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Licenciatura em Artes Visuais

Prática como Componente Curricular

Postagem 4 – 4º semestre

Regime de Dependência

Milena Guedes Iscalcio RA: 1801006

UNIP

Vinhedo/SP

2023

Língua Brasileira de Sinais

Iniciamos a disciplina conceituando visões a respeito da surdez. Na visão


socioantropológica, a Língua Brasileira de Sinais, ou LIBRAS, utiliza o termo
“surdo” para se referir a qualquer pessoa que não escute, independentemente
do grau da perda; a surdez é concebida como diferença; e classifica os surdos
como membros de uma comunidade linguística minoritária. Já na visão clínico-
patológica, ressalta no indivíduo sua condição biológica através de uma
comparação com a maioria; utiliza a classificação de uma condição normal e de
uma condição anormal; e categoriza o indivíduo por uma não funcionalidade de
seu ser biológico.

A Língua Brasileira de Sinais não é uma língua universal, sendo diferenciada


em cada país, além de variar, no mesmo território, de acordo com a
regionalidade; em outros países temos, por exemplo “Lenguage de las Manos”,
no Chile, “American Sign Language”, nos EUA e “Língua Gestual Portuguesa”,
em Portugal.

Além disso, trabalhamos alguns conceitos, como gestos, uma maneira de


expressão que pode estar acompanhada da fala oral; pantomima ou mímica,
forma teatral para representar uma situação, variando de um indivíduo para o
outro, tentando representar o objeto como existe na realidade; e sinais, não
possuem tanta variedade, são variados, e fazem com que o indivíduo observe
o símbolo convencionado para um objeto.
Estudamos, também, alguns pontos da história da comunidade dos surdos. Em
algumas sociedades antigas, os surdos eram considerados incapazes de
serem ensinados e, por isso, eles não frequentavam as escolas.; eram
excluídos da sociedade, sendo proibidos de casar, possuir ou herdar bens e
viver como as demais pessoas. Assim, privados de seus direitos básicos,
ficavam com a própria sobrevivência comprometida.

Já quanto aos educadores, os primeiros surgiram com o objetivo de ajudar os


surdos a desenvolverem seus pensamentos, dando-lhes conhecimentos para
interagir no mundo dos ouvintes; cada um desses educadores obteve um
resultado diferente, de acordo com a sua metodologia. Podemos classifica-los,
de acordo com suas metodologias, em dois grupos: gestualistas, que
entendiam e aceitavam o fato de surdos terem dificuldade com a língua oral,
desenvolvendo outro tipo de língua que estabeleceria a comunicação e
possibilitaria o conhecimento da cultura, e os oralistas, que exigiam que os
surdos se “reabilitassem” aprendendo a língua oral e que agissem como se não
fossem surdos, nesse processo a grande maioria dos surdos das classes
sociais mais pobres não tinham acesso à educação, o que os levava a se
organizarem de forma precária e clandestina.

Nesse tema, o Congresso de Milão, em 1880, foi um marco histórico terrível.


Organizado pela maioria oralista, tinha o objetivo de dar força de lei às suas
teorias no que dizia respeito à surdez e à educação de surdos. Foi decidido
que a língua de sinais deveria ser banida como forma de comunicação; o
oralismo tornou-se referencial para o mundo todo e todas as práticas
educacionais vinculadas a ele foram amplamente desenvolvidas e difundidas.

No Brasil, chegou ao país o primeiro professor surdo, o francês Hernest Huet, e


iniciou um trabalho de educação de duas crianças surdas. Em 1857, é fundado
o Instituto Nacional dos Surdos-mudos, atualmente nomeado como Instituto
Nacional da Educação de Surdos (INES). Em 1977, é criada, no Rio de
Janeiro, a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes
Auditivos, sob a direção de ouvintes. Já em 1987, foi criada a Federação
Nacional de Integração dos Surdos, sob a direção de surdos. Somente em
2002, a LIBRAS é reconhecida no Brasil como língua nacional, pela lei federal
nº 10.436.
Para finalizar, estudamos os tipos de escolas disponíveis para a comunidade
de surdos. Escolas bilíngues para alunos surdos, que conta com a LIBRAS
como primeira língua e português como segunda língua e dispõe de um
professor bilíngue e um instrutor surdo; escolas polos, que contam com um
professor bilíngue e um instrutor surdo, separados dos ouvintes; e escolas com
sala comum, onde é requerido o Atendimento Educacional Especializado
(AEE), incluindo o auxílio de intérprete nas aulas regulares.

