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09/12/2020 Roteiro de Estudos

De ciência Auditiva: Fundamentos e Práticas Pedagógicas

Roteiro de
Estudos
Autor: Me. Daniel Neves Pinto
Revisor: Ma. Ilma Tânia Ciliaco Magalhães

Para apreciar as diversas condições existentes e necessárias para um atendimento pedagógico


especializado do aluno surdo, precisamos ampliar nossos conhecimentos de interação e das
implicações dos processos de inclusão de surdos em casa, na escola e na sociedade,
apresentando toda a metodologia de atendimento a esse grupo de pessoas. Objetiva-se, assim,
conhecer procedimentos e técnicas que propõem qualquer interação com qualidade e as
legislações favoráveis à língua de sinais e aos surdos, trazendo noções quanto aos direitos e aos
deveres de todos em sociedade, para que o mundo seja mais acolhedor às pessoas com surdez.

Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:

conhecer os aspectos históricos, sociais e conceituais das pessoas com surdez;


conhecer a trajetória e o processo de inclusão de surdos;
re etir sobre os conceitos de inclusão, inserção e integração;
entender os modelos de atendimento à educação especializada;
conhecer as políticas públicas e as legislações voltadas à de ciência auditiva.

Bons estudos!

Introdução
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A língua materna daqueles que têm de ciência auditiva é nativa das pessoas com surdez,
conhecida também em seu meio cultural como L1 (primeira língua) e usada pela maioria deles no
Brasil.

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) não é uma língua exclusiva das pessoas surdas, assim,
qualquer pessoa interessada nessa língua, que é o segundo idioma o cial no Brasil, pode utilizá-la
como meio de comunicação e interação, podendo aprender, usufruir e, até mesmo, tê-la como
meio de trabalho.

A Lei de acessibilidade, 10.098/2000, expõe, em seu art. 9º, que a forma de comunicação às
pessoas com surdez é por meio da Língua Brasileira de Sinais, assim, devemos aplicar ou recorrer
a essa língua sempre que houver ou envolver uma pessoa com surdez que queira se comunicar
ou interagir.

Para a inclusão ocorrer de fato e sem preconceitos, deve acontecer em todos os contextos, porém
os setores com maior receptividade a esse grupo de pessoas são os do meio educacional.

O pro ssional que utiliza a Libras, seja para interagir, trabalhar ou mesmo propor a inclusão, tem
como foco primordial estabelecer a intermediação comunicativa entre os usuários da língua de
sinais e os de língua oral; sem esses conhecimentos especí cos, podem ocorrer falhas na inclusão.

Surdez e seu Processo de Inclusão


A de ciência auditiva é o de cit sensorial mais frequente nas populações humanas, afetando mais
de 10 milhões de pessoas no Brasil, o equivalente a quase 5% da nossa população, segundo o
IBGE (on-line). As consequências da de ciência auditiva incluem incapacidade de interpretar sons,
geralmente produzindo uma capacidade reduzida de comunicação, atraso na aquisição da
linguagem, desvantagem econômica e educacional, isolamento social e estigmatização. Pode ser
agravada quando vem paralela a outra de ciência.

De nições e Conceitos
Surdo-mudo
Essa terminologia é uma herança de nossos antepassados e hoje soa como rótulo negativo
atribuído a pessoas com surdez. O lósofo grego Aristóteles declarou “surdos e mudos”, porque
sentia que os surdos eram incapazes de ser ensinados, de aprender e de raciocinar. Na maneira

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de pensar desse lósofo, se uma pessoa não podia usar sua voz da mesma maneira que ouvia as
pessoas, então não havia como essa pessoa desenvolver habilidades cognitivas.

Nos últimos anos, “burro” ou “brôco”, independente de sua região no Brasil, passou a signi car
“silencioso” ou incapaz de falar. Essa de nição ainda persiste, porque é assim que as pessoas
veem os surdos. Dessa forma, surdo-mudo é o termo mais ofensivo que poderíamos utilizar
quando envolve uma pessoa com surdez.

