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ESCOLA E COMUNIDADE SURDA: A EDUCAÇÃO BILÍNGUE NAS

INSTITUIÇÕES ESCOLAR.
SCHOOL AND DEAF COMMUNITY: BILINGUAL EDUCATION IN SCHOOL
INSTITUTIONS.

José Igor Silva Mendes1


Lincoln José Santana da Silva2

Área Temática 2: Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo e Educação de Jovens


e Adultos.
Modalidade: Resumo Expandido

Resumo
O presente estudo tem por objetivo, a análise teórica sobre a Escola e comunidade surda: a educação
bilíngue nas instituições escolar. Buscamos com esta pesquisa, compreender as contribuições da
educação bilíngue para os alunos surdos. Para tanto, se fez necessário, estudar sobre a trajetória histórica
vivenciada pelas pessoas com deficiência, com ênfase sobre o conceito da surdez; explanamos sobre a
importância da implementação da educação bilíngue nas instituições escolar; ressaltamos a importância
da língua brasileira de sinais como currículo e didática na educação do surdo. Este trabalho norteou-se
pela pesquisa qualitativa, tendo por base a análise bibliográfica dos autores: Marisa Fátima Padilha
Giroletti, sobre a Aquisição da língua de sinais para surdos como L1; Julianne de Deus Corrêa Pietzak
e Melissa Probst, sobre o bilinguismo e a inclusão escolar dos alunos surdos; e as legislações brasileiras
implementadas no contexto educacionais das Pessoas Com Deficiências, bem como legislações que
estabelecem e oficializa a língua de sinais como a segunda língua do país, reconhecendo-a como meio
legal de comunicação e expressão, e a implantação da Libras no currículo educacional dos surdos, entre
outras bibliografias. Como resultado dessa pesquisa entende-se que a educação do sujeito surdo ainda
carrega um viés estigmatizado do modelo biomédico, uma vez que, não ocorre uma inclusão de fato das
pessoas surdas nos espaços educacionais; ainda não há uma educação que atenda às necessidades, os
anseios e que respeite as particularidades culturais e linguística do sujeito surdo.

Palavras-Chave: Educação, Libras, Acessibilidade, Surdo.

Abstract
The present study aims at the theoretical analysis of the School and the deaf community: bilingual
education in school institutions. With this research, we seek to understand the contributions of bilingual
education for deaf students. Therefore, it was necessary to study the historical trajectory experienced by
people with disabilities, with emphasis on the concept of deafness; we explain the importance of
implementing bilingual education in school institutions; we emphasize the importance of Brazilian sign
language as a curriculum and didactics in the education of the deaf. This work was guided by qualitative
research, based on the bibliographical analysis of the authors: Marisa Fátima Padilha Giroletti, on the
Acquisition of Sign Language for the Deaf as L1; Julianne de Deus Corrêa Pietzak and Melissa Probst,
on bilingualism and school inclusion for deaf students; and the Brazilian legislation implemented in the
educational context of People with Disabilities, as well as legislation that establishes and formalizes

1
Universidade do Estado do Pará; igortrabalhos47@gmail.com
2
Uniasselvi; Silvalincoln53@gmail.com

1
sign language as the country's second language, recognizing it as a legal means of communication and
expression, and the implementation of Libras in the educational curriculum of the deaf, among other
bibliographies. As a result of this research, it is understood that the education of the deaf subject still
carries a stigmatized bias of the biomedical model, since there is no actual inclusion of deaf people in
educational spaces; there is still no education that meets the needs, desires and that respects the cultural
and linguistic particularities of the deaf subject.

Key words: Education, Libras, Accessibility, Deaf.