Artes Visuais Interdisciplinar

Esta disciplina teve como principal objetivo trabalhar a arte de forma


interdisciplinar, conectando áreas distintas do conhecimento à arte educação.

Trabalhar a arte de forma interdisciplinar no ambiente educativo, formal ou


informal, colabora no processo de ensino-aprendizagem como um todo, além
de desenvolver habilidades físicas, intelectuais e morais, melhorando a
apreensão do conteúdo pelo discente.

A arte pode ser utilizada, em um contexto interdisciplinar, através de recursos


verbais e não verbais para a leitura e criação de imagens, música, teatro ou
dança, representando culturas distintas, gestos e movimentos, expressões e
sentimentos.

É possível integrar a arte a todas as demais disciplinas do currículo escolar,


seja utilizando a arte rupestre como apoio à disciplina de história, a dança nas
aulas de educação física e até mesmo os movimentos artísticos modernos nas
aulas de sociologia, por exemplo.

Também é possível utilizar a arte como avaliação, ajudando discentes que


podem ter dificuldade na matemática, na leitura ou na escrita, mas se
destacam na pintura ou na representação, por exemplo.

A arte como prática interdisciplinar pode inserir novos conceitos e significados


à educação pelo olhar do aluno, é transformar metodologias e disciplinas que
podem ser monótonas para as crianças em momentos de expressão e
criatividade, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem como um todo.

Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo


A disciplina Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Escolar visa orientar o
aluno na realização do estágio curricular supervisionado em escola de
educação básica, uma atividade prática obrigatória, exigida por lei, e que deve
seguir regras estabelecidas na legislação. Visa, também, o auxílio em
atividades de preparação de planos de aula e regência, o que foi realizado por
meio de atividades postadas.

As atividades apoiam-se nas experiências vivenciadas nas práticas anteriores;


trata-se de um momento de orientação para a articulação necessária entre a
teoria aprendida e a prática propriamente ditas. Entende-se que cada curso de
licenciatura deve constituir-se em espaço para leitura e discussão de textos,
debates acerca das tendências pedagógicas e da estrutura, e a conjuntura
educacional do país e do mundo, sempre direcionando sua atenção para
mudanças, visando à melhoria da qualidade da educação e da conjuntura
social, política e econômica. Mas, ao mesmo tempo, o curso não pode
prescindir da abertura de espaço para discussão e exercício da prática
educacional, contexto em que se insere essa disciplina.

Não basta conhecer o trabalho em sala de aula. É necessário aprender a


mobilizar esse conhecimento, transformando-o em ação. É necessário obter
capacitação para mobilizar os recursos necessários em cada situação, de
modo a solucionar problemas que ocorrem em situações de trabalho e que
farão parte da rotina de um professor.

O estágio constitui um elemento articulador entre a formação teórica e a prática


pedagógica, fatores que precisam ser integrados e mobilizados no exercício da
profissão; nesse sentido, proporciona a vivência de situações que permitem
utilizar adequadamente os conhecimentos adquiridos durante todo o curso,
constituindo um palco de aplicação do saber acumulado, visando a um melhor
desempenho profissional como futuro docente.

