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SUMÁRIO
1) ENSINO E APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA E HISTÓRIA ...................................... 3
2) ENSINO E APRENDIZAGEM DA LINGUA PORTUGUESA ........................................19
3) CORPO E MOVIMENTO ...............................................................................................23
4) ENSINO E APRENDIZAGEM DAS CIÊNCIAS NATURAIS ........................................ 26
5) LITERATUTRA INFANTOJUVENIL ............................................................................ 31
6) ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA ...................................................... 33
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CONHECENDO A DISCIPLINA
Sua versão para a educação infantil e para o ensino fundamental foi validada em dezembro
de 2017, trazendo uma série de desafios para os professores e gestores em seu processo de
implantação. Na educação infantil, os educadores têm se deparado com a tarefa principal de
centrar o processo de aprendizagem na criança, considerando-a um agente de produção de
conheci- mento. Já nos anos iniciais do ensino fundamental, a principal empreitada a ser
enfrentada é a criação de um novo modelo de educação que dialogue com o cotidiano do
aluno, preparando-o para respeitar as diferenças e para compreender a si mesmo e ao seu
mundo. A partir de 1990, o Brasil firmou o compromisso internacional com o desenvolvimento
de um currículo comum para todo o território capaz de suprir as necessidades básicas de
aprendizagem, após a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada na
Tailândia, dando início a uma grande pesquisa para a elaboração desse conjunto de
conhecimentos básicos .
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A geografia, por sua vez, seria a responsável pelo conhecimento natural e físico do
mundo . Os PCNs buscavam sugerir tantos os conteúdos como as metodologias gerais de
ensino, propondo objetivos comuns para cada disciplina com o intuito de permitir a unificação
da educação pública brasileira. Os parâmetros dialogavam constantemente com as
características regionais, sendo flexíveis e adaptáveis para as diferentes realidades
brasileiras, trazendo propostas sobre o ensino e a aprendizagem, critérios
avaliativos, orientações didáticas, além de blocos temáticos. Os PCNs também possuíam
objetivos gerais para o ensino de cada disciplina, promovendo ao aluno o aumento da
compreensão da realidade ao longo dos 8 anos do ensino fundamental .
Ainda em 1998, o governo federal lançou o Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil, buscando estabelecer as bases para as práticas educacionais voltadas a esse
segmento, considerando sua diversidade. Divide a educação infantil por idades, devendo ser
oferecida em creches até os 3 anos de idade e pré-escolas, entre os 4 e 6
anos, determinando objetivos para cada faixa etária. Na educação infantil, partiam do estudo
da realidade social e familiar da criança para sua compreensão do espaço e do tempo, além
do trabalho com eixos temáticos abordados nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nos
anos iniciais do ensino fundamental, visavam ao desenvolvimento de instrumentos e
capacidades para intervenção e compreensão da realidade social e histórica.
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Isso deve instigar o aluno a ter um olhar crítico para os fatos históricos, motivando-os a criar
suas próprias hipóteses, questionamentos e interpretações, confrontando o conhecimento
histórico pré-determinado. Para que isso seja possível, é necessário que o professor se
coloque como um auxiliar no processo de construção do saber, abrindo espaço para que
seus alunos desenvolvam um papel ativo na elaboração de seu próprio conhecimento .
EXEMPLIFICANDOA abordagem da BNCC para o ensino de geografia, por sua vez, busca
enfatizar o desenvolvimento do raciocínio geográfico e do pensamento espacial para os anos
iniciais do ensino fundamental. Após esse processo, foram levados para a consulta pública
antes de sua aprovação final.
Além disso, os dois referenciais curriculares trazem a necessidade da promoção de um
ensino interdisciplinar e contextualizado. Nos dois documentos, são apresentados os
objetivos e as competências que todas as áreas do conhecimento devem desenvolver nos
diversos níveis de ensino. Os documentos também contemplam a possibilidade de currículos
escolares adaptáveis às diversas realidades brasileiras, determinando uma parcela comum a
todos os colégios e uma parte diversificada, que deve ser escolhida por cada instituição de
ensino em conjunto com sua comunidade. Tanto o PCN quanto a BNCC fazem referências
aos materiais, recursos e atividades lúdicas e diversificadas que podem ser
realizadas, enfatizando as tecnologias, como jogos, computador e calculadora.
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A professora Lídia foi recém-contratada para lecionar história para a educação infantil e para
as séries iniciais do ensino fundamental no mesmo colégio em que a professora Alice
assumiu a coordenação da área de humanidades. A coordenadora decidiu se reunir com a
professora Lídia para a elaboração da metodologia de trabalho com o componente curricular
e para a criação das estratégias a serem utilizadas no desenvolvimento dos conteúdos.
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Além da determinação dos direitos fundamentais, a BNCC estipulou uma mudança conceitual
para os currículos da educação infantil, considerando a criança como uma produtora da
sociedade e da cultura na qual ela se insere. Com isso, ela fixou cinco campos de experiência
como fundamentos básicos para cada etapa do desenvolvimento, inspirados nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. O ensino de história, nesse sentido, torna-se
questão primordial para o trabalho em todos eles. No campo «O eu, o outro e o nós», a
história age como ferramenta para auxiliar a criança na construção de sua identidade, na
percepção do outro e no reconhecimento das diferenças, permitindo o contato com grupos
culturais e sociais distintos.
