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INTERVENÇÕES PARA O CASO:

Passo 1: Investigar o histórico de interações do passado que formaram as


regras que governam o comportamento do cliente em relação as crenças de
desamor e desamparo.
Obs: O paciente demonstra um forte indício de uma crença de Desamparo. Ao
observar os Pensamento automáticos: “Eles estão mantendo o contato comigo,
porque sabem que eu sou sozinho, tem pena”, “Não estou atraente no
momento.” Fica claro que o cliente possui a crença de não ser querido,
deixando bem claro a crenças de desamor. Além da crença de desamor, existe
a hipótese de uma crença de desamparo, pois o paciente pode se sentir um
fracasso e um incompetente nas suas realizações pessoais.
Passo 2. Identificando as crenças: Para termos mais certeza sobre as crenças
do paciente. Escolha um pensamento automático. O pensamento automático
sugerido para esse casso é: “Não sou atraente.”
Aplique esta técnica da seta descendente para descobrir a crença central. Faça
a pergunta utilizando o pensamento automático do cliente.
Já está formulada a pergunta com o pensamento automático.
T: “O que você acha que acontecerá?” “Se você não for mais atraente para sua
parceira?’
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
(3) T: “Se for (Resposta do paciente), isso significa que...”
(4) T: “Se jamais (Resposta do Paciente), então...”
(5) T: “Se estiver (Resposta do paciente), isso o incomodaria por quê? (Resposta do
paciente)
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?” (Aqui é a crença)

Exemplo da técnica:
Obs: Caso o paciente tenha dificuldade de descrever, o terapeuta pode estar
sugerindo as respostas. As respostas sugeridas, estarão neste exemplo
abaixo:
T: “O que você acha que acontecerá?” “Se você não for mais atraente para sua
parceira?’
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que....”: “Eu sou um fracassado “ou “Não
tenho valor”;
(3) T: “Se for um fracassado ou um sem valor, isso significa que...” C: “Jamais
encontrarei alguém para me relacionar”;
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...” C: “Estarei sempre sozinho”; (privação
social)
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria por quê...” C: “Não serei feliz –
serei sempre muito infeliz”; (privação de reforçadores positivos associados)
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?” C: “Preciso de outras pessoas para me
sentir feliz”. Essa é a crença!

Passo 3. Dados relevantes da história de vida: Precisa de informações sobre o


contexto histórico do seu paciente. Pouca informação. A penas foi relatado que
os pais não eram afetuosos, e uma mãe com histórico de alcoolismo.
Existe a possibilidade de ter um esquema de Privação emocional e Abandono.
No esquema de Abandono, ele pode estar resignando, pois sempre escolhe
relacionamentos amorosos difíceis, não conseguindo estabelecer
compromisso. Por isso, inconscientemente ele se relaciona com a mulher
casada.
Além disso, ele pode estar hipercompensando, agarrando-se na parceira
sufocando-a a ponto de afastá-la.
Ferramenta para aplicar na sessão para colher dados da história de vida:

Aplicação da técnica: Você fara as seguintes perguntas que estão no quadro roxo:
1- Como você descreveria cada um do seus pais?
2- Como eram os seus irmãos?
3- Como era o relacionamento dos seus irmãos?
4- Como era os outros parentes significantes da sua história?
5- Marque as características comportamentais mais presentes no seu ambiente
familiar?
6- Como era o seu relacionamento com o seus pais?
7- Como era o tratamento do seus pais com cada filho?
8- Como eles distribuíam afeto, atenção, disciplina e tempo entre todos?
9- Que momentos significativos (positivos e negativos) marcaram a sua vida em
casa?

Ferramenta para aplicar na sessão para colher dados dos relacionamentos


amorosos:
1- Como foram os seus antigos relacionamentos amorosos?
2- Você já foi abandonado por alguém?
3- Já passou porá alguma traição?
4- Já teve algum relacionamento amoro? Se sim, como foi este
relacionamento?
5- Como você lidava com os conflitos da relação conjugal?

Passo 4. Identificando as necessidades emocionais do paciente: Aplicar as


perguntas do quadro abaixo:

Atividade de casa: Questionário de Lázzarus.


PLANO DE TRATAMENTO:
Autoconhecimento: É a capacidade de descrever seus próprios pensamentos,
sentimentos e comportamentos. Sendo também, capaz de explicar como aprendeu
historicamente a pensar, sentir e agir, além dos contextos em que ocorrem e dos
resultados que costumam a produzir.
Autorregulação emocional: Capacidade de identificar a suas emoções e os contextos
que eliciam as respostas emocionais. Se mantendo sereno e tranquilo diante de
situações que geram desconforto. Saber tolerar os efeitos desagradáveis que a
emoção pode gerar no organismo.
Autoestima: Capacidade de reconhecer comportamentos e características que são
admiráveis, e se gratificar pelo que és.
Raciocínio realisticamente otimista: Ter pensamentos que sejam guiados por fatos e
evidências, não por distorções. Sendo capaz de assumir as consequências das suas
ações, mantendo a esperança diante dos conflitos, mesmo que as consequências não
sejam as planejadas.
Imunidade social: Viver a vida ao seu próprio modo, de maneira que não traga danos a
si e aos outros, blindando-se dos comentários alheios.
Sociabilidade: Capacidade de variar os comportamentos de acordo com os contextos
sociais.
Sensibilidade social: Capacidade de fazer ações que geram gratificações a outras
pessoas. Capacidade de desenvolver a generosidade e a empatia no paciente.

Henriette Russo Luiz de Barros


CRP: 06/148041
Psicóloga

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