Vimos durante a disciplina, algumas definições oficiais, estabelecidas na Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e na legislação correlativa:
Constituição da República Federativa do Brasil, no artigo 24; Lei Federal nº
9.394/96 (LDB),no artigo 65; Resolução CNE/CP 1/2002,que institui as
diretrizes curriculares para a formação de professores de educação básica, em
nível superior; Resolução CNE/CP 1/2002, que institui a duração e a carga
horária dos cursos de licenciatura no país; e Lei nº11.788, de 2008, conhecida
como a Lei do Estágio.

Para finalizar, a disciplina trás, detalhadamente, os documentos necessários


para a realização do estágio, e as informações pertinentes a cada um.

Didática Específica

A disciplina inicia conceituando a didática. Segundo Genovesi (1999), a


didática é autônoma, com uma linguagem que lhe é peculiar, utilizada com
modos próprios e adequados a fim específicos, o que produz “um corpo de
conhecimentos, uma série de experimentações e de técnicas, sem o que lhe
seria impossível qualquer construção de modelos educativos. A didática é uma
ciência e é capaz de verificar e compreender os sujeitos e as ações que os
levam a aprender; é uma ciência dialogicamente elaborada, sabendo que
temos que considerar a linguagem, a subjetividade e a historicidade que
formam um conjunto desses processos implicados nas ações pedagógicas.

Já o conceito de ensinar, não é transferir conhecimentos, conteúdos nem


formar, é a ação pela qual o sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo
indeciso e acomodado; não há docência sem discência, as duas se explicam, e
seus sujeitos não se reduzem à condição de objeto. Quem ensina aprende ao
ensinar e quem aprende ensina ao aprender. A educação tem um caráter
social, pois ela é composta por ações que gerações anteriores transmitem aos
jovens, além de possuir um rol de itens que a completam, como valores,
crenças, costumes, e conhecimentos de um determinado grupo num contexto
histórico social.

Quanto aos objetivos específicos da didática, podemos citar: propiciar


condições para que o aluno se familiarize com diferentes práticas pedagógicas
em relação às manifestações culturais; compreender e orientar as práticas
discursivas em sala de aula, possibilitando ao aluno seu desenvolvimento como
cidadão crítico; identificar e analisar diferentes procedimentos didáticos de
conteúdos específicos das artes; planejar atividades didáticas orientadas pela
concepção sociointeracionista de ensino-aprendizagem; e planejar e discutir a
avaliação de ensino-aprendizagem em Artes Visuais.
Com o advento da escola Nova princípios de atividade, liberdade e
individualização passaram a ser valorizados; com a didática o ensino passou a
focar no pensamento crítico do aluno e em seu poder de interpretação.

A didática hoje precisa comprometer-se com a qualidade cognitiva das


aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar;
cabe ao professor investigar como pode ajudar os alunos a se construírem
como sujeitos pensantes, capazes de pensar e lidar com conceitos,
argumentar, resolver problemas para se defrontarem com dilemas e problemas
da vida prática.

A arte de ensinar, compreende vários fatores que influenciam diretamente o


processo de ensino-aprendizagem e a relação professor-aluno; busca
fundamentos para a prática pedagógica, para adequar-se às necessidades
contemporâneas relacionadas com as formas de aprendizagem. A didática
precisa estabelecer a investigação sobre o papel mediador do professor na
preparação dos alunos para pensar.

Planejamento e Políticas Públicas da Educação

O tema desta disciplina é de fundamental importância para o futuro professor,


pois complementa o entendimento sobre a estrutura e o funcionamento da
educação básica. A disciplina está intimamente ligada às demais disciplinas da
formação pedagógica do curso, oferecendo suporte para a compreensão do
sistema escolar brasileiro de modo a proporcionar subsídios para o
engajamento na luta por uma escola de qualidade.