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conteúdos nesse nível de ensino, levando-se em conta que cada criança parte de um
contexto de vivências próprio.
Entender-se como ator no tempo e no espaço é parte de entender-se como ser humano e
compreender-se nesse espaço e tempo. Conhecer como se dá a passagem do
tempo, marcar essa passagem, explorar seus espaços de vivência, para além do que já é
conhecido e sistematizado, é dar aos educandos referências de comunicação, expressão e
ação, fazendo-os avançar em relação ao uso de conceitos que serão utilizados durante todo
seu processo educacional. Luciana é professora de uma turma de crianças com faixa etária
de 2 a 3 anos, e percebe, no início do ano letivo, que alguns de seus alunos são muito
dependentes ao transitar pelo espaço físico da escola, solicitando sua presença para
situações corriqueiras, como ir ao banheiro ou beber água.
Quando um professor se depara com uma turma de alunos com tão pouca idade, é
sempre um desafio pensar em familiarizar as crianças em um espaço ainda estranho. O
espaço físico é um espaço social e tem a função primordial de orientar as crianças no
processo de estruturar funções motoras, sensoriais, simbólicas, lúdicas e relacionais.
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ESPAÇO ESCOLAR
Para uma criança pequena, diferenciar uma sala de aula da sala de sua casa passa por
compreender a função desses dois espaços tão distintos. A sala de casa geralmente é um
espaço coletivo, ainda que seja estritamente familiar, ali se reúnem os componentes de uma
família e várias atividades podem acontecer nesse espaço. A sala de aula, por sua vez, é um
espaço também coletivo, mas onde se reúnem crianças provenientes de diferentes núcleos
familiares, sob a supervisão e orientação de um professor, também oriunda de seu próprio
contexto.
Além disso, permite que a criança resgate o que foi trabalhado, possibilitando uma nova
elaboração. Pedir que a criança desenhe sua casa ou sua sala de aula como se ela estivesse
olhando tudo lá de cima é o suficiente. Com o avançar do trabalho, pode-se trabalhar
questões de escala e perspectiva, mas observe que já há uma ampliação de vocabulário e de
maneiras de perceber os espaços e objetos.
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Pensando o processo educacional como algo que prescinde da relação humana, não há
como pensar o espaço físico sem considerar a ação das pessoas que ali vivem e convivem. A
função dos espaços ocupados/ frequentados por todas as pessoas é também identificar e
caracterizar seus ocupantes. Em linhas gerais, por um lado, uma casa pertence a quem nela
mora e tem as características dadas por seus ocupantes e pelas relações que se
estabelecem ali. Não podemos pensar, nos casos da sala de aula e da casa, em uma via
simples e unidirecional, em que os espaços apenas abrigam as atividades.
Uma criança típica aprende nos três primeiros anos de vida habilidades que usarão ao
longo de toda sua existência. Na atualidade, por conta das necessidades da sociedade como
se apresenta, as crianças iniciam a vida escolar cada vez mais cedo, e estão na escola
durante a aprendizagem dessas habilidades.
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espaços conhecidos, observados tanto por meio da linguagem utilizada quanto em atitudes
apresentadas pelo aluno. No entanto, é marcadamente na educação infantil que a criança
terá os primeiros contatos com elementos que direcionam e sistematizam os
conhecimentos, possibilitando uma elaboração individual dos objetos de conhecimento e
permitindo a inferência dessas descobertas em outros âmbitos de sua vida. É a aplicação do
conhecimento acadêmico, ainda em seu início, que possibilitará à criança desenvolver-se
plenamente.
A escola, como um dos primeiros espaços interativos com os quais a criança tem
contato fora de seu «mundo» , é fundamental na construção de uma linguagem que
possibilite uma comunicação eficiente e representativa. Esse papel da escola, de possibilitar
à criança um espaço de reconhecimento e segurança, é desempenhado a todo momento, no
decurso de atividades coletivas, na interação da criança com seus pares, nas orientações e
intervenções individuais feitas pelos professores. Sob essa abordagem, a linguagem constitui
um signo, uma ferramenta por meio da qual o indivíduo se coloca no mundo.
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Fases do desenvolvimento
Piaget descreve duas fases no desenvolvimento das crianças em que ficam claras as
diferenças entre as relações verticais e horizontais. Na coação, a criança é considerada
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O contexto em que uma criança está inserida diz muito sobre como ela reage ao mundo e o
elabora. Com a evolução da ciência, de pesquisas na área da educação, temos hoje a
possibilidade de diagnosticar transtornos de aprendizagem que antes eram vistos como
preguiça, falta de vontade e manha.
A avaliação na educação infantil deve sempre considerar a criança como um ser global. Não
deve haver comparação com outras crianças, no entanto, deve-se sempre apresentar
evolução em relação aos conceitos trabalhados em sala. No que diz respeito à linguagem, a
criança deve dar conta de inserir em seu repertório os conceitos básicos trabalhados em
sala, avançar em seus próprios processos e usar os conhecimentos construídos de forma
prática e organizada. O registro sistematizado da aprendizagem deve dar conta de registrar o
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É importante que os registros das atividades não comparem os resultados entre os alunos da
turma, mas que torne possível observar a evolução da criança ao longo de um período de
tempo, bem como destacar suas potencialidades e habilidades individuais e como estão
sendo trabalhados os aspectos em que, eventualmente, ela apresente
dificuldades. Aeducação infantil tem como objetivo principal o desenvolvimento integral das
crianças de 0 a 5 anos, em seus aspectos social, psicológico, intelectual e físico, sendo um
complemento da atividade familiar e comunitária, conforme determina o artigo 29 da Lei de
Diretrizes e Bases. O professor deve criar propostas lúdicas de transformação do corpo da
criança em uma ferramenta de apropriação do espaço vivido e construído, desenvolvendo
também formas criativas para que a criança passe a se orientar no tempo cronológico, físico
e histórico. Por meio do trabalho com os Campos de Experiência, a criança deve desenvolver
sua corporeidade e sua psicomotricidade, dando início ao seu processo de orientação tempo-
espacial.
