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Londrina
2022
Raquel Ferreira Luppi
Trabalho apresentado às
disciplinas:Línguas Brasileiras-LIBRAS e
Teorias da Educação. Professora: Carolina
Guerreiro Leite.
Londrina
2022
Introdução:
Tratando da inclusão de pessoas surdas, este sujeito está inserido numa sociedade
ouvinte, que possui uma linguagem diferenciada. Enquanto a maioria pratica uma
modalidade de língua oral-auditiva (a Língua Portuguesa), a Língua Brasileira de
Sinais, se coloca como ferramenta linguística na modalidade visual-motora, de
grande importância na inserção e inclusão do surdo em sociedade, parcela essa
minoritária da população. A escola por sua vez precisa mediar o desenvolvimento
desse sujeito, enfrentando grandes desafios pela falta de profissionais capacitados
para auxílio aos sujeitos com surdez.
Quanto mais à criança interage espontaneamente com situações diferenciadas mais ela
adquire o genuíno conhecimento, sendo assim, a inclusão é benéfica a todos, pois faz com
que as crianças tenham oportunidade de conhecer e conviver com a vida humana em todas
as suas dimensões e desafios (GRANDE, 2006, p. 19).
É importante lutarmos pela inclusão do surdo, respeitando suas individualidades, e
para que essa inclusão aconteça de forma plena é preciso compreender que, além
da inserção do surdo no contexto social, devemos galgar pela educação e
profissionalização desse sujeito.
Partindo desse pressuposto podemos afirmar que, para que aconteça a tão
esperada formação do sujeito surdo é preciso que se ponha em prática o que diz a
Lei, que o aluno esteja inserido na escola regular como partícipe do contexto social
comum e que a escola, proporcione o atendimento adequado para esse sujeito se
desenvolver.
É a partir das relações interpessoais que o sujeito passa perceber qual é o real
sentindo estar inserido nesse contexto ouvinte e que a troca de conhecimentos
serve como mola propulsora para seu desenvolvimento, profissional e também como
um facilitador na sua formação quando se chega a Ensino Superior
A integração do aluno surdo em classe comum não acontece como num passe de
mágica. É uma conquista que tem que ser feita com muito estudo, trabalho e
dedicação de todas as pessoas envolvidas no processo: aluno surdo, família,
professores, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, alunos ouvintes,
demais elementos da escola, etc.
Para que a inclusão social fosse praticada nesse caso de uma feira de estudantes
por exemplo , poderiam ser utilizados além da língua brasileira de sinais (libras) é
possível também utilizar recursos tecnológicos para que os surdos sintam-se
incluídos de maneira bastante natural.
“As mãos são suas vozes,vozes do silêncio. Os olhos são seus ouvidos, onde não
entra barulho. E nós vemos um coração por dentro e fora do seu coração.” Poema
do professor Daniel Junqueira Carvalho.
O desafio atual na educação dos surdos tem sido buscar material visual que
contribua para a aprendizagem da língua escrita deles. As atividades propostas
oferecem aos alunos surdos a oportunidade de participar da aula, interagindo com
ouvintes, de modo que tenham acesso ao conteúdo. Como os surdos frequentam o
ensino regular, a turma é composta por surdos e ouvintes. Desse modo, todos
precisam ter acesso ao conteúdo. As atividades propostas permitem a participação
de ambos.
CONTE HISTÓRIAS:
Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala alunos surdos ou
com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e, ao longo da narrativa, observe se
as crianças – mediante, por exemplo, expressões de admiração, medo, riso, etc. –
demonstram compreender o que está ocorrendo. Utilize objetos: bonecos, bichos,
carrinhos, casinhas, etc. Ao terminar, peça aos alunos que desenhem a história e
então procure perceber no desenho da criança surda os detalhes das cores, dos
tamanhos e, sobretudo, dos sentimentos que se evidenciam no texto: medo,
maldade, alívio, etc.
Saco de histórias;
Caixa de histórias;
QUEBRA-CABEÇA:
PAINEL DE ALFABETO:
Faça um painel com as letras do alfabeto e, na vertical, na direção da letra, peça aos
alunos que colem figuras e escrevam o nome correspondente.
Existem muitos meios e estratégias pedagógicas para trabalhar com o aluno surdo,
mas vemos que é de suma importância que a escola esteja preparada para ter os
recursos necessários, porém a maior importância está no conhecimento e
habilidades desenvolvidas do professor. Por este motivo temos um curso 100% on-
line de Libras, onde o professor poderá obter este conhecimento e entender melhor
o que é trabalhar com este aluno.
Como seriam os momentos de integração entre surdos e não
surdos?:
Deste modo, a fim de que os surdos pudessem se comunicar melhor com o mundo,
com o passar dos tempos foram desenvolvidos alguns meios para facilitar a
comunicação, como os aparelhos auditivos, técnica de leitura labial, oralismo,
bilinguismo, comunicação total e o método da língua de sinais.