Audição Impedida
Esse é outro termo que não se encaixa ao direcionar às pessoas com surdez, seja qual for seu
grau de de ciência. Tecnicamente, mesmo sendo surdo profundo, a audição chega até seus
ouvidos, porém, não é interpretada; por isso, há possibilidades de reversão por meio do implante
coclear.

De ciente Auditivo (DA)


Essa nomenclatura não é tão aceita pela maioria da comunidade surda, por se voltar a um termo
praticamente losó co, mas já foi termo preferido, principalmente porque era visto como
politicamente correto. “De ciente auditivo” era um termo bem-intencionado, no entanto ele se
concentrava no grau de audição, chamado também de resíduo auditivo.

Habitualmente, muitos classi cam a perda auditiva acima de 90 decibéis (dB) como surdez, o que
signi ca que uma perda auditiva abaixo de 90 dBs é classi cada como de ciência auditiva.

Surdo
Segundo a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), essa é a
nomenclatura mais adequada e usada pela maioria das organizações envolvidas com a
comunidade surda, permitindo que os indivíduos se descrevam com base no status auditivo e na
orientação cultural.

Para termos a ideia se esse termo é o correto ou não, podemos fazer um levantamento das
principais instituições voltadas às pessoas com surdez no Brasil, aquelas que dão ênfase ao
ensino desde criança até a universidade e as de apoio aos familiares. Temos a própria FENEIS
(Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos), espalhada por todo o Brasil, e o INES
(Instituto Nacional de Educação de Surdos), maior e mais antiga instituição voltada a esse grupo
de pessoas, fundada em 1857.

Intérprete de Libras
A pro ssão intérprete de Libras foi regulamentada pela Lei n. 12.319 em 2010. Segundo Pinto
(2018), esse pro ssional tem como competência facilitar a comunicação entre uma ou mais partes
da língua oral e da língua de sinais. Para que esse pro ssional alcance níveis de qualidade, é

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necessário que seja uente em dois idiomas, Português e Libras. Ele deve ser capaz de se
comunicar com a pessoa que está ouvindo e entender o que os surdos querem repassar.

Os intérpretes de Libras estão cientes de seu papel e de suas ações, signi cando que não devem
interferir no contexto ou no signi cado, além disso, esses intérpretes são assegurados por lei e
devem cumprir suas obrigações de forma ética. Isso garante aos ouvintes e, principalmente, aos
surdos um princípio e uma comunicação dedigna. O conhecimento da cultura da língua oral e
em sinais, assim como da cultura do povo ouvinte e de surdos, in uencia signi cativamente as
palavras, sejam escritas ou sinalizadas; isso evidencia qualidades que diferenciam “bons”
intérpretes dos “melhores” intérpretes.

A certi cação que reconhece o intérprete de Libras a nível nacional no Brasil é o “Prolibras”
(Pro ciência no Uso e Ensino da Libras e Pro ciência em Tradução e Interpretação da
Libras/Língua Portuguesa), podendo obter as seguintes certi cações: tradução e interpretação da
Libras/Língua Portuguesa até o Ensino Médio; tradução e interpretação da Libras/Língua
Portuguesa no Ensino Superior; uso e ensino da Libras até o Ensino Médio; uso e ensino da Libras
no Ensino Superior.

Pinto (2018) esclarece que a interpretação é a ação que converte um pensamento ou uma
expressão de uma língua origem em uma expressão com um signi cado comparável em uma
língua-alvo, ou seja, estabelece a transição comunicativa de um idioma para outro.

LEITURA

Libras
Autor: Carlos Eduardo Lima de Morais et al
Editora: SAGAH
Ano: 2018
Comentário: Vamos entender um pouco mais sobre a surdez? Um dos trechos desse livro traz um
pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão da importância da audição e de seu
funcionamento, as curiosidades e os tipos de surdez, assim como as formas de prevenção e
diagnóstico. Leia atentamente as páginas 34 até 37.

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Processo de Inclusão de Surdos


O processo de inclusão de surdos, até o início deste milênio, era um tema muito complexo e
tratado, exclusivamente, em alguns institutos ou escolas especializadas. A visão era a de que tudo
dependia das práticas socioculturais de surdos com relação à região.

Advinda de melhorias e discussões sobre o tema no Brasil, a busca pela inclusão de surdos
começou a oferecer melhores oportunidades e visões da população.

