à
concorrência desleal e à captação ilícita da clientela.
A base normativa para o estudo do tema está ligada aos princípios registrais da
garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia, assim como, pela
compreensão dos arts.1.155 a 1.168, CC/02, bem como nos arts. 33 e seguintes da
Lei 8934/94, nos arts. 61 e 62 do Decreto 1.800/96 e, por fim, nas Instruções
FIRMA
FIRMA SOCIAL OU Sociedade empresária
RAZÃO SOCIAL
Empresário Individual - EI
ADOTAM APENAS FIRMA Nome Coletivo - NC
Comandita Simples- CS
Limitada – Ltda
PODEM ADOTAR FIRMA OU Empresa Individual de Responsabildiade
DENOMINAÇÃO Limitada - EIRELI
Sociedade Anônima - SA
ADOTAM APENAS DENOMINAÇÃO Cooperativas
Fica esclarecido que a sociedade em conta de participação não pode ter nome
empresarial (art.1.162, CC/02), haja vista que se trata, na verdade, de um contrato de
investimento, com a presença de um sócio ostensivo, regularmente registrado na
Junta Comercial e outro sócio participante ou oculto que realiza aportes financeiros
com a finalidade de investir.
Da classificação do nome empresarial:
a) Quanto à estrutura
A estrutura trata dos elementos lingüísticos na formação do nome empresarial.
A firma é composta deve conter o nome civil ou nome de batismo, completo ou
abreviado, do empresário, acrescentando, se quiser, de designação mais precisa da
pessoa ou objeto da empresa. Já a denominação deve acrescentar no nome
empresarial o objeto da empresa, sendo permitirdo acrescentar o nome civil e
elemento lingüístico (elemento fantasia).
b) Quanto à função
Quanto à função, tem-se que o nome empresarial pode para identificar o
empresário e ainda utilizar o nome como assinatura. No caso da firma, o nome
empresarial serve como identificação e assinatura. Enquanto que na denominação
serve apenas como identificação do empresário.
Da formação do nome empresarial
O empresário individual somente pode adotar firma, utilizando o nome civil
completo ou abreviado, sendo opcional acrescentar o ramo de atividade.
A sociedade em comandita simples somente adota firma, utilizando apenas o
nome dos sócios comanditados, por extenso ou abreviadamente, podendo acrescentar
Da Patente
Do Registro
Do prazo de duração
O prazo de duração da patente de invenção é de 20 anos contados do depósito,
isto é, do requerimento formulado ao INPI ou 10 anos da data da concessão do
direito, aquela data que for mais benéfica ao requerente. Já o prazo de duração da
patente de modelo de utilidade é mais reduzido. São 15 anos contados do depósito ou
7 anos contados da concessão, aquela data que for mais benéfica ao requerente. Após
o decurso do prazo de proteção da patente, a invenção ou modelo de utilidade caem
em domínio público e, deste modo, podem ser explorada por terceiros.
O prazo de duração do registro do desenho industrial é de 10 anos sempre
contados do depósito, podendo haver 3 prorrogação sucessivas de 5 anos, cada vez,
ou seja, as prorrogações podem chegar a um total de 15 anos. Após o prazo de
registro e de suas prorrogações, o desenho industrial cai em domínio público.
O prazo de duração do registro da marca é de 10 anos sempre contados da
concessão, podendo ser prorrogadas, tantas vezes quantas forem necessárias.
Falar a respeito do TRIPS
E) EIRELI;
2. CONSEQUENCIAS DA PERSONIFICAÇÃO:
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade,
senão depois de executados os bens sociais.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos
casos previstos em lei.
§ 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de
exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
Vale destacar que não é necessário que se proponha uma ação autônoma, pois o
CPC prevê o incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica, como uma
nova modalidade de intervenção de terceiro, cuja legitimidade é do credor ou do
Ministério Público.
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a
quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver
oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
4. DO CONTRATO SOCIAL
O contrato social é uma espécie de negócio jurídico sui generis, uma vez que é
regido pelas regras do Direito Civil, mas com nuances específicas de Direito
Empresarial, uma vez que as partes contratantes não tem interesses contrapostos,
mas interesses convergentes.
Neste contexto, importa dizer que ATO CONSTITUTIVO é gênero, dos quais
o CONTRATO SOCIAL e o ESTATUTO são espécies. Utilizar-se-á um ou outro
ato constitutivo conforme o tipo societário.
