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Curso: Pedagogia – Modalidade Educação a Distância

Disciplina: Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


Prof.ª Arlete A. Del Padre R. Oliveira

Trabalho Semestral
Nome: Laianny Oliveira Barros Código:
20187134 Polo: José Bonifácio

De acordo com Ferreira; Sacramento, Santos e Silva (2021), tem sido um desafio a
inclusão do sujeito Surdo no Brasil, pois essa tem sido negligenciada durante séculos.
Conhecer a base histórica sobre a educação do surdo e a criação de leis de inclusão
proporcionou muitas mudanças, novos conceitos que a partir de um novo contexto
trouxeram, desenvolvimentos acadêmicos e sociais à comunidade surda. No campo
educacional, várias metodologias foram introduzidas no ensino de surdos no Brasil: o
Oralismo, a Comunicação Total, o Bilinguismo e a Pedagogia Surda.
Nesta perspectiva, elabore um texto, de 30 a 50 linhas, abordando os seguintes pontos:
• Conceito de oralismo, comunicação total, bilinguismo e pedagogia surda;
• Quais são as relevâncias do bilinguismo para a criança surda;
• Como se dá a aquisição da linguagem da criança surda, a aquisição de Libras
como L1 e a aquisição do português como L2.
A língua brasileira de sinais é utilizada como meio de comunicação sinalizada
por surdos e ouvintes. A Libras é uma das línguas aplicadas no Brasil e reconhecida
nacionalmente pela Lei nº 10.436/2002.
No dia 26 de setembro de 1857 foi fundado o instituto de surdos-mudos do Rio
de Janeiro, atualmente conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos
(INES).
Em meados de 1911, o INES adotou a metodologia do oralismo para que os
surdos tivessem a oportunidade de se comunicar e conseguir com eficácia expressar
suas vontades e pensamentos.
Oralismo: Acreditava-se que a oralização era a única forma de inserir o surdo
na sociedade. Este método considera que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é
através da língua oral ou falada, utilizando treino da fala, da leitura labial (oralização) e
treino auditivo.
Comunicação Total: Em 1970, conheceu-se a terminologia comunicação total.
Este método propõe o uso simultâneo de diversos recursos para a comunicação com
os surdos, abrangendo oralização, sinalização e uso de sinais para tentar uma
correspondência com a língua oral.
Bilinguismo: Em meados da década de 1980, surge o bilinguismo no Brasil.
Muitos pesquisadores linguistas começaram a estudar e a discutir sobre esse novo
método de ensino para surdos. Esta proposta reconhece o sujeito surdo e seu idioma,
a língua de sinais; além disso, essa prática educacional proporciona percepções
mentais, cognitivas e visuais e tem capacidade para analisar os conceitos de modo
subjetivo e objetivo sobre as informações recebidas, respeitando as caraterísticas e
regras gramaticais do idioma. Este método traz à pessoa surda a possibilidade de
estabelecer vínculo com duas línguas dentro do ambiente escolar, a primeira língua, a
língua materna (L1) Libras e, a segunda língua (L2), a Língua Portuguesa (língua oficial
do país).
A Pedagogia surda se constitue como um programa de pesquisa em
educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte,
as comunidades e as culturas surdas, são focalizados e entendidos a partir da
diferença, a partir do seu reconhecimento político. Nessa perspectiva, o surdo é
reconhecido como um sujeito completo e não como um sujeito deficiente, a quem falta
algo. Ainda que não seja desconsiderada a ausência ou deficiência do sentido da
audição, a Pedagogia Surda não valoriza aquilo que falta, mas a cultura visual dos
surdos em suas práticas.
O Blinguismo promove a interação entre as duas línguas, para que a criança
cresça, desenvolvendo suas capacidades cognitivas, linguísticas, afetivas e políticas,
independentemente do espaço escolar no qual está inserida. Para isso, é necessário
conhecer os sujeitos na sua singularidade linguística e reconhecer que os alunos
surdos precisam de uma educação específica. O ideal, é que a criança surda adquira
primeiro a língua de sinais e, depois a língua portuguesa para que facilite a sua
compreensão.
A aquisição de Libras como L1 e aquisição do português como L2 pode
acontecer no lar,como primeiro local de contato com as língua, as crianças terão
contatos com os pais, surdos ou não, mas que sinalizam. Algum outro familiar. Na
escola também através deum espaço que atenda às especificidades linguísticas
desses indivíduos, por meio da presença de adultos surdos ou ouvintes, mas fluentes
em Libras, e/ou da presença de outras crianças surdas para que a língua “aconteça”
nas relações. Por último a clínica é o local onde, por meio, preferencialmente, de uma
abordagem oralista, a criança tem contato com a linguagem antes de ingressar à
escola comum.

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