A FENEIS e mesmo o MEC acreditam que todas as crianças surdas e com de ciência auditiva têm
direito a uma educação pública apropriada e gratuita no mesmo ambiente e que apresente o
menor número de barreiras linguísticas e de comunicação para seus problemas cognitivos, sociais
e emocionais.

A FENEIS também acredita que o acesso direto e desinibido à comunicação e a todas as facetas da
programação de uma escola é essencial para que uma criança surda perceba todo o seu potencial
humano, o que garante pleno desenvolvimento da linguagem para essa criança.

Seja você um pro ssional de humanas e sociais, exatas ou biológicas e da saúde, deve atender a
uma pessoa com surdez com qualidade e bom senso, a nal, é um cliente assim como qualquer
outro. Uma inclusão feita com propriedade tem uma interação aceitável e inclusiva.

A Libras em si não é um instrumento único de inclusão, mas sim de comunicação e interação, que
possibilita aos surdos e aos ouvintes conviverem em harmonia e em um mesmo ambiente. Hoje, a
inclusão de surdos está mais comum do que nunca.

Pro ssionais de educação em geral precisam estar cientes dos pontos fortes e das necessidades
desse grupo, além de terem algumas estratégias simples para implementar a inclusão, seja na
escola, na família ou na sociedade. Diante disso, vamos apresentar pontos fortes e necessidades
em relação à linguagem, à alfabetização, a às habilidades sociais e emocionais.

Inclusão não se limita, apenas, ao avanço de oportunidades acadêmicas em sala de aula. É um


processo que também inclui uma crítica de componente social. A inclusão auxilia os alunos com
de ciência a experimentarem um sentimento de pertença, uma presença positiva e a
oportunidade de desenvolver e manter relações sociais de sua própria escolha.

Em essência, signi ca que a pessoa com de ciência não é apenas voltada à área escolar, mas é
parte integrante da comunidade escolar, em que o aluno não é meramente tolerado, mas
totalmente aceito. Inclusive, a educação também exige trabalhar em sociedade e em famílias para
garantir que as pessoas com surdez sejam aceitas e respeitadas e que seja fornecido um
ambiente psicologicamente seguro, em que a diversidade não é apenas aceita mas também

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comemorada. A educação deve nutrir uma apreciação entre todos os colegas de habilidades, dons
e capacidades dos alunos com de ciência.

Emmanuelle Laborit (1996, p. 61), escritora surda, a rma:

Utilizo a língua dos ouvintes, minha segunda língua, para expressar minha certeza
absoluta de que a Língua de Sinais é nossa primeira Língua, aquela que nos
permite sermos seres humanos comunicadores. Para dizer, também, que nada
deve ser recusado aos surdos, que todas as linguagens podem ser utilizadas, a m
de se ter acesso à vida.

Um princípio básico da educação inclusiva voltada a alunos com surdez, independente do grau da
perda auditiva, é permitir que passem tempo juntos em ambientes escolares. É particularmente
importante expor os alunos à educação inclusiva desde o início de sua educação formal, para que
um compreenda as particularidades do outro. No entanto existem riscos à inclusão educacional.
Se escola, professores e colegas de classe não estão preparados para a inclusão, o aluno com
surdez pode ser ignorado, na melhor das hipóteses, ou assediado e intimidado, na pior das
hipóteses. Há uma série de estratégias que pode ser usada para aumentar a probabilidade de
estudantes com surdez serem totalmente aceitos na comunidade escolar e experimentarem
benefícios sociais e acadêmicos da inclusão.

Para uma criança ser incluída educacionalmente de forma ativa e com valores agregados, ela
precisa, evidentemente, estar matriculada em um programa em que ela se sinta verdadeiramente
parte do centro de atividade e da vida acadêmica e social do sistema educacional em que está.
Resumindo, para que tudo isso aconteça, é necessário que a Libras esteja presente no cotidiano
dessa criança e que a comunicação e a interação sejam efetuadas por um pro ssional intérprete
de Libras, caso contrário, não seria inclusão, e sim inserção.