A maioria dos sócios é definida pela quantidade de cotas de que cada sócio é
proprietário no quadro societário (one share, one vote). A quantidade de sócios só
importa em caso de desempate, ou seja, em caso de votação empatada em número de
cotas, apura-se quantos sócios votaram para um lado ou para outro.
Ressalte-se que, neste último caso, o juiz não pode impor uma conduta não
aventada pelos sócios.
5. DA TRANSFORMAÇÃO DO REGISTRO
O sócio possui um regime jurídico especial ou sui generis e, portanto, precisa ser
melhor entendido em todos os seus contornos, a fim de se definir melhor quem é ele.
Neste contexto, é equivocado afirmar que o sócio é proprietário da sociedade
empresária, porque uma pessoa não pode ser proprietária de pessoa.
O sócio também não é credor da sociedade empresária, uma vez que, embora
tenha participação nos lucros da empresa, o sócio não recebe como credor caso a
empresa venha a falir.
Os direitos e obrigações dos sócios devem estar previstos no contrato social.
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas
no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação
pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização,
a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em
ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem
prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la
a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago,
deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas.
Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua
administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e
o de resultado econômico.
Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a qualquer tempo,
examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade.
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da
sociedade; se de PRAZO INDETERMINADO, mediante notificação aos demais sócios, com
antecedência mínima de sessenta dias; se de PRAZO DETERMINADO, provando
judicialmente justa causa.
Parágrafo único. Nos trinta dias subsequentes à notificação, podem os demais sócios optar pela
dissolução da sociedade.
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra,
ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu o DIREITO DE RETIRAR-SE da sociedade, nos
trinta dias subsequentes à reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o
disposto no art. 1.031.
EXCLUSÃO DE SÓCIO
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas
no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da
NOTIFICAÇÃO pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
O sócio poderá ser excluído quando incorrer em ato caracterizado como justa
causa, em face do descumprimento das obrigações sociais.
Ademais, não há necessidade de previsão expressa no contrato social daquilo
que venha a ser justa causa, bastando que o ato praticado pelo sócio ponha em risco a
existência da empresa.
Admite-se a exclusão do sócio por perda da affectio societatis.
Não há necessidade que haja deliberação da vontade majoritária dos sócios.
Nesta esteira de raciocínio, deve-se dizer que o sócio majoritário pode ser remisso e,
neste caso, os sócios minoritários podem excluir este último. A exclusão do sócio
majoritário dependerá, no entanto, de ação judicial (art. 1.030, CC).
Em qualquer caso, o sócio expulso terá direito de receber o valor patrimonial
de sua participação societária, em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da
liquidação, salvo estipulação contratual em sentido contrário.
SOCIEDADE EM COMUM
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais,
excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
A SCP não pode assumir responsabilidade em seu nome. Quem deve assumir a
responsabilidade é o sócio ostensivo. O sócio participante responde somente perante
o sócio ostensivo, limitada ou ilimitadamente, a depender do que foi estipulado no
contrato entre ambos.
Ressalte-se que o sócio oculto ou participante não pode praticar atos de gestão
e, caso o faça, responderá ilimitadamente.
O credor da sociedade, caso seja necessário, deverá demandar o sócio ostensivo
e não poderá demandar sócio participante. Nesta linha de raciocínio, o sócio
participante não pode demandar devedor da sociedade.
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts.
1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e,
não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art.
1.033 e, se empresária, também pela declaração da falência.
Cabe destacar que as causas de dissolução aqui elencadas também são aplicadas
para as sociedades em comandita simples e sociedades limitadas.
DAS QUOTAS
DA ADMINISTRAÇÃO
CONSELHO FISCAL
b) remuneração de administrador;
A dissolução não ocorre em um único ato, mas após PROCESSO judicial (por
sentença) ou extrajudicial (por distrato) direcionado a encerrar as atividades da
sociedade empresária.
Cabe destacar que a dissolução das sociedades institucionais se encontra
disciplina nos arts. 206 e seguintes da Lei S/A e a dissolução das sociedades
contratuais estão previstas nos arts.1.033 a 1.038 do Código Civil.
Desta feita, pode-se dizer que a dissolução lato sensu, também conhecida como
dissolução-procedimento, possui com três fases distintas:
2) liquidação;
3) partilha.
