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Plano de Curso Língua Portuguesa

Público alvo
C1, C2, C3, C4, D1, D2, D3 e D4

Introdução
No entanto, cabe mencionar que durante esta etapa, os sujeitos transformam-se, o que quer
dizer, que mudanças nos aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e emocionais ocorrem nas
crianças e nos adolescentes. Pode-se traduzir esta situação ao mencionar que a criança acessa o
Ensino Fundamental aos 6 anos e finaliza essa etapa aos 14 anos, ou seja, durante o processo
de escolarização no Ensino Fundamental o sujeito tem elementos da infância e da adolescência.
Dito isso, o Currículo deve minimizar os impactos dessas fases e transformações, considerando
os ritmos dos sujeitos e possibilitando estratégias de aprendizagem que não demonstrem
rupturas entre as fases do Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais). Para tal, o Parecer
das Diretrizes Curriculares Nacionais indica que: A escola deve adotar formas de trabalho que
proporcionem maior mobilidade às crianças na sala de aula, explorar com elas mais intensamente
as diversas linguagens artísticas, a começar pela literatura, utilizar mais materiais que
proporcionem aos estudantes oportunidade de racionar manuseando-os, explorando as suas
características e propriedades, ao mesmo tempo em que passa a sistematizar mais os
conhecimentos escolares (BRASIL, p. 121, 2013).
O Plano de Trabalho Docente (PTD), documento caracterizado no contexto das escolas
públicas como o currículo em ação, é parte integrante das discussões e dos objetivos das
semanas pedagógicas que acontecem no início de cada semestre letivo. Entendendo que o
PTD é um instrumento necessário para a prática pedagógica, bem como para a contínua
reflexão acerca dessa prática, tem-se como objetivo geral refletir sobre o processo de
constituição do PTD da disciplina de Língua Portuguesa. Sob essa perspectiva, no que se
refere às concepções de planejamento e plano, fundamentamo-nos nas discussões teóricas
que concebem o planejamento como um processo coletivo que molda intenções
pedagógicas, e o PTD como uma sistematização desse processo que encerra em ações
pedagógicas.
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, o PTD revela, por meio dos conteúdos, objetivos,
metodologia e sistema de avaliação, as concepções de linguagem e de ensino-aprendizagem que
fundamentam o trabalho com a oralidade, a leitura, a produção textual e a análise linguística em
sala de aula. A linha de pensamento para o ensino de Língua Portuguesa é a concepção
interacionista da linguagem. Sob essa perspectiva, a linguagem é vista como interação,
constituída historicamente a partir das relações sociais, a qual requer um ensino-aprendizagem
que leva em consideração as experiências reais de uso da língua. Porém, uma pesquisa de
iniciação científica por nós realizada (METZ; ANGELO, 2008), cujo propósito foi verificar quais as
concepções de linguagem e de ensino-aprendizagem que subjazem aos planejamentos de
Língua Portuguesa de 5ª séries do Ensino Fundamental de escolas públicas, revelou-nos que os
conteúdos, os objetivos e a metodologia expostos nesse documento não estão vinculados às
situações reais de uso da língua.

Objetivos

O objeto seguinte éleitura e compreensão textual de distintos gêneros textuais. Nesse


sentido, sendo pautada basicamente na leitura de textos, a resolução das questões do
referido exame se dá a partir da leitura de gêneros diversos. Entretanto, anecessidade
dedominar gênerosemsi e por sinão compactua com a ampla meta a ser alcançada com esse
objetivo, como sendo a de compreender a língua como fenômeno cultural, histórico,
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. Os objetos de ensino que
sucedem são: texto literário e aimportância da Língua Portuguesa. Ambos os temas
são pertinentes para o ensino de língua portuguesa, mas, ao observar que “o fato de a
significação do texto literário ser construída a partir da participação. fetiva do receptor [...]
tornaevidente as relações dinâmicas entre a literatura e o leitor”8(SILVA, 2006, p. 514-515),
acreditamos que o texto literário não deve ser somente trabalhado como objeto complementar
do ensino, mas,sim, como base para toda e qualquer atividade que tenha o intuito de
despertar a criticidade e o posicionamento reflexivo do aluno. Acerca daimportância da
língua portuguesa para a sala de aula,elaémaisnotória para os professores, contudo, para
que essa relevância sejalevada ao aluno, é precisoque exista uma reflexãodo professor para
com o objeto a ser ensinado, a qual pode levaros alunos a compreenderem, com cada
abordagem, como a língua portuguesa se torna presente nas vidas deles.

Metodologia

O plano de ensino anual aqui analisado comporta abordagens a serem trabalhadas nos 4 (quatro)
bimestres do ano letivo e se apresenta em 3 (três) etapas: conteúdo, estratégias e metas
bimestrais. Inicialmente, podemos afirmar que, considerando o vínculo deste trabalho com a
perspectiva dialógica de linguagem dentro da área da Linguística Aplicada, não se podem
determinar conteúdo a serem trabalhados pelos professores na sala de aula, uma vez que tal
trabalho compete ao próprio professor.