O entendimento do conteúdo desta disciplina passa necessariamente pela


compreensão de alguns conceitos que são apresentados. São eles:
planejamento, política e pública. Do ponto de vista conceitual, o planejamento é
descrito como um processo mental que supõe análise, reflexão e previsão; ou
seja, que visa sempre ao futuro e busca estabelecer um conjunto coordenado
de ações visando à consecução de determinados objetivos nele estabelecidos.
Política é um termo que pode ser entendido de diversos modos, porém, o que
mais se aplica aos objetivos desta disciplina é o que entende o termo como a
habilidade no trato dos temas referentes às relações humanas, com vista á
obtenção de resultados desejados em qualquer área do convívio em
sociedade. Já o termo “público” significa: relativo, pertencendo ou destinado ao
povo ou à coletividade; o interesse público sempre prevalece sobre o interesse
particular e a sociedade designa alguns representantes para fazer valer a sua
vontade, compondo o Setor Público.

O sucesso de uma política pública depende da sua inserção no contexto geral


das demais políticas adotadas, pois todas existem de modo integrado. Há uma
hierarquia de importância entre elas, onde a política educacional ocupa
certamente papel de destaque. No Brasil, as escolas públicas ainda
concentram a grande maioria das vagas oferecidas, principalmente na
educação básica; não é por acaso que sobre ela se concentra a maior parte
das políticas públicas de apoio à atividade.

Quanto à organização administrativa da educação nacional, faz-se por meio de


esferas administrativas, ou seja, pela União, pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios, que mantêm seus respectivos sistemas de ensino, ou seja, Sistema
Federal, Sistema Estadual ou Distrital e Sistema Municipal.

Já a concepção de gestão, é tomada de decisão, organização, direção. A


gestão pode ocorrer de vários modos, dentre eles o da chamada gestão
democrática, que representa um novo modo de administrar uma realidade, e se
traduz pela comunicação, pelo envolvimento coletivo e principalmente pelo
diálogo. A gestão da escola é realizada com base nas políticas educacionais
definidas pelo Poder Público, e o seu conhecimento e compreensão são
fundamentais, pois a gestão concretiza aquilo que foi definido e projetado em
documentos oficiais.

O projeto político-pedagógico mostra o que vai ser feito, quando, de que


maneira, por quem para chegar a quais resultados. Busca definir um rumo,
uma direção para seu objetivo. É político no sentido do compromisso com a
formação do cidadão para um tipo de sociedade. É pedagógico no sentido de
definir as ações educativas e as estratégias para o cumprimento de sua
intencionalidade. Portanto, político e pedagógico são termos indissociáveis e
neste sentido é que se deve ser considerado o projeto político-pedagógico da
escola, nessa relação recíproca entre a dimensão política e pedagógica da
instituição, já que se constitui como um processo democrático de decisões na
busca da organização do trabalho pedagógico.

Artes Visuais na Idade Média e Renascimento

A Idade Média é definida como o período de mil anos, que vai do século V até
o século XV. A expressão Idade Média nasceu no século XVI, quando a história
foi classificada em três períodos: Antiguidade, Idade Moderna e um período
intermediário entre elas; essa época era vista como um momento de
retrocesso, sem grandes contribuições artística e intelectuais, sendo chamada
pejorativamente de Idade Média. A Idade Média seria um vazio produtivo entre
o antigo e o moderno. Nesse contexto, a arte medieval também foi vista como
inferior e grosseira, pois não se inspirava no modelo greco-romano.

Entretanto, durante o século XIX, a ideia sobre a Idade Média sofre uma
transformação significativa e ganha um conceito positivo; isso ocorre graças á
influência do romantismo e do nacionalismo, que buscavam nesse período
histórico a origem das nacionalidades e das várias nações europeias.

A primeira fase foi marcada pelas invasões e tentativa de formação dos reinos
germânicos; pelas alianças entre chefes germânicos e a Igreja; pela expansão
territorial e cristã. Já a segunda fase foi marcada pelo apogeu do feudalismo; o
renascimento urbano e comercial; o desenvolvimento das artes e a hegemonia
da Igreja.

Durante a disciplina estudamos alguns estilos artísticos da época e suas


principais características. A arte cristã primitiva, da qual existem poucos
registros, se destaca pelas catacumbas e galerias subterrâneas em que os
cristãos enterravam seus mortos; nessas catacumbas são encontradas pinturas
murais simples e simbólicas, cenas bíblicas também eram comuns.

