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Nova venécia/2023
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RESUMO
Introdução
Os objetivos específicos utilizados para atingir o objetivo geral são: refletir sobre
as motivações responsáveis pela necessidade, do homem, de produção e fruição
da língua Portuguesa; reconhecer a importância da Língua Portuguesa em
contextos de aplicação a vida em sociedade e identificar as possíveis didáticas
que possam facilitar o processo de aprendizagem e proporcionar a consciência
pela importância da aquisição da Língua.
Desenvolvimento
Sobre esse modo particular de uso da língua portuguesa o ser humano tem com o
aprendizado, relações de natureza erótica. A linguagem é objeto de amor e às
vezes de ódio, e fonte de prazer. As estruturas limitadoras da língua portuguesa,
as normas sociais que impõe, opõem-se à tendência natural para a liberdade,
para a imaginação criadora. O princípio do prazer manifesta-se nas duras
realidades da aprendizagem. A Língua é um jogo (uma estrutura) cujas regras são
falseáveis que autoriza todos os golpes contestáveis, sem que seja possível
delimitar com precisão o conjunto de golpes permitidos e aqueles que não o são
(AMARAL, et al, 2012).
O Art. 32 da mesma Lei determina que o Ensino Fundamental […] terá por objetivo
a formação básica do cidadão, mediante [entre outras estratégias] o
desenvolvimento da capacidade de aprender, dando como meios básicos e pleno
domínio da leitura e da escrita […] nos PCN, que apresenta orientações para a
prática pedagógica nessa etapa de escolarização, o ensino de Língua Portuguesa
aparece com objetivo de permitir que o aluno amplie o domínio ativo do discurso
nas mais diversas situações comunicativas, sobretudo nas instancias pública no
uso da linguagem, de modo a possibilitar sua isenção efetiva no mundo da escrita,
ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania
(BRASIL, 1998).
Ensinar língua não é ensinar gramática, sobre isso nos diz numa de suas teses
básicas. Possenti (1996, p. 54) diz que:
Conhecer uma língua é uma coisa e conhecer sua gramática é outra. Que saber
uma língua é uma coisa e saber analisá-la é outra. Que saber usar suas regras é
uma coisa e saber explicitamente quais são as regras é outra. Que se pode falar e
escrever numa língua sem saber nada “sobre” ela, por um lado, e que, por outro
lado, é perfeitamente possível saber muito “sobre” uma língua sem saber dizer
uma frase nessa língua em situação real.
alunos deverão apropriar-se para que realize suas atividades verbais com
competência em diferentes situações de interação social (BONATTO, 2015).
PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO
Trata-se nesse momento do processo de escolarização no Brasil, onde muitos são
os pesquisadores, como, por exemplo, Soares (2005), expõem que “a escola
brasileira começa a expandir-se no século XIX, período da chamada
democratização do ensino”, traçando em linha reta no ensino de português com
uma norma padrão de tradição lusitana (Os lusitanos constituíram um conjunto de
povos ibéricos pré-romanos de origem indo-europeia que habitaram a porção
oeste da península Ibérica desde a Idade do Ferro).
A escola se encontrava numa situação delicada, pois até esse momento dava
suporte apenas aos membros da classe social dominante, e consequentemente
aos usuários que possuíam uma norma linguística de maior prestígio, mais
avançada, e a escola se via despreparada para corresponder a um atendimento
de qualidade à nova demanda educacional do país: alunos que utilizavam uma
variedade linguística bastante qualificada considerada como inferior e deficiente
(AMARAL, et al, 2012).
Depois de todos esses anos, mesmo com algumas mudanças sendo percebidas
pela própria sociedade, ainda assim existem alunos de menor prestígio linguístico-
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social que ainda continuam a não se desenvolver na escola e suas notas caem
consideravelmente, esse aluno é considerado como um indivíduo com uma
“deficiente”, e os professores precisam ter essa percepção (SILVA; SOUSA,
2017).
Nesse sentido, Soares (2005, p. 16) defende que “[…] a responsabilidade pelo
fracasso escolar dos alunos provenientes das camadas populares cabe à escola,
que trata de forma discriminativa a diversidade cultural, transformando diferenças
em deficiências”.
A diversidade linguística presente nas salas de aula hoje é muito grande e está
sendo avaliado pelos professores, quase sempre de forma negativa, e
infelizmente o encontro das diversas variantes linguísticas na escola não é
satisfatório, ou seja, não promove qualquer enriquecimento. De acordo com
Cardoso (1992, p. 127), esse encontro ocorre “[…] como forma de esmagamento
das individualidades e das regionalidades ou, até mesmo, de opressão social”. Em
outras palavras na escola:
REFERÊNCIAS
AMARAL, Náyra Cristina do. Et al. Desafios da língua portuguesa no ensino
fundamental. Revista Científica Eletrônica de Pedagogia. Ano X – Número 19 –
Janeiro de 2012 – Periódicos Semestral.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) Ensinar Gramática na Escola. Campinas, SP:
ALB: Mercado de Letras, 1996.
SANTOS, Veraluci Lima dos. Ensino de Língua Portuguesa. Curitiba: IESDE Brasil
S.A,
2009.
SILVA, Paulo Cesar Garré; SOUSA, Antonio Paulino de. Língua e Sociedade:
influências mútuas no processo de construção sociocultural. Revista Educação e
Emancipação, São Luís, v. 10, n. 3, set/dez.2017.
SOARES, Magda. Linguagem e escola. 17. ed. Uma perspectiva social. São
Paulo: Ática, 2005.