A inserção apenas consta, não há a necessidade de uir ou de acompanhar as mesmas


expectativas de desenvolvimento conforme outras pessoas. O fato é que a inserção não
proporciona inclusão e muito menos igualdade.

Vamos entender algumas ocorrências e versões para que não confundirmos inserção e inclusão.

Respeito pela Diversidade


A inclusão deve basear-se no respeito à diversidade com consciência de que a de ciência é uma
parte normal da vida. Isso deve destacar as semelhanças entre os alunos, com e sem de ciência,
enfatizando suas relações características, pontos fortes e necessidades.

Acesso Físico

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Estudantes com surdez devem ter acesso físico completo a áreas em que os outros alunos
comem, brincam e socializam, inclusive nas instalações, playgrounds e outras atividades
recreativas.

Engajamento do Aluno com Surdez


Programas para construir ambientes inclusivos sociais devem ser implementados nas escolas. Os
professores devem realizar adaptações em suas aulas, nos jogos, nas atividades em geral, dentre
outros eventos sociais, que permitam que todos os alunos participem, propondo a comunicação
ideal (Libras) que atinge os surdos e que possibilita a eles se destacarem e demonstrarem suas
habilidades de liderança, sem que seja, exclusivamente, entre surdos, oportunizando, então, a
comunicação entre surdos e ouvintes.

Reforço Social
Incentivo e reforço social devem ser oferecidos aos estudantes com e sem surdez, quando iniciam
interações um com o outro. Alunos surdos não só podem como devem compartilhar suas
histórias pessoais, incluindo interesses e talentos, para destacar semelhanças entre os ouvintes.
Todos os alunos deveriam aprender Libras no ensino básico, para receberem os apoios
necessários na comunicação.

Para tanto, podemos traçar estratégias de ensino e gerenciamento em sala de aula para ajudar
alunos com surdez:

solicite a presença constante de um intérprete de Libras. Sem esse pro ssional, a inclusão
não irá acontecer, o processo estará todo comprometido;
veri que se o aluno está prestando atenção antes de iniciar uma atividade. Um leve toque
no ombro ou um sinal visual ajudará a chamar sua atenção;
não dê as costas ao aluno surdo ao dar uma explicação;
respeite as escolhas dos surdos;
use dispositivos tecnológicos que fomentam principalmente a visão;
não é necessário alterar seu estilo de fala ou de ensino;
disponibilize todo material utilizado em formatos alternativos, como em atividades de casa,
tarefa de leitura ou exercícios de aprendizagem;
ao apresentar o material em sala de aula, forneça pistas de estimulação, indicando
claramente quando o tópico está mudando. Isso pode ser feito verbalmente quando há um
intérprete de Libras acompanhando;
escreva palavras e fórmulas importantes no quadro;
não fale até que as palavras ou fórmulas estejam completamente escritas ao quadro;
olhe diretamente para o aluno ao falar, a nal, ele pode ser um surdo oralizado. Fale
claramente e sem exageros, não é preciso gritar, ele é surdo. Se necessário, repita ou

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reformule as orientações;
caso seja um surdo oralizado, é importante que a boca do falante esteja claramente visível
para que os lábios possam ser vistos, bigodes, barbas, mãos, livros ou microfones na frente
do seu rosto podem aumentar as di culdades e prejudicar a leitura labial;
aprenda o básico da língua de sinais, isso facilitará, e muito, a comunicação;
coloque os assentos em círculo ou semicírculo, isso permite aos alunos surdos verem,
simultaneamente, o professor e os outros alunos. Designe alunos surdos para se sentarem
mais à frente da sala;
respeite a forma de escrita do aluno surdo, ele tem uma característica comum, em que os
verbos são descritos no in nitivo e, possivelmente, não encaixam os artigos. Procure
conhecer as características e as habilidades de linguagem escrita do surdo, para que você
não o avalie injustamente;
é difícil para um estudante surdo assistir a um intérprete e anotar ao mesmo tempo;
um intérprete de Libras é incapaz de traduzir, simultaneamente, suas palavras ou qualquer
outra informação dada;
quaisquer vídeos ou lmes utilizados devem, sempre que possível, ser legendados.