A arte bizantina desenvolveu-se no século VI e dedica-se a demonstrar a


grandiosidade de seu imperador, Justiniano; almejava expressar a autoridade
absoluta e sagrada do imperador, uma vez que este era considerado o
verdadeiro representante de Deus. A arte bizantina, assim como a egípcia,
desenvolveu uma série de convenções, como por exemplo, a frontalidade. Na
arquitetura o destaque foi a construção de igrejas. Na escultura e na pintura, os
bizantinos confeccionaram ícones que eram painéis de madeira com fundo
dourado, e neles representavam as imagens de Cristo, santos e os apóstolos.

A partir do século VII, inicia-se a arte islâmica que se estende até a atualidade,
e que sofreu influência de suas dinastias e principais califas, emires e sultões.
A arte islâmica foi essencialmente decorativa e voltada para a religiosidade;
também envolve a caligrafia ornamental, considerada como uma arte de
escrever com elegância e muito utilizada para reproduzir os versos do Corão.
Sua arquitetura se destaca nos detalhes e o contraste entre a singeleza da
parte externa e a impressionante ornamentação interna.

Já os germânicos, levaram consigo, em forma de bens de nômades, uma


tradição artística antiga e muito difundida: o animalismo. A principal
característica desse estilo é o uso decorativo de motivos animais, porém de
forma abstrata.

Na arte visigótica, encontramos elementos decorativos de grande influência


romana: com uvas, flores e outros elementos vegetais. A escultura visigótica foi
singular; é um trabalho em relevo que decora as construções, principalmente
as igrejas, com ornamentações abstratas e geométricas, além da tradição na
ourivesaria.

Entre as principais manifestações da arte românica, encontra-se a arquitetura,


com destaque para as igrejas e mosteiros, cuja importância cultural deu origem
à expressão arte monástica; entre as principais características está o uso dos
arcos, das abóbadas e das paredes de pedra. A pintura românica, assim como
a escultura, estava relacionada com a religião; a principal produção na pintura
românica era a arte mural.

A expressão arte gótica foi criada na Itália, por volta dos séculos XV e XVI.
Embora sua produção típica seja a catedral, a arquitetura gótica não é
sinônimo de estilo religioso, e possui um vasto raio de realizações; em busca
de luminosidade, o grande destaque vai para os vitrais, que recobriam as
janelas das capelas como se fossem grandes mosaicos de vidro. A pintura
gótica destaca-se pelas obras murais, especialmente os afrescos e a pintura
em madeira com painéis.
Arte e Estética

Nesta disciplina, iniciamos trabalhando com a filosofia da arte. Atualmente,


entendemos filosofia como o estudo de questões relacionadas com o saber, o
conhecimento, a existência, a verdade, a linguagem, a mente e os valores
morais e estéticos. Desse modo, quando aprendemos sobre Arte e Estética,
estamos enveredando por caminhos que envolvem a filosofia e as
manifestações da humanidade. Algumas questões pertinentes, nesse sentido,
seria cogitarmos sobre o que é arte, como nos expressamos, como avaliamos
o que é belo ou não.

A partir daí, surge a palavra estética, oriunda da expressão grega aisthesis


(sentimento). Hoje, independentemente de doutrinas, ou escolas, podemos
dizer que qualquer análise, investigação ou especulação que tenha por objeto a
arte e o belo é determinada Estética. A posição acadêmica alcançada pela
estética nos últimos séculos revela sua importância para nossa compreensão
da humanidade e do mundo em que vivemos.

Platão (427-327 a.C.), a partir de padrões de beleza, distinguiu a prazer


peculiar de prazer comum, a fim de superar a ilusão da aparência; advertiu
sobre os poderes ilusórios da aparência, assim como dos sentidos, para se
chegar ao conhecimento da realidade. Platão foi discípulo de Sócrates e,
seguindo princípios de seu mestre, também acreditava que a alma seria algo
que já existia antes de se incorporar a forma humana, trazendo consigo
conhecimentos que são relembrados, porém de maneira imperfeita.