1. Introdução
As metodologias educacionais direcionadas aos educandos surdos, tem passado por
marcantes transformações no decorrer de séculos. As pessoas surdas outrora vistas como
sujeitos deficientes, anormais, considerados castigo divino, irracionais; eram sacrificadas por
não atenderem aos padrões hegemônicos da época -social, educacional, capitalista. No decorrer
do século, houve uma certa tolerância, a sociedade passa a aceitar a existência de um
“deficiente”, no entanto, essas pessoas eram enclausuradas, mantidas sob a tutela familiar ou
institucional, sem direito algum nas decisões tomadas sobre suas vidas (STROBEL, 2009).
Isto posto, pretendemos com este estudo, a análise teórica sobre a Escola e comunidade
surda: a educação bilíngue nas instituições escolar. Buscamos com esta pesquisa, compreender
as contribuições da educação bilíngue para os alunos surdos. Para tanto, se fez necessário,
estudar sobre a trajetória histórica vivenciada pelas Pessoas Com Deficiência - PCD, com
ênfase sobre o conceito da surdez; explanamos sobre a importância da implementação da
educação bilíngue nas instituições escolar; ressaltamos a importância da Língua Brasileira de
Binais – Libras, como currículo e didática na educação do surdo (GUGEL, 2016).
Este trabalho norteou-se pela pesquisa qualitativa, tendo por base a análise bibliográfica
dos autores: Marisa Fátima Padilha Giroletti, sobre a Aquisição da língua de sinais para surdos
como L1; Julianne de Deus Corrêa Pietzak e Melissa Probst, sobre o bilinguismo e a inclusão
escolar dos alunos surdos; e as legislações brasileiras implementadas no contexto educacionais
das PCD. Bem como as legislações que estabelecem e oficializam a Libras como a segunda
língua do Brasil, reconhecendo-a como meio legal de comunicação e expressão e sua
implantação no currículo educacional dos surdos, entre outras bibliografias.
Como resultado dessa pesquisa entende-se que a educação do sujeito surdo ainda
carrega um viés estigmatizado do modelo biomédico, uma vez que, não ocorre uma inclusão de
fato das pessoas surdas nos espaços educacionais; ainda não há uma educação que atenda às

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necessidades, os anseios e que respeite as particularidades culturais e linguística do sujeito
surdo.
2. Metodologia

Este trabalho norteou-se pela pesquisa qualitativa, tendo por base a análise bibliográfica
dos autores: Marisa Fátima Padilha Giroletti, sobre a Aquisição da língua de sinais para surdos
como L1; Julianne de Deus Corrêa Pietzak e Melissa Probst, sobre o bilinguismo e a inclusão
escolar dos alunos surdos; e as legislações brasileiras implementadas no contexto educacionais
das Pessoas Com Deficiências, bem como legislações que estabelecem e oficializa a língua de
sinais como a segunda língua do país, reconhecendo-a como meio legal de comunicação e
expressão, e a implantação da Libras no currículo educacional dos surdos, entre outras
bibliografias.
Utilizamos imagem de jogos da memória utilizado na brinquedoteca da disciplina da
Educação Inclusiva, com imagens de animais e com a escrita da língua portuguesa e da Libras,
como meios de ensino lúdicos na alfabetização de ambas as línguas, Libras como primeira
língua para educando surdo e da escrita da língua portuguesa como segunda língua, do mesmo
modo que ensina a língua portuguesa como primeira língua e a Libras como a segunda língua
para os alunos ouvintes. Visando ilustrar a importância do ensino bilíngue nas instituições
escolar e como metodologia de inclusão do aluno surdo.
Apontamos ainda, a promoção da sociabilização entre surdo e ouvinte, possibilitando a
assim o real desenvolvimento cognitivo, social e o reconhecimento e a valorização da cultura,
identidade e do sistema linguístico do ser surdo, a Libras.
A proposta do ensino bilíngue nas instituições escolar vem abarcar uma metodologia de
ensino que alcance ambos os públicos educacionais – surdo/ouvintes, ao propulsionar a
aquisição da Libras como L1 e o português escrito como L2 para os alunos surdos, enquanto
propulsiona o ensino da língua portuguesa como L1 e o ensino Libras como L2 para o aluno
ouvinte.
3. Resultados/Discussões

