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Cadernos PDE
1 INTRODUÇÃO
1
Texto produzido a partir dos estudos desenvolvidos no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE –
turma 2013;
2
Especialista em Língua Portuguesa e Comunicação, pela UNC, Graduada em Letras pela FACIPAL, professora
do quadro próprio da SEED, município de Dois vizinhos – PR.
3
Professora Orientadora Docente na Unioeste/ Campus de Francisco Beltrão/PR.
Pensando desta forma buscamos um aprimoramento teórico-didático de
autores que falam sobre oralidade e escrita para o desenvolvimento deste trabalho,
bem como o estudo das partes afins para o desenvolvimento das atividades
propostas.
O referido artigo é resultado de um trabalho proposto em três etapas
apresentadas ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sendo partes
integrantes às atividades da formação continuada da Rede Estadual de Educação
do Paraná.
A primeira etapa foi o estudo teórico a partir de uma problemática vivenciada
na escola, para laboração do projeto “Adequação da linguagem aos gêneros textuais
anúncio publicitário e panfleto: oralidade e escrita em foco”. Levando em
consideração o conteúdo estruturante de Língua Portuguesa que tem o Discurso
como Prática Social, implica dizer que o ensino de Língua Portuguesa necessita
fazer com que o aluno vivencie em sala de aula situações do seu contexto social.
Nesse sentido surgiu o questionamento central que direcionou este projeto de
intervenção e que parte da premissa de que os educandos precisam perceber a
necessidade de adequar a linguagem ao seu contexto de uso e observar que cada
gênero requer um comportamento linguístico e discursivo, pensamos em quais
seriam então os condicionantes/caminhos didáticos, para a elaboração de uma
proposta que priorize a oralidade e a escrita, mediante a utilização de Gêneros
Textuais, tais como, anúncio publicitário e panfleto?
A partir desta problemática decidimos que o caminho seria ter como objetivo,
possibilitar o desenvolvimento do uso da linguagem, nos diferentes contextos de
uso, a partir do trabalho com tais gêneros. Bem como propiciar aos alunos a
atividade de pesquisa sobre as características de variação e heterogeneidade
linguísticas, para perceber a língua como fenômeno situado, determinado, histórico,
dialógico e ideológico.
Segundo as DCEs (2008 p. 55) “a ação pedagógica referente à linguagem,
precisa pautar-se na interlocução em atividades planejadas que possibilitem o aluno
a leitura e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em
diferentes situações”. Trabalhar os conceitos de Gêneros Textuais como artefatos
culturais e, portanto, reveladores dos sujeitos produtores, de sua história e de suas
crenças, e desenvolver atividades de análise com os alunos a partir da interação
destes com anúncios publicitários e panfletos percebendo a adequação da
linguagem a seu publico alvo, foi a segunda e a terceira etapas desse processo de
formação que desenvolvemos: a unidade didática, e a sua aplicação com os alunos
afins.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
FALA ESCRITA
Contextualizada Descontextualizada
Implícita Explicita
Redundante Condensada
Não planejada Planejada
Predominância do modus Predominância do modus
pragmático sintático
Fragmentada Não fragmentada
Incompleta Completa
Pouco elaborada Elaborada
Pouca densidade Densidade informacional
informacional
Predominância de frases Predominância de frases
curtas, simples ou complexas, com
coordenadas subordinação abundante
Pequena frequência de Emprego frequente de
passivas passivas
Poucas nominalizações Abundancia de
nominalizações
Menor densidade lexical Maior densidade lexical
Desta maneira podemos constatar então é que o texto falado está sempre em
construção, o planejamento e a verbalização ocorrem simultaneamente no momento
da interação, o contrário do texto escrito cuja elaboração envolve maior tempo para
a produção, revisão e correção, conforme Kock e Elias (2010) falam sobre o quadro
acima:
Isso não significa argumentar que todos os sujeitos falantes da língua saibam
as nomenclaturas e regras específicas, próprias da linguística, muitas vezes utilizam
as regras de uso para deixar o que dizem inteligíveis e interpretáveis sem ao menos
saber as classes a que pertencem. Mas quando esses falantes vão para a escola, e
terão aulas de língua portuguesa, os professores orientarão em suas práticas
pedagógicas as nomenclaturas existentes na língua padrão.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
95 oralidade
90
escrita escrita
85
80
75 oralidade
70
90 oralidade
85 escrita escrita
80
oralidade
75
Neste gráfico podemos observar que os educandos tiveram um domínio maior
na linguagem oral, para o desenvolvimento das atividades, nas gravações dos spots
e dos anúncios audiovisual, pois como diz Gomes (2009):
Temos a língua portuguesa como uma entidade social que todos nós,
brasileiros, adquirimos como falantes nativos e que a nós pertence,
como nos pertence a identidade de sermos brasileiros. É essa
identidade que nos faz cidadãos do pleno direito neste país.
Contudo, num país de dimensões continentais, com uma rica
diversidade cultural, mas com enormes diferenças sociais, os falares
se realizam de formas também plurais. A língua que falamos é a
mesma, isto é, todos nós usamos o mesmo sistema linguístico
chamado português brasileiro. A fala de cada um de nós, no entanto,
é diversificada, individualizada, heterogênea (p.65).
Compartilhando com a ideia da autora, foi nas atividades orais, que pudemos
observar uma forte expressão das diferenças culturais e sociais de cada educando,
no desenvolvimento de cada tarefa realizada. Desta maneira, constatamos que na
prática da escrita os educandos tiveram um maior desempenho, mas não dominam
totalmente a língua padrão, cometem erros de concordância e de ortografia, já nas
apresentações orais dominam o discurso oral, mas ainda tem dificuldade de adequar
a linguagem ao contexto de uso.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandré. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.