Aristóteles, foi aluno de Platão, porém concebia o processo da criação artística


de um outro modo. Enquanto Platão depreciava a mimese, considerando a
criação mera imitação da natureza, Aristóteles viu nesse processo imitativo
exatamente o valor maior da arte, já que ele propicia a autonomia humana
frente à verdade preestabelecia.

No tópico “A estética como disciplina filosófica”, vimos que as discussões sobre


a arte e suas implicações estéticas já ocupavam as ideias dos pensadores
gregos na Antiguidade, porém eles pouco especularam sobre a arte em si,
voltando-se mais para o aspecto didático nesse campo. Os diversos tratados
escritos pelos antigos mestres fundamentaram quase toda a didática até a
atualidade, mas a filosofia da arte, propriamente dita, carecia de condições
propícias entre os intelectuais para manifestar seus princípios e progredir.
Nesse aspecto, um dos elementos limitadores na filosofia antiga foi o caráter,
geralmente, objetivista e naturalista que ela manifestava.

Estudamos, também, algumas teorias da arte e suas características. O


representaciolismo, que remete à concepção mais antiga que encontramos
sobre a natureza artística, proposta por Platão e Aristóteles e fundamentada na
mimese, ela aponta para a imitação da natureza na pintura, assim como da
ação humana no drama; o formalismo, ou teoria da forma, que caracteriza uma
obra de arte menos por seu aspecto representativo e mais por sua forma
significante; a teoria institucional, que propõe uma instituição de conjuntos
preliminares que conferiria à obra uma classificação como obra artística, a
partir da análise feita por uma comunidade capacitada do mundo das artes e a
teoria expressivista, que atribuiu ao artista o papel da compreensão da arte,
posto que a arte é expressão de emoções e sentimentos.

Já na segunda unidade, vimos a estética moderna. O ritmo acelerado da


crescente urbanização e os impactos da nova estratificação social têm reflexos
nas artes em geral. Para alguns, o surgimento da fotografia destruiria a função
profissional do pintor, por exemplo; porém, alguns artistas começaram a pintar
de um modo diferente do registro fotográfico, buscando alternativas que a
fotografia não poderia atender, entre eles destacam-se aqueles que ficaram
conhecidos como impressionistas. O impressionismo foi a porta de entrada
para as diversas experimentações artísticas que ocorreram no século XX.

Os artistas começaram a introduzir novas experiências com a linguagem


estética, muitas das quais expressavam anseios sociais; tais artistas foram
denominados vanguardistas e tiveram papel fundamental nas reflexões
daquele contexto.

No cubismo, as pinturas retratavam figuras a partir da composição de formas


geométricas, de modo que seria sugerido aos observadores pontos de vista
diferentes, que se somavam em uma única figura; o cubismo elevou a arte
moderna ao seu auge, modificando completamente as noções de estética
vigentes até então.
Já o artista expressionista, não se preocupa com questões que se referem à
forma, à luz, ou outras características do mundo exterior, mas com a
materialização das emoções. A agressividade ao expor os traços sociais da
realidade, como uma crítica à burguesia, e aos interesses econômicos em
detrimento aos valores humanos, foi uma das tônicas dos expressionistas.

Para o movimento surrealista, o instinto era uma das fases de criação,


necessário na busca de um caminho de acesso ao profundo psiquismo
humano; a partir daí seria possível encontrar a imaginação e fundi-la à razão. O
surrealismo explorou o reverso da lógica como verdade estética.

O dadaísmo é considerado o movimento de vanguarda mais radical, por ser


caráter de negação de todos os valores culturais estabelecidos; o movimento
enaltecia o escárnio e os ilogismos textuais, a avessa à arte racional, ao
convencional, ao bom senso, almejando o escândalo, a polêmica e a
provocação contra qualquer juízo estético pré-concebido. O acaso e a
irracionalidade humana foram valorizados como fundamentos para a criação
artística.