O debate teórico proposto por esta pesquisa, apresenta avanços na implementação de


legislações brasileira e políticas educacionais direcionadas a educação de surdos. No entanto,

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também verificamos que ainda há um viés das práticas discriminatórias nas instituições escolar.
Defendem-se metodologias inclusivas para as pessoas com deficiência, entretanto, o
movimento de Educação para Todos exige apenas “diferenciações/adequações/adaptações”
curriculares para que atenda às necessidades educacionais especiais dos alunos. Lacerda e Lodi
(2010 apud PIETZAK E PROST 2017, p.120), apontam que “o aluno com deficiência não se
adapta a escola, é a escola que adapta ao aluno”. Isto é, para que a inclusão do aluno surdo em
sala de aula realmente se efetive, alguns cuidados são necessários, como respeito à condição
linguística do indivíduo e seu modo singular de ver o mundo.
Percebemos, ainda, que muitos surdos não têm acesso a uma escolarização que atenda
às suas necessidades linguísticas, curriculares, sociais e culturais e a filosofia do ensino bilíngue
como meio sanar a desigualdade no ensino das pessoas surdas e no compartilhamento de
conteúdo; promover o desenvolvimento cognitivo e social, a inclusão de fato desse segmento.
Conforme (BRASIL, 2006), para que a criança surda possa desenvolver de forma
integral o seu potencial, incluído na sociedade e desempenhando seu papel de cidadão, é preciso
estimular a capacidade de comunicação linguística. Isto posto, concordamos com os autores
citados em nosso referencial teórico, quando estes apontam a filosofia bilíngue como o “modelo
educacional mais eficiente, haja vista que é o único que respeita as particularidades linguística
e culturais do aluno surdo”.
4. Considerações Finais ou Conclusão

Ao finalizar o presente estudo, os conhecimentos construídos permitiram compreender,


amplamente e com coesa, a importância da inserção de alunos surdos no processo de
escolarização em todas as etapas da Educação Básica. Nesse sentido, o aporte teórico, favoreceu
análise sistemática e contextualizada de aspectos que não se limitam apenas a educação de
alunos surdos, mas a aplicabilidade da Educação Bilíngue, contribuindo significativamente para
o fortalecimento do processo inclusivo.
A história da Educação Inclusiva é marcada por lutas coletivas e individuais, onde
principal a educação e o acesso à mesma e base para as demais conquistas. Em relação à
comunidade surda, as conquistas foram permeadas por lutas que seguem até os dias atuais,
principalmente no âmbito da garantia de meios e recursos para o aluno surdo, a exemplo de um
intérprete de libras na sala de aula, contribuindo para a socialização do aluno.

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Dessa forma, a escola enquanto espaço socializador deve propiciar ao aluno surdo a
possibilidade da construção do conhecimento de forma autônoma, para que este no decorrer de
sua aprendizagem e a cada avanço de etapa, suas ações possam ter sentido e significação.
Diante de toda investigação realizada, o objeto de estudos foi analisado e discutido,
atendendo aos objetivos delimitados, e respondendo à pergunta norteadora. Assim, concluímos
a metodologia bilíngue permite uma maior integração e sociabilidade para os alunos surdos, e
com isso se evidencia a relevância que o bilinguismo possui no processo de ensino
aprendizagem.
5. Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de


Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

GUGEL, M.A. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade.
Florianópolis, 2007.

GIROLETTI, Marisa Fátima Padilha. Aquisição da língua de sinais para surdos como L1.
Indaiá: UNIASSELVI, 2017.

PIETZAK, Julianne de Deus Corrêa. PROBST, Melissa. Bilinguismo e inclusão escolar dos
alunos surdos. UNIASSELVI – Indaial/SC. Revista Maiêutica - Curso de Pedagogia, 2017.

PLINSKI, R. O currículo e a educação de surdos. Revista virtual de Cultura Surda e


Diversidade, n.7. 2011.

STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: UFSC, 2009.

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