Existem muitos casos de sucesso entre surdos que foram submetidos à oralização.
Porém, para Pfeifer (2003) a oralização não funciona na mesma medida em que é
bem-sucedida, ou seja, há um fracasso para cada sucesso.
Bilinguismo: O Bilinguismo é caracterizado pelo aprendizado de duas línguas, é a
aquisição da língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos, como
língua materna e como uma segunda língua, a língua oral utilizada em seu país.
Objetivos:
Perceber as expectativas dos participantes.
Refletir sobre o processo histórico da Educação de Surdos e como o Surdo se vê.
Metodologia:
2º momento (70 min): Assistiemos ao documentário “Sou Surda e não sabia”, com
duração de setenta minutos. Esse documentário foi escolhido para que os
participantes assistam, antes de qualquer leitura teórica, para sabermos as opiniões
deles.
3º momento (1h20min): Levantar indagações sobre as passagens do documentário
com a seguinte questão – Quando a palavra “Surdo” é mencionada, que imagens
vêm à mente de vocês? Convidar os participantes para sentarmos em círculo e pedir
a cada cursista que relatasse passagens do documentário para propiciar
questionamentos sobre o ser Surdo. Assim que cada um comentar, finalizamos esse
primeiro momento com a leitura do poema “Lamento oculto de um Surdo” escrito por
Vilhalva, pesquisadora Surda (2004 apud STROBEL, 2018, p. 133 e 134) para
refletirmos sobre o papel professor no AEE para Surdo.
Metodologia:
1º momento (1h): apresentarmos o processo histórico da educação de Surdos e
analisarmos com os participantes, as abordagens: oralista, comunicação total e
bilíngue.
2º momento (1h30min): Propor aos participantes a escolha da leitura de uma das
abordagens para debates, quando cada um defendeu o respectivo texto escolhido
sobre o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo, (CAPOVILLA, 2000) e
(SANTANA, 2011, p. 119 - 191). Após reflexões, destacar pontos negativos e
positivos das abordagens. Podemos fazer as reflexões em forma de teatro mudo,
para que os alunos surdo possam ingressar na atividade.
Como trata o dito popular “o pior cego é aquele que não quer ver e o pior surdo é
aquele que não quer escutar” consideramos que, as relações sociais entre surdos e
não-surdos travam-se num debate da não percepção do outro. Ou seja, a ignorância
sobre a língua dos sinais e da expressão corporal do outro faz com que os sujeitos
não-surdos deixem de perceber a comunicação que está ao seu lado, a sua frente,
ao seu cotidiano.
Somos sujeitos expressivos, alguns até demais, mas não entendemos e muitas
vezes não sabemos nos comunicar gestualmente. Parece estranho, porém é uma
realidade. Desde pequenos brincamos nos expressando, muitas vezes sem som,
sem oratória, nos comunicamos em lugares públicos por gestos, nos divertimos,
jogamos e trabalhamos nos comunicando pela expressão corporal, pelo olhar, pelas
mãos, pela linguagem que o corpo nos oferece.
Parece estranho, mas quando nos deparamos com um surdo não sabemos o que
fazer. Seria o simples fato de não entender a Língua Brasileira dos Sinais? Ou
teríamos certo comodismo em relação a leitura das expressões corporais? Seria um
descaso com o outro? Perguntas que deveríamos nos fazer antes de começar um
curso de Libras.
A falta de políticas públicas pela segunda língua, ou talvez, poderíamos dizer uma
língua paralela, faz com que a sociedade ignore a importância de se comunicar em
sua mais diversa possibilidade. Vemos a crescente interferência das tecnologias, em
especial, as altas tecnologias nas comunicações, mas também percebemos que
apesar da facilidade de se comunicar, há uma crescente dificuldade de entender o
outro. Assim se faz na comunicação por sinais, através da Libras, na qual muitos
não entendem a importância da percepção e do respeito para as particularidades do
outro. Não basta só comunicar, é preciso perceber a interpretação e compreensão
do outro.
Algumas adaptações deverão ser pensadas pela escola para iniciar o processo de
inclusão do aluno com necessidades especiais de aprendizagem antes que o
mesmo desista de tal aprendizado e manifeste o processo de regressão e
desistência escolar.
Teoricamente entendemos que a escola tem o papel de educar para a vida social e
é de suma importância que a mesma desempenhe com competência as
aprendizagens do indivíduo independente de suas limitações.
ALMEIDA, Éden Veloso, MAIA FILHO, Valdeci. Aprenda Libras com Eficiência e
Rapidez. Paraná: Mãosinais, 2009.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de
janeiro, WVA, 1997