A discussão de inclusão de surdos está intrinsecamente relacionada com as questões do uso da


Libras e do desenvolvimento da cultura surda. Não tentaremos rever as discussões em torno da
cultura da surdez ou da Libras, mas o que precisamos compreender, do ponto de vista da
inclusão, é que há uma forte convicção de que a inclusão se baseia em “benefício acadêmico” ou
na necessidade de uma abordagem instrucional especializada, a m de suportar uma
determinada língua e cultura. A inclusão é essencialmente um debate cultural, e não educacional,
embora esse debate esteja sendo elaborado principalmente no âmbito da educação.

Uns entendem que inclusão de surdos depende do conhecimento da Libras, mas outros
entendem que é uma questão de escolha. De fato, os surdos argumentam que é exatamente por
meio do uso da língua por todos que se fará a inclusão verdadeira.

Na contramão do que se tem mostrado, crianças surdas são integradas diariamente na sociedade
dos ouvintes, pois estão cercadas pela cultura ouvintista majoritária em todos os lugares a que
vão.

Para fechar esse tema, podemos citar as palavras de um educador (desconhecido) que retrata
bem a proposta: “Inclusão cura todos os males”.

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Educação Especializada /
Integração / Inclusão
Uma criança a cada 20 nasce surda ou com de ciência auditiva segundo o Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística (IBGE) (2012), 90% delas são lhos de pais ouvintes, ou seja, nascem em um
lar totalmente oralizado. A família, ao ter um bebê, imagina que terá uma criança perfeitamente
“normal”, mas descobre uma surdez, essa criança não pode ouvir nem sequer a voz de seus pais,
apesar disso, é preciso se manter rme.

Quando uma criança surda nasce, seus pais ou responsáveis [...] apresentam-se
fragilizados nos primeiros tempos, encontram inúmeras di culdades à sua frente
e, quase sempre, alteram seus planos de vida em função desta nova situação. [...]
as responsabilidades normais de uma família cam modi cadas e exageradas
com a chegada de uma criança diferente (STELLING, 1996, p. 34).

A qualidade da comunicação familiar é fortemente in uenciada pela disposição de todos em


empregar um sistema de linguagem. Após a família receber a notícia que tem um membro da
família que é surdo, dá-se início à dúvida do que a sociedade pode oferecer ao seu lho. Na
concepção da família, é a criança que deve se adaptar a seus pais, mas não, é a família que terá
que se adaptar à criança surda. Ao se deparar com a surdez pela primeira vez, os pais estimam
diversas soluções de desenvolvimento intelectual e social ao lho, por meio de terapias
fonológicas, psicológicas, cursos de apoio, escolas e tarefas, tudo simultaneamente, e acabam
esquecendo-se do fundamental, a Libras.

As famílias podem experimentar algum isolamento, na medida em que outras pessoas se afastam
após o nascimento de uma criança surda. Ao mesmo tempo, a família do recém-nascido pode
hesitar em se envolver com a comunidade surda ou participar de eventos culturais para surdos.
Para as famílias, então, é possível que haja uma perda social considerável, por gastarem muito
tempo superando barreiras à inclusão e procurando saídas para entender seu lho.

Pesquisas apontam que a intervenção precoce centrada na família oportuniza melhores


resultados. Os pais precisam de informações e orientações de especialistas, precisam de
con ança para tomar decisões em nome de seus lhos e familiares, precisam aprender, com
urgência, a Libras e tudo que for relevante para atender às expectativas, aos valores e às
necessidades das novas e inusitadas situações.

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Conscientemente, há pais que preferem buscar alternativas e, em momentos,


negar a surdez de seu lho. Pensam que se trata de uma doença reversível e que
logo a criança voltará a ouvir. Com isso, recorrem a pro ssionais da voz com a
nalidade de fazer seu lho falar com facilidade e fazer a leitura labial até a cura
(PINTO, 2018, p. 198).

É importantíssimo que a família de uma criança surda venha a aprender a Libras por completo, e
não propor que somente seu lho aprenda. A criança se comunica o tempo todo, faz perguntas,
faz bagunça e interage como qualquer outra criança; por isso, é imprescindível o conhecimento da
Libras por todos no leito familiar.