Ao término desta unidade, é importante que você consiga identificar como a Base
Nacional Comum Curricular dispõe o trabalho com os componentes curriculares de geografia
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e história para o 1 e 2 ano do ensino fundamental. Neste processo, você deve atentar aos
principais processos que o documento indica, como o desenvolvimento de
objetivos, competências e habilidades, reconhecendo como estes elementos devem ser
aplicados em atividades práticas em sala de aula. Também deve reconhecer como os
princípios do trabalho com os componentes curriculares indicados podem ser avaliados pelo
professor. Para o 1 e o 2 ano desta etapa do processo de ensino-aprendizagem, o
documento indica que os componentes devem desenvolver a identidade do
educando, inserindo-o dentro do contexto de sua comunidade de pertencimento, indo além de
sua convivência familiar e reconhecendo-se como membro de grupos diversos, como a
escola e o bairro.
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Neste momento, o professor pode avaliar a atividade, visualizando a apreensão que cada
aluno conseguiu fazer do espaço vivido e construído nessa vivência, percebendo como ele se
relaciona com o espaço, como consegue se apropriar dele e se é capaz representá-lo.
Para que o aluno desta etapa do desenvolvimento aprenda a pensar o espaço, o documento
propôs alguns recursos a serem utilizados pelo professor em sala de aula.
Distribuição
Nesse sentido, o professor pode realizar atividades voltadas para o reconhecimento do aluno
dentro de sua comunidade de pertencimento imediata, como sua família ou sua
escola, sempre levando em consideração a experiência de vida dos alunos a partir do ponto
de vista cultural, temporal e social, buscando que eles utilizem seus conhecimentos prévios
como base no processo de aprendizagem. Uma proposta de atividade é a apresentação de
uma «caixa do 1 ano», na qual o aluno deve reunir, em conjunto com seus familiares, as
diversas lembranças de seu primeiro ano de vida – como fotografias, roupinhas, a lembrança
de sua chegada na maternidade e até seu cordão umbilical – apresentando o conteúdo da
caixa para os colegas. A atividade, ao mesmo tempo em que permite com que o aluno
reconte sua história para os demais colegas, cria entre a família novas lembranças e permite
a realização de um trabalho conjunto entre familiares e o aluno para a reconstrução de sua
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trajetória.
Por fim, cabe ao professor de história identificar, dentro do processo avaliativo, como o aluno
tem se apropriado de formas diferentes de se relacionar com a natureza, verificando se ele
consegue perceber as formas de trabalho existentes em sua comunidade e como elas
impactam no meio ambiente. De forma geral, um dos principais desafios para o ensino de
história e geografia na educação infantil é o desenvolvimento de atividades que promovam a
exploração do corpo da criança, levando ao seu autor reconhecimento e aos múltiplos usos
do espaço ao seu redor.
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A BNCC mantém, assim, a concepção inaugurada pelos PCN's, indicando que a organização
dos conteúdos para o trabalho com a disciplina de Língua Portuguesa deve ter como
finalidade a produção e a compreensão de discursos orais e escritos, denominados gêneros
do discurso . Nesse contexto, a BNCC, assim como os Parâmetros Curriculares
Nacionais, que a antecederam, tomam por base, para o ensino e a aprendizagem de língua
portuguesa, a incorporação de práticas baseadas nos diversos tipos de textos que circulam
na sociedade. A BNCC ainda avança e traz ao processo de ensino-aprendizado as
especificidades da leitura e da escrita em ambientes digitais. Nesse aspecto, o documento dá
especial atenção à multimodalidade, que consiste no ensino e na aprendizagem da leitura e
da escrita, levando em conta, atualmente, a variedade dos modos de comunicação
existentes.
Certamente, isso também vai impactar no papel do professor, que deve ser o de alguém que
compartilha conhecimento. As novas ferramentas de edição de textos, áudios, fotos, vídeos
tornam acessíveis a qualquer um a produção e disponibilização de textos multissemióticos
nas redes sociais e outros ambientes da Web. Historicamente, o ensino de Língua
Portuguesa para as séries iniciais ocorreu com base no que era estabelecido em cartilhas e
textos dos livros de leitura. Para os anos subsequentes , o ensino era focado na gramática e
em trechos de textos literários de autores consagrados.
Ressalta-se que, em grande parte do século XX, ainda que houvesse a presença dos livros
de leitura, o ensino de Língua Portuguesa centrava-se na gramática normativa e na
ortografia, visto que o foco era a "escrita correta" de palavras, frases e textos .
da presença do ensino de leitura e interpretação de textos, a gramática nos anos 1950 e 1960
continuou tendo primazia sobre o trabalho com o texto. O ensino da gramática ocorria por
meio de exemplos abstratos e descontextualizados, com frases soltas e construídas com a
intenção de abordar os conceitos gramaticais simplesmente para exemplificação ou para
exercitação.