A) pelo decurso do prazo determinado de duração (art. 1.033, inc. I), se ocorrer
o decurso do prazo e o empresário continua a funcionar, a sociedade empresária
passa a ser por prazo indeterminado, porém, neste caso, será considerada
sociedade irregular.
A sociedade irregular não pode se tornar regular, uma vez que o requerimento
a ser realizado perante a Junta Comercial, deve ser requerido antes da
ocorrência da data derradeira (art. 35, inc. IV da Lei 8.934/94).
B) por vontade dos sócios (art. 1.033, inc. II e III). Se for sociedade empresária
por prazo determinado, exigir-se-á votação unânime. Se for sociedade
empresária por prazo indeterminado, exigir-se-á votação de mais da metade.
C) por falência da sociedade (art. 1.044, 1.051 e 1.087). Note que a falência do
sócio não implica necessariamente a dissolução total da sociedade. Faz-se a
liquidação das cotas do sócio falido, pagando os credores deste último.
A inexequibilidade pode ocorrer por motivos diversos, isto é, quer por falta de
interesse dos consumidores nos produtos ou serviços oferecidos, quer por
insuficiência de capital para produzir ou circular bem ou serviço, quer por
grave desentendimento entre os sócios.
Isto ocorre quando a sociedade empresária permanece com um único sócio por
mais de 180 dias, quer por falecimento de sócio ou exclusão de sócio ou exercício do
direito de retirada (art. 1.033, inc. IV).
Lembrando que a sociedade empresária temporariamente unipessoal pode
requerer sua transformação de sociedade limitada para EIRELI.
É importante acrescentar que a Lei de Liberdade Econômica (Lei 13.874/2019)
acrescentou norma específica para as Sociedades Limitadas e acabou por permitir a
existência de sociedades limitadas unipessoais. Deste modo, não há mais causa de
dissolução das sociedades limitadas por unipessoalidade temporária superveniente
No Brasil, as sociedades por ações são disciplinadas pela Lei 6.404/76, também
conhecida como Lei de S/A. Mencionado diploma legal abarca as sociedades em
comandita por ações e as sociedades anônimas.
Por dedução óbvia, a principal característica destes tipos societários é a divisão
de seu capital social em ações.
Importante destacar, neste contexto, a importância que assume o estudo da
Governança Corporativa. Mencionado instituto surge como o braço que executa o
conteúdo do princípio da função social da empresa, notadamente quanto à proteção
do acionista minoritário e terceiros interessados como empregados, fornecedores e a
sociedade como um todo.
Da Assembleia
Do Conselho de Administração
Da Diretoria
DAS AÇÕES
As ações são frações do capital social de uma sociedade por ações, são espécies
de valores mobiliários e, portanto, títulos de investimento.
Assim, o proprietário de uma ou algumas ações fazem com que o mesmo seja
acionista da sociedade empresária.
As ações podem ser:
Das ações ordinárias (ON)
Trata-se de tipo de ação de emissão obrigatória, que conferem ao seu
proprietário, direito a voto, propriedade e recebimento de dividendos.
Os votos são contados por ações.
Imperioso destacar que o preço das ações pode variar conforme o objetivo da
avaliação, ou seja, a grosso modo, o valor atribuído a uma ação pode ser comparado
ao valor atribuído a um imóvel.
Sob o ponto de vista de cobrança de tributos, o imóvel é valorado segundo o
valor venal atribuído pela prefeitura municipal competente. Sob o ponto de vista
negocial, será atribuído o valor que comprador e vendedor entenderem conveniente.
Sob o ponto de vista litigioso, quando o imóvel tiver sido penhorado e tiver de ser
levado a leilão, o imóvel será valorado segundo os parâmetros do perito.
Nesse sentido, as ações podem ser valoradas por critérios estabelecidos, nos
seguintes termos:
Imperioso delimitar, ainda, que a própria Lei 6385/76 diz o que não será
considerado valor mobiliário, no parágrafo primeiro do art. 2º, quais sejam, títulos da
dívida pública federal, estadual e municipal, bem como títulos cambiais emitidos por
instituições financeiras, exceto as debêntures.
Isto porque se um título é emitido pelo Poder Público ou por instituição
financeira, não haveria razão para que a Comissão de Valores Mobiliários prestasse a
tutela e salvaguarda dos investidores.
Das Debêntures
O prazo de resgate