Ao perceberem resultados insatisfatórios com as tentativas iniciais, os pais reconhecem que tudo
não passou de um desespero natural que os causou equívocos, a nal, seu lho não conseguiu se
aproximar dos objetivos esboçados; somente a partir desse momento, passam a procurar
pro ssionais capacitados e associações de surdos.

Ao conquistar o direito à inclusão, à educação e a ter sua língua materna valorada, as pessoas
com surdez estão cada vez mais incluídas em todos os espaços sociais. Os pais devem dar
liberdade de autoescolha ao surdo e nunca superproteger, obrigando-o a ter uma vida social
como a dos ouvintes.

Eliminando Preconceitos e Mitos Sobre Surdez


A história e a vida das pessoas com surdez foram marcadas por uma educação oralista, que
impõe a obtenção de habilidades no uso da linguagem oral. Mas, bem antes disso, os surdos eram
pessoas consideradas amaldiçoadas, impossíveis de serem educadas e, muitas vezes, insanas.
Esses equívocos marcaram a trajetória dos surdos no Brasil e no mundo, até que se entendeu,
por meio dos esforços dos próprios surdos, que não é uma de ciência mental, mas uma
debilitação auditiva e que o valor pessoal do surdo é tão importante quanto o do resto das
pessoas que compõem o conjunto na sociedade.

Devido a essa história, muitas pessoas ainda têm pré-conceitos e preconceitos que não são reais
sobre surdez. As desinformações estão, na maioria dos casos, por trás de alguns falsos mitos
associados a esse grupo. Vamos entender, na sequência, alguns mitos e verdades sobre surdez,
conforme Pinto (2018, p. 201).

Mito: Todos os surdos sabem fazer leitura labial.


Realidade: Nem todos os surdos sabem fazer a leitura labial. Desenvolver esse método
exige que o surdo tenha prática familiar e social, além de terapias fonoaudiológicas. A leitura
labial é uma habilidade complexa.

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Mito: pessoas surdas não falam.


Realidade: grande parte dos surdos consegue emitir algumas palavras. A diferença é que
alguns não aprendem a usar a linguagem oral e ainda há outros que preferem se comunicar
pela Libras. A verdade é que a surdez não tem inter-relação com a voz (dicção).
Mito: os surdos também são mudos.
Realidade: o termo mais errôneo de todos é surdo-mudo. O aparelho sensorial “voz” não
tem ligação com a audição, assim, aquele velho ditado: “nem todo surdo é mudo, mas todo
mudo é surdo” também é mito.
Mito: todos os surdos sabem Libras.
Realidade: nesse caso, depende. O correto é saber e utilizar a Libras frequentemente. No
caso dos surdos que não sabem Libras, possivelmente houve um obstáculo com a família.
Mito: todos os surdos sabem ler braille.
Realidade: braille é para cegos. Surdos leem palavras escritas em português, como os
ouvintes.
Mito: para ouvir, todo surdo utiliza uma prótese.
Realidade: próteses não resolvem o problema de audição em um surdo profundo. Elas
apenas auxiliam alguns surdos a compreender as ondas sonoras.
Mito: surdos recebem benefícios do INSS por invalidez.
Realidade: as pessoas com surdez têm as mesmas capacidades intelectuais e funcionais que
os ouvintes e podem realizar qualquer trabalho.
Mito: os surdos não podem dirigir.
Realidade: muitos surdos têm carros e dirigem normalmente. Para tirar carteira de
motorista, haverá sempre um scal com conhecimentos em Libras ou o surdo será
acompanhado por intérpretes. O carro deverá ser adesivado com uma gura.
Mito: pessoas surdas não curtem música.
Realidade: diversos surdos adoram música e se divertem. Eles utilizam das vibrações
sonoras para acompanhar o ritmo da música.
Mito: os surdos são silenciosos.
Realidade: pelo contrário, eles fazem muito barulho, a nal, não têm noção do volume.