O futurismo surgiu quando, em 1909, o escritor Filippo Marinetti publicou um


manifesto no qual, de modo entusiasmado e explícito, enaltecia um mundo
novo, fundamentado nas virtudes do progresso científico e técnico. Desse
modo, chamando a atenção para a velocidade dos transportes e das
comunicações, bom como da superposição de informações em um mundo
massificado, surgia essa nova proposta estética para a arte.

A pop art surgiu em 1950. Esse movimento ironizou o cotidiano consumista das
pessoas, procurando desconstruir imagens pertencentes à cultura de massa,
acusando uma crise na arte, que teria perdido valores estéticos. O artista de
mais destaque foi Andy Warhol; os retratos seriados e serigrafias em que ele
apresentava pessoas muito conhecidas dos meios artísticos e políticos pelo
grande público, por exemplo, denotam a valorização exagerada dessas figuras
pela sociedade.

Por fim, o expressionismo abstrato surge após o término da Segunda Guerra


Mundial, nos EUA, e defende um processo de criação impulsivo, uma
identidade artística nacional e que se inspirava, entre outros, nos primeiros
povoadores americanos e em filosofias orientais. As linhas que definem as
imagens formam estruturas semelhantes a blocos e, muitas vezes, são
rabiscadas livremente, como se fossem feitas por mãos sem habilidade
artística.

Plano de Aula

Tema: Didática Específica – Folclore Brasileiro - 5º ano, Ensino Fundamental II

Objetivos
- Introduzir os alunos ao universo do folclore, explorando manifestações
artísticas e culturais; reconhecer e identificar elementos do folclore por meio
da expressão artística; desenvolver a apreciação estética e a capacidade de
expressão através da criação artística; estimular o trabalho colaborativo e a
troca de ideias entre os alunos.

Resumo do plano de aula


- O folclore é uma manifestação cultural rica em tradições e expressões
artísticas. Nesta aula, vamos explorar o folclore através da criação artística,
incentivando os alunos a expressarem suas interpretações sobre personagens
e elementos folclóricos.

Pesquisa - O conteúdo do plano de aula pode ser encontrado no Labe Arte.

Desenvolvimento
Introdução ao Folclore: breve explicação sobre o que é folclore, destacando
personagens como o Saci-Pererê, Cuca, Curupira, entre outros. Apresentação
de Obras Artísticas Relacionadas ao Folclore: mostrar imagens de obras de
artistas que retratam elementos folclóricos, instigando discussões sobre as
representações artística. Debate e Identificação de Elementos: promover um
debate com os alunos para identificar elementos folclóricos nas imagens
apresentadas, incentivando a expressão oral e a análise crítica. Atividade
Prática - Criação Artística: propor aos alunos a criação de suas próprias obras
de arte, utilizando técnicas simples e materiais variados, como lápis de cor,
papel, cola, e outros recursos disponíveis em sala.

Atividade
- Os alunos deverão criar suas próprias obras de arte inspiradas nos elementos
folclóricos discutidos em sala, utilizando tanto materiais tradicionais quanto
recicláveis.

Avaliação
- A avaliação será realizada considerando o engajamento e interesse dos
alunos durante as discussões, a capacidade de identificar elementos folclóricos
nas obras apresentadas, e a qualidade da criação artística final. A ênfase
estará na expressão individual, na originalidade e na relação da obra com os
conceitos folclóricos abordados em sala de aula.

Referências

UNIP INTERATIVA. Labe-Arte/ArtesVisuais. Folclore. Disponível


em: https://lab.unip.br/Arte/ArtesVisuais. Acesso em: 28 nov. 2023.

UNIP INTERATIVA. Labe-Arte/ArtesVisuais. Folclore brasileiro. Disponível


em: https://lab.unip.br/Arte/ArtesVisuais. Acesso em: 28 nov. 2023.

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