Tempo
São situações didáticas que aparecem com certa regularidade por período
indeterminado , cujo objetivo é permitir aos alunos que interajam "intensamente com um
gênero determinado em cada ano da escolaridade e são particularmente apropriadas para
comunicar certos aspectos do comportamento leitor" .
Situações ocasionais
Situações de sistematização
Um exemplo seria a leitura diária de notícias pelo professor, nas atividades permanentes, e
depois uma sequência didática de leitura ser proposta para aprender mais sobre esse gênero.
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"A questão que se coloca é que, na prática, a tal "escolarização acaba por
adquirir, sim, sentido negativo, pela maneira como ela se tem realizado, no cotidiano da
escola. Quando a escolarização da literatura é inadequada, ou seja, quando o trabalho com a
literatura não se orienta para os propósitos sociais, uma consequência possível disso é o
aluno tomar "aversão" ao livro e ao ato de ler, finaliza a autora.
Papel do professor
Para Silva e Martins , do ponto de vista do planejamento das situações de leitura, ao decidir o
que ler e com quais objetivos, o professor imprime maior qualidade a essa leitura, bem como
se dedica a pensar em como ler para os seus alunos ou com eles. Os modos de ler, a
entonação, "a relação afetiva com o leitor-mediador e com o ambiente em que a leitura se
desenvolve" fazem toda a diferença para a não aversão dos alunos pelos livros e pela
literatura. Cabe destacar também o professor como um ator no papel de leitor. Quando se
trata da leitura de uma história, o professor "lê tentando criar emoção, intriga, suspense ou
diversão" e evita interrupções que poderiam cortar o fio condutor da narrativa.
Papel da biblioteca
A BNCC sugere uma série de gêneros para o trabalho com o eixo da oralidade. Ressalta-
se, ainda, que além da sugestão da BNCC a escola pode e deve indicar outros gêneros orais
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em sua proposta pedagógica para serem objetos de ensino, considerando o público que
atende.
A BNCC, ao contrário dos PCNs, não oferece ao professor orientações didáticas e elementos
para a avaliação. Os PCNs de Língua Portuguesa dos anos finais do ensino fundamental
indicam um conjunto de orientações didáticas para uma escuta orientada, que pode inspirar
os futuros docentes dos anos iniciais do ensino fundamental, em especial do 4 e do 5 ano, a
planejarem o trabalho nessa perspectiva.
Textualização
Capacidades de leitura
Uma vez que as práticas de leitura na sociedade são diversas e estão atreladas a um
contexto, para se compreender o que se lê, no âmbito dessas práticas, exigem-se
capacidades leitoras também diversas. Para uma leitura cidadã, Rojo afirma ser necessário a
escola ampliar o ensino das diversas capacidades de leitura.
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aumentar o grau de letramento do aluno, exige uma atenção cuidadosa à seleção e indicação
de suportes de leitura. Para essa autora, em uma aula de leitura não cabem improvisos.
CORPRO E MOVIMENTO
Experimentação
Uso e Apropriação
Fruição
Análise
Essa dimensão reúne conhecimentos como a classificação dos esportes, os sistemas táticos
de uma modalidade, o efeito de determinado exercício físico no desenvolvimento de uma
capacidade física, entre outros.
Protagonismo Comunitário
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Não podemos, então, deixar de lado as representações socioculturais do corpo. Isso significa
pensarmos que ideia de corpo prevalece em nosso contexto social, sobretudo se pensarmos
em um «corpo ideal». O indivíduo age no mundo através de seu corpo, mais especificamente
através do movimento. Com o corpo , as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço
e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se , brincam e produzem
conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-
se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade.
Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz
de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e
linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo
e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e seus
limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode
ser um risco à sua integridade física.
Para além de seu caráter instrumental, veremos neste tópico que o movimento é muito mais
do que simples deslocamento do corpo no espaço. O movimento constitui-se em uma
linguagem que permite à criança expressar-se e comunicar-se por meio de seu corpo.
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Nesse ponto, cabe-nos destacar que o trabalho com o corpo, o movimento, com a
corporeidade e a motricidade na escola não se constitui exclusividade deste componente
curricular. Entendendo o corpo como manifestação de desejos, de necessidades, de
sentimentos e compreendendo-o como forma de explorar o mundo e de colocar-se nele, cabe
à escola e aos educadores o trabalho com o desenvolvimento de suas potencialidades em
sua totalidade, para isso devem ter nas mãos diversas práticas pedagógicas.
Nesse sentido, não é uma produção exclusiva dos profissionais de dança. Não é preciso ter
habilidades corporais prévias para realizar uma composição esteticamente bela. Mas a dança
comporta também muitas outras possibilidades de valiosa beleza. Assim como nas outras
artes, é preciso aventurar-se, experimentar, criar.
Esse deve ser o foco do trabalho com a dança na escola. Segundo Ossona a dança « é uma
disciplina que se deve começar quando se é bem pequeno, sobretudo quando os dotes
físicos não são excepcionais», visto que, na primeira infância, as maneiras de
movimentações das crianças são diversificadas e criativas. A dança é um importante
instrumento pedagógico, potencializador do movimento em sua dimensão expressiva. Na
educação infantil é preciso ter o cuidado de ser inserida com vistas à busca de movimentos
que se caracterizem pela liberdade e espontaneidade.
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As Ciências Naturais são uma área de conhecimento que trata de temas relacionados a química,
biologia, geologia, geografia, física, entre outros. Sua origem pode ser considerada a partir do momento
em que o homem começou a observar a natureza e o ambiente à sua volta. Porém, sua definição como
“Ciências Naturais” foi a partir da classificação indicada por filósofos, que sentiram a necessidade de
nomear a área de conhecimento que reunia em si a discussão e a observação do mesmo assunto.
O uso do fogo, as pinturas no interior das cavernas, o início do cultivo de alimentos no solo, entre
outros, podem ser considerados como elementos que indicam que o homem, além de se relacionar com
a natureza, a observava. Felippe e Toledo (2017) apontam que a história das Ciências Naturais é
marcada por eventos significativos, como o início da escrita na Mesopotâmia (4000 a.C.), a Idade dos
Metais (6000 a. C.), a alquimia - combinação entre magia e ciência, que surgiu entre os anos 300 e
1400 d.C.
Neste sentido, o Pensamento Científico e o Método Científico surgem como meios que o homem
encontrou de compreender a natureza, o ambiente à sua volta e os elementos que o compõem. O
Pensamento Cientifico tem relação com a maneira como o homem organiza sua forma de pensar; é
pensamento que busca a explicação de determinado fenômeno ou situação e está relacionado
diretamente com o Método Científico.
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O Método científico pode ser compreendido como um conjunto de passos e técnicas que busca
conhecer e entender determinado elemento estudado. Tanto o Pensamento Científico quanto o Método
Científico estão relacionados com o Conhecimento Científico. O homem adquire conhecimento pela
interação com a natureza e o ambiente ao seu redor. Segundo Pereira et al. (2018), o conhecimento pode
ser classificado em Empírico, Científico, Teológico e Filosófico. O Conhecimento Científico é defino
como o conhecimento relacionado ao pensamento crítico e analítico, em que os fatos e informações
foram testados e comprovados por meio de testes e experimentos. Neste sentido, as áreas científicas,
incluindo as Ciências Naturais, precisam de métodos específicos para o seu desenvolvimento e evolução.
Considerando a evolução das tecnologias na Educação, as perspectivas futuras na Ciência, principalmente
no que diz respeito às Ciências Naturais, estão diretamente relacionadas ao uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) no ensino. Bergamo e Garbim (2017) indicam que é importante
refletirmos atualmente sobre o papel do ensino de ciências. Esta visão não consiste em apenas formar
futuros cientistas, considerada uma visão mais clássica do ensino. O ensino de ciências atualmente
busca conscientizar o aluno sobre seu papel na sociedade e maneiras de convivência harmoniosa com o
ambiente em que vive, de forma a transformar a sociedade, pensando no bem comum. A BNCC indica
que o uso das TICs propicia a resolução de problemas, a autoria e o protagonismo na aprendizagem e na
vida em sociedade, além de estimular a criatividade e a curiosidade do aluno. O ensino dos conhecimentos
sobre as Ciências Naturais precisa ser pensado de maneira a desenvolver a curiosidade e a formulação de
perguntas, de argumentar, compreender a si mesmo e as relações com o ambiente.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que orienta toda a Educação
Básica brasileira. Foi elaborado por um conjunto de especialistas de todas as áreas do conhecimento;
é um documento completo, atual, que busca apresentar conteúdos de ensino que têm como
preocupação a formação do aluno que frequenta a Educação Básica no Brasil. A BNCC orienta o
currículo da Educação Básica, busca indicar subsídios para a formação inicial e continuada dos
professores, as matrizes de avaliações, os matérias didáticos, além de subsidiar os exames nacionais.
(BRASIL, 2018). A BNCC apresenta um conjunto de caráter orgânico e progressivo considerados
essenciais aos alunos. Por meio deste conjunto de aprendizagem, o documento procura dar
subsídios e assegurar aos alunos a aprendizagem e o desenvolvimento humano. As diretrizes
apresentadas pela BNCC dialogam com outros documentos já instituídos, como o Plano Nacional de
Educação (PNE) (BRASIL, 2014) e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(DCN) (BRASIL, 2013), especificamente em relação à educação escolar. A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996 (BRASIL, 1996), em seu artigo Artigo 1º, § 1º, define
que a educação escolar precisa estar orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos, e por
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uma visão formativa humana que se relaciona com o desenvolvimento da própria sociedade.
Dialoga com os objetivos de construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva e uma formação
humana integral. Estes são os princípios que direcionam tanto o ensino quanto a aprendizagem de
competências gerais. A BNCC apresenta diretrizes para o desenvolvimento das três etapas da
Educação Básica: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Além disso, indica os
elementos a serem abordados em cada área de conhecimento e em cada etapa da Educação
Básica. No Ensino Fundamental, a BNCC apresenta quatro áreas de conhecimento relacionadas
aos componentes curriculares Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e
Ensino Religioso. Vamos conhecer um pouco mais sobre os elementos que compõem a área de
Ciências da Natureza.
O ensino de Ciências da Natureza, segundo a BNCC (BRASIL, 2018), para os anos iniciais do
Ensino Fundamental tem por objetivo oferecer às pessoas a possibilidade de aprenderem a respeitar a si
mesmas e o mundo à sua volta. Busca, ao contemplar e abordar elementos sobre o processo de evolução
e manutenção da vida, sobre o mundo material e tudo que nele existe (recursos naturais, as
transformações da natureza, fauna e flora, fontes de energia, entre outros). Tem em vista proporcionar a
oportunidade de que o aluno aplique os conhecimentos científicos adquiridos no ensino de Ciências
Naturais em várias esferas da vida. A compreensão e discussão destes elementos promovem
aprendizagens que vão possibilitar ao aluno intervir no ambiente em que vive.
Para que haja a apreensão por parte do aluno das competências gerais indicadas na BNCC em
relação ao conhecimento científico sobre as Ciências Naturais, é importante abordarmos o conceito de
Letramento Científico. Segundo a BNCC (BRASIL, 2018), o Letramento Científico compreende a linguagem
específica da área das Ciências Naturais, composta por códigos, nomenclatura, símbolos e gêneros
textuais próprios. Pelo Letramento Científico, é possível desenvolver no sujeito tanto a capacidade de
compreender, quanto de interpretar o mundo à sua volta, além modificar a sociedade por meio das bases
teóricas apresentadas pelas Ciências Naturais.
A Educação Básica é composta por três etapas: a Educação Infantil, O Ensino Fundamental e o
Ensino Médio. Falaremos um pouco sobre o Ensino Fundamental, especificamente sobre o Ensino de
Ciências voltado para esse momento da escolarização. O Ensino Fundamental tem duração de nove anos
e está segmentado em Anos Iniciais (1º ano 6° ano) e Anos Finais (7º ao 9º ano). É considerado a etapa
mais longa da educação básica e atende alunos de 6 a 14 anos. Iremos abordar os aspectos do primeiro
segmento, conhecido como Ensino Fundamental I – Anos Iniciais. Por meio da BNCC (BRASIL, 2018, p.
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57), compreendemos que esta etapa requer “valorizar as situações lúdicas de aprendizagem” com
“necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil”. É preciso considerar as
mudanças que os alunos apresentam nesta fase da vida, a relação com o outro, com o ambiente e consigo
mesmos. É esperado que este aluno tenha contato com experiências que promovam “o desenvolvimento
da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e representação, elementos importantes para
a apropriação do sistema de escrita alfabética e de outros sistemas de representação, como os signos
matemáticos, os registros artísticos, midiáticos e científicos” (BRASIL, 2018, p.58). O percurso pedagógico
nesta etapa da Educação Básica passa necessariamente pelo desenvolvimento de competências, como o
saber e o saber-fazer. A BNCC (BRASIL, 2018) apresenta dez competências gerais para o Ensino
Fundamental, são elas: conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural,
comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado.
Estas competências gerais dialogam com as competências específicas que cada área do conhecimento
explicita.
Levando em consideração que a BNCC sugere, para o período do ensino fundamental, que o
educando possa elaborar conhecimento sobre a natureza da matéria, estudar a constituição de
diversos materiais, bem como as mudanças que podem ocorrer neles, as fontes e tipos de energia que
utilizamos no cotidiano, apresentaremos, neste bloco de estudos, os modos pelos quais podemos
desenvolver, em atividades de ensino, os conteúdos e as habilidades a serem trabalhados na
etapa de aprendizagem que abrande o 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental. Trata-se de uma
proposta cujo objetivo é fornecer contribuições para que o educando também se envolva em
processos de aprendizagem das linguagens e dos procedimentos próprios das Ciências da Natureza
(BRASIL, 2018).
As habilidades a serem desenvolvidas durante o ensino de Ciências para o 1º ano do ensino
fundamental, tomando como objeto do conhecimento as características dos materiais, podem ser
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Assim como grande parte dos gêneros literários, as produções infanto-juvenis têm como fonte
as narrativas populares advindas da oralidade. Exemplo disso são as histórias coletadas
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da Antiguidade por La Fontaine, como é o caso das fábulas de Esopo. No ano de 1697,
Perrault publica a obra Contos de Fadas ou Histórias do Tempo Antigo: Contos da Mamãe
Ganso dando a devida atenção ao acabamento literário dos contos colhidos da tradição oral.
Com relação aos contos europeus, os irmãos Jacob e Wilhem – estudiosos e poetas
alemães, são os principais organizadores das fábulas infantis que ainda hoje fazem sucesso
com o público infantojuvenil, para citar algumas: Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, Branca
de Neve e os Sete Anões. A partir do material registrado pelos irmãos Grimm, muitos autores
atualizam e recriam as narrativas clássicas para diversas linguagens artísticas: cinema,
seriado, teatro, entre outras.
tradicionais em todos os seus aspectos: a linguagem precisa ser mais espontânea, assim
como as crianças e jovens são; os cenários precisam refletir a diversão que permeia o
imaginário durante a infância; os personagens são mais fantasiosos, embora muitos deles
mantenham momentos de discursos mais críticos, e os temas devem contemplar o caráter
ficcional.
A primeira obra de Monteiro Lobato que atinge grande divulgação é Narizinho Arrebitado e,
além da Narizinho, inúmeros outros personagens ainda permeiam o imaginário infantil
nacional: Pedrinho, Cuca, Emília, Dona Benta, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa e toda a
turma do famoso Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Como afirma Marisa Lajolo, grande estudiosa do gênero, as crianças e os jovens devem ser
educados para a literatura e não pela literatura. Assim como a produção adulta, a produção
infantojuvenil deve ser considerada em sua máxima potência artística.
Isso se deve, em parte, aos resultados positivos de pesquisas acadêmicas que buscaram
inserir conteúdos algébricos já nos primeiros anos da educação básica, pesquisas essas que
têm sido divulgadas tanto em âmbito nacional quanto internacional, por meio de periódicos,
dissertações, teses, entre outros.
escolarização.
Ao longo dos anos, o ensino de álgebra e o entendimento a respeito do que deve ser
ensinado relacionado à álgebra, foi sendo modificado. Segundo Schelller, Bonotto e Viali
(2016, p. 703) antes, a álgebra era restrita ao ensino de “simplificação de expressões
algébricas, resolução de equações ou aplicação de regras para operar com símbolos” e o
conhecimento algébrico na atualidade foca o desenvolvimento do pensamento algébrico e os
significados atribuídos a ele.
Estudos divulgados por Lins e Gimenez (1997), Kieran (2004), Schliemann, Carraher e
Brizuela (2007), Kaput, Carraher e Blanton (2008) e Silva, Savioli e Passos (2015), dentre
tantos outros, baseados no contexto histórico do desenvolvimento da álgebra, reforçam que o
desenvolvimento do pensamento algébrico ocorra simultaneamente ao pensamento
aritmético já nos primeiros anos da educação básica. Esse argumento decorre da própria
caracterização de álgebra, pois, segundo o NCTM (2000, p. 37), a “[...] álgebra engloba as
relações entre quantidades, o uso de símbolos, a modelagem de fenômenos, e a alteração do
estudo matemático”.
Assim, a álgebra passou a ser encarada não apenas como uma técnica, mas também como
uma forma de pensamento e raciocínio acerca de situações matemáticas.
De acordo com Blanton e Kaput (2005, p. 413) o pensamento algébrico pode ser
caracterizado como um processo em que “[...] os estudantes generalizam ideias matemáticas
a partir de um conjunto de casos particulares, estabelecem essas generalizações através de
discurso argumentativo, e expressam-nas de formas progressivamente mais formais e
adequadas à sua idade”. Para isso, durante esse processo, os alunos podem fazer uso de
diferentes tipos de linguagem, tais como escrita, oral, gráfica entre outras.
Com relação aos documentos nacionais, podemos identificar nos Parâmetros Curriculares
Nacionais de matemática que o ensino de álgebra era contemplado no eixo de números e
operações e tinha como objetivo que os alunos:
Contudo, o ensino de álgebra aparecia apenas a partir do 7º ano do ensino fundamental, não
havendo qualquer indício de desenvolvimento do pensamento algébrico ou de habilidades
algébricas anterior a esse ano de escolarização.
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Contudo, nessa etapa, não se devem utilizar letras para expressar regularidades, mesmo que
sejam simples. Também é possível identificar relações entre as unidades temáticas álgebra e
números, principalmente ao explorar com os alunos sequências, tanto no trabalho de
determinar os termos ausentes de uma sequência como em escrever sua regra de formação.
• Se 4 + 5 = 9 e 9 = 6 + 3, então 4 + 5 = 6 + 3.
Atividades desse tipo têm a função de levar o aluno a perceber que o sinal de igualdade não
é apenas para expressar o resultado de uma operação. Nesse sentido, é possível
desenvolver um pensamento algébrico funcional, explorando noções intuitivas de funções
com os alunos ao propor que resolvam situações-problema que envolvam uma variação
proporcional direta entre duas grandezas, sem que seja necessário utilizar a regra de três.
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Desse modo, a ideia de número é elaborada e desenvolvida com os alunos a partir da ideia
de número para expressar quantidades. As crianças vão aprendendo a agrupar e a contar
quantidades de objetos.
Nessa etapa é possível identificar duas habilidades propostas pela Base Nacional Comum
Curricular que permitem explorar e devolver o pensamento algébrico com os alunos, que são
as habilidades EI03ET07 e EI02ET08. Na Base (BRASIL, 2018), elas são enunciadas como:
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(EF01MA09): organizar e ordenar objetos familiares ou representações por figuras, por meio
de atributos, tais como cor, forma e medida.
• Com isso, para avaliar os alunos nessas primeiras etapas da educação básica, deve-
se levar em consideração que a ênfase é que os alunos desenvolvam o pensamento
algébrico e estabeleçam significados para objetos de conhecimento algébricos. Isso
pode ser evidenciado quando os alunos compreendem e representam relações entre
grandezas, equivalências, variação, interdependência e proporcionalidade.
Além disso, ao longo dos cinco anos iniciais do ensino fundamental, cabe ao professor avaliar
continuamente se os alunos estão desenvolvendo o pensamento algébrico. Para isso, deve-
se verificar se os alunos conseguem perceber regularidades, generalizar padrões e entender
propriedades de igualdade.
Por fim, na educação infantil, a avaliação permite ao professor verificar o quanto cada aluno
conseguiu desenvolver das habilidades propostas no processo de ensino-aprendizagem em
sala de aula. Deve proporcionar ao professor reavaliar as atividades propostas e replanejar
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suas práticas. A avaliação nesses primeiros anos deve ser a partir de diferentes registros, tais
como orais e por desenhos.
Para entendermos os objetivos da matemática nos primeiros anos de formação das crianças,
é preciso entendermos de maneira geral o modo como se consolidou a educação infantil em
nosso país, pois a educação infantil era, até o final da década de 1980, denominada como
educação “pré-escolar” e, por não ser obrigatória, era tida como uma etapa preparatória a
educação formal.
1988 / 1996
Com o advento da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) e das Leis de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDBEN) (BRASIL, 1996), promulgada em 1996, a educação
“pré-escolar”, passa a integrar a educação básica e a ser também uma obrigação do Estado
garantir que todos tenham acesso a essa etapa de formação.
2006
Em 2006, há uma alteração nas LDBEN que muda de oito para nove anos a etapa do ensino
fundamental e, com isso, a educação infantil passa a atender alunos entre 0 e 5 anos e 11
meses.
2009 / 2013
Considerando esse histórico, podemos perceber que a orientações para o trabalho com
crianças antes de ingressarem nos anos iniciais do ensino fundamental foi sendo
sistematizado e formalizado com o passar dos anos.
Tendo apresentado esses dois eixos estruturantes das práticas pedagógicas, a BNCC propõe
que eles sejam desenvolvidos a partir da garantia de seis direitos de aprendizagem e
desenvolvimento na educação infantil. Segundo a BNCC, são eles:
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No que se refere à matemática, para que sejam garantidos tais direitos da criança, o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) (BRASIL, 1998) já apontava
que:
• Ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações
matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios.
Nesse sentido, a BNCC corrobora o RNCEI argumentando que, por meio de experiências, as
crianças constantemente se deparam com situações relacionadas a conhecimentos
matemáticos, tais como: contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões,
grandezas e medidas, identificação de figuras geométricas planas e espaciais,
reconhecimento de numerais ordinais e cardinais, entre outros (BRASIL, 2018).
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Desse modo, o ensino-aprendizagem deve ser desenvolvido a partir de situações da vida real
do aluno, que tenham sentido em seu cotidiano. Para isso, a BNCC tem como um dos pilares
pedagógicos que os conteúdos propostos nos currículos sejam desenvolvidos por meio de
competências e habilidades.
Segundo a BNCC:
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Por fim, podemos entender que é o letramento matemático que possibilita aos alunos
entenderem a importância dos conhecimentos matemáticos para compreenderem e inserirem-
se no mundo desenvolvendo raciocínio lógico, crítico, investigativo e entendendo que a
matemática pode ser prazerosa de se aprender.
Cada campo de experiência tem objetivos de aprendizagem que são organizados por três
faixas etárias:
Assim, nos anos iniciais do ensino fundamental o trabalho com números visa desenvolver nos
alunos a capacidade de resolverem problemas envolvendo números naturais e racionais,
atribuindo diferentes significados às operações, e a capacidade de conseguir argumentar,
analisar e justificar os procedimentos que utilizaram para resolver os problemas e o resultado
que obtiveram.
Além disso, no trabalho com essa UT, pretende-se desenvolver com os alunos o uso de
diferentes estratégias de cálculo, como o cálculo por estimativa, o cálculo mental, utilizando
algoritmos, calculadora, ferramentas gráficas e softwares.
O trabalho com essa unidade temática nos cinco primeiros anos do ensino fundamental
também busca desenvolver habilidades relacionadas à leitura, à escrita e à ordenação dos
números a partir da identificação de características do sistema de numeração decimal, com
ênfase na noção de valor posicional dos algarismos.
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A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que
haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos
processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as
diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das
mediações de cada etapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de acolhimento e
adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se
construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de
continuidade de seu percurso educativo.
Desse modo, nos primeiros anos do ensino fundamental deve-se retomar as experiências já
vividas pelos alunos para sistematizar as noções e conhecimentos matemáticos que eles já
têm.
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• Para facilitar a transição entre as etapas de ensino, a BNCC propõe um equilíbrio nas
mudanças que serão inseridas, como avaliar e explorar somente aquilo que o aluno é
ou não capaz de fazer, dando a ele a ideia de continuidade dos conteúdos já
estudados, e não conhecimentos matemáticos fragmentados e desconexos.
Desse modo, deve-se prezar por um ensino-aprendizagem dos significados dos objetos
matemáticos e suas aplicações fazendo, para isso, uso de diferentes recursos didáticos, que,
segundo a BNCC (BRASIL, 2018, p. 298), incluem “[...] malhas quadriculadas, ábacos, jogos,
livros, vídeos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares de geometria dinâmica”.
• Para facilitar a transição entre as etapas de ensino, a BNCC propõe um equilíbrio nas
mudanças que serão inseridas, como avaliar e explorar somente aquilo que o aluno é
ou não capaz de fazer, dando a ele a ideia de continuidade dos conteúdos já
estudados, e não conhecimentos matemáticos fragmentados e desconexos.
Desse modo, deve-se prezar por um ensino-aprendizagem dos significados dos objetos
matemáticos e suas aplicações fazendo, para isso, uso de diferentes recursos didáticos, que,
segundo a BNCC (BRASIL, 2018, p. 298), incluem “[...] malhas quadriculadas, ábacos, jogos,
livros, vídeos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares de geometria dinâmica”.
Por fim, a avaliação da unidade temática números deve considerar, entre outros aspectos,
que o aluno conheça maneiras de quantificar características de objetos, analisar situações
envolvendo quantidades e desenvolver ideias de aproximação, proporcionalidade,
equivalência e ordem.
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