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LEITURA

Linguagem e letramento na Educação dos Surdos: Ideologias e Práticas


Pedagógicas
Autora: Paula Botelho
Ano: 2015
Comentário: Diante do apresentado, indicamos que você faça a leitura das páginas 15 a 27 do
livro de Botelho (2015), para se aprofundar ainda mais nas perspectivas de inclusão e nos mais
variados estigmas de preconceitos. O mesmo livro, das páginas 29 à 50, aborda as di culdades
familiares e uma boa comparação entre arrogância, preconceito e incapacidade nos processos de
interação com os surdos.

Políticas Públicas para a Educação


dos Surdos
Com a promulgação da Declaração de Salamanca (1994) e as iniciativas das políticas públicas
brasileiras, as pessoas com de ciência tiveram uma maior visibilidade e direitos garantidos,
facilitando o acesso aos locais aos quais não teriam anteriormente.

A busca pela garantia de direitos e pela seguridade na igualdade é uma luta constante enfrentada
pelas pessoas com de ciência. A promulgação de políticas públicas inclusivas, como as Lei de
Acessibilidade (Lei n. 10.098/2000) e de Inclusão (Lei n. 13.146/2015), tem trazido evoluções nessa
área, mas ainda há lacunas oriundas do preconceito, o que mostra que esse processo ainda não
está consolidado no Brasil.

Língua Brasileira de Sinais – Libras

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Voltando ao tempo cronológico da história da Língua Brasileira de Sinais, lembramos de sua


chegada ao nosso país, há pouco mais de um século e meio, tendo demorado quase 150 anos
para ser reconhecida como língua o cial, por meio da Lei Federal n. 10.436/2002, que reconheceu
a Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização das comunidades surdas no Brasil.
Esse, então, foi o primeiro e mais importante passo dado à comunidade surda, conhecida como a
“lei-mãe das pessoas com surdez”.

Além de tornar a Libras a segunda língua o cial do Brasil, o artigo 4º da Lei n. 10.436/2002 garante
a inclusão da disciplina de Libras nos cursos de formação de Educação Especial, Fonoaudiologia e
Magistério, além de propor que ela seja disciplina optativa para os níveis médio e superior, como
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais, conforme legislação vigente. Portanto, no
mesmo artigo, parágrafo único, “Libras não poderá substituir a modalidade escrita da Língua
Portuguesa” (BRASIL, 2002, on-line).

Além da Lei n. 10.436/2002, há uma outra de tamanha importância voltada às pessoas com
surdez, foi o reconhecimento do pro ssional Intérprete de Libras. Antes dessa lei, a pro ssão de
intérprete já vinha em alta, mas não a ponto de atender às necessidades do mercado e dos
surdos com qualidade e pro ssionalismo; ela proporcionou, então, um estímulo à igualdade na
comunicação.

A pro ssão Intérprete de Libras foi regulamentada por Lei (12.319/2010) após oito anos do
reconhecimento da língua no Brasil, favorecendo o mercado e expandindo a um campo
promissor.

Hoje, para atuar como pro ssional Intérprete de Libras, não basta apenas o domínio da língua, é
de extremo valor que a cultura surda faça parte de sua vida. Desde sua implantação, a maior
necessidade desse pro ssional é na área educacional, a nal, todo aluno surdo que esteja em sala
de aula, em qualquer nível de educação, deverá ter, obrigatoriamente, um intérprete de Libras ao
lado. Assim, é possível traçar uma expectativa: se em uma escola tiver três alunos surdos em salas
diferentes e no mesmo turno, deverão ser contratados três intérpretes de Libras, um em cada
sala de aula, para que a comunicação entre professor/aluno/professor e aluno surdo/aluno
ouvinte aconteça ativa e simultaneamente, mas, se houver três alunos surdos em uma mesma
sala, não há a necessidade de três intérpretes.

Além de Intérpretes Educacionais, ambientes de atendimento ao público também deverão possuir


pro ssionais com conhecimentos em Libras para interagir com os usuários surdos, podendo ser
empresas públicas ou privadas, aeroportos, shoppings, hospitais, fóruns e, ainda, casamentos,
formaturas, palestras, reuniões, dentre outros.

É importante destacar que o pro ssional Intérprete de Libras tem apenas uma única função: fazer
a ponte entre duas línguas, oralizada/sinalizada/oralizada, ou seja, de Português para Libras e de

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Libras para Português. Tudo que se desvia dessa função não deverá ser efetuado por esse
pro ssional, que, em muitos casos, é confundido com educador (professor), vigia, babá etc.