As metas encontradas no plano são: o reconhecimento da língua como instrumento de


construção identitária de seus usuários e da comunidade a que pertencem e a compreensão da
escrita como simbolização da fala, respectivamente. Na primeira, é visível a preocupação em
entender a língua pelo seu viés social, remetendo à compreensão de que o ensino precisa girar
em torno das práticas de linguagem que povoam as interações entre os sujeitos em sala de aula,
mas não a consideramos apenas instrumento subjetivo, uma vez que, na perspectiva dialógica, “A
língua vive e se forma historicamente justo aqui, na comunicação discursiva concreta [...]”
(VOLOCHINOV, 2017, p. 220). Em relação à segunda meta, percebemos que a escrita não se
constitui como uma simbolização da fala, nem vice-versa. A fala/oralidade e a escrita são
modalidades distintas que, a nosso ver, precisam de uma atenção igualitária nas práticas de
ensino e aprendizagem.

EDUCAÇÃO INFANTIL
1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
3- Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
4- Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5- Compreender, utilizar e criar Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.

ENSINO FUNDAMENTAL

Para os estudos independentes de recuperação, deverá ser elaborado, pelo professor


responsável pelo componente
curricular, um plano de estudos, com orientações e atividades que contemplem o(s)
objeto(s) do conhecimento e a(s)
habilidade(s) que não foram consolidadas pelo estudante.
Os resultados das avaliações internas da aprendizagem, realizadas pela escola, e os
resultados das avaliações
sistêmicas, promovidas ou apoiadas pelo Órgão Central da SEE, devem ser
considerados para o planejamento das ações
de intervenção pedagógica que promovam a efetiva aprendizagem dos estudantes.

1.Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável,


heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de
identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos
diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades
de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se
envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade,
de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e
continuar aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa
diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à
situação comunicativa, ao (s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e
nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos
discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores
e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e
projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais
como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo
o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e
produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
Recursos
Textos diversos
Livro didático
Atividades lúdicas fotocopiadas para colorir, identificar ortografias
Caça-palavras, trava-línguas, cruzadinhas;
Lápis de cor, canetas coloridas;
Aulas expositivas
Atividades escritas
Atividades orais
Livro didático
Recortes de jornais e revistas
Uso do dicionário

Cronograma
1º Bimestre
Fonema e letra
Linguagem verbal e
linguagem não verbal
Interlocutor
Verbete
Variedade linguística
Formalidade e
informalidade
A gíria
Ortografia
Pontuação
Sinônimos
Antônimos
Leitura de variados tipos de textos

2º Bimestre

Divisão silábica
Sílaba átona e sílaba tônica
Oxítona, paroxítona,proparoxítona
Dígrafo
Encontro consonantal
Encontros vocálicos
Prefixo e sufixo
Substantivo
Adjetivo
Pontuação
Ortografia
Leitura de variados tipos de textos

3º Bimestre
Verbo
O numeral
Artigo
Acentuação
Pontuação
Ortografia
Sentido próprio e figurado
Figuras de linguagem
Discurso direto e Indireto
Leitura de variados tipos de textos
4º Bimestre

O pronome
Advérbio
Acentuação
Tipos de frase
Frase, oração e período
Período simples e composto
Ortografia
Pontuação
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Diagnóstica, através da:
Oralidade
Produção e análise de textos
Leitura e apresentação de atividades
Envolvimento e interesse em todas as atividades propostas
Realização de atividades escritas e orais de forma individual e em grupo

REFERÊNCIAS:

IVINO, R. G. F; PIRES, J. A. O.(2016). Noções de morfossintaxe nos processos de formação de


palavras. Pensares em Revista, São Gonçalo-RJ, n. 8, p. 64-80.
FIORIN, J. L. (2014). Figuras de Retórica. São Paulo: Contexto.
FREIRE, P, SHOR, I. (1986). Medo e ousadia:o cotidiano do professor. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz
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KOCH, I. V; ELIAS, V. M. (2011). Ler e escrever:estratégias de produção textual. São Paulo:
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MARCUSCHI, L. A.(2005).Da fala para a escrita:atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo:
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.(2003).Da fala para a escrita: atividades de Retextualização.4. ed. São Paulo: Cortez.
MARTINS, E. F. (2015). O estudo dos neologismos semânticos no ensino de português:
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POSSENTI, S. (1998). Os Humores da Língua. Campinas, SP: Mercado de Letras.
______. (1996). Por que (não) Ensinar Gramática na Escola. Campinas, SP: Mercado de Letras.
SANTOS, L. F. (2007). Produção de textos na universidade: em busca de atitudes ativas e
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SILVA, I. M. M. (2006). Literatura em sala de aula: da teoria literária à prática escolar. In: Anais do
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SOARES, M. (2001). Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática.
TAMURA, S. T. (2016). Entre Significantes e Significados: Figuras de Linguagem e Retórica,
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VOLOCHINOV, V. (2017). Marxismo e filosofia da linguagem: Problemas fundamentais do
método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo.
São Paulo: Editora 34.
CASTRO, Maria da Conceição. Curso de Redação. Saraiva. 2007.
COQUETEL. periódicos
CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português Contemporâneo.
FERREIRA, Mauro. Entre Palavras. São Paulo, FTD, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Resolução SEE-MG nº4.234/2019. Dispõe
sobre as matrizes curriculares
das escolas da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais. 2019. Belo Horizonte, MG.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Resolução SEE-MG nº4.660/2021.
Estabelece, para a rede Pública
Estadual de Educação Básica, os procedimentos de ensino, diretrizes administrativas e
pedagógicas do Calendário Escolar do
ano de 2022. 2021. Belo Horizonte, MG.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Resolução SEE-MG nº4.692/2021. Dispõe
sobre a organização e o
funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá
outras providências. 2021. Belo
Horizonte, MG.

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