Os Intérpretes de Libras são obrigados a fornecer acesso à comunicação completa. O que isso
signi ca? Como uma rampa de cadeira de rodas é necessária para que os cadeirantes acessem
algum espaço, os surdos precisam de igual acesso às informações faladas/verbais. Isso pode ser
feito pelo pro ssional. O papel desse intérprete, portanto, é vital para garantir serviços
culturalmente precisos.

O intérprete de Libras deve ser dedigno às informações, mas decisões ao sinalizar podem
referenciar outra informação, o que leva a erros humanos. Os intérpretes não devem ajudar os
clientes surdos ou interferir em decisões, ele deve simplesmente oferecer o acesso à informação.

Além desses destaques, há outras leis e pareceres de Conselhos Estaduais de Educação (CEE) que
facilitam o acesso, ajustando a comunicação dos surdos e dando apoio aos Intérprete de Libras.

ARTIGOS

Educação de Surdos
Autora: Sueli Fernandes
Editora: Intersaberes
Ano: 2013

Comentário: Como são as políticas públicas voltadas às pessoas com surdez no Brasil? E como
seria essa prática fora do Brasil?
Fernandes (2013) traz alguns artigos que irão auxiliar nessas respostas (páginas 61-67) para que
possa aproveitar em sua atividade.

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Conclusão
A de ciência auditiva é, muitas vezes, vinculada e tachada como uma de ciência que impossibilita
uma interação ou um apreço de afetividade, porém, quando entramos no mérito da “inclusão",
possibilitando ao surdo uma interação com a sua língua materna, esse distanciamento e essa
desigualdade deixam de existir e toda a sua signi cância se torna parelha a qualquer outra
pessoa.

O processo de interação entre surdos e ouvintes é cercado de mitos e desmisti cado por
verdades do cotidiano mundo do silêncio. Os aspectos pedagógicos, em um contexto de ensino e
aprendizagem, trazem a inclusão de crianças surdas dentro das con gurações regulares da
escola, diferenciando o que seria essa escola regular inclusiva, que dá todo apoio ao aluno surdo
para que se desenvolva como e com alunos ouvintes, da escola especializada, que é direcionada
única e exclusivamente para educação de surdos.

Todo esse envolvimento com a surdez ou com a Libras não seria possível se não houvesse a
legalização da “lei-mãe” dos surdos como língua o cial no Brasil, extremamente importante para
esse grupo de pessoas, possibilitando uma integração regular que antes não existia com tanta
rigorosidade, propondo as diversas possibilidades de trabalho por meio dessa língua.

O ensino e a aprendizagem de surdos não seriam possíveis sem uma inclusão verdadeira. Para
uma criança ser incluída, educacionalmente, de forma ativa e com valores agregados, precisa,
evidentemente, estar matriculada em um programa em que se sinta, de fato, parte do centro de
atividade e da vida acadêmica e social do sistema educacional em que está. Resumindo, para que
tudo isso aconteça, é necessário que a Libras esteja presente no cotidiano dessa criança, e a
comunicação e a interação sejam efetuadas por um pro ssional Intérprete de Libras, caso
contrário, não será inclusão, e sim inserção.

O Ministério da Educação (MEC) a rma que todas as crianças surdas têm direito a uma educação
pública gratuita e adequada, em um ambiente que apresenta o menor número de barreiras
linguísticas e de comunicação para suas habilidades cognitivas, sociais e emocionais.

Referências Bibliográ cas


BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril
de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. Diário O cial União, Brasília, 2005.

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09/12/2020 Roteiro de Estudos

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm.


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Acesso em: 20 out. 2020.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá
outras providências. Diário O cial União, Brasília, 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 20 out. 2020.

BRASIL. Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a pro ssão de Tradutor e


Intérprete de Libras. Diário O cial União, Brasília, 2010. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12319.htm. Acesso em: 20 out.
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BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
de ciência (Estatuto da pessoa com de ciência). Diário O cial União, Brasília, 2